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Fazendo Negócios Estados Unidos Um guia para investidores estrangeiros INTERNATIONAL BUSINESS PORTUGUÊS

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Fazendo Negócios Estados UnidosUm guia para investidores estrangeiros

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Bem-vindo aos EUA

Os Estados Unidos são o maior mercado do mundo, considerado isoladamente. Empresas não-estadunidenses investem nos EUA com facilidade. Mas embora vir para cá seja simples, é difícil ter êxito neste mercado altamente competitivo. A cultura e as leis são diferentes. Todas as empresas dos EUA dependem de assessoria jurídica para ajudá-las a ser bem-sucedidas e para cumprir um conjunto interligado de regulamentos que controlam a atividade empresarial. Embora os EUA sejam verdadeiramente um sistema de mercado livre, há muitos regulamentos que auxiliam o sistema e asseguram uma concorrência justa, protegem os empregados e promovem políticas estabelecidas pelos governos local, estadual e federal.

No mercado global da atualidade, os líderes empresariais buscam recursos para enfrentar os desafios do comércio internacional. Com sólidas ligações em todas as cidades importantes do mundo, a Frost Brown Todd faz parceria com seus clientes e seus assessores jurídicos no país de origem para abordar os desafios dos negócios transnacionais.

Nossos advogados internacionais efetivamente “encurtam a distância” até os EUA para empresas internacionais, através da assessoria jurídica atenciosa e inovadora sobre investimentos, aquisições, joint-ventures, licenciamento, proteção de propriedade intelectual, planejamento global de pessoal, conformidade com importações/exportações e solução de conflitos. Ajudamos nossos clientes não-estadunidenses a cumprir os requisitos da legislação dos EUA quando entram nesse país para ser bem-sucedidos em seu crescimento.

A Frost Brown Todd é um escritório de advocacia em tempo integral, com mais de 500 advogados nos oitos estados em que operamos, com uma concentração maior de profissionais na região sudoeste de Ohio.

Nossa experiência empresarial, ligações e recursos legais o ajudarão a encurtar a distância para o sucesso nos Estados Unidos e no exterior. Bem-vindo aos EUA e à Frost Brown Todd.

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Sumário

I. Ambiente de Regulamentação Geral/Legal ................................................................6

II. Incentivos para Investimentos .....................................................................................6

III. Opções de Sociedade ...................................................................................................7

A. Estruturas de responsabilidade geral ........................................................................7

1. Sociedade Individual .............................................................................................7

2. Sociedade Geral ...................................................................................................7

3. Filial ......................................................................................................................7

B. Estruturas de responsabilidade limitada. ...................................................................7

1. Empresa de responsabilidade limitada .................................................................8

2. Sociedade anônima ..............................................................................................8

IV. Aquisições e Joint Ventures ........................................................................................9

A. Aquisições ...................................................................................................................9

B. Joint Ventures/Alianças estratégicas .........................................................................9

V. Imigração .......................................................................................................................9

A. Visitantes a negócio (B-1) ..........................................................................................9

B. Treaty Trader (E-1) ...................................................................................................10

C. Investidor de Tratado (E-2) ......................................................................................10

D. Transferido Intra-empresas (L-1) .............................................................................10

E. Trabalhador em Ocupações Especializadas (H-1B) ................................................10

F. Vistodetrabalhoparapessoasqualificadasenãoqualificadas(H-2B) ..................11

G. Trainee (H-3) ............................................................................................................11

H. Capacidade Extraordinária (O-1) .............................................................................11

VI. Relações Trabalhistas ................................................................................................12

A. Emprego “sem vínculo” ............................................................................................12

B. Benefícios do empregado ........................................................................................12

C. Indenizaçãodetrabalhadores ..................................................................................12

D. Remuneraçãopordesemprego ...............................................................................13

E. Leis de igual oportunidade de emprego ...................................................................13

F. Fair Labor Standards Act .........................................................................................14

G. Occupational Safety and Health Act ........................................................................14

H. National Labor Relations Act ....................................................................................14

I. Empregadores com contratos governamentais ou recebendo assistência do governo ....................................................................................................................14

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J. WorkerAdjustmentandRetrainingNotificationAct(WARN) ..............................14

K. Retaliação ...........................................................................................................14

VII. Tributação ...............................................................................................................15

A. Imposto de renda de empresas ..........................................................................15

1. Pagamento de tributo ....................................................................................15

2. Imposto de renda de empresas estrangeiras ................................................15

B. Tratamentofiscaldeoutrasentidades ................................................................16

C. Imposto sobre vendas ........................................................................................16

D. Propriedade pessoal/Tributos sobre inventário ..................................................16

E. Foreign Investment in Real Property Tax Act of 1980 (FIRPTA) .........................16

VIII. Propriedade Intelectual .........................................................................................17

A. Patentes ..............................................................................................................17

B. Marcas registradas ..............................................................................................17

C. Direitos autorais ..................................................................................................18

D. Segredos comerciais ...........................................................................................18

IX. Importações e Exportações .......................................................................................18

A. Importações .........................................................................................................18

B.Conformidadedeexportação ..............................................................................19

C. NAFTA e outros Acordos de Livre Comércio ......................................................19

D. Zonas francas .....................................................................................................19

X. Meio Ambiente .............................................................................................................20

A. Esquema Regulador Geral .................................................................................20

B.LegislaçãoFederalPrincipal ...............................................................................20

XI. Antitruste ................................................................................................................20

XII. Serviços Bancários ................................................................................................21

XIII. Valores Mobiliários ................................................................................................21

Conclusão e Boas-vindas! ....................................................................................22

Informações de Contato ........................................................................................23

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I. Ambiente de Regulamentação Geral/Legal

Os Estados Unidos dão as boas-vindas aos investimentos estrangeiros. Quase não há barreiras para pessoas e empresas não-estadunidenses investirem nos EUA ou abrirem um negócio aqui. As empresas estrangeiras têm a mesma liberdade que as americanas para se estabelecerem nos EUA, com a rara exceção das aquisições de ativos de alta visibilidade considerados essenciais para a segurança nacional.

As empresas americanas são organizadas sob as leis dos estados, individualmente. A regulamentação nacional de assuntos de empresas fica geralmente limitada a questões de valores mobiliários e empresas públicas (as que têm muitos acionistas).

Uma empresa estrangeira pode se estabelecer nos EUA abrindo uma filial ou subsidiária ou adquirindo uma empresa existente. Por razões discutidas na Seção III, uma filial é raramente utilizada. Ao invés disso, é comum a criação de uma subsidiária americana. Isto pode ser feito em questão de horas e não é caro.

A aquisição de uma empresa existente pode ser feita de diferentes maneiras, dependendo do tamanho, quantidade de acionistas, aspectos fiscais e considerações comerciais. Adquirir ações ou ativos é a opção básica a ser feita. Fusões são permitidas, facilmente realizadas e muitas vezes com grandes vantagens fiscais. Nossos profissionais de fusão e aquisição devem ser consultados logo no início do processo de aquisição de uma empresa americana, para obter a fixação ideal de preço, confidencialidade, termos e tratamento fiscal.

II. Incentivos para Investimentos

O governo federal não concede incentivos a investidores estrangeiros ou americanos para se instalarem em locais específicos. Já os estados e localidades, individualmente, competem por novos locais e ampliação de negócios oferecendo diversos estímulos financeiros. Governos estaduais e municipais oferecem um conjunto de incentivos atraentes para investimentos, incluindo financiamento, treinamento, assistência técnica, conveniências para o local e deduções fiscais tanto para investidores americanos quanto estrangeiros. Estas ferramentas são um auxílio importante aos investidores que buscam se localizar e desenvolver um negócio e criar empregos. Devem ser buscadas logo no início e não estarão disponíveis quando uma empresa tiver se comprometido a se instalar em um local em particular. O Incentis Group, afiliada da Frost Brown Todd, dá assessoria a investidores com relação ao melhor local para se localizar, impostos e comparações de salários e para obter o máximo de benefícios ao decidir onde se localizar nos EUA. Visite www.incentisgroup.com.

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III. Opções de Sociedade

Uma empresa estrangeira precisa decidir que forma jurídica seu investimento vai adotar. As opções básicas são uma filial (geralmente não adotada), sociedade individual, sociedade geral, sociedade limitada, empresa de responsabilidade limitada e sociedade anônima.

A. Estruturas de responsabilidade geralDe maneira geral, os investidores estrangeiros ficam expostos a responsabilidade máxima em três situações: abertura de uma filial dos EUA, criação de uma sociedade individual ou estabelecimento de uma sociedade geral.

1. Sociedade Individual A forma mais simples de uma empresa com um único dono é a sociedade individual. A pessoa possui diretamente os ativos do negócio e é totalmente responsável por suas operações e obrigações. Embora seja fácil de estabelecer, uma sociedade individual não é aconselhável porque o proprietário fica exposto a obrigações ilimitadas.

2. Sociedade GeralUma sociedade é uma associação de duas ou mais pessoas ou entidades para conduzir um negócio visando lucro como co-proprietários. Sociedades, regulamentadas por lei estadual, não requerem contratos por escrito, embora isto seja aconselhável. Sem um contrato, os sócios dividem igualmente lucros e prejuízos e têm direitos iguais de participar na gerência do negócio. Uma sociedade geral tem a desvantagem das obrigações ilimitadas de cada sócio geral para as dívidas da empresa.

3. FilialAs empresas estrangeiras podem fazer negócios nos Estados Unidos abrindo uma filial. Este processo simples permite que uma empresa opere nos EUA, porém expõe a empresa estrangeira às obrigações dos EUA e sujeita os lucros da filial a um imposto sobre lucros de filial. O imposto sobre os lucros da filial elimina qualquer vantagem fiscal entre a tributação de uma subsidiária de sociedade anônima e uma filial. Por estas razões uma empresa estrangeira vai normalmente optar por uma subsidiária e não uma filial.

B. Estruturas de responsabilidade limitada. Em geral, os investidores desejam uma entidade americana que ofereça responsabilidade limitada, de modo que somente o capital fornecido à empresa americana esteja em risco. Os estados oferecem diversas opções para atingir este objetivo. O que predomina são as empresas de responsabilidade limitada e as sociedades anônimas.

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III. Opções de Sociedade

1. Empresa de responsabilidade limitadaUma empresa de responsabilidade limitada (ERL) tem várias características únicas. Ela oferece responsabilidade limitada a seus proprietários, flexibilidade no gerenciamento e a capacidade de alocar lucros, tratamento fiscal e outras opções conforme o desejo dos proprietários. Uma ERL é formada encaminhando um Contrato Social à Secretaria de Estado do estado. Os membros normalmente firmam um Contrato Operacional que estabelece regras e procedimentos relativos a gerência, administração, contabilidade e assuntos fiscais da empresa. Da mesma forma que uma sociedade anônima, uma empresa de responsabilidade limitada é considerada uma entidade separada e distinta de seus membros e pode fazer qualquer tipo de negócio. Esta é a forma preferida para a maioria dos indivíduos que abrem um negócio ou possuem juntos um imóvel.

Nem todos os países que mantêm tratados fiscais com os EUA vêem as ERLs da mesma forma que as sociedades anônimas. Isto pode colocar em risco o tratamento fiscal preferencial. Um advogado dos EUA deve ser consultado sobre a escolha entre uma ERL e uma sociedade anônima.

2. Sociedade anônimaAs sociedades anônimas são estabelecidas sob uma legislação estadual individual. As sociedades anônimas são reconhecidas como entidades de responsabilidade limitada sob a maior parte dos tratados fiscais dos EUA e fornecem uma equidade e estrutura gerencial mais previsíveis e bem compreendidas do que as ERLs, embora lhes falte a flexibilidade que uma ERL oferece. Uma sociedade anônima é a forma preferida pela maioria das empresas estrangeiras que abrem uma subsidiária americana. Não há praticamente exigência de capital mínimo para criar uma empresa.

Os acionistas são donos de uma sociedade anônima, mas não estão envolvidos no gerenciamento do dia a dia. Uma diretoria é eleita anualmente pelos acionistas com a responsabilidade de estabelecer políticas. Os diretores elegem e dão autoridade a funcionários graduados. Um presidente, vice-presidente(s), secretário e tesoureiro são normalmente os funcionários graduados de uma sociedade anônima (eles podem ser todos a mesma pessoa e não precisam ser cidadãos americanos) Embora os diretores possam agir somente como uma diretoria e não representem a sociedade anônima como diretores individuais (comum em muitos outros países), um diretor pode ser também um funcionário graduado e representar a empresa nessa capacidade. Os funcionários graduados gerenciam as operações do dia a dia. Ações significativas como empréstimos substanciais ou aquisição ou venda de ativos substanciais devem, de maneira geral, ser autorizadas pelos diretores e, em alguns casos, pelos acionistas.

Tanto as sociedades anônimas quanto as ERLs devem ter um agente estabelecido por lei baseado localmente, para receber papéis formais do governo e de outros; a Frost Brown Todd oferece este serviço nos estados onde atua sem cobrar nada

dos clientes.

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IV. Aquisições e Joint Ventures

O caminho mais rápido para o sucesso de negócios nos EUA é adquirir uma empresa existente ou formar uma aliança estratégica com uma empresa americana bem-sucedida. Isto oferece à entidade estrangeira uma presença americana imediata, força de trabalho, gerenciamento, canal de distribuição e familiaridade com as condições locais.

A. AquisiçõesAo invés de organizar uma subsidiária ou estabelecer uma filial, um investidor estrangeiro pode adquirir os ativos ou grupo de ações de uma empresa existente (o “alvo”). A aquisição pode ser feita comprando os ativos ou grupo de ações do alvo em troca de caixa ou ações do investidor estrangeiro ou através de uma fusão. Surgem questões fiscais importantes quanto à maneira como se lida com a aquisição.

B. Joint Ventures/Alianças estratégicasO termo “joint venture” refere-se a uma associação de empresas ou pessoas com a finalidade de tratar uma atividade específica. As joint ventures podem ser formadas para um evento empresarial isolado de curto prazo ou podem contemplar um relacionamento de longo prazo envolvendo múltiplas transações. Uma joint venture ou aliança estratégica pode ser um contrato entre partes ou pode ser na forma de uma entidade legal. Os EUA são, de maneira geral, uma jurisdição de “liberdade de contrato”, dando às partes ampla discrição na definição de direitos e responsabilidades em um acordo por escrito.

V. Imigração

Os que planejam iniciar um negócio nos EUA podem querer preencher parte do quadro de pessoal da operação com cidadãos não-americanos. A lei de imigração dos EUA sofre freqüentes mudanças e a ocasião oportuna para fazer solicitações é um elemento crítico dadas as cotas e outras características do sistema de imigração dos EUA. Os vistos seguintes podem estar disponíveis para cidadãos não-americanos que realizam negócios nos EUA.

A. Visitantes a negócio (B-1)Pessoas que viajam a negócio entram nos EUA usando um B-1, ou Visto de Visitante Temporário para Negócios. Os vistos B-1 permitem aos estrangeiros viajarem temporariamente aos EUA para fins de negócios como pesquisar locais potenciais para negócio, negociar contratos, consultar sócios empresariais e participar de convenções profissionais ou de negócios, conferências ou seminários. Entretanto, um visitante B-1 não pode receber salário de um empregador americano e não pode trabalhar nos EUA como consultor ou empreiteiro independente. O visitante B-1 deve pretender retornar a uma residência fora dos EUA e seus serviços devem beneficiar um empregador cujo local de negócios esteja basicamente fora dos EUA.

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V. Imigração

B. Treaty Trader (E-1)Um cidadão estrangeiro pode ingressar nos EUA mediante um tratado bilateral existente de amizade, comércio e navegação para se envolver principalmente em comércio entre os EUA e o país estrangeiro do tratado. O comércio envolvido deve ser uma troca internacional de itens ou serviços entre os EUA e o país estrangeiro do tratado. Além disso, o comércio deve ser “substancial” no sentido de que haja um volume mensurável e continuado de comércio entre os EUA e o país do tratado. Um portador de visto E-1 pode ser o diretor ou um empregado de uma empresa americana que seja pelo menos 50% de propriedade de estrangeiros do país do tratado. Um empregado deve ter a mesma nacionalidade que os proprietários e deve ter deveres ou qualificações executivas, gerenciais ou de supervisão que tornem seus serviços essenciais para a operação eficiente do empreendimento.

C. Investidor de Tratado (E-2)Um cidadão estrangeiro pode ingressar nos EUA mediante um tratado bilateral existente de amizade, comércio e navegação para buscar atividades empresariais relacionadas com um investimento nos Estados Unidos. O investimento deve ser substancial e deve retornar uma renda maior do que a necessária apenas para o sustento do cidadão estrangeiro e sua família. Um portador de visto E-2 pode ser um investidor ou um empregado de uma empresa americana que seja pelo menos 50% de propriedade de estrangeiros do país do tratado. Um empregado deve ter a mesma nacionalidade que os proprietários e deve ter deveres ou qualificações executivas, gerenciais ou de supervisão que tornem seus serviços essenciais para a operação eficiente do empreendimento.

D. Transferido Intra-empresas (L-1)Os vistos L-1 estão disponíveis para empregados de uma empresa internacional com escritórios no exterior e nos EUA, ou uma empresa que pretende abrir um novo escritório nos EUA mantendo ao mesmo tempo seus escritórios no exterior. Há duas categorias de empregados com direito a vistos L-1: (a) executivos ou gerentes e (b) empregados ocupando cargos que requerem conhecimento especializado. De maneira geral, o visto L-1 permite que um empregado se transfira para um escritório nos EUA após ter trabalhado no exterior para a empresa ou uma empresa conexa por pelo menos um ano antes de lhe ser concedido o status de L-1.

E. Trabalhador em Ocupações Especializadas (H-1B)O visto H-1B é destinado a cidadãos estrangeiros empregados em “ocupações especializadas”. Ocupações especializadas são em geral aquelas que normalmente requerem um grau de bacharel ou superior (ou equivalente) em uma especialidade específica para ingresso na ocupação. Exemplos de ocupações especializadas incluem: contadores, analistas de informática, programadores, administradores de banco de dados, web designers, engenheiros, analistas financeiros, médicos, cientistas, arquitetos e advogados. Os pedidos de H-1B são encaminhados pelos empregadores em nome do solicitante. Um pedido inicial pode ser encaminhado solicitando um período de emprego de três anos. O empregador pode encaminhar um pedido de extensão por mais três anos de modo que um empregado estrangeiro possa permanecer continuamente nos EUA por até seis anos.

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V. Imigração

F. Visto de trabalho para pessoas qualificadas e não qualificadas (H-2B)O visto de trabalho H-2B é um visto criado recentemente que permite a cidadãos estrangeiros virem para os EUA quando há carência de empregados americanos. Os vistos H-2B são fornecidos para empregos não agrícolas e se destinam a trabalhadores qualificados e não qualificados. A fim de ter direito a um visto H-2B, o cidadão estrangeiro deve vir aos EUA para aceitar um emprego não agrícola temporário ou sazonal de um empregador americano. O empregador deve também provar que não há trabalhadores americanos desempregados desejando ou com capacidade para fazer o trabalho.

G. Trainee (H 3)Um cidadão estrangeiro que ingressa nos EUA para treinamento em trabalho pode ter direito a um visto de treinamento H3. Um visto H-3 é apropriado quando um treinamento em trabalho não está disponível no país de origem do trainee. O treinamento recebido pelo trainee deve beneficiar a busca de uma carreira no país de origem do trainee. Os portadores de visto H-3 só podem trabalhar para a empresa que ofereceu seu treinamento e o emprego apenas desempenha um papel reduzido no programa global de treinamento. Os programas de treinamento em agricultura, tecnologia, finanças, comunicações, governo e em quase todos os outros campos, exceto para programas de treinamento médico, podem qualificar um indivíduo para um visto H-3. A permanência máxima com um visto H-3 é de dois anos.

H. Capacidade Extraordinária (O-1)O visto O-1 está disponível para cidadãos estrangeiros com extraordinária capacidade em ciências, artes, educação, negócios ou atletismo conforme demonstrado por “aclamação nacional ou internacional prolongada”. Exemplos de prova de capacidade extraordinária podem ser contratos, premiações, indicações, prêmios, material publicado ou documentação similar refletindo a natureza da realização do indivíduo. O trabalho realizado pelo cidadão deve ser temporário e o prazo máximo de permanência varia, porém, fica inicialmente limitado a três anos.

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VI. Relações Trabalhistas

Os empregadores devem obedecer às regulamentações federais, estaduais e locais para contratação, emprego e término de contrato de trabalhadores americanos e estrangeiros nos EUA.

A. Emprego “sem vínculo”A maioria dos empregados nos EUA trabalha sem um acordo por escrito e sem vínculo. ”Sem vínculo” significa que o empregador pode cancelar o emprego a qualquer tempo e o funcionário pode sair a qualquer tempo - por nenhuma razão ou por quase todas as razões. Há exceções a isto: os empregadores não podem demitir um funcionário por razões discriminatórias proibidas por lei federal ou estadual, como raça, sexo, origem nacional ou idade do funcionário. Alguns estados reconhecem outras exceções para emprego sem vínculo e é importante obter aconselhamento jurídico antes de contratar ou demitir empregados. Alegações de demissão errônea variam de reivindicações contratuais, como um contrato implícito inadvertidamente criado por um manual de funcionários ou um manual de política para alegações de demissão do emprego em violação a políticas públicas de um estado em particular.

B. Benefícios do empregadoO empregador tem ampla discrição para conceder benefícios aos empregados. Muitos empregadores oferecem, e muitos empregados esperam, benefícios como pensão e planos de participação nos lucros, planos de saúde e continuidade do seguro em grupo para empregados demitidos. Diferentemente de muitos países, os EUA não possuem um sistema de assistência médica mantido pelo setor público e a maior parte dos empregados (nem todos) está coberta por planos de seguro saúde do empregador. De maneira geral, não se exige que os empregadores forneçam seguro saúde aos empregados embora este seja um tópico intensamente debatido em círculos de política. Um empregador que não concede seguro saúde a seus empregados vai ficar em desvantagem competitiva ao tentar atrair trabalhadores qualificados. Uma vez que o empregador decida que benefícios sejam concedidos, leis federais e estaduais visam assegurar que os benefícios sejam distribuídos e mantidos de maneira justa. Alguns benefícios são obrigatórios: a Family and Medical Leave Act of 1993, por exemplo, estabelece que empregadores de grande porte devem conceder a empregados que têm direito, até doze semanas de licença sem remuneração com trabalho protegido para maternidade ou adoção; para cuidar de um membro imediato da família (cônjuge, filho ou pais) com doença grave; ou para cuidar de um empregado que não pode trabalhar por causa de uma doença grave.

C. Indenização de trabalhadoresDe maneira geral, os trabalhadores não podem processar seu empregador por lesões no local de trabalho. Ao invés disso, todos os estados têm leis para indenização de trabalhadores. Os programas de indenização de trabalhadores

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VI. Relações Trabalhistas

contemplam despesas médicas dos empregados e perda de receitas resultantes de lesão ou doença relacionadas com o trabalho. Os empregadores efetuam pagamentos a um fundo de segurança do estado. Estes fundos concedem benefícios a funcionários que sofreram lesões com base na classificação de risco e folha de pagamento do empregador. Em alguns estados, empregadores qualificados podem fazer um seguro próprio para esta finalidade.

D. Remuneração por desempregoTodos os estados possuem um sistema de remuneração por desemprego. Isto concede assistência financeira temporária a ex-empregados que ficaram desempregados sem culpa sua. O direito à remuneração por desemprego e a disponibilidade variam de estado para estado. Os benefícios são financiados pelos pagamentos do empregador.

Leis trabalhistas federais e estaduais impõem diversas restrições adicionais aos empregadores americanos. Algumas das mais críticas a considerar são:

E. Equal Employment Opportunity LawsNumerosas leis federais requerem que os indivíduos tenham igual oportunidade de emprego. Estas leis proíbem discriminação em práticas de emprego, incluindo contratação, promoção, rescisão de contrato e outras condições ou privilégios do trabalho.

1. O Title VII of the Civil Rights Act of 1964 proíbe discriminação com base em raça, cor, sexo (incluindo gravidez e assédio sexual), religião ou origem nacional.

2. A Americans with Disabilities Act of 1990 proíbe discriminação contra um indivíduo qualificado portador de uma incapacidade, desde que a pessoa possa desempenhar as funções essenciais do trabalho com ou sem favores razoáveis pelo empregador. Não se exige que um empregador faça favores a um indivíduo qualificado portador de incapacidade se isto provocar dificuldades indevidas para as operações. Uma dificuldade indevida é aquela que causa ao empregador significativo transtorno ou gasto, dependendo do porte, natureza e finanças do empregador.

3. Sob o Age Discrimination in Employment Act of 1967, é ilegal um empregador discriminar candidatos ou funcionários com relação à idade, para candidatos com 40 anos ou mais.

4. Sob o Equal Pay Act of 1963, é ilegal um empregador pagar aos empregados de um sexo salários ou benefícios diferentes do que aos empregados do outro sexo quando ambos os sexos realizarem trabalhos de habilidade, esforço e responsabilidade semelhantes para o mesmo empregador sob condições de trabalho semelhantes.

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VI. Relações Trabalhistas

F. Fair Labor Standards Act A Fair Labor Standards Act estabelece salário mínimo nacionalmente, igual remuneração, pagamento de horas extras e outras restrições. O salário mínimo federal por hora no fim de 2016 é de $7,25. Muitos estados possuem salários mínimos superiores.

G. Occupational Safety and Health Act A Occupational Safety and Health Act (OSHA), de 1970, requer que os empregadores americanos obedeçam aos padrões de segurança e saúde nas condições do local de trabalho. Os padrões adotados sob esta lei regem a indústria em geral (por exemplo, lojas, escritórios, fábricas), e também os setores de construção, marítimo e agrícola. Os empregadores devem manter seus locais de trabalho livres de riscos reconhecidos quando não houver padrão específico. A OSHA, órgão federal, faz cumprir a lei e realiza regularmente inspeções de surpresa a locais de trabalho. As empresas que violam a OSHA estão sujeitas a punições civis e, em casos graves, a punições criminais.

H. National Labor Relations Act A National Labor Relations Act rege as relações entre as organizações trabalhistas (sindicatos) e os empregadores. Esta lei garante aos empregados o direito de se organizarem e de negociar coletivamente com seus empregadores ou recusar-se a isso. A lei proíbe aos empregadores e organizações trabalhistas interferirem, restringirem ou coagirem empregados no exercício desses direitos. A lei regulamenta greves, piquetes e boicotes de produtos ou serviços de um empregador. A National Labor Relations Board é o órgão federal independente que administra a lei.

I. Empregadores com contratos governamentais ou recebendo assistência do governoEmpregadores que têm contrato com o governo federal ou empregadores que recebem assistência do governo podem ter obrigações adicionais de conformidade, incluindo: (i) adoção de programas de ação afirmativa para promover minorias, mulheres, ex-combatentes e indivíduos com incapacidades; (ii) certificação de que o empregador mantém o local de trabalho livre de drogas; e (iii) pagamento de salários vigentes para trabalhos de construção federais ou com assistência federal.

J. Worker Adjustment and Retraining Notification Act (WARN)A WARN requer que os empregadores americanos com 100 empregados ou mais apresentem notificação por escrito de pelo menos 60 dias corridos antes de fechar uma fábrica ou promover uma demissão temporária em massa. Os empregados que têm direito à notificação antecipada incluem supervisores e gerentes e também empregados assalariados e horistas.

K. RetaliaçãoLeis federais e estaduais proíbem os empregadores de demitir, rebaixar, assediar ou adotar qualquer outra ação adversa contra a maioria dos funcionários por se oporem a práticas de emprego que, de boa fé, acreditem ser ilegais; participar em um procedimento de discriminação de emprego; ou entrar com uma ação discriminatória ou uma ação de indenização de trabalhadores.

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VII. Tributação

Todas as empresas que operam nos Estados Unidos devem pagar impostos federais, estaduais e, algumas vezes, locais. Empresas estrangeiras podem também estar sujeitas a tributação em seus países de origem sobre a receita originada nos EUA. Para atenuar a dupla tributação, a maioria dos países industrializados mantém tratados fiscais com os EUA. Cada um deles é negociado individualmente, embora a maioria seja baseada no modelo americano. Os profissionais de tributação da Frost Brown Todd assessoram nossos clientes a alcançar a eficiência tributária federal e estadual ideal ao planejarem e conduzirem operações nos EUA.

A. Imposto de renda de empresasAs empresas constituídas nos Estados Unidos devem pagar tributo federal sobre sua renda mundial a uma taxa que varia entre 15% e 35% dependendo do montante de renda tributável líquida. Além deste, as empresas devem pagar um tributo mínimo alternativo, aplicado sobre a renda tributável, aumentada por preferência fiscal e itens de ajuste. Além do tributo federal, as empresas pagam imposto estadual, franquia ou impostos sobre atividade comercial em muitos estados, normalmente entre 4% e 9% da renda tributável líquida. Os estados diferem na maneira como tributam negócios e isto exige cuidadoso planejamento antecipado para decidir onde instalar uma sede ou operações regionais nos EUA. Independentemente do estado onde foram constituídas, as empresas que realizam negócios em muitos estados podem ter que pagar tributo empresarial ou outros impostos em cada um desses estados. Estes tributos são baseados em receita alocada e repartida para refletir a atividade da empresa em cada estado.

É importante ressaltar que redução tributária em grupo é algumas vezes oferecida. Quando uma empresa americana paga dividendos a outra empresa americana, somente parte do dividendo é tributado como renda ordinária. Quando empresas americanas têm pelo menos 80% de propriedade comum, elas podem reivindicar um retorno consolidado e eliminar tributo sobre dividendos inter-empresas. Tributos são retidos sobre dividendos, juros, aluguéis e royalties somente quando pagos a não-residentes (pessoas que não têm cidadania americana ou não são residentes) e somente se a renda não estiver efetivamente vinculada a negócio ou comércio nos EUA.

1. Pagamento de tributoNormalmente, uma empresa deve pagar 100% de suas obrigações de imposto de renda federal através de parcelas trimestrais estimadas. Deixar de fazer os pagamentos estimados resulta em punições e juros.

2. Imposto de renda de empresas estrangeirasFiliais de empresas estrangeiras pagam imposto de renda conforme as taxas normais federais para empresas sobre a renda gerada nos EUA e sobre qualquer receita gerada no estrangeiro efetivamente vinculada a negócio ou comércio nos EUA. Os créditos de imposto no estrangeiro podem estar disponíveis para receita gerada no estrangeiro. Além disso, um imposto de 30% é aplicado sobre um montante equivalente de dividendos, que são os rendimentos e lucros efetivamente vinculados para o ano tributável, reduzidos ou acrescidos pela flutuação fiscal do patrimônio líquido nos EUA. Em parte, por causa da tributação dos lucros de

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VII. Tributação

filial, a maioria dos estrangeiros conduz negócios nos EUA através de ERLs ou sociedades anônimas e não de filiais.

As empresas com mais de 25% de propriedade estrangeira devem fornecer às autoridades americanas informações sobre os proprietários estrangeiros, suas relações com a empresa e as transações entre eles. Isto reflete uma crescente preocupação dos EUA e todos os governos de que sobre cada um incida uma porção justa de tributos provenientes de receita auferida dentro de suas fronteiras. Um planejamento antecipado deve ser feito para cumprir as regras de fixação de preços de transferência.

B. Tratamento fiscal de outras entidadesDe maneira geral, as sociedades não são tributadas porque os lucros ou prejuízos são alocados a seus sócios que são tributados a taxas individuais. Não obstante, as sociedades devem reivindicar um retorno de informação. Uma empresa de responsabilidade limitada pode reivindicar uma escolha a ser tributada como uma sociedade anônima ou uma sociedade. Para evitar dupla tributação, a maioria prefere ser taxada como sociedades.

C. Imposto sobre vendasOs Estados Unidos não adotam um sistema de Value Added Tax (VAT). O governo federal não tributa vendas ou VAT. A maioria dos estados cobra um imposto sobre compras de consumidor. Distritos e municípios muitas vezes cobram impostos adicionais sobre vendas. Impostos sobre vendas são aplicados em teoria sobre compradores individuais de bens de consumo, mas são na prática coletados por varejistas no momento da venda no varejo e repassados para o estado e governo local. Impostos sobre vendas devem ser elencados como um acréscimo ao preço de venda e não absorvido no preço declarado de um item.

D. Propriedade pessoal/Tributos sobre inventárioA maioria, porém não todos os estados, tributa uma propriedade pessoal ou cobram um imposto de inventário sobre os negócios. Para comparar as taxas de impostos entre estados, as entidades devem fazer o registro contábil das diferenças nas formas de avaliação usadas para extrair o valor de listagem.

E. Foreign Investment in Real Property Tax Act of 1980 (FIRPTA)Estrangeiros que têm participação em bens imóveis nos EUA e certas empresas americanas proprietárias de imóveis devem pagar um imposto federal retido na fonte sobre a venda desses bens como se estivessem envolvidos em um negócio ou comércio nos EUA. Isto exige 10% do montante realizado sobre a venda a ser retido

e aplicado para a obrigação tributária do estrangeiro nos EUA.

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VIII. Propriedade Intelectual

O ativo mais valioso de muitas empresas é a propriedade intelectual (PI). Algumas empresas estrangeiras obtém proteção de PI nos EUA ampliando seus direitos de estrangeiro através de registros internacionais. Em outras circunstâncias, a empresa deve obter proteção através de registro nos EUA. Diferentes regras protegem diferentes aspectos do conteúdo criativo e oferecem diferentes níveis de segurança.

A. PatentesA lei de patentes protege invenções, que podem incluir produtos, sistemas, processos e projetos. Embora a proteção de patentes seja relativamente cara e difícil de garantir, uma patente é uma maneira poderosa de estimular investimento em um produto porque o governo dos EUA concede ao proprietário um monopólio para criar, usar, licenciar, vender e importar a invenção. Por exemplo: a patente de um medicamento (ou mesmo o encaminhamento de uma solicitação) pode desencorajar produtores de medicamentos genéricos a criar um produto competitivo que diminuiria os lucros do proprietário da patente. Se o produtor do medicamento genérico infringir a patente, o proprietário da patente pode processá-lo e recuperar lucros perdidos e, algumas vezes, até mesmo as custas do processo.

Uma patente dá a seu proprietário o direito de excluir outros de fabricar, importar ou, de outra forma, explorar a invenção por um tempo limitado. A vida limitada da patente depende do tipo de patente que o governo concede. Uma “patente de utilidade”, que protege produtos, sistemas e processos e uma “patente de planta”, que protege variedades de plantas novas e distintas, é válida por 20 anos. Uma “patente de projeto” que protege desenhos de produto ornamental é válida por 14 anos. Após o término destes períodos de tempo qualquer concorrente do proprietário pode criar e explorar a invenção. Diferentemente das leis da maioria dos países, a lei americana concede ao inventor, um ano após da revelação pública inicial, uso ou oferta para venda de uma invenção, para solicitar o registro de uma patente.

B. Marcas registradasA lei de marcas registradas impede um comerciante de utilizar impropriamente nomes de produtos bem estabelecidos, logotipos ou projetos para vender um produto concorrente inferior ou não autorizado. Estes nomes, logotipos e projetos são valiosos para uma empresa porque permitem aos consumidores reconhecerem imediatamente a qualidade de um produto. Os proprietários de marca registrada devem estar vigilantes para proteger a característica distinta de suas marcas. Protegendo uma marca registrada, as empresas podem investir com segurança em campanhas de marketing e de fidelidade à marca. Esta proteção durará enquanto a marca for usada para distinguir bens ou serviços, possivelmente para sempre. Diferentemente da lei em muitos países, os direitos de marca registrada nos EUA se originam no uso e não são simplesmente determinados por quem encaminha o registro primeiro.

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VIII. Propriedade Intelectual

C. Direitos autoraisA lei de direitos autorais protege uma ampla diversidade de trabalhos expressivos, incluindo livros, pinturas, gravações de som, desenhos de barcos e programas de informática. Dependendo de quem criou o trabalho , a proteção dos direitos autorais pode ter validade por mais de 100 anos. Esta longa proteção evita que outros criem cópias exatas do trabalho protegido ou trabalhos muito semelhantes. A lei de direitos autorais está na vanguarda da nova tecnologia. Códigos de software, por exemplo, podem ser protegidos por direitos autorais. A internet gerou muitas questões difíceis de direitos autorais porque as pessoas podem livremente trocar informações protegidas. A lei de direitos autorais está mudando para adaptar-se às novas tecnologias e para garantir o investimento que as empresas fazem em trabalhos cobertos por direitos autorais.

D. Segredos comerciaisTodos os estados têm uma lei para segredos comerciais. Estas leis protegem matérias similares como a lei de patentes e se estendem a listas de clientes, planos de marketing e outras importantes informações empresariais. Algumas empresas optam por não buscar uma patente e, ao invés disso, manter suas atividades em segredo. Por exemplo, muitos fabricantes de alimentos e bebidas trancam suas receitas em cofres e revelam para muito poucas pessoas a combinação do segredo. Isto é importante porque um segredo comercial só pode existir e ser protegido se muito poucas pessoas o conhecerem. Uma empresa pode projetar e implementar um eficiente programa de segredo comercial se ela espera que seus segredos não sejam revelados.

IX. Importações e Exportações

A. Importações O US Customs Service regulamenta o comércio internacional através da imposição de direitos alfandegários, taxas e outras restrições. Todos os bens entram nos EUA através de portos de entrada designados. Importadores de registros classificam os artigos que entram sob o Harmonized Tariff Schedule, um sistema que estabelece taxas e cotas de direitos alfandegários para importações baseadas em país de origem. Todos os bens devem estar acompanhados de uma obrigação assegurando conformidade com os regulamentos da alfândega americana, incluindo requisitos de rotulagem e embalagem. Com algumas exceções, as remessas feitas por correio internacional e avaliadas em menos de US 2.000 estão sujeitas a direitos alfandegários, mas podem dispensar documentação extensa e seguro-garantia. Uma vez importados, os bens podem se movimentar livremente dentro dos EUA sem custos alfandegários adicionais. As subsidiárias americanas importaram uma cifra recorde de $920 bilhões em bens das empresas controladoras no exterior em 2007. Os importadores americanos, incluindo subsidiárias de fornecedores estrangeiros devem adotar políticas e procedimentos que estejam em conformidade com as práticas recomendadas para obter conformidade de importação, incluindo manutenção apropriada de registros.

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IX. Importações e Exportações

B. Conformidade de exportaçãoA vasta maioria dos bens que saem dos EUA não requer uma licença de exportação. Os EUA não impõem qualquer tributo sobre exportações e estão constitucionalmente impedidos de fazer isso. Bens e propriedade intelectual que têm aplicações comerciais e militares podem requerer que o exportador obtenha um Dual Use License administrada através do Bureau of Industry and Security. Programas de sanções econômicas restringem o comércio de bens destinados a países como: Cuba, Irã, Sudão e Síria e transações com “Pessoas Proibidas” são proibidas em qualquer montante. Documentação apropriada e auditoria legal são essenciais para obedecer às regras de exportação americanas, cuja violação pode resultar em punições monetárias, cancelamento dos privilégios de exportação e, em raras situações, processo criminal. Toda a documentação de exportação deve ser encaminhada eletronicamente.

C. NAFTA e outros Acordos de Livre ComércioO Canadá e o México representam os maiores mercados para as exportações americanas, totalizando cerca de $400 bilhões em 2007. Sob o North American Free Trade Agreement, os bens que satisfazem regras específicas de origem podem qualificar os direitos alfandegários para zero ou um valor reduzido quando comercializado entre estes três países. Os Estados Unidos mantêm acordos de livre comércio similares com a maior parte da America Central e a República Dominicana, Austrália, Israel, Jordânia e Cingapura. De maneira geral, os EUA têm tarifas muito baixas sobre bens importados e os exportadores americanos enfrentam direitos alfandegários muito mais altos sobre bens exportados para países com os quais os EUA não têm acordo de livre comércio.

D. Zonas francas O Department of Commerce supervisiona mais de 200 zonas francas (FTZs) nos EUA. As empresas obtêm um tratamento duty-free sobre bens importados pelas FTZs e depois re-exportados e direitos alfandegários deferidos sobre itens que saem das FTZs e entram nos EUA. As FTZs permitem que as empresas exibam, montem, testem, rotulem, processem e armazenem itens por um período de tempo indefinido dentro das FTZs. Algumas FTZs permitem a fabricação e o processamento, permitindo que bens semi-acabados destinados aos EUA entrem a taxas mais baixas. Indiana, Kentucky, Ohio, Pensilvânia, Tennessee, Texas, Virgínia e Virginia Ocidental mantêm 72 FTZs.

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X. Meio AmbienteA. Esquema Regulador Geral

As empresas que operam nos EUA devem obedecer às regulamentações ambientais a nível federal, estadual e local. A US Environmental Protection Agency (USEPA) é fundamentalmente responsável pela implementação e aplicação das leis ambientais federais enquanto que os órgãos estaduais normalmente aplicam as leis a nível estadual. As leis federais e estaduais regulamentam a qualidade do ar e da água; o manuseio, armazenamento e descarte de resíduos sólidos e perigosos; tanques de armazenamento; substâncias tóxicas; pesticidas; e contaminação do solo. As regulamentações estabelecem permissões, elaboração de relatórios, manutenção de registros, testes e recuperação de propriedade contaminada local e estadual.

B. Legislação Federal PrincipalNumerosas leis federais exigem consideração pelas empresas de fabricação incluindo as seguintes:

1. O Clean Air Act e o Clean Water Act regulamentam descarga de poluentes na água e no ar.

2. O Comprehensive Environmental Response, Compensation and Liability Act (CERCLA) atribui poderes à USEPA para limpar locais com resíduos perigosos e exigem que as partes responsáveis paguem por isso. Para atenuar a preocupação com responsabilidade de muitos compradores de imóveis industriais, a CERCLA introduziu o Innocent Landowner Defense para aqueles que dão passos específicos antes de comprar.

3. O Resource Conservation and Recovery Act (RCRA) rege o gerenciamento de resíduos perigosos desde o ponto de geração até o ponto de descarte.

4. O Toxic Substances Control Act (TSCA) regulamenta “substâncias químicas e o Federal Insecticide, Fungicide, and Rodenticide Act (FIFRA) rege o registro, distribuição, venda e uso de pesticidas.

5. Em 2005, a Energy Policy Act entrou em vigor. Esta lei avançada concede incentivos fiscais e tratamento de empréstimos favorável para refletir a política energética dos EUA. Ela oferece créditos e deduções fiscais para certos projetos relacionados com energia.

XI. Antitruste

Todas as empresas estão submetidas a leis antitruste dos EUA, que promovem concorrência e proíbem certas práticas anti-competitivas. De maneira geral, as leis antitruste proíbem restrições não razoáveis ao comércio, monopolização, discriminação de preços, métodos desleais de competição e práticas desleais ou enganosas que afetam o comércio. As leis antitruste aplicam-se ao comércio de importação para os EUA e ao comercio de exportação e atividades de comércio exterior puramente extraterritorial que têm um “efeito substancial direto e razoavelmente previsível” sobre o comércio dos EUA. As empresas estrangeiras devem fornecer certas notificações se elas adquirirem ações com direito a voto ou ativos de certas empresas americanas que têm uma participação dominante no mercado em seu setor industrial.

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XII. Serviços Bancários

Quando uma empresa estrangeira se estabelece nos EUA, ela deseja serviços bancários locais. Embora as provisões anti-lavagem de dinheiro e anti-terrorismo tenha tornado mais difícil a abertura de conta em bancos americanos para estrangeiros desde 2001, os bancos americanos acolhem negócios de empresas de proprietários estrangeiros. Um desafio mais difícil é conseguir com que um banco americano faça empréstimos a subsidiária dos EUA, com ou sem a garantia de uma empresa controladora. A Frost Brown Todd ajuda seus clientes estrangeiros a abrir contas bancárias e a obter facilidades de crédito razoáveis nos EUA.

A regulamentação U do Federal Reserve Board restringe a ampliação de crédito por bancos americanos em conexão com “valores mobiliários de margem”. Uma lista do que constitui “valores mobiliários de margem” é publicada pelo governo americano. Ela inclui a maioria das participações acionárias negociadas em importantes bolsas americanas. Isto limita a capacidade de um investidor estrangeiro financiar uma aquisição utilizando fontes americanas de crédito para garantir o financiamento através de valores mobiliários de uma empresa alvo. Há geralmente várias maneiras de cumprir com esta restrição.

XIII. Valores Mobiliários

As empresas que emitem ou distribuem valores mobiliários ao público (incluindo ações, emissão de débitos, interesses de sociedade limitada e uma ampla diversidade de veículos de investimento em grupo) devem fazer certas revelações e encaminhar materiais ao US Securities and Exchange Commission (SEC). A lei federal é baseada em dois estatutos básicos: o Securities Act de 1933 e o Securities Exchange Act de 1934 e regras adotadas pela SEC. As empresas que emitem títulos e outras envolvidas na venda de títulos devem revelar com precisão todas as informações que um investidor razoavelmente gostaria de ter antes de tomar uma decisão de investimento. Deixar de fazer isso viola lei federal e estadual e pode resultar em punições civis e criminais. Há uma crescente harmonização entre regulamentadores de valores mobiliários estrangeiros e americanos visando permitir maior fluxo global de capital por opção do investidor, porém sujeita a princípios equivalentes de revelação.

Para uma empresa estrangeira estabelecer uma subsidiária de controle total, estas leis não constituem um problema. Há isenções de registro para investidores acreditados (instituições e indivíduos com elevado patrimônio líquido, renda e sofisticação).

Diferenças em padrões de contabilidade global devem ser consideradas por investidores estrangeiros. Os EUA utilizam uma forma particular de princípios contábeis geralmente aceitos (GAAP), e isto requer adaptação contábil por empresas que utilizam padrões contábeis internacionais ou outros que diferem do GAAP dos EUA.

Empresas em crescimento muitas vezes usam opções de ações, ações restritas ou planos de divisão de lucros e outras técnicas que premiam empregados importantes por rentabilidade da empresa. Estes planos têm implicações de valores mobiliários. Por causa dos rigorosos cuidados especiais que podem se aplicar e implicações fiscais, as empresas devem consultar seu assessor antes de se comprometer com uma forma particular de plano de participação acionária para empregados ou outros a serem envolvidos com a empresa americana.

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