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FATORES QUE INFLUENCIAM NAS ESCOLHAS PROFISSIONAIS
DOS JOVENS DO ENSINO MÉDIO DAS ESCOLAS PÚBLICAS E
PRIVADAS DO MUNICÍPIO DE ESPIGÃO D’ OESTE-RO.1
Eliel Soares Esteves2
RESUMO: Esse estudo trata de uma pesquisa realizada junto aos alunos concluintes do ensino médio de uma instituição de
ensino pública e também de uma instituição de ensino privada, ambas localizadas no município de Espigão
D’Oeste. A pesquisa tem como objetivo geral analisar quais fatores influenciam no momento da escolha da
carreira profissional. Para obter os resultados utilizou-se pesquisa descritiva de caráter exploratório, com
abordagem qualitativa e método dedutivo. As técnicas de coleta de dados utilizadas foram a pesquisa
bibliográfica e questionário. Os participantes da pesquisa foram os alunos que estão concluindo o ensino médio
nas instituições pesquisadas somando 240, sendo 40 na instituição privada e 200na pública. Os resultados
apontam alguns fatores que influenciaram esses jovens em suas escolhas, assim como suas expectativas, ficando
evidente que a família é o fator que mais tem influência na decisão desses jovens, seja para seguir os passos dos
pais, e muitas vezes sofrer pressões por isso, seja na vontade de ter um futuro diferente dos pais buscando um
futuro melhor pra si mesmo e para a família, como é o caso dos alunos onde os pais não possuem nem o ensino
fundamenta completo. Com relação ao fator escola não fica claro apenas com base nos alunos seu verdadeiro
papel na decisão desses jovens. Sugere-se que as instituições de ensino juntamente com os pais dos alunos
procurem maneiras de estar trabalhando de forma mais detalhada a orientação profissional dentro de seu quadro
pedagógico de forma a contribuir para redução das inseguranças e incerteza dos mesmos no momento de suas
escolhas.
PALAVRAS CHAVE: Orientação Profissional. O Papel da Família e da Escola. Carreira
profissional. Estudantes do Ensino Médio. Escolas Públicas.
INTRODUÇÃO
O mercado de trabalho vem se tornando intensamente competitivo em virtude das
profundas mudanças que vem ocorrendo na economia, nas relações sociais, nas políticas e na
tecnologia. Poucos assuntos têm capturado de maneira tão intensa a atenção de estudiosos
como as mudanças que ocorrem na economia mundial, nos paradigmas, sem precedentes na
história da humanidade, construindo novos valores, reflexos de tais modificações. Segundo
1Artigo de Conclusão de Curso apresentado a Fundação Universidade Federal de Rondônia - Câmpus Professor
Francisco Gonçalves Quiles, como requisito parcial para obtenção do titulo em Bacharel em Administração sob
a orientação da Profª. Ms. Joareis Fernandes de Azevedo. 2Acadêmico graduando em Administração pela Fundação Universidade Federal de Rondônia – Câmpus
Professor Francisco Gonçalves Quiles. E-mail [email protected].
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Soares (2002), dentro deste contexto, a escolha profissional torna-se um processo bastante
complexo que requer um conhecimento aprofundado não apenas das áreas específicas, mas,
principalmente, do conhecimento de si. A definição desta escolha coincide com a
adolescência, um período de intensas crises e conflitos, de transição, adaptações, ajustamentos
e mudanças que influenciam no desenvolvimento do indivíduo.
As escolhas em relação à carreira profissional surgem na trajetória escolar como um
passo em seu percurso profissional e na maioria das vezes coincide com um período de
mudança, onde o jovem começa a refletir e buscar informações a respeito de si e da realidade
que o cerca. Esse momento representa uma fronteira na constituição da identidade profissional
e na inserção desse jovem no mundo adulto e produtivo. Neste período surgem vários
sentimentos, inclusive o temor de não corresponder às expectativas, tanto da família, como da
sociedade e até mesmo de si próprio que interpretam o ingresso ao ensino superior como um
certificado de uma condição de sucesso, momento esse onde ocorre uma invasão de angústias
diante de suas expectativas e os desafios a serem enfrentados.
Diante das constantes mudanças que vem ocorrendo nas relações de homem/trabalho
nota-se o avanço pela busca de uma educação de nível superior como determinante de
condições favoráveis para o alcance de uma carreira de sucesso, tendo um papel de grande
importância para o futuro profissional para os jovens que estão concluindo o ensino médio,
pois segundo Santos (2004) em meados da década de setenta com a crise econômica que se
instalou, gerou-se uma contradição, de um lado o pouco investimento na educação e de outro
o aumento da necessidade do mercado de trabalho em busca de mão de obra qualificada e de
tecnologia inovadora.
Segundo Bohoslavsky (2003), quem escolhe não está escolhendo apenas uma
carreira, mas sim com o que se quer trabalhar, está pensando num sentido para sua vida, está
escolhendo um quando e delimitando um onde, buscando se inserir numa área específica da
realidade ocupacional escolhida. A escolha da carreira profissional é uma etapa de grande
importância na vida de cada pessoa, pois é um momento onde você faz uma escolha no
presente, mas com uma visão voltada para o futuro. Pelo fato de se caracterizar um momento
decisivo, esse processo pode se configurar como um momento de grande pressão, onde a
família, amigos e próprio individuo se cobra por um posicionamento, o que acaba gerando
conflitos, ansiedades, momento esse onde será decidido não só o que quer fazer, mas também
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o que se espera para o futuro. Levando em conta que a importância da escolha de uma carreira
profissional, e das grandes pressões no momento desta escolha, esta pesquisa buscará
responder: quais os principais fatores que influenciam nas escolhas profissionais dos jovens
que estão cursando o último ano do ensino médio das escolas públicas e privadas do
município de Espigão D’ Oeste - RO?
A pesquisa foi realizada no município de Espigão D’ Oeste - RO, com os alunos que
estão concluindo o ensino médio em uma escola pública e outra privada, isso pelo fato destas
instituições de ensino oferecerem grade de ensino semelhantes e dispor em seu quadro
professores com formações comuns. O objetivo geral da pesquisa é analisar quais os fatores
influenciam nas escolhas profissionais dos jovens que estão cursando o último ano do ensino
médio de uma escola pública e outra privada no município de Espigão D’ Oeste, com os
objetivos específicos de levantar quais fatores são predominantes na decisão da escolha da
carreira profissional, verificar como a escola e a família influenciam os alunos na escolha
profissional e verificar a percepção dos alunos quanto as expectativas e os desafios a serem
enfrentados em relação ao seu futuro profissional.
Ao terminar o ensino médio os jovens se vêem rodeados por uma série de mudanças
e de papéis a serem assumidos, é o momento de crescer, fazer escolhas, optar pela
continuação dos estudos ou pelo ingresso imediato ao mercado de trabalho. Segundo Soares
(2002), a escolha da profissão implica numa dimensão, escolher o que se quer no futuro,
implica em reconhecer o que somos, às influências sofridas na infância, os fatos marcantes na
vida até o momento e a definição da formação de uma identidade profissional.
A escolha da profissão é uma das tarefas mais árduas da juventude, diante desse fato
a temática dessa pesquisa nasceu da inquietação de investigar quais os fatores predominam no
momento da decisão da escolha profissional de alunos que estão concluindo o ensino médio
no município de Espigão D’ Oeste, assim como saber a influência da escola e da família em
suas escolhas, verificando assim suas expectativas e desafios a serem enfrentados nesse
processo de autoconhecimento, onde os adolescentes deverão formular suas aspirações
profissionais, de acordo com a sua realidade e compatíveis com suas características pessoais,
interesses, potencialidades e habilidades.
Estudar esse tema no município de Espigão D’ Oeste é de grande relevância, visto
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que a associação dos acadêmicos do município conta com um número considerável de alunos,
que tem aumentado a cada ano, diante disso esse estudo possibilitará saber as aspirações
profissionais dos jovens do município, o que oferece perspectivas para o desenvolvimento
local e como elas poderão contribuir para o crescimento futuro do município. Assim esse
estudo contribuirá tanto para fins acadêmicos, como também poderá oferecer perspectivas
para o desenvolvimento local, com profissionais capacitados desenvolvendo suas atividades
no próprio município, diminuindo o êxodo para outros centros a expectativa é formar novas
gerações que invistam em sua própria cidade.
1 REFERENCIAL TEÓRICO
A fundamentação teórica incide em abordar e conhecer algumas considerações,
pesquisas, bem como dados e autores que fazem menção a respeito do assunto objeto de
estudo, como o conceito de carreira profissional, fatores que predominam na escolha da
carreira, o papel da escola na formação da identidade profissional e a importância do ensino
superior na carreira profissional.
1.1 CARREIRA PROFISSIONAL
Segundo Teodoro (2005) o conceito de carreira profissional está associado ao
aumento das dificuldades das empresas em satisfazer necessidades de mão de obra qualificada
e garantir a existência de profissionais devidamente qualificados para ocupar funções
elevadas, isso devido ao aumento da complexidade funcional e as crescentes mudanças no
mercado de trabalho. O conceito de carreira profissional engloba conhecimentos específicos
de uma área escolhida, onde os profissionais que desejem ser bem sucedidos e se destacar no
mercado de trabalho, devem possuir metas definidas, comunicação eficiente, leitura frequente,
bons relacionamentos, sendo essencial fazer o que se gosta, pois a cumplicidade e a
excelência esperada estão relacionadas com a paixão que se exerce na carreira profissional
escolhida.
A palavra carreira é usada de diferentes maneiras e possuem muitas conotações. “Às
vezes, seguir uma carreira” se aplica unicamente a alguém com uma profissão ou
cuja vida profissional é bem-estruturada e implica progresso constante. No contexto
de inclinações profissionais, o termo carreira quer dizer também a maneira como a
vida profissional de uma pessoas desenvolve-se ao longo do tempo e como é vista
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por ela (SCHEIN, 1993, p. 19).
Dutra (1996) destaca que carreira, é um termo que agrega vários significados
podendo ser utilizado para referir à mobilidade ocupacional, como por exemplo, o caminho a
ser trilhado, ou carreira como profissão, como a carreira militar. Em ambos os casos, carreira
passa a ideia de um caminho estruturado e organizado no tempo e espaço que pode ser
seguido por alguém. Somente a partir do século XIX, passou-se a utilizar o termo para definir
trajetória de vida profissional. Até pouco tempo atrás o conceito de carreira permaneceu
circunscrito a essa analogia, como uma propriedade estrutural das organizações ou das
ocupações, tal como apresentado na era da industrialização clássica, onde era marcado por
muitos níveis hierárquicos e coordenação centralizada. Os cargos eram individuais
especializados com tarefas simples e repetitivas. Ofereciam poucas oportunidades de
mobilidade ocupacional. A partir do momento que o indivíduo ingressasse na carreira, já
sabia, de antemão, o que esperar do percurso. Essas categorias são discutidas e apresentadas
no quadro 1.
Quadro 1: Categorias Conceituais das fases da Carreira Profissional Principais Fases da Carreira Profissional
Fase 1 - Crescimento,
Fantasia e Exploração
Este período geralmente é associado a infância e a pré-adolescência, onde uma
profissão é apenas um pensamento, e uma carreira um estereótipo profissional e
um objetivo de sucesso. Nessa fase inicia-se o processo de preparação para qual
que seja a profissão escolhida.
Fase 2- Educação,
Treinamento
Dependendo da profissão este processo pode ser complexo ou simples, podendo
levar dias meses ou anos. Há muitas opções nessa fase, que vão surgindo à
medida que as metas e objetivos vão ficando mais clara.
Fase 3- Ingresso no
mundo Profissional
Para maioria das pessoas independente dos seus níveis de preparo, é uma etapa de
adaptação, na qual tomam conhecimento da realidade do trabalho e de suas
próprias reações.
Fase 4- Treinamento
básico e socialização
A duração e intensidade deste período variam de acordo com a profissão,
organização e complexidade do trabalho e com as responsabilidades atribuídas a
sua profissão.
Fase 5- Admissão
como membro:
Nesta fase surge a auto-imagem da pessoa como profissional ou membro da
organização, nesse momento objetivo e valores começam a se definir por meio
das situações desafiadoras onde as escolhas devem ser feitas.
Fase 6- Estabilização
no emprego e
permanência como
membro:
Nos primeiros cinco a dez anos de uma carreira, a maioria das organizações e
ocupações indica se o individuo pode ou não contar com um futuro a longo prazo
ali.
Fase 7- Crise no meio
da carreira e
reavaliação:
Trata-se de uma crise, há evidencias de que as pessoas passam por uma espécie de
auto-reavaliação quando suas carreiras já estão bem adiantadas e começam a
questionar suas escolhas iniciais.
Fase 8- Avanço
recomeço ou
estabilização
O conhecimento resultante desta reavaliação leva a decisões sobre a continuação
ou não da carreia. Cada pessoa nessa fase chega a uma solução que irá orientá–lo
sobre os próximos passos.
Fase 9- Desligamento
Inevitavelmente as pessoas desaceleram o ritmo de suas atividades tornando-se
menos envolvidas, começam a pensar em aposentadoria e a preparar-se para essa
fase.
Fase 10- Aposentadoria Essa fase é inevitável, não importando se o individuo está ou não preparado. Pode
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ocorrer a perda da identidade profissional, podendo ocorrer de maneira aceitável
ou traumática resultando na perda de saúde física e mental.
Fonte: adaptado pelo autor conforme Soares (2002, p. 53)
Conforme Almeida e Claisy (2010), as primeiras teorias de carreira foram elaboradas
com a finalidade de compreender como são feitas as opções de carreira e, em alguns casos,
oferecer meios que pudessem ajudar as pessoas a fazer melhores escolhas, ou seja, a tomar
decisões que ocasionassem satisfação em relação a profissão escolhida. Apesar de simples
esta ideia ainda prevalece no centro das teorias das escolhas profissionais, nas quais abordam
que o indivíduo deve procurar o autoconhecimento, suas habilidades, interesses, valores e
motivações e também o conhecimento do ambiente no qual está inserido, buscando assim uma
profissão que exista o ajuste entre suas características pessoais e as exigências da ocupação.
1.2 FATORES QUE PREDOMINAM NA ESCOLHA DA CARREIRA PROFISSIONAL
A difícil escolha da profissão ocorre quando o jovem ainda vivencia crises e conflitos
típicos da adolescência. Por não possuir o conhecimento necessário e nem a maturidade
suficiente para a escolha profissional, se deixam influenciar por diversos fatores nesse
momento, na busca de alternativas que faça com que o indivíduo descubra o que lhe oferece
prazer, quais são as suas habilidades e seus projetos futuros. Segundo Bohoslavsky (2003,
p.77) “a escolha não é um momento estático no desenvolvimento de uma pessoa, ao contrário,
é um comportamento que se inclui num processo contínuo de mudança da personalidade,
embora como observadores externos, pode se analisar a dimensão temporal em três
momentos, passado, presente e futuro.
Ao escolher sua profissão, o individuo não é totalmente livre, sofrendo muitas
influências do ambiente familiar, social, dos amigos, da escola, da mídia, como
também não é totalmente submisso diante da escolha. Por isso ao realizar uma
escolha profissional, é importante o autoconhecimento, a clareza acerca de suas
preferências pessoais e profissionais, perceber e trabalhar as influências familiares e
sociais, além de buscar obter mais conhecimento acerca das profissões e do mundo
do trabalho (SOARES, 2002, p. 47).
Soares (2002) evidencia que uma das coisas mais importantes na decisão da escolha
profissional, é ter a consciência daquilo que nos faz decidir por tal escolha, é o momento onde
o jovem deve ter clara a sua inserção dentro de uma sociedade imersa em ideologias
dominantes pelo sistema capitalista. É impossível pensar em um ser humano isolado do seu
meio social determinado historicamente e ideologicamente, neste sentido compreende-se que
há fatores determinantes na hora da escolha profissional que segundo Magri (2011) e Soares
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(2002), explica cada um desses fatores e como eles determinam a escolha do indivíduo. Eles
são discutidos e pensados, podendo ser descritos conforme quadro 02.
Quadro 2: Categorias Conceituais dos Fatores determinantes na escolha Profissional Fatores determinantes na escolha profissional
1 - Fatores Políticos: Referem-se à política governamental e seu posicionamento frente à educação, em
especial ao ensino médio, pós-médio, ensino profissionalizante e universidade.
Tem-se observado que o sistema político brasileiro, até agora vigente, não tem
dado a devida atenção à área da educação, não lhe enviando os recursos
necessários e nem levando a sério as leis que o regulamentam. A falta de uma
política educacional compatível com os interesses da população é um fato
constante na história do Brasil.
2 - Fatores Econômicos Refere-se ao mercado de trabalho, a queda do poder aquisitivo (possibilidade ou
não de arcar com os custos dos estudos, seja a mensalidade, custos com moradia
em outra cidade) desemprego, falta de planejamento econômico
3 - Fatores Sociais Busca da ascensão social através de formação acadêmica (curso superior, tendo a
escolher o curso devido a renda futura que tal profissão lhe renderá) influencia da
sociedade e globalização na família e no indivíduo. Referem-se à divisão da
sociedade em classes sociais, à busca de ascensão social por meio do estudo, à
influência da sociedade na família e aos efeitos da globalização na cultura e na
família. Estes fatores estão basicamente relacionados à classe social na qual o
sujeito nasce e que determinará suas oportunidades de formação profissional e de
emprego.
4 - Fatores
Educacionais
É como o sistema de ensino brasileiro se constitui, o investimento destinado a este
fim e a disponibilização das universidades públicas e privadas. Referem-se ao
sistema de ensino, à falta de investimento do poder público na educação, à
necessidade e aos prejuízos do vestibular e à questão da universidade pública e
privada. O ensino superior público passou a ser privilégio de uma parcela cada
vez mais reduzida da população, proveniente das camadas economicamente mais
favorecidas
5 - Fatores Familiares: Referem-se à busca da realização das expectativas familiares em detrimento dos
interesses pessoais. Os desejos dos pais em relação à profissionalização dos
filhos, seus valores e crenças e como isso influencia na decisão e na fabricação
dos diferentes papéis profissionais. A família é a célula social responsável pela
transmissão da ideologia dominante, dos valores morais, dos pensamentos e da
cultura. Ela é o elo intermediário entre o social e o indivíduo a busca de satisfazer
as expectativas da família, realização de sonhos não conquistados pelos pais ou
parentes, continuação do legado profissional da família e continuidade de
gerações. Pode se dizer que nas escolhas baseadas neste fator está presente uma
abertura, que é também um vínculo entre o passado, marcado pelo fato de fazer
parte de uma determinada família, com suas relações de dependência aos pais e o
futuro, onde se assumirá uma identidade adulta. Sabe-se que o sobrenome de uma
família permite tomar lugar enquanto individualidade, ou seja, ser um sujeito de
uma herança familiar, já a profissão vai permitir tomar lugar enquanto adulto, isto
é, como pessoa autônoma na sociedade. Santos 2005, diz que muitas vezes o
jovem considera não só os seus conhecimentos , assim como os conhecimentos e
projetos dos pais, onde é comum o processo de identificação com a profissão de
algum familiar, pois a história familiar é um ponto de partida para a construção de
conceitos quem os jovens têm de si mesmo, assim como para a compreensão de
suas aptidões.
6 – Fatores
Psicológicos:
Vêm ao encontro dos interesses pessoais, as motivações, habilidades e
competências que fazem com que o indivíduo escolha esta ou aquela profissão.
Referem-se aos interesses, às motivações, às habilidades e às competências
pessoais, à compreensão e conscientização dos fatores determinantes versus a
desinformação à qual o sujeito está submetido.
Fonte: adaptado pelo autor conforme Soares (2002, p. 53)
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Apesar dos diversos fatores que podem direcionar a escolha profissional, eles não são
as únicas opções, para ajudar na decisão os jovens devem buscar conhecer as profissões, ler,
tentar se informar, conhecer os cursos oferecidos de forma que possam conhecer melhor a
carreira escolhida e evitar desilusões com as expectativas criadas.
1.3 PAPEL DA ESCOLA NA FORMAÇÃO DA IDENTIDADE PROFISSIONAL
Segundo Soares (2002), a identidade é formada nas diversas relações que são
estabelecidas entre as pessoas que desempenham papéis sociais importantes na vida de cada
indivíduo. Desde criança identifica-se, consciente ou inconscientemente, assumindo e
experimentando papéis que irão servir de base para o desenvolvimento da identidade, que
possuem várias especificidades, tais como, identidade sexual, identidade profissional, etc. A
escola tem um papel realmente importante na vida de uma pessoa, é onde se iniciam as
primeiras noções de Educação profissional e também é por ela que são formadas as próprias
opiniões e assim poder tomar decisões. Por meio dela, os jovens podem decidir qual vai ser o
seu futuro, oferecendo orientações para atuar como bons profissionais para o mercado de
trabalho, assim como, formar cidadãos críticos e bem informados, em condições de
compreender e atuar no mundo em que vive.
O processo de escolha ocupacional pode caracterizar-se como processo de
desenvolvimento de uma identidade profissional. O si mesmo é interesse central da
identidade. Os conceitos de identidade e si mesmo são intuitivamente meios
satisfatórios que atribuem motivações para a escolha profissional da pessoa que
escolhe, ou seja, o desenvolvimento do si mesmo e o desenvolvimento da construção
da identidade interatuam e se afetam mutuamente, a medida que o individuo faz
frente aos problemas para decidir-se por uma carreira (PIMENTA, 2001, p. 37).
Silva, Vieira e Pinto (2011) afirmam que a escola tem como papel fundamental na
conscientização do homem para o exercício da cidadania e qualificação profissional, no
entanto, não se pode utilizá-la de maneira única, pois a mesma é um elemento
detransformação social, uma vez que foi criada para socializar o saber, tornando-se assim
ferramenta de extrema importância para o processo de redirecionamento de ações educativas
que se aproximem da realidade. Educar então, não se trata apenas de um processo profissional
como outro qualquer com seus descasos, mas deve traçar caminhos que levem o educando a
pensar e motivá-lo ao desejo de edificar seus próprios conceitos, para estabelecimento da
liberdade como acesso firme de auto-afirmação social, proporcionando construir a sua própria
história e sendo capaz de decidir sobre o seu futuro.
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A maioria das pessoas escolhe uma profissão ou uma carreira conhecendo muito
pouco sobre as implicações, dificuldades e responsabilidades envolvidas, tornando mais
difícil à escolha, assim como causando frustrações, descontentamentos, “desilusões” em
relação à profissão escolhida. Mesmo assim, percebe-se que há pouca preocupação da escola e
da família em preparar e orientar os alunos e filhos para a escolha de uma profissão, a pensar
e refletir sobre a realidade social, cultural, histórica e profissional; assim, este indivíduo faz
uma escolha, muitas vezes, de forma ocasional e desarticulada, dificultando ou até
incapacitando a formulação de projetos profissionais consistentes.
Basso (2008), diz que o fato de ter escolhido uma profissão e ingressado em uma
universidade não significa o fim dos conflitos relacionados à escolha profissional, pois,
durante a trajetória acadêmica, muitos se deparam com momentos de insegurança e dúvida,
em relação ao curso escolhido. Será que fiz a escolha certa? Tenho o perfil? Essa profissão
tem a ver comigo? Vou conseguir atuar no mercado de trabalho? Devo prosseguir ou desistir?
Enfim, mesmo conseguindo ingressar em um curso superior alguns alunos poderão se deparar
com dúvidas, incertezas, e com dificuldades em admitir que talvez tenham feito a escolha
errada.
1.4 IMPORTÂNCIA DO ENSINO SUPERIOR NA CARREIRA PROFISSIONAL
É de grande importância verificar as mudanças que vem ocorrendo nas relações
homem e trabalho, sabendo que o século atual está em crescente desenvolvimento, onde é
perceptível que os padrões de trabalho e emprego têm passado por mutações, dessa forma a
educação de nível superior tem apresentado uma visão coerente com o capitalismo voltado
para as exigências do mercado de trabalho, o que é recomendado a profissionais capacitados
que atendam as demandas trabalhistas, sendo que a graduação em curso superior produz
condições de desenvolvimento a uma carreira profissional, neste sentido, o ensino superior
tem um papel de grande importância para a empregabilidade e o enriquecimento profissional
de jovens que estão concluindo o ensino médio (SILVA; BARBOSA; SOUSA, 2006).
Diante das constantes mudanças que envolvem o mercado de trabalho, o ensino
médio já não tem sido suficiente para se destacar no mercado de trabalho, pois o
aumento da competitividade requer um preparo profissional diferenciado, isso fez
com que o ingresso na educação superior se tornasse ferramenta fundamental para
que os indivíduos adquiram as competências profissionais e as habilidades
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necessárias para construir uma carreira profissional reconhecida no mercado de
trabalho (SILVA, 2008, p.52).
Segundo Emerick (2006), a credencial escolar aplicada ao ensino superior, o diploma
constitui se como elemento favorável para a melhora da situação profissional de seus
detentores no mercado de trabalho dentro das diferentes atividades desenvolvidas nos
diferentes seguimentos do setor produtivo. Sendo assim obter um curso superior se tornou um
aspecto fundamental na construção de uma carreira profissional, pois desde a implantação
deste nível de ensino, as profissões garantidas através do ensino superior tornaram-se mais
sucedidas em seu processo de institucionalização.
2 METODOLOGIA
Com intuito de analisar quais os fatores que influenciam nas escolhas profissionais
de jovens que estão cursando o ultimo ano do ensino médio no município de Espigão D’Oeste
- RO utilizou-se pesquisa científica descritiva, pois de acordo com Andrade (2004, p.19), “nas
pesquisas descritivas, os fatos são observados, registrados, analisados, classificados e
interpretados, sem que o pesquisador interfira sobre eles, portanto, os fenômenos do mundo
físico e humano são estudados, mas não manipulados pelo pesquisador”. Optou-se por estudos
exploratórios, pois conforme Gil (1991), estas pesquisas têm como objetivo principal o
aprimoramento de idéias ou a descoberta de intuições, possuindo diversas características uma
das quais, é a capacidade de proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a
torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses.
Utilizou se também a abordagem qualitativa e o método dedutivo que segundo
Michel (2005), as pesquisas com abordagem qualitativa fundamentam-se na discussão da
ligação e correlação de dados interpessoais, onde a verdade não se comprova de forma
numérica, mas sim a partir de análises detalhadas onde suas interpretações não podem ficar
reduzidas a quantificações. Nesse caso, o pesquisador participa, compreende e interpreta os
fatos entrando em contato direto com o individuo ou grupo da mesma forma que com o
ambiente e a situação que está sendo investigada. Quanto ao método dedutivo, Santos (2000),
traz ideias usadas por René Descartes, que pressupõe que só a razão é capaz de levar ao
conhecimento verdadeiro. O raciocínio dedutivo busca explicar o conteúdo das premissas por
intermédio de uma cadeia de raciocínio em ordem descendente, de análise do geral para o
particular e chegar a uma conclusão, onde a utilização desse método leva o pesquisador do
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conhecido ao desconhecido com baixa margem de erro e de alcance limitado, sendo assim sua
conclusão não pode possuir conteúdos que excedam os das premissas.
Para coleta de dados utilizou-se pesquisa bibliográfica, onde Marconi e Lakatos
(2005) dizem que a pesquisa bibliográfica é também conhecida como pesquisa de fontes
secundárias que envolvem toda a bibliografia tornada pública, desde publicações avulsas,
boletins, jornais, livros, teses, pesquisas e monografias ou até meios de comunicação orais
como rádios, filmes e televisão, com o objetivo colocar o pesquisador em contato direto com
tudo que já foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto, onde ao final da consulta,
o pesquisador terá em mãos uma lista de títulos ou de indicações que serão prováveis fontes
bibliográficas para seu trabalho.
Utilizou-se também um questionário (APÊNDICE A), contendo 20 questões com
perguntas abertas e fechadas, pois conforme Ruiz (2011) é uma técnica utilizada, onde os
participantes da pesquisa escrevem ou respondem questões cuidadosamente elaboradas, esta
técnica tem a vantagem de poder ser aplicada ao mesmo tempo a um número significativo de
participantes, devendo ser apresentado de forma bem clara, de maneira que o participante
possa responder as questões com maior exatidão sem demonstrar imprecisão em suas
respostas. Segundo Santos (2000), o questionário pode ser classificado em aberto e fechado
com perguntas que permitem ao informante dar respostas livremente, onde sua aplicação
poderá ser feita através de contato direto, permitindo ao pesquisador explicar os objetivos do
estudo ou indiretamente através de correios e fax onde seus pontos negativos são os desvios e
a não devolução, podendo oferecer dúvidas nas respostas.
O questionário (APÊNDICE A) contendo perguntas abertas e fechadas contou com
questões adaptadas da dissertação de Pós Graduação Stricto Sensu de Gonzaga (2011) com o
tema Relação entre Vocação, Escolha Profissional e nível de Stress, PUC – Campinas. O
questionário foi estruturado de maneira que as pessoas consultadas deixassem claro sua
posição em relação ao conceito posto, onde o informante pode expressar suas opiniões de
acordo com as informações com o objetivo de levantar quais fatores foram predominantes na
decisão da escolha da carreira profissional, verificou como a escola e família influenciaram os
alunos na escolha profissional e verificou a percepção dos alunos quanto às expectativas e os
desafios a serem enfrentados em relação ao seu futuro profissional.
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No período de 13 de outubro a 24 de outubro de 2014, foram distribuídos 173
questionários, sendo 23 na instituição de ensino privada, onde os questionários foram
distribuídos em sala de aula sendo respondido por todos os alunos presentes. Na instituição de
ensino pública foram entregues 150 questionários, distribuídos também em sala de aula nos
três turnos de aula, dos quais todos optaram por responder e se mostraram muito interessados
pela pesquisa apresentada.
A pesquisa foi realizada em uma instituição pública e também em uma instituição
privada, ambas as instituições de ensino localizadas no município de Espigão D’ Oeste - RO.
As instituições escolhidas oferecerem grade de ensino comum e dispõem em seu quadro
professores com formações em comum. Considerando o universo da pesquisa que é o número
total de 240 alunos sendo 200 da escola pública e 40 da escola privada, a amostra foi de 173
participantes, sendo selecionados de forma aleatória, com margem de erro de 5%. Foram
mantidos os aspectos éticos, no que se refere ao respeito com a instituição, bem como ao
sigilo das informações prestadas pelos sujeitos que fizeram parte do universo da pesquisa,
adotando os critérios éticos estabelecidos, sendo que os sujeitos não foram identificados e
assinaram o Termo de Consentimentos Livre e Esclarecido (ANEXO A).
Após a pesquisa os dados coletados nos questionário foram formatados, e suas
informações analisadas através de tabelas utilizando para a elaboração dos mesmos Word e
Excel, visualizando assim o alcance dos objetivos nessa pesquisa. Gil (1991), diz que o
processo de análise dos dados envolve diversos procedimentos: codificação das respostas,
tabulação dos dados e cálculos estatísticos, embora esses procedimentos só se efetivem após a
coleta dos dados é importante que o pesquisador faça uma análise planejada a fim de evitar
trabalhos desnecessários. Foi realizada a analise de conteúdo, pois, Minayo (2001) diz que a
analise de conteúdo constitui em trabalhar com os dados coletados objetivando a identificação
do que está sendo dito a respeito de determinado assunto.
O trabalho foi estruturado a partir da utilização do Manual de Artigo Cientifico do
Curso de Administração da Unir - Câmpus de Cacoal (SILVA; TORRES NETO;
QUINTINO, 2010) e o pesquisador assinou o Termo de Isenção de Responsabilidade
(ANEXO B), onde o pesquisador isenta a instituição de ensino e todos presentes na defesa
presencial do conteúdo e ideias apresentadas nesta pesquisa.
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3 RESULTADOS E ANÁLISE DOS DADOS
Nessa parte do estudo apresentam-se os fatores que influenciam na decisão por uma
escolha Profissional dos jovens que estão concluindo o ensino médio, onde se pode observar
se existe diferença na maneira de pensar com relação à escolha por uma carreira entre jovens
que estudam em instituições de ensino públicas e privadas..
3.1 PERFIL DOS PARTICIPANTES
Para o desenvolvimento da pesquisa, 173 alunos participaram da pesquisa onde após a
aplicação dos questionários foi possível identificar o perfil dos alunos conforme demonstra a
tabela 1.
Quanto ao perfil dos alunos, observou-se que na instituição de ensino pública 66%
dos participantes da pesquisa são do sexo feminino e 34% do sexo masculino, já na instituição
privada 57% são do sexo feminino e 43% do sexo masculino, apesar da diferença entre os
gêneros, ambos buscam pelos mesmos objetivos que é construção de um amplo conhecimento
e assim conseguir ingressar em uma faculdade. Verificou-se que 100% dos alunos
participantes na instituição privada possuem faixa etária entre 17 a 20 anos, o que se pode
considerar um quadro de jovens na busca da realização de seus sonhos e expectativas para o
futuro.
Tabela 1: Perfil dos Participantes
Pública Privada
PERFIL DOS
PARTICIPANTES
Sexo
FEMININO
66%
MASCULINO
34%
FEMININO
57%
MASCULINO
43%
Idade 17 A 20 ANOS
99%
17 A 20 ANOS
100%
Pretende ingressar em um curso
superior
SIM
98%
SIM
100%
Sua cidade oferece instituições
de ensino superior
NÃO
100%
NÃO
100%
Pretende estudar em municípios
vizinhos
SIM
98%
SIM
97%
Pretende estudar fora do estado SIM
2%
SIM
3%
Fonte: pesquisa realizada em outubro de 2014
19
Quando questionados a respeito de ingressar em um curso superior 98% dos alunos
participantes da instituição pública disseram que pretendem sim iniciar um curso superior
assim como 100% dos participantes da instituição privada. Pelo fato do município em que
residem não oferecer instituições de ensino superior 98% dos alunos da instituição pública,
assim como 97% dos alunos da instituição privada tem a intenção de estudar em municípios
vizinhos enquanto que 2% dos alunos da instituição pública e 3% da instituição privada têm a
pretensão de estudar fora do Estado.
Gráfico 1:Cursos Pretendidos
Fonte: pesquisa realizada em outubro de 2014
Em relação ao curso pretendido pelos alunos participantes verificou-se que na
instituição de ensino público as opções para a escolha do curso superior estão bem
diversificadas onde se destacou o curso de Educação Física com 18%, medicina Veterinária
com 11% e os cursos de Administração e Engenharia com 10%, dentre outros cursos citados
segundo a escolha da carreira almejados pelos jovens participantes. Já na instituição de ensino
particular os cursos que se destacaram foram o de medicina com 39% e os de odontologia e
engenharia com 13%, apontando assim uma diferença entre as opções de carreira a ser
seguida pelos alunos das instituições de ensino investigadas conforme ilustrado no gráfico 1.
Diante da escolha da carreira a ser seguida e da intenção de ingressar em um curso
superior, foi questionado aos alunos se eles sentem-se preparados para ingressar em um curso
superior apenas com os conhecimentos adquiridos em sala de aula, no gráfico 2 observa-se
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%Agronomia
Arquitetura
Administraçaõ
Educação Fisica
Medicina Veterinária
Medicina
Pedagogia
Enfermagem
BiologiaC. contabeis
Engenharia
Biomedicina
Fisioterapia
Odontologia
Psicologia
farmacia
gastronomia
Pública
Privada
20
que existe opiniões diferentes entre os alunos participantes nas duas instituições onde 67%
dos alunos da instituição pública não acreditam que o os conhecimentos adquiridos em sala de
aula não são o suficiente, já os alunos da instituição privada 87% sentem-se preparados
apenas com os conhecimentos adquiridos em sala de aula.
Gráfico 2: Preparação para ingresso no ensino superior apenas com conhecimentos
adquiridos em sala de aula
Fonte: pesquisa realizada em outubro de 2014
Foi questionado também aos alunos se eles sentem necessidade de procurar algum
cursinho preparatório como ajuda para complementar os conhecimentos, como ilustrado no
gráfico 3 ambos alunos das duas instituições disseram sentir essa necessidade de procurar
algum cursinho como complemento para assim obter maior confiança para ingressar em um
curso superior.
Gráfico 3:Necessidade de procurar cursinhos preparatórios
Fonte: pesquisa realizada em outubro de 2014
79%
21%
74%
26%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
SIM NÃO
Pública Privada
33%
67%
87%
13%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
SIM NÃO
Pública Privada
21
Ainda indagados sobre o porquê dessa necessidade algumas respostas foram obtidas
onde fica evidenciado nos extratos de verbalização de alguns participantes:
“Além de adquirir novos conhecimentos, terei melhor desempenho nos vestibulares e
no Enem que irão influenciar no ingresso a um curso superior” P10.
“Para adquirir mais conhecimentos e me sentir mais preparada na hora competir por
uma vaga em um curso superior” P65.
“Aprendemos bastante em sala de aula, mas um curso preparatório antes é super
importante para ficar por dentro obter novos conhecimentos” P120.
“Para aperfeiçoar o se apreende na escola e até mesmo para relembrar algumas
matérias importantes que já nos foram ensinadas, porém não foram entendidos” P89.
As respostas obtidas com relação à necessidade dos alunos em procurar um cursinho
para melhor se preparar para ingressar com sucesso em curso superior fica evidente entre os
alunos das duas escolas, pois na escola pública os alunos mostraram não estar satisfeitos
apenas com os conhecimentos adquiridos em sala de aula, então sentem necessidade de
relembrar e aprimorar os conhecimentos que esclarecer as dúvidas passadas. Já na instituição
privada eles buscam o cursinho preparatório como um diferencial no momento de brigar por
uma vaga em um curso superior.
3.2 FATORES QUE PODEM INFLUENCIAR NA ESCOLHA DA CARREIRA
PROFISSIONAL
Os jovens que estão concluindo o ensino médio vivenciam um período onde cada vez
mais cedo tem que escolher a sua opção profissional. Foi questionado aos jovens, o que
esperam com relação ao curso escolhido, os alunos das duas instituições possuem uma visão
semelhante quanto ao que esperam com relação ao curso escolhido, na instituição pública
observou que 63 % dos alunos buscam com o ensino superior um maior preparo para o
mercado de trabalho juntamente com 70 % dos alunos da instituição privada, 30% dos alunos
da instituição pública e 17% na instituição privada buscam um aprofundamento teórico
visando à prática conforme apresentado no gráfico 4.
As respostas obtidas com relação as expectativas dos alunos mostraram que grande
parte dos jovens entrevistados esperam do curso escolhido saírem preparados para atuar no
mercado de trabalho, o que vai ao encontro do estudo proposto por Silva, Barbosa e Souza
(2006) que dizem que a educação de nível superior apresenta visão coerente voltado para as
22
exigências do mercado de trabalho, oferecendo condições de desenvolvimento a uma carreira
profissional, dessa forma, o ensino superior tem papel de grande importância para
empregabilidade e enriquecimento profissional de jovens que estão concluindo o ensino
médio.
Gráfico 4: Expectativas para o curso escolhido
Fonte: pesquisa realizada em outubro de 2014
Conforme os dados apresentados no gráfico 5 dos estudantes que responderam o
questionário na instituição pública, 63% afirmaram que o que levaram a fazer suas escolhas
foi possuir afinidade e interesse na área, 29% disseram que escolheram essa careira por ser
um campo de trabalho gratificante. Na instituição de ensino privada 65% dos alunos também
afirmaram que suas escolhas também se dão de acordo com as afinidades e interesses na área
desejada, porém 22% dizem que suas escolhas se baseiam no fato de possuir na sua família
algum.
Gráfico 5: Fatores de influência na escolha da carreira
Fonte: pesquisa realizada em outubro de 2014
0%
20%
40%
60%
80%
Afinidade e interesse
pela área
algum familiar
reconhecido na mesma
área
Campo de Trabalho
GratificantePressão familiar
OutrosPública
Privada
0%10%20%30%40%50%60%70%
Aquisição de
conhecimentos
Preparo para o
mercado de Trabalho
Aprofundamento
teórico Visando a
Pratica
Ganho financeiro
Posição social
publica
privada
23
Segundo os dados obtidos nessa questão observa-se que os alunos adotam alguns dos
fatores propostos por Soares (2002), onde trata de alguns fatores que podem determinar a
escolha da carreira profissional quando os alunos dizem fazer suas escolhas baseados nas suas
afinidades ele envolve fatores psicológicos que vão de acordo com os interesses pessoais,
habilidades e competências para que o indivíduo escolha essa ou aquela profissão. Envolve
também fatores econômicos que se refere a uma profissão com um campo de trabalho
gratificante que lhe dê a possibilidade de arcar com seus compromissos e de ter poder
aquisitivo além de também fatores familiares onde buscam satisfazer as expectativas da
família realizando os sonhos dos pais ou parentes ou continuação de um legado profissional.
Com relação ao papel da família, os dados obtidos como demonstra a tabela 2
esclarecem que os alunos das duas instituições investigadas recebem incentivos e apoio de
seus familiares no que diz respeito à escolha da sua carreira profissional. Foram questionados
se em sua família alguém já cursou ou está cursando um curso superior, 53% dos alunos da
instituição pública disseram que ninguém em sua família teve contato com o ensino superior.
Já na instituição privada 96% dos alunos participantes da pesquisa possuem algum familiar
com alguma relação com o ensino superior. Quanto a ingressar no mesmo curso de algum
familiar os dados mostram que 93% os alunos na instituição pública não pretendem ingressar
a algum curso vinculado a familiares, já na instituição privada 87% dos alunos que
participaram da pesquisa pretendem seguir a mesma carreira profissional que algum familiar.
Tabela 2: Influência da Família Pública Privada
Fatores que podem
influenciar no momento
da escolha profissional
SIM NÃO SIM NÃO
Sua família incentiva e
apóia na sua decisão 94% 6% 100% 0%
Na sua família tem
alguém que já cursou ou
está cursando um curso
superior
47% 53% 96% 4%
Pretende ingressar no
mesmo curso de algum
familiar
11% 93% 87% 13%
Fonte: pesquisa realizada em outubro de 2014.
Diante dos dados obtidos observa-se a importância da família seja com apoio e
incentivo, ou seja, como espelho para o futuro, pois segundo Santos (2005), o jovem muitas
vezes considera não só seus próprios conhecimentos, como também se espelham em projetos
24
de algum familiar, onde é comum um processo de identificação com a profissão de alguém da
família, dessa forma Soares (2002), evidencia que a família é uma célula social responsável
pela transmissão de valores sendo considerado um fator que ajudam ou dificultam no
momento da escolha.
No que diz respeito ao grau de instrução dos pais dos alunos participantes os dados
obtidos mostram que 50% dos pais dos alunos da instituição pública possuem ensino
fundamental incompleto, nesse caso o grau de conhecimento dos pais não interferiu na
decisão de seus filhos com relação aos estudos. Já na instituição de ensino privada 74 % dos
pais dos alunos que participaram da pesquisa já concluíram algum curso superior conforme
ilustrado no gráfico 6.
Gráfico 6: Grau de Instrução dos Pais
Fonte: pesquisa realizada em outubro de 2014.
É de grande importância saber qual a participação da escola nesse momento na vida
dos alunos, saber como esta tem ajudado nesse momento de transição onde representa uma
base de referência na orientação de muitos adolescentes, portanto no que diz respeito ao papel
da escola na escolha profissional dos alunos, observou-se que com relação à escola oferecer
orientação no momento da escolha os dados obtidos na escola pública mostra que 56% dos
alunos disseram não receber orientação da escola, entretanto 44% disseram sim receber
orientação, diante disso no que se referem a esse quesito as respostas não deixam claro se a
escola oferece ou não a orientação necessária. Já na instituição privada 61% dos alunos
também disseram não receber orientação da escola. A mesma situação ocorre com a questão
se as escolas oferecem ou não informações sobre as atualidades do mercado de trabalhos os
dados obtidos também não deixam claro se ocorre essa orientação como podemos observar na
0%
20%
40%
60%
80%
Eensino fundamental
incompleto
Ensino fundamental
Completo
Ensino Médio
Incompleto
Ensino Médio
CompletoEnsino Superior
Mestrado
Doutorado
Publica
Privada
25
tabela 3.
Tabela 3: Influência da Escola
Pública Privada
Fatores que podem
influenciar no momento
da escolha profissional
SIM NÃO SIM NÃO
Sua escola oferece
alguma orientação no
momento da escolha
44% 56% 39% 61%
Sua escola oferece
informações sobre as
atualidades do mercado
de trabalho
55% 45% 52% 48%
Fonte: pesquisa realizada em outubro de 2014
O jovem que está concluindo o ensino médio vivencia um período da sua vida cheio
de expectativas, ansiedades e dúvidas, pois cada vez mais cedo tem que assumir a
responsabilidade de escolher a carreira profissional que vai lhe abrir as portas para o futuro.
Quando questionados sobre a escolha por uma carreira profissional ser uma decisão fácil de
ser tomada, os alunos participantes das duas instituições investigadas afirmaram não ser uma
decisão fácil conforme ilustrado no gráfico 7. Com relação a decisão por uma carreira
profissional, Soares (2002) evidencia a escolha da profissão é uma das tarefas mais árduas da
juventude, pois implica em escolher no presente o que esperamos para o futuro, implica em
reconhecer o que somos e iniciar a formação de uma identidade profissional.
Gráfico 7: A escolha por uma carreira profissional é uma decisão fácil de ser tomada
Fonte: Pesquisa realizada em outubro de 2014.
7%
93%
4%
96%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
SIM NÃO
Pública Privada
26
Diante dos pontos abordados foi possível constatar que os jovens que estão
concluindo o ensino médio nas duas escolas consideram que a escolha por uma carreira
profissional é uma decisão que trás muitas responsabilidades, pois é uma decisão que precisa
ser tomada quando muito jovens, e escolher errado pode implicar no seu futuro, e o fato de
existir hoje diversas opções, requer muita reflexão e uma auto avaliação de si mesmo e o que
querem pro futuro. Quando questionados em porque não consideram uma decisão fácil
obtiveram-se os seguintes extratos de verbalização:
“Essa é uma decisão que pode definir o meu futuro, sendo assim uma
responsabilidade muito grande”P 35.
“ É uma escolha que pode comprometer o seu futuro” P 141.
“Planejar o futuro com uma decisão por uma carreira aos 17 anos não é uma tarefa
fácil” P23.
“Existem muitas opções o que acaba gerando uma confusão no momento da escolha,
e o sentimento de dúvida pode comprometer nossas escolhas, e isso pode refletir em
nosso futuro” P 78.
Gráfico 8:Pressões quanto a Escolha da Carreira Profissional
Fonte: pesquisa realizada em outubro de 2014
Escolher o que se quer para o futuro na fase adolescente faz com que os jovens
comecem a se preocupar e pensar em suas escolhas e começa a surgir o peso da
responsabilidade de uma decisão, diante dos dados obtidos averiguou-se que os 57% dos
alunos que participaram da pesquisa na instituição pública mostraram não se sentiram
pressionados no momento da sua escolha, enquanto que na instituição privada os mesmos
57% demonstraram sentir-se pressionados durante a fase da escolha profissional conforme
observados no gráfico 8.
43%
57% 57%
43%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
SIM NÃO
Pública Privada
27
No que diz respeito aos alunos da instituição privada, onde se mostraram sentir-se
pressionados podem estar relacionadas a responsabilidade de seguir o caminho dos pais, pois
em muitas situações a família busca uma ascensão através das escolhas de seus filhos a
maioria dos pais desses alunos já possuem uma carreira reconhecida, então essa pressão pode
estar fortemente ligada a expectativa dos pais, que por sua vez vai além da escolha
profissional, o que acaba despertando grandes pressões e inseguranças nesses jovens , o que
vai de encontro ao estudo de Bohoslavsky (2003), onde diz que pelo fato de se caracterizar
um momento decisivo, esse momento pode se configurar como um momento de grande
pressão, onde a família, amigos e até mesmo próprio individuo se cobra por um
posicionamento, o que acaba gerando conflitos e ansiedades, pois é o momento onde será
decidido não só o que fazer, mas o que será decidido para o futuro.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O processo de escolha ocupacional caracteriza-se como processo de desenvolvimento
de uma identidade profissional. Os conceitos de identidade são intuitivamente meios
satisfatórios que atribuem motivações para a escolha profissional da pessoa que escolhe, ou
seja, o desenvolvimento de si mesmo e o desenvolvimento da construção da identidade
interatuam e se afetam mutuamente, à medida que o individuo faz frente aos problemas para
decidir-se por uma carreira. São cada vez maiores os desafios e as dúvidas no processo da
escolha por uma carreira profissional, a tarefa de escolher na adolescência o futuro
profissional de uma vida toda muitas vezes pode gerar dúvida, pressões e inseguranças.
Os objetivos desse trabalho foram alcançados, pois foi possível identificar alguns
fatores que influenciaram na decisão dos jovens investigados, assim como saber o papel da
família e da escola em suas decisões.
Quanto ao perfil dos alunos observou-se que mesmo com todas as pressões e
incertezas sofridas durante o último ano do ensino médio, os jovens investigados nas duas
instituições de ensino investigadas mesmo estando em uma faixa etária dos 17 a 20 anos,
apresentaram muita maturidade, mostrando estar convictos do que esperam para o seu futuro
profissional mostrando estar certo de que querem ingressar em um curso superior.
Apesar de não se sentirem preparados para ingressar em um curso superior com os
28
conhecimentos adquiridos em sala de aula, como é o caso dos alunos da instituição pública,
assim como os alunos da instituição privada os mesmo se mostraram convencidos de qual
carreira seguir, onde ambos os alunos das duas escolas tem a intenção de procurar algum
curso para estar adquirindo maior conhecimento e mesmo diante de tamanha responsabilidade
já decidiram e apontaram suas decisões, onde o fato da sua cidade não oferecer ensino
superior não interferiu em sua decisões, pois, estão dispostos a estar se deslocando todos os
dias para outro município e até mesmo se mudar para outro estado, não se importando com os
obstáculos a serem enfrentados contando que alcancem seus objetivos.
Quanto ao fator família observou-se que os alunos das duas instituições têm total
apoio e incentivo de seus familiares em suas decisões. No que diz respeito aos jovens ter
algum familiar que já possuiu um curso superior, mesmo os jovens da instituição pública em
sua maioria não possuir nenhum contato familiar com algum curso superior isso não interferiu
dos jovens em iniciar um curso superior, uma vez que a maioria tem essa pretensão, o que
mostra que esse fator não influenciou na decisão desses jovens. Já na instituição de ensino
privada grande parte dos alunos que participaram da pesquisa tem a intenção de seguir a
mesma carreira de algum familiar, o que mostra que no caso desses jovens esse fator pode ser
considerado de grande influencia em suas escolhas.
Com relação ao fator escola, os dados obtidos não deixaram claro se a escola oferece
ou não a orientação necessária aos seus alunos quanto as suas escolhas profissionais e também
esclarecimentos a cerca do atual mercado de trabalho uma vez que as respostas apresentadas
não esclarecem a real situação. E com relação as suas expectativas com relação ao curso
escolhido os jovens das duas instituições investigadas esperam sair preparados para atuar no
mercado de trabalho buscando assim com o curso superior adquirir aprimoramento técnico
que possa estar colocando em prática no futuro. Segundo os dados obtidos apesar de saber o
que esperam para o futuro os jovens da instituição privada mostraram sentir-se pressionados
em algum momento, muitas vezes a pressão pode levar a escolhas das quais poderão se
arrepender no futuro.
Diante dos pontos abordados, sugere-se que as duas instituições de ensino busquem
maneiras para estar auxiliando seus alunos nesse momento crítico em suas vidas, para tanto se
sugere que as escolas promovam ações dentro das escolas voltadas para orientação
profissional, como palestras para os alunos, pais e professores, onde tanto o aluno como todos
29
que fazem parte do seu dia a dia possam estar adquirindo conhecimento que os ajude a
atravessar esse momento de sentimentos turbulentos. As escolas podem também estar
realizando feiras sobre as profissões e trazendo para seu quadro pedagógico programas com o
objetivo de esclarecer dúvidas e também oferecer material informativo esclarecendo todas as
dúvidas possíveis de maneira que possa diminuir a insegurança dos jovens que estão
concluindo o ensino médio com relação à escolha por uma carreira profissional.
As principais limitações da pesquisa destacam-se quanto ao tempo limitado pelos
responsáveis das duas instituições de ensino, para que a aplicação dos questionários não
atrapalhasse o andamento das aulas, pois nas datas de aplicação dos questionários ocorria nas
escolas, programações e simulados voltados para esclarecimentos sobre o Enem.
E como recomendação para pesquisas futuras, sugere-se que essa pesquisa seja
realizada também com os pais dos alunos de forma que se possa saber como é o
comportamento desses jovens no momento de decisão, ou até mesmo que a pesquisa seja
realizada juntamente com os professores e responsáveis pela administração da escola para
assim sabermos a importância desse tema dentro das escolas.
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graduação: noções práticas. 6ª Ed. São Paulo: Atlas, 2004.
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5 CLAISY. Maria Marinho Araujo, ALMEIDA, Sandra Francesca de. Psicologia escolar:
Construção e Consolidação da Identidade Profissional. 3 ª Ed. Alinea: Ed Elga.
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pessoas. 3ª EdSão Paulo: Atlas, 1996.
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Profissional no Brasil. Disponível em:
http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/7510/1/2006_GildeteDutraEmerick.pdf. Acesso em
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stress, PUC- Campinas2011. Disponívelem http://www.bibliotecadigital.puc-
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1711/Publico/Luiz%20Ricardo%20Vieira%20Gonzaga.pdf . Acesso em 28/06/2014.
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Rio Grande do Sul, Porto Alegre. Disponível em
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-88891998000100003,
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11MAGRI, Aline Danusa. A escolha profissional e Ensino superior. Disponível em
http://www.uems.br/portal/biblioteca/repositorio/2011-12-15_12-47-56.pdf Acesso em
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12 MARCONI, Maria de Andrade, LAKATOS, Eva Maria, Fundamentos de Metodologia
Cientifica. 6ª ed.- São Paulo: Atlas 2005.
13 MARTINS, Gilberto de Andrade, Manual para elaboração de monografias e
dissertações. 3ªed. São Paulo: Atlas, 1994.
14 MICHEL, Maria Helena, Metodologia e pesquisa científica em ciências sociais. São
Paulo: Atlas, 2005.
15 MINAYO, M. C. S. (Org.). (2001). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Rio de
Janeiro: Vozes
16 PIMENTA, Selma Garrido. Orientação vocacional e decisão; estudo crítico da situação
no Brasil. 2ª Ed.- São Paulo: Ed. Loyola.
17RUIZ, João Álvaro, Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. 6ªed. São
Paulo: Atlas 2011.
18 SANTOS, Boaventura de Sousa. A universidade do século XXI: para uma
reformademocrática e emancipatória da Universidade. 2ª Ed. São Paulo: Cortês, 2004.
19 SANTOS,Larissa Medeiros Marinho dos,O papel da família e dos pares na escolha
profissional. Disponivel em http://www.scielo.br/pdf/pe/v10n1/v10n1a07.pdf aceso em08 de
julho de 2014.
20 SANTOS, Izequias Estevam dos,Textos Selecionados de métodos e técnicas de pesquisa
cientifica. 2ª Ed.- Rio de Janeiro: Ímpetus, 2000.
21SCHEIN, E. H. Identidade Profissional. Como ajustar suas inclinações a suas opções
31
de trabalho. São Paulo: Nobel, 1996.
22 SILVA, Adriano Camilotoda; TORRES NETO, Diogo Gonzaga; QUINTINO, Simone
Marçal. Manual do Artigo de Cientifico do Curso de Administração. Universidade
Federal de Rondônia campus Cacoal. Cacoal: 2010.
23 SILVA, Ana Daniela dos Santos Cruzinha Soares Da. A construção da carreira no
Ensino Superior. Disponível em
http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/8701/1/tese%20final%20completa.pdf
Acesso em 15/02/2014.
24 SILVA, Jailson de Souza e; BARBOSA, Jorge Luiz; SOUSA, Ana Inês. Práticas
Pedagógicas e Meritória na Universidade. Rio de Janeiro: UFRJ, Pró-reitoria e Extensão,
2006.
25 SILVA, Maria Cristina da, VIEIRA, EdinardoLuis de Araujo, PINTO, Marie Jolly
Nascimento. Currículo Escolar e suas múltiplas funções. Disponível em:
http://midia.unit.br/enfope/2013/GT8/O_CURRICULO_ESCOLAR_MULTIPLAS_FUNCO
ES.pdf. Acesso em 14/02/2014.
26 SOARES, Dulce Helena Penna. A escolha Profissional do jovem ao adulto.2ª Ed. São
Paulo: Summus, 2002.
27 SOARES, D. H. P. Orientação Vocacional Ocupacional: novos achados teóricos,
técnicoseinstrumentais.2ª Ed. Artes Médicas, 2002.
28TEODORO, Elinilze Guedes. Escolhas Profissionais De Adolescentes Em Carreiras
Técnicas no Centro Federal De Educação Tecnológica Do Pará. Disponível em
http://www.bdae.org.br/dspace/handle/123456789/2015. Acesso em 08/02/2014.
32
ANEXOS
33
ANEXO A)TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Você está sendo convidado (a) a participar, como voluntário (a), da pesquisa sobre,
Fatores que influenciam nas escolhas profissionais dos jovens do ensino médio das
escolas públicas e privadas do município de Espigão D’ Oeste.
No caso de você concordar em participar, favor assinar ao final do documento. Sua
participação não é obrigatória, e, a qualquer momento, você poderá desistir de participar e
retirar seu consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o
pesquisador (a) ou com a instituição.
Você receberá uma cópia deste termo onde consta o telefone e endereço do
pesquisador (a) principal, podendo tirar dúvidas do projeto e de sua participação.
PROGRAMA: PESQUISADOR (A) RESPONSÁVEL: Eliel SoaresEsteves
ENDEREÇO: Rua Suruí Nº 3055 Espigão D’Oeste
TELEFONE: 69- 84559389
OBJETIVOS:
Levantar quais fatores são predominantes na decisão da escolha da carreira
profissional;
Verificar como a escola e família influenciam os alunos na escolha profissional.
Verificar a percepção dos alunos quanto às expectativas e os desafios a serem
enfrentados em relação ao seu futuro profissional.
RISCOS E DESCONFORTOS: a pesquisa não oferece nenhum risco ou prejuízo ao
participante.
BENEFÍCIOS:
CUSTO/REEMBOLSO PARA O PARTICIPANTE: Não haverá nenhum gasto ou
pagamento com sua participação.
CONFIDENCIALIDADE DA PESQUISA: Garantia de sigilo que assegure a sua
privacidade quanto aos dados confidenciais envolvidos na pesquisa. Os dados e o seu nome
não serão divulgados.
Assinatura do Participante: _______________________________
34
ANEXO B: TERMO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE
TERMO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE
Eu, ________________________________, DECLARO, para todos os fins de
direito e que se fizerem necessários que isento completamente a Fundação Universidade
Federal de Rondônia – Câmpus Professor Francisco Gonçalves Quiles em Cacoal, o
orientador e os professores indicados para comporem o ato de defesa presencial, de toda e
qualquer responsabilidade pelo conteúdo e ideias expressas no presente trabalho de conclusão
de curso.
Estou ciente de que poderei responder administrativa, civil e criminalmente em
caso de plágio comprovado.
Cacoal / RO, ____ de _______________ de 2014
___________________________________________
(nome do Acadêmico por extenso e assinatura)
35
APÊNDICE
36
APÊNDICE A: Questionário
Este questionário faz parte de uma pesquisa com o título Fatores que influenciam nas escolhas
profissionais dos jovens do ensino médio das escolas públicas e privadas do município de
Espigão D’ Oeste. Para que este trabalho possa ser concluído, preciso de sua colaboração e
máxima sinceridade nas respostas para levantar algumas informações sobre o tema em
questão. Os dados desta pesquisa serão analisados de maneira agrupada e com objetivo
estritamente acadêmico. A qualidade desta pesquisa depende da precisão de suas respostas.
Por favor, leia as instruções com atenção antes de responder às questões e não deixe nenhuma
em branco.
Desde já, agradeço sua colaboração.
Eliel Soares Esteves
Alunos, a seguir escolha apenas uma alternativa e marque um “X” na opção que melhor
caracterize sua situação em relação a:
1.Sexo ( ) Feminino ( ) Masculino
2. Entidade de Ensino que Estuda: ( ) Pública ( ) Privada
3.Idade
( ) 17 a 20 Anos ( ) 21 a 24 Anos
( ) 25 a 28 Anos ( ) acima de 29Anos
4. Pretende ingressar em um curso superior?
( ) Sim ( ) Não
5 A cidade que você mora tem instituições que oferecem ensino superior?
( ) Sim ( ) Não
6 Pretende estudar em municípios vizinhos?
( ) Sim ( ) Não
7 Pretende estudar fora do estado?
( ) Sim ( ) Não
8 Você se sente preparado para ingressar em um curso superior apenas com os
conhecimentos adquiridos em sala de aula?
( ) Sim ( ) Não
9. Sente necessidade de procurar algum cursinho preparatório?
( ) Sim ( ) Não
Porque_____________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
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____________________________________________________________
10. Qual o curso Pretendido?
( ) Administração ( ) Ciências Contábeis ( ) Direito ( ) Engenharia
( ) Psicologia ( ) Economia ( ) Matemática ( ) Letras
( ) Pedagogia ( ) Medicina ( ) Engenharia ( ) Enfermagem
Outros _______________________________________________________
11. O que você espera do curso escolhido?
( ) aquisição de conhecimentos
( ) Preparo para o Mercado de Trabalho
( ) aprofundamento Teórico visando a prática
( ) Ganho financeiro
( ) Posição Social
( ) Outros
12. O que te levou a escolher essa carreira profissional?
( ) Afinidade e interesse pela área
( ) Algum ente Familiar reconhecido na mesma área
( )Campo de trabalho Gratificante
( ) Pressão Familiar
( ) Outros
13. Qual o grau de instrução dos pais?
( )Ensino fundamental Incompleto
( ) Ensino fundamental Completo
( ) Ensino Médio Incompleto
( )Ensino Médio Completo
( )Ensino Superior
( )Mestrado
( )Doutorado
14. A sua família te incentiva e apóiana decisão de fazer um curso superior?
( ) Sim ( ) Não
15. Na sua família tem alguém que já cursou ou está cursando um curso superior?
( ) Sim ( ) Não
16. Você pretendeingressar no mesmo curso superior de alguém da sua família?
( ) Sim ( ) Não
17. A escola que você estuda oferece alguma orientação que possa ajudar no momento
da escolha Profissional?
( ) Sim ( ) Não
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18. A escola oferece informações sobre o atual mercado de trabalho?
( ) Sim ( ) Não
19. Em sua opinião a escolha de uma carreira profissional é uma decisão fácil de ser
tomada?
( ) Sim ( ) Não
Por que________________________________________________________________
20. Você alguma vez se sentiu Pressionado no momento da sua escolha?
( ) Sim ( ) Não
Fonte: Questionário adaptado da dissertação dede Pós Graduação Stricto Sensu de GONZAGA, Luiz
Ricardo Vieira ,Relação entre vocação, Escolha profissional e nível de stress, PUC- Campinas2011.
TERMO DE CONSENTIMENTO: Eu ___________________________________________, declaro que de livre e espontânea vontade participei da pesquisa
Assinatura do participante: _______________________________________Local/data:______________________________________ Caso não queira identifica-se marque o campo seguinte: ( )
O Pesquisador Responsável por este Artigo é ELIEL SOARES ESTEVESdo curso de Bacharel em Administração com trabalho de conclusão
de curso sobre o tema FATORES QUE INFLUENCIAM NAS ESCOLHAS PROFISSIONAIS DOS JOVENS DO ENSINO MÉDIO DAS ESCOLAS PÚBLICAS E PRIVADAS DO MUNICIPIO DE ESPIGÃO D’OESTE, sob orientação da Prof.Joareis Fernandes . Esta pesquisa
é de caráter sigiloso. Não serão divulgados nomes de participantes.