fascismo nas ruas: até os líderes da direita são ...ptnacamara.org.br/documentos/pt na...

8
Fechamento: 14/03/2016 às 23h58 Ano: XXIV - Nº 5.817 Terça-feira, 15 de março de 2016 Apesar de terem convocado e emprestado apoio político às manifestações realizadas neste domingo (13) contra a presidenta Dilma Rous- seff, o ex-presidente Lula e o PT, vários políti- cos de oposição conservadora que tentaram pegar carona nos atos foram hostilizados em diversos locais do País. Impedidos de discur- sar, xingados e questionados por manifestan- tes, eles experimentaram um pouco dos efei- tos do clima de criminalização da política que ajudaram a disseminar. Na Avenida Paulista, em São Paulo, o candi- dato derrotado à Presidência em 2014 e presi- dente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e o governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), desistiram de discursar no carro de som do Movimento Brasil Livre (MBL), um dos organizadores do protesto. Entre outros “elogios”, ouviram palavras como “oportunistas”, “Alckmin, ladrão de merenda”, “Aécio, o próximo é você”, “Fora Aécio” e “Fora Alckmin”. Os dois chegaram a entrar no trio elétrico, mas não utilizaram a área externa e foram embora 15 minutos após terem chegado. No Rio de Janeiro, apesar de abrir o discurso se posicionando a favor do impeachment, o deputado Índio da Costa (PSD-RJ) foi impiedosamente vaiado pelos populares. Em Salvador, o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) tam- Fascismo nas ruas: até os líderes da direita são hostilizados em manifestações pelo País bém ouviu vaias e ofensas durante seu breve discurso em cima do trio elétrico. Já em Brasília, a maioria dos parlamentares presentes evitou discursar. O pastor Silas Malafaia, orador escalado para encerrar o ato, foi vaiado pelo público presente na Esplanada dos Ministérios e fez um breve discurso de poucos minutos. Para o líder do PT na Câmara, deputado Afonso fonso fonso fonso fonso Florence (BA Florence (BA Florence (BA Florence (BA Florence (BA), a postura da direita brasileira, que preconiza o golpe desde o dia seguinte ao segundo turno das eleições de 2014, está colhendo os resultados de suas atitudes. “Não é à toa que, em São Paulo, num ato chamado pelo PSDB, pelo DEM, por grandes empresári- os, eles [líderes da direita] foram postos para correr como corruptos. Eles estão colhen- do o reconhecimento da própria base social que quer o golpe de que também precisam ser investigados e não podem permanecer blindados”, afirma o líder. Em sua conta no Twitter, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), comentou os episódios. Para Dino, a hostilização da direita que ajudou a convocar os atos representa “a vitória da ‘antipolítica’”, fato para o qual ele diz estar alertando há meses. “E há quem continue a caminhar alegremente para o abismo. Espero que isso faça com que eles reflitam sobre o perigoso crescimento do fascismo no Brasil”, observou Dino. Em artigo semanal na Agência PT, o presidente nacional do partido, Rui Falcão, relembra os ataques contra o ex-presidente Lula e convoca a militância para mobilizações do próximo dia 18 (sexta-feira). Leia a íntegra: Leia a íntegra: Leia a íntegra: Leia a íntegra: Leia a íntegra: A desfaçatez e a truculência da classe dominante não têm limites. Para quem ainda se ilude com o discurso de seus representantes na mídia mo- nopolizada e no Parlamento, su- postamente contra a corrupção e a favor da democracia, o sequestro de Lula, na última sexta-feira, dia 4 de março, foi um choque de realidade. Diante da reação da militância, dos movimen- tos sociais e do ministro Marco Aurélio de Mello, do Supremo Tribunal Federal, o presidente Lula respondeu à altura. Relembrou que sempre aten- deu os convites para depor, daí a desnecessária e Rui Falcão convoca: Dia 18, dia de defender a democracia Rui Falcão - Presidente nacional do PT Leia mais sobre as manifestações nas páginas 2 e 3 Para o líder do PT, Afonso Florence, a direita brasileira, que preconiza o golpe desde o dia seguinte ao segundo das eleições de 2014, está colhendo os resultados de suas atitudes injusta “condução coercitiva” e a pirotécnica invasão do Instituto Lula, de seu apartamento e das residências de filhos e colaboradores. Disse mais. Que não vão intimidá-lo, nem impedir que continue a lutar pelo que acredita, pelo PT, pelos trabalhadores e pelo Brasil. Se necessário, será candidato em 2018, retomando as viagens e partici- pando de manifestações populares. Ditadura Ditadura Ditadura Ditadura Ditadura - Bastou isso para que saudosos da ditadura invocassem, logo no dia seguinte, a intervenção militar em defesa da lei e da ordem que Lula e os petistas estariam a ameaçar. E, para completar, três promotores em busca de notoriedade denunciaram o ex-presidente, pedindo sua prisão preventiva. Ambas, a denúncia e o pedido de prisão, além de violentarem a filosofia (confundiram Engels com Hegel) e atentarem contra o vernáculo, carecem de fundamento legal. Na semana que começa, temos um grande desafio: encher as ruas em todo o País, no dia 18, sexta-feira, em defesa da democracia, dos presi- dentes Lula e Dilma, contra o golpe e por mudanças na economia. A esta convocação, nenhum de nós pode faltar! FOTO:GUSTAVO BEZERRA

Upload: others

Post on 27-May-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Fascismo nas ruas: até os líderes da direita são ...ptnacamara.org.br/documentos/PT NA CAMARA-5817.pdfpetistas estariam a ameaçar. E, para completar, três promotores em busca

Fechamento: 14/03/2016 às 23h58

Ano: XXIV - Nº 5.817Terça-feira, 15 de março de 2016

Apesar de terem convocado e emprestadoapoio político às manifestações realizadas nestedomingo (13) contra a presidenta Dilma Rous-seff, o ex-presidente Lula e o PT, vários políti-cos de oposição conservadora que tentarampegar carona nos atos foram hostilizados emdiversos locais do País. Impedidos de discur-sar, xingados e questionados por manifestan-tes, eles experimentaram um pouco dos efei-tos do clima de criminalização da política queajudaram a disseminar.

Na Avenida Paulista, em São Paulo, o candi-dato derrotado à Presidência em 2014 e presi-dente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e o governador paulistaGeraldo Alckmin (PSDB), desistiram de discursar no carro de som do MovimentoBrasil Livre (MBL), um dos organizadores do protesto.

Entre outros “elogios”, ouviram palavras como “oportunistas”, “Alckmin,ladrão de merenda”, “Aécio, o próximo é você”, “Fora Aécio” e “Fora Alckmin”.Os dois chegaram a entrar no trio elétrico, mas não utilizaram a área externa eforam embora 15 minutos após terem chegado.

No Rio de Janeiro, apesar de abrir o discurso se posicionando a favor doimpeachment, o deputado Índio da Costa (PSD-RJ) foi impiedosamente vaiadopelos populares. Em Salvador, o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) tam-

Fascismo nas ruas: até os líderes da direita sãohostilizados em manifestações pelo País

bém ouviu vaias e ofensas durante seu breve discursoem cima do trio elétrico.

Já em Brasília, a maioria dos parlamentarespresentes evitou discursar. O pastor Silas Malafaia,orador escalado para encerrar o ato, foi vaiado pelopúblico presente na Esplanada dos Ministérios e fezum breve discurso de poucos minutos.

Para o líder do PT na Câmara, deputado AAAAAfonsofonsofonsofonsofonsoFlorence (BAFlorence (BAFlorence (BAFlorence (BAFlorence (BA), a postura da direita brasileira, quepreconiza o golpe desde o dia seguinte ao segundo turnodas eleições de 2014, está colhendo os resultados desuas atitudes. “Não é à toa que, em São Paulo, num atochamado pelo PSDB, pelo DEM, por grandes empresári-

os, eles [líderes da direita] foram postos para correr como corruptos. Eles estão colhen-do o reconhecimento da própria base social que quer o golpe de que também precisamser investigados e não podem permanecer blindados”, afirma o líder.

Em sua conta no Twitter, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB),comentou os episódios. Para Dino, a hostilização da direita que ajudou aconvocar os atos representa “a vitória da ‘antipolítica’”, fato para o qual elediz estar alertando há meses. “E há quem continue a caminhar alegrementepara o abismo. Espero que isso faça com que eles reflitam sobre o perigosocrescimento do fascismo no Brasil”, observou Dino.

Em artigo semanal na Agência PT, o presidente nacional do partido,Rui Falcão, relembra os ataques contra o ex-presidente Lula e convoca

a militância para mobilizações do próximo dia 18 (sexta-feira).Leia a íntegra:Leia a íntegra:Leia a íntegra:Leia a íntegra:Leia a íntegra:

A desfaçatez e a truculência da classe dominante nãotêm limites. Para quem ainda se ilude com o discurso

de seus representantes na mídia mo-nopolizada e no Parlamento, su-postamente contra a corrupção e

a favor da democracia, o sequestrode Lula, na última sexta-feira, dia 4 de

março, foi um choque de realidade.Diante da reação da militância, dos movimen-

tos sociais e do ministro Marco Aurélio de Mello,do Supremo Tribunal Federal, o presidente Lularespondeu à altura. Relembrou que sempre aten-deu os convites para depor, daí a desnecessária e

Rui Falcão convoca: Dia 18, dia de defender a democracia

Rui Falcão - Presidente nacional do PT

Leia mais sobre as manifestações nas páginas 2 e 3

Para o líder do PT, Afonso Florence, a direita brasileira, que preconiza o golpe desde o dia seguinteao segundo das eleições de 2014, está colhendo os resultados de suas atitudes

injusta “condução coercitiva” e a pirotécnica invasão do Instituto Lula, de seuapartamento e das residências de filhos e colaboradores.

Disse mais. Que não vão intimidá-lo, nem impedir que continue alutar pelo que acredita, pelo PT, pelos trabalhadores e pelo Brasil. Senecessário, será candidato em 2018, retomando as viagens e partici-pando de manifestações populares.

Ditadura Ditadura Ditadura Ditadura Ditadura - Bastou isso para que saudosos da ditadura invocassem, logo nodia seguinte, a intervenção militar em defesa da lei e da ordem que Lula e ospetistas estariam a ameaçar. E, para completar, três promotores em busca denotoriedade denunciaram o ex-presidente, pedindo sua prisão preventiva. Ambas,a denúncia e o pedido de prisão, além de violentarem a filosofia (confundiramEngels com Hegel) e atentarem contra o vernáculo, carecem de fundamento legal.

Na semana que começa, temos um grande desafio: encher as ruas emtodo o País, no dia 18, sexta-feira, em defesa da democracia, dos presi-dentes Lula e Dilma, contra o golpe e por mudanças na economia. A estaconvocação, nenhum de nós pode faltar!

FOTO:GUSTAVO BEZERRA

Page 2: Fascismo nas ruas: até os líderes da direita são ...ptnacamara.org.br/documentos/PT NA CAMARA-5817.pdfpetistas estariam a ameaçar. E, para completar, três promotores em busca

15/03/201615/03/201615/03/201615/03/201615/03/2016 PT NA CÂMARA2

Líder da Bancada: Deputado Afonso Florence (BA)

Chefe de Gabinete: Marcus Braga - Coordenação da Imprensa: Rogério Tomaz Jr.; Paulo Paiva Nogueira (Assessoria de Imprensa) Editores: Denise Camarano (Editora-chefe); Vânia Rodrigues e Tarciano Ricarto

Redação: Benildes Rodrigues, Gizele Benitz, Héber Carvalho, Tarciano Ricarto e Vânia Rodrigues - Rádio PT: Ana Cláudia Feltrim , Chico Pereira , Ivana Figueiredo e Gabriel

Fotógrafos: Gustavo Bezerra e Salu Parente Video: João Abreu, Jonas Tolocka e Jocivaldo Vale

Projeto Gráfico: Sandro Mendes - Diagramação: Sandro Mendes e Ronaldo Martins - Web designer e designer gráfico: Claudia Barreiros - Secretária de Imprensa: Maria das Graças

Colaboração: Assessores dos gabinetes parlamentares e da Liderança do PT.

O Boletim PT na Câmara, antigo Informes, foi criado em 8 de janeiro de 1991 pela Liderança do PT na Câmara dos Deputados.EX

PE

DIE

NT

E

O vice-líder do PT na Câmara, deputado PPPPPauloauloauloauloauloPimenta (PT-RS), Pimenta (PT-RS), Pimenta (PT-RS), Pimenta (PT-RS), Pimenta (PT-RS), avaliou ontem (14) que asmanifestações ocorridas em varias cidades do País,neste domingo, expressaram a opinião de um seg-mento da população que não votou na presidentaDilma nas últimas eleições e que tem dificuldadeem aceitar o resultado das urnas.

Ele disse que a aparente indignação em relação àcorrupção - supostamente manifestada durante os atose destacada por setores da mídia - é seletiva, porquenão alcança personagens da oposição implicados emescândalos. O parlamentar disse ainda que as caracte-rísticas dessas manifestações foram golpistas porquepediram o impeachment de uma presidenta legitima-mente eleita e sem participação em qualquer crime.

“O público que estava lá (nas manifestações) ma-joritariamente votou contra a Dilma. Essa manifestaçãofoi mais à direita, conservadora e reacionária do que asdo ano passado. Pessoas que se declararam de extremadireita, saudaram figuras do tipo Bolsonaro. Não achoque essas manifestações sejam de combate à corrup-ção. Elas tiveram um viés seletivo e acabaram refletin-do a conduta adotada por setores do Ministério Publico,da Justiça Federal e da Polícia Federal”, afirmou.

MANIFESTAÇÕES

Manifestação foi à direita, golpista ereacionária, de segmento que não aceita

resultado das urnas, diz Pimenta

Pimenta destacou que, enquanto o ex-presidenteLula é acusado de ser dono de um sítio e de um aparta-mento que efetivamente não pertencem a ele, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso declarou possuircinco imóveis sem que isso fosse questionado.

“O ex-presidente FHC declarou ter comprado umapartamento de US$ 200 mil dólares para o filho emBarcelona (Espanha), um em São Paulo para a atualcompanheira, outro no valorizado bairro de Higienópolis(Também em São Paulo)- este comprado de um banquei-ro sócio de um filho de FHC em uma empresa de consul-toria, além de um apartamento em Nova Iorque e umafazenda em Buritis (MG). FHC é um ex-presidente daRepública, um professor aposentado, como ele comproutodos esses imóveis?”, questionou o petista.

O mesmo raciocínio o vice-líder usou para ques-tionar a falta de interesse dos integrantes da Lava

Jato para investigar o presidente nacional do PSDB,senador Aécio Neves (MG). “E o senador Aécio Neves,que foi delatado cinco vezes na Lava Jato sem que uminquérito tenha sido instaurado? E não há interesse doMP, da Justiça Federal, da Polícia Federal para inves-tigar isso, e nem de parcela da sociedade para semanifestar sobre essa questão?”, indagou.

Em resposta a uma pergunta sobre o impacto dasmanifestações no andamento do processo do impea-chment, o vice-líder do PT disse que o número depessoas nas ruas neste domingo não pode influenciarqualquer decisão. Ele lembrou que outras manifesta-ções históricas, com milhares de pessoas nas ruas -como as ocorridas em 1964 - ajudaram a quebrar ademocracia e instaurar a ditadura militar.

“Justificar um processo de impeachment a partir dofato de que pessoas saíram às ruas para se manifestar é(repetir) o mesmo filme que já vimos em 1964. Qualquertentativa de justificar um impeachment porque parcela dapopulação foi à rua, é golpe. Só há uma maneira de setrocar um governo, é pelo processo eleitoral. E a presiden-ta Dilma venceu as últimas eleições com mais de 54milhões de votos, e não há crime de responsabilidade quejustifique o impeachment dela”, finalizou.

FOTO:GUSTAVO BEZERRA

Líderes políticos internacionais manifestam apoio a Lula

Dec la raçãoDec la raçãoDec la raçãoDec la raçãoDec la raçãoDurante várias décadas, Luiz Inácio Lula da

Silva destacou-se como sindicalista, lutador social,criador e dirigente do Partido dos Trabalhadores.

Eleito Presidente da República, em 2002,Lula levou adiante um ambicioso programa demudança social no Brasil, que tirou da pobrezae da miséria milhões de homens e mulheres.Sua política econômica permitiu a criação demilhões de empregos e uma extraordinária ele-vação da renda dos trabalhadores.

Seu Governo aprofundou a democracia,

Ex-chefes de Estado e de governo de diversos países da Europa e América Latina publicaram uma declaração de apoio ao ex-

presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dentre os 14 primeiros signatários estão José “Pepe” Mujica, ex-presidente do Uruguai,

Cristina Kírchner, ex-presidenta da Argentina e Felipe González, ex-presidente de governo da Espanha. O texto destaca a

“tentativa de alguns setores de destruir a imagem deste grande brasileiro” e as conquistas sociais do Brasil durante os

mandatos de Lula. Leia abaixo o manifesto:

estimulando a diversidade política e cultural dopaís, a transparência do Estado e da vida pública.O Executivo, o Ministério Público e o Poder Judici-ário puderam realizar investigações de atos decorrupção eventualmente ocorridos na adminis-tração direta ou indireta do Estado.

Preocupa à opinião democrática, no entanto,a tentativa de alguns setores de destruir a ima-gem deste grande brasileiro.

Lula não se considera nem está acima das leis.Mas tampouco pode ser objeto de injustificados ata-

ques a sua integridade pessoal. Estamos com ele eseguros de que a verdade prevalecerá.

Cristina Kirchner (Argentina); Eduardo Duhalde(Argentina); Carlos Mesa (Bolívia); Ricardo Lagos(Chile); Ernesto Samper (Colômbia); Maurício Fu-nes (El Salvador); Felipe Gonzalez (Espanha); Ma-nuel Zelaya (Honduras); Massímo D”Alema (Itália);MartinTorrijos (Panamá); Nicanor Duarte (Paraguai);Fernando Lugo (Paraguai); Leonel Fernandes (Repú-blica Dominicana); José Mujica (Uruguai);Juan Manuel Insulza (OEA).

Page 3: Fascismo nas ruas: até os líderes da direita são ...ptnacamara.org.br/documentos/PT NA CAMARA-5817.pdfpetistas estariam a ameaçar. E, para completar, três promotores em busca

15/03/201615/03/201615/03/201615/03/201615/03/2016PT NA CÂMARA 3

Levantamento feito por diversos institutos depesquisas apontaram o perfil dos manifestantespresentes no ato realizado na Paulista, em SãoPaulo, no domingo (13). Pesquisa do Instituto Da-tafolha reafirma o que foi visto nas imagens dosatos convocados pela direita conservadora: o perfildos manifestantes que foram à Avenida Paulista éformado em sua maioria pela elite brasileira.

Esse, aliás, é o mesmo perfil que foi derrotadonas urnas em 2014 e ocupou as ruas entre março eabril do ano passado em manifestações contra ogoverno de Dilma Rousseff. Segundo levantamentodo Datafolha, os manifestantes deste domingo ti-

Pesquisas confirmam imagens:manifestantes são brancos de alta renda

nham renda muito superior à média da população.Outro fato evidente nas fotos também foi reforçado

pela pesquisa que aponta que 77% dos manifestantesdeclararam que são da cor branca. A pesquisa tambémrevela que 94% não participam de nenhum grupo quepromoveu o ato, ou seja, foram convocados pela mídia.

Outra pesquisa – desta vez, divulgada pela revis-ta Veja, que atua na defesa do golpismo – revelouque quase 80% dos manifestantes que foram à Ave-nida Paulista, acreditam que a formação de um novogoverno faria a situação do Brasil melhorar.

O levantamento elaborado pela Lean Survey – em-presa que gerencia aplicativo de celular para pesquisa –

afirma, no entanto, que 65% dos entrevistados achamque a oposição não cumpre papel relevante na resolu-ção da crise, e 63% deles acreditam que PSDB ealiados não são capazes de tirar o Brasil da crise.

Outro instituto, o Paraná Pesquisas, tambémfez uma pesquisa com os manifestantes da Paulistapara saber a intenção de voto à Presidência daRepública. De acordo com o levantamento, o depu-tado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) está encosta-do com os tucanos Aécio Neves, Geraldo Alckmin eJosé Serra entre os candidatos preferidos dos ma-nifestantes. Bolsonaro fica em segundo lugar emtrês cenários possíveis enfrentando os tucanos.

O deputado José Mentor (PT-SP)José Mentor (PT-SP)José Mentor (PT-SP)José Mentor (PT-SP)José Mentor (PT-SP) foi um dosconvidados do programa Melhor Pra Você, exibido aovivo pela Rede TV! na manhã de ontem (14). Eleparticipou do quadro apresentado pelo jornalista CelsoZucatelli que repercutiu as manifestações de 13 demarço, organizadas por setores de oposição ao governoda presidenta Dilma Rousseff e ao Partido dos Trabalha-dores, que também contou com análises do cientistapolítico Oswaldo Amaral, professor da Universidade Es-tadual de Campinas (Unicamp).

Ao comentar as manifestações contra o governo eo processo de impeachment contra a presidenta DilmaJosé Mentor destacou que o volume de pessoas nosatos não muda a “base legal do impeachment”.

“Eu acho que quando a rua se manifesta, a todosnós chama a atenção. Foi uma movimentação forte,com bastante gente. Se bem que o número não é tanto

Gente na rua não altera base legal do impeachment, diz Mentor

o que mais nos atenta, porque a oposição teve 35milhões de votos no Brasil. Só o número não querdizer muita coisa. Temos de ver o conteúdo e pelo quenós vimos aqui, pela matéria, são vários interesses alimanifestados”, disse o deputado.

Mentor explicou ainda que a Constituição esta-belece de que maneira deve transcorrer o impeach-ment, e ele tem que ter base legal. “Gente na ruaou não gente na rua não alterou a base legal do

impeachment. Portanto, a oposição e aqueles quedefendem o impeachment tem que mostrar qual é abase legal pra que seja aprovado o impeachment eaté hoje ela não existiu”, afirmou.

HostilidadeHostilidadeHostilidadeHostilidadeHostilidade - Outro ponto destacado pelo pe-tista foi a hostilidade com que líderes da oposiçãoforam recebidos por parte dos manifestantes, em SãoPaulo. “Quer dizer, quando aqueles da oposição queinvestiram na manifestação recursos, tempo de tele-visão, ajudou a chamar, ajudou a mobilizar, são pos-tos para fora da manifestação, alguma coisa estáerrada. Então, alguma coisa não está colocada. Amanifestação não é contra isso, contra aquilo, é con-tra todos e são vários interesses. Quando fala emcorrupção, não é esse, aquele, são todos”.

“Impeachment não é remédio para crise econômica e impopularidade”

Assista ao bloco com a participação de

José Mentor em goo.gl/TyUy3m.

O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner,afirmou que as manifestações ocorridas no domingo(13) foram expressivas, mas não vão mudar a agendado governo. Para ele, o pedido de impeachment dapresidenta Dilma Rousseff não tem base constitucional.

“Nós estamos banalizando coisas que deveriam sernobres. Na democracia não tem nada mais sagrado do queo voto popular. Impeachment não é remédio nem para acrise econômica, nem para a impopularidade. E estão ten-

tando usar dessa forma. Não vai dar bom negócio. Isso é oque eu acho um absurdo”, afirmou ontem (14).

Segundo Jaques Wagner, não há nenhum aspectode crime de responsabilidade atribuído à presidentaDilma. “O artifício pela impopularidade, pela crise eco-nômica é de querer usar uma ferramenta constitucional,que deveria se dar na exceção da exceção”, completou.

Para Jaques Wagner, as manifestações demonstra-ram a insatisfação popular com o cenário do País, mas

as prioridades do governo em retomar o crescimentoeconômico serão mantidas.

“O caminho é o mesmo que a gente vinha traçando:trabalhar para recuperar crescimento da economia, não mudara dinâmica do governo. A agenda do governo continua, queé a agenda de um esforço para botar a economia pararetomar o crescimento. O bom ou mau humor na rua tem aver com o bom ou mau desempenho da economia. É dissoque se trata. A outra parte é a política”, avaliou.

FOTO:ASSESSORIA PARLAMENTAR

Page 4: Fascismo nas ruas: até os líderes da direita são ...ptnacamara.org.br/documentos/PT NA CAMARA-5817.pdfpetistas estariam a ameaçar. E, para completar, três promotores em busca

15/03/201615/03/201615/03/201615/03/201615/03/2016 PT NA CÂMARA4

CONTRA O GOLPE

O deputado PPPPPadre Joãoadre Joãoadre Joãoadre Joãoadre João(PT-MG)(PT-MG)(PT-MG)(PT-MG)(PT-MG) usou a tribuna da Câmarapara denunciar, na semana passada, o“conchavo” entre setores da mídia, doJudiciário, do Ministério Público e daPolícia Federal para impor um golpede Estado sem necessidade do uso da força dos tanques.

Segundo o deputado mineiro, está ocorrendoum “bombardeio na residência de cada família bra-sileira”, fruto da “revolta raivosa da elite brasilei-ra” e orquestrado pelos setores golpistas dentro dopróprio Estado. “Essa elite está raivosa porque nãoaceitou e não aceita o empoderamento dos pobres,das mulheres, das empregadas domésticas e da nossajuventude”, disse Padre João.

Dirigindo-se ao plenário, onde vários parlamen-tares presentes respondem a processos por uso detrabalho escravo, Padre João apontou as contradiçõesque alimentam a revolta da elite.

“Muitos aqui querem os trabalhadores como se

Padre João denuncia conchavo golpistada mídia com Judiciário, MP e PF

fossem escravos nas suas fazendas.Muitos querem que as mulheres em-pregadas domésticas continuem sen-do maltratadas sem sequer uma re-muneração justa ou outros direitos”,atacou o petista.

Padre João encerrou o pronunciamento falandopara os principais beneficiados das transformaçõesna sociedade brasileira ao longo da última década.“Aqueles beneficiários do Minha Casa, Minha Vidae os jovens que conquistaram um curso superiortêm que dar um basta a esses golpistas irrespon-sáveis e inconsequentes, que querem no País oquanto pior melhor. Nós temos que enxergar essePaís de mais de 42 milhões de brasileiros e brasi-leiras que saíram da miséria e da pobreza, queficavam mendigando para ter acesso à comida ehoje têm, além de comida, universidade, o MinhaCasa, Minha Vida, e dignidade. Então, não se ren-dam a esses golpistas!”, conclamou o deputado.

Em discurso na tribuna da Câma-ra, o deputado Leo de BritoLeo de BritoLeo de BritoLeo de BritoLeo de Brito(PT-AC)(PT-AC)(PT-AC)(PT-AC)(PT-AC) questionou até que pontovai a “apartidarização” tão alardeadapelo juiz da Operação Lava, SérgioMoro. O motivo do questionamentofoi a participação do mandatário da Lava Jato em eventopromovido pelo pré-candidato a prefeito do PSDB, JoãoDoria Júnior, na última quarta-feira (9), em Curitiba.

Como é que alguém que se diz apartidário,num momento político como este, vai proferir pa-lestra em um evento promovido pelo pré-candidato

Leo de Brito questiona“apartidarização” de Sérgio Moro

tucano, João Doria?, questionou Leode Brito. “É sério. Todo mundo estávendo a caçada, todo mundo estávendo que o Juiz Sérgio Moro quera derrubada da presidenta Dilma,do PT, e faz uma caçada contra o

Presidente Lula”, denunciou Leo de Brito.O parlamentar lembrou que a participação de

Moro em evento tucano é recorrente, citando en-contro também promovido pelo Grupo de LíderesEmpresariais do (LIDE), de João Doria, emsetembro do ano passado.

Da tribuna da Câmara, o deputa-do Caetano (PT-BA)Caetano (PT-BA)Caetano (PT-BA)Caetano (PT-BA)Caetano (PT-BA) fez uma aná-lise do momento político em que vári-os elementos confluem para o golpecontra um governo eleito democrati-camente. O parlamentar chamou aatenção para o modus operandi dos agentes desse gol-pe, que não difere em nada da atuação daqueles quepromoveram e apoiaram o golpe de 1964, com prota-gonismo da mídia e de representantes das elites.

O deputado mostrou a maneira como todo opasso-a-passo do golpe é orquestrado, numa tabe-linha entre seus artífices. “Ora, fim de semana,vaza informação ou se faz alguma denúncia na re-vista Veja ou na revista Isto É, que aí pauta a tele-

Caetano diz que povo não vai aceitar umnovo golpe das elites e pede equilíbrio

visão, pauta a imprensa brasileira,pauta o Congresso Nacional, pautaa política brasileira. Em seguida,acontecem as operações”, explicou.

Nesse sentido, ressaltou a ne-cessidade de haver equilíbrio e isen-

ção do Judiciário e do Ministério Público, a fim deque não se promova por juízes e procuradores aregra “dois pesos, duas medidas”. “Enquanto pren-dem o presidente Lula para prestar depoimento,tomam outro depoimento na casa do ex-presidenteFernando Henrique Cardoso. O senador tucano Aé-cio Neves já foi denunciado diversas vezes, aparecediversas vezes em delação premiada, mas até agoranão foi intimado para depor”.

Ao criticar a oposição que, em vez de apresentar uma alternativa ao Paposta no caminho do golpe, o deputado Ságuas Moraes (PT-MT)Ságuas Moraes (PT-MT)Ságuas Moraes (PT-MT)Ságuas Moraes (PT-MT)Ságuas Moraes (PT-MT)rou na quinta-feira (10) o atual momento político com aquele que antecedeu ogolpe de 1964, pontuando a atuação de dois personagens da política brasileiranum e noutro caso: Tancredo Neves e seu neto Aécio Neves (PSDB-MG).

Ságuas lembrou, durante discurso na tribuna da Câmara, que, na ma-drugada de 2 de abril de 1964, o então senador Auro de Moura Andradedeclarou vaga a Presidência da República sob o falso pretexto de o presi-dente João Goulart haver deixado o País, consumando o golpe que mergu-lhou o País em 21 anos de ditadura militar.

“Indignado, o polido deputado Tancredo Neves surpreendeu oplenário aosgritos de canalha, canalha! Com certeza, Tancredo Neves, onde quer que esteja,está envergonhado do seu neto, que tenta a qualquer custo dar um golpe no Estadobrasileiro, um golpe no Estado Democrático em que vivemos no Brasil”, comparou o deputado.

Durante seu discurso, Ságuas Moraes, de forma indignada, criticou a sequência de discursos de membrosda oposição, citando diretamente o líder do DEM, deputado Ptribuna da aura de moralidade ao tecer críticas ao governo e ao P

“Quero dizer que o DEM não é nenhuma referência moral neste Ppovo brasileiro conhece em profundidade. E uma das maiores lideranças do DEM, o senador José AgripinoMaia (RN) está denunciado no STF [Supremo Tribunal Federal]”, afirmou o petista.

Agripino Maia, atual presidente nacional do DEM e ex-coordenador da campanha de Aécio Neves, é

Tancredo deve estar envergonhado do netoque estimula o golpe, diz Ságuas sobre Aécio

Em discurso na tribuna da Câmara,o deputado Bohn Gass (PT-RS)Bohn Gass (PT-RS)Bohn Gass (PT-RS)Bohn Gass (PT-RS)Bohn Gass (PT-RS) des-qualificou a denúncia apresentada pelopromotor Cássio Conserino, do Ministé-rio Público de São Paulo, contra o ex-presidente Lula, antes de tomar sequer odepoimento deste. “Isso já nasceu mor-to, porque ele [o promotor] já havia fei-to um ato irregular, fazendo um prejul-gamento e colocando essa matéria na Veja. Então, é umaespetacularização midiática. Mais do que isso, o promotorque acusa Lula é reincidente e já foi condenado por fazershowzinho midiático”, criticou o deputado.

A reincidência de Conserino, explicou Bohn Gass,deve-se ao fato de ele já ter sido duramente repreendi-do por um juiz, em função de procedimentos abusivosnum caso que envolveu a prisão de policiais e de umadvogado. Em 2012, Reynaldo da Silva Ayrosa Neto,juiz da 2ª Vara Criminal de São Vicente (SP), escreveuque o promotor “a um só tempo conspurcou e desres-peitou seu próprio trabalho” e causou “verdadeiro sen-sacionalismo midiático,intranquilidade e comoção nosmeios jurídicos e policiais locais”.

Para o parlamentar gaúcho, o promotor “não gostamuito de ter trabalho obtendo provas” e ouvindo testemu-nhas ou os próprios investigados. “Ele prefere sempre oshow da mídia à Justiça”, resume Bohn Gass.

Denúncia de promotor contra Lula jánasceu morta, aponta Bohn Gass

uma coisa fundamental: as provas”, argumentou odeputado, acrescentando que o recolhimento de pro-vas não é “o forte” do promotor.

condenada: o próprio promotor Cássio”, lembrou Bohn Gass.

(SP), condenou o promotor a indenizar o advogado por tê-lo exposto à execração pública. “Pjá foi condenado, porque desrespeitou o próprio trabalhoe causou sensacionalismo midiático, que hoje está noJornal Nacional e amanhã nos demais jornais acusando oLula”, ressaltou o parlamentar.

uma contribuição para um deprimente espetáculo anti-PT, cujo objetivo não é, e nunca foi, combater a corrupção,mas voltar ao poder para governar sem o povo. E, paraisso, nada melhor do que um promotor que é especialistaem sensacionalismo midiático”, afirmou Bohn Gass.

FOTOS: GUSTAVO BEZERRA

Page 5: Fascismo nas ruas: até os líderes da direita são ...ptnacamara.org.br/documentos/PT NA CAMARA-5817.pdfpetistas estariam a ameaçar. E, para completar, três promotores em busca

15/03/201615/03/201615/03/201615/03/201615/03/2016PT NA CÂMARA 5

CONTRA O GOLPE

o criticar a oposição que, em vez de apresentar uma alternativa ao País,Ságuas Moraes (PT-MT)Ságuas Moraes (PT-MT)Ságuas Moraes (PT-MT)Ságuas Moraes (PT-MT)Ságuas Moraes (PT-MT) compa-

rou na quinta-feira (10) o atual momento político com aquele que antecedeu ogolpe de 1964, pontuando a atuação de dois personagens da política brasileira

ancredo Neves e seu neto Aécio Neves (PSDB-MG).Ságuas lembrou, durante discurso na tribuna da Câmara, que, na ma-

drugada de 2 de abril de 1964, o então senador Auro de Moura Andradedeclarou vaga a Presidência da República sob o falso pretexto de o presi-

aís, consumando o golpe que mergu-

ancredo Neves surpreendeu oplenário aosancredo Neves, onde quer que esteja,

está envergonhado do seu neto, que tenta a qualquer custo dar um golpe no Estadobrasileiro, um golpe no Estado Democrático em que vivemos no Brasil”, comparou o deputado.

Durante seu discurso, Ságuas Moraes, de forma indignada, criticou a sequência de discursos de membrosda oposição, citando diretamente o líder do DEM, deputado Pauderney Avelino (AM), que se travestiu natribuna da aura de moralidade ao tecer críticas ao governo e ao Partido dos Trabalhadores.

“Quero dizer que o DEM não é nenhuma referência moral neste País, até porque é um partido que todo opovo brasileiro conhece em profundidade. E uma das maiores lideranças do DEM, o senador José AgripinoMaia (RN) está denunciado no STF [Supremo Tribunal Federal]”, afirmou o petista.

Agripino Maia, atual presidente nacional do DEM e ex-coordenador da campanha de Aécio Neves, é

ancredo deve estar envergonhado do netoque estimula o golpe, diz Ságuas sobre Aécio

investigado pelo Ministério Público Federal em dois casos emblemáticos.Foi acusado em delação premiada feita pelo empresário George Olímpiode cobrar propina de R$ 1 milhão para permitir um esquema de corrupçãono serviço de inspeção veicular do estado.

Em outro caso, também sob apuração da Procuradoria Geral da República,Agripino é suspeito de conseguir a liberação de recursos do BNDES para a OASconcluir as obras da Arena das Dunas, estádio que recebeu partidas da Copa doMundo, em Natal. Em troca, a construtora teria doado, oficialmente, R$ 500 milpara o Diretório Nacional do DEM em 2014 – ano das eleições presidenciais.

“Por isso, nós estamos questionando este momento em que a oposição, em vezde apresentar alternativa e apresentar proposta para o desenvolvimento do Brasil,tem apostado no golpe, é contra a economia do País. A economia do País, mesmo nummomento de crise como este, apresentou crescimento do PIB em janeiro”, ressaltou.

O parlamentar chamou a atenção para a importância de se discutir um modelo de desenvolvimento para o País. “O PT,nos governos do presidente Lula e da presidente Dilma, já aprovou a importância desses governos para o desenvolvimentodo País, para o crescimento, quer seja na área da habitação ou da educação. Tínhamos 3,2 milhões de jovens, e hoje temos7,5 milhões de jovens na universidade. Nós temos avanços significativos”, apontou.

Em seguida, criticou a luta desenfreada e a qualquer custo pelo poder. “O que está em debate não é o governo doPT contra o governo do PSDB ou das oposições. O que está em discussão é a disputa de poder. A oposição não quer amelhoria do País. Ela quer dar um golpe e derrubar o governo da presidenta Dilma a qualquer custo, não temcompromisso com a Nação, até porque estiveram no governo até há 14 anos e fizeram muito pouco por este País”.

Denúncia de promotor contra Lula jánasceu morta, aponta Bohn Gass

“Nessa operação quelevou o juiz do caso a acu-sá-lo de desrespeitar opróprio trabalho, o Promo-tor Cássio havia prendidopoliciais e um advogado,sob acusação de que elesestavam envolvidos em jo-gos de azar, mas faltava

uma coisa fundamental: as provas”, argumentou odeputado, acrescentando que o recolhimento de pro-vas não é “o forte” do promotor.

“Todos os acusados foram absolvidos, só uma pessoa foicondenada: o próprio promotor Cássio”, lembrou Bohn Gass.

Outro juiz, Joel Mandelli, da 6ª Vara Civil de Santos(SP), condenou o promotor a indenizar o advogado por tê-lo exposto à execração pública. “Pois este é o homem quejá foi condenado, porque desrespeitou o próprio trabalhoe causou sensacionalismo midiático, que hoje está noJornal Nacional e amanhã nos demais jornais acusando oLula”, ressaltou o parlamentar.

“Não tenho dúvida de que se trata apenas de maisuma contribuição para um deprimente espetáculo anti-PT, cujo objetivo não é, e nunca foi, combater a corrupção,mas voltar ao poder para governar sem o povo. E, paraisso, nada melhor do que um promotor que é especialistaem sensacionalismo midiático”, afirmou Bohn Gass.

O deputado Valmir Prascidelli (PT-SP) criticou du-

ramente os ataques que setores da direita

conservadora, da grande mídia e do Judiciário têm feito

contra o governo Dilma e, mais recentemente, contra o

ex-presidente Lula. “A denúncia oferecida pelo Minis-

tério Público de São Paulo contra o Lula, a maior lideran-

ça popular, política e social do Brasil, na realidade, é a

formalização de algo que o promotor Cassio Conserino

já tinha dito há um mês, por meio da imprensa, que

faria. Ou seja, antes de analisar um

processo ele simplesmente con-

denou”, lamentou.

A estratégia de Conserino, na

avaliação do deputado Prascidelli,

foi a de fazer a exposição midiáti-

ca contra o presidente Lula, para

levar a população a acreditar que

há ilícitos cometidos pelo presiden-

te. “O que nós estamos vendo por

setores do Judiciário, do Ministério Público, da Polícia

Federal é uma ofensiva de uma casta do Estado contra

setores populares, é uma tentativa de criminalização

do PT, do ex-presidente Lula, e dos setores sociais. Isso

é fruto de uma disputa ideológica contra as conquistas

que os trabalhadores tiveram”, denunciou.

O deputado disse que é preciso impedir, de todas as

formas, essas ilegalidades e retrocessos. “Temos que

barrar essa sanha golpista aqui no Parlamento e também

por meio de organização popular e social”.

em conluio com diversos setores da grande impren-

sa, teve uma postura ofensiva contra os setores populares

que acabou culminando com a ditadura militar, que durou

Ofensiva de Conserino é para criminalizar

PT, ex-presidente Lula e setores sociaismais de 25 anos no nosso País. Agora, nós estamos vendo

Acusações contra PSDB – O deputado do PT de

São Paulo aproveitou para lembrar que o papel da

imprensa deve ser o de esclarecer, deve ser de isen-

ção, de imparcialidade. “Infelizmente, o que nós te-

mos acompanhado na grande mídia, especialmente

pela Rede Globo, é uma parcialidade, uma seleti-

vidade. Há acusações das mais diversas contra

personalidade do PSDB, contra governos tucanos que

não têm o mesmo tratamento

ofensivo e intenso como tem com

as acusações feitas contra per-

sonalidades do PT e setores da

esquerda” criticou.

Prascidelli deixou claro que o

PT defende a apuração de

qualquer corrupção e destacou

que a possibilidade de liberdade

para as apurações foram assegu-

radas a partir dos governos Lula e Dilma. “Agora, o

que nós não podemos ver é o aproveitamento desta

ação republicana dos governos petistas por esta casta

do Estado e, mais grave, este aproveitamento se

transformar em luta política, em debate ideológico”,

afirmou. Ele disse que quer ver a mesma intensidade

contra as denúncias que foram feitas contra o senador

tucano Aécio Neves, citado em cinco delações premi-

adas da operação Lava-Jato.

“Queremos essa mesma intensidade também na

apuração das denúncias de desvios da merenda escolar

no governo do tucano Geraldo Alckmin, em São Paulo e

do escândalo do metrô paulista”, acrescentou.

Temos que barrar

essa sanha golpista

aqui no Parlamento

e também por meio

de organização

Popular e social

FOTOS: GUSTAVO BEZERRA

Page 6: Fascismo nas ruas: até os líderes da direita são ...ptnacamara.org.br/documentos/PT NA CAMARA-5817.pdfpetistas estariam a ameaçar. E, para completar, três promotores em busca

15/03/201615/03/201615/03/201615/03/201615/03/2016 PT NA CÂMARA6

PLENÁRIO

O plenário da Câmaratem uma extensa lista de pro-postas a serem apreciadas apartir de hoje (15). Entre asmatérias em pauta, está oprojeto de decreto legislati-vo (PDC 315/16) que tratada dívida dos estados com aUnião, bem como algumaspropostas indicados pela ban-cada feminina em razão do mês alusivo às mulheres.

C o n s t a n a p a u t a a i n d a a m e d i d aprov isór ia (MP 698/15) que d ispõe sobreope rações de f inanc iamento hab i tac iona lcom desconto ao beneficiário concedido peloFGTS para aquisição de imóveis no âmbito doprograma “Minha Casa, Minha Vida”, construí-dos com recursos do Fundo de Arrendamento Re-sidencial (FAR). A MP já tranca a pauta.

Entre as propostas sugeridas pela bancada femini-na, está o PL 4073/15, que institui 2016 como o Anodo Empoderamento da Mulher na Política e no Esporte.Um dos objetivos é mobilizar mulheres, homens e ins-tituições políticas brasileiras em favor da igualdade de

O deputado JoãoJoãoJoãoJoãoJoãoDanie l (PT-SE)Danie l (PT-SE)Danie l (PT-SE)Danie l (PT-SE)Danie l (PT-SE), t i tu larda Comissão Mista daMedida Provisória 707/15que trata sobre as dívidasrurais, conversou com o re-lator do colegiado, deputa-do Marx Beltrão (PMDB-AL),eacertou que irá entrega-lo duas emendas apresen-tadas por ele à MP 707. João Daniel vai encami-nhar também o relatório da audiência públicarealizada em novembro do ano passado, na Colô-nia 13, em Lagarto, com reivindicações dos pro-dutores rurais de Sergipe que sof rem comproblemas relativos a dívidas.

“Nosso relatório da audiência sintetiza os pro-blemas de Sergipe relativo aos pequenos produtoresde arroz, as dívidas do PESA do Alto Sertão e produto-res da região da Colônia 13”, explicou João Daniel.

As emendas do João Daniel à MP 707 são as denúmero 17 e 18. A primeira propõe que seja autoriza-da a concessão de rebate para liquidação, até 31 de

Câmara pode votar pauta dabancada feminina e nova regra

para dívida dos estadosgênero nas políticas públicasno território nacional.

Nesse rol de medidas,também estão o PL 173/15, que tipifica o crime dedescumprimento de medi-das protetivas da Lei Mariada Penha, e o PL 4409/16,que amplia a abrangênciada cirurgia plástica repa-

radora, em caso de retirada do câncer, para duasas mamas. Cabe ressaltar que os projetos que in-tegram a pauta feminina tramitam em regime deurgência, aprovado na semana passada.

PEC 01/15PEC 01/15PEC 01/15PEC 01/15PEC 01/15 – Poderá ser votada ainda a pro-posta de emenda à Constituição (PEC 01/15) quealtera a regra do cálculo dos recursos da União paraa área da saúde. A proposta altera regra estabeleci-da no ano passado pela Emenda Constitucional 86.Segundo o substitutivo aprovado em comissão espe-cial, da deputada Carmen Zanotto (PPS-SC), a Uniãodeverá investir, pelo menos, 19,4% de sua receitacorrente líquida em ações e serviços públicos desaúde ao final de seis anos.

Moema denunciaconivência do MPcom malfeitos da

oposiçãoA deputada Moema Gramacho (PT-BA)Moema Gramacho (PT-BA)Moema Gramacho (PT-BA)Moema Gramacho (PT-BA)Moema Gramacho (PT-BA)

ocupou a tribuna da Câmara na semanapassada para informar que as deputadasda Bancada do PT estiveram no ConselhoNac i ona l do M in i s t é r i o Púb l i c o pa radefender o papel do Ministério Público edemonstrar a preocupação com os rumosque essa instituição vem tomando.

A preocupação da deputada se dá,conforme relatou, em virtude de diver-sas pet ições que e la protocolou juntoao MP da Bahia para que investigasse,à épo ca , An ton i o Ca r l o s Maga lhãe s ,mandatário do então PFL e contra o DEM.Segundo ela, nada aconteceu.

“ In fe l i zmente , nenhuma de las fo iinvestigada porque ACM mandava na Jus-t iça, na Pol íc ia Federal, no Ministér ioPúblico e nada era apurado na Bahia.Mesmo assim eu continuo a defender,c a d a v e z m a i s , o f o r t a l e c i m e n t o ,autonomia e independência do Ministé-rio Público”, afirmou Moema.

Ou t ro caso emb lemát i co r e la tadopela deputada diz respeito ao procura-dor, Douglas Kirchner, acusado pela ex-mulher de agressão, cá rce re p r ivado,além de constantes humilhações. O casoaconteceu em Rondônia, em 2014, e deuor igem a um processo admin is t ra t i vocontra o procurador.

“Esse Procurador — não foi apenaspela nossa denúncia — já estava sendoinvestigado. Ele será julgado se terá di-reito ou não à vitaliciedade e se perderáou não o cargo de Procurador. E nós esta-remos presentes a esse julgamento porquequeremos defender a instituição Ministé-rio Público”, disse Moema, lembrando queo referido procurador é o mesmo que fazdenúncias e vazamentos contra o ex-presi-dente Lula. “O povo não pode ficar à mer-cê de procurador que coloca a instituiçãoem situação vulnerável”, alertou Moema.

Comissão Mista da MP 707 recebedemandas de agricultores de Sergipe

dezembro de 2016, das ope-rações de crédito rural devalor originalmente contra-tado até R$ 100 mil, na áreada Sudene, contratadas até31 de dezembro de 2006 enela também autoriza o Po-der Executivo a instituir li-nha de crédito rural com re-cursos dos Fundos Constitu-

cionais do Nordeste (FNE) e do Norte (FNO) paraliquidação, até 31 de dezembro de 2016.

Já a Emenda 18, entre os vários pontos, propõeque seja permitida a renegociação total do saldo de-vedor das operações, até 31 de agosto de 2016.Além disso, a emenda suspende o encaminhamentopara cobrança judicial, as execuções judiciais e osrespectivos prazos processuais referentes às opera-ções enquadráveis neste artigo até 31 de agosto de2016 e prazo para a inscrição em Dívida Ativa daUnião até 31 de agosto de 2016.

Agenda -Agenda -Agenda -Agenda -Agenda - A Comissão Mista da MP 707 temreunião marcada para a próxima quarta-feira (16).

FOTO:ANANDA BORGES/CD

FOTO:GUSTAVO BEZERRA

FOTO:ANANDA BORGES/CD

Page 7: Fascismo nas ruas: até os líderes da direita são ...ptnacamara.org.br/documentos/PT NA CAMARA-5817.pdfpetistas estariam a ameaçar. E, para completar, três promotores em busca

15/03/201615/03/201615/03/201615/03/201615/03/2016PT NA CÂMARA 7

BRASIL

Dezenas de taxistas, dirigentes de sindicatos e en-tidades da categoria de vários estados do País, além deinúmeros parlamentares, prestigiaram na quinta-feira(10), na Câmara, o lançamento da Frente Parlamentarem Defesa dos Interesses da Classe dos Taxistas. Presi-dida pelo deputado Carlos Zarattini (PT-SP)Carlos Zarattini (PT-SP)Carlos Zarattini (PT-SP)Carlos Zarattini (PT-SP)Carlos Zarattini (PT-SP), ocolegiado já tem a adesão de 204 parlamentares e temcomo principal objetivo propor e acompanhar a tramita-ção de propostas legislativas de interesse da categoria.

Uma das principais preocupações da Frente Parla-mentar, segundo Carlos Zarattini, é proteger a categoriada concorrência desleal representada por serviços detransporte de passageiros sem regulamentação.

“O que o Uber propõe, por exemplo, é uma enga-nação. Esse serviço não dá nenhuma garantia ao usu-ário, cada hora é um preço, enquanto para os taxisexistem regras. No dia 31 de janeiro (do ano passa-

O 2º vice-presidente da CPI do Conselho Admi-nistrativo de Recursos Fiscais (Carf), deputado PPPPPauloauloauloauloauloPimenta (PT-RSPimenta (PT-RSPimenta (PT-RSPimenta (PT-RSPimenta (PT-RS) afirmou na quinta-feira (10) queo colegiado precisa se concentrar na investigaçãodos fatos que motivaram objetivamente a realizaçãoda CPI, e deixar de lado qualquer embate de naturezameramente política. A declaração ocorreu após reu-nião do colegiado em que foram aprovados os acordosde procedimentos, e requerimentos para obtençãode documentos e convites para autoridadescontribuírem com as investigações.

“O foco das investigações dessa CPI deve ser ainvestigações sobre os 74 julgamentos de recursosanalisados pelo Carf, envolvendo recursos da ordemde R$ 21 bilhões, no qual se acredita ter ocorrido

Frente Parlamentarlançada na Câmara vaidefender taxistas deconcorrência desleal

do), no Rio, o Uber cobrava 10 vezes mais do que ostaxis. Além disso, o motorista do Uber é explorado,porque trabalha na hora que o Uber quer e recebeaquilo que o Uber se propõe a pagar. Por isso, vamospropor uma legislação para acabar com esses abusose defender os taxistas”, explicou.

O parlamentar conclamou os taxistas para seunirem e se organizarem na defesa dos direitos dacategoria, ao alertar para os interesses poderososque estão por trás do Uber.

“A presença dos taxistas aqui na Câmara é funda-mental nessa luta contra interesses poderosos, apoi-ados em muita propaganda paga nas redes sociais ena internet, e às vezes disfarçada de reportagens eartigos na imprensa”, ressaltou Zarattini.

O presidente da Frente revelou ainda o pode-rio econômico do aplicativo Uber.

“Que fique claro, não estamos enfrentando umaplicativo de celular, mas sim uma companhia mul-tinacional poderosa, com investimentos em bolsasde valores mundo afora, e que está vindo para oBrasil para quebrar o sistema de taxi, explorar ostrabalhadores e consumidores, e depois remeter olucro para o exterior”, destacou.

ConquistasConquistasConquistasConquistasConquistas- Durante a solenidade o Presidenteda Abracom/SP, Edmilson Americano, lembrou váriasconquistas obtidas nos últimos anos. Entre elas elecitou a lei que isenta cooperativas de rádio táxi dopagamento da contribuição para o PIS/Pasep e Cofins,sancionada em junho de 2012 pela presidenta.

Outra significativa conquista, segundo ele, foi agarantia da transferência hereditária das concessões detaxi. Apesar desse reconhecimento, o dirigente fez umpedido de socorro aos deputados presentes ao evento.

INVESTIGAÇÃO

CPI deve se concentrar na apuraçãode irregularidades, alerta Paulo Pimenta

fraude ou compra de sentenças. Precisamos aqui en-tender os mecanismos utilizados para burlar o fisco,identificar os integrantes dessa organização crimino-sa, e investigar quais empresas corromperam agentespúblicos e como isso foi realizado”, explicou.

O parlamentar expressou ainda a esperança deque, pela experiência dos nomes que compõem a CPI,os trabalhos sejam focados na investigação dos fatose não em disputas projetos políticos.

Já o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP),Arlindo Chinaglia (PT-SP),Arlindo Chinaglia (PT-SP),Arlindo Chinaglia (PT-SP),Arlindo Chinaglia (PT-SP),também integrante da CPI, disse que “o colegiadoprecisa aproveitar a documentação da CPI do Sena-do para ampliar as investigações para além do quea Operação Zelotes investigou”.

Resultados Resultados Resultados Resultados Resultados - Acatando sugestão do deputado

Paulo Pimenta, na reunião de quinta foram aprovados,por unanimidade, nove dos 51 requerimentos apre-sentados. Dentre eles os que solicitam toda a docu-mentação da CPI do Carf, realizada no Senado, e osdados sobre as investigações realizadas pelo Ministé-rio Público e a Polícia Federal no âmbito da OperaçãoZelotes, que revelou o escândalo.

Também foram aprovados requerimentos convi-dando várias autoridades que já investigaram ou in-vestigam o caso. Entre eles estão o atual presidentedo Carf, Carlos Alberto Barreto; o Procurador da Repú-blica, Frederico Paiva; e o delegado da Polícia Fede-ral, Marlon Cajado dos Santos.

Também participou da reunião o deputadopetista Jorge Solla (BA)Jorge Solla (BA)Jorge Solla (BA)Jorge Solla (BA)Jorge Solla (BA).

FOTO:GUSTAVO BEZERRA

Com o objetivo de discutir o Novo Pacto Agrário, o deputado Assis Carvalho (PT-PI) participou de encontro em

Rio Branco (AC), na última sexta-feira (11), promovida pelo deputado Sibá Machado (PT-AC). Em debate, o mo-

delo de cooperativismo baseado nas Parcerias Públicas, Privadas e Comunitárias. A reunião teve por finalidade

a aproximação do modelo com os elaborados por outros centros de desenvolvimento.

O objetivo do projeto desenvolvido no Acre é a inclusão dos pequenos produtores rurais no processo produtivo da economia

do estado. Foi discutida ainda a possibilidade de instalação do projeto em outros estados, dada a importância social e econômica

do modelo para os pequenos produtores que passam de prestadores de serviço a donos dos empreendimentos.

“O momento é oportuno para o debate do tema, pois temos um governo comprometido com a agricultura

familiar. No Piauí, temos o interesse e o comprometimento do governo estadual para replicar o modelo desenvolvido

no Acre e incluir os mais humildes nesse projeto produtivo”, finalizou Assis Carvalho.

Deputados debatem modelo agrário inclusivo no AcreASSESSORIA PARLAMENTAR

Page 8: Fascismo nas ruas: até os líderes da direita são ...ptnacamara.org.br/documentos/PT NA CAMARA-5817.pdfpetistas estariam a ameaçar. E, para completar, três promotores em busca

15/03/201615/03/201615/03/201615/03/201615/03/2016 PT NA CÂMARA8

INVESTIGAÇÃO

O deputado José Airton Cirilo (PT-CEJosé Airton Cirilo (PT-CEJosé Airton Cirilo (PT-CEJosé Airton Cirilo (PT-CEJosé Airton Cirilo (PT-CE) usoua tribuna da Câmara para criticar a “memoria curtae seletiva” de parlamentares da oposição. “Essesparlamentares que hoje pedem reflexão, que de-fendem o tucanato, que se alardeiam como defen-sores da moralidade e da ética, parecem ter a me-mória curta! Eles esquecem que este País estavadesmoralizado! O Brasil era um País quebrado, es-culhambado, na época em que os tucanos governa-vam esta Nação”, afirmou.

José Airton enfatizou que se atualmente o dó-lar está oscilando na casa dos R$ 4, na época dostucanos, era a mesma coisa, com a diferença de queo Brasil não pagava nem os juros da dívida externa.“Na época do Fernando Henrique - lembrem-sedisso – o governo teve que tomar três empréstimospara pagar os juros da dívida. E, pior, o Brasil eraum País sem credibilidade”, enfatizou.

O deputado frisou que foi graças ao governoLula que o Brasil tornou-se uma potência respeita-da internacionalmente. “O governo Lula acreditouno potencial da nossa Nação, investiu e, inclusive,

José Airton critica memória seletiva e lembra desastre de gestões tucanas

O procurador geral do Ministério Públi-co da Suíça, Michael Lauber, juntamentecom outros membros da instituição, estaráno Brasil a partir de hoje (15) e permane-cerá no País até quinta-feira (17). O obje-tivo é estabelecer uma maior cooperaçãonas investigações referentes ao caso Alstome sobre o cartel de trens de São Paulo –escândalo conhecido como “trensalão”.

O Brasil vem tentando desde o anopassado transferir os processos de investigação cri-minais contra a Alstom, o que na prática possibilita-ria o acesso a documentos e detalhes das contasbancárias dos envolvidos e que hoje se encontrambloqueadas por decisão judicial.

Em 2014, a Polícia Federal indiciou 33 pes-soas suspeitas de envolvimento com um cartel queatuava junto ao setor metroferroviário de São Pau-lo que teria atuado entre 1998 e 2008. Na oca-sião os governadores de São Paulo eram MárioCovas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos per-tencentes aos quadros do PSDB.

O deputado Valmir Prascidelli (PT-SP)Valmir Prascidelli (PT-SP)Valmir Prascidelli (PT-SP)Valmir Prascidelli (PT-SP)Valmir Prascidelli (PT-SP) dis-se esperar que, a partir dessa cooperação direta doMinistério Público suíço, o MP estadual passe a inves-tigar, de fato, essa denúncia que já se arrasta háalguns anos. “O que vemos é uma falta de vontade por

fez com que a Petrobras descobrisse o pré-sal. Ehoje a estatal está sendo atacada. Os tucanos que-rem a quebra do seu monopólio, permitindo queempresas estrangeiras explorem o petróleo brasi-leiro, que suguem a riqueza nacional”, lamentou.

José Airton cobrou ainda daqueles que ata-cam o governo do PT uma reflexão. “Lembrem-se:se há erros no Governo do PT, e é verdade que há,parece que vocês esquecem onde começou o es-quema que ficou conhecimento como mensalão?Onde? Foi aqui ou em Minas Gerais, no governodo tucano Eduardo Azeredo? Um processo que co-meçou e não foi julgado porque a Justiça brasilei-ra tem dois pesos e duas medidas. Quando é com

os tucanos, são santos, não se julga. Foi preciso oprocesso ir para a instância de primeiro grau paraele ser julgado e condenado, como o foi”.

O deputado do PT do Ceará quis saber ainda, daoposição “conservadora e seletiva” por na época dogoverno FHC não havia investigação. “Onde estavao Ministério Público? Onde estava a Polícia Fede-ral? Na época, não investigavam, engavetavam osprocessos, as denúncias”, criticou.

Hoje, continua José Airton, doa a quem doer,há investigação, “mas não se pode usar a investiga-ção como instrumento de perseguição, de arbitrari-edade, de ilegalidade, como aconteceu com na úl-tima semana com o ex-presidente Lula. Nós nãopodemos aceitar a ilegalidade, porque isso quebrao Estado Democrático de Direito”.

O deputado José Airton concluiu afirmandoque deu a sua minha juventude para lutar pelaliberdade, pela justiça e pelo direito. “Não vouaceitar promotor, delegado, nem juiz quebrar asregras do jogo para, midiaticamente, se promoverneste País”, finalizou.

FOTOS: GUSTAVO BEZERRA/PTNACÂMARA

Procurador suíço vem ao Brasil para discutir“trensalão”; caso cheio de provas está

sendo arrastado há anos

parte dos procurados paulistas de investigar esse casoemblemático, que está documentado por fartas pro-vas”, afirmou o parlamentar.

Em vez de assumir uma postura republicana, cum-prindo o que realmente é sua função, o MinistérioPúblico de São Paulo, segundo Prascidelli, volta-se auma conduta direcionada, parcial e seletiva. “Algunspromotores extrapolam suas funções, passando a in-vestigar casos absolutamente alheios ao seu coman-

do, como é o caso das denúncias com rela-ção ao presidente Lula. Em contrapartida,não se movimentam naquilo que está noâmbito da jurisdição deles”.

JustiçaJustiçaJustiçaJustiçaJustiça – No mês passado, contra-riando o juiz de 1ª instância, o Tribunalde Justiça de São Paulo ordenou o pros-seguimento de uma das ações que in-vestiga o escândalo de formação de car-tel no Metrô e na Companhia Paulista de

Trens Metropolitanos (CPTM) durante governosdo PSDB em São Paulo.

A decisão do TJ-SP foi motivada por um recur-so do Ministério Público estadual, que se mani-festou contrário à decisão do juiz Rodolfo Pelizza-ri, que havia rejeitado a denúncia contra um ex-executivo da Siemens, Marco Missawa. A Siemensé apenas uma entre mais de uma dezena de em-presas que estão envolvidas no cartel.

Os desembargadores do Tribunal de Justiça aca-taram o recurso do MP por entender que o juiz Peli-zzari agiu de maneira prematura e determinaramque ele dê prosseguimento à denúncia contra Mis-sawa. Nessa ação, outros seis funcionários e ex-funcionários da Siemens e da Hyundai foram de-nunciados pelos promotores, em 2014, por forma-ção de cartel e fraude em duas licitações.