farmacêutico em oncologia - interfaces administrativas e clínicas

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  • 8/3/2019 Farmacutico em Oncologia - Interfaces Administrativas e Clnicas

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    FARMACUTICO

    EM ONCOLOGIA:

    INTERFACESADMINISTRATIVAS

    E CLNICAS

    Cinthya Cavalcante de Andrade

    [email protected]

    Instituto do Cncer do Cear

    Rua Papi Jnior, 1222 Rodolo Teflo

    CEP:60430-230

    Fortaleza Cear

    Farmacutica pela Universidade Federal do Cear

    Especialista em Farmcia Hospitalar pela Universidade Federal do CearGerente do Servio de Farmcia do Instituto do Cncer do Cear

    Farmcia Hospitalar

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    FARMACOVIGILNCIA HOSPITALAR:

    Como implantar

    I. INTRODUO

    II. O FARMACUTICO HOSPITALARNO UNIVERSO DA ONCOLOGIA

    O armacutico vem ampliando a sua

    rea de atuao, no universo da oncologia,desde a dcada de 90, quando o ConselhoFederal de Farmcia estabeleceu como pri-vativa deste prossional a manipulao demedicamentos citotxicos, atravs da Re-soluo 288/96. Este oi o primeiro grandepasso para que o armacutico assumisse oespao na rea.

    Houve, ento, o ortalecimento da classe,em virtude da criao da Sociedade Brasilei-

    ra de Farmacuticos em Oncologia (Sobra-o), que veio a dar suporte tcnico-cientcoa estes prossionais.

    A Anvisa publicou, em 21 de Setembro

    de 2004, a Resoluo 220/04, estabelecendouma legislao de mbito nacional, regula-mentando o uncionamento dos servios deterapia antineoplsica e instituindo a equi-pe multidisciplinar em terapia antineoplsi-ca (EMTA).

    Podemos citar, aqui. tambm, a Portaria3535/98, do Ministrio da Sade, que deter-mina que todo servio de alta complexidadeno tratamento do cncer, cadastrado pelo

    Sistema nico de Sade (SUS), deve contarcom um armacutico, no caso de manipula-o de quimioterpicos.

    Em oncologia, o armacutico o prin-cipal instrumento para a qualidade da ar-macoterapia. Suas atribuies excedem asimples dispensao da prescrio mdica,ou ainda a manipulao propriamente dita.Sua atuao importante em vrias etapasda terapia antineoplsica, a saber:

    1. Seleo e padronizao de

    medicamentos e materiaisO armacutico, ao conhecer eetivamen-

    te os protocolos teraputicos e de suportena terapia antineoplsica, tem a responsabi-lidade na seleo de produtos que atendamas exigncias legais, na averiguao do cum-primento das boas prticas de abricaopelo ornecedor, na avaliao tcnica e na

    noticao de queixas tcnicas aos rgosreguladores.

    2. Auditorias internas

    O armacutico, tambm, o responsvelpor realizar auditorias internas, no que dizrespeito estrutura da rea de preparo dequimioterapia, estocagem de medicamentose manuteno preventiva de equipamentos,

    de acordo com as necessidades operacio-nais e normas estabelecidas pela legislaovigente.

    3. Inormao sobremedicamentos

    O armacutico assume a uno de ava-liar a bibliograa, veiculando inormao

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    FARMACOVIGILNCIA HOSPITALAR:

    Como implantar

    isenta e segura, de ontes conveis, contri-buindo para o aprimoramento da qualidadedas condutas de prescrio e teraputicas.O armacutico atua no processo de comu-

    nicao, ornecendo aos membros da equipemultidisciplinar inormaes sobre arma-cocintica, armacodinmica, doses usuais,ormas e vias de administrao, doses mxi-mas, toxicidade acumulativa, incompatibili-dades sicas e qumicas com outras drogase estabilidade de medicamentos.Em virtude dos avanos tecnolgicos e dadescoberta de novas terapias, disponibi-lizado aos pacientes um amplo espectro de

    opes teraputicas empregadas na preven-o e minimizao dos principais sintomasque ocorrem, aps a quimioterapia. Diantedo exposto, as orientaes armacuticasso imprescindveis para que se obtenha omelhor resultado dentro da posologia pres-crita e do protocolo teraputico proposto.

    4. Manipulao dos agentes

    antineoplsicosNo que diz respeito ao preparo dos me-

    dicamentos antineoplsicos, este deve serrealizado com tcnica assptica, em ambien-te com inra-estrutura apropriada, segundoas normas locais e padres internacionais,e procedimentos pr-estabelecidos sob res-ponsabilidade do armacutico. A ao des-se prossional nessa etapa da terapia anti-neoplsica undamental para diminuir osriscos associados ao manejo desses medica-mentos alm de prevenir erros como seleoerrnea do diluente.

    O controle de qualidade deve ser cont-nuo e dirio numa central de manipulaode quimioterapia. Nessa etapa, podem seridenticadas no conormidades no preparodos medicamentos, sendo indicativo de ne-

    cessidade de noticao de queixa tcnicaou desvio de qualidade, momento que deundamental importncia na atuao do ar-macutico.

    5. FarmacovigilnciaO armacutico, por ser parte importante

    na equipe multidisciplinar na terapia antine-oplsica, deve acompanhar a visita mdica,discusses de casos clnicos, podendo estaaproximao, infuenciar de orma positiva,o perl de prescrio.

    Em se tratando de terapia antineoplsi-

    ca, os pacientes so candidatos ao desen-volvimento de potenciais reaes adversas,devido poliquimioterapia, margem tera-putica estreita dos medicamentos em uso,tratamento prolongado e em concomitnciacom outros tratamentos de suporte.

    Neste contexto, a participao deste pro-ssional, na rea da armacovigilncia, temcolaborado muito com a deteco e identi-cao de reaes adversas, de atores de ris-

    co para o desenvolvimento destas, alm deele propor medidas de interveno e preven-o, visto que as reaes adversas a medica-mentos so algumas das causas de interna-o, onerando os custos da instituio.

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    Como implantar

    6. Educao continuada eparticipao em comissesinstitucionais

    Com o avano de novas tecnologias e odesenvolvimento de medicamentos cada vezmais especcos, o armacutico v-se como compromisso de buscar atualizao. Essapreocupao decorre das exigncias que omercado de trabalho determina. Vale ressal-tar que o mercado no se preocupa apenascom a ormao tcnica do prossional, mastambm com o desenvolvimento de compe-tncias comportamentais. O armacutico

    tem a seu avor artigos disponveis na Inter-net, congressos, literatura cientca, cursos,entre outros. importante que se alie expe-rincia prtica teoria, no se esquecendode integrar pesquisa, assistncia e ensino.

    No tocante ao trabalho em equipe multi-prossional, a participao do armacutico undamental para a adequada dinmicados hospitais.

    So comisses onde o armacutico que

    atua em oncologia deve participar:

    Comisso de Controle de InfecoHospitalar (CCIH)

    Promove aes para o uso racional deantibiticos, atravs de:a. Reviso da padronizao do elenco

    de antibiticos.b. Elaborao de protocolos clnicos

    para tratamento de ineces.c. Elaborao de relatrios com o perl

    de utilizao, demanda e custos dostratamentos.

    d. Monitoramento de pacientes em usode antimicrobianos, atravs das -chas de controle.

    e. Denir critrios para seleo e aqui-sio de desinetantes, antisspticos,

    saneantes, produtos para sade emedicamentos.

    Comit de tica e Pesquisa Clnica

    (CEP)Neste comit, a participao do ar-

    macutico de undamental importn-cia, pois envolve a avaliao de pesqui-sa clnica e aprovao de incluso deprojetos de pesquisa na instituio. Oarmacutico emite parecer de projetossubmetidos ao CEP, com base na legisla-o vigente, determinada pelo Conselho

    Nacional de Sade (CNS 196/96) e nasdiretrizes do CONEP (Comit Nacionalde Ensino e Pesquisa).

    Comisso de Farmcia e Teraputica(CFT)

    O armacutico deve atuar, de ormadinmica, nesta Comisso, pois a pa-dronizao de medicamentos de umainstituio sore intererncias de vrios

    atores ligados pesquisa de novos r-macos, poltica de aquisio de medica-mentos e incorporao de novas tecnolo-gias, alm da presso da indstria. Essapresso tem crescido muito e transor-mado a colaborao do armacutico emindispensvel, no que se reere buscade evidncias, anlise de custo e quali-cao de ornecedores.

    Deve-se ressaltar que a atuao doarmacutico imprescindvel, ao rea-lizar acompanhamento do uso destesprodutos, avaliar estudos clnicos rea-lizados, executar anlise de amostrasutilizando parmetros armacotcnicos,alm de vericar se o laboratrio cumpretodas as exigncias legais com base naregulamentao vigente.

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    III. ATIVIDADES EXERCIDAS PELOFARMACUTICO NO CAMPO DA

    ONCOLOGIA Manualizao dos procedimentos tcnicos;

    Aquisio e avaliao tcnica dos medicamentos, insumos armacuticos e produtos parasade;

    Normatizao dos procedimentos de recebimento, transporte, armazenamento e conser-vao dos medicamentos, insumos e produtos para sade;

    Anlise da prescrio mdica, clculo de doses, escolha dos diluentes e embalagens ade-quadas;

    Preparo dos medicamentos, contemplando todas as etapas do processo; Gerenciamento e manejo dos resduos de risco;

    Organizao da rea sica, equipamentos de proteo individual e coletiva, bem comoequipamentos;

    Procedimentos, registro e noticao de acidentes ambientais e pessoais;

    Estabelecimento do plano de garantia e controle de qualidade

    Estabelecimento de tcnicas de biossegurana, identicando os momentos e situaes derisco;

    Registro de horas de manipulao, exposies agudas e crnicas;

    Ensino e educao permanente para o corpo tcnico (armacuticos) e de apoio (auxi-liares);

    Educao continuada;

    Participao em comisses (Farmcia e Teraputica, Ineco Hospitalar, Biossegurana,CEP, Comit de qualidade, Acreditao, entre outras);

    Participao na equipe multiprossional de assistncia ao paciente oncolgico;

    Atuao em pesquisa bsica e clnica;

    Preparo de radiormacos;

    Ateno armacutica em oncologia;

    Farmcia clnica em oncologia; Farmacotcnica de medicamentos especiais para oncologia;

    Farmacovigilncia;

    Cuidados paliativos em pacientes oncolgicos;

    Participao na clnica da dor, acompanhando o uso racional de opiides;

    Assistncia domiciliar (home care) ao paciente oncolgico;

    Gesto empresarial e marketing;

    Consultoria;

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    IV. ATENO FARMACUTICAAO PACIENTE ONCOLGICO

    A oncologia desenvolve-se, de orma mui-to dinmica, e o armacutico desaado amanter-se inormado sobre as novas terapias.Conhecer em detalhes os aspectos armacol-gicos dos medicamentos em uso essencialpara o desenvolvimento de uma adequada as-sistncia armacutica. Por meio da assistnciaarmacutica, o armacutico torna-se co-res-ponsvel pela qualidade de vida do paciente.

    A denio de ateno armacuticamais diundida, em nosso meio, a de LindaStrand e Charles Hapler (EUA), de 1990, quediz: Ateno armacutica a proviso res-ponsvel do tratamento armacolgico com opropsito de alcanar resultados teraputicosconcretos que melhorem a qualidade de vidados pacientes. J a OMS, em 1993, deniuateno armacutica como sendo o conjun-to de atitudes, comportamentos, compromis-

    sos, inquietaes, valores ticos, unes, co-nhecimentos, responsabilidades e destrezasdo armacutico na prestao da armacote-rapia, com o objetivo de alcanar resultadosteraputicos denidos voltados para a sadee qualidade de vida do paciente.

    Com base nessas denies, a necessida-de de desenvolver ateno armacutica pas-sou a ser a tnica, em se tratando de pacienteoncolgico. Esta, tambm, uma atividade

    realizada pelo armacutico, imediatamenteno incio do ciclo de quimioterapia ou hor-monioterapia e, ainda, no transcorrer da te-rapia de suporte ou no controle dos sintomasdos pacientes em cuidados paliativos.

    O oco da ateno armacutica para o pa-ciente oncolgico est no aconselhamento emonitoramento da terapia armacolgica. Oaconselhamento do paciente em regime de

    quimioterapia deve ser precedido de todasas inormaes necessrias para garantir aadeso ao tratamento, alm de desenvolvera conana entre o paciente e o armacuti-co. Essas inormaes devem ser repassadaspreerencialmente em material inormativo,de carter educativo e atravs de orientaodireta ao paciente e ao cuidador.

    O monitoramento da teraputica eito,

    atravs do acompanhamento detalhado dotratamento do paciente. O armacutico deveexercer assistncia, auxiliando o(a) pacientequanto ao modo de usar e quanto ao armaze-namento correto do medicamento, alertandosobre os provveis eeitos colaterais e inte-raes medicamentosas ou alimentares, aler-tando para no usar nenhum medicamento,se estiver grvida ou amamentando, a menosque tenha expressa orientao mdica, e so-

    bretudo seguir as orientaes mdicas sobreo horrio de administrao e as restries naalimentao, porque alguns alimentos modi-cam os eeitos dos medicamentos.

    O armacutico deve, tambm, inormaro paciente se o medicamento que ele vaiusar causa dependncia sica ou psquica,inormar os perigos da automedicao e detratamentos alternativos no comprovadoscienticamente, dentre outras orientaes. O

    armacutico deve ser capaz de ornecer, tam-bm, recomendaes para minimizar os eei-tos secundrios da terapia, bem como deter-minar os medicamentos que podem intererirna eccia do tratamento. Para tanto, deve-se denir um plano de ateno armacuticaque contemple os seguintes aspectos: O armacutico deve estar atento para

    que, ao longo do tratamento, as reaes

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    V. ANLISE DA PRESCRIO MDICAPELO FARMACUTICO

    Este o momento de maior intererncia

    e interao do armacutico com o prescritor,principalmente, pela possibilidade de atuarem carter preventivo e ainda corretivo. Nes-ta interao, o objetivo do armacutico no exercitar o diagnstico, ou intervir na condutateraputica, mas garantir a segurana, a pro-viso, o acesso e a qualidade destes medica-mentos aos pacientes em terapia oncolgica.

    Os agentes antineoplsicos possuemjanela teraputica estreita, razo pela qualo menor erro na anlise da prescrio oumanipulao pode causar srios danos aopaciente.

    Cada servio possui um perl particulare padro de prescrio, mas existem inor-maes bsicas que devem estar disponveispara que o armacutico possa azer a avalia-o e preparo seguro de cada dose.

    As prescries mdicas devem contem-

    plar no mnimo as seguintes inormaes: Nome do paciente, nmero do pron-

    turio e data de consulta;

    Peso, altura, supercie corporal, idadee sexo;

    Resultados de avaliaes laboratoriais(citar exemplo);

    Estadiamento da doena;

    Protocolo recomendado;

    Dosagem a ser administrada por inter-valo de tempo;

    Vias de administrao;

    Plano teraputico;

    Nome do mdico, assinatura e carim-bo com nmero de registro no conse-lho de classe.

    adversas aos medicamentos sejam asmnimas possveis. Essas reaes de-vem ser devidamente registradas e no-ticadas.

    Estabelecer uma boa relao armacu-tico-paciente undamental para o su-cesso do tratamento;Coletar, sintetizar e analisar as inorma-es relevantes sobre o paciente;Listar e classicar os problemas rela-tados pelo paciente e identicados naanamnese;Estabelecer o resultado armacotera-putico desejado para cada problema

    relacionado com o medicamento;Disponibilizar inormaes sobre as al-ternativas teraputicas disponveis;

    Eleger, juntamente com o mdico, a me-lhor soluo armacoteraputica e indi-vidualizar o regime posolgico;Desenvolver um plano sistemtico de

    monitorizao teraputica;Realizar seguimento do paciente paramedir o resultado.

    A terapia armacolgica dever ser ade-quada ao estilo de vida de cada paciente,respeitando suas limitaes, hbitos, suamotivao para cumprir o plano teraputi-co, tendo como objetivo maior, garantir aadeso ao tratamento e melhorar a qualida-de de vida do paciente. Trata-se, portanto,

    de uma conquista omentada pela cumpli-cidade desenvolvida entre armacutico epaciente.

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    FARMACOVIGILNCIA HOSPITALAR:

    Como implantar

    Por ser de undamental importncia a avaliao da prescrio antes do preparo, a equipede armacuticos do Instituto do Cncer do Cear (ICC), estabeleceu a seguinte rotina, visan-do minimizar os erros de preparo e dispensao:

    Caso haja no conormidades na avalia-o da prescrio pelo armacutico, o m-dico prescritor contactado para que sejameitas as devidas correes.

    Uma das grandes vantagens do traba-

    lho em equipe, especialmente na EMTA, que o armacutico realiza as intervenesnecessrias, alm de propor melhorias nosprocessos e padronizao de condutas re-levantes, relacionadas prescrio mdica.Contudo, no devemos esquecer que a pres-crio a principal erramenta do armacu-tico, e a avaliao minuciosa da mesma deve

    ser uma constante, no intuito de garantir otratamento seguro para o paciente.

    Deve-se salientar, ainda, que, alm daanlise da prescrio, o armacutico devemonitorar todas as etapas que envolvem a

    manipulao propriamente dita, tais como:a aquisio, o armazenamento, o preparo, adispensao, o transporte e a administraodo medicamento ao paciente.

    A cultura da preveno de erros deve serdisseminada com toda a equipe, desde oprescritor at o pessoal de enermagem querealiza a administrao do medicamento.

    1 Checagem do nome do paciente, nmero do pronturio e nmero do atendi-mento do mesmo, para evitar erros de preparo e de dispensao para outropaciente;

    2 Avaliao do protocolo prescrito, vericando se est de acordo com o padro-nizado. O ideal que os medicamentos no sejam prescritos por siglas, paraevitar confuses no preparo.

    3 Checagem dos diluentes, vericando se h incompatibilidade fsico-qumicacom os citostticos.

    4 Vericao de dose, posologia e interao dos medicamentos de suporte (antie-mticos, corticides, estumulantes de crescimento de colnias, hidratao, etc)

    5 Checagem do clculo da dose prescrita, baseado na superfcie corporal do pa-ciente e se est de acordo as doses denidas no protocolo do paciente. Os va-lores de superfcie corprea devem ser sempre os mais recentes, pois permitemo clculo adequado e conferncia correta das doses.

    6 Via e velocidade administrao dos medicamentos.

    7 Esquemas de infuso da quimioterapia e posologia: se esto de acordo com o

    que preconizado no protocolo8 Vericao da durao dos ciclos, nmero apropriado das doses e os dias de

    terapia.

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    VI. O FARMACUTICO ONCOLGICOE A PESQUISA CLNICA

    Pesquisa clnica, ensaio clnico ou estu-do clnico so os vrios termos utilizadospara designar um processo de investigaocientca envolvendo seres humanos. Comoresultado desse processo, os assim chama-dos pesquisadores clnicos (investigadoresclnicos) podero obter novo conhecimentocientco sobre os medicamentos, procedi-mentos ou mtodos de abordagem de pro-

    blemas que aetam a sade do ser humano.A execuo de uma pesquisa clnica est

    baseada no rgido cumprimento das regrascontidas em um documento denominadoProtocolo de Pesquisa. Esse documentodeve conter a descrio completa da pesqui-sa, com exposio clara de seus objetivos.

    A participao do armacutico na pes-quisa clnica se d em diversas etapas, todasrelacionadas ao controle dos medicamentos

    sob investigao clnica, seu recebimento,armazenamento, bem com a dispensao. necessrio garantir que o medicamento emestudo chegue ao paciente sujeito de pes-quisa e, para isso, necessrio que a rastre-abilidade em todos os eventos envolvendoo medicamento seja relatada e protocolada,desde a entrada do produto, manipulao,registro de lote, nmero de protocolo, coletade rasco vazios.

    O armacutico pode atuar na pesquisaclnica, tambm, como monitor, dando supor-te ao investigador sobre o acompanhamentodos pacientes, j que o seguimento armaco-teraputico de responsabilidade deste, du-rante todas as etapas do estudo, da inclusode sujeitos, exames de imagem, laboratoriaise visitas defollow-up com a equipe.

    Em ensaios onde so eitas coletas desangue dos pacientes para determinar a con-centrao do medicamento (biodisponibili-dade/bioequivalncia), necessrio amparoda legislao vigente, a execuo de prticas

    de acordo com as Boas Prticas Clnicas e,neste momento, o armacutico garante averacidade, condencialidade, qualidade econabilidade dos resultados, alm do bem-estar do paciente em estudo. O armacuticosomente deve participar de ensaios clnicosque oram aprovados pelo rgo regulador epelo CEP da instituio.

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    VII. FARMACOECONOMIA APLICADA ONCOLOGIA

    VIII. A PRTICA CLNICA E A

    MONITORIZAO DOPACIENTE ONCOLGICO

    Os custos com as terapias vm aumen-tando, dia a dia, em virtude da incorporaode novas tecnologias. O mercado vem oe-recendo medicamentos ditos especcos,mais inteligentes, com menor toxicidade,mas sobretudo com custo muitas vezes ina-cessvel. Paralelos a isso, outros atores queoneram as terapias contra o cncer so no-vos medicamentos, com eeitos semelhan-

    tes aos de outros j consagrados e utilizadasna prtica clnica, entretanto com custosmuito dierentes, sendo em geral mais carosque aqueles mais antigos.

    A armacoeconomia a erramenta utili-zada como ponto de denio entre o que melhor, tomando como base a relao cus-to- benecio, oerecendo subsdios para asescolhas, mediante a necessidade de cadapaciente. Vale ressaltar que a armacoecono-

    mia, alm de otimizar os recursos nancei-ros, no leva em conta apenas os aspectoseconmicos de uma terapia, mas acima detudo, o sucesso dela, contribuindo para umamelhor qualidade de vida do paciente.

    O uso irracional de medicamentos, semconhecimento, inormao, orientao esem planejamento, aumenta os riscos dereaes indesejveis e pode agravar a do-ena e comprometer a sade nanceira dohospital.

    O armacutico precisa se conscientizarde que a armcia uma unidade de neg-cio e que, desta orma, ele tambm visto

    como um empreendedor dentro da unidadehospitalar.

    Com a aplicao dos princpios arma-coeconmicos no cotidiano da armcia e,em especial, na rea de oncologia, estamoseliminando desperdcios, sendo geis, com-petitivos e envolvidos no custo do tratamen-to. A atuao, nessa rea do conhecimento,gera a valorizao do armacutico dentrodo hospital. Com recursos nitos, temos

    que cooperar para que as melhores escolhassejam realizadas e as patologias possam sertratadas com a tecnologia mais custo-eeti-vamente disponvel.

    Na rea assistencial, cada vez mais, seobserva a necessidade da existncia do ar-macutico com viso e experincia clnica,atuando junto aos pacientes no manuseiodas reaes adversas do tratamento, na to-

    xidade das drogas, com terapias de suporte,alm das terapias complementares direcio-nadas ao cncer.

    A atuao clnica do armacutico em on-cologia consiste na proviso responsvel da

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    FARMACOVIGILNCIA HOSPITALAR:

    Como implantar

    armacoterapia com o propsito de alcanarresultados concretos que melhorem a qua-lidade de vida do paciente. Busca encontrare resolver de maneira sistematizada e docu-

    mentada todos os problemas relacionadoscom os medicamentos que apaream notranscorrer do tratamento do paciente. Almdisso, compreende a realizao do acompa-nhamento armacolgico do paciente comdois objetivos principais: Responsabilizar-se pelo paciente para

    que haja sucesso da terapia propostapelo mdico;

    Estar atento para que ao longo do tra-

    tamento as reaes adversas aos medi-camentos sejam as mnimas possveis,e no caso de surgirem, que se possaresolv-las ou minimiz-las, prevenir ecorrigir.

    Enm, um conceito de prtica pros-sional em que o paciente o mais importan-te beneciado das aes do armacutico. Oexerccio prossional do armacutico pas-sa, hoje, pela concepo clnica de sua ati-

    vidade, sua integrao e colaborao com orestante da equipe de sade e o cuidado di-reto com o paciente. A variabilidade enormede patologias unida ampla disponibilidadeteraputica oerece mltiplas possibilidadesde abordagem e resoluo de problemas re-lacionados teraputica.

    O paciente oncolgico, em especial, di-erenciado, pela complexidade da teraputi-

    ca, alm da gravidade da doena, visto que,hoje, o cncer uma doena crnica que, de-pendendo do acompanhamento, o pacientepode vir a ter uma maior sobrevida e melhor

    qualidade de vida.Neste momento, a presena do arma-

    cutico agrega conana e desenvolve umarelao que vem beneciar o paciente quan-to adeso ao tratamento. Em muitas situa-es, o paciente com cncer acompanhadode dvidas, incertezas, temores que, muitasvezes, o levam a abandonar o tratamento,sem mesmo t-lo iniciado.

    Muitas aes podem ser desenvolvidas

    com o objetivo de melhorar o resultado daterapia e da qualidade de vida deste pa-ciente, principalmente no que diz respeitoao surgimento de reaes adversas cau-sadas pela prpria quimioterapia, e comomanuse-las.

    Citamos, aqui, algumas das orientaesornecidas aos pacientes que devem seracompanhados bem de perto pelo armacu-tico. Esta orientao deve ser clara, precisa e

    mais simples possvel, para que o pacienteno sinta nenhuma diculdade adicional notratamento.

    Descrevemos, a seguir, os problemasmais requentes, decorrentes de quimio-terapia e que, muitas vezes, incapacitam eaumentam o sorimento do paciente, nos no aspecto siolgico, mas tambm psi-cossocial.

    Terapia de suporTe

    Mnj n vmt

    Nuseas e vmitos so vistos pelos pacientes como efeitos adversos assustadores eparticularmente desagradveis da terapia citosttica. Sua severidade pode at mesmo le-var ao trmino prematuro da terapia. Portanto pertinente prover uma terapia anti-emticaeciente.

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    FARMACOVIGILNCIA HOSPITALAR:

    Como implantar

    As intervenes farmacuticas para a conduo de ajustes posolgicos devem ser guiadaspelos seguintes parmetros:

    Potencial emetognico da terapia citotxica, avaliando cada medicamento prescrito noprotocolo;

    Fatores de riscos individuais dos pacientes; Diferentes fases da nusea e mese ( agudos, tardios, antecipatrios); Aspectos farmacoeconmicos, avaliando o melhor protocolo, baseado em evidncia e res-

    posta do paciente;

    O suporte para a implementao das intervenes teraputicas selecionadas deve ser: Cooperao entre paciente, mdico, farmacutico e outros prossionais; Medidas de adeso ao tratamento; Medidas prolticas adicionais.

    Mnj d

    A maioria dos pacientes com tumores apresenta dor durante o curso de sua doena, muitasvezes, devido compresso de razes nervosas.

    A causa, o tipo e a intensidade da dor pode ser diferente. A dor necessita ter diagnsticoprecoce e a terapia imediata e apropriada, incluindo todas as diferentes opes de tratamento. importante incluir o manejo da dor no plano de cuidado do paciente, e isso deve incluir opesfarmacoteraputicas bem como alternativas de tratamento preconizados na literatura (baseadasem evidncias). Tambm deve-se disponibilizar alternativas teraputicas no farmacolgicas.

    alc

    Alopcia pode ser um efeito adverso srio para alguns pacientes tratados com terapia ci-tosttica. Embora opes de tratamento ainda sejam limitadas, a preocupao com a alopciae seus aspectos devem ser considerados no plano de cuidado e comentados na ateno aopaciente. Por ser uma reao que identica o problema do paciente, ele muitas vezes adia ou serecusa a iniciar o tratamento para que ningum saiba que ele tem cncer.

    Nesse cenrio a atuao multidisciplinar de farmacuticos, mdicos e psiclogos poder terexcelentes resultados sobre a adeso.

    Mct

    Inamao da mucosa mucosite pode ser observada em vrios locais.A mucosite umadas reaes adversas mais freqentes e debilitantes, pois em muito compromete o perl nutri -cional do paciente.

    Leses na mucosa podem ser muito dolorosas e reduzir signicativamente a qualidade de-vida dos pacientes com cncer. uma das responsabilidades do farmacutico dar recomenda-es aos pacientes sobre prolaxia da mucosite e seu tratamento.

  • 8/3/2019 Farmacutico em Oncologia - Interfaces Administrativas e Clnicas

    13/24Pharmacia Brasileira - Maro/Abril 2009 13

    FARMACOVIGILNCIA HOSPITALAR:

    Como implantar

    Mnj

    A diarria uma sria complicao da terapia do cncer. Alguns citostticos em particular,bem como a radioterapia podem causar diarria como efeito adverso.

    Processos imunolgicos, infecciosos e do prprio cncer tambm podem causar diarriae precisam ser includos na avaliao diagnstica.

    Diarria no tratada pode levar fraqueza, desequilbrio eletroltico e desidratao, po-dendo comprometer drasticamente a resposta ao tratamento quimioterpico.

    T Ntcnl

    Quase todos os pacientes oncolgicos sofrem de perda de peso extrema. Isto no so-mente leva a uma piora das condies gerais do paciente, mas a caquexia tambm causa

    uma maior intolerncia terapia e um risco aumentado de desenvolvimento de efeitos ad -versos.

    O farmacutico deve tambm prover, junto ao mdico e outros membros da equipe desade, diretrizes sobre como o paciente pode se beneciar de mudanas na dieta.

    IX. MANIPULAO SEGURA DE AGENTES

    CITOSTTICOSA manipulao segura dos agentes citos-

    tticos no se resume ao uso de uma tc-nica adequada e a utilizao de uma cabinede segurana biolgica,mas compreende acorreta utilizao das inormaes inerentesaos medicamentos utilizados e sua adequa-o as condies teraputicas.

    Ressalta-se que, alm do ato de preparodos medicamentos, deve-se considerar todaa cadeia de processos, desde o armazena-mento, recebimento, transporte, manipula-o propriamente dita, a dispensao, a ad-ministrao, gerao e descarte de resduosde produtos e medidas em caso de derrama-mento e extravasamento.

    Cuidados na Preparao ena Administrao dos AgentesAntineoplsicos

    Todos os agentes quimioterpicos de-vem ser preparados por prossionais quali-cados e treinados especicamente para talprocedimento. Uso de capelas de seguranabiolgica de classe II com sistema de ltro,fuxo laminar, de preerncia com exaustoexterna e proteo total. A rea deve ser deacesso restrito a pessoal treinado e em localisolado.

    So consideradas regras bsicas para umpreparo seguro de citostticos:

  • 8/3/2019 Farmacutico em Oncologia - Interfaces Administrativas e Clnicas

    14/2414 Pharmacia Brasileira - Maro/Abril 2009

    FARMACOVIGILNCIA HOSPITALAR:

    Como implantar

    Todo agente quimioterpico deve ser preparado por prossional especicamente trei-nado para tal procedimento;

    A rea de preparo deve ser isolada para evitar interrupes, minimizar riscos de aci-dentes e de contaminaes. Deve estar situada em rea restrita a m de evitar fuxo de

    pessoas; Alimentar-se, beber, umar, e aplicar cosmticos so procedimentos totalmente proibi-

    dos, durante a preparao dos agentes quimioterpicos;

    A supercie de trabalho deve ser coberta com material absorvente para diminuir o riscode contaminao. A supercie de trabalho absorvente deve ser eliminada diariamentecom cuidados especiais e se possvel adicionar neutralizantes para os medicamentosque apresentam maior toxicidade e que oram derramados acidentalmente sobre a su-percie absorvente.

    A tcnica de preparo deve ser rigorosamente assptica;

    As recomendaes do abricante do medicamento quanto compatibilidade de solu-es, a compatibilidade com outros medicamentos, a estabilidade e sensibilidade a luzdevem ser rigorosamente seguidas;

    A concentrao nal (mg/ml) contida na prescrio tem de ser rigorosamente seguida;

    As luvas devem ser trocadas sempre que houver contaminao com quimioterpico,como extravasamento ou respingos e sempre que mudar de ciclo por paciente.

    Avental longo, totalmente echado na parte da rente e de preerncia impermeabiliza-do, deve ser usado durante todo procedimento;

    Gorro, mscara impermevel (carvo ativado) e culos de proteo devem ser usados

    sempre que em atividade. Utilizar dispositivo desaerolisante;

    No rasco contendo o preparado deve ser axada inormao sobre o produto, se vesi-cante ou no e cuidados essenciais no manuseio;

    O pessoal que transporta os medicamentos at o local de aplicao deve recebertreinamento especial em como intervir em caso de acidente. Containeres especiaisdevem servir para o transporte dos medicamentos. Estes containeres devem ser tr-micos para evitar variaes extremas de temperatura, que podem inativar os medi-camentos e devem ser, tambm, prova de choque, principalmente, se os produtosorem transportadas para serem administrados em outro hospital ou ambulatrio de

    quimioterapia. As pessoas que transportam os medicamentos devem trazer junto com elas os ma-

    teriais necessrios, caso ocorra algum acidente, durante o percurso, como luvas pro-tetoras, aventais, gorros, mascaras, protetores para olhos, plsticos absorventes. Paratanto, deve ser constitudo kit pela armcia.

    Substncias neutralizadoras, como bicarbonato de sdio e lcool a 70% para limpezada rea aetada, devem azer parte do kit de derramamento, bem como tabela contendoproduto e neutralizante.

  • 8/3/2019 Farmacutico em Oncologia - Interfaces Administrativas e Clnicas

    15/24Pharmacia Brasileira - Maro/Abril 2009 15

    FARMACOVIGILNCIA HOSPITALAR:

    Como implantar

    X. EQUIPE MULTIDISCIPLINAR EMTERAPIA ANTINEOPLSICA (EMTA)

    A multidisciplinaridade, hoje, em oncologia ator condicionante da qualidade da assis-tncia, pois como ruto do trabalho harmonioso e integrado obtm-se uma melhor qualida-de de vida dos pacientes oncolgicos. A Equipe Multidisciplinar em Terapia Antineoplsica(EMTA) deve ser composta pelos seguintes prossionais:

    Mdico oncologistaMdico hematologistaCirurgio oncolgicoEnermeiroFarmacuticoNutricionistaPsiclogoAssistente social eFisioterapeuta

    Em particular, citamos as atribuies privativas do armacutico, em concordncia com aResoluo 288/96 do Conselho Federal de Farmcia:

    Selecionar, adquirir, armazenar e padronizar os componentes necessrios ao preparodos antineoplsicos;Avaliar os componentes presentes na prescrio mdica ,quanto quantidade, qualida-de, compatibilidade, estabilidade e suas interaes;Proceder ormulao dos antineoplsicos segundo a prescrio mdica, em concor-dncia com o preconizado em literatura;Manipular drogas antineoplsicas em ambientes e condies asspticas, e obedecendoa critrios internacionais de segurana;Orientar, supervisionar e estabelecer rotinas nos procediemntos de manipulao e pre-parao dos antineoplsicos;Determinar o prazo de validade para cada unidade de antineoplsico de acordo com ascondies de preaparo e caractersticas da substncia;Assegurar o controle de qualidade dos antineoplsicos aps o preparo at a adminis-trao;Assegurar destino seguro para os resduos de antineoplsicos;Compor a equipe multidisciplinar nas visitas aos pacientes submetidos a tratamentocom antineoplsicos;Participar das reunies, discusses de casos clnicos e atividades didticas e cientcasda equipe multidisciplinar;Participar, desenvolver, elaborar pesquisas de antineoplsicos, no s na rea de sade,bem como na rea industrial.

  • 8/3/2019 Farmacutico em Oncologia - Interfaces Administrativas e Clnicas

    16/2416 Pharmacia Brasileira - Maro/Abril 2009

    FARMACOVIGILNCIA HOSPITALAR:

    Como implantar

    Equipamentos de proteo coletiva EPC

    Capela de fuxo laminar classe II, tipoB2 (apresenta fuxo unidirecional ver-tical, 100% de exausto externa do ar e0% de recirculao interna do ar );

    Lava olhos (pode ser substitudo porsoluo siolgica a 0,9%);

    Coletor rgido para resduos (caracteri-zado pela NT de 21/09/99).

    B Equipamentos:

    XI. BIOSSEGURANA EM ONCOLOGIA

    A rea fsica:

    Avaliao de risco, normas de trabalho e orientao

    Equipamentos de proteo individual EPI

    Vestimenta (macaco ou avental) con-eccionado em material impermevel,echado na rente, com mangas longase punhos elsticos.

    Botas plsticas com solado antiderra-pante ou props de plstico

    culos de proteo panormico; Respirador com ltro classe P3 (alta

    ecincia); Luvas de ltex isentas de talco (powder

    free);

    Controles de exposio dos

    profssionaisA exposio dos prossionais envolvidos

    nas diversas ases da terapia antineoplsi-ca pode ser controlada eetivamente com acorreta utilizao dos equipamentos e EPIsdisponveis.

    Periodicamente os prossionais deveroser submetidos a avaliaes mdicas, sendo

    A rea destinada Central de Manipula-o de Quimioterpicos (CMQ) e Sala de Ad-ministrao de Medicamentos (SAM) deverser planejada, buscando atender as caracte-rsticas de cada instituio e proporcionan-do segurana ao trabalhador, ao paciente eseus cuidadores. A CMQ deve ser centraliza-

    da, com acesso restrito ao pessoal respon-

    svel pela manipulao. Nesta rea, deveroser proibidas aes, como: beber, comer eaplicao de cosmticos.

    A SAM deve ser uma rea na qual o pa-ciente se sinta conortavelmente instalado,sem perder sua privacidade. Deve ser de -cil acesso, contando entradas e sadas geis

    para situaes de emergncia.

  • 8/3/2019 Farmacutico em Oncologia - Interfaces Administrativas e Clnicas

    17/24Pharmacia Brasileira - Maro/Abril 2009 17

    FARMACOVIGILNCIA HOSPITALAR:

    Como implantar

    o resultado das mesmas registradas na chaindividual do uncionrio.

    Tomando-se as providncias abaixo re-lacionadas, a exposio aos antineoplsicos

    ser minimizada: A capela de fuxo laminar dever ser

    ligada com 30 minutos de antecedn-cia e deixada ligada 30 minutos aps otrmino do servio;

    A capela dever ser submetida desin-eco com lcool 70%, antes e aps otrmino da manipulao;

    A manuteno preventiva da capela

    deve ser peridica, sendo eetuadaa troca dos ltros HEPA por tcnicoshabilitados, sempre que necessrio. Amanuteno preventiva deve ser reali-zada sempre que a capela or trocadade lugar ou na observncia de quais-quer problemas.

    Utilizar adequadamente todos os EPIsobrigatrios;

    Trocar as luvas de ltex a cada hora detrabalho e sempre que se zer neces-srio;

    Manter kit de emergncia em local decil acesso;

    O pessoal que cuida dos pacientes emtratamento com quimioterapia deveadotar precaues de barreira (lu-vas descartveis, culos de proteo,avental impermevel);

    Os prossionais da equipe de limpezadevem calar luvas de ltex e aventalao manusear os sacos de lixo, toman-do cuidado para observar vazamentose gotejamentos. Alm disso, devemsempre manusear sacos e coletoresde pruro-cortantes aastados docorpo.

    Basicamente a exposio aos antineo-plsicos pode ser entendida como aguda oucrnica:

    Exposio agudaNa ocorrncia de acidentes que contami-

    nem EPIs, estes devem ser removidos ime-diatamente e descartados. Quando da con-taminao de pele e mucosas, deve-se pro-ceder a lavagem, com gua e sabo neutro e,no caso de contaminao dos olhos, utilizarlava-olhos (ou soro siolgico 0,9%) por 15minutos.

    As excretas dos pacientes em tratamen-to, em particular a urina, devem ser conside-radas materiais de risco e, para isto, deveroser manuseados com luvas protetoras.

    Exposio crnica

    Os danos da exposio crnica poderoser mensurados em uno da toxicidadeinerente de um determinado agente qui-mioterpico versus a extenso de exposio

    a este agente.O monitoramento mdico extrema-

    mente importante, aconselhando-se a re-alizao de exames mdicos peridicos, acada seis meses, com ateno para os sis-temas hematopoitico, heptico, renal, pelee sistema nervoso central. Devero ser rea-lizados exames nas seguintes situaes: ad-misso; retorno ao trabalho, aps 30 dias delicena mdica; transerncia de outro setorpara rea de manipulao e vice-versa; de-misso.

    Com relao aos indicadores, tem-se de-tectado nveis mensurveis de agentes qui-mioterpicos no ar e nas supercies, quandocapelas de fuxo laminar no so utilizadasno preparo de quimioterpicos. Ainda mes-mo quando este monitoramento realizado

  • 8/3/2019 Farmacutico em Oncologia - Interfaces Administrativas e Clnicas

    18/2418 Pharmacia Brasileira - Maro/Abril 2009

    FARMACOVIGILNCIA HOSPITALAR:

    Como implantar

    dentro da capela, ca evidenciada esta ex-posio quando detecta-se saturao destesagentes nos ltros HEPA.

    Existem relatos de mutagenicidade uri-

    nria em prossionais que manipulam agen-tes quimioterpicos, porm estes mesmosnveis tm diminuio total, quando estesprossionais so aastados da exposio ro-tineira e vice-versa.

    A evidncia de titeres urinrios (meta-blitos conjugados glutationa de agentesalquilantes) podem ser utilizados como in-dicadores de exposio, uma vez que mani-puladores de antineoplsico, demonstraram

    aumento de titere urinrios em compara-o com grupos de controle.

    Com relao mutagenicidade/altera-es cromossmicas, alguns estudos tmevidenciado estes eeitos como advindosdesta exposio.

    Atravs de marcadores de danos, tem-seobservado troca de cromtides irms, altera-es estruturais do ncleo celular e micro-ncleos de lincitos de sangue peririco.

    Estes resultados podem no ser to escla-recedores quando eventualmente se obser-va aumento em um ou mais marcadores, emdierentes situaes.

    Talvez essa diculdade de quanticar es-tes eeitos da exposio e essas alteraes deresultados de absoro resultam de dieren-tes intensidades de exposio dentro de ummesmo grupo, principalmente, quando seavalia o uso de EPIs e tcnica de trabalho.

    Os eeitos sobre a reproduo tm sidobem documentados, havendo resultados es-tatisticamente signicantes de ocorrnciasde abortos espontneos e teratogenicidade,quando se compara grupos expostos e noexpostos. Diante das ocorrncias, notriosalientar que mulheres grvidas e nutrizesdevem ser inormadas dos riscos e aastadas

    da atividade da manipulao e administra-o de agentes quimioterpicos.

    Outros sintomas eventuais relatados porgrupos expostos em reas no ventiladas

    so: sensao de cabea leve, vertigem, nu-sea, dor de cabea e reao alrgica.

    Para o prossional manipulador, h mo-mentos de grande exposio ocupacional,valendo citar os seguintes: Quebra e reconstituio de ampolas; Puno, reconstituio e aspirao de

    rascos-ampola (introduo e retiradada agulha);

    Transerncia do medicamento de umpara outro envase;

    Retirada do ar da seringa e ajuste dadose;

    Exposio acidental; Recebimento dos medicamentos; Transporte interno e externo; Estoque; Limpeza e desineco de ampolas e

    rascos-ampola;

    Identicao, rotulagem, embalageme distribuio do produto acabado;

    Procedimentos de segregao, acon-dicionamento, identicao, registro,transporte, armazenamento e destinonal dos resduos de risco

    Procedimentos em acidentes; Manuseio de medicamentos orais e t-

    picos; Limpeza e desineco das reas e

    equipamentos de trabalho.Para evitar que estes momentos se trans-

    ormem em acidentes, o armacutico deve-r elaborar procedimentos operacionais pa-dres que determinem o fuxo de trabalho,da execuo das atividades, alm de preverum plano de contingncia no caso de aci-dentes durante o processo de manipulao.

  • 8/3/2019 Farmacutico em Oncologia - Interfaces Administrativas e Clnicas

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  • 8/3/2019 Farmacutico em Oncologia - Interfaces Administrativas e Clnicas

    20/2420 Pharmacia Brasileira - Maro/Abril 2009

    FARMACOVIGILNCIA HOSPITALAR:

    Como implantar

    Acidentes com derramamento de citostticos e seu tratamento

    Estes acidentes quase sempre resultam de derramamentos ou quebras que devem serrelatados CIPA local e tratados imediatamente por prossional treinado, sendo que a readeve ser identicada e isolada, para evitar possveis contaminaes.

    XIII. CONDUTAS NOS ACIDENTESCOM CITOSTTICOS

    Ficha de notifcao de acidentes com antineoplsicos

    NOTIFICAO DE ACIDENTES COM CITOSTTICOS.

    DERRAMAMENTO EXTRAVASAMENTO

    No houve contaminao de pessoas.

    Houve contaminao de pessoas.

    Acidentado:

    Nome Data de Nascimento Sexo

    1. masculino 2. feminino

    End.: (Rua, AV.; N) Bairro Fone

    Complemento CEP Municpio UF

    Acidente:

    Data do acidente Hora Dep. / Enfermaria

    Atividade

    Reconstituio Infuso Transporte outro________________________________________________________

    Nome da droga Partes do corpo contaminado

    Forma da droga:

    Produto original lquido Produto original em p Produto reconstitudo Material contaminado

    Soro com citosttico Excreta de paciente Outro ______________________________________________________

    Breve descrio do acidente:

    _______________________________________________________________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________________________________________________________

    Descrio da leso:

    Medidas adotadas:

    _______________________________________________________________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________________________________________________________

    Mdico contatado:

    Preenchido por:

    FAVOR ENVIAR A NOTIFICAO CIPA.

  • 8/3/2019 Farmacutico em Oncologia - Interfaces Administrativas e Clnicas

    21/24Pharmacia Brasileira - Maro/Abril 2009 21

    FARMACOVIGILNCIA HOSPITALAR:

    Como implantar

    Em geral os acidentes so de dois tipos: pequenos (menores de 5ml) e grandes derrama-mentos (maiores de 5ml). Para controlar este tipo de acidente, ora ou dentro da cabine desugurana biolgica, ser necessrio uso de paramentao adequada, alm do respirador(PFF2) em caso de derramamentos de ps.

    Respirador PFF2 com e sem vlvula

    O derramamento dever ser contido elimpo com gaze absorvente, no caso de pe-quenos derramamentos, e com chumaos ouolhas absorventes, nos grandes derrama-mentos. No caso de derramamento de ps,dever ser limpo com gaze mida. A seguira rea dever ser lavada por trs vezes com

    gua e sabo neutro. Secar e manter a reaventilada.

    Se houver ragmentos de vidro, estes de-vero ser recolhidos com ps e colocadosem recipiente para prurocortantes.

    Tanto o recipiente para prurocortantes,como as gases utilizadas devero ser colo-cadas em sacos plsticos apropriados paraestes resduos.

    Na ocorrncia de contaminao do ltroHEPA, a capela dever ser desativada, veda-da com plstico, at que tcnicos especiali-zados possam troc-los e realizar nova vali-dao da cabine.

    Da a importncia de se manter mo kitsde emergncia, corretamente rotulados, tan-to nas reas de preparo, como nas reas deadministrao de citostticos. A Sociedade

    Americana de Farmacuticos Hospitalares(ASHP), recomenda que os kits contenham:

    1 capote impermevel descartvel

    1 par de culos de proteo

    1 touca descartvel

    1 par de props impermeveisdescartveis

    1 respirador para agentes classe PFF2

    2 pares de luvas de procedimentos

    1 p plstica descartvel

    1 vassourinha plstica descartvel

    1 embalagem com sabo neutro lquido

    3 compressas absorventes

    1 ampola de gua para injeo (250 mL)

    1 ampola de NaCl 0,9% (250 mL)

    2 sacos plsticos brancos (NBR/ABNT)identicados com o smbolo de resduode risco

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    22/2422 Pharmacia Brasileira - Maro/Abril 2009

    FARMACOVIGILNCIA HOSPITALAR:

    Como implantar

    SERVIO DE FARMCIACENTRAL DE MANIPULAO DE ANTINEOPLSICOS

    FICHA DE AVALIAO DE PRODUTO

    NOME:

    APRESENTAO: MARCA: FABRICANTE:

    DATA DA AVALIAO:

    NMERO DE AMOSTRAS:

    CRITRIOS DE AVALIAO FARMCIA

    I. CERTIFICADO DE ANLISE

    Lab.REBLADO

    Apresentao

    Rtulo/Embalagem

    Volume declarado

    Volume extravel

    Cor/Aspecto

    Tempo de reconstituio

    OVERFILL

    CRITRIOS DE AVALIAO COMISSO DE FARMCIA E TERAPUTICA

    II. DOCUMENTAO

    Certificado de Boas Prticas

    Autorizao de funcionamento federal (DOU)

    Certificado de Regularidade Tcnica

    Atestado de capacidade tcnica/parecer outros profissionais

    PARECER TCNICO FINAL CFT HC/ICC

    Aprovado

    No aprovado

    Aprovado com restries

    Observaes:

    O armacutico o prossional responsvel pela aquisio de medicamentos dentrodas instituies hospitalares e, cada vez mais, se az necessria a sua participao na se-leo e qualicao de ornecedores, quer sejam eles abricantes ou distribuidores. Esteprocesso de undamental importncia para garantir a qualidade dos medicamentos e dateraputica.

    Alguns requisitos de carter obrigatrio devem ser solicitados ao ornecedor no mo-mento da padronizao do seu produto.

    XIV. QUALIFICAO DE FORNECEDORESEM ONCOLOGIA

    Modelo de fcha de avaliao de produtos

  • 8/3/2019 Farmacutico em Oncologia - Interfaces Administrativas e Clnicas

    23/24Pharmacia Brasileira - Maro/Abril 2009 23

    FARMACOVIGILNCIA HOSPITALAR:

    Como implantar

    Documentos legais da empresa:

    Autorizao de Funcionamento Anvisa(Dirio Ocial da Unio-DOU);

    Autorizao de Funcionamento Espe-cial Anvisa (DOU) para produtos cons-tantes na Portaria 344/98;

    Alvar Sanitrio Estadual;

    Certicado de Boas Prticas de Fabri-cao / Distribuio da Anvisa;

    Certicado de Regularidade Tcnica CRF;

    Contrato Social da empresa;

    Relatrio de Inspeo da Anvisa-VISA.

    Documentos legais:Importao de produtos

    Relao de ornecedores de produtos;

    Relatrio de Qualicao das empre-sas ornecedoras;

    Produto de reerncia no exterior.

    Documentos diversos

    Relao de distribuidores autorizados;

    Relao de empresas de transportequalicadas;

    Relao de mdicos que utilizam osprodutos e hospitais de reerncia paraos quais ornece;

    Relao de estabelecimentos de sadeusurios dos produtos.

    Aps avaliao criteriosa destes docu-mentos, o armacutico deve proceder aanlise armacotcnica do produto, que de ordem prtica, avaliando todas as condi-es do produto, suas caractersticas sicas,comparando-as com o laudo de anlise dolote avaliado.

    Principais pontos avaliados:

    Avaliao prtica:

    Aspectos regulatriosAspectos tcnicos Registro do produto na Anvisa; Nome, marca, Denominao Co-

    mum Brasileira; Empresa (n autorizao/processo); Concentrao e apresentao; Local de abricao; Data de validade do registro RDC

    134/03; Estabilidade do produto. Critrios para abricao, armazena-

    mento, expedio e transporte.

    Dentre as principais no conormidadesencontradas na avaliao de ornecedorespara qualicao, encontramos:

    Presena de partculas estranhas;Falta de inormaes nos rtulos;Rtulo com pouca adesividade ao ma-terial de embalagem primrio;

    Troca de rtulo;Troca de contedo;Fissuras, rachaduras e bolhas no mate-rial de acondicionamento primrio;Falhas no echamento (comprometimen-to da hermeticidade da embalagem);Precipitao;Diculdades para solubilizao;Diculdades para homogeneizao;

    Formao de gases;Alterao pelo calor;Alterao pela luz.

    Todas estas no conormidades, avalia-das pelo armacutico no ato da submissode produtos para padronizao, so critriosde reprovao ou ainda excluso de produ-tos j padronizados.

  • 8/3/2019 Farmacutico em Oncologia - Interfaces Administrativas e Clnicas

    24/24

    FARMACOVIGILNCIA HOSPITALAR:

    Como implantar

    XV. TREINAMENTO E CAPACITAODA EQUIPE

    XVI. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

    Treinamento, educao continuadae especializao profssional

    O objetivo do treinamento, da educaocontinuada e especializao prossional prover conhecimento terico e habilidadesprticas equipe.

    Durante os treinamentos, deve-se abor-dar contedo de carter terico, envolvendo:

    Legislao sanitria; Manuseio seguro de substncias peri-

    gosas;

    www.anvisa.gov.brw.w.w.ashp.org (ASHP USA)www.da.gov (FDA)www.cancer.org(American Cancer Society)www.IARC.rwww.asco.org (ASCO)www.riscobiologico.orgwww.sobrao.com.br

    Este encarte foi idealizado e organizado pela Comisso de Farmcia Hospitalar do Conselho Federal de Farmcia (Comfa-

    rhosp), composta pelos farmacuticos hospitalares Marco Aurlio Schramm Ribeiro, Presidente (CE), Ilenir Leo Tuma

    (GO), Eugenie Desire Rabelo Nery (CE) e Jos Ferreira Marcos (SP). O e-mail da Comisso [email protected]

    Marco Aurlio Schramm Ribeiro Ilenir Leo Tuma Eugenie Desire Rabelo Neri Jos Ferreira Marcos

    Sade ocupacional; Preveno de acidentes e medidas de

    controle; Condutas em emergncias; Descarte de material contaminado; Medicamentos e apresentaes; Estabilidade e incompatibilidades; Trabalho em rea assptica; Farmacologia e eeitos das drogas;

    Farmcia clnica; Garantia de Qualidade; Equipamentos de proteo individual.

    Farmacuticos em oncologia uma nova realidadeManual de manuseio de drogas citsotticas Novartis OncologiaManual de Oncologia Jos Renan Q. GuimaresManual para Comits de tica em Pesquisa Clnica MSEnermagem em teraputica oncolgica Bonassawww.c.org.br