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Índice

04 Drogas

Tudo que você precisa saber sobre as substancias mais perigosas do mundo.

05 Tipos de drogas

Tudo que você precisa saber sobre: maconha, crack, cocaína e heroína.

11 OXI – A nova droga

A droga que está dando o que falar, ela é mais poderosa e mais barata que o Crack.

15 Celebridades e Drogas

Conheça quem foram os artistas envolvidos.

17 Marcha da Maconha

Movimento para a legalização da Maconha no Brasil

18 Entrevista

Entrevistamos Dr. Lucio Garcia de Oliveira, Mestre e Doutor em Psicobiologia.

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O grande vilão da sociedade

uitos jovens estão se tornando dependentes das drogas, esses jovens procuram as drogas como um meio de fuga para seus problemas afetivos, outros pela simples curiosidade ou necessidade de filiar-se

ao grupo. Em todos os casos é necessário reforçar que o maior prejudicado é ele próprio.

As drogas são substâncias químicas, naturais ou sintéticas, que provocam alterações psíquicas e físicas a quem as consomem e levam à dependência física e psicológica. Seu uso sistemático traz sérias consequências físicas, psicológicas e sociais, podendo levar à morte em casos extremos. Elas estão divididas em dois grandes grupos: drogas lícitas e ilícitas. As drogas lícitas são aquelas legalizadas, produzidas e comercializadas livremente e que são aceitas pela sociedade. Os dois principais exemplos de drogas lícitas são o cigarro e o álcool. Outros exemplos de drogas lícitas: anorexígenos (moderadores de apetite), benzodiazepínicos (remédios utilizados para reduzir a ansiedade), etc.

Já a cocaína, a maconha, o crack, a heroína, etc., são drogas ilícitas, ou seja, são drogas cuja comercialização é proibida pela legislação. Além disso, as mesmas não são socialmente aceitas.

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Conheça os tipos de drogas:

Maconha: s efeitos causados pelo consumo da maconha, bem como a sua intensidade, são os mais variáveis e estão intimamente ligados a dose utilizada, concentração de THC na erva consumida e reação do

organismo do consumidor com a presença da droga. Os efeitos físicos mais frequentes são avermelhamento dos olhos, ressecamento da boca e taquicardia (elevação dos batimentos cardíacos, que sobem de 60-80 para 120-140 batidas por minuto). O consumo da maconha também diminui a produção de testosterona. A testosterona é um hormônio masculino responsável, entre outras coisas, pela produção de espermatozóides. Portanto, com a diminuição da quantidade há uma capacidade reprodutiva menor. Os efeitos psíquicos são os mais variados, a sua manifestação depende do organismo e das características da erva consumida. As sensações mais comuns são bem-estar inicial, relaxamento, calma e vontade de rir. Pode-se sentir angústia, desespero, pânico e letargia. Ocorre ainda uma perda de noção. Em longo prazo o consumo de maconha pode reduzir a capacidade de aprendizado e memorização, além de passar a apresentar uma falta de motivação para desempenhar as tarefas mais simples do cotidiano.

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Crack:

crack é uma mistura de cloridrato de cocaína (cocaína em pó), bicarbonato de sódio ou amônia e água destilada, que resulta em pequeninos grãos, fumados em

cachimbos ( improvisados ou não). É mais barato que a cocaína, mas como seu efeito dura muito pouco, acaba sendo usado em maiores quantidades, o que torna o vício muito caro, pois seu consumo passa a ser maior. Estimulante seis vezes mais potente que a cocaína, o crack provoca dependência física e leva à morte por sua Imagem cedida pela U.S DEA ação fulminante sobre o sistema nervoso central e cardíaco.

O crack é uma droga mais forte que as outras?

Sim, as pessoas que o experimentam sentem uma compulsão (desejo incontrolável) de usá-lo de novo, estabelecendo rapidamente uma dependência física, pois querem manter o organismo em ritmo acelerado. As estatísticas do Denarc ( Departamento Estadual de Investigação sobre Narcóticos) indicam que, em Janeiro de 1992, dos 41 usuários que procuraram ajuda no Denarc, 10% usavam crack e, em Fevereiro desse mesmo ano, dos 147 usuários, já eram 20%. Esses usuários, em sua maioria, têm entre 15 e 25 anos de idade e vêm tanto de bairros pobres da periferia como de ricas mansões de bairros nobres. Como o crack é uma das drogas de mais altos poderes viciantes, a pessoa, só de experimentar, pode tornar-se um viciado. Não é, porém, das primeiras drogas que alguém experimenta. De um modo geral, o seu usuário já usa outras, principalmente cocaína, e passa a utilizar o crack por curiosidade, para sentir efeitos mais fortes, ou ainda por falta de dinheiro, já que ele é bem mais barato por grama do que a cocaína. Todavia, como o efeito do crack passa muito depressa, e o sofrimento por sua ausência no corpo vem em 15 minutos, o usuário usa-o em maior quantidade, fazendo gastos ainda maiores do que já vinha fazendo. Para conseguir, então, sustentar esse vício, as pessoas começam a usar qualquer método para comprá-lo. Submetidas às pressões do traficante e do próprio vício, já não dispõem de tempo para ganhar dinheiro honestamente; partem, portanto, para a ilegalidade: tráfico de drogas, aliciamento de novas pessoas para a droga, roubos, assaltos, etc. O crack no corpo

A maioria dos usuários prefere fumar crack, apenas uma minoria usa a droga injetável. Para fumar o crack, o usuário coloca a droga em um pequeno cachimbo de vidro. Com um pedaço pequeno de palha de aço em um lado do cachimbo e, do outro lado desse filtro, a pedra. Quando a pedra é aquecida por baixo, produz um vapor ou fumaça. O usuário aspira esse vapor para dentro de seus pulmões. A partir daí, a droga é levada à corrente sanguínea.

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Quando chega no corpo, o crack age em uma parte do cérebro chamada área tegmental ventral (VTA).

Lá, a droga interfere com um neuro-transmissor químico do cérebro chamado dopamina, que está envolvido nas respostas do corpo ao prazer. A dopamina é liberada por células do sistema nervoso durante atividades prazerosas, como comer ou fazer sexo. Assim que é liberada, a dopamina viaja através das lacunas existentes entre as células nervosas, fazendo uma sinapse, e se liga a um receptor em uma célula nervosa vizinha (também chamada neurônio). Isso envia um sinal àquela célula nervosa, que produz um sentimento bom. Em condições normais, assim que a dopamina envia esse sinal, ela é reabsorvida pelo neurônio que a liberou. Essa reabsorção acontece com a ajuda de uma proteína chamada transportador de dopamina.

O crack interrompe esse ciclo. Ele se liga ao transportador de dopamina, impedindo o processo normal de reabsorção. Depois de liberada na sinapse, a dopamina continua estimulando o receptor, criando um sentimento permanente de empolgação ou euforia no usuário.

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Cocaína:

cocaína é um alcalóide (produto extraído das folhas de uma planta chamada Erythroxilon Coca

encontrada principalmente em países da América do Sul e Central). Também é conhecida como coca, pó dourado, neve ou "senhora". A cocaína é um estimulante do Sistema Nervoso Central. Ela atinge rapidamente o cérebro, produz resposta intensa, o que a torna muito procurada como droga de abuso.

Existem vários tipos de preparação de coca:

• folhas de coca: podem ser mascadas ou ingeridas; são de uso cultural pelos povos do Peru, Colômbia, Equador, etc.;

• pasta de coca: é fumada com tabaco ou maconha sendo esta mistura conhecida como BASUCO. Além da cocaína, esta preparação contém solventes como ácido sulfúrico;

• pó de coca (cloridrato): pode ser cheirado ou injetado; • "crack" ou "rock" (base livre): é fumado e tem aparência de mineral. Quando

aquecido faz barulhos, o que caracteriza o nome "crack".

Já com doses baixas, a cocaína Com uso frequente e continuo (semanas ocasiona alterações em todo o ou meses) podem ocorrer alterações organismo como aumento da comportamentais como: agressividade, ideia frequência dos batimentos de perseguição (paranóia), alucinações táteis cardíacos (taquicardia) e aumento (sensação de insetos caminhando sobre a pele, da pressão arterial (hipertensão). Visuais e auditivas (ver e ouvir coisas) e Com a utilização da doses delírios (desorientação, confusão, medo e moderadas podem aparecer ilusões). Também pode ocorrer emagrecimento vômitos, diarréia, excitação, e perfuração dos septo nasal quando inalada. até ansiedade extrema. Estes efeitos podem durar de poucas horas até alguns dias. A utilização de doses elevadas podem ocasionar uma significativa hipertensão arterial, taquicardia, calafrios, transpiração excessiva, convulsões e morte (por efeitos sobre o coração e respiração) que caracterizam a intoxicação aguda, também conhecida como overdose.

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Heroína: nome Heroína foi o nome comercial com que foi registrada pela farmacêutica alemã Bayer (da palavra alemã "heroisch", heroico, uma referência à sua estimulação e analgesia).

Foi usada enquanto fármaco de 1898 até 1910, ironicamente (uma vez que é muito mais viciante) como substituto não causador de dependência para a morfina e antitússico para crianças. O seu nome comercial foi cedido pela Alemanha aos Aliados em 1918 como reparação devido à Primeira Guerra Mundial. A heroína foi proibida nos países ocidentais no início do século XX devido aos comportamentos violentos que estimulava nos seus consumidores. A injecção é preferida no abuso recreativo, devido ao efeito de prazer súbito intenso (denominado "orgasmo abdominal"). A inalação tem vindo a ganhar terreno, numa modalidade denominada "chasing the

dragon", com origens orientais, onde a disponibilidade de seringas e agulhas é menor. Também pode ser ingerida, absorvida pela pele ou fumada. O consumo com cocaína ("speedballs" ou "moonrocks") tem vindo a generalizar-se.

A heroína é mais lipofílica do que os outros opióides, e que leva à sua absorção muito mais rápida para o cérebro. A rapidez de efeito é importante para os toxicodependentes, porque proporciona maiores concentrações inicialmente, traduzindo-se em prazer intenso após a injecção ("chuto"). No cérebro ela é imediatamente convertida em morfina por enzimas celulares. Metabolizada no figado. Ultrapassa a barreira hemato-encefálica e a placenta: os filhos de consumidoras apresentam más formações aumentadas e profunda dependência. A heroína é permitida em alguns países (no Reino Unido, por exemplo), sob apertada vigilância, como analgésico de uso hospitalar. Para os demais usos é proibida. Ela é uma agonista dos receptores opióides, um receptor de mediadores opióides fisiológicos, como as endorfinas e encefalinas, importante na regulação da dor. Ela imita as acções desses agonistas, mas é usada em doses muitas vezes superiores às que eles alguma vez atingem.

A dependência é devida à regulação dos receptores. O heroinómano tem concentrações de opióide muito altas entre as sinapses de forma continua. Essas concentrações são detectadas pelos neurônios, levando-os a reduzir, por feedback negativo, as concentrações de endorfinas que libertam, e a diminuir os efeitos de cada ativação dos receptores (através da diminuição dos mediadores intracelulares por eles libertados, ou pela maior inibição por outros neurónios). O indivíduo fica então totalmente dependente das altas concentrações de opióides externas, porque os seus neurónios já quase não produzem opióides fisiológicos, e os receptores estão

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insensibilizados. São necessárias concentrações cada vez maiores para os mesmos efeitos, e até para a pessoa se sentir normal.

Veja agora imagens de vítimas do efeito das drogas:

Jovem vítima do uso de Heroína.

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Já esta mulher, na primeira foto ela tinha 29 anos, na ultima está apenas com 38 anos.

Ele é mais barato e agressivo do que o crack. E a ciência ainda tenta entender seus efeitos no organismo

Uma nova e devastadora droga

Desde a década de 1980, distante dos grandes centros brasileiros, o estado do Acre convive com a destruição produzida pelo oxi, uma mistura de pasta-base de cocaína, querosene e cal virgem mais devastadora do que o temível crack. A droga, vendida no formato de pedra, ao valor médio de 2 reais a unidade, vem se popularizando na região Norte e, agora, espalha sua chaga pelas cidades do Centro-Oeste e Sudeste. "Ela já chegou ao Piauí, à Paraíba, ao Maranhão, a Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro", diz Álvaro Mendes, vice-presidente da Associação Brasileira de Redução de Danos. Uma amostra da penetração da droga em São Paulo pôde ser vista na última quinta-feira dia 16/06/2011, quando a Polícia deteve, na capital, um casal que carregava uma pedra de meio quilo de oxi.

Ao menos duas características da droga ajudam a explicar por que ela se espalha pelo país. A primeira é seu potencial alucinógeno. Assim como o crack, o oxi pode estimular em um usuário o dobro da euforia provocada pela cocaína. A segunda razão é seu preço. "O crack não é uma droga cara, mas o oxi é ainda mais barato", diz Philip Ribeiro, especialista em dependência química do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP). "Quando surge uma droga mais poderosa, mais barata e fácil de produzir, a tendência é que ela se dissemine", diz Ronaldo Laranjeira, psiquiatra da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). "Isso ocorre especialmente porque não se criou no Brasil até agora um sistema eficaz de tratamento de dependentes."

O lado mais assustador do oxi talvez seja a carência de dados sobre seu alcance no território brasileiro. Quem se debruça sobre o assunto, avalia que a droga atinge todas as classes sociais. "Não há um perfil estabelecido de usuário: ela é usado tanto pelos

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estratos mais pobres quanto pelos mais ricos da população", diz Ana Cecília Marques, psiquiatra da Associação Brasileira de Estudos de Álcool e Outras Drogas (Abead).

Também faltam estudos científicos sobre sua ação sobre o ser humano. Por ora, sabe-se que, por causa da composição mais "suja", formada por elementos químicos agressivos, ela afeta o organismo mais rapidamente. A única pesquisa conhecida sobre a droga – conduzida por Álvaro Mendes, da Associação Brasileira de Redução de Danos, em parceria com o Ministério da Saúde – acompanhou cem pacientes que fumavam oxi. E chegou a uma terrível constatação: a droga matou um terço dos usuários no prazo de um ano.

Além, é claro, do risco de óbito no longo prazo, seu uso contínuo provoca reações intensas. São comuns vômito e diarréia, aparecimento de lesões precoces no sistema nervoso central e degeneração das funções hepáticas. "Solventes na composição da droga podem aumentar seu potencial cancerígeno", explica Ivan Mario Braun, psiquiatra e autor do livro Drogas: Perguntas e Respostas.

Por último, mas não menos importante, uma particularidade do oxi assusta os profissionais de saúde: a "fórmula" da droga varia de acordo com "receitas caseiras" de usuários. É possível, por exemplo, encontrar a presença de ingredientes como cimento, acetona, ácido sulfúrico, amônia e soda cáustica - muitos dos itens podem ser facilmente encontrados em lojas de material de construção. A variedade amplia os riscos à saúde e dificulta o tratamento.

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Conheça as diferenças entre o crack e o oxi.

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Famosos envolvidos com Drogas

s drogas podem acabar facilmente

com a vida e a família de um usuário comum.

Mas o que ela pode fazer com a imagem

de alguém famoso? Uns se passam por ridículos,

fracos e desprezíveis, outros mostram força na sua

recuperação assim como foi com o ator Fábio Assunção,

que após um longo tratamento vem mostrando a todos

que está se recuperando do vício.

Em 2008 Fábio Assunção foi afastado da televisão pelo fato

de estar viciado em Cocaína. Ele não conseguia decorar textos

dormia pelos cantos dos estúdios, faltava nas gravações, fumava sem parar e chegou até

desmaiar.

Veja alguns famosos que se envolveram com drogas:

Cássia Eller Faleceu em 29 de dezembro de 2001, aos 39 anos por uma overdose de drogas.

Cazuza Também teve um grande envolvimento com as drogas. Morreu em 7 de julho de 1990 vítima de AIDS.

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Marcello Antony

Já foi preso por compra de maconha

Elis Regina

Morreu por conta de altas doses de cocaína e bebidas alcoólicas.

Amy Winehouse

A cantora Britânica se envolveu com álcool e cocaína quase levando sua carreira ao fim.

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Marcha da Maconha

marcha da maconha é um movimento social que luta pela legalização da Maconha no Brasil A decisão por unanimidade do Supremo Tribunal

Federal (STF) em autorizar a marcha da maconha em

todo o país foi duramente criticada pelo deputado Jesualdo Pires

(PSB). Ele disse que essa autorização abre espaço para a “marcha

da pedofilia” e outras violações e aberrações.

O parlamentar entende que o Supremo extrapola os limites

legais para uma convivência em sociedade. Segundo ele, não

será surpresa se, a partir de agora, ocorra à autorização das

marcas de drogas ainda mais devastadoras como cocaína,

heroína, êxtase e oxi.

O mais agravante, de acordo com Jesualdo, é que pais e outros

educadores terão ainda mais dificuldades para livrar os mais

jovens do caminho das drogas. “Fica complicado não entender

esses movimentos como apologia ao consumo de drogas e à

indução ao vício”, frisou. Ele lamentou ainda a omissão do

Congresso Nacional no caso.

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Entrevista com Dr. Lucio Garcia de Oliveira Consumo de Álcool e Drogas entre Universitários

Dr. Lucio Garcia de Oliveira, Mestre e Doutor em Psicobiologia pelo Departamento de Psicobiologia da UNIFESP e Pós-Doutorando pelo Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

1. Como você caracterizaria o uso de drogas entre os universitários? O “I Levantamento Nacional sobre o Uso de Álcool, Tabaco e Outras Drogas entre Universitários das 27 capitais brasileiras", recentemente divulgado pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas - SENAD apontou que dos 12.711 universitários entrevistados, 89% havia experimentado pelo menos uma substância psicotrópica na vida, dos quais 86,2% o fizeram para álcool. Quando avaliado o número de substâncias consumidas na vida, 11,2% dos universitários relataram não ter experimentado nenhuma substância, 30,7% experimentaram apenas uma única substância e 58,1% experimentaram mais de duas drogas. A freqüência desse uso diminui quando caminhamos da medida de uso na vida (“experimentação”) para o uso nos últimos 12 meses e nos últimos 30 dias, de tal forma que aumenta a prevalência de universitários para as categorias de “0 e 1 droga consumidas”, diminuindo a prevalência de universitários que relatam o uso de “2 ou mais drogas”. Isso acontece porque as medidas mais recentes tendem a focar os usuários de drogas ainda ativos. Interessante notar que uma análise exploratória sugere que haja uma interferência de gênero no número de drogas consumidas, de tal forma que os homens relataram consumir duas ou mais substâncias mais freqüentemente que as mulheres para todas as medidas de uso: na vida (homens: 63,0%; mulheres: 54,5%); uso nos últimos12 meses (homens: 41,1%; mulheres: 34,9%) e nos últimos 30 dias (homens: 29,7%; mulheres, um resultado que precisa ser avaliado com mais detalhes, de tal forma que testes estatístico devem ser realizados para investigar se esses números realmente são diferentes. 2. Mas como é feito esse consumo pelos universitários que relatam beber? Isso acontece em dias separados ou em uma mesma sessão

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de consumo? Em função de o álcool ser a droga mais consumida por todos os segmentos sociais, no Brasil e no mundo, analisou-se quais as substâncias utilizadas com mais frequência pelos universitários que declararam ter bebido pelo menos uma vez nos últimos 12 meses (medida mais comumente utilizada, na literatura, para o estudo do uso múltiplo de drogas). Desses universitários, 48,5% declararam ter consumido apenas uma droga (no caso, o próprio álcool), enquanto que 51,5% usaram duas ou mais substâncias psicotrópicas nos últimos 12 meses. As drogas relatadas com maior frequência foram: (a) produtos de tabaco (37,2%); (b) maconha e derivados(19,2%); (c) anfetamínicos (12,9%); (d) tranquilizantes e ansiolíticos (9,6%); (e) inalantes (9,1%); (f) alucinógenos (6,4%); (g) analgésicos opiáceos (4,7%); (h) ecstasy (4,4%) e (i) cloridrato de cocaína (4,2%). As demais substâncias pesquisadas foram relatadas com frequência inferior a 1,5%. Entretanto, esse uso não necessariamente acontece ao mesmo tempo, é o que chamamos de “concurrent polydrug use", um termo que ainda não tem correspondente em português. Já quando solicitados a responder a pergunta “Você já fez uso de bebidas alcoólicas e outras drogas simultaneamente (em uma mesma sessão de consumo)?”, 43,4% dos universitários responderam afirmativamente. Nessa análise, as bebidas energéticas despontaram como as substâncias mais frequentemente associadas ao álcool (74,3% relataram já ter feito essa associação na vida). Os derivados do tabaco e da maconha apareceram, respectivamente, na segunda (68,3% na vida) e terceira posições (36,8% na vida) e altas prevalências também foram observadas para a combinação com cloridrato de cocaína, ecstasy, drogas sintéticas e anfetamínicos. 3. Mas existe algum motivo especial para fazer esse uso múltiplo e simultâneo de álcool a outras drogas? Quando solicitados a responder a pergunta “Indique os principais motivos pelos quais você já fez o uso simultâneo de álcool a outras drogas“, escolhendo uma ou mais das alternativas dentro das fornecidas, 47,8% dos universitários que relatam ter feito uso múltiplo, atribuíram-no a motivos pessoais (porque gostam, para esquecer os problemas), 13,2% misturavam para potencializar ou atenuar os efeitos do álcool e 1,5% já se consideravam dependentes de álcool ou outras substâncias, julgando-se incapazes de controlar esse uso múltiplo. 4. Quais são as principais conseqüências do uso múltiplo de drogas e qual a relevância deste estudo para a análise deste tipo de comportamento? A primeira preocupação sobre o uso múltiplo de drogas é sua periculosidade. As substâncias combinadas podem interferir reciprocamente nos respectivos mecanismos farmacocinéticos e farmacodinâmicos ou levar à formação de substâncias intermediárias e potencialmente tóxicas à saúde. Qualquer que seja a situação pode vir a aumentar a toxicidade da droga em relação ao seu uso isolado. Como os riscos dependem muito das substâncias que são combinadas, esforços devem ser feitos para que sejam adequadamente identificadas. Outra preocupação bastante corrente é que

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usuários de múltiplas drogas usam maior número de substâncias, podendo intensificar o transtorno de uso a determinada droga ou desenvolver transtornos de uso para novas drogas. Seja como for, a partir de determinado momento, o consumo das substâncias combinadas passam a caminhar juntas. Especificamente quanto às suas consequências, o uso múltiplo de drogas prejudica o funcionamento psicológico, cognitivo, a capacidade de raciocínio, crítica e julgamento, predispondo os usuários a comportamentos de risco à sua integridade física, emocional e social. Por isso, é importante monitorar o uso múltiplo de drogas e desenvolver estratégias, especialmente de prevenção, que possam deter jovens de iniciar tal tipo de consumo.

Fonte: CISA - Centro de Informações Sobre Saúde e Álcool.

EXISTE TRATAMENTO PARA O USUÁRIO DE DROGAS?

Sim. O usuário não deve sentir-se abandonado por amigos ou familiares. Ele deve ser incentivado a procurar ajuda em centros especializados onde o tratamento de desintoxicação e acompanhamento posterior poderão ser obtidos.

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