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Fechamento: 9/12/14 às 00h20 Ano: XXIII - Nº 5.509 Terça-feira, 9 de dezembro de 2014 Pesquisa aponta que 75% dos brasileiros aprovam governo Dilma Contrariando artigos e a onda conservadora golpista, pesquisa Datafolha divul- gada no domingo (7) mostrou que 75% da população brasileira (42% com avaliação “boa ou ótima”, 33% regular) aprova o governo da presidenta Dilma Rousseff. Outro ponto avaliado foi o combate à corrupção: para 40% dos brasilei- ros, nunca houve tanta punição aos corruptos como hoje. Para o deputado José Guimarães (PT-CE) José Guimarães (PT-CE) José Guimarães (PT-CE) José Guimarães (PT-CE) José Guimarães (PT-CE), por mais manipulação que os setores da mídia façam sobre os dados, eles não podem omitir os 75% de aprovação. “Foi no governo da presidenta Dilma que os corruptos foram mais punidos, e os índices de aceitação da presidenta, mesmo os regulares, são positivos diante da conjuntura externa. Isso assusta a oposição golpista de direita. Além do mais, o segundo governo da presidenta Dilma será melhor que o primeiro”, prevê Guimarães. A pesquisa também apontou que setores como saúde (43%) e segurança (18%) são os assuntos que mais preocupam os brasileiros. Somente 24% os classificam como ruim ou péssimo. Ibope Ibope Ibope Ibope Ibope – Pesquisa do Ibope, também publicada no domingo, indicou que a satisfação dos brasileiros com o regime democrático cresceu 13% em 2014 e atingiu o melhor nível desde 2010. De acordo com o levantamento, 39% dos brasileiros estão satisfeitos ou muito satisfeitos com o regime democrático. A Polícia Federal (PF) concluiu as investigações sobre o esque- ma de corrupção no governo do PSDB em São Paulo, conhecido como trensalão tucano, denunciado pelas empresas suíças Siemens e Als- tom. A PF indiciou 33 envolvidos em corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, formação de cartel e crime licitatório. Além do indiciamento feito pela PF, o Ministério Público Estadual de São Paulo (MPE-SP) pediu a devolução aos cofres públi- cos do montante de R$ 418,5 milhões provenientes de superfatura- mento de contratos realizados nos períodos de 2000 e 2002. Entre os indiciados pela PF, está João Roberto Zaniboni, ex- diretor da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), no período de 1999 e 2003. Segundo o inquérito da PF, de 1999 a 2002 passaram pela conta de João Roberto Zaniboni, na Suíça, 836 mil dólares. O consultor Arthur Teixeira, apontado como lobista e pagador de propinas, também foi indiciado. Foram bloqueados cerca de R$ 60 milhões dos envolvidos. O MPE-SP pediu ainda a extinção das empresas brasileiras subsidiárias das multinacionais Alstom e Siemens e de outras oito empresas, a CAF do Brasil, TTrans, Bombardier, MGE, Mitsui, Termoisa, Tejofre e TEM – acusadas de envol- vimento no esquema de corrupção nos trens e metrô e São Paulo, durante governos do PSDB. Para os promotores, já existem provas suficien- tes que comprovam a participação dessas empresas no esquema conhecido como trensa- lão tucano. Segundo eles, o superfaturamento dos con- tratos firmados entre es- sas companhias e o Trensalão tucano: PF indicia 33 envolvidos e MP exige devolução de R$ 418 milhões metrô e a CPTM era de aproximadamente 30%. O caso O caso O caso O caso O caso – As denúncias de corrupção na CPTM e no metrô paulista estouraram em 2013, a partir do acordo de leniência pro- posto pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e aceito pela empresa Siemens, acusada de formação de cartel. A empresa suíça revelou pagamentos de propina a altos funcionários e autoridades públicas de São Paulo. Os pagamentos teriam começado em 1998 e atravessaram os governos tucanos de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin. O desdobramento das investigações revelou também a participação de outras empresas, como a Alstom. Na avaliação do deputado Renato Simões (PT-SP) Renato Simões (PT-SP) Renato Simões (PT-SP) Renato Simões (PT-SP) Renato Simões (PT-SP), indicado pela Bancada do PT para assumir a presidência ou a relatoria do CPMI do Metrô do SP, a ação da Polícia Federal “supriu lacuna deixada pelo Ministério Público Federal, que atrasou, em muito, a investigação sobre o trensalão”. O petista se referiu ao procurador Rodrigo de Grandis, que engavetou desde 2010 pedidos de cooperação formulados por autoridades suíças interessadas nas denúncias envolvendo as empresas Siemens-Alstom. Renato Simões lembrou que foi protocolada em maio deste ano, por inciativa da Bancada do PT, o pedido de instalação da CPMI do Metrô de São Paulo. Segundo o petista, a comissão foi instalada, mas continua sem funcionamento por falta de interesse de parlamentares da Câmara e do Senado. “Penso que, a partir de mais esse fato, o Congresso Nacional tem obrigação moral de instituir a CPMI na próxima legislatura. Esse indiciamento é só o co- meço do processo de apu- ração. Além das investiga- ções feitas pelo Cade, PF, MPF, os nós dessa trama precisam ser desamarrados por uma CPI”, defen- deu o petista.

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Page 1: Trensalão tucano: PF indicia 33 envolvidos e MP exige ...ptnacamara.org.br/images/IMG2014/CAPA01/PT NA... · classificam como ruim ou péssimo. Ibope – Pesquisa do Ibope, também

Fechamento: 9/12/14 às 00h20

Ano: XXIII - Nº 5.509Terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Pesquisa aponta que 75% dos brasileiros aprovam governo DilmaContrariando artigos e a onda conservadora golpista, pesquisa Datafolha divul-

gada no domingo (7) mostrou que 75% da população brasileira (42% comavaliação “boa ou ótima”, 33% regular) aprova o governo da presidenta DilmaRousseff. Outro ponto avaliado foi o combate à corrupção: para 40% dos brasilei-ros, nunca houve tanta punição aos corruptos como hoje.

Para o deputado José Guimarães (PT-CE)José Guimarães (PT-CE)José Guimarães (PT-CE)José Guimarães (PT-CE)José Guimarães (PT-CE), por mais manipulação que ossetores da mídia façam sobre os dados, eles não podem omitir os 75% de aprovação.“Foi no governo da presidenta Dilma que os corruptos foram mais punidos, e os índicesde aceitação da presidenta, mesmo os regulares, são positivos diante da conjuntura

externa. Isso assusta a oposição golpista de direita. Além do mais, o segundo governoda presidenta Dilma será melhor que o primeiro”, prevê Guimarães.

A pesquisa também apontou que setores como saúde (43%) e segurança(18%) são os assuntos que mais preocupam os brasileiros. Somente 24% osclassificam como ruim ou péssimo.

IbopeIbopeIbopeIbopeIbope – Pesquisa do Ibope, também publicada no domingo, indicou que asatisfação dos brasileiros com o regime democrático cresceu 13% em 2014 eatingiu o melhor nível desde 2010. De acordo com o levantamento, 39% dosbrasileiros estão satisfeitos ou muito satisfeitos com o regime democrático.

A Polícia Federal (PF) concluiu as investigações sobre o esque-ma de corrupção no governo do PSDB em São Paulo, conhecido comotrensalão tucano, denunciado pelas empresas suíças Siemens e Als-tom. A PF indiciou 33 envolvidos em corrupção ativa e passiva,lavagem de dinheiro, evasão de divisas, formação de cartel e crimelicitatório. Além do indiciamento feito pela PF, o Ministério PúblicoEstadual de São Paulo (MPE-SP) pediu a devolução aos cofres públi-cos do montante de R$ 418,5 milhões provenientes de superfatura-mento de contratos realizados nos períodos de 2000 e 2002.

Entre os indiciados pela PF, está João Roberto Zaniboni, ex-diretor da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), no período de 1999e 2003. Segundo o inquérito da PF, de 1999 a 2002 passaram pela conta de JoãoRoberto Zaniboni, na Suíça, 836 mil dólares. O consultor Arthur Teixeira, apontadocomo lobista e pagador de propinas, também foi indiciado. Foram bloqueados cercade R$ 60 milhões dos envolvidos.

O MPE-SP pediu ainda a extinção das empresas brasileiras subsidiárias dasmultinacionais Alstom e Siemens e de outras oito empresas, a CAF do Brasil,TTrans, Bombardier, MGE, Mitsui, Termoisa, Tejofre e TEM – acusadas de envol-vimento no esquema de corrupção nostrens e metrô e São Paulo,durante governos do PSDB.

Para os promotores, jáexistem provas suficien-tes que comprovam apart ic ipação dessasempresas no esquemaconhecido como trensa-lão tucano. Segundo eles,o superfaturamento dos con-tratos firmados entre es-sas companhias e o

Trensalão tucano: PF indicia 33 envolvidose MP exige devolução de R$ 418 milhões

metrô e a CPTM era de aproximadamente 30%.O casoO casoO casoO casoO caso – As denúncias de corrupção na CPTM e no metrô

paulista estouraram em 2013, a partir do acordo de leniência pro-posto pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) eaceito pela empresa Siemens, acusada de formação de cartel. Aempresa suíça revelou pagamentos de propina a altos funcionários eautoridades públicas de São Paulo.

Os pagamentos teriam começado em 1998 e atravessaram osgovernos tucanos de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin. Odesdobramento das investigações revelou também a participação de

outras empresas, como a Alstom.Na avaliação do deputado Renato Simões (PT-SP)Renato Simões (PT-SP)Renato Simões (PT-SP)Renato Simões (PT-SP)Renato Simões (PT-SP), indicado pela Bancada do

PT para assumir a presidência ou a relatoria do CPMI do Metrô do SP, a ação da PolíciaFederal “supriu lacuna deixada pelo Ministério Público Federal, que atrasou, em muito,a investigação sobre o trensalão”. O petista se referiu ao procurador Rodrigo de Grandis,que engavetou desde 2010 pedidos de cooperação formulados por autoridades suíçasinteressadas nas denúncias envolvendo as empresas Siemens-Alstom.

Renato Simões lembrou que foi protocolada em maio deste ano, por inciativada Bancada do PT, o pedido de instalação da CPMI do Metrô de São Paulo. Segundoo petista, a comissão foi instalada, mas continua sem funcionamento por falta de

interesse de parlamentares da Câmara e do Senado. “Penso que, a partirde mais esse fato, o Congresso Nacional tem obrigação

moral de instituir a CPMI na próxima legislatura.Esse indiciamento é só o co-meço do processo de apu-ração. Além das investiga-ções feitas pelo Cade, PF,MPF, os nós dessa tramaprecisam ser desamarrados

por uma CPI”, defen-deu o petista.

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9/12/20149/12/20149/12/20149/12/20149/12/2014 PT NA CÂMARA2

Líder da Bancada: Deputado Vicentinho (SP)

Chefe de Gabinete: Marcus Braga - Coordenação da Imprensa: Denise Camarano (Editora-chefe); Paulo Paiva Nogueira (Assessoria de Imprensa) Editores: Vânia Rodrigues e Tarciano Ricarto

Redação: Benildes Rodrigues, Gizele Benitz, Héber Carvalho, Rogério Tomaz Jr., Tarciano Ricarto, Vânia Rodrigues e Késia Oliveira (estagiária) - Rádio PT: Ana Cláudia Feltrim , Chico Pereira e Ivana Figueiredo

- Fotógrafos: Gustavo Bezerra e Salu Parente Video: João Abreu

Projeto Gráfico: Sandro Mendes - Diagramação: Sandro Mendes e Ronaldo Martins - Web designer e designer gráfico: Claudia Barreiros - Secretária de Imprensa: Maria das Graças

Colaboração: Assessores dos gabinetes parlamentares e da Liderança do PT.

O Boletim PT na Câmara, antigo Informes, foi criado em 8 de janeiro de 1991 pela Liderança do PT na Câmara dos Deputados.EX

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PARTIDO

Lula e Rui Falcão participam delançamento do Congresso do PT em Brasília

Projeto sobre autos de resistência está na pauta da CâmaraO plenário da Câmara realiza sessão hoje para

apreciar diversos itens que constam da pauta. O pri-meiro item é a medida provisória (MP 655/14) jáaprovada pela Comissão Mista de Orçamento (CMO)que concede crédito extraordinário de R$ 5,4 bilhõesao Ministério da Educação para cobrir despesas com oFundo de Financiamento Estudantil (Fies).

O Fies financia a graduação para estudantes matricu-lados em instituições particulares. Podem ter acesso aofinanciamento – que varia de 50% a 100% do valor damensalidade – alunos com renda familiar bruta de até

PLENÁRIO

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Nacional doPT, Rui Falcão, participam amanhã do lançamento da segunda etapa do5º Congresso Nacional do partido, em Brasília. O evento será no audi-tório Parlamundi, da Legião da Boa Vontade (LBV) e está previsto paracomeçar às 18h.

O deputado Magela (PT-DF)Magela (PT-DF)Magela (PT-DF)Magela (PT-DF)Magela (PT-DF), secretário-geral Nacional do PT,avalia que o congresso será uma oportunidade importante para o partidose atualizar. “Especialmente com o olhar sobre osrecados emitidos pelo mundo e sobre o entendi-mento que precisamos nos aprimorar para respon-der aos desafios dos novos tempos”, disse.

A segunda etapa do congresso ocorrerá en-

20 salários mínimos. Os beneficiários só começam apagar a dívida 18 meses após o encerramento do curso.

Autos de ResistênciaAutos de ResistênciaAutos de ResistênciaAutos de ResistênciaAutos de Resistência – Outro item que constada pauta do plenário é o projeto de lei (PL 4471/12) deautoria do deputado PPPPPaulo Taulo Taulo Taulo Taulo Teixeira (PT-SP)eixeira (PT-SP)eixeira (PT-SP)eixeira (PT-SP)eixeira (PT-SP) que tratado uso dos chamados autos de resistência nas ações poli-ciais em que houver vítimas. O projeto prevê regras para aapuração de mortes e lesões corporais decorrentes dasações de agentes do Estado, como policiais.

Comissão RepresentativaComissão RepresentativaComissão RepresentativaComissão RepresentativaComissão Representativa – O plenário tam-bém deverá eleger os deputados indicados pelos par-

tidos para compor a Comissão Representativa do Con-gresso Nacional durante o recesso parlamentar, queocorre de 24 de dezembro a 2 de fevereiro.

A comissão exercerá as atribuições de caráter ur-gente que não possam aguardar o início do períodolegislativo e será composta por 19 deputados e novesenadores titulares e igual número de suplentes.

Congresso NacionalCongresso NacionalCongresso NacionalCongresso NacionalCongresso Nacional – O Congresso realizasessão deliberativa às 12 horas de hoje para apreciarprojetos de lei do Congresso Nacional. A sessão serárealizada no plenário da Câmara.

NA TRIBUNA

Decreto presidencial melhora atendimento à pessoa com autismoO “Decreto do Autismo”, assinado pela presidenta

Dilma Rousseff e publicado no Diário Oficial da Uniãona semana passada, foi abordado pelo deputado LuizLuizLuizLuizLuizCouto (PT-PB)Couto (PT-PB)Couto (PT-PB)Couto (PT-PB)Couto (PT-PB) no plenário da Câmara. “A determi-nação presidencial garante, entre outros aspectos, oatendimento da pessoa autista no âmbito do SistemaÚnico de Saúde e define uma série de parâmetros aserem observados pelo governo, como a qualificação doatendimento e a articulação das ações para assistênciaà saúde adequada do ser com característica autista”.

O parlamentar destacou que já no seu primeiro arti-go, o decreto estabelece que a pessoa autista é considera-da com deficiência para todos os efeitos legais. “Essamedida atende uma reivindicação histórica dos movimen-tos de familiares, apoiadores e aliados dessa causa e quepediram ajustes na legislação em vigor, especialmente noque se refere ao autismo como doença”, assinalou.

Luiz Couto defendeu que todas as políticas públicasem vigor e as que venham a ser implementadas noBrasil devem levar em conta as necessidades específi-

Bancada do PT realiza

reunião às 14hA Bancada do PT na Câmara realiza reunião às 14h de hoje. Participam os deputados da atual legislatura e os

que foram eleitos neste ano. O encontro acontece no plenário 9, anexo dois das comissões.

cas das pessoas autistas. “Para isso, faz-se necessáriogarantir a criação dos novos serviços adequados a essasnecessidades assim como a qualificação de todas asfunções públicas já existentes, acrescentou”.

Couto frisou, ainda, que é fundamental a criaçãode serviços especializados em reabilitação, diagnós-tico e intervenção precoce para pessoas com autismo,na Rede de Cuidado à Pessoa com Deficiência, sem osquais, “não haverá a garantia de respeito ao seudireito básico de atenção integral à saúde”.

tre os dias 11 e 14 de junho de 2015 em Salvador (BA). A data foiaprovada durante reunião do Diretório Nacional em Fortaleza (CE),realizada nos dias 28 e 29 de novembro.

Na pauta do evento, debates em torno da atualização doprojeto partidário e o aprimoramento da organização interna.Além disso, o PT vai deliberar o aperfeiçoamento do Processo deEleições Diretas (PED).

As discussões em Salvador também deverão abran-ger temas relativos à melhoria na qualidade de vida

do brasileiro, estratégias eleitorais, atualização doprojeto petista no governo federal, o cenário inter-

nacional, entre outros assuntos.

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9/12/20149/12/20149/12/20149/12/20149/12/2014PT NA CÂMARA 3

O deputado Luiz Couto (PT-PB)Luiz Couto (PT-PB)Luiz Couto (PT-PB)Luiz Couto (PT-PB)Luiz Couto (PT-PB) denunciouque dez membros titulares e cinco suplentes da Co-missão Especial da Câmara, que analisa o projeto derevogação do Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/12), foram financiados por empresas que produzemarmas e munições.

“Estão querendo trazer essas empresas para den-tro do Congresso, mas nós vamos lutar para impedirque esse projeto seja aprovado e para que possamoscontinuar com o Estatuto”, bradou da tribuna da Câ-mara o parlamentar.

Luiz Couto afirmou que acabar com o Estatuto doDesarmamento é um tiro na cultura de paz que deveser construída, porque, segundo ele, os países queresolveram a questão da insegurança não o fizeramatravés de armas e sim por meio do trabalho de inte-ligência para prevenir os assassinatos e impedir queas pessoas possam cometer crimes.

“Espero que não façamos essa loucura. Ou seja,já fizemos; já houve um referendo aqui retirando dis-positivos. Agora, é a revogação. Então, esta é umarealidade que não podemos aceitar. E vamos lutar e

vamos tentar obstruir para que este projeto não sejavotado”, complementou.

Couto informou ainda que estão querendo quecada brasileiro possa ter até seis armas diferentes emcasa. “Isso é uma vergonha. Em nome da paz, nãopodemos fazer uma cultura de guerra”, disse inda-gando.

O Projeto de Lei 3722/12, que visa a revogar oEstatuto do Desarmamento aprovado pelo CongressoNacional em 2003, é de autoria do deputado RogérioPeninha Mendonça (PMDB-SC).

Deputados são financiados para extinguirEstatuto do Desarmamento, denuncia Couto

Após dois anos e sete meses de atividades, aComissão Nacional da Verdade (CNV) entregará seurelatório final amanhã, Dia Mundial dos Direitos Hu-manos, em solenidade que ocorrerá no Palácio doPlanalto, a partir das 9h, e contará com a presença dapresidenta Dilma Rousseff.

Instalada em maio de 2012, a CNV foi criadapara apurar e esclarecer – indicando as circunstânci-as, os locais e a autoria – as graves violações dedireitos humanos praticadas entre 1946 e 1988, operíodo entre as duas últimas constituições democrá-ticas brasileiras, com o objetivo de efetivar o direito àmemória e à verdade histórica e promover a reconci-liação nacional. Na tarde de amanhã, os membros dacomissão entregarão o relatório aos presidentes doSenado Federal, da Câmara dos Deputados e do Su-premo Tribunal Federal.

No Congresso Nacional, três eventos vão reunirparlamentares e entidades da sociedade civil paraanalisar e debater o relatório, que contou com subsí-dios de comissões da verdade de diversas assemblei-as legislativas e câmaras municipais, bem como deórgãos similares criados por universidades e outrasinstituições interessadas na apuração dos fatos relaci-onados ao período ditatorial.

A programação terá início com audiência públicano Senado, às 9h, para debater o relatório da CNV. Às

12h, no Hall da Taquigrafia da Câmara dos Deputa-dos, terá início o evento “AI 5 Nunca Mais”, queencerrará o Ano da Democracia, da Memória e doDireito à Verdade, instituído pela Câmara em acata-mento à recomendação da Organização das NaçõesUnidas (ONU). Na ocasião, serão lançados os doisvolumes da obra “Brado Retumbante”, do escritor ejornalista Paulo Markun, e o livro “Um homem tortu-rado: nos passos de frei Tito de Alencar”, de LeneideDuarte-Plon e Clarisse Meireles.

A partir das 14h, no plenário 9 da Câmara, serárealizada a 13ª edição do Fórum Legislativo Nacionalde Direitos Humanos, espaço de referência entre par-lamentares vinculados à causa dos direitos humanosnas esferas, municipal, estadual e federal. Essa edi-

ção do Fórum Legislativo terá como foco a reflexãosobre as conclusões e recomendações do relatório daCNV, mas também vai debater os próximos passos daluta pelo direito à memória e à verdade e dos direitoshumanos em geral.

Para o deputado Renato Simões (PT-SP)Renato Simões (PT-SP)Renato Simões (PT-SP)Renato Simões (PT-SP)Renato Simões (PT-SP),um dos propositores e coordenadores dos eventos noCongresso, o relatório da CNV será importante tantopara analisarmos o passado quanto para balizarmosações neste tema para o futuro. “Temos uma expecta-tiva muito grande pelo relatório, que é fruto de umaluta de muitos anos, até a constituição da Comissãoda Verdade, que contou com uma grande participaçãoe colaboração de comissões estaduais, de movimen-tos sociais e outros atores da sociedade civil”, avalia.

Simões disse ainda que serão “importantíssimas”as informações novas acerca dos fatos do passado.“Também serão relevantes as recomendações que orelatório apresentará, à luz da luta contra a impunida-de dos agentes do regime, que servirá de referênciapara a aplicação de políticas públicas de direitos hu-manos para projetarmos o futuro”, argumenta Simões.

O relatório final da CNV será publicado na internet(www.cnv.gov.br) também no dia 10. Mais informa-ções sobre os eventos no Congresso estão disponíveis napágina da Comissão de Direitos Humanos e Minorias(CDHM) da Câmara: www.camara.leg.br/cdh.

DIREITOS HUMANOSDIREITOS HUMANOS

Comissão Nacional da Verdadedivulga relatório final com série

de eventos em Brasília

Comissão Nacional da Verdadedivulga relatório final com série

de eventos em Brasília

Temos uma expectativa muito grande

pelo relatório, que é fruto de uma luta

de muitos anos, até a constituição da

Comissão da Verdade, que contou com

uma grande participação e colaboração

de comissões estaduais, de

movimentos sociais e outros atores

da sociedade civil

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9/12/20149/12/20149/12/20149/12/20149/12/2014 PT NA CÂMARA4

O deputado Fernando Ferro (PT-PE)Fernando Ferro (PT-PE)Fernando Ferro (PT-PE)Fernando Ferro (PT-PE)Fernando Ferro (PT-PE) acusou o PSDB e ocandidato derrotado do partido à Presidência senador Aécio Neves(MG) de agirem no Congresso “sob o efeito do desespero por teremperdido as eleições”. Da tribuna da Câmara, o parlamentar disseque as acusações infundadas e seletivas promovidas por eles contrao PT (e apoiadas por parte da mídia) caracterizam uma “tentativade golpe contra o governo da presidenta Dilma”.

“Na verdade, tenta-se com isso criar um ambiente de descon-fiança para fomentar essa visão golpista de não aceitar o resultadoeleitoral do dia 26, da nossa eleição do segundo turno, que elegeua presidenta Dilma Rousseff. Nós sabemos, evidentemente, queperder não é bom. O importante é que as pessoas saibam quequando entram num jogo ou ganham ou perdem”, afirmou Ferro.

A indignação do parlamentar refere-se a acusações da oposi-ção, baseadas em informaçõesdistorcidas da imprensa, de queum executivo indiciado no es-cândalo da Operação Lava Jatoteria dito em depoimento àPolícia Federal que recursosprovenientes de propina foramdepositados na conta do Parti-do dos Trabalhadores. ParaFernando Ferro essa acusaçãoé “seletiva e irresponsável,porque todas as doações fei-

tas ao partido foram legais e informadas à justiça eleitoral”, con-forme determina a legislação.

“Em primeiro lugar, todas as doações feitas ao PT foram feitas naconta do partido de maneira legal, perfeitamente auditável e acom-panhada (pela justiça eleitoral), como é feito com outros partidos.Todos sabem que empresários contribuíram para a campanha de todosos partidos: do PT, do PMDB, do PSDB, do PSB, de todos que estãoparticipando desta Casa. Agora, querer transformar isso numa acusa-ção tem o objetivo claro de se somar a essa tentativa de uma espéciede terceiro turno da campanha”, argumentou Ferro.

O deputado disse ainda que a tentativa de golpe ficou evidentea partir de afirmações feitas pelo candidato derrotado Aécio Neves,durante sessão do Congresso na semana passada, e também porlíderes do PSDB no Senado e na Câmara, insinuando a possibilida-de de impeachment da presidenta Dilma. Na opinião de Ferro, talatitude pode ser explicada pela perda de perspectiva de poder noâmbito federal e também em Minas Gerais.

“Afinal, ele [Aécio] foi derrotado não só no Brasil, mas, parti-cularmente, no seu estado, Minas Gerais, que o derrotou duasvezes. Eu compreendo esse desespero e essa angústia de alguémque governou o Estado e foi derrotado. É uma afirmação clara deque ele não foi um bom governador e, portanto, foi julgado pelopovo mineiro nessa condição e derrotado”, concluiu o petista.

Desespero pela derrotamove Aécio Neves

e PSDB, afirmaFernando Ferro

Paulo Pimenta classifica como hipócritapostura da oposição sobre meta do superávit

O deputado PPPPPaulo Pimenta (PT-aulo Pimenta (PT-aulo Pimenta (PT-aulo Pimenta (PT-aulo Pimenta (PT-RS)RS)RS)RS)RS) ocupou a Tribuna ontem para umareflexão sobre o posicionamento dos par-tidos da oposição, que, de acordo comele, “tratam com uma espécie de amné-sia seletiva” a questão do projeto quetrata da alteração da meta do superávitprimário (PLN 36/14) já aprovado peloplenário da Câmara na semana passada.Falta apenas apreciar uma emenda paraconcluir a votação da matéria.

“Não entendo a hipocrisia dos parti-dos de oposição e de setores da grandeimprensa, porque não se trata de umamedida inédita. O próprio ex-presidenteFernando Henrique Cardoso, em 2001,apresentou a esta Casa um projeto quereduzia o cálculo do superávit previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), e em nenhummomento esse debate foi tratado como se estivéssemos, no País, quebrando compromissos oudesrespeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal ou ainda cometendo algum crime, que é amaneira como, muitas vezes, parlamentares da oposição tratam a presidenta Dilma, pelo fato deter encaminhado o PLN 36”, explicou o petista.

O deputado Paulo Pimenta citou recentes decisões dos governos tucanos de Goiás e de MinasGerais, de mudança no superávit primário dos referidos estados e que não é assunto comentadopela oposição. “São tratamentos absolutamente distintos para situações semelhantes, típicas daadministração pública, e que acabam ganhando uma conotação como se estivéssemos diante deuma atitude além dos limites da legislação, além dos limites da postura política coerente como resultado das urnas, que é a postura da nossa presidenta Dilma”, disse.

PPPPPosturaosturaosturaosturaostura – O deputado Paulo Pimenta também registrou o que chamou de diferença deatitude entre o vencedor de uma eleição e um perdedor. “O governador de São Paulo, GeraldoAlckmin, do PSDB, participou na semana passada de uma solenidade no Palácio do Planalto e,na ocasião, reiterou a postura republicana da presidenta Dilma, quando foram assinados vários

convênios entre o governo paulista e o governo federal. E apresidenta, de maneira semelhante, fez referência à

importância dessa relação federativa, de respei-to entre a União e os estados, porque assim é ademocracia”.

Em contraponto, o deputado chamou aten-Não entendo a hipocrisia

dos partidos de oposição e

de setores da grande

imprensa, porque não se

trata de uma medida

inédita. O próprio ex-

presidente Fernando

Henrique Cardoso, em 2001,

apresentou a esta Casa um

projeto que reduzia o

cálculo do superávit

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9/12/20149/12/20149/12/20149/12/20149/12/2014PT NA CÂMARA 5

Bancada do PT na Câmara critica a “hipocrisia” e a “amnésiaseletiva” da oposição conservadora – com PSDB e Democratas àfrente – no debate sobre a alteração da meta de superávit primáriona Lei de Diretrizes Orçamentárias, proposta em governo no projetode lei (PLN 36/14) aprovado na semana passada no CongressoNacional, em sessão que durou mais de 18 horas.

Os petistas lembram que governadores da oposição estão ado-tando nos seus estados a mesma medida apresentada pelo governofederal e rechaçada pela oposição de direita no Congresso, além deestarem tendo enormes déficits fiscais. Em Goiás, por exemplo, ogovernador Marconi Perillo (PSDB) enviou projeto à AssembleiaLegislativa para mudar o superávit de R$ 440 milhões para umdéficit de R$ 650 milhões no ano.

No Congresso, a bancada oposicionista acusa o governo DilmaRousseff de “perder o controle”dos gastos públicos, embora oPaís tenha assegurado o resul-tado positivo em 2014, com umpequeno superávit primário. Jáem Minas Gerais, estado gover-nado pelo PSDB há doze anos, agestão atual fechará o ciclo dequatro anos com um déficit deR$ 1,7 bilhão.

Além disso, durante o go-verno FHC, o governo tambémreduziu o superávit primário previsto na LDO, mas a meta não foialcançada. Em 2001, o superávit primário deveria ser de 2,6% doProduto Interno Bruto (PIB), mas o governo federal reduziu a metapara 2,25% do PIB. Apesar disso, o superávit primário alcançadonaquele ano foi de apenas 1,7% do PIB.

Para a deputada Dalva Figueiredo (PT-AP),Dalva Figueiredo (PT-AP),Dalva Figueiredo (PT-AP),Dalva Figueiredo (PT-AP),Dalva Figueiredo (PT-AP), a oposiçãonão se conforma com a derrota eleitoral e tenta de todas asformas retaliar o governo Dilma. “Eles tentam atrapalhar o go-verno apostando no ‘quanto pior, melhor’, mas esquecem que,nas suas bases, nos estados, os seus governadores estão enfren-tando problemas e vão apresentar déficit, mas aqui acusam apresidenta Dilma Rousseff de não governar com responsabilida-de”, critica a parlamentar.

“O projeto que venceu as eleições e que a maioria da popula-ção aprovou foi o que não quer fazer ajuste fiscal no sentido depromover o desemprego e o arrocho salarial, mas, sim, equilibraras contas e garantir o emprego, a distribuição de renda e a inclusãosocial. Apesar da sua postura, a oposição sairá derrotada aqui noCongresso, assim como saiu nas urnas”, complementou Dalva.

Na quinta-feira (4), o vice-presidente Michel Temer (PMDB)também atacou a oposição, acusando-a de assumir uma posturadestrutiva após a derrota nas eleições. “O sujeito perdeu a eleiçãoe acha que tem que destruir aquele que foi eleito”, criticou Temer.

Petistas criticam “amnésiaseletiva” da oposição

no debate sobremeta fiscal

aulo Pimenta classifica como hipócritapostura da oposição sobre meta do superávit

ção para a conduta do candidato derro-tado nas urnas, senador Aécio Neves. “Éuma postura absolutamente distinta,uma conduta que estimula na sociedadeum discurso que busca deslegitimar avitória eleitoral da nossa presidenta Dil-ma, que grava vídeos e, nas suas mani-festações públicas, fala no impeachment,fala de organização criminosa, colocaem dúvida o resultado da eleição”, en-fatizou o petista.

Para Paulo Pimenta, falar em impe-achment é “flertar” com o golpe. “Éestimular na sociedade um sentimentoantidemocrático; é dialogar com setoresque ao longo da história do Brasil esti-veram junto às visões mais autoritárias

e conservadoras, e que se aproveitam muitas vezes de uma situação como essa para tornarempúblicos os seus desejos mais íntimos, como a volta de uma ditadura militar, de um regime derepressão ou coisa do gênero”.

A eleição, acrescentou o parlamentar, “delegou ao PSDB um papel importante, um papelinstitucional relevante, que é ser oposição, fiscalizar os atos do governo, denunciar, eventual-mente, irregularidades que, na sua leitura, possam estar ocorrendo, apresentar as suas propos-tas. Mas não é papel da oposição trabalhar no sentido de que o País mergulhe numa crise, sejaela institucional ou econômica, porque precisamos entender e respeitar que a eleição jáacabou, e que a eleição teve um resultado, e esse resultado foi a vitória de Dilma Rousseff edo projeto que ela representa”, frisou.

Paulo Pimenta lamentou ainda a postura do candidato derrotado, que continua semanifestando como se estivesse em cima de um palanque. “Ele continua falando e agindocomo se estivesse em campanha eleitoral e, muitas vezes, estimula condutas e posiçõesque, do meu ponto de vista, enfraquecem a democracia e o Estado de Direito no nosso País.A hora é de definirmos com clareza os papeis e as responsabilidades de cada um. E nósestaremos aqui, a Bancada do Partido dos Tra-balhadores, com os nossos aliados, no sentido defazer valer o resultado da urna; e o resultado da urnafoi não só a vitória da presidenta Dilma, mas a vitóriado projeto que ela representa”, finalizou o parla-

mentar do PT.São tratamentos

absolutamente

distintos para situações

semelhantes, típicas

da administração

pública, e que acabam

ganhando uma conotação

como se estivéssemos

diante de uma atitude

além dos limites

da legislação

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Por iniciativa do deputa-do Ronaldo Zulke (PT-Ronaldo Zulke (PT-Ronaldo Zulke (PT-Ronaldo Zulke (PT-Ronaldo Zulke (PT-RS),RS),RS),RS),RS), a Comissão de Desen-volvimento Econômico pro-move audiência pública às14h30, no plenário 5, paradebater o projeto de lei (PL6.906/13) que acrescentaart. 2º-A à Consolidação dasLeis do Trabalho (CLT) e al-tera a Lei 8.212, de 24 dejulho de 1991, para instituir o consórcio de emprega-dores urbanos. Entre os convidados, o ministro doTrabalho e Emprego, Manoel Dias; Clóvis Scherer,assessor técnico do Departamento Intersindical de Es-tatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese); e Fábio

Comissões debatemviabilidade de federalizar

segurança públicaAs Comissões de Direitos Humanos e de Segu-

rança Pública realizam hoje, às 14h30, no plenário 8,audiência pública para debater a viabilidade política,jurídica, econômica e constitucional da federalizaçãoda segurança pública, bem como a criação do Minis-tério da Segurança Pública. Foram convidados o mi-nistro da Justiça, José Eduardo Cardoso; RicardoLewandowski, ministro do Conselho Nacional de Jus-tiça; e Marcos Vinícius Furtado Coelho, presidente daOrdem dos Advogados do Brasil.

Proinfância – A Comissão de Educação promoveaudiência pública, a partir das 14h30 de hoje, para deba-ter o Programa Nacional de Reestruturação e Aquisiçãode Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educa-ção Infantil (Proinfância). Entre os convidados, Tiago Li-ppold, coordenador geral de Infraestrutura do Fundo Na-cional de Desenvolvimento da Educação (FNDE); PauloZiulkoski, presidente da Confederação Nacional de Muni-cípios (CNM); e Vilma Klemann, coordenadora de Proje-tos, da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Edu-cação (Undime). A reunião será no plenário 10.

A Comissão de Seguridade Social e Família, presidi-da pelo deputado Amauri Teixeira (PT-BA), promove au-diência pública, às 14h30, no plenário 7, para discutir asituação da Previdência Social no País; esclarecer DéficitPrevidenciário; debater o novo modelo de Perícia Médicaproposto pela Diretoria de Saúde do Trabalhador; e escla-recer a impossibilidade de as pessoas com deficiênciarequererem a realização de seu direito à aposentadoriaespecial nos termos da Lei Complementar 142/12.

O convidado para o debate é Benedito AdalbertoBrunca, secretário de Políticas de Previdência Socialdo Ministério da Previdência Social. Entre os reque-rentes da audiência, está o próprio presidente da co-missão, além do deputado Assis Carvalho (PT-PI) e dadeputada Erika Kokay (PT-DF

Seguridade discutesituação da Previdência

Social no País

Presidente do BC fala hojesobre metas e custo fiscal

Deputados tratam de consórciode empregadores urbanos

Leal, procurador regional doTrabalho do Ministério Pú-blico do Trabalho.

TransporteTransporteTransporteTransporteTransporte – A Comis-são de Viação e Transportedebate em audiência públi-ca às 14h30 no plenário 13,a construção de uma novaponte de duas vias sobre oRio Ibicuí, na BR-472, entreItaqui e Uruguaiana, no Rio

Grande do Sul.TrabalhoTrabalhoTrabalhoTrabalhoTrabalho – A Comissão de Trabalho debate às

14h30, no plenário 14, os excedentes aprovados noconcurso de Auditor-Fiscal da Receita Federal doBrasil.Na Tribuna

AGENDA DE COMISSÕES

O presidente do Banco Central do Brasil, AlexandreAntônio Tombini, participa hoje de audiência públicaconjunta das Comissões de Assuntos Econômicos, deFinanças e Tributação, de Desenvolvimento Econômico,de Fiscalização Financeira e Controle, de Meio Ambien-te e de Defesa do Consumidor, às 10h, no plenário 2.Tombini apresentará avaliação do cumprimento dos ob-jetivos e metas das políticas monetária, creditícia ecambial, evidenciando o impacto e o custo fiscal desuas operações e os resultados demonstrados nos ba-lanços do segundo semestre do exercício de 2013 e do

primeiro semestre do exercício de 2014.ConsumidorConsumidorConsumidorConsumidorConsumidor – A Comissão de Defesa do Con-

sumidor discute hoje durante audiência pública a pres-crição dos pontos acumuladas em programas de fide-lidade junto a qualquer fornecedor. O debate será às15h no plenário 12. O colegiado analisa atualmenteprojeto de lei (PL 4015/12) já aprovado pela Comis-são de Desenvolvimento Econômico que define prazomínimo de dois anos para a prescrição dos pontosacumulados em programas de fidelidade, e de quatroanos nos casos de programas de companhias aéreas.

NA TRIBUNA

O deputado Luiz Couto (PT-PB)Luiz Couto (PT-PB)Luiz Couto (PT-PB)Luiz Couto (PT-PB)Luiz Couto (PT-PB) re-gistrou em plenário a realização nesta ter-ça-feira (9), em João Pessoa, do encontrodos governadores eleitos do Nordeste e que,de acordo com ele, visa a construir umaagenda positiva para o Brasil, a partir dostemas comuns à Região Nordeste, comoinfraestrutura, logística, desenvolvimentoeconômico, saúde, segurança pública e edu-cação, entre outros.

“Cumprimento esses gestores que as-sumem os destinos de seus estados e têm o

João Pessoa terá reuniãode governadores do Nordeste

papel de reinserir o Nordeste como uma re-gião estratégica ao desenvolvimento do Bra-sil. O Nordeste, a Paraíba em especial, ape-sar do ritmo de crescimento, necessita deinvestimentos e projetos estruturantes quepossam reduzir as enormes diferenças regi-onais”, frisou Luiz Couto.

Precisamos enfrentar, acrescentou o par-lamentar petista, “a pauta do desenvolvi-mento econômico regional e de projetos es-truturantes que possam dar dignidade e con-fiança ao valente povo nordestino”.

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Está na pauta da Comissão de Constituição, Jus-tiça e Cidadania do Senado (CCJ) e pode ser votadoamanhã o projeto da Câmara que altera o Código Civilpara garantir a publicação de biografias não autoriza-das de pessoas públicas ou aquelas cujos atos são deinteresse da coletividade.

O código proíbe, “salvo se autorizadas, ou senecessárias à administração da justiça ou à manuten-ção da ordem pública, a divulgação de escritos, atransmissão da palavra, ou a publicação, a exposiçãoou a utilização da imagem de uma pessoa”.

De autoria do deputado Newton Lima (PT-Newton Lima (PT-Newton Lima (PT-Newton Lima (PT-Newton Lima (PT-SP)SP)SP)SP)SP), o projeto acrescenta um segundo parágrafoao artigo 20 do Código Civil para determinar que“a ausência de autorização não impede a divulga-ção de imagens, escritos e informações com fina-lidade biográfica de pessoa cuja trajetória pesso-

O deputado Zé GeraldoZé GeraldoZé GeraldoZé GeraldoZé Geraldo(PT-PA) (PT-PA) (PT-PA) (PT-PA) (PT-PA) elogiou em plenárionota divulgada recentemente pelaConferência Nacional dos Bisposdo Brasil (CNBB) após reuniãodo Conselho Episcopal Pastoral,em que afirma que a reformapolítica é urgente e inadiável, eque vai se empenhar ainda maisna coleta de assinaturas pelo “Pro-jeto de Lei de Iniciativa Popular proposto pela Coalizãopela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas”.

“Congratulo-me com a CNBB, pois a nossa defe-sa, a defesa do Partido dos Trabalhadores e a defesada sociedade brasileira representada por mais de 500organizações da sociedade civil, incluindo a CNBB e a

O deputado Nelson PNelson PNelson PNelson PNelson Pelegrino (PT-BA)elegrino (PT-BA)elegrino (PT-BA)elegrino (PT-BA)elegrino (PT-BA) parti-cipou do Seminário da Frente Parlamentar Brasil-Itáliana sexta-feira (5), na Câmara dos Deputados italiana,em Roma. Entre os temas abordados, estão o desenvol-vimento das relações ítalo-brasileiras em nível culturale social; políticas ambientais e agrícolas; relações eco-nômicas e institucionais entre os dois países, com basena parceria estratégica brasileira e europeia; além do

PROPOSIÇÃO

Projeto que permite biografias nãoautorizadas avança no Senado

al, artística ou profissional tenha dimensão públi-ca ou que esteja inserida em acontecimentos deinteresse da coletividade”.

O texto aprovado na Câmara e enviado ao Senadoinclui um terceiro parágrafo, determinando que a pessoaque se sentir atingida em sua honra, boa fama ou respei-tabilidade poderá requerer a juizados especiais, pedindoa exclusão do trecho ofensivo em edição futura da obra.

No relatório, o senador Ricardo Ferraço (PMDB-

ES) aponta como inconstitucional a solução aprovadapelos deputados, apesar de, como observou, ter comopropósito tornar mais céleres processos movidos porbiografados que se sentirem lesados.

Como alternativa, o relator sugere que “as açõesjudiciais da pessoa que se sentir prejudicada em suahonra, boa fama ou respeitabi-lidade serão processadaspelo rito sumário previstono artigo 275 do Códigode ProcessoCivil”.

SISTEMA ELEITORAL

Zé Geraldo elogia CNBB peloengajamento na luta pela reforma

OAB, é que se faça uma refor-ma política verdadeira, não umarremedo de reforma resultadode vários remendos”, ressaltouo parlamentar petista.

“Nenhum país prosperacom corrupção que, no casodo Brasil, lamentavelmente jávem de muitos anos e não selimita à Petrobras. A reforma

política é outra urgência inadiável”, afirmou o textoda CNBB. Para os bispos, as reformas tributária eagrária são igualmente urgentes para o País. “OBrasil não pode mais conviver com tanta omissãoem relação a estas e outras matérias que lhe sãovitais”, diz a nota.

Pelegrino debate reforma políticaem seminário na Itália

estado atual e perspectiva de desenvolvimento. Pelegri-no falou sobre a experiência brasileira em legislação ecombate às organizações criminosas.

O parlamentar ainda se reuniu com o subsecretá-rio de Estado de Relações Exteriores da Itália, MarioGiro, para tratar de reforma política nos dois países.Pelegrino está em missão oficial pelo Grupo Parla-mentar Brasil-Itália.

A Câmara realiza sessão solene às 9h30 de hojepara a entrega do Prêmio Transparência e Fiscaliza-ção Pública – Edição 2014. O Prêmio é conferido anu-almente pela Comissão de Fiscalização Financeira eControle e pela Mesa Diretora da Câmara dos Depu-tados, na categoria Governamental, à melhor experi-ência de transparência e de fiscalização realizada porórgão, entidade, programa ou agente da administra-ção pública direta ou indireta de qualquer dos pode-res da União, dos estados, do Distrito Federal ou dosmunicípios; e na categoria Sociedade Civil, para amelhor experiência de fiscalização da administraçãopública realizada por pessoa, entidade ou conjuntode entidades da sociedade civil.

A Liderança do PT na Câmara indicou o ex-mi-nistro Waldir Pires para receber o prêmio na cate-goria governamental. Para a indicação, a Liderançado PT justificou que Waldir Pires atuou com “zelo,competência e espírito público em suas atribuiçõestanto no estado da Bahia – secretário de estado,deputado estadual e governador da Bahia – comoem nível nacional – consultor-geral da República,deputado federal, ministro da Previdência, ministroda Defesa e ministro-chefe da Controladoria-Geralda União (CGU)”.

Ainda segundo a Liderança do PT, quando exer-ceu o cargo de ministro-chefe da CGU, entre 2003 e2006, Waldir Pires foi responsável pela criação doPrograma de Fiscalização a partir de sorteios públi-cos, de recursos federais transferidos voluntariamen-te a estados e municípios, e do Portal da Transparên-cia, ferramenta de transparência governamental re-conhecida e premiada no Brasil e no Exterior.

Câmara entrega

Prêmio Transparência

e PT indica Waldir Pires

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CAMPO

Especialistas discutirão em Brasília desafiose propostas para política agrária brasileira

Paulão anuncia construção de 310 cisternas escolares no semiárido alagoanoPor intermédio do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), no

início do próximo ano, serão instaladas 310 cisternas em escolas do semi-árido alagoano. O anúncio foi feito pelo deputado Paulão (PT-AL), apósreunião com a ministra Tereza Campello, na semana passada em Brasília.

O parlamentar, que integra o programa “Toda Escola do Semiáridocom Água, Banheiro e Cozinha”, informou que ao todo serão construídas5 mil cisternas nas escolas do semiárido do País. Além de Alagoas, foramcontemplados os estados de Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí,Rio Grande do Norte e Sergipe.

Paulão disse que já foi firmado o convênio do MDS com a Articulação noSemiárido Brasileiro (ASA), a fim de construir as cisternas. Segundo ele, cadaunidade está orçada em média em R$ 13 mil. A cisterna escolar segue omodelo da tecnologia social de acesso à água e tem capacidade para arma-zenar 52 mil litros, o que pode garantir o abastecimento por até oito meses.

“Esta é uma reivindicação de diversas entidades e órgãos que lutampor água nas escolas do semiárido. As cisternas são um importante ins-

trumento para garantir a segurança alimentar dos alunos e também assegurar apermanência deles nas salas de aula do semiárido”, destacou Paulão.

Governo institui Selo Indígenas do BrasilCom o objetivo de promover a identificação étni-

ca e territorial de produtos indígenas, os ministério doDesenvolvimento Agrário (MDA) e da Justiça instituí-ram o Selo Indígenas do Brasil. Para obter o Selo, épreciso que os produtos sejam provenientes de aldei-as indígenas e preencham os mesmos requisitos esta-belecidos para a concessão do Selo de Identificaçãoda Participação da Agricultura Familiar (Sipaf) do MDA.

O interessado deve encaminhar a solicitação aoMDA junto com documentação emitida pela FundaçãoNacional do Índio (Funai). Ele deve comprovar que aatividade ou o empreendimento estão em áreas ocu-padas por povos indígenas e obter a permissão dacomunidade. A lista dos produtos deverá constar emata junto com os dados dos produtores. A requisição égratuita e leva até 90 dias para ser expedida.

O Selo é um instrumento do governo federal paravalorizar e estimular a comercialização de alimentos,artesanatos e produtos extrativistas. “Qualquer povo in-dígena, de qualquer etnia, em qualquer lugar do Brasilpoderá solicitar ao MDA a permissão para utilizar oselo. A produção indígena é bastante diversificada e dequalidade”, ressalta o coordenador geral de povos ecomunidades tradicionais do MDA, Edmilton Cerqueira.

A questão agrária brasileira será discutida em seminário,em Brasília, nos dias 10 e 11 (quarta e quinta-feira). O eventotem como objetivo debater os desafios e formular propostaspara o setor agrário na atualidade, como as suas repercussõeseconômicas e sociais para o País.

Organizado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil(CNBB), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), As-sociação Brasileira de Reforma Agrária (Abra) e pela Comis-são Brasileira de Justiça e Paz (CBJP), o evento contará coma participação do ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Ge-ral da Presidência da República). Serão também expositoreso secretário-geral da CNBB, Leonardo Steiner, e o coordenador Nacional doMST, João Pedro Stedile.

Para o deputado Beto Faro (PT-PBeto Faro (PT-PBeto Faro (PT-PBeto Faro (PT-PBeto Faro (PT-PA)A)A)A)A), o seminário será umagrande oportunidade para debater os avanços ocorridos e asdeficiências ainda existentes na questão agrária no País. “Avan-çamos muito nessa questão no Brasil, principalmente em rela-ção à qualidade dos assentamentos e na implementaçãodas políticas públicas para os beneficiários dareforma agrária. Mas também teremos a oportu-nidade de discutir os avanços que ainda preci-sam acontecer”, destaca.

Segundo Faro, entre esses avan-ços, está a desapropriação de maisterras para atender as famíliasainda acampadas. “O semináriodeve apontar sugestões para aju-dar o governo e o Parlamento re-

solverem este problema”, acredita.ManifestaçõesManifestaçõesManifestaçõesManifestaçõesManifestações – O primeiro painel, marcado para o dia

10, às 9h30, tem como tema o movimento social por terra,trabalho e teto. Serão analisadas as recentes manifestações daIgreja sobre a reforma agrária no Brasil e em outros países, e apercepção sobre os temas por parte do atual governo brasileiro.

As políticas agrárias adotadas recentemente no País serãodiscutidas no segundo painel, marcado para as 14h, com aapresentação, entre outros, do professor da Universidade deCampinas (Unicamp) e presidente da Fundação Perseu Abramo,Márcio Pochmann. Em seguida, às 15h, acontece o terceiro

debate, que vai tratar dos clamores sociais e as questões territoriais, com depoi-mento de representantes dos segmentos sociais afetados pela expansão de grandes

empreendimentos econômicos nas áreas rurais brasileiras.O segundo dia de seminário começa às 9h, com painel sobre a questão agrária

e as desigualdades. Guilherme Delgado, da Abra, será um dos expositores.Os desafios e a proposta para o enfrentamento da problemática agrá-

ria serão discutidos no último painel, marcado para as 14h. Coordenadopor Newton Gomes, da Abra, o objetivo é sintetizar as exposições e

debates anteriores para apontar os desafios e asprincipais ações para a política agrária brasi-

leira. O evento será realizado no HotelNacional, em Brasília.

O seminário contará aindacom o apoio da organização nãogovernamental Oxfam, que de-senvolve ações de combate à po-breza no mundo.