famÍlias numerosas a esperanÇa de futuro · 2010. 9. 10. · municipal de sintra, a câmara...

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01 Editorial ..................................... Família O`Neill tem a palavra. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Professor Jorge Miranda ........................ Trabalho do OAFR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pedro Afonso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Convocatória da Assembleia Geral da APFN ........ Economia Familiar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . APFN no Parlamento ........................... IV Congresso da Catalunha e Reunião da ELFAC . . . . 2 2 3 4 5 6 7 8 8 ÍNDICE “A Família é a unidade fundamental da sociedade e tem a principal responsabilidade pela protecção, crescimento e desenvolvimento das crianças.” ONU -” Um mundo para as crianças é um mundo para a Família.” UNICEF ANO X N.º 27 • JANEIRO 2010 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE FAMÍLIAS NUMEROSAS FAMÍLIAS NUMEROSAS A ESPERANÇA DE FUTURO Boletim N.º 27 APFN 10/09/09 10:39 Page 1

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Editorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Família O`Neill tem a palavra. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Professor Jorge Miranda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Trabalho do OAFR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pedro Afonso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Convocatória da Assembleia Geral da APFN . . . . . . . .Economia Familiar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . APFN no Parlamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .IV Congresso da Catalunha e Reunião da ELFAC . . . .

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ÍNDICE

“A Família é a unidade fundamental da sociedade e tem a principal responsabilidade pela protecção, crescimento e desenvolvimentodas crianças.” ONU -” Um mundo para as crianças é um mundo para a Família.” UNICEF

ANO X N.º 27 • JANEIRO 2010ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE FAMÍLIAS NUMEROSAS

FAMÍLIAS NUMEROSASA ESPERANÇA DE FUTURO

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É com muito orgulho e admiração que comunicamos aos nossos associados quea nossa sócia Dulce O'Neill obteve, no passado dia 16 de Outubro , o segundolugar de MIDDLE Management no concurso nacional da Pessoa MaisMotivadora de Portugal. Esta distinção foi atribuída na sua qualidade de mãe defamília. Este concurso que pretendiaresponder à pergunta:“Quem é a pessoa maismotivadora de Portugal?”teve a sua primeira edição

em 2009 e premiava as seguintes categorias: TOPManagement - Motivador de empresa – nível daadministração ou direcção geral da empresa e MIDDLEManagement - Motivador de equipa (cargos de direcçãofinanceira, recursos humanos, produção, comercial,marketing, entre outros). Mais informações emhttp://www.motivaccao.comNas palavras do seu orgulhoso marido foi uma ocasiãopara “afirmar a natalidade como motivo de orgulholaboral, e não como impedimento ao sucesso”.

O ano começa mal…No cumprimento de umaagenda fortemente anti-família e anti-natalista,governo e parlamentoaprovaram a lei docasamento entre pesso-as do mesmo sexo,depois de terem libera-lizado o aborto e odivórcio. Para disfarçar,

volta e meia têm lançado “medidas de incentivo ànatalidade”, totalmente despropositadas, como sepode observar pelos resultados: a taxa denatalidade, sob esta política suicida, a atingirsucessivos mínimos absolutos. Igualmente mau, oambiente económico é cada vez pior: váriosespecialistas estrangeiros vêm Portugal em “mortelenta”, com um futuro bem negro, como a APFN temvindo a alertar há anos.Que fazer? O que fazemos e temos feito!Isto é, temos que viver e, para viver, há que lutar!Não dependemos nem de governo nem de

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parlamento! Por isso, vamos continuar a celebrar acordos comcada vez mais empresas, a fim de tornar menosdifícil a vida das famílias numerosas, alvo principalda suicida política anti-natalista, razão pela qual é ogrupo populacional com maior incidência depobreza.Estamos, também, a reorganizar as delegações emtodos os distritos e regiões autónomas, para o quecontamos com a disponibilidade dos sócios quequeiram colaborar. Essa actividade é indispensávelpara o envolvimento do poder local de onde se temobtido uma resposta totalmente oposta à obtida pelopoder central.Vamos a isto! Temos razões bem fortes, baseadosna experiência, de que conseguiremos atingir osnossos objectivos, assim estejamos dispostos acontinuar a trabalhar por um futuro menos tristonhopara os nossos filhos e netos!

O Presidente, Fernando Ribeiro e Castro

EDITORIAL

FAMÍLIAO’NEILL TEM A

PALAVRA

Esta publicação é propriedade da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas Rua José Calheiros, 15 - 1400-229 LisboaTel. 217552603 - Fax. 217552604e-mail: [email protected] – http://www.apfn.com.pt

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Reduzir o casamento àfinalidade de procriação,como alguns sustentam,não se afigura correcto.Simplesmente, apenas o casamento de pessoas desexos diferentes comporta a potencialidade deprocriação, com tudo quanto isto envolve de direitos edeveres em relação aos filhos e à função de assegurar asubsistência (quer biológica, quer no plano dasustentabilidade da segurança social) e a renovação dacomunidade. Não por acaso a Constituição qualifica a

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No seguimento daentrega de bandeirasverdes às Autarquiasconsideradas mais fami-liarmente responsáveisno passado mês deJulho, e após o rescaldodas eleições legislativasde Outubro, o obser-vatório continua a fazeresforços no sentido deincentivar a que mais

Autarquias adoptem medidas de apoio às famílias.Neste sentido, foi solicitada a todas as autarquias daregião de Lisboa uma audiência, de forma a apresentaro trabalho desenvolvido pelo Observatório e alertarpara a importância da divulgação das melhorespráticas a nível de política familiar, para incentivar cadavez mais autarquias a fazer melhor. As autarquias que demonstraram interesse emreceber-nos foram a Câmara Municipal de TorresVedras, a Câmara Municipal de Cascais, a CâmaraMunicipal de Sintra, a Câmara Municipal de Odivelas,Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, a CâmaraMunicipal de Loures e a Câmara Municipal de Mafra.A agenda foi a seguinte:

A 9 de Novembro pelas 15 horas fomos recebidos naCâmara Municipal de Torres Vedras, pela Vereadorada Acção Social e Cultural, Dr.ª Ana Umbelino.

A 10 de Novembro pelas 12.30h foi a reunião naCâmara Municipal de Cascais, com a Vereadora daHabitação e Acção Social – Dr.ª Mariana RibeiroFerreira Costa Cabral e a sua equipa.

A 12 de Novembro pelas 16.30h foi a vez da CâmaraMunicipal da Amadora, representada pela Vereadorada Acção Social, Dr.ª Carla Fernandes.

A 16 de Novembro pelas 16h fomos recebidos naCâmara Municipal de Sintra, pelo Sr. Presidente daCâmara, Dr. Fernando Seara.

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TRABALHODO

OAFR A 10 de Dezembro pelas 16 horas estivemos naCâmara Municipal de Odivelas e fomos recebidos pelaVereadora da Educação, Acção Social e Juventude,Dr.ª Maria Fernanda Franchi e pela Assessora daPresidência, Dr.ª Susana Guerreiro.

A 21 de Dezembro pelas 15h foi a vez da CâmaraMunicipal de Vila Franca de Xira e do Vereador daQualidade, Administração Geral, Apoio ao MovimentoAssociativo, Qualidade Ambiental, Educação eJuventude, Dr. Fernando Paulo Ferreira.

De um modo geral, todas as autarquias demonstrarampreocupação em dar resposta às dificuldades sentidaspelas famílias residentes, tendo-nos sido apresentadasalgumas medidas de apoio às famílias que estão a seradoptadas. Da parte das autarquias que não responderam aoInquérito do Observatório em 2009, ficou ocompromisso de ser desenvolvido um esforçoadicional para que em 2010 o mesmo seja preenchido. Relativamente à Tarifa Familiar da Água, foi reforçadaa necessidade da sua adopção nos municípios ondeesta ainda não existe e ficou o compromisso de revisãodos critérios orientadores de algumas tarifas jáimplementadas. Finalmente, foram lançados dois desafios às autarquias.O primeiro foi o da criação de um cartão de FamíliaNumerosa, à semelhança do que já acontece em algunsmunicípios. E o segundo desafio, foi o de pressionaremo Governo para que seja dado às autarquias poderdiscriminatório na aplicação das taxas do IMI, de formaa que seja criado um sistema de aplicação que tenha emconta a dimensão do agregado familiar. Continuaremos a visitar e a desafiar as autarquiasesperando assim em 2010 entregar muito maisbandeiras verdes de Autarquias +FamiliarmenteResponsáveis!Para isso, é indispensável a colaboração de todos ossócios: basta enviarem vários emails, uma vez pormês, para o Presidente, Vice-Presidente, Vereador dopelouro social do seu município, a perguntar quando éque será “Autarquia Familiarmente Responsável”, paraalém de lhe reenviarem todos os comunicados queformos fazendo sobre o assunto: (Muita) água em molepedra dura…

Isabel Paula Santos

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Em breve iremos assistir, no nosso país, a um conflito explosivo entre o Governo e uma parte dasociedade. De um lado a necessidade do Governo aprovar um orçamento de austeridade quecontrarie o crescente défice público - aumentando provavelmente os impostos e reduzindo a despesapública -, o que irá obrigar a novos sacrifícios. Do outro lado temos uma parte da população que, nosúltimos anos, se habituou a consumir facilmente, vivendo na ilusão de que a riqueza não provém doesforço e do trabalho. Este conflito não surge por acaso, uma vez que se criou a fantasia de que obem-estar e a felicidade, em lugar de serem procurados pelo indivíduo, deveriam ser reivindicadosao Estado; tratando-se de um direito. Dito de outro modo, a sociedade infantilizou-se e o Estadoassumiu um papel paternalista de quem tudo se espera. Há mais de trinta anos que o conteúdo do discurso político fala quase exclusivamente em direitos,olvidando os deveres. Ao longo do tempo criou-se, no inconsciente colectivo, a ideia errada de quequalquer frustração do indivíduo se devia a um direito que ainda não estava conquistado, e a solução libertadora residia em reivindicá-lo. Confunde-se, pois, direitos com aspirações. E, mesmo que sejam dadas todas as oportunidades, se porventura houver alguém quenão alcança uma aspiração, isso raramente é atribuído a um fracasso pessoal, mas a uma discriminação, mesmo que muitas vezesnem sequer tenha havido qualquer esforço para se obter sucesso.O profundo desequilíbrio que se criou entre direitos e deveres é uma das causas do nosso atraso e da falta de competitividade. Porém,raramente se ouve no discurso político o elogio do dever: o dever de valorizar o trabalho, ser justo, solidário, cumpridor, honesto,responsável, etc. Estas são virtudes associadas a uma visão do mundo antiquada, ultrapassada e opressora do homem. Mas, aocontrário do que se pensa, estes são os alicerces de uma sociedade madura, responsável e que se projecta não apenas no presente,mas também no futuro.O paternalismo patológico, por parte do Estado, é inimigo da solidariedade, tornando as pessoas excessivamente autocentradas,preocupando-se mais em exigir o que merecem do que com o que podem oferecer aos outros. Somos confrontados com uma camadasocial cada vez mais infantilizada, dependente de subsídios do Estado, incapaz de se bastar a si própria e de criar riqueza que possaser partilhada com os outros. Em vez de se incitar a ambição positiva e autonomia, fomenta-se a miséria e a regressão a um estadode dependência.A nossa sociedade não tem vindo a ser preparada para os sacrifícios que a presente crise económica irá obrigar. Pelo contrário, foiiludida com um consumismo desenfreado, sustentado por um crédito abundante que agora acabou. Com isto disseminou-se umasíndrome de baixa tolerância à frustração, surgindo a percepção de que tudo se poderia alcançar de forma fácil e instantânea.Diante da nossa actual realidade económica e social, é fundamental que haja coragem política para se explicar ao povo que a riqueza,a justiça e o progresso não podem ser alcançados apenas com o esforço de alguns. Todos devem participar nesse projecto; todostemos a obrigação e o dever de lutar para que Portugal se torne num país mais rico e desenvolvido. Não obstante este facto, alguémterá de reverter esta hipnose colectiva. Alguém terá de explicar que tudo foi uma fantasia; tudo foi um engano. Chegou a altura deabandonar o discurso, alicerçado na esperança pueril, de que tudo irá melhorar. É tempo de fazer sacrifícios. Mas, se a sociedade foiinfantilizada, isso não se aceita facilmente sem que haja uma grande birra.

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A Grande Birra

PEDRO AFONSO

(Psiquiatra)

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ASSEMBLEIA GERAL

CONVOCATÓRIA

Nos termos estatutários é convocada uma Assembleia-Geral da APFN parareunir na Rua José Calheiros, 15, Lisboa, no dia 5 de Março de 2010, pelas 21horas, com a seguinte ordem de trabalhos:

1. Discussão e aprovação do Relatório e Contas do ano de 20092. Diversos

A Assembleia-Geral reunirá de novo ás 21h30 do mesmo dia e ano, no mesmolocal, com o número de sócios presentes, se para a primeira convocatória nãohouver o respectivo quórum.

A proposta de alteração dos estatutos estará disponível no site da APFN.

Lisboa, 12 de Dezembro de 2009

O Presidente da Assembleia-Geral

Luis Casal Ribeiro Cabral

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Nesta nossa despretensiosa crónica ondeabordamos temas de economia familiar,falámos já do orçamento familiar e daimportância de o elaborar. Sugerimos então,a consideração de “classes de despesa”,catorze itens, onde se poderiam agrupar asdiversas despesas da Família. Na crónica dehoje, convidamo-vos a pensar um pouco nasdespesas de alimentação e de higiene. Comooptimizar as compras nesta tão importanterubrica? Será possível obter aqui algumaspoupanças?

Será de assinalar, em primeiro lugar, quãorelevante é a alimentação na saúde e nobem-estar, individual e colectivo, da família.As refeições permitem que toda a família sejunte e deverão ser uma ocasião deagradável convívio. Neste capítulo, uma boadona de casa, ou algum manual daespecialidade, poderão ensinar excelentesreceitas de como encher o olho e satisfazer oapetite, poupando dinheiro, contudo, tal nãodeverá ser a qualquer preço!

Em primeiro lugar, é preciso planear asrefeições e as compras. Não é a nossa área,mas já agora, convém não esquecer aimportância de fazer refeições leves enutritivas, que alimentem sem engordar....para evitar posteriores despesas com dietas efármacos para emagrecer!

As compras não deverão ser em grandesquantidades, que favorecem um consumoexcessivo e facilitam que alguns produtos seestraguem (i.e. frutas e legumes), nemdemasiado pequenas, implicando perdas detempo com deslocações frequentes às lojas.Compras quinzenais, de três em trêssemanas, ou mesmo mensais, serão umaboa opção na maioria dos artigos.Imprescindível mesmo, é a elaboração préviade uma lista de compras, com o querealmente é necessário e nas quantidadesadequadas, uma lista feita com calma, que sedeve aperfeiçoar com base na experiência.

Na selecção dos produtos importa “fazer otrabalho de casa”, comparar os conjuntosqualidade/quantidade/preço, e trocar algumasopiniões com amigos e conhecidos. Haveráque estar atento a oportunidades de ocasião,(compre dois e leve três.... ), embora aspromoções – tão apetecíveis, ali mesmodiante dos nossos olhos! - nem sempre sejama melhor compra e possam ser atéenganadoras. Nos supermercados, asmelhores opções, muitas vezes, estão emprateleiras menos visíveis, podem ser“marcas brancas”, quase da mesmaqualidade dos produtos de marca, mas comum preço inferior. Também não devemos

esquecer que produtos saudáveis, alter-nativos, e mais baratos, permitem fazer, comalguma imaginação, excelentes refeições.

Comprando periodicamente, em razoáveisquantidades, justifica-se investir nos “custosde deslocação” (transporte e tempo) eaumentar o “raio de acção” da procura delojas com preços mais favoráveis. Tambémconvém não esquecer os cartões defidelização, e as próprias facilidades, que aAPFN já conseguiu neste campo!

Quando fizer compras leve os seus filhosmais velhos, ou por escala, algum deles.Trata-se de um trabalho comunitário, ondepoderá exercer alguma pedagogia. Importaque os nossos filhos saibam os custos reaisdas coisas, a necessidade de fazer escolhase sacrifícios, e aprender a comprar.

Em casa, com sugestões de toda a família,planeie as ementas, que deverão servariadas e agradar, tanto quanto possível, atodos. Ao fim-de-semana, com ajuda de todaa família, poderá pré-cozinhar e congelar emcaixas etiquetadas para melhor identificação,várias refeições, para toda a semana. Assobras, naturalmente, deverão seraproveitadas, até porque não temos o direitode deitar fora comida, quando há tanta gentea passar fome... as nossas avós eramespecialistas nisso (“ roupa velha”,empadões, pudins, fatias recheadas, aindasabem o que isso é??? talvez seja de lhesperguntar ....).

No trabalho, evite almoçar sempre emrestaurantes, e nestes há uns mais caros,outros mais baratos; aliás, é bom nãoesquecer que as entradas, os vinhos,refrigerantes e sobremesas encarecembastante...enquanto que uma boa sopa ésempre um excelente “forro” para o estômagoe a oportunidade de comer legumes! Se, devez em quando, trouxer um iogurte e uma ouduas peças de fruta, mais uma sanduíche deatum, ou de um resto de carne assada, ourolo de carne, poupa tempo, dinheiro e ingeremenos calorias... só vantagens! Contudo,aceita-se, é também importante almoçar devez em quando com os colegas, parasocializar.

Muito agradecíamos que partilhassemconnosco as vossas “boas-práticas” degestão doméstica. Transmitam-nas, por favor,bem como outros comentários e sugestões,através do e-mail [email protected]

A.F.

COMPRAR COM CRITÉRIO

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ECON

OMIA

FAMI

LIAR

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Entre Novembro de 2009 e Janeiro de 2010 a APFN foi recebida por todos osgrupos parlamentares para apresentação das nossas propostas de política defamília nacionais. Foi, nomeadamente, entregue o nosso Caderno 15 e uma listados nossos desafios para esta legislatura que a seguir se enunciam, bem como asua explicitação e fundamentação:

1 – Em sede de IRS, substituir a actual dedução forfetária para sujeitos passivose dependentes por uma dedução ao rendimento de 3600 EUR por pessoa, nomínimo a partir do 3º filho2 – Em sede de IRS, substituir o “Coeficiente conjugal” por “Coeficiente familiar”3 – Reduzir o IVA para todos os artigos de primeira necessidade para a criança 4 – Alargar a redução do IA às famílias com três ou mais filhos5 – Aprovar o Projecto de Lei 670/X “Alteração do Código de Imposto Municipal sobre Imóveis, permitindo aosmunicípios a opção de redução de taxa a aplicar em cada ano, atendendo ao número de membros do agregadofamiliar”6 – Alterar o rendimento de referência para o cálculo dos escalões do abono de família pelo rendimento percapita7 – Universalizar o abono de família, começando a partir do terceiro filho 8 – Alterar o factor de sustentabilidade no cálculo das pensões de reforma para a idade média da população9 – Valorizar a parentalidade no cálculo das pensões de reforma10 – Permitir a reutilização de todos os manuais escolares

Na ocasião, mais uma vez, chamámos a atenção para a forte penalização que as famílias com filhos sofremno nosso país e para o facto de essa situação não permitir que nasça o número desejado de filhos. Naspalavras do Presidente da APFN: “Não restam dúvidas de que a sustentabilidade demográfica é o Desafio, demédio e longo prazo, a fim de minimizar os efeitos do rigoroso Inverno Demográfico em que Portugal tem vindoa mergulhar”. Esta situação está a arrastar o país para uma forte insustentabilidade que se manifesta já hojee que ainda se acentuará mais fortemente num futuro muito próximo, mais ou menos rigorosamente, consoantese tomem ou não imediata e convictamente as medidas necessárias para inverter esta tendência.

APFN NOPARLAMENTO

Realizou-se no passado dia 29 de Novembro o IV Congresso das FamíliasNumerosas da Catalunha, com a participação de várias famílias dessa provínciaespanhola.

Aproveitando-se a oportunidade, reuniu-se a direcção da ELFAC - ConfederaçãoEuropeia das Famílias Numerosas a fim de analisar o progresso dos projectos emcurso e agendar as próximas acções.

IV CONGRESSODA

CATALUNHAE REUNIÃO DA

ELFAC

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