fatores econÔmicos ligados a logÍstica
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FATORES ECONÔMICOS LIGADOS A LOGÍSTICA
Custo de frete
Dionatan Martins MatosProfª Everson Prass
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVILogística (LOD 0146) –
25/06/2012
RESUMO
O presente trabalho irá abordar os principais fatores econômicos ligados a o custo de frete e seus significativos usos como forma de redução de custos, tais como a escolha de modal ,mão de obra operária e tributação. Além de enfatizar a melhor forma de exercer todos esses fatores como um conjunto de decisões a serem tomadas para uma melhor segmento do trabalho logístico , assim atendo- se sobre que todos esses fatores são extremamente importantes para se chegarmos a uma redução de custo de frete , viabilizando a falta de mão de obra qualificada na logística, o trabalho demostra soluções e opções a serem feitas nesses gargalos e também o grande problema com que o frete encontra com a tributação na ausência da legislação específica.
Palavras chave: Redução de custo. Gargalos. Decisões.
1 INTRODUÇÃO
Hoje com o mundo globalizado, o foco da logística passou a ser o planejamento, a
implementação e o controle de fluxo eficiente e economicamente eficaz de matérias-
primas, estoque em processo, produtos acabados e informações relativas desde o ponto
de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos
clientes.
Este trabalho visa definir, caracterizar, classificar os modais de transporte de carga,
o modelo de tributação mais viável, além de apresentar uma estratégia de contratação de
prestadores de serviços logísticos que tenham qualificação suficiente para suprir a
carência de mão de obra qualificada, o que torna o serviço logístico um diferencial para
a redução de custo de transporte e assistência na solução de problemas.
Desta forma é indispensável à escolha de uma boa estratégia logística, criativa e
inovadora que deve oferecer uma vantagem competitiva, enfocando alguns objetivos
tais como: redução de custos associados à mão de obra, a tributação e a escolha de
modal logístico.
2 A IMPORTÂNCIA DA ESCOLHA DE MODAL
O transporte é um dos componentes essenciais nos projetos e nos gerenciamentos
dos sistemas logísticos. Pode ser responsável por um terço a dois terços dos custos
logísticos totais. Dentro de uma empresa, o desafio é coordenar a competência funcional
em uma operação integrada concentrada em servir ao consumidor, desta forma a seleção
de um modal de transporte ou do serviço oferecido dentro de um modal de transporte
depende de uma variedade de características do serviço, variando da velocidade à
assistência na solução de problemas.
Quando o serviço de transporte não costuma oferecer vantagem competitiva, a
melhor escolha será aquela que compense o custo de utilizar um determinado serviço de
transporte com custo indireto associado ao desempenho do modal selecionado.
“Para auxiliar na escolha do serviço de transporte, esse serviço poderá
ser visto em termos de características: preço, tempo médio em trânsito,
variabilidade do tempo em trânsito e perdas e danos. Esses fatores parecem ser
os mais importantes para os tomadores de decisões, como numerosos estudos
tem revelado ao longo dos anos [...].” (BALLOU, 2001, p.121).
Algumas análises são parâmetros fundamentais para aplicação nesse processo
decisório onde a localização geográfica das operações é ponto de partida para se criar
uma opção ou uma exclusão. Dessa forma, começamos a observar a importância da
estrutura de transportes em logística juntamente com a infra-estrutura de todo segmento
produtivo, afim de que se tenha um crescimento sustentado em bases sólidas, de forma
que se possa ser competitivo frente aos principais mercados e concorrentes, como
também a importância da adequada utilização dos modais de transporte para melhorar
desempenho.
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O usuário do transporte tem uma larga faixa de serviços à sua disposição, todos
girando em torno dos cinco modais básicos: aquaviário, ferroviário, rodoviário,
aeroviário e dutoviário. Observa-se os percentuais de ocupação de transportes
considerados na matriz de transportes no Brasil definindo os percentuais de utilização
dos principais modais:
Rodoviário – 60,49%
Ferroviário – 20,86%
Aquaviário – 13,86%
Dutoviário – 4,46%
Aeroviário – 0,33%
Fonte: AET – 2001/GEIPOT
Dessa forma, o modal de transporte mais viável será aquele que permitir uma
entrega na porta do cliente a um custo total menor em um tempo adequado, buscando
portanto um melhor equilíbrio na relação preço/serviço.
3 MÃO DE OBRA , GARGALO LOGÍSTICO
A ausência de mão de obra qualificada em diversos setores econômicos tem
provocado o aumento de preços de serviços e produtos, o transporte e a logística tem
sofrido para encontrar profissionais qualificados, a cada dia crescem as notícias de
carência de mão de obra em todos os setores no país.
Com o crescimento econômico superior a média mundial nos últimos oito anos,
que abriu milhares de vagas de trabalho em todo o país em diversificadas áreas, o Brasil
vive o que pode ser caracterizado como um apagão da mão de obra especializada. As
empresas não conseguem encontrar profissionais qualificados na quantidade e com o
perfil desejado.
Diante disso a logística incluindo a prestação de serviços é sem dúvida, um setor
em fase de crescimento e de transformação. O crescimento deste setor é resultado da
propensão cada vez mais intensa de as empresas terceirizarem serviços de uma maneira
geral, quando antes os realizavam por conta própria. Hoje, ao repassar serviços
logísticos a terceiros, fazem-no de forma integrada, contratando pacotes e assim não se
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preocupando com a busca de mão de obra qualificada, passando essa responsabilidade
ao fornecedor do serviço terceirizado.
Ao mesmo tempo em que o mercado global oferece mais oportunidades, surge
naturalmente uma maior competição entre as empresas. A terceirização de serviços
logísticos constitui principalmente para as sociedades comerciais, uma forma de atingir
novos mercados e oferecer um melhor nível de serviço aos clientes. Nesse ambiente, as
empresas buscam identificar as melhores formas de satisfazer seus clientes e sustentar
ou ampliar seu mercado. “É preciso identificar inicialmente os vários tipos de funções
logísticas que podem ser terceirizadas, para avalia-las e escolher aquelas que realmente
devem ser terceirizadas” (RAZZAQUE e SHENG, 1998 apud NOVAES 2001, p.330).
Atendo-se a constante falta de mão de obra especializada, um dos principais
impactos no mercado brasileiro tem sido uma enorme busca de modernização e maior
eficiência na área de logística, o que tem esbarrado, por um lado nas deficiências de
infraestrutura e, por outro, na carência de conhecimentos e na formação de mão de obra
especializada.
4 TRIBUTAÇÃO NAS OPERAÇÕES DE LOGÍSTICA
Nos últimos tempos, é crescente o nível de empresas que buscam na
terceirização logística, uma solução para seus problemas, sejam para fins de redução de
custos, vantagens competitivas, diluição de riscos, novas tecnologias, otimização na
distribuição de mercadorias, manter estoque próximo aos seus clientes ou outros
possíveis motivos para a terceirização.
Há diversos fatores relacionados à definição de uma estratégia de contratação de
prestadores de serviços logísticos, porém muitas decisões estão pautadas nos aspectos
fiscais e tributários oferecido pelo próprio operador logístico, porque para realizar uma
operação de transporte, recebimento, armazenagem ou distribuição ou mesmo para a
implantação de centrais de distribuição e armazéns, deve-se fazer um estudo prévio do
fluxo fiscal, avaliando o impacto da carga tributária em todo o processo e análise dos
possíveis riscos fiscais, bem como a existência de incentivos fiscais nos Estados e
Municípios que a empresa pretende realizar suas operações, sob risco de elevadas
perdas financeiras.
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Determina-se que a tributação no transporte tem o seu principal imposto
considerado pelo ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e prestação de
Serviços), o impacto desse tributo é grande, pois as alíquotas para o comércio intra-
estado ou inter-estados variam de 7% a 18%. Alguns estados utilizam-se do regime de
substituição tributária (Cobrança do imposto tomador de serviço).
Com isso o planejamento tributário tem por objetivo a redução da carga
tributária das empresas considerando seus princípios que norteiam a legalidade fiscal,
isto é, procurar obter todas as vantagens permitidas em leis que visem à economia de
tributos tanto no custo de frete como em todo processo logístico.
“[...] é muito importante conhecer a composição do custo e sua
estrutura. Em primeiro lugar, conhecendo melhor a estrutura de custos,
poderá atuar sobre os processos mais significativo em termos de despesa,
visando reduzi-los. Com isso, aumentará sua margem ou, se enfrentar
competição acirrada, poderá reduzir o preço de seu produto de forma a
ganhar vantagem competitiva sobre os seus concorrentes” (NOVAES, 2001,
p.182).
A ausência de legislação específica faz com que as empresas de logística
tenham que encontrar formas alternativas para poder atender seus clientes, tendo que
encontrar a alternativa fiscal mais adequada para a armazenagem e distribuição de
mercadorias de terceiros, sem deixar de recolher os impostos devidos e sem correr
riscos fiscais. Dentro deste contexto, a atividade tributária pode contribuir também com
o desenvolvimento de serviços estratégicos ou complementares, podendo disponibilizar
ao operador logístico, através da legislação, serviços alternativos que possam ser
adicionados às atividades principais da empresa, envolvendo sistema just-in-time,
mercadoria em trânsito, abertura de central de distribuição em regiões incentivadas,
transportadoras (mesmo sem veículo próprio), filiais de clientes no depósito do
operador logístico, entre outros. Com esses serviços, o operador logístico tem uma
quantidade maior de alternativas para oferecer.
5 CONCLUSÃO
Portanto, a finalidade deste trabalho é descrever o sistema de escolhas
disponíveis aos usuários, estas escolhas incluem tipicamente mão de obra, tributação e
escolha de modal. Deste modo, os usuários podem contratar os serviços ou possuí-los.
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Sendo assim o transporte e a mão de obra são itens indispensáveis no projeto e
na organização de sistemas logísticos. Podem ser responsáveis por 25% a 50% dos
custos logísticos totais, tendo como referencia principal a redução de custos de frete, é
de extrema importância à escolha de um modal corretamente e de mão de obra
qualificada, pois isto virá interferir na redução ou no aumento do lucro total do
processo.
Neste sentido, é necessário que o profissional responsável por todo o processo
logístico esteja em constante atualização e formação profissional, pois em uma época
cada vez mais competitiva, as empresas tornam-se “obrigadas” a inovarem rapidamente
as suas técnicas de gestão, exigindo que o profissional esteja devidamente qualificado
para atender o processo físico integral do produto, desde a obtenção de insumos até o
planejamento para o descarte do mesmo, promovendo soluções necessárias para
garantir a disponibilidade do produto no momento exato do requisitado pelo cliente.
Portanto, os fatores citados no decorrer do artigo interagem uns com os outros,
razão pela qual devem ser levados em conta como um todo e não apenas como fatores
isolados.
6 REFERÊNCIAS
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, 4ed. Porto Alegre,
Artmed 2001.
NOVAES, Antônio Galvão. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição,
3ed. Rio de Janeiro, Campus 2001.
KIERNAN, Matthew J. Os Onze Mandamentos da Administração do Século XXI,
São Paulo, Makron Books 1988.
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