fases históricas da língua portuguesa _ divisão histórica e literária_.pdf

Upload: sidney-ead-ensenanza-del-espanol

Post on 03-Mar-2018

234 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/26/2019 Fases Histricas da Lngua Portuguesa _ Diviso histrica e literria_.pdf

    1/11

    16/03/2016 F ases H istr icas da Lng ua Por tug uesa | D iviso histr ica e l iter r ia.

    https://faseshistoricasdalp.wordpress.com/ 1/11

    Fases Histricas da Lngua Portuguesa

    Diviso histrica e literria.

    Fases histricas da Lngua Portuguesa: a

    problemtica da periodizao

    A diviso da histria da lngua portuguesa em perodos ou fases uma ferramenta didticaimportante para compreender, em perspectiva, suas transformaes ao longo do tempo. Porm,assim como qualquer tentativa de periodizao histrica, problemtica e arbitrria. Sabemos queas mudanas ocorrem na histria sempre de forma lenta e gradual, e que a lngua e sua mudanaesto relacionadas ao processo de transformao sociocultural de um povo. Neste caso, difcilestabelecer uma data exata para que a mudana se apresente por completo. As transformaes seiniciam muito antes e terminam muito depois dos perodos delimitados. A escolha de certas datas,certos objetos ou certos textos, ocorre a partir de algum elemento exemplar, no caso da lngua, apartir da observao de um exemplo, um registro, um texto, em que a mudana esteja expressa deforma evidente. Assim, a periodizao no absoluta, ela depende do enfoque de cada autor, e poressarazo, compreende vrias possibilidades.

    Para este estudo, em que as fases histricas da lngua portuguesa so o principal foco, tomamoscomo ponto de partida uma comparao entre importantes propostas de periodizao:

    https://faseshistoricasdalp.wordpress.com/2013/06/09/a-problematica-da-periodizacao/https://faseshistoricasdalp.wordpress.com/2013/06/09/a-problematica-da-periodizacao/https://faseshistoricasdalp.wordpress.com/2013/06/09/a-problematica-da-periodizacao/https://faseshistoricasdalp.wordpress.com/2013/06/09/a-problematica-da-periodizacao/https://faseshistoricasdalp.wordpress.com/
  • 7/26/2019 Fases Histricas da Lngua Portuguesa _ Diviso histrica e literria_.pdf

    2/11

    16/03/2016 F ases H istr icas da Lng ua Por tug uesa | D iviso histr ica e l iter r ia.

    https://faseshistoricasdalp.wordpress.com/ 2/11

    (https://faseshistoricasdalp.files.wordpress.com/2013/06/tabelaielpintroduc3a7c3a3o.png)O objetivo discutir as propostas dos autores e destacar as principais mudanas ocorridas na lnguaem relao ao tempo, para que possamos compreender a lngua como um sistema vivo, emconstante processo de transformao.

    Tabela comparativa de autores retirada de :

    MATTOS E SILVA, R. V. O portugus arcaico fonologia. So Paulo/ Bahia: Contexto/ EditoraUniversidade Federal da Bahia, 1991

    9 de junho de 2013 Deixe um comentrio

    A pr-histria da lngua portuguesa:

    Apresentao geral

    https://faseshistoricasdalp.wordpress.com/2013/06/09/a-pre-historia-da-lingua-portuguesa-apresentacao-geral/https://faseshistoricasdalp.wordpress.com/2013/06/09/a-problematica-da-periodizacao/#respondhttps://faseshistoricasdalp.wordpress.com/2013/06/09/a-problematica-da-periodizacao/
  • 7/26/2019 Fases Histricas da Lngua Portuguesa _ Diviso histrica e literria_.pdf

    3/11

    16/03/2016 F ases H istr icas da Lng ua Por tug uesa | D iviso histr ica e l iter r ia.

    https://faseshistoricasdalp.wordpress.com/ 3/11

    A lngua portuguesa, como sabemos, provm do latim. Lngua oficial do antigo Imprio Romano,possua duas principais variaes: o latim clssico, utilizado pelas pessoas mais cultas e influentes,como filsofos, poetas, senadores, etc., e o latim vulgar, utilizado pela maioria das pessoas e da qualo portugus, mais precisamente, se origina. Politicamente muito influente, o Imprio Romanotambm institua, durante sua existncia, seus hbitos de vida, seus padres culturais e suasinstituies s regies e aos povos que conquistava. Os povos conquistados na Pennsula Ibrica, nosculo III a.C., logo adotariam o latim como lngua. Porm, devido tamanha rea geogrfica, a

    mistura entre o latim vulgar e outros substratos lingusticos l existentes e povos de raas todiversas, no era difcil concluir que, logo, o latim deixaria de conservar sua unidade. Com isso,temos uma espcie de preldio da lngua portuguesa e das outras lnguas romnicas , que sofreriavariaes e adaptaes ao longo dos anos, inclusive por conta da invaso visigticae rabenaPennsula, j entre os sculos V e VIII. O perodo prhistrico termina no sculo IX, ainda durante odomnio rabe, com a confirmao da existncia do galegoportugus, unidade lingusticaparticular a certa regio da Pennsula, e lngua mais prxima do portugus que conhecemosatualmente.

    Bibliografia de apoio:

    CUESTA, P. V. e DA LUZ, M. A. M. Perodos na Evoluo da Lngua Portuguesa, p. 172210.In: Gramtica da lngua portuguesa. So Paulo/ Lisboa: Martins Fontes/ Edies 70, 1980.

    CUNHA, C. F. e CINTRA, L. F. Cap. 1 In: Nova gramtica do portugus contemporneo. 5 edio, 4impresso. Rio de Janeiro: Lexikon, 2010.

    TEYSSIER, P. Cap. 1 In: Histria da lngua portuguesa. (Traduo de Celso Cunha). So Paulo:Martins Fontes, 2007.

    9 de junho de 2013 Deixe um comentrio

    A pr-histria da lngua portuguesa: a expanso

    romana pela Pennsula Ibrica

    Historicamente, o imperialismo romano foi importantssimo para a civilizao ocidental. Suasvitrias, aliadas ao seu esprito de organizao, contriburam para a expanso do Imprio pelaEuropa, tendo alcanado tambm, em seu auge, o norte da frica.

    Os romanos chegaram Pennsula Ibrica no sculo III a.C., no ano 218, e iniciaram o longoperodo de conquistas de povos e regies, que terminaria entre os sculos I a.C. e II d.C.

    Todos os povos conquistados da Pennsula adotaram o latim como idioma, pois os romanos

    instituam sua cultura, seus hbitos e sua lngua em todas as regies pelas quais passavam eestendiam seus domnios.

    https://faseshistoricasdalp.wordpress.com/2013/06/09/a-expansao-romana-pela-peninsula-iberica/https://faseshistoricasdalp.wordpress.com/2013/06/09/a-pre-historia-da-lingua-portuguesa-apresentacao-geral/#respondhttps://faseshistoricasdalp.wordpress.com/2013/06/09/a-pre-historia-da-lingua-portuguesa-apresentacao-geral/
  • 7/26/2019 Fases Histricas da Lngua Portuguesa _ Diviso histrica e literria_.pdf

    4/11

    16/03/2016 F ases H istr icas da Lng ua Por tug uesa | D iviso histr ica e l iter r ia.

    https://faseshistoricasdalp.wordpress.com/ 4/11

    Desde o sculo III a.C., o latim escrito com intenes artsticas, sob influncia grega, vinha sendoapurado at atingir a perfeio da poesia de Horcio e Virglio, por exemplo, no sculo I a.C. Com otempo, a separao entre essa lngua literria, utilizada por uma elite influente, e o latim corrente,usado no diaadia pelos outros grupos sociais, foi se intensificando. dessa separao que obtemosos termos latim clssico ou literrio e latim vulgar. E foi exatamente esse latim vulgar quefoi levado pelos romanos para as regies conquistadas, diversificandose com o tempo nas chamadaslnguas romnicas; como o portugus, por exemplo.

    Devido vastido geogrfica do Imprio e da prpria Pennsula Ibrica, seguro concluir que houveenorme dificuldade para controlar a lngua latina entre seus falantes. O latim vulgar foi perdendosua unidade ao longo dos anos, mesmo com a preocupao dos romanos com o ensino do latimclssico nos centros urbanos mais importantes. Nas regies menores, como em vilas ou aldeias, porexemplo, a lngua no possua freios, e variava incontrolavelmente.

    (https://faseshistoricasdalp.files.wordpress.com/2013/06/peninsulaibericaimperioromano.jpg)(DIVISO DA PENNSULA IBRICA DURANTE O IMPRIO ROMANO)

    https://faseshistoricasdalp.files.wordpress.com/2013/06/peninsula-iberica-imperio-romano.jpg
  • 7/26/2019 Fases Histricas da Lngua Portuguesa _ Diviso histrica e literria_.pdf

    5/11

    16/03/2016 F ases H istr icas da Lng ua Por tug uesa | D iviso histr ica e l iter r ia.

    https://faseshistoricasdalp.wordpress.com/ 5/11

    A partir do sculo III, j podemos verificar que a unidade lingustica do Imprio no existia mais, ealguns fatos histricos contriburam para o processo de dialetalizao. J no final do sculo V coma queda do Imprio Romano as foras lingusticas separatistas puderam agir livremente, e osdialetos e falares regionais, tambm na regio da Pennsula Ibrica, j se pareciam mais com aslnguas romnicas do que com o prprio latim.

    Bibliografia de apoio:

    CUNHA, C. F. e CINTRA, L. F. Cap. 1 In: Nova gramtica do portugus contemporneo. 5 edio, 4impresso. Rio de Janeiro: Lexikon, 2010.

    TEYSSIER, P. Cap. 1 In: Histria da lngua portuguesa. (Traduo de Celso Cunha). So Paulo:Martins Fontes, 2007.

    9 de junho de 2013 Deixe um comentrio

    A pr-histria da lngua portuguesa: a influncia

    germnica para o lxico portugus

    Os domnios visigtico e rabe esse ltimo, principalmente foram importantes para a formaodo lxico portugus. A Pennsula Ibrica foi invadida por povos germnicos em 409, e os visigodos,os mais civilizados dentre esses povos, logo se fundiram com a populao romana, dando incio aoseu imprio. Com a posterior invaso rabe, em 711, o imprio visigtico ruiria e, com ele, os ltimosvestgios das tentativas de se manter o latim vulgar como lngua corrente.

    (https://faseshistoricasdalp.files.wordpress.com/2013/06/reinovisigodos.png)

    https://faseshistoricasdalp.files.wordpress.com/2013/06/reino-visigodos.pnghttps://faseshistoricasdalp.wordpress.com/2013/06/09/a-influencia-visigotica-para-o-lexico-portugues-e-a-constatacao-do-idioma-galego-portugues/https://faseshistoricasdalp.wordpress.com/2013/06/09/a-expansao-romana-pela-peninsula-iberica/#respondhttps://faseshistoricasdalp.wordpress.com/2013/06/09/a-expansao-romana-pela-peninsula-iberica/
  • 7/26/2019 Fases Histricas da Lngua Portuguesa _ Diviso histrica e literria_.pdf

    6/11

    16/03/2016 F ases H istr icas da Lng ua Por tug uesa | D iviso histr ica e l iter r ia.

    https://faseshistoricasdalp.wordpress.com/ 6/11

    (EMBORA VASTO, O REINADO DOS VISIGODOS NO CONTRIBUIU MUITO PARA OLXICO PORTUGUS)

    A contribuio goda no que diz respeito formao de vocbulos em portugus no foi muitosignificativa: no ultrapassa mais de quarenta termos, sendo que cerca de trinta tambm podem serencontrados em outras lnguas romnicas.

    H quatro grupos de palavras godas que se mantiveram em portugus:1)palavras de origem gtica que j pertenciam ao latim vulgar: albergue, arrear, bramar, bando,elmo, espora, guarda, guerra, rapar, trgua;

    2)palavras comuns a todas as regies ocupadas pelos godos: aspa, espeto, espiar, estala, garbo,ofo, mofino, roca, taco, ufanarse;

    3)palavras peculiares Pennsula Ibrica e Frana, ou Pennsula e Itlia: agasalhar, brotar,estaca, fato, roupa, stio, triscar;

    4)palavras privativas dos idiomas iberoromnicos: aio, aia, aleive, enguiar, escano, ganso,uarecer, ngreme, luva, malado, tascar.

    Essas palavras portuguesas de origem germnica pertencem, se prestarmos ateno, a certoscampos semnticos, como, por exemplo, guerra, vesturio, casa e equipamentos domsticoseanimais.Nomes prprios de pessoas, como Fernando, Rodrigo, lvaro, Gonaloe Afonso,porexemplo, tambm tm suas origens com os visigodos.

    Texto adaptado de:

    CUNHA, C. F. e CINTRA, L. F. Cap. 1 In: Nova gramtica do portugus contemporneo. 5 edio, 4impresso. Rio de Janeiro: Lexikon, 2010.

    TEYSSIER, P. Cap. 1 In: Histria da lngua portuguesa. (Traduo de Celso Cunha). So Paulo:Martins Fontes, 2007.

    9 de junho de 2013 Deixe um comentrio

    A pr-histria da lngua portuguesa: a influncia

    rabe para o lxico portugus e a constatao

    do idioma galego-portugus

    O domnio rabe teve importncia maior em relao ao nosso lxico. Em 711, os muulmanosdesembarcaram na Pennsula Ibrica e logo a conquistaram. Com eles, trouxeram aprimoramentoss cincias e s artes, gerando benefcios para a agricultura, a indstria e o comrcio e, com isso, umgrande nmero de palavras novas foi introduzido para designar todas essas novidades. Estimase

    https://faseshistoricasdalp.wordpress.com/2013/06/09/a-influencia-arabe-para-o-lexico-portugues-e-a-constatacao-do-idioma-galego-portugues/https://faseshistoricasdalp.wordpress.com/2013/06/09/a-influencia-visigotica-para-o-lexico-portugues-e-a-constatacao-do-idioma-galego-portugues/#respondhttps://faseshistoricasdalp.wordpress.com/2013/06/09/a-influencia-visigotica-para-o-lexico-portugues-e-a-constatacao-do-idioma-galego-portugues/
  • 7/26/2019 Fases Histricas da Lngua Portuguesa _ Diviso histrica e literria_.pdf

    7/11

    16/03/2016 F ases H istr icas da Lng ua Por tug uesa | D iviso histr ica e l iter r ia.

    https://faseshistoricasdalp.wordpress.com/ 7/11

    que o nmero de termos em portugus de provenincia rabe esteja por volta de mil, quase todossubstantivos, e, peculiarmente, iniciados pelo prefixo al em rabe, alcorresponde ao artigo. Assimcomo em portugus, em que usamos um artigo definido antes de um substantivo, em rabe issotambm ocorre, e as palavras lusitanizaramse mediante certas adaptaes fonticas. Comoexemplo, temos o substantivo algodo(em sua forma pura, alkutun).

    Em geral, as palavras portuguesas de origem rabe referemse:

    a) organizao guerreira: acicate, adail, adarga, alcaide, alfanje, alferes, algarada, aljava,ameia, arrebatar, atalaia, ronda, zaga;

    b) agricultura e jardinagem: aafro, acar, aucena, alcachofra, alecrim, alface, alfafa,alfazema, algodo, almcega, benjoim, berinjela;

    c)ao comrcio, pesos e medidas: aduana, armazm, arroba, quilate, quintal;

    d)a ofcios, cargos: adail, alfageme, alfaiate, algibebe, almocreve, almotacel, almoxarife, arrais,

    califa, emir;

    e)a instrumentos musicais: adufe, alade, anafil, arrabil, tambor;

    f)s cincias: lgebra, algoritmo, cifra, znite, nadir, lcool, lcali.

    Como podemos ver, essas palavras pertencem a campos semnticos que representam as reas que acivilizao rabe manejava bem, como a agricultura,a cincia,as tcnicas e manuseio deobjetos e instrumentos tpicos,as profissese a organizao administrativa e financeira,etc.

    (https://faseshistoricasdalp.files.wordpress.com/2013/06/dominioarabeantesreconquista.jpg)O DOMNIO RABE ANTES DA RECONQUISTA

    Foi tambm durante o domnio rabe que ocorreu o isolamento dos falares do noroeste daPennsula, mais precisamente a regio da Galiza e a faixa entre o Douro e o Minho. Desse

    isolamento surgiu, no sculo IX, o galegoportugus,unidade lingustica que conseguiria manterseus padres at meados do sculo XIV. No se sabe ao certo, mas o galegoportugus pode terexistido, ao menos parcialmente, desde o sculo VI, porm os primeiros documentos integralmente

    https://faseshistoricasdalp.files.wordpress.com/2013/06/dominio-arabe-antes-reconquista.jpg
  • 7/26/2019 Fases Histricas da Lngua Portuguesa _ Diviso histrica e literria_.pdf

    8/11

    16/03/2016 F ases H istr icas da Lng ua Por tug uesa | D iviso histr ica e l iter r ia.

    https://faseshistoricasdalp.wordpress.com/ 8/11

    redigidos em galegoportugus datam do sculo XIII. A partir desse momento, podemos dizer que seinicia a fase histrica da lngua portuguesa, idioma muito rico e que muito variou, tanto no tempo,quanto no espao.

    Texto adaptado de:

    CUNHA, C. F. e CINTRA, L. F. Cap. 1 In: Nova gramtica do portugus contemporneo. 5 edio, 4impresso. Rio de Janeiro: Lexikon, 2010.

    Bibliografia de apoio:

    CUESTA, P. V. e DA LUZ, M. A. M. Perodos na Evoluo da Lngua Portuguesa, p. 172210.In: Gramtica da lngua portuguesa. So Paulo/ Lisboa: Martins Fontes/ Edies 70, 1980.

    TEYSSIER, P. Cap. 1 In: Histria da lngua portuguesa. (Traduo de Celso Cunha). So Paulo:

    Martins Fontes, 2007. 9 de junho de 2013 Deixe um comentrio

    Sculos IX a XII: o perodo pr-literrio

    O perodo anterior fase arcaica da lngua portuguesa geralmente denominado de prliterrio.

    tambm comum dividilo em prhistrico quando ainda no possvel detectar, em documentosescritos em latim, os traos da futura variante romnica que comeava a surgir na Pennsula Ibrica e protohistrico, quando esses traos j podem ser observados em documentos escritos em latim

    brbaro. Nestes textos, era possvel encontrar vocbulos da lngua falada, que possua relativahomogeneidade o galegoportugus, que emerge entre os sculos IX e XII. No entanto, osprimeiros textos escritos integralmente nessa lngua surgem apenas no sculo XIII.

    (https://faseshistoricasdalp.files.wordpress.com/2013/06/mapa1.png)LNGUAS FALADAS NA PENNSULA IBRICA NO SCULO X

    https://faseshistoricasdalp.files.wordpress.com/2013/06/mapa-1.pnghttps://faseshistoricasdalp.wordpress.com/2013/06/09/seculos-ix-a-xii-2/https://faseshistoricasdalp.wordpress.com/2013/06/09/a-influencia-arabe-para-o-lexico-portugues-e-a-constatacao-do-idioma-galego-portugues/#respondhttps://faseshistoricasdalp.wordpress.com/2013/06/09/a-influencia-arabe-para-o-lexico-portugues-e-a-constatacao-do-idioma-galego-portugues/
  • 7/26/2019 Fases Histricas da Lngua Portuguesa _ Diviso histrica e literria_.pdf

    9/11

    16/03/2016 F ases H istr icas da Lng ua Por tug uesa | D iviso histr ica e l iter r ia.

    https://faseshistoricasdalp.wordpress.com/ 9/11

    Contudo, os documentos redigidos em latim brbaro j possibilitam a verificao de algumascaractersticas do galegoportugus. Como exemplos, podemos citar o uso de palavras como abelia( chagaplicare> chegarplumbeum> chumbo

    clave> chaveclamare>chamarflamma> chamaflagrare> cheirar

    https://faseshistoricasdalp.wordpress.com/2013/06/09/fonologia/https://faseshistoricasdalp.wordpress.com/2013/06/09/seculos-ix-a-xii-2/#respondhttps://faseshistoricasdalp.wordpress.com/2013/06/09/seculos-ix-a-xii-2/https://faseshistoricasdalp.files.wordpress.com/2013/06/documento-latino-portuguc3aas1.jpg
  • 7/26/2019 Fases Histricas da Lngua Portuguesa _ Diviso histrica e literria_.pdf

    10/11

    16/03/2016 F ases H istr icas da Lng ua Por tug uesa | D iviso histr ica e l iter r ia.

    https://faseshistoricasdalp.wordpress.com/ 10/11

    Em outra categoria de palavras, os grupos iniciaispl, cl efl deram origem aos grupospr, cr er. Ocorreu o mesmo com o grupo bl. Exemplos:

    placere>prazerclavu> cravo

    flaccu>fracoblandu> brando

    Apesar disso, h, no portugus moderno, um vasto nmero de palavras em que os grupos iniciaispl, cl,fl e bl foram conservados. Exemplos:pleno, clima,flauta, bloco.

    2) Queda de l intervoclico

    Este fenmeno afetou um grande nmero de palavras do galegoportugus e originou uma srie degrupos de vogais em hiato. Exemplos:

    salire> sair

    palatiu>paao>paocalente> caente>quentedolore> door> dorcolore> coor> corcolubra>coobra> cobravoluntade> voontade> vontade

    filu>fiocandela> candea> candeia

    populu>poboo>povopericulu>perigoo>perigodiabolu> diaboo> diabonebula> nvoa

    A queda do l intervoclico explica a forma que as palavras terminadas em l no singularpossuem no plural. Exemplo:

    soles>soes> sis

    Em muitas palavras, o l intervoclico foi conservado. Exemplos: escola, astrologia,palcio, calor,

    alimento, clice,guloso, volume, violento, etc.3) Queda de n intervoclico

    Este fenmeno aconteceu aps a queda do l intervoclico, no sculo XI, e provavelmentecontinuou durante o sculo XII, pouco antes do aparecimento dos primeiros textos escritos. Emalguns casos, antes da queda do n, ocorreu a nasalizao da vogal que o precedia. Por exemplo, apalavra coronadeu origem corna, que, aps a queda do n, resultou na forma cora(hoje coroa).Exemplos:

    manu> molana> la>lbonu> bo> bomvenatum> veado

    ganatum>gado>gado

  • 7/26/2019 Fases Histricas da Lngua Portuguesa _ Diviso histrica e literria_.pdf

    11/11

    16/03/2016 F ases H istr icas da Lng ua Por tug uesa | D iviso histr ica e l iter r ia.

    ponere>poer>por

    Nessas palavras, a vogal nasal e a que vinha diretamente depois dela aps a queda do npertenciam a slabas diferentes, sendo pronunciadas separadamente.

    Pesquisas revelaram que no dialeto de algumas regies de Portugal, como no Algarve, no Alentejo ena Estremadura, h palavras em que o n intervoclico foi conservado, como emponente(poente,

    no Algarve), maanera(macieira, no Algarve e Baixo Alentejo), manhana(manh, no Algarve) e nosufixo diminutivo nito(no Alentejo). A conservao do n intervoclico tambm se deu em vriaspalavras de origem rabe, como azeitona, alfenim, atafona, etc.

    Adaptado de:TEYSSIER, Paul. Histria da Lngua Portuguesa. (Traduo de Celso Cunha). So Paulo: MartinsFontes, 2007.BUENO, Francisco Silveira.A formao histrica da lngua portuguesa. Rio de Janeiro: Acadmica,1958.

    9 de junho de 2013 Deixe um comentrioFases Histricas da Lngua PortuguesaCrie um website ou blog gratuito no WordPress.com. O tema BonPress.

    https://wordpress.com/themes/bonpress/https://br.wordpress.com/?ref=footer_websitehttps://faseshistoricasdalp.wordpress.com/https://faseshistoricasdalp.wordpress.com/2013/06/09/fonologia/#respondhttps://faseshistoricasdalp.wordpress.com/2013/06/09/fonologia/