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Manual de Recursos para o Ministerio da Familia 2012.

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Page 1: Familias se consagrando
Page 2: Familias se consagrando

   

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Publicação do Departamento do Ministério da Família Willie e Elaine Oliver, Editores, Diretores do Ministério da Família da Associação Geral Colaboradores: Claudio e Pamela Consuegra ♦ Pedro Iglesias ♦ Linda Koh ♦ Don MacLafferty Barna Magyarosi ♦ John Nixon ♦ Willie e Elaine Oliver ♦ David e Beverly Sedlacek Heather-Dawn Small ♦ Kathleen Sowards ♦ Lidia Stolyar ♦ Ted Wilson Formatação do software: Kathleen Sowards Tradução para o português: Arlete Inês Vicente – Divisão Sul-Americana Revisão do texto: Beatriz de Albuquerque Ozorio – Divisão Sul-Americana Outros Manuais do Ministério da Família nesta série:

Passando a Tocha Passando a Tocha Famílias Alcançando Famílias Capacitando as Famílias para o Crescimento e Mudança Tornando as Famílias Integrais Tornando o Lar um Lugar de Paz e Cura Famílias Plenas de Alegria Crises Enfrentadas pela Família: Suportando Um ao Outro em Amor Novos Começos Famílias Compreensivas Famílias da Fé É Necessário Ter uma Família Evangelismo na Família: Traga Cristo para o Círculo da Família Celebre o Casamento! Administrando os Recursos de Deus em Casa Relacionamentos Onde a Graça Está Presente Construindo Relacionamentos para o presente e a eternidade Tornando-se Família Celebração do Amor

Salvo por indicação contrária, os textos bíblicos foram extraídos da Edição Revista e Atualizada. Outras versões utilizadas: NVI – Nova Versão Internacional © 2010 Departamento do Ministério da Família Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia 12501 Old Columbia Pike Silver Spring, MD 20904 – EUA Websites: http://familyministries.gc.adventist.org

Divisão Sul Americana- Ministério da Família Av. L3- Quadra 611 Módulo 75 Brasília – D.F. - BRASIL CEP : 70 200-710 Website: www.portaladventista.org/ministeriosdafamilia Twitter:@MinistFamilia

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Índice

 Prefácio ....................................................................................................................................... iii  

Como Usar Este Manual .................................................................................................................. iv  

Introdução .................................................................................................................................... v  

Sermões ........................................................................................................................................ 1  

Milagres no Casamento ................................................................................................................. 1  

Agarra minha mão, Senhor ............................................................................................................. 8  

A Graça no Jardim ..................................................................................................................... 16  

Leitura Responsiva ........................................................................................................................ 21  

Reconsagrando-se Como Família da Igreja ........................................................................................ 21  

Minisseminários ............................................................................................................................ 23  

Reavivamento e Reforma no Casamento ........................................................................................... 23  

Discipulando Famílias para Cristo: Crianças no Discipulado ................................................................. 37  

Culto Familiar: Famílias Se Reconsagrando ...................................................................................... 48  

Histórias para as Crianças ............................................................................................................... 59  

O Canário ................................................................................................................................ 59  

Pegando o Presente .................................................................................................................... 61  

A Pequena Guerreira de Oração de Cuba .......................................................................................... 62  

Materiais e Sermões para a Liderança ................................................................................................. 64  

Fazer Discípulos da Família para Cristo: Família por Famílias ............................................................. 64  

Reavivamento e Reforma nos Relacionamentos .................................................................................. 72  

Críticas Literárias ......................................................................................................................... 80  

Crianças Únicas; Trabalho Bem Feito ............................................................................................. 80  

Afinal de Contas, o que Estou Fazendo? ......................................................................................... 82  

Artigos Reimpressos ....................................................................................................................... 83  

Apelo Urgente por Reavivamento e Reforma, Discipulado e Evangelismo ................................................. 83  

Oração, a Base para o Reavivamento .............................................................................................. 89  

Não Precisa Ficar na Defensiva .................................................................................................... 91  

Prestes a Perder ......................................................................................................................... 93  

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iii

Prefácio  

Durante os últimos meses, visitamos líderes e membros do Ministério da Família em cada continente do mundo. Além da realidade deste mundo das mudanças de fuso horário e de experimentar diferentes tipos de alimentos, diversas línguas, culturas, temperaturas e condições climáticas, e várias sensações novas – algumas mais agradáveis que outras – o que vimos parecido em todas as partes, porém, foi a desesperada necessidade que as pessoas têm de Deus. Casados ou solteiros; jovens ou idosos; homens ou mulheres; divorciados ou viúvos; novos crentes ou membros veteranos; com filhos ou sem filhos; africanos ou asiáticos; americanos ou europeus; do Oriente Médio ou do Sul do Pacífico; todos necessitamos que Jesus Se interesse por nossa vida e nos dê paz, companheirismo e certeza de que suprirá as nossas necessidades. O ritmo frenético do século XXI nos tira o fôlego. A isso acrescentamos um grande alerta: a prolifer-ação da mídia em países desenvolvidos e em desenvolvimento, atingindo até mesmo crianças pe-quenas. Quando nossos filhos eram pequenos, tínhamos relativa facilidade de realizar o culto diário em família. Tão logo a Jessica e o Julian entraram na escola, nos Aventureiros e em milhares de outras ativida-des, estávamos tão predispostos a ser consumidos pelos países desenvolvidos, que nosso culto famil-iar definhou. O reconhecimento dessa realidade nos levou a uma reunião de família para lidar com essa situação insustentável. A despeito de cada dificuldade e de opções menos agradáveis diante de nós, decidimos simplesmente acordar cedo a fim de incluir tempo para Deus, como família, no início de cada dia. No começo foi muito difícil. Porém, colocar o culto em família de volta em nossas atividades diárias fortaleceu nosso relacionamento com Deus e, com certeza, uns com os outros. O tema deste material é Reavivamento e Reforma: Famílias se Consagrando! É impossível cultivar um relacionamento viável com Deus sem dedicar tempo à comunicação com Ele cada dia. Em Jeremias 29:13, Deus declara: “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração”. No mesmo tom, Ellen White declara: “Consagrai-vos a Deus pela manhã; fazei disto vossa primeira tarefa” (Caminho a Cristo, p. 70, itálico acrescentado). A verdade é: “Nosso crescimen-to na graça, nossa felicidade, nossa utilidade – tudo depende de nossa união com Cristo. É pela co-munhão com Ele, todo dia, toda hora – permanecendo nEle – que devemos crescer na graça. Ele é não somente o Autor mas também o Consumador de nossa fé. É Cristo primeiro, por último e sempre” (Ibid., p. 69). Esperamos que os sermões, seminários, histórias, materiais para a liderança e artigos reimpressos neste volume ajudem as famílias a sentirem a urgência da necessidade de se consagrarem e fazerem a conexão necessária com o Senhor cada dia. Em prol de famílias mais fortes e mais saudáveis, Willie e Elaine Oliver, Diretores Departamento do Ministério da Família Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia –Sede Mundial / Silver Spring- Maryland USA

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iv

Como Usar Este Manual* O Manual do Ministério da Família é um recurso anual organizado pelo Departamento do Ministério da Família da Associação Geral com a contribuição do campo mundial para suprir as igrejas locais, ao redor do mundo, com materiais para as semanas e sábados de ênfase especial da família. Semana do Casamento e Lar Cristão: 11-18 de fevereiro A Semana do Casamento e do Lar Cristão ocorre em fevereiro, abrangendo dois sábados: Dia do Casamento Cristão enfatizando o relacionamento do casal, e Dia do Lar Cristão, enfatizando a paternidade. A Semana do Casamento e do Lar Cristão inicia no segundo sábado e finda no terceiro sábado, de fevereiro. Dia do Casamento Cristão: sábado, 11 de fevereiro, (Enfatiza o casamento) Use o Sermão do Casamento no culto divino e o Minisseminário sobre o Casamento na noite da sexta-feira, no sábado à tarde e no programa de sábado à noite. Dia do Lar Cristão: sábado, 18 de fevereiro, (Enfatiza a Paternidade) Use o Sermão sobre Paternidade no culto divino e o Minisseminário sobre a Paternidade na noite da sexta-feira, no sábado à tarde e no programa de sábado à noite. Semana da União Familiar: 2-8 de setembro A Semana da União da Família é marcada para a primeira semana de setembro, iniciando com o primeiro domingo e findando no sábado seguinte, com o Dia da União da Família. A Semana da União da Família e o Dia da União da Família destacam a celebração da igreja como uma família. Dia da União da Família: sábado, 8 de setembro, (Enfatiza a Família da Igreja) Use o Sermão sobre a Família no culto divino e o Minisseminário sobre a Família na  noite da sexta-feira, no sábado à tarde e no programa da noite. Neste Manual você encontrará sermões, minisseminários, histórias para as crianças, bem como materiais e sermões para a liderança, artigos reimpressos e revisões de livros para facilitar esses dias especiais e outros programas que queira implementar durante o ano. Este material também inclui um CD** com apresentações em PowerPoint® dos minissemi-nários. Os apresentadores são incentivados a personalizar essas apresentações com histó-rias e ilustrações pessoais que reflitam a diversidade de suas várias comunidades. * Estes programas são sugestivos e podem ser adaptados para outras datas. ** Estas apresentações em Português também estarão disponíveis em

www.portaladventista.org/ministeriosdafamilia

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v

Introdução

A família e os relacionamentos são fundamentais no plano de Deus. A família foi es-tabelecida por Deus, na Criação, como uma instituição humana fundamental. É o principal ambiente no qual os valores são aprendidos e a capacidade de relacionamentos íntimos com Deus e uns com os outros é desenvolvida.

Deus Se importa com as famílias e deseja abençoar abundantemente nossas

famílias. Permanecer conectado com Deus é essencial para experimentarmos plenamente as bênçãos de Deus em nossas famílias. “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Filipenses 4:6, 7).

O tema de “Consagrar-se” diz respeito a se conectar com Deus através da oração. As

famílias são incentivadas a se consagrarem a Deus mediante a devoção pessoal e o estudo da Bíblia, o culto familiar e a participação na iniciativa de oração “777” da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Quando oramos, milagres acontecem e nossas famílias são reavivadas e transformadas.

Os líderes do Ministério da Família são convidados a encorajar as famílias das igrejas

a se unirem a outras famílias ao redor do mundo em oração para o derramamento do Espíri-to Santo sobre suas próprias famílias e as dos outros. Estas famílias experimentarão o verdadeiro reavivamento, que diz respeito a uma nova experiência com Jesus, e serão testemunhas do que Ele pode fazer em nossa vida pessoal, em nosso casamento e em nos-sos filhos.

Para mais informações e materiais sobre a corrente mundial de oração, entre no site: www.family.adventist.org

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Sermão  Sobre  o  Casamento  —  Milagres  no  Casamento        

1

Sermões Milagres no Casamento

Por Willie e Elaine Oliver Texto: João 2:1-10 INTRODUÇÃO

O casamento foi a primeira instituição estabelecida por Deus na Criação. No final desse dia, “viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia.” (Gn 1:31).

A despeito de ser a primeira instituição estabelecida por Deus na Criação e de haver

sido declarada como muito boa pelo Deus do Universo, o casamento é difícil. Naturalmente, tudo o que Deus nos pede para fazer é difícil, “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3:23).

A maioria dos casais que tem um casamento relativamente bom gosta de se divertir.

Não obstante, sua ideia de como se divertir nem sempre é a mesma. Um deseja comer ar-roz e feijão e kelewele (bananas fritas de Gana), enquanto o outro quer comer espaguete. Um deseja tirar férias nas montanhas; o outro, na praia. Um deseja sair para uma caminha-da no sábado à tarde, enquanto o outro quer tirar uma soneca. Um deseja três filhos, en-quanto o outro não quer ter filhos. Um tem que chegar na hora, a cada sábado, e o outro simplesmente está sempre atrasado.

Com todo esse desafio à mão, quem pode verdadeiramente ter um casamento feliz?

Será que Deus Se equivocou? O casamento é simplesmente muito difícil para os seres humanos caídos?

Hoje, falaremos a respeito das realidades no casamento e em outros relacionamen-

tos com os quais muitos de nós estamos familiarizados. Falaremos também de como po-demos depender de Deus nessa jornada ao aprendermos como ser pacientes, bondosos, compreensivos e perdoadores, permitindo que a presença de Deus faça milagres em nosso casamento a cada dia. Nosso tema de hoje é: Milagres no Casamento.

TEXTO: João 2:1-10

Três dias depois, houve um casamento em Caná da Galiléia, achando-se ali a mãe de Jesus. Jesus também foi convidado, com os Seus discípulos, para o casamento. Tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Eles não têm mais vinho. Mas

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Sermão  Sobre  o  Casamento  —  Milagres  no  Casamento        

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Jesus lhe disse: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora. Então, ela falou aos serventes: Fazei tudo o que ele vos disser. Estavam ali seis talhas de pedra, que os judeus usavam para as purificações, e cada uma levava du-as ou três metretas. Jesus lhes disse: Enchei de água as talhas. E eles as encheram totalmente. Então, lhes determinou: Tirai agora e levai ao mestre-sala. Eles o fiz-eram. Tendo o mestre-sala provado a água transformada em vinho (não sabendo donde viera, se bem que o sabiam os serventes que haviam tirado a água), chamou o noivo e lhe disse: Todos costumam pôr primeiro o bom vinho e, quando já be-beram fartamente, servem o inferior; tu, porém, guardaste o bom vinho até agora. No livro de Gênesis, Deus é retratado como trazendo o mundo à realidade. Deus

fala e tudo aparece: o céu, a terra, os mares e as fontes; as plantas e pastagens, os pássa-ros e os peixes, os animais e os seres humanos. Tudo, visível e invisível, é chamado à ex-istência pela palavra falada de Deus.

Um equivalente proposital às palavras iniciais em Gênesis, o livro de João apresenta

Deus como trazendo a salvação à existência. Desta vez a palavra de Deus assume a forma humana e caminha pela história na pessoa de Jesus Cristo. Jesus profere a palavra e aparecem importantes realidades: perdão e juízo, cura e esclarecimento, bondade e graça, felicidade e amor, liberdade e restauração. Todas as coisas arruinadas e decaídas, o mal e o impuro, são chamados à salvação pela palavra falada de Deus.

Em algum momento da trajetória, as coisas deram muito errado e necessitam

grandemente de restauração (Gênesis também conta essa história). O conserto é totalmen-te realizado pela Palavra, a pessoa de Jesus Cristo. Jesus, nesta história, não apenas profere a palavra de Deus; Ele é a Palavra de Deus.

Ao permanecer na presença dessas palavras, começamos a entender que nossas

palavras são mais significativas do que pensávamos que fossem. Declarar “Eu creio”, por exemplo, é a diferença entre a vida e a morte. Nossas palavras adquirem valor e significado nos diálogos com Jesus. Pois Jesus não obriga a salvação, antes, Ele traz a salvação me-diante a conversa demorada, os relacionamentos íntimos, as respostas carregadas da gra-ça, a oração fervorosa e, coletivamente, mediante Sua morte sacrifical na cruz. Não saímos apressadamente de palavras como essas. E para o nosso ensino hoje, a Palavra Se encon-tra no meio de uma celebração de casamento, no segundo capítulo do livro de João (The Message, 2002, NavPress).

João Batista, o primo de Jesus, estava nas margens do rio Jordão pregando e bati-

zando, no capítulo um. Quando viu Jesus vindo em sua direção, parou e gritou: “Eis o Cor-deiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (Jo 1:29). Esse reconhecimento perto do rio leva Jesus a alguns discípulos que O seguem para a Galileia, para a cena de Seu primeiro milagre.

Essa Palavra vem na pessoa de Jesus, que veio viver entre os seres humanos e

experimentar sua vida a fim de que pudessem experimentar Sua salvação. Ele é Deus em carne, Emanuel, no casamento em Caná, com seus novos discípulos – um deles, Natanael,

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Sermão  Sobre  o  Casamento  —  Milagres  no  Casamento        

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é, na verdade, de Caná (Jo 21:2). Talvez Jesus o tivesse levado de volta para casa para ajudá-lo a trazer salvação para essa família.

Caná ficava a aproximadamente três dias de viagem do Jordão e estava localizada

bem próximo de Nazaré, onde Maria, a mãe de Jesus, vivia. Os estudiosos sugerem que o casamento, provavelmente, era de algum parente de Maria, sendo esse o motivo para Je-sus ser convidado, visto que Seu ministério público estava apenas iniciando e Ele ainda era praticamente desconhecido.

As festas de casamento no Oriente Médio muitas vezes duravam sete dias, colo-

cando um encargo financeiro pesado sobre aquele que oferecia o alimento e a bebida. Quando o vinho acabou – aparentemente esses parentes eram pobres – Maria se envolveu para tentar salvar a reputação da família chamando Jesus. Até aquele momento, Jesus ainda não realizara milagres. Mas Maria devia saber que, diante dessa impossibilidade, o Messias prometido era sua única esperança de ajuda para solucionar o dilema con-strangedor.

Aproveitando a oportunidade para mostrar à Sua mãe que Ele não mais era um menino, ou que não estava mais sob o domínio de seus impulsos; mais que isso, desejando assinalar que Sua vida agora estava apenas à disposição e orientação de Deus, o Pai, Je-sus responde: “Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora”. Os es-tudiosos do NT asseguram ao leitor moderno que Sua fala não foi desrespeitosa com Ma-ria; antes se trata de uma comunicação muito polida entre a mãe e o filho adulto. A pergun-ta “o que eu tenho contigo?” era uma expressão comum no grego para transmitir um rela-cionamento prévio entre dois indivíduos que se envolviam em um novo nível.

O que é muito importante nesse diálogo, muitas vezes mal interpretado, entre Jesus

e Sua mãe é que não há uma discussão aí. De forma calma, humilde e com toda a certeza, ela fala aos servos que obviamente já a conheciam de visitas anteriores: “Fazei tudo o que ele vos disser” (Jo 2:5).

O casamento deve ter sido na casa de judeus estritos devido à presença de seis jar-

ros de pedra para água (76 a 114 litros cada) usados para os rituais de purificação dos judeus antes e depois de cada refeição (Mt 15:1-2). Jesus orienta os servos a encherem os potes com água, e estes obedecem e enchem-nos até a borda. Jesus os instrui a pegarem uma amostra e a levarem para o mestre de cerimônia para sua aprovação. Este estava tão ocupado com a festa, que parece não ter se dado conta de que o vinho havia acabado. Contudo, ele está pronto para provar a nova remessa do líquido que está sendo oferecido aos convidados.

O mestre de cerimônia para em sua corrida e assim que o prova chama o noivo e

declara que o melhor vinho, ao contrário do costume, foi deixado para o final. (Walvoord, et al., 1983-c1985).

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Sermão  Sobre  o  Casamento  —  Milagres  no  Casamento        

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APLICAÇÃO

A pergunta hoje, irmãos e irmãs, é: Que lição encontramos nessa narrativa para in-formar como cada um pode negociar o casamento ou outro relacionamento importante de forma melhor do que fizemos no passado?

Entramos no casamento ou estabelecemos outros relacionamentos importantes sem

calcular o custo? Acabamos com o vinho da paciência, da bondade, do perdão e da alegria? Será que entendemos que o casamento e outros relacionamentos não são apenas para nos trazer conforto, companheirismo e alegria, mas também para dar honra, louvor e glória a Deus?

Embora possa ter sido um plano de última hora, esse casal convidou Jesus para seu

casamento e, por definição, para sua vida. Temos intencionalmente convidado Jesus para estar em nosso lar e em nossos relacionamentos para conduzir o tráfego e realizar mil-agres?

O casal em Caná talvez desconhecesse a importância de ter Jesus em sua festa de

casamento, mas alguém que conhecia e se importava com eles convidou Jesus para estar presente em seu meio.

Jesus usou os jarros que já havia na casa desse casal, um símbolo da obediência a

Deus. O que já fazemos em nossa casa que Jesus pode usar para transformar a realidade de nosso casamento, relacionamentos e lar?

Não há nada difícil demais para o Senhor. Ele pode tornar possível o impossível.

Pode mudar nosso vazio em abundância transbordante. Se permitirmos que Jesus entre em nosso casamento e lar, podemos realizar milagres que transformam o constrangimento e a dor em nossa vida.

Então, quais são algumas das questões no casamento que não sabemos como lidar

e que nos levam a perder a paciência, a amabilidade, o perdão e a alegria? Sobre a questão da bondade, a Bíblia fala da mulher virtuosa em Provérbios 31:26:

“Fala com sabedoria, e a instrução da bondade está na sua língua”. A Escritura também declara em 1 Coríntios 13:4: “O amor é paciente, é benigno; [...]”. E Efésios 4:32 afirma: “Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos out-ros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou”.

A respeito da paciência, a Santa Bíblia proclama em Tiago 1:4: “Ora, a perseveran-

ça deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes” (Itáli-co acrescentado). O apóstolo Paulo anuncia em 1 Timóteo 6:11: “Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas coisas; antes, segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão”. Então, em Romanos 15:5: “Ora, o Deus da paciência e da consolação vos con-ceda o mesmo sentir de uns para com os outros, segundo Cristo Jesus”.

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Sermão  Sobre  o  Casamento  —  Milagres  no  Casamento        

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Quanto ao tema do perdão, a Escritura anuncia em Mateus 6:14, 15: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, po-rém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas”. E Salmo 86:5 proclama: “Pois tu, Senhor, és bom e compassivo; abun-dante em benignidade para com todos os que te invocam”. E a passagem clássica de 1 João 1:9 afirma: “Aquele que diz estar na luz e odeia a seu irmão, até agora, está nas tre-vas”.

Falando a respeito de como devemos nos comportar uns com os outros no

casamento e no lar, Ellen White declara no livro O Lar Adventista, p. 421: “Cortesia, mesmo nas coisas mínimas, devia ser mostrada pelos pais mutuamente. Bondade ilimitada deve ser a lei da família. Nenhuma linguagem rude deve ser admitida; nenhuma palavra amarga pronunciada”. A Conta Corrente Emocional

Devemos reconhecer a necessidade de empregar as virtudes na Escritura de forma prática para negociar o casamento a cada dia a fim de sobreviver e lutar para ser uma bênção aos nossos filhos, ao nosso cônjuge, à nossa comunidade, igreja e ao nosso Deus.

Uma habilidade da qual muitos já estão cientes, mas muitas vezes nos esquecemos

de usar quando necessitamos de um milagre de Jesus em nosso casamento e em outros relacionamentos, é chamada de Conta Corrente Emocional, empregada pelo Dr. Stephen Covey, do livro Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes.

Seu relacionamento com cada e toda pessoa se assemelha a uma conta corrente. A

maioria de nós, na vida real, tem uma conta corrente. Para ter segurança, alguns de nós temos muito em nossas contas, e um número maior de nós tem pouco dinheiro no banco. Em muitos casos, várias dessas contas estão sem fundos e estamos pagando multas que mal podemos arcar.

Durante cada interação com cada pessoa com quem entramos em contado, diari-

amente em nossa vida, estamos fazendo depósitos, ou seja, depósitos emocionais pelo que dizemos e como dizemos, ou pelo que fazemos e como fazemos, ou estamos fazendo saques emocionais.

Quando somos amáveis com nosso cônjuge, filhos, chefe, empregado, membro da

igreja ou amigo, fazemos depósitos emocionais. Quando somos difíceis, rudes, impacientes ou infiéis, fazemos saques emocionais.

Cada relacionamento – certamente cada casamento e cada outro tipo de relaciona-

mento – passa por depósitos e saques emocionais a cada dia de nossa vida. Assim sendo, dependendo da frequência com que fazemos depósitos ou retiradas, isso determinará a viabilidade ou a falta de sustentabilidade de nossos relacionamentos.

Quando contribuímos equitativamente para a carga de tarefas no lar, nosso cônjuge

experimenta um depósito emocional. Quando nos comportamos de forma a não afirmar o

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Sermão  Sobre  o  Casamento  —  Milagres  no  Casamento        

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relacionamento, o oposto ocorre; e nosso cônjuge, filhos, namorado ou namorada, chefe, amigo ou empregado experimenta uma retirada emocional. Quanto mais consistentes for-mos em fazer depósitos emocionais na conta corrente emocional das pessoas com quem mantemos relacionamento, mais forte e saudável será nosso relacionamento. Por outro lado, se quase tudo o que fazemos em nosso relacionamento é um saque emocional, logo nossa conta corrente emocional ficará sem fundos devido à falta de depósitos emocionais e iremos à falência em nosso casamento ou relacionamento, porque nosso comportamento simplesmente consumiu todo o valor que sobrou.

CONCLUSÃO

Todo casamento passa por bons e maus momentos. Isso também se aplica a todos os relacionamentos que teremos em nossa vida. A esperança é que você tenha um ótimo casamento com alguns momentos tristes; em vez de um casamento horrível com alguns momentos bons.

A verdade é que você pode tomar a decisão hoje quanto a que tipo de casamento

(relacionamento) terá no que depender de você. Um bom lugar para começar é escolher fazer depósitos diários na conta corrente emocional de seu cônjuge (amigo).

Porém, a despeito de nossas escolhas e boas intenções, nunca alcançaremos nos-

so alvo; nunca seremos bem-sucedidos sem o poder e a graça de Jesus. Para que nosso casamento (relacionamento) seja pleno de paciência, bondade, perdão e alegria, nós ne-cessitamos do poder e da graça de Jesus a cada dia. A realidade, irmãos e irmãs, é que precisamos de milagres no casamento para que ele dê certo.

Jesus vai à nossa Caná da Galiléia hoje. E quando Jesus vem, Ele traz a paz.

Quando Jesus vem, Ele traz alegria; traz cura; traz perdão. Quando Jesus vem, opera mil-agres para compensar as deficiências em cada um dos nossos relacionamentos hoje.

Decidamos hoje caminhar como Jesus; falar como Jesus; amar como Jesus;

perdoar como Jesus; ser bondosos como Jesus; ser pacientes como Jesus; ser semelhan-tes a Ele. Então as debilidades de nossa vida serão corrigidas; a dor em nossos relaciona-mentos será curada; a ira em nossos relacionamentos encontrará paz; a tristeza encontrará alegria.

Convidemos Jesus para morar em nosso coração, lar e vida, e experimentaremos

milagres no casamento a cada dia.

Que Deus nos abençoe para este fim é a nossa oração. Referências Covey, S. R. (1990). Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes. Rio de Janeiro, RJ: Best Seller Ltda. Walvoord, J. F., Zuck, R. B., & Dallas Theological Seminary. (1983-c1985). The Bible

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Sermão  Sobre  o  Casamento  —  Milagres  no  Casamento        

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Knowledge commentary: An exposition of the scriptures. Victor Books: Wheaton, IL. White, E. G. O Lar Adventista. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira. Todas as citações bíblicas foram extraídas da versão Revista de Almeida. Willie Oliver, PhD, e Elaine Oliver, MA, são diretores do Departamento do Ministério da Família da Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

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Sermão  Sobre  Paternidade  —  Agarra  a  Minha  Mão          

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Agarra minha mão, Senhor  Por Claudio e Pamela Consuegra [Atividade Congregacional de Abertura]

Por favor, levantem a mão o mais alto que puderem e a mantenham erguida até que eu lhes peça para abaixá-la.

Sempre fico fascinado quando vejo como as crianças pequenas caminham ou ficam em

pé com sua pequena mão enfiada na mão maior da mamãe ou do papai, de um irmão ou irmã mais velho ou de algum outro adulto. Não sei quanto a vocês, mas se eu tivesse de manter meu braço erguido por um tempo, provavelmente eu ficaria muito cansado e iria dormir depois de alguns minutos. Provavelmente, ele começaria a doer depois de um tempo e, pouco a pouco, começaria a pender... a menos que eu usasse o outro braço ou algo para mantê-lo erguido.

Mas as crianças conseguem caminhar ou ficar paradas segurando a mão dos pais por

longo tempo e não parecem cansadas. Elas se apegam a esses “gigantes” perto delas e não se cansam. Antes, segurar-lhes a mão dá-lhes um senso de segurança e proximidade. Um laço especial ocorre toda vez que a criança alcança e agarra a mão de seu pai ou mãe. E o coração do pai/mãe flui para o braço da criança e lhe provê o afeto, o amor e a direção de que necessi-ta.

Quando a criança enfia sua pequena mão na sua, ela pode estar suja de sorvete ou

geleia, e pode ter uma verruga sob o polegar direito, ou um Band-Aid no dedinho. Não obstante, a coisa mais importante sobre essa pequena mão é que ela está nas suas naquele momento, e você, como pai ou mãe, tem a oportunidade e o privilégio de ser o primeiro a fazer de seu filho um discípulo.

Creio que o mesmo ocorre com Deus. Não importa quão encardidas as nossas velhas

mãos sejam, o Pai sempre ama segurar a mão de Seus filhos. Ao erguermos a mão, Ele es-tende a Sua para nós. Talvez nem sempre a sintamos e isso pode ocorrer nas muitas vezes que ficamos cansados de erguer as mãos e desistimos. É então que precisamos que alguém venha e nos ajude. Você se lembra da história dos israelitas se defendendo dos amalequitas? (Êxodo 17:8-13) Vamos lê-la juntos:

Então, veio Amaleque e pelejou contra Israel em Refidim. Com isso, ordenou Moisés a Josué: Escolhe-nos homens, e sai, e peleja contra Amaleque; amanhã, estarei eu no ci-mo do outeiro, e o bordão de Deus estará na minha mão. Fez Josué como Moisés lhe dissera e pelejou contra Amaleque; Moisés, porém, Arão e Hur subiram ao cimo do outeiro. Quando Moisés levantava a mão, Israel prevalecia; quando, porém, ele abaixa-va a mão, prevalecia Amaleque. Ora, as mãos de Moisés eram pesadas; por isso, tomaram uma pedra e a puseram por baixo dele, e ele nela se assentou; Arão e Hur sustentavam-lhe as mãos, um, de um lado, e o outro, do outro; assim lhe ficaram as

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Sermão  Sobre  Paternidade  —  Agarra  a  Minha  Mão          

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mãos firmes até ao pôr do sol. E Josué desbaratou a Amaleque e a seu povo a fio de espada.

Arão e Hur vieram para ajudar Moisés quando ele ficou cansado de estar com as mãos

erguidas. Segurar-lhes as mãos erguidas não era um truque de mágica para ajudar Josué. Era sua ligação com o Onipotente. Deus deseja que saibamos que com Sua ajuda podemos con-quistar nossas batalhas. Mas também deseja que saibamos que necessitamos da ajuda uns dos outros para nos sustentarmos uns aos outros e nos incentivarmos mutuamente. Cremos em Deus, mas algumas vezes também necessitamos de alguém de pele e osso, alguém sem-elhante a nós, para nos ajudar a enfrentar os desafios do dia.

Os pais têm a oportunidade de ensinar seus filhos, através de ações simples, que eles

também podem estender a mão e segurar a mão de Deus. Gostaria de mencionar o seguinte texto nesta manhã:

Oração

Estou certo de que ouvimos ou lemos estas palavras no lindo livro Caminho a Cristo: “A oração é o abrir do coração a Deus como a um amigo. Não que seja necessário, a fim de tornar conhecido a Deus o que somos; mas sim para nos habilitar a recebê-Lo. A oração não faz Deus baixar a nós, mas eleva-nos a Ele” (Ellen White, p. 93).

Ao orarmos com nossos filhos, podemos modelar-lhes nosso diálogo com Deus. A lin-

guagem que usamos, o respeito que mostramos, a linguagem simples que usamos pode falar muito a eles. Na verdade, eu acho que às vezes as crianças oram muito melhor que nós adul-tos.

Lembro-me de ler a história de um pastor que tinha um gatinho que ficou preso numa

árvore e não conseguia descer de lá. A árvore não era suficientemente resistente para que ele subisse nela e então decidiu prender-lhe uma corda e puxá-la com seu carro até que ela se inclinasse e ele pudesse alcançar o gatinho. Ao ele se afastar um pouco com o carro, a corda rompeu. A árvore ricocheteou e o gatinho instantaneamente voou pelo ar e fora da vista. O pas-tor ficou muito triste e caminhou pela vizinhança perguntando às pessoas se tinham visto seu gatinho. Ninguém o vira. Finalmente ele orou: “Senhor, entrego o gatinho aos Teus cuidados”, e então seguiu com suas atividades.

Poucos dias depois, ele estava fazendo compras no supermercado e encontrou uma

senhora, membro de sua igreja. Ele viu no carrinho dela um saco de alimento para gatos. O pastor sabia que ela detestava gatos e esse fato era conhecido de todos na igreja. Então perguntou-lhe por que estava comprando comida para gatos visto que os detestava. Ela re-spondeu:

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― O senhor não vai acreditar. Há muito tempo que me recusava a comprar um gatinho para minha filha embora ela sempre me implorasse para lhe dar um. Finalmente, eu lhe disse que se Deus lhe desse um gato, eu permitiria que ela ficasse com ele. Vi quando minha filha foi para o quintal, ajoelhou-se e pediu a Deus para lhe dar um gato. Realmente, pastor, o senhor não vai acreditar, mas eu vi com meus próprios olhos. Subitamente, um gatinho veio voando pelo céu azul com as patas esticadas e caiu exatamente na frente dela. Naturalmente, tive de permitir que ela ficasse com o gatinho, porque veio de Deus [...]. (Autor desconhecido.)

Temos a grande oportunidade de apresentar nossos filhos ao nosso Amigo, Jesus. Te-

mos o privilégio de ser aqueles que lhes mostram como falar com Deus, nosso Pai, e confiar nEle.

Pais, estendam a mão e agarrem a mão de seu filho e juntos alcancem a mão de Deus

em oração!

Estudo da Bíblia

Os profissionais da área da saúde nos dizem que a comunicação boa e saudável tem dois ingredientes: falar e ouvir. Na verdade, é um pouco mais que isso. É falar assertivamente, ou seja, expressar claramente os pensamentos, sentimentos e desejos. Mas é também ouvir ativamente, ou seja, prestar atenção ao que a outra pessoa está falando e respondendo ao que ouvimos.

Se a boa comunicação entre os seres humanos tem esses dois componentes, o que

dizer sobre da nossa comunicação com Deus? Uma oração “assertiva” é simplesmente nossa forma de falar com Deus a respeito de nossos pensamentos e sentimentos, de nossos desejos e necessidades ou de nossas dores e alegrias.

O problema é que somente algumas pessoas tiveram de fato o privilégio de ouvir a voz

de Deus – Adão e Eva, Moisés, Elias, os discípulos nos dias de Jesus, Paulo. Então como po-demos manter a boa comunicação com Deus? Podemos certamente falar com Ele, mas como Ele fala conosco? Novamente, Ellen White nos ajuda com a resposta: “Deus nos fala pela na-tureza e pela Revelação, pela Sua providência e pelo influxo de Seu Espírito” (White, p. 93).

Ao alcançarmos Deus em oração, Ele Se inclina para nós através da natureza e da Bí-

blia. Não surpreende que o maligno deseje distorcer a mensagem que vem deles (da natureza e da Bíblia). O inimigo prefere que pensemos da natureza como se ela fosse Deus (panteísmo), ou que Deus criou o mundo e o pôs em movimento (teísmo), ou que Ele não criou o mundo, mas que ele veio à existência pelo acaso e evoluiu ao longo das eras (evolucionismo). Da mesma forma, o inimigo tenta distorcer a mensagem de Deus em Sua Palavra ao levar as pes-soas a crerem que a Bíblia não é confiável, ou que a Bíblia contém muitos mitos e contradições, ou que ninguém consegue compreender suas mensagens.

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Como pais, temos o privilégio de mostrar aos nossos filhos que Deus Se comunica con-osco através da Bíblia, mas não podemos alcançar isso a menos que leiamos, ouçamos e fa-çamos o que ela nos diz para fazermos (Apocalipse 1:3). As crianças são como esponjas. Ab-sorvem o que despejamos sobre elas.

Ouça a história da Bíblia como contada por uma criança pequena: No começo o que aconteceu foi que não tinha nada além de Deus, do escuro e do bura-

co negro. Deus disse: “Acendam a luz!” E a luz acendeu. Então Deus começou a fazer o mun-do.

Ele fez uma cirurgia em Adão e saiu Eva. Adão e Eva estavam nus, mas não se en-

vergonhavam porque os espelhos ainda não tinham sido inventados. Adão e Eva desobedeceram a Deus ao comerem a maçã envenenada e assim foram

expulsos do Jardim do Éden. Adão e Eva tiveram dois filhos, Caim, que odiava seu irmão que era Abel. Pouco depois

todas as primeiras pessoas morreram, exceto Matusalém que viveu cerca de um milhão de anos ou algo assim.

Outra pessoa importante é Noé, que foi um cara bom, mas um de seus filhos era mau,

ele era um tipo de cão. Noé construiu um grande barco e colocou sua família dentro dele e também alguns animais. Ele pediu para que as outras pessoas também entrassem no barco, mas elas disseram que teriam que consultar a previsão do tempo.

Depois de Noé, vieram Abraão, Isaque e Jacó. Jacó era mais famoso que seu irmão

Esaú, porque Esaú vendeu para Jacó a sua Investidura por uma panela com carne assada. Outro cara importante da Bíblia é Moisés, que foi adotado por uma princesa. Moisés

conduziu o povo de Israel para sair do Egito e fugir do Faraó mau, depois que Deus enviou os dez castigos sobre o povo de Faraó.

Cada dia Deus alimentou o povo de Israel no deserto,com um tipo de pipoca. Então Ele

lhes deu suas regras “As dez mais” no monte Sinai. Elas incluíam: não mentir, não trapacear, não fumar, não dançar ou cobiçar as coisas de seu próximo.

Ah, sim, lembro-me de mais um: “Agradarás a teu pai e tua mãe”. Um dos melhores ajudantes de Moisés foi Josué, que foi o primeiro cara na Bíblia a usar

espiões. Josué lutou na batalha de Rabicó e a cerca caiu sobre a cidade.

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Sermão  Sobre  Paternidade  —  Agarra  a  Minha  Mão          

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Depois de Josué veio Davi. Ele se tornou rei depois de matar um gigante com um es-tilingue. Ele teve um filho chamado Salomão que teve cerca de 300 esposas e 500 carabinas. Meu pai disse que ele era sábio, mas isso não me parece algo muito inteligente.

Depois de Salomão, houve um monte de profetas da primeira divisão. Um deles foi Jo-

nas, que foi engolido por uma grande baleia e então vomitado na praia. Houve também alguns profetas da terceira divisão, mas acho que não precisamos nos preocupar com eles.

Depois do Antigo Testamento veio o Novo Testamento. Jesus é a estrela do Novo Tes-

tamento. Ele nasceu em Belém, em uma estrebaria. (Eu também gostaria de ter nascido em uma estrebaria porque minha mãe está sempre me dizendo: “Feche a porta ! Você nasceu nu-ma estrebaria? Não tem modos, não?” Seria legal poder dizer: “Sim, de fato, eu nasci numa estrebaria”).

Durante Sua vida, Jesus teve muitas discussões com pecadores como os fariseus e os

socialistas. Jesus também teve doze fascículos. O pior deles foi Judas dos Brócolis. Judas era tão

mau que, em sua homenagem, deram esse nome a um vegetal horrível. Jesus foi um grande homem. Curou muitos cadeirantes e até mesmo pregou para al-

guns favelados no Monte. Mas os socialistas e todos aqueles caras julgaram Jesus diante de Pôncio que fazia Pilates. O Pôncio Pilates não defendeu Jesus. Em vez disso, ele apenas lavou suas mãos.

Jesus morreu por nossos pecados e então voltou a viver. Ele foi para o Céu, mas voltará

no fim do milênio, Sua volta foi profetizada no livro do Calipso. Essa versão nos faz rir e estou certo de que até mesmo os anjos riem diante da inocên-

cia e fé da criancinha. Pais, certifiquem-se de estabelecer firmemente o altar da família em sua casa. Realizem diariamente o culto com os filhos. Isso estabelece um padrão que eles levarão consigo ao longo de sua vida.

Pais, estendam a mão, peguem a mão de seu filho e se consagrem juntos a Deus no es-

tudo da Bíblia.

Falar e Caminhar na Fé

Uma pesquisa realizada por uma grande denominação (Freudenberg and Lawrence, 1998, p. 17) e confirmada pelos estudos de Valuegenesis, realizada entre os jovens adventis-tas, mostra quatro práticas da família que são especialmente importantes para ajudar os jovens a desenvolverem a fé (na infância e na adolescência): 1) falar a respeito da fé com a mãe; 2) falar a respeito da fé com o pai; 3) realizar o culto ou oração em família; e 4) fazer projetos em

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família para ajudar outras pessoas (Gillespie, V. B, Donahue, M. J., Boyatt, E., e Gane, B., 2004, p. 255-273).

A pesquisa é clara a respeito de quatro atividades para que possamos transmitir nossa

fé aos nossos filhos. Os comerciais televisivos incentivam os pais a conversarem com os filhos a respeito das drogas e das bebidas alcoólicas. Outros comerciais incentivam os pais e os filhos a conversarem a respeito do serviço militar. Os pais são incentivados a conversarem com os filhos a respeito do sexo. Então, por que não falar a respeito do tema mais importante na vida – sua salvação?

Foi isso o que Moisés disse quando instruiu os israelitas:

Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus fil-hos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. (Dt 6:6-7, itálico acrescentado).

Creio que centenas de crianças estão dizendo hoje: “Ah se alguém me levasse a Cristo!”

Um pastor estava conversando com os pais a respeito da importância de pegar os filhos pela mão e levá-los a Cristo. Enquanto ele falava, uma garotinha, de três ou quatro anos, saltou do colo da mãe e levantando a mão disse: “Você poderia, por favor, me levar a Jesus, mamãe?” A menina queria que a mãe a levasse de uma vez.

Creio que muitas crianças insistiriam com as mesmas palavras: “Você poderia, por favor,

levar-me a Jesus?” Prezados pais, estendam a mão e peguem a mão de seu filho e então se consagrem a Deus enquanto falam de sua fé e a vivem! Andem de mãos dadas em direção a Jesus.

Materiais Adicionais/Opcionais que Podem Ser Incorporados:

Textos Bíblicos Gênesis 14:22 — Abraão Salmo 16:8, 11 — O dom da coragem Salmo 18:11 — O dom da alegria Salmo 18:35 — O dom da salvação “me susteve” Salmo 31:5 — O dom da redenção “nas tuas mãos, entrego o meu espírito” (Sl 44:2, 3) Salmo 32:4 — O dom do arrependimento (Sl 38:2) Salmo 37:24 — Ele nos levanta – música: He raised me up (Ele me levantou) Mateus 14:30, 31 — Pedro (afundando) — ajuda na tribulação Espírito de Profecia

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Em vossos negócios, nas amizades das horas de lazer, e no casamento, que todas as relações sociais que tiverdes sejam empreendidas com fervorosa e humilde oração. Mostrareis assim que honrais a Deus e Deus vos honrará a vós. Orai quando estiverdes abatidos. Em ocasiões de desânimo, nada digais aos outros; não espalheis sombra no caminho do próximo; mas contai tudo a Jesus. Levantai as mãos em demanda de auxílio. Em vossa fraqueza apegai-vos à força infinita. Suplicai humildade, sabedoria, coragem, aumento de fé, para que possais ver luz na luz de Deus e rejubilar no Seu amor. (A Ciência do Bom Viver, p. 513)

A cruz fala de vida, e não de morte, àquele que crê em Jesus. Dai as boas-vindas aos preciosos raios doadores de vida que resplandecem da cruz do Calvário. Estendei as mãos em busca da bênção, crede na bênção. [...] (Nos Lugares Celestiais, MM 1968, p. 52)

Se assumir o trabalho seriamente e, sem dar qualquer desculpa para o pecado, con-denar o pecado na carne e com fé e esperança buscar graça divina e discernimento cor-reto, pode vencer aquelas deficiências em seu caráter que o desqualificam para tra-balhar na causa de Deus. Durante muitos anos você não tem progredido nem melhora-do. Hoje está mais longe da norma da perfeição cristã, de possuir as qualificações que devem ser achadas no ministro do evangelho, do que estava uns poucos meses depois de ter recebido a verdade. (Testemunhos para a igreja, v. 3, p. 465)

Esforcem-se por agarrar-Lhe a mão, a fim de que esse contato os eletrize, carregando-os das suaves propriedades de Seu incomparável caráter. Vocês podem abrir o coração ao Seu amor, e deixar que Seu poder os transforme e Sua graça seja sua força. Então, exercerão poderosa influência para o bem. Sua força moral estará à altura da mais sev-era prova de caráter. Pura e santificada será a sua integridade. “Então, romperá a tua luz como a alva.” Isaías 58:8. (Testemunhos para a Igreja, v. 4, p. 63)

Expandi-vos mais e mais para cima, apoderando-vos de um aspecto da fé após o outro. Andai e agi com amor a Deus e aos pobres opressos, e o Senhor será vosso Auxiliador. (Para Conhecê-Lo, MM 1965, p. 328)

Podemos volver-nos a Jesus Cristo que é nosso Advogado nas cortes celestiais. Neces-sitamos de um amigo no tribunal. Temos pecado, sido desobedientes, sido transgres-sores, e é da maior importância para nós que tenhamos um Amigo no tribunal para plei-tear nossos casos perante o Pai. Ele diz: "Eu, quando for levantado da Terra, atrairei to-dos a Mim mesmo." João 12:32. Bem, quererão todos ser atraídos? Cristo atrai, mas eles serão sensíveis à atração? Virão? O convite aqui em Apocalipse é este: "O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida." Apoc. 22:17. (Este Dia com Deus, MM 1980, p. 221)

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Não pedimos o suficiente das boas coisas que Deus prometeu. Se nos expandíssemos mais para o alto e esperássemos mais, nossas petições revelariam a vivificadora in-fluência que advém a toda alma que pede com a plena expectativa de ser ouvida e atendida. O Senhor não é glorificado pelas monótonas súplicas que demonstram nada ser esperado. Ele deseja que todo aquele que crê se achegue junto ao trono da graça com fervor e confiança. (E Recebereis Poder, MM 1999, p. 284)

História para as Crianças: “Pegando o Presente”

Use a história para as crianças “Pegando o Presente” incluída neste Manual.

Hinos para o Culto da Família

Há muitos hinos lindos que podem ser usados no culto da família. Referências

Freudenberg, B. e Lawrence, R. (1998). The family friendly church. Loveland, CO: Group

Publishing. Gillespie, V. B., Donahue, M. J., Boyatt, E. e Gane, B. (2004). Valuegenesis – ten years later: A

study of two generations. Riverside, CA: Hancock Center Publication. Claudio Consuegra, DMin (c), e Pamela Consuegra, PhD (c), são diretores do Departamento do Ministério da Família da Divisão Norte-Americana.

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Sermão  Sobre  Intimidade  na  Família  —  A  Graça  no  Jardim          

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A Graça no Jardim  Por John S. Nixon

“Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente” (Gn 2:7).

Foi o sexto dia da primeira semana do mundo e Deus estava por concluir Sua

obra. Ele tinha uma ou duas coisas mais para fazer e deixou o melhor para o final. O palco foi montado para o ato coroador da criação. Santos anjos observavam maravilha-dos desde o primeiro dia quando o grande Deus do Céu parou no meio do nada e disse para o nada: “Haja luz; e houve luz” (Gn 1:3). O salmista diz: “Os céus por sua palavra se fizeram, e, pelo sopro de sua boca, o exército deles. [...] Pois ele falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo passou a existir” (Sl 33:6, 9).

Porém, agora, o Criador emprega um método diferente. Deus não fala desta vez.

Antes, Deus Se ajoelha e apanha um punhado de terra com as mãos e começa a mod-elar o homem. Ele esculpe e contorna; dá forma e modela; dá forma e molda. Seus bra-ços abraçam um imenso tronco. Seus dedos se movem em um diminuto vaso capilar. O gênio criativo forma um organismo glorioso com sistemas interligados – endócrino, muscular, esquelético, neurológico, pulmonar, linfático, cardiovascular. “[...] por modo assombrosamente maravilhoso me formaste” (Sl 139:14)!

Coroando tudo isso, Deus cria o cérebro, coberto por uma camada retorcida de

massa cinzenta. Aqui residirá a sede da inteligência, o centro dos poderes da razão e do entendimento, da criatividade e da linguagem. Então, com o trabalho concluído e tudo no lugar, o Grande Criador Eterno, faz uma pausa e respira profundamente. Curva-se ainda mais agora, colocando Seu rosto perto do chão e sopra nas narinas do corpo de terra. Então, o peito se expande e os pulmões inflam, os nervos começam a fun-cionar e o coração a bater, o sangue passa a circular, as células são ativadas, o pó se torna carne, o cérebro se torna mente, e o homem passa a ser alma vivente.

E a pergunta cosmológica é respondida mesmo antes de iniciarmos nossa inves-

tigação. Não é pelo racional que a verdade da Criação é conhecida. Não é uma con-clusão científica. A ciência não pode substituir Deus, visto que ela não se criou por si mesma. É erro e confusão de ordem fazer do original derivativo o derivativo Original (Malik, 1982, p. 34). A ciência é nosso guia nas coisas como são, mas não pode re-sponder pelas coisas como elas são. Ninguém tem o direito de ser dogmático a respeito do que não pode ser conhecido, exceto pela revelação divina (Chambers, 2000, p. 80).

E é pela revelação, não pela razão, que conhecemos o que a Bíblia nunca tenta

provar: que o mundo foi criado em seis dias literais, com manhãs e tardes, nos quais Deus não dependeu de matéria preexistente. É uma verdade incompatível com o méto-do científico. Não é teoria; é uma crença, é uma confissão. “Pela fé, entendemos que foi

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Sermão  Sobre  Intimidade  na  Família  —  A  Graça  no  Jardim          

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o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem” (Hb 11:3). “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firma-mento anuncia as obras das suas mãos” (Sl 19:1).

Este é o mundo de nosso Pai, e na Criação como na redenção é a Sua obra

concluída. Deus não permitiu que a Criação fosse concluída por um processo natural assim como não deixou a redenção para ser concluída pelos religiosos. Quando a expi-ação foi concluída no sexto dia, “viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom.” (Gn 1:31). Da terra ao céu, dos animais aos seres humanos, dos mares aos mares brilhantes, Deus criou tudo. Este mundo pertence ao nosso Pai!

Este, então, é um início glorioso da família humana, saindo das mãos de Deus,

cheia de promessas e de potencial. A graça salvadora já fora provida, não era escassa. O perdão ainda não surgira, pois não havia o que ser perdoado, mas a fé tinha de ser provada.

Curiosidade Fatal

“Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu tam-bém ao marido, e ele comeu” (Gn 3:6).

A queda de Eva teve início quando ela decidiu realizar sua própria investigação.

Esse foi o primeiro afastamento da verdade total na Palavra de Deus. Deus nunca disse que o fruto da árvore não era bom como alimento. Apenas disse que eles não deviam comer dele. Até mesmo fez a advertência quanto às consequências: “mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2:17). O que Deus deixou de dizer foi a razão para Sua or-dem. Ele disse “o que”, mas não “o por quê”, e essa foi uma prova da fé.

A informação omitida se tornou a semente da tentação engendrada pela serpen-

te para apelar à vaidade humana. Eva teve de decidir, diante do desafio da serpente e da ordem inexplicável de Deus, em quem iria crer. Ela podia tomar Deus por Sua pa-lavra e Lhe obedecer ou podia duvidar da veracidade divina e desobedecer. Mas ela devia escolher um ou outro.

A natureza do pecado é mais profunda do que imaginamos. Não começa com a

ação; começa com o pensamento. Primeiro, o pecado aparece no nível subconsciente, onde tomamos as decisões, mesmo antes de agirmos. No momento em que decidimos tomar a questão em nossas mãos, exercer a nossa vontade como bem desejamos, nesse exato momento deixamos de exercer a fé em Deus. A escolha é a soberania hu-mana que Deus nunca tirará, mas há duas formas pelas quais podemos usá-las: honrar a Deus ou a nós mesmos; obedecer aos Seus amorosos mandamentos ou seguir os nossos próprios desejos. Em outras palavras, pela graça de Deus, temos a liberdade de

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Sermão  Sobre  Intimidade  na  Família  —  A  Graça  no  Jardim          

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desistir de nossa liberdade devido ao amor de Deus. E, através dessa entrega, uma nova liberdade é encontrada, a liberdade de fazer a vontade de Deus em cada situação. Manifestação do Sobrenatural

Jesus Cristo é a única forma de se livrar da armadilha do pecado; e Ele, tam-bém, faz Sua manifestação no princípio. Antes de o anjo afastá-los da árvore da vida, Adão e Eva receberam uma promessa que pegou Satanás de surpresa. Virando-Se para a serpente, o Senhor Deus disse: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” (Gn 3:15)

Satanás não compreendeu completamente, mas sabia que era uma ameaça ao

seu reino. Ferir a cabeça da serpente é matá-la. Deus estava profetizando o fim do reino de Satanás, e o Agente dessa morte seria a semente da mulher. Aqui está a estra-tégia com a qual Satanás nunca sonhou; Deus estava preparado para ir muito além do que foi possível ao inimigo imaginar. No mesmo lugar onde os seres humanos estavam em sua pior situação, Deus estava em Sua melhor, revelando a profundidade do amor que está além do entendimento.

Gênesis 3 encerra com uma cerimônia de significado eterno na qual Deus provê

roupas para o homem e a mulher. “Fez o SENHOR Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu” (Gn 3:21). Note: vestimentas de pele, não de lã. Não se tratou de tosquiar um animal, mas sim de levar uma criatura à morte. É significativo que o ato da redenção ocorreu antes que o homem e a mulher fossem impedidos de per-manecer no Éden a fim de que soubessem que a expulsão do jardim não significava o afastamento de Deus (Tonstad, 2009, p. 58). Eles foram separados da árvore da vida, não do Criador.

Então apareceu, aparentemente do nada, algo para o qual o vocabulário hu-

mano teve de criar uma nova palavra. Ele opera mediante leis diferentes das leis da natureza. Tudo mais na ordem criada segue as leis da causa e efeito — o sol o aquece; a água o deixa molhado; o vento sopra e as árvores se inclinam; as árvores crescem e trazem a sombra — tudo fixo, tudo previsível.

Mas, subitamente, ocorreu um novo princípio na vida. Acima das leis naturais da

existência, algo sobrenatural foi visto. Não é a bondade – a benevolência de Deus aparece por todo o universo. Não é

a bondade — a bondade  e o favor de Deus estão em cada sistema solar. Trata-se de outra coisa. É a bondade imerecida; é o favor injustificado; a bênção onde deveria haver condenação; o perdão onde deveria haver juízo. Quando o homem e a mulher deixaram a árvore da vida, para nunca mais provar de seu fruto, estavam usando as roupas providas por Deus para eles com sangue, como um voto de que um dia comeriam no-vamente da árvore da vida.

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Sermão  Sobre  Intimidade  na  Família  —  A  Graça  no  Jardim          

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Quando estavam diante de Deus, depois do pecado, o homem e a mulher já es-

tavam vestidos com as roupas que haviam feito, mas isso não era suficiente. Não podemos salvar a nós mesmos ou fazer qualquer contribuição em nosso fa-

vor. Assim, Deus fez as novas vestimentas, conforme Sua escolha, e fez isso ao der-ramar o sangue. Pois “sem derramamento de sangue não há perdão” do pecado (Hb 9:22, NVI).

Devido à intervenção divina, o efeito do pecado não mais é a morte do pecador.

Antes, mediante a operação dessa novidade que exigiu uma nova palavra, o pecador escapa do efeito que deveria naturalmente seguir a causa e herda um novo resultado.

Essa coisa é chamada de graça. Não foi uma providência de última hora, já

havia sido provida. Assim que ocorreu o pecado, já havia um Salvador. Desta vez, porém, o Senhor Deus não falou. Em vez disso, Ele Se inclinou,

pegou um punhado de terra e preparou um corpo pelo qual Ele ingressaria na humani-dade pelo milagre da encarnação (Hb 10:5). Foi um ato divino de infinita conde-scendência, decorrente do amor eterno. O que faríamos sem a graça de Deus?

Havia duas árvores plantadas no meio do Jardim – a árvore da vida e a árvore

do conhecimento do bem e do mal. Mas, no momento da queda da humanidade, Deus planejou uma terceira árvore. Essa é a árvore que resgata da destruição eterna todos os que nela creem. Jesus morreu nessa terceira árvore, e a vitória que conquistou se torna nossa. Mediante Seu sacrifício, escapamos da condenação do pecado.

O alvo da redenção sempre foi que pudéssemos herdar um corpo incorruptível

onde não há morte, mas não por nossas realizações. A redenção ocorre somente como uma dádiva gratuita da graça pela qual a justiça de Cristo nos é concedida. O próprio Jesus está conosco, mediante Seu Espírito, e nos tornamos mais que conquistadores através dEle. “[...] Cristo em vós, a esperança da glória” (Cl 1:27).

Que alcancemos Deus mediante o poder e a graça a cada dia. Que ao assim

agirmos, experimentemos nova esperança ao aceitarmos o dom da salvação de Deus. Referências Chambers, O. (2000). “Baffled to Fight Better” em The Complete Works of Oswald

Chambers. Grand Rapids, MI: Discovery House. Malik, C. (1982). A Christian Critique of the University. Waterloo, Ontario: North Water-

loo Academic Press. Tonstad, S. (2009). The Lost Meaning of the Seventh Day. Berrien Springs, MI: Andrew

University Press.

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Sermão  Sobre  Intimidade  na  Família  —  A  Graça  no  Jardim          

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Este sermão foi pregado pela primeira vez como um devocional, no dia 24 de junho de 2010, na 59ª Assembleia da Associação Geral, em Atlanta, Georgia, e publicado no dia 25 de junho de 2010, na Adventist Review. Usado mediante permissão. John S. Nixon, DMin, é professor na Faculdade de Religião da Southern Adventist University em Collegedale, Tennessee, USA.

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Leitura  Responsiva:  Reconsagrando-­‐se  Como  Família  da  Igreja    

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Leitura Responsiva Reconsagrando-se Como Famíl ia da

Igre ja Por Kathleen Sowards Dirigente: “Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles. E disse: Em

verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus.” Mateus 18:2, 3

Congregação: “[...] mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, pros-sigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” Filipenses 3:13, 14

Dirigente: “Levantai ao alto os olhos e vede. Quem criou estas coisas? Aquele

que faz sair o seu exército de estrelas, todas bem contadas, as quais ele chama pelo nome; por ser ele grande em força e forte em poder, nem uma só vem a faltar.” Isaías 40:26

Congregação: “Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá de-le, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar.” Isaías 55:6, 7

Dirigente: “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se,

todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo.” 1 João 2:1

Congregação: “Ouve-me as vozes súplices, quando a ti clamar por socorro, quando erguer as mãos para o teu santuário.” Salmo 28:2

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Leitura  Responsiva:  Reconsagrando-­‐se  Como  Família  da  Igreja      

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Congregação: “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus.” Filipenses 4:7

Dirigente: “Ora, o fim de todas as coisas está próximo; sede, portanto, criteriosos

e sóbrios a bem das vossas orações. Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados. Sede, mutuamente, hospitaleiros, sem murmuração.” 1 Pedro 4:7-9

Congregação: “Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade.” 1 João 3:17-18

Dirigente: “Filhinhos, agora, pois, permanecei nele, para que, quando ele se

manifestar, tenhamos confiança e dele não nos afastemos envergon-hados na sua vinda.” 1 João 2:28

Congregação: “Então, se verá o Filho do Homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória. Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exul-tai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxi-ma.” Lucas 21:27, 28

Kathleen Sowards é a assistente editorial do Departamento do Ministério da Família da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, em Silver Spring, MD.

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Minisseminário:  Reavivamento  e  Reforma  no  Casamento                                                                                                                                                      

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Minisseminários Reavivamento e Reforma no

Casamento  

Por Pedro Iglesias

REAVIVAMENTO e REFORMAno Casamento

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Minisseminário:  Reavivamento  e  Reforma  no  Casamento                                                                                                                                                      

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Slide 1 REAVIVAMENTO e REFORMAno Casamento

Reavivamento e Reforma no Casamen-to

Slide 2 Introdução

Introdução: Quando eu era pequeno, costumava sair com meus amigos da vizinhança para o campo para caçar passarinhos. Quando saíamos armados com estilin-gues, os passarinhos estavam em per-igo. Costumávamos fazer isso por negócios e por prazer. Quando era por negócios, tentávamos não ferir os mui-tos pássaros. Era importante para os pássaros cair no chão vivos. Era difícil estimar a força de modo a não matar o pássaro. Quando encontrávamos o pássaro quase morto, corríamos e o levantávamos e usávamos um método muito popular para reanimar o pássaro. O pássaro seria colocado debaixo de um balde, então nós batíamos de leve nele para produzir ruído. Depois disso, nós olharíamos embaixo do balde para ver como o nosso “paciente” estava passando. Se o pássaro não reagisse, nós repetíamos o mesmo processo até que funcionasse. Este processo era bem sucedido na maioria das vezes. Não havia explicação científica para isso. Contudo, era uma ótima forma de levantar o “morto”. Para assegurar-se de que os pássaros daqueles dias tivessem boa sorte comigo, pois eu não tinha boa pontaria. Não somente os pássaros necessitam

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ser reavivados quando estão morren-do. Como cristãos, falamos sobre a necessidade de reavivamento espiritu-al. Pássaros, cristãos e casamentos precisam de reavivamento. A Igreja Adventista começou um novo programa; o reavivamento e a reforma de cada membro da igreja. O convite para o reavivamento afeta a in-tegridade da vida humana. A vida de casado não escapa desta realidade. O objetivo deste seminário é convidar os participantes a se unirem ao pro-grama de reavivamento da igreja e es-tender os benefícios aos seus respec-tivos casamentos.

Slide 3

O  Reavivamento  é  uma Necessidade

O reavivamento é uma necessidade. Durante a apostasia do reino de Judá, o Profeta Habacuque profetizou. Nos anos 612 a 586 a.C., os últimos quatro reis de Judá haviam sido maus. Seus reinos foram caracterizados por es-quecimento e rejeição de Deus. Os tempos estavam cheios de anarquia, imoralidade, perseguição e violência. A Babilônia estava se tornando um poder ameaçador e Judá cairia sob seu jugo opressivo. O profeta não entendia por que Deus não intervinha. Logo ele per-cebeu que era melhor sempre de-pender de Deus, que está no controle e conduz o destino de Seu povo. No meio deste estado de coisas, Hab-acuque orou a Deus: “Ouvi, SENHOR, a tua palavra, e temi; aviva, ó SEN-HOR, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a conhecida; na tua ira lembra-te da misericórdia”

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(Habacuque 3:2). Devemos pedir a Deus para fazer a obra necessária para salvar Seu povo. A palavra reavivar sugere viver novamente, ressuscitar, recuperar, reanimar-se ou despertar. Hoje, como membros do corpo de Cris-to, temos que pedir a Deus para nos reavivar para fazer a obra que Ele nos confiou. Esses tempos exigem isso. Ellen White escreveu: “Apesar do generalizado declínio da fé e piedade, há verdadeiros seguidores de Cristo nestas igrejas. Antes de os juízos finais de Deus caírem sobre a Terra, haverá, entre o povo do Senhor, tal avivamento da primitiva piedade como não fora a testemunhado desde os tempos apostólicos” (O Grande Conflito, p. 464). É uma promessa encorajadora que confirma a intenção de Deus de prover tal reavivamento que conduza à preparação da colheita final. O conceito de reavivamento deve estar claro. Uma boa explicação é: “Reavivamento sig-nifica renovamento da vida espiritual, um avivamento das faculdades da mente e do coração, uma ressurreição da morte espiritual” (Mensagens Es-colhidas, v. 1, p. 128).

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Slide 4 Atividade

Compartilhar com  a  pessoa ao seu ladopráticas devocionais que poderiam ajudar a  proporcionar um  reavivamento  na igreja.  

Atividade com a Igreja em Geral Peça às pessoas presentes para com-partilharem com a pessoa ao lado práticas devocionais que poderiam aju-dar a proporcionar um reavivamento na igreja. Compartilhe as respostas com todos. Escreva uma lista das respostas que os grupos apresentarem. 1._____________________________________________________________ 2._____________________________________________________________ 3._____________________________________________________________

Slide 5

O  Reavivalmento Começa em Casa

O Reavivamento deve começar em casa. Buscar reavivamento espiritual entre os membros da igreja não tem que ser um assunto individual. A família, uma parte importante da igreja, tem que ser leva-da em conta. A mensagem do profeta Malaquias promete uma reforma nos relacionamentos familiares antes da volta de Cristo: “Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR; e Ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos aos pais; para que eu não venha, e fira a terra com mal-dição” (Malaquias 4:5, 6) Ellen White ofereceu: “O grande mo-vimento reformatório deve começar no lar” (Filhos e Filhas de Deus, p. 43). Para que esta reforma aconteça, é ób-

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vio que precisaremos de um reaviva-mento.

Slide 6 Atividade da Família

Trabalhem juntos nas seguintes atividades:

• Escrevam uma lista de  atividades espirituaisque vocês não praticam mais juntos.  

• Escolham uma atividade abandonada e  tomem a  decisão de  restaráu-­‐la.

• Compartilhem suas ideias  com  os outros.

Atividades para Famílias • No início do século, Ellen White ex-

orta a igreja a ir de casa em casa, orar e dar estudos bíblicos. O con-vite a aceitar a mensagem deveria ser dado a cada família. Leia o se-guinte comentário: “Muitos indivídu-os podem estar trabalhando em vilas e cidades, visitando de casa em casa, tornando-se familiarizados com as famílias, entrando em sua vida social, jantando em suas me-sas, entrando na conversação ao pé de suas fogueiras, deixando cair a preciosa semente da verdade em toda a linha” (Healthful Living, 1897, p. 274 – tradução nossa).

• Peça a cada família para trabalhar em

conjunto nas seguintes atividades:

o Escrever uma lista de atividades espirituais que vocês não prat-icam mais juntos, como o culto familiar.

o Escolher uma atividade abandon-

ada e tomar a decisão de restau-rá-la.

• Compartilhem suas ideias com out-

ros.

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Slide 7

O  Casamento Reavivado

O Casamento Reavivado O Reavivamento é uma questão pes-soal. “Temos esperança de ver toda a igreja reavivada? Tal tempo nunca há de vir. Há na igreja pessoas não convertidas, e que não se unirão em fervorosa, prevalecente oração. Precisamos en-trar na obra individualmente” (Eventos Finais, p. 195). Embora o reavivamento seja pessoal, os casais casados devem se unir na procura de tal experiência. Os cônjuges precisam fazer desta ideia uma priori-dade como casal.

Slide 8 Plano  de  Oração do  Casal

• Orar juntos.

• Ter uma lista com  pedidos especiais de  oração.

• Fazer das  necessidades espirituais umaparte  essencial de  cada dia.

• Orar por outros casais casados.

• Convidar outros casais para sessões de  oração.

Ideias para ter um casamento ligado ao Céu Oração Ellen White declara: A afeição não pode ser perdurável, mesmo no círculo do lar, a menos que haja uma conformidade da vontade e disposição com a vontade de Deus. Todas as faculdades e paixões devem ser postas em harmonia com os atribu-tos de Jesus Cristo. Se pai e mãe un-em seus interesses no amor e temor de Deus a fim de lograrem autoridade no lar, verão a necessidade de muita oração e muita sóbria reflexão. E ao buscarem a Deus, seus olhos serão abertos para verem os mensageiros celestiais presentes a fim de protegê-los em resposta à oração da fé. Eles vencerão as fraquezas do caráter e prosseguirão para a perfeição” (O Lar Adventista, p. 315, 316) Bênçãos foram prometidas a maridos e

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mulheres que procuram inspiração em Cristo e usam a oração como uma fer-ramenta. Desenvolvam um plano de oração jun-tos como casal. Por exemplo: • Orem juntos. • Tenham uma lista de pedidos espe-

ciais de oração. • Façam das necessidades espirituais

uma parte essencial de cada dia. • Orem por outros casais casados. • Convidem outros casais para sessões

de oração.

Slide 9 Plano  de  Estudo  da  Bíblia  do  Casal/Família

• Leiam  a  Bíblia  juntos.

• Estudem  juntos  o  que  a  Bíblia  diz  sobre  o  casamento.

• Estudem  a  Bíblia  com  um  casal  casado  não  adventista.

• Leiam  juntos  os  livros  do  Espírito  de  Profecia:  O  Grande  Conflito,  O  Lar  Adventista,  Caminho  a  Cristo.

Estudando a Bíblia. Atividade com a Família da Igreja Pergunte: Por que o estudo da Palavra de Deus contribui para o reavivamen-to? Os casais devem desenvolver um pla-no de estudo da Bíblia juntos.

• Ler a Bíblia inteira juntos em um ano.

• Estudar juntos o que a Bíblia

tem a dizer sobre o casamento.

• Estudar a Bíblia com um casal casado não-membro.

• Ler juntos qualquer livro do Es-

pírito de Profecia, como: O Lar Adventista, Orientação da Cri-ança, ou Caminho a Cristo.

• Comprar um livro do Espírito de

Profecia e dá-lo de presente a

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um casal casado. Pedir ajuda ao Espírito Santo. Para obter reavivamento, precisamos de muito poder. Um reavivamento do Espírito Santo não pode ser realizado apenas exercitando a vontade humana. O reavivamento requer um poder supe-rior ao nosso. Precisamos entender que esse poder está à nossa dis-posição se o pedirmos. “A descida do Espírito Santo sobre a igreja é olhada como estando no futuro; é, porém, o privilégio da igreja tê-la agora. Buscai-a, orai por ela, crede nela. Precisamos tê-la, e o Céu espera para concedê-la” (Evangelismo, p. 701). Meditar na vida de Cristo. Uma citação bem conhecida inspirada por Deus nos convida a refletir sobre Jesus, Sua vida e obra enquanto Ele estava na Terra. “Far-nos-ia bem passar diariamente uma hora a refletir sobre a vida de Je-sus. Deveremos tomá-la ponto por ponto, e deixar que a imaginação se apodere de cada cena, especialmente as finais. Ao meditar assim em Seu grande sacrifício por nós, nossa confi-ança nEle será mais constante, nosso amor vivificado, e seremos mais pro-fundamente imbuídos de Seu espírito. Se queremos ser salvos afinal, teremos de aprender aos pés da cruz a lição de arrependimento e humilhação” (O Desejado de Todas as Nações, p. 83). Meditar na vida de Jesus nos ligará com o Céu e reavivará nosso amor para com Deus. Os cônjuges devem se unir e estudar um plano para meditar na vida de Cristo.

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• Cada dia ler um ou dois capítu-

los dos Evangelhos.

• Ler juntos O Desejado de Todas as Nações ou Parábolas de Je-sus.

• Falar sobre as bênçãos que

vocês têm recebido através de sua experiência com Jesus Cristo.

Se ambos, marido e mulher, se unirem com humildade e determinação para se ligarem com Deus; se orarem constan-temente; se estudarem as Palavras de Deus metodicamente; se pedirem a unção diária do Espírito Santo; e se meditarem na vida de Jesus e fizerem disso um hábito; a promessa de reavivamento será cumprida em suas vidas.

Slide 10

Casamentos  Reavivados  Produzem  Casamentos  Reformados

Casamentos reavivados produzem casamentos reformados. Casamentos reavivados experimentam uma mudança que é enriquecedora para o casamento. Certamente, cada cônjuge necessitará colocar sua von-tade nas mãos de Deus e obedecer aos mandamentos de Deus. Neste ponto, é uma boa ideia reler a definição de reavivamento: “Reaviva-mento significa renovamento da vida espiritual, um avivamento das fac-uldades da mente e do coração, uma ressurreição da morte espiritual” (Men-sagens Escolhidas, v. 1, p. 128). Experimentar o reavivamento produz uma reforma no indivíduo, e em seu casamento. Ambos são fortemente combinados. Ellen White declara: “Reavivamento e reforma devem efetu-

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ar a obra que lhes é designada, e no realizá-la, precisam fundir-se” (Men-sagens Escolhidas, v. 1, p. 128). Mas o que significa a palavra reforma significa? Reforma significa reorgani-zação, uma mudança de ideias, teori-as, hábitos e práticas. A reforma não produzirá bom fruto a menos que es-teja relacionada com ser reavivado pelo Espírito. Em vários momentos durante o casamento, a vida vai ficar desorgani-zada. A mudança nas fases da vida conjugal torna necessário estar con-stantemente reorganizando. Atividade com Todos Distribua papel para todos os presentes e peça-lhes para escreverem mudanças que devem ocorrer em suas vidas como resultado do reavivamento. Você deve ter todas as citações do Espírito de Profecia acima impressas e prontas para distribuir. Mudança de ideias ______________________________________________________________ Mudança de teorias ______________________________________________________________ Mudança de hábitos ______________________________________________________________ Mudança nas práticas ______________________________________________________________ Atividade para Casais/Atividade com Casais

• Peça aos casais casados para

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trabalharem com seus respec-tivos cônjuges e discutirem que mudanças precisam acontecer em seus respectivos casamen-tos.

• Quando terminar, peça a cada

casal casado e a cada indivíduo presente para orar e pedir a Deus para ajudá-los com qualquer mudança que neces-site ocorrer em suas vidas.

Slide 11

• A  mudança  não  é  fácil.

• Afirme  e  apoie  a  mudança  em  seu  cônjuge.

• Lembre-­‐se  que  a  mudança  é  resultado  de  nossa  ligação  com  Deus.

Compreendendo  a  Mudança

A mudança não é fácil. A mudança não é fácil. Muitas das mu-danças discutidas e escritas acima têm a ver com hábitos e práticas que aju-dam a formar bons caracteres. Pensar sobre a necessidade de mudar pode desencorajar muitos. Porém, El-len White nos lembra: “Cristo, porém, não nos deu garantia alguma de que é fácil alcançar perfeição de caráter. […] O caráter nobre é ganho por esforço individual mediante os méritos e a gra-ça de Cristo” (Refletindo a Cristo, p. 290). É bom enfatizar para experimentar a mudança, precisamos ter esforço indi-vidual, assim como a graça capacitado-ra de Cristo. Afirmar e apoiar a mudança em seu cônjuge. Os cônjuges precisam apoiar-se mutu-amente em seus esforços para mudar. É bom ter o apoio da pessoa que amamos. Muitas vezes isso não acon-tece. Um dos cônjuges pode decidir mudar um hábito e o outro cônjuge pode ou sabotar a iniciativa ou esperar até que haja uma recaída. Então, ele faz declarações como: “Eu sabia que você não seria capaz de fazer isso”.

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Convidamo-los para apoiar um ao outro em seus esforços para crescer e reformar. O sábio Salomão declara: “Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu tra-balho. Porque se um cair, o outro le-vanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante” (Eclesias-tes 4:9-10). Lembre-se que a mudança é um re-sultado de nossa conexão com De-us. Ellen White declara: “Não é o poder humano, mas o divino, que opera a transformação do caráter” (Atos dos Apóstolos, p. 274).

Slide 12

“Não é o poder humano, mas o divino, que opera a transformação do caráter”

(Atos dos Apóstolos, p. 274).

Conclusão

CONCLUSÃO Quando a igreja insta o reavivamento para cada membro, os cônjuges pre-cisam apoiar uns aos outros de modo que nenhum membro ou casal perca as bênçãos. Quando isso acontece, não só a igreja será reformada, mas os casamentos na igreja também serão o recipiente da reforma.

Referências White, E. G. (1911). Atos dos Apóstolos. Boise, ID: Pacific Press Publishing Association. White, E. G. (1954). Orientação da criança. Hagerstown, MD: Review and Herald Publishing

Association. White, E. G. (1941). Parábolas de Jesus. Hagerstown, MD: Review and Herald Publishing

Association.

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White, E. G. (1897). Healthful living. Battle Creek, MI: Medical Missionary Board. White, E. G. (1986). Mensagens Escolhidas, v. 1. Hagerstown, MD: Review and Herald

Publishing Association. White, E. G. (1902, February). The need of a revival and a reformation. The Advent Review

and Sabbath Herald, 79 (8), p. 1. Compiled in Selected messages, book 1. (1986). Hagerstown, MD: Review and Herald Publishing Association.

White, E. G. (1895, March). Recount God’s dealings. The Advent Review and Sabbath Her-

ald, 72 (12) p. 2. Complied in Evangelism. (1946). Hagerstown, MD: Review and Herald Publishing Association.

White, E. G. (1956). O Lar Adventista. Hagerstown, MD: Review and Herald Publishing As-

sociation. White, E. G. (1940). O Desejado de Todas as Nações. Nampa, ID: Pacific Press Publishing

Association. White, E. G. (1888). O grande conflito: Entre Cristo e Satanás. Boise, ID: Pacific Press Pub-

lishing Association. Pedro Iglesias, Mestre em Ciências Humanas, é o Diretor de Família da Divisão Interamericana.

Page 43: Familias se consagrando

Minisseminário:  Discipulando  Famílias  para  Cristo:  Crianças  no  Discipulado      

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Discipulando Famíl ias para Cristo: Crianças no Discipulado

Por Don MacLafferty

Discipulando  Famílias  para  Cristo

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Minisseminário:  Discipulando  Famílias  para  Cristo:  Crianças  no  Discipulado      

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Slide 1 Discipulando Famílias para Cristo

Discipulando Famílias para Cristo - 50 Minutos

Slide 2 Atividade

Formar  equipes  de  dois.

Compartilhar  um  lugar  favorito  ao  qual  você  tenha  levado  um  

membro  da  família.

POR QUÊ – 5 minutos Atividade: Cada pessoa desenha o contorno de seu pé num pedaço de papel. Marque o contorno do pé com o nome de um lugar favorito aonde você levou um membro da família. Todos se dividem em pares por dois minutos e compartilham por que seu lugar favorito era especial. • Diga: “Assim como cada um de nós tem lugares especiais, onde os nossos pés nos levaram, Jesus tem um lugar especial aonde Ele quer nos levar – o Céu. Nossa jornada ao longo do caminho é nossa aventura pessoal de discipulado”.

Page 45: Familias se consagrando

Minisseminário:  Discipulando  Famílias  para  Cristo:  Crianças  no  Discipulado      

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Slide 3 Por  que  precisamos  fazer  do  

discipulado  de  nossos  filhos  uma  alta  prioridade  AGORA?

51% +

O QUE & COMO – 35 minutos Pergunte aos participantes se eles po-dem adivinhar o que o número repre-senta. Uma pesquisa atual do Value Genesis e do Dr. Roger Dudley (Why Our Teen-agers Leave the Church – Por que os nossos adolescentes deixam a igreja) revela que a Igreja Adventista do Sétimo Dia na América do Norte está perdendo mais de 50% dos nossos jovens adventistas até eles atingirem seus 20 anos. (Dê estatísticas do seu próprio país/área do mundo se você as tiver).

Slide 4 Por  que  precisamos  fazer  do  

discipulado  dos  nossos  filhos  uma  alta  priorirdade  AGORA?

36 / 52

36 é a idade média da população dos Estados Unidos. 52 é a idade media da população da Igreja Adventista do Sétimo Dia na América do Norte (Innovation, 2006).

Slide 5 Por  que  precisamos  fazer  do  

discipulado  de  nossos  filhos  uma  alta  prioridade  AGORA?

0-13

De acordo com a pesquisa de George Barna, a janela “mágica” para decisões seguras por Jesus Cristo é do nasci-mento aos treze anos de idade. Con-siderando toda a extensão de vida de uma pessoa, ela é mais aberta a aceitar Jesus no transcurso deste breve período de vida. (Barna, 2003, p. 18, 24, 47).

Page 46: Familias se consagrando

Minisseminário:  Discipulando  Famílias  para  Cristo:  Crianças  no  Discipulado      

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Slide 6

O que está faltando?

Muitas vezes, está faltando para os nossos filhos: • um relacionamento pessoal com Je-sus Cristo • a certeza da salvação • tempo diário a sós com Deus • uma base bíblica para a sua fé • a alegria de usar seus dons em adoração, ministério e missão • a alegria de discipular seus amigos para Jesus

Slide 7

Deus  tem  sonhospara Suas famílias!

Deus revelou Seus sonhos para as nossas famílias em Sua Palavra.

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Minisseminário:  Discipulando  Famílias  para  Cristo:  Crianças  no  Discipulado      

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Slide 8 Quais  são  os  sonhos  de  Deus  para  as  famílias?

Atos  2:17“E  acontecerá  nos  últimos  dias,  diz  o  

Senhor,  que  derramarei  do  meu  Espírito  sobre  

toda  a  carne;  e  os  vossos  filhos  e  as  vossas  filhas  profetizarão,  os  vossos    mancebos  terão  visões,  os  vossos  anciãos  terão  

sonhos.  

Convide os participantes para lerem Atos 2:17 em uníssono. Saliente que Pedro está citando Joel 2. Pergunte: “Qual é o sonho de Deus para as famílias?” • Cheios do Espírito Santo • Profetizarem • Os jovens terem visões e os velhos terem sonhos • É tempo para nós experimentarmos essas coisas juntos

Slide 9 Quais  são  os  sonhos  de  Deus  para  as  famílias?

Malaquias  4:5,6

“Eis  que  eu  vos  enviarei  o  profeta  Elias  […]  E  ele  converterá  o  coração  dos  pais  aos  filhos,  e  o  coração  dos  filhos  a  seus  

pais  [...]”  

Convidar os participantes a lerem Malaquias 4:5, 6 em uníssono. Pergunte: “Qual é o sonho de Deus para as famílias?” • pais e mães cujos corações são atra-ídos para seus filhos • os corações dos filhos são atraídos aos seus pais

Slide 10 A  Família MacLafferty

Contar resumidamente a história do pastor Don MacLafferty’s: Em 1999, Don não estava investindo tempo indi-vidualmente com seus filhos. Sua vida estava focada no que Deus estava fazendo na igreja em vez de no que Deus estava anelando fazer em seu lar. • Jovem pastor em projeto de con-strução de igreja. • Noite de inverno – chegou a casa para o jantar, em seguida saiu para a reunião da comissão da construção. • Disse: “Tchau!” – Julie e Jason (idades 3 e 7) gritaram: “Pai, fique em casa conosco”. • “Não posso ficar. Eu fiz uma promes-

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sa. Tenho que ir.” • Eles se agarraram ao pescoço de Don, chorando: “Papai, você nunca brinca conosco”. • Don soltou os dedinhos dos filhos do seu pescoço, disse adeus e saiu. • Quando ele estava atravessando a rua da igreja, Deus Se comunicou com ele. • Ficou em pé no meio da rua, olhando para frente e para trás da igreja ilu-minada para sua casa. • Deus disse: “Quando eu vier, não vou lhe perguntar sobre a nova igreja que você construiu. Não vou lhe perguntar quantos membros se uniram à sua igreja. Vou lhe perguntar: ‘Onde estão a Julie e o Jason?’” • Deus intimou o coração do Papai de volta aos seus filhos. • Esta experiência enviou Don em uma jornada para buscar a vontade de De-us. • Don descobriu os sonhos de Deus para seus próprios filhos e família. • A visão do programa Crianças no Discipulado estava clara para ele – a necessidade de chamar os corações dos pais de volta aos seus filhos – a necessidade de equipar os pais para serem os mentores de seus próprios filhos para cumprirem os sonhos de Deus para eles. Em 2002, Deus moveu o coração do Pastor Don para lançar o ministério Kids in Discipleship (Cri-anças no Discipulado). Considere colocar uma foto da sua própria Visão K.I.D. personalizada no que se refere a você e seus filhos.

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Slide 11 Quais  são  os  sonhos  de  Deus  para  as  famílias?Deuteronômio  6:4-­‐7

Ouve,  ó  Israel;    o  SENHOR  nosso  Deus  é  o  único  Senhor.Amarás,  pois,  ao  Senhor  teu  Deus  de  todo  o  teu  coração,  de  toda  a  tua  alma  e  de  todas  as  tuas  forças.E  estas  palavras,  que  hoje  te  ordeno,  estarão  no  teu  coração;e  as  ensinarás  a  teus  filhos,  e  delas  falarás  sentado  emtua casa  e  andando  pelo  caminho,  ao  deitar-­‐te  e  ao  levantar-­‐te.

Convide um voluntário para ler Deuter-onômio 6:4-7. Pergunte: “Qual é o sonho de Deus para as famílias?” • Os pais amarem ao Senhor com todo o seu coração. • Os filhos serem orientados por seus pais para amarem ao Senhor com todo o seu coração e obedecerem aos man-damentos de Deus.

Slide 12 Quem  Deus  chamou  para  serem    os  PRIMEIROS

discipuladores das  crianças?

PAIS

Como sabemos que o plano de Deus é de os pais orientarem seus filhos? • O Modelo de Deuteronômio diz: “sen-tado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te”.

Slide 13

A  Visão  K.I.D.:

Todas  as  crianças,  jovens  e  discípulos  da  família  

de  Jesus  Cristo!

O sonho de Deus é que os nossos fil-hos, jovens e famílias sejam Seus discípulos capacitados agora, não em algum tempo future. Kids in Disciple-ship (Crianças no Discipulado) é um ministério oferecido em igrejas locais especialmente projetado para famílias e focado nas crianças. Um Ministério K.I.D. local é uma ferra-menta para as igrejas se acostumarem a ser intencionais sobre o discipulado. Este ministério numa igreja local equi-pará os pais a primeiro crescerem co-mo discípulos eles mesmos e então discipularem seus próprios filhos. As

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famílias crescerão em seu relaciona-mento com Jesus Cristo e em sua base bíblica no movimento adventista do sétimo dia, e serão capacitadas a par-ticiparem em sua igreja local, no culto, no ministério aos outros crentes, e em missão para outros fora da nossa fé.

Slide 14 Como  as  Igrejas  Implementam  o  K.I.D.?

ORAÇÃO

Prepare  a  Igreja Equipe os Pais Discipule the  

Kids

Como as igrejas iniciam um ministério K.I.D. para as famílias e crianças de sua congregação? • As igrejas começam estabelecendo um ministério de oração com um coor-denador que recruta outros parceiros de oração para buscar a vontade de Deus para as famílias e as crianças de sua congregação local. Não podemos superestimar o valor da oração. O Es-pírito Santo está ansioso para convert-er os corações dos pais aos filhos e dos filhos aos pais. • Segundo, as equipes da igreja fre-quentam uma Universidade K.I.D. Elas voltam para casa para preparar sua igreja para receber e apoiar este min-istério de discipulado. • O próximo passo é equipar os pais para serem fabricantes de discípulos. Os pais e outros mentores aprendem a ir mais fundo em seu relacionamento com Jesus em sua própria experiência de discipulado. Então eles aprendem a como ser intencionais ao orientar seus filhos. • Por último, as crianças (juntamente

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com seus pais/mentores) são discipu-ladas para Jesus. Elas crescem num relacionamento mais profundo com Jesus. Elas aprendem a ter seu próprio tempo sozinhas com Deus. Elas aprendem as verdades de Jesus como encontradas em Sua Palavra. Elas aprendem a como compartilhar Jesus com os outros.

Slide 15 ORAÇÃO

Prepare  a  Igreja

1. Compartilhe  a  Visão  Bíblica.

2.   Pregue  uma  série  de  sermões.

Compartilhe a visão bíblica para dis-cipular as crianças, jovens e famílias – durante um sermão de sábado. (Sinta-se livre para usar esse Power Point.)

Slide 16 ORAÇÃO

Habilite  os  Pais

Implemente  o  currículo  Pegadas  para

Pais  &  Mentores.

Pegadas para Pais & Mentores é um currículo de pequenos grupos pro-jetado para doze semanas.

Slide 17 ORAÇÃO

Discipule as  Crianças

Implemente  o  currículo  Pegadas  para  Crianças.

Pegadas para Crianças é uma jornada de discipulado de uso familiar de 24 semanas que usa um currículo de pe-quenos grupos.

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Slide 18 ORAÇÃO

Prepare  a  Igreja

Habilite osPais

Discipule as  Crianças

RESULTADOS!

Quais são os resultados para pais & mentores? • Eles redescobrem o chamado de Jesus para o discipulado. • Eles orientam intencionalmente seus próprios filhos. • Eles não precisam depender de ninguém mais para conectar seus filhos a Jesus. (Conte uma história aqui.) Quais são os resultados para as famílias? • As relações familiares são fortalecid-as. • A comunicação spiritual é intensifica-da e “natural”. • Eles experimentam juntos um envol-vimento mais profundo na vida da igreja na adoração, no ministério e na missão. (Conte uma história aqui.) Quais são os resultados para as cri-anças? • As crianças estabelecem uma ligação pessoal com Jesus em tempo diário a sós com Ele. • As crianças compreendem a base bíblica para as suas crenças cristãs. • As crianças experimentam a alegria de trazer seus amigos para Jesus. (Conte uma história aqui.)

Slide 19

E  se  A  SUA  IGREJA  implementasse  

um  Ministério  K.I.D.?

SE – 10 minutos Tempo de discussão: As equipes dis-cutem o seguinte: • Se uma família em sua igreja pas-sasse por uma jornada de discipulador transformadora de vida com Jesus, como isso afetaria o lar deles? • Como o ministério K.I.D. poderia

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afetar a sua igreja? • Como isso pode afetar as vidas espirituais dos membros da igreja? Peça um ou dois comentários. Dê tem-po aos participantes para unir/compartilhar suas respostas a es-sas questões. • Peça comentários e questões.

Referências Barna, G. (2003). Transforming Children into Spiritual Champions. Ventura, CA: Regal Books. Center for Creative Ministry. (November, 2006). Innovation, 12 (19). Dudley, R. (1999). Why Our Teenagers Leave the Church. Hagerstown, MD: Review and Herald Publishing Association. Gillespie, V. B., Donahue, M. J., Boyatt, E. and Gane, B. (2004). Valuegenesis (ten years

later: A study of two generations).Lincoln, NE: AdventSource. Don MacLafferty, Mestre em Divindade, é Pastor na Associação Georgia-Cumberland e fundou o ministério Kids In Discipleship (Crianças no Discipulado) em 2002. Para mais informações sobre o Kids In Discipleship (Crianças no Discipulado), escreva para [email protected].

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Culto Famil iar: Famíl ias Se Re-consagrando

Por Willie e Elaine Oliver

Culto  Familiar:  Famílias  Se  Reconsagrando

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Slide 1 Culto Familiar:  Famílias Se  Reconsagrando  

Introdução O culto familiar tem sido um ritual ou disciplina espiritual bem estabelecida nos lares cristãos por gerações. Contudo, mais que um ritual, o culto familiar pode proporcionar uma base sólida para conectar as famílias com Deus, criando um vínculo familiar dura-douro e deixando um legado espiritual.

Slide 2 Introdução

Nossas vidas hoje são desafiadas por muitas forças que estão puxando as nossas famílias – essas forças são tão fortes como os ventos de um tornado deixando muitas famílias destruídas ou suas vidas cheias de fragmentos. Es-sas forças não vêm a nós sem expli-cação ou mesmo como uma surpresa. Desde o início da história da Terra, Satanás lançou um ataque às princi-pais instituições de Deus — a família e o sábado.

Slide 3

“Pois  não  é  contra  carne  e  sangue  que  temos  que  lutar,  mas  sim  contra  os  principados,  contra  as  potestades,  conta  os  príncipes  do  mundo  destas  trevas,  contra  as  hostes  

espirituais  da  iniquidade  nas  regiões  celestes”  (Efésios  6:12).

Leia Efésios 6:12 “Pois não é contra carne e sangue que temos que lutar, mas sim contra os principados, contra as potestades, con-tra os príncipes do mundo destas tre-vas, contra as hostes espirituais da iniquidade nas regiões celestes” (Efésios 6:12).

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Slide 4 Quais  são  alguns  dos  ataques

à  família  de  Deus  hoje?

Pergunte: Quais são alguns dos ataques à família de Deus hoje? Possíveis respostas da audiência: • Drogas e álcool • Programação questionável da tele-

visão e da internet • Casos extraconjugais • Sexo pré-marital • Divórcio • Negócios • Excesso na alimentação • Etc.

Slide 5

“Portanto  tomai  toda  a  armadura  de  Deus,  para  que  possais  resistir  no  dia  mau  e,  havendo  feito  tudo,  permanecer  firmes”  

(Efésios  6:13).

Leia Efésios 6:13. Como povo de Deus, devemos decidir ou ser varridos por esses ventos ou construir um abrigo protetor para nos-sas famílias e dirigir nossas famílias na direção certa para o abrigo. O culto familiar serve como um refúgio podero-so, armadura e proteção para nossas famílias. A oração e a leitura da Bíblia estão incluídas na armadura: comunicar-se com Deus, falar com Ele e ouvi-Lo at-ravés da oração e estudar a Bíblia. O culto familiar proporciona uma forma estruturada para as famílias estudarem a Palavra de Deus, orarem ou se co-municarem com Deus, e terem uma comunhão em conjunto. Cada família cristã tem essa armadura disponível para si.

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Slide 6

Ouve,  Israel,  o  Senhor,  nosso  Deus,  é  o  único  Senhor.  Amarás,  pois,  o  Senhor,  teu  Deus,  de  todo  o  teu  coração,  de  toda  a  tua  alma  e  de  toda  a  tua  força.  Estas  palavras  que,  hoje,  te  ordeno  estarão  no  teu  coração;  tu  as  inculcarás  a  teus    filhos,  e  delas  falarás  assentado  em  tua  casa,  e  andando  pelo  caminho,  e  ao  deitar-­‐se,  e  ao  levantar-­‐te.Também as  atarás como sinal na tua  mão,  e  te  serão por frontal  entre  os olhos.  E  as  escreverás nos umbrais de  tua  casa  e  nas tuas portas.    Deuteronômio  6:4-­‐9

Primórdios  do  Culto  Familiar

Primórdios do Culto Familiar Ouve, ó Israel; o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, ao Sen-hor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas for-ças. E estas palavras, que hoje te or-deno, estarão no teu coração; e as en-sinarás a teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te. Também as atarás por sinal na tua mão e te serão por frontais entre os teus olhos; e as escreverás nos um-brais de tua casa, e nas tuas portas” (Deuteronômio 6:4-9). Essa passagem das Escrituras é chamada de o Shemá (Deuteronômio 6:4-9). Ele está incluído no discurso de despedida de Moisés ao povo judeu. É a primeira oração ensinada a uma cri-ança judia. Muitos judeus ainda recitam o Shemá pelo menos duas vezes ao dia: uma vez de manhã e outra vez à tardinha. O Shemá também é as últi-mas palavras que um judeu diz antes da morte. Ênfase especial é dada às palavras “O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Os estudiosos judeus sugerem que o Shemá é um testemunho da soberania de Deus. É um juramento de fidelidade ao único Deus e uma declaração de fé. (Par-sons, 2010, Hebrews for Christians)

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Slide 7

• Ensinar  nossos  filhos  sobre  Deus.• Unir  nossa  família.• Pedir  proteção  para  nossas  famílias  e  

nossos  filhos.• Deixar  um  legado  espiritual.

O  propósito do  Shemá é:

Os propósitos do Shemá são: • Ensinar nossos filhos sobre Deus. • Unir nossa família. • Pedir proteção para nossas famílias

e nossos filhos. • Deixar um legado espiritual. O Shemá proporciona uma estrutura maravilhosa para o culto familiar. Ter o culto familiar é como colocar o sangue de Cristo na ombreira da porta sinali-zando que sua família pertence a Cris-to.

Slide 8 Por que Ter o  Culto Familiar?

“Pais  e  mães,  por  mais  prementes  que  sejam  vossos  afazeres,  não  deixeis  de  reunir  vossa  família  em  torno  do  altar  de  Deus.  Pedi  a  guarda  dos  santos  anjos  em  vosso  lar.  Lembrai-­‐vos  de  que  vossos  queridos  estão  sujeitos  a  tentações”    (A  Ciência  do  Bom  Viver,  p.  393).

Por que Ter o Culto Familiar? Ellen White incentivou veementemente o culto familiar. “Pais e mães, por mais prementes que sejam vossos afazeres, não deixeis de reunir vossa família em torno do altar de Deus. Pedi a guarda dos santos anjos em vosso lar. Lembrai-vos de que vossos queridos estão sujeitos a tentações” (A Ciência do Bom Viver, p. 393).

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Slide 9 Culto  Familiar  nos  Tempos  Bíblicos

• Abraão  construía  um  altar  em  todo  lugar  onde  armasse  sua  tenda.

• As  famílias  ofereciam  sacrifícios  de  animais  sobre  um  altar.  

Culto Familiar nos Tempos Bíblicos • Abraão construía um altar em todo

lugar onde armasse sua tenda. • As famílias ofereciam sacrifícios de

animais sobre um altar. Nos tempos bíblicos, o altar era feito de doze pedras que representavam as doze tribos de Israel. Um cordeiro era colocado sobre o altar e era morto, representando o Cordeiro de Deus (Je-sus) que morreria pela humanidade. Este era um lugar de culto. Era um lu-gar onde o perdão dos pecados era possível através da substituição de uma vida pelo penitente. Os altares também eram estabelecidos como memoriais, como um ato de cele-bração. Eles eram temporários e eram constantemente reconstruídos.

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Slide 10 Culto Familiar  Hoje

• Dedicar  nossas  famílias  de  manhã  e  à  noite  em  adoração

• Tempo  para  a  família

Culto Familiar Hoje • Dedicar nossas famílias de

manhã e à noite em adoração

• Tempo para a família O termo altar da família hoje é usado para se referir ao ato de reunir os membros da família para adorar. Como nos tempos bíblicos, o tempo deve ser usado para dar louvores ao Criador e lembrar nossas famílias do amor in-condicional de Deus e do grande sacri-fício que Ele fez e de que Ele “deu Seu filho unigênito…” (João 3:16), para que nós pudéssemos ter a vida eterna. O culto familiar de hoje serve como um período de comunhão e união entre os membros da família. Deve ser criativo e deve dar a todos os membros a opor-tunidade de participar desta atividade espiritual. Vamos discutir isso com mais detalhes posteriormente.

Slide 11 O  que é  Culto?

• Adoração• Reconhecer  a  Deus  como  Senhor  e  

Salvador• Obediência  a  Deus• Sacrifício  de  si  mesmo  e  de  seu  tempo• Honrar  e  exaltar  a  Deus  com  louvor,  ação  

de  graças  e  humildade• Cantar,  orar,  ler  a  Palavra  de  Deus• Refletir  sobre  a  Palavra  de  Deus

O que é Culto?

• Adoração • Reconhecer a Deus como Sen-

hor e Salvador • Obediência a Deus • Sacrifício de si mesmo e de seu

tempo • Honrar e exaltar a Deus com

louvor, ação de graças e hu-mildade

• Cantar, orar, ler a Palavra de Deus

• Refletir sobre a Palavra de De-us

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Slide 12 O  que é  o  Culto Familiar?

É  um  momento  em  que  uma  família:

• Expressa  amor  e  louvor  a  Deus  em  conjunto

• Ora  unida• Estuda  a  Bíblia• Se  confraterniza

O que é o Culto Familiar? É um momento em que uma família:

• Expressa amor e louvor a Deus em conjunto

• Ora unida o Convida a presença de

Deus em suas vidas o Pede a proteção divina o Ora pelas necessidades

dos próprios membros da família e de outras pessoas

• Estuda a Bíblia o Escutar, ler, memorizar

e refletir • Comunhão

o Tempo de vínculo da família

§ Desenvolve o apoio e o rela-cionamento in-terpessoal com os outros

Slide 13

• De  manhã  e  à  noite• Sacrifícios  devem  ser  feitos• Faça  um  planejamento

Culto Familiar...  Quando?

Quando as famílias devem ter o Cul-to Familiar?

• De manhã e à noite • Sacrifícios devem ser feitos • Faça um planejamento

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Slide 14

“Em  cada  família  deve  haver  um  tempo  determinado  para  os  cultos  matutino  e  vespertino.  Que  apropriado  é  os  pais  reunirem  os  filhos  em  redor  de  si,  antes  de  quebrar  o  jejum  […]  Que  adequado,  também,  em  chegando  a  noite,  é  reunirem-­‐se  uma  vez  mais  em  Sua  presença,  pais  e  filhos,  para  agradecer  as  bênçãos  do  dia  findo?”  (Orientação  da  Criança,  p.  519).  

Leia as citações de Ellen White. “Em cada família deve haver um tempo determinado para os cultos matutino e vespertino. Que apropriado é os pais reunirem os filhos em redor de si, antes de quebrar o jejum […] Que adequado, também, em chegando a noite, é re-unirem-se uma vez mais em Sua presença, pais e filhos, para agradecer as bênçãos do dia findo?” (Orientação da Criança, p. 519). Quando ter um culto familiar depende das circunstâncias de cada família. Cada família deve rever os horários da família e determinar um tempo definido para o culto da manhã e/ou da noite. O culto familiar proporciona um fórum para a união familiar; é um momento em que pensamentos, ideias, pre-ocupações e valores espirituais podem ser compartilhados.

Slide 15 Ideias  para  o  Culto  Familiar

• Mantenha-­‐o  simples.• Torne-­‐o  curto  e  agradável.• Faça-­‐o  apropriado  para  a  

idade.• Seja  criativo.• Use-­‐o  como  um  momento  

para  compartilhar.

Ideias para o Culto Familiar • Mantenha-o simples. • Torne-o curto e agradável. • Faça-o apropriado para a idade. • Seja criativo. • Use-o como um momento para

compartilhar.

Há muitas formas de ter o culto familiar — sendo os propósitos principais conectar-se a Deus como uma família e transmitir um legado espiritual. Lem-bre-se de considerar os estágios de desenvolvimento de cada membro da família e de prover seu culto ao mem-bro mais novo da família. Mesmo se as mensagens são simplificadas, todos

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ainda se beneficiam. • No mundo ocupado de hoje, fazer um compromisso para ter o culto familiar pode parecer como uma tremenda tarefa. Contudo, a promessa de suces-so é encontrada em Filipenses 4:13 — “Posso todas as coisas naquele que me fortalece.” Confie em Deus e veja-O abençoar sua família além do que você jamais poderia imaginar.

Slide 16

Atividade

Atividade: Divida o seu público em grupos de quatro a seis pessoas. Cada grupo deve escolher um líder de grupo/secretário (alguém para anotar as ideias). Dê quinze minutos para cada grupo refletir e registrar ideias criativas para o culto familiar por etapas:

• Crianças de um a três anos/pré-escolares

• Infância • Adolescência • Faculdade/jovens adultos • Terceira idade • Permita que os grupos com-

partilhem suas ideias.

Referências Gillespie, V. B., Donahue, M. J., Boyatt, E. and Gane, B. (2004). Valuegenesis (ten years

later: A study of two generations).Lincoln, NE: AdventSource. Parsons, J. J. (2011). Hebrews for Christians, The shema. Retrieved September 26, 2011

from http://www.hebrew4christians.com/Scripture/Torah/The_Shema/the_shema.html

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White, E. G. (1954). Child guidance. Hagerstown, MD: Review and Herald Publishing Asso-ciation.

White, E. G. (1942). Ministry of healing. Nampa, ID: Pacific Press Publishing Association. Willie Oliver, PhD, e Elaine Oliver, MA, são diretores do Departamento do Ministério da Família na Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

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Histórias  para  Crianças  –        

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Histórias para as Crianças O Canário

Por Lidia Stolyar Recurso visual recomendado: Um canário de brinquedo ou um pássaro amarelo e uma gaiola. Quando Letícia tinha doze anos, ela recebeu um presente. Um canário! Ela ficou muito feliz e passou o dia inteiro ao lado da gaiola ouvindo o canário cantar. Letícia chamou o passari-nho de Dick. A menina sentia pena de deixar o canário o tempo todo preso na gaiola e assim permitia-lhe voar de vez em quando. Porém, certo dia a ave voou pela janela e nunca mais voltou para sua gaiola. Letícia ficou muito triste e continuou procurando por ele. Ela o buscou em todas as partes, mas em vão. Não conseguiu encontrá-lo. Certa manhã, uma vizinha que sabia do desaparecimento do canário chamou Letícia e disse que acreditava saber onde Dick estava. Ela a levou até o poço, então levantaram a tampa e olharam para dentro. Somente se via escuridão e estava muito frio. ― Ouça! ― a vizinha disse. Letícia ficou atenta e ouviu uns piados. ― É o Dick! Ele está aqui! Precisamos resgatá-lo! ― Letícia gritou enquanto corria para chamar seu pai. ― Papai, o Dick está no poço! Ajuda-me a tirá-lo de lá! ― Acho que isso é impossível ― o pai respondeu. ― Não tenho uma escada sufi-cientemente comprida. ― Mas não podemos deixar o Dick lá no poço! Papai, permita-me descer no balde e então poderei pegá-lo! ― Letícia chorou. ― Você não pode entrar no poço, querida. É muito perigoso ― o pai respondeu. ― Mas eu tenho de tentar ― Letícia insistiu. ― A coisa certa a fazer é tentar salvar o Dick. Ela seguiu insistindo até persuadir seu pai. Por fim, ele a acompanhou até o poço. ― Você está segura de que pode fazer isso? ― o pai perguntou. ― Sim, sim! Eu posso. Ouça, o Dick está chamando por mim.

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Histórias  para  Crianças  –        

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Letícia entrou no balde. O pai amarrou a corda bem firme ao redor de sua filha e do balde para que ela não caísse e então lentamente baixou a menina no poço. ― Dick! Dick! ― Letícia seguiu chamando. Por fim, viu uma ave empoleirada sobre um tijolo na lateral do poço. Ela estendeu a mão e o agarrou. ― Eu peguei o Dick, papai! Por favor, faça-me subir. Cuidadosamente, com mãos trêmulas, o papai a puxou para a luz do sol. Ele ficou muito admirado com a coragem da menina! Abraçou-a e beijou-a. ― Você ficou com medo? ― o pai perguntou. ― Claro que não, papai! Eu sabia que você estava segurando a corda. ― Fico muito feliz por saber que você confia em mim. Eu quero que você confie no Pai Celestial assim como confiou em mim. Deus sempre nos segura firmemente em Suas mãos e, portanto, podemos confiar nEle, não importa o que aconteça em nossa vida. Ele nunca nos abandonará. Oração: Querido Jesus, muito obrigado por me amares e também as aves. Ajuda-me a confiar em Ti com todo meu coração e a me lembrar de que posso sempre de-pender de Ti e da Tua ajuda. História adaptada de Maxwell, A. (1964). “A Brave Little Girl,” Uncle Arthur’s Bedtime Stories, vol. 5. Washington, D. C.: Review and Herald. Lidia Stolyar é a Diretora do Ministério da Família na Divisão Euro-Asiática.

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Pegando o Presente  Por Claudio e Pamela Consuegra Esta história coincide com o sermão: Agarra minha mão, Senhor. Recurso visual recomendado: Brinquedo colocado num lugar alto, difícil de ser al-cançado antes da história para as crianças. Um voluntário adulto –  alguém suficien-temente alto para alcançar o presente fora de alcance. Gostaria de dar um presente a alguém. Preciso de alguém que pensa que conse-gue pular bem alto. Quem quer tentar? (Escolha um voluntário.) Vou deixar você “praticar alguns pulos”. (Permita que o voluntário dê 2 ou 3 saltos de prática.) (Aponte para o presente que não pode ser alcançado.) Agora que você praticou seus saltos, vamos ver se consegue sal-tar suficientemente alto para alcançar o presente? (Sem dúvida a criança tentará, mas não conseguirá pegá-lo.) Gostaria de apresentar-lhe a um amigo meu. (Chame o adulto voluntário para vir à frente e apresente-o à criança que se ofereceu como voluntária.) Diga a ela: Se você pedir a ajuda para o meu amigo, ele poderá ajudá-la a pegar o presente. (Peça ao seu amigo para erguer a criança o mais alto possível para que consiga al-cançar o presente.) Pergunte às crianças: Por que vocês acham que [mencione o nome da criança] não conseguiu alcançar o presente sozinho(a)? (Deixe algumas crianças responderem.) A Bíblia nos diz que somos “pequenos”: “pois todos peca-ram e carecem da glória de Deus” (Ro-manos 3:23). Eu tenho um Amigo chama-do Jesus, que ficará feliz de ajudar todos vocês a alcançarem a vida eterna; e as-sim como foi tão fácil para (nome da cri-ança) pedir ajuda para o(a) [nome do vo-luntário], vocês podem pedir a Jesus para

ajudá-los a alcançarem o presente da vida eterna. Tudo o que vocês têm de fazer é pedir-Lhe –  simples assim! O presente da vida eterna é a dádiva es-pecial de Deus prometida a todos os que Lhe obedecem e O adoram. Quando te-mos a vida eterna, significa que vivere-mos com Jesus eternamente. Quando você voltar para casa hoje, peça ao papai, à mamãe ou a outro adulto para lhe con-tar mais a respeito do presente da vida eterna que Deus nos deu. Oração: Querido Jesus, obrigado por nos ajudar a subirmos suficientemente alto para recebermos o presente da vida eterna. Obrigado por Seu perdão e por Seu amor. Amém. Claudio Consuegra, MDiv (c), e Pamela Consuegra, PhD (c ). Os Consuegras são diretores do Ministé-rio da Família da Divisão Norte-Americana.

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Histórias  para  Crianças  –        

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A Pequena Guerreira de Oração de Cuba

 Por Linda Koh Recurso visual recomendado: Imagem de uma garotinha cantando e/ou hinário das crianças. Patrícia, de Cuba, era uma linda menina quando nasceu. Seus cabelos eram lon-gos e reluzentes e seus olhos, brilhantes. Ela gostava muito de cantar sobre Jesus. Sua linda voz muitas vezes inundava sua casa e a igreja quando ela cantava muitos dos hinos que aprendeu na Escola Saba-tina. Certo dia, enquanto Patrícia estava brin-cando, subitamente ela começou a sentir uma grande dor por todo o corpo todo. Ela ficou assustada e começou a pensar o que estava acontecendo com o seu corpo. Ela nunca havia sentido isso antes.

― Mamãe, mamãe, está doendo muito! Me ajude, me ajude ― gritou Patrí-cia sem poder se conter. ― Querida, o que está acontecen-do? Vou passar um pouco de óleo em você e levá-la imediatamente ao médico ― a mamãe respondeu enquanto tentava consolar Patrícia. Na manhã seguinte, a Sra. Abreu levou sua filha Patrícia para o hospital. Pareceu um dia muito longo no hospital porque Patrícia teve que passar por vários exa-mes.

― Sinto muito dizer-lhe, senhora ― o médico começou. ― Sua filha sofre

de uma doença muito rara, chamada pe-riarterite nodosa ― ele continuou.

― Que doença é essa? O que acontecerá com Patrícia? ― a mamãe perguntou triste. ― Isso não é justo com a minha filhinha. ― Eu realmente sinto muito ― o médico respondeu. ― Ocorre apenas com uma criança em milhares. ― Os vasos sanguíneos dela fica-rão inflamados, o que lhes fará inchar. Então ela sempre terá muitas dores ― o médico explicou cuidadosamente. Por várias semanas, a mamãe chorou muito, e Patrícia podia ver a tristeza no rosto dela. Mas certo dia a mamãe ficou surpresa quando Patrícia a chamou. ― Mamãe, vamos orar e pedir a Jesus para me curar? ― ela pediu insis-tentemente. ― Sei que Ele vai me curar. ― Sim, filhinha, Jesus sempre nos ouve! ― a mamãe respondeu confiante. Patrícia orou diariamente a Jesus. Ela sabia que Ele a amava e que a curaria de acordo com Sua vontade. Havia dias que ela não se sentia bem, mas em outros se sentia ótima. Porém, seguia sofrendo mui-

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Histórias  para  Crianças  –        

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tas dores. Isso não a fez desanimar, pois encontrou outro segredo para estar feliz! ― Mamãe, podemos ir para a igre-ja hoje à noite para eu participar da “Hora da História”? ― Patrícia pediu animada. ― Minha irmã disse que poderíamos aprender muito mais a respeito da Bíblia ― ela continuou. ― Claro, querida, mas você acha que vai aguentar? Você terá de ficar sen-tada por mais de uma hora ― a mamãe respondeu preocupada. ― Eu ficarei bem, mamãe! Jesus vai cuidar de mim enquanto eu estudo a Sua Palavra ― sorriu Patrícia. Patrícia ficou feliz de orar a Jesus e de encontrar os versos bíblicos e lê-los na Bíblia sempre que podia. Quando ela se sentia melhor, acompanhava a mamãe e sua irmã mais velha para a “Hora da His-tória” e também, a cada semana, estuda-va a Bíblia no pequeno grupo em sua casa. ― Eu amo as histórias da Bíblia. Elas me falam do amor de Deus e de Seu plano para mim! ― Patrícia disse radian-te. Sua saúde seguiu piorando e a família teve de levá-la para um hospital melhor, em Havana, capital de Cuba. Ela ficou internada por dias, semanas e meses. Sua família sente muita tristeza por vê-la

sofrer tanto e por ela não poder de fato desfrutar sua infância. ― Eu amo Jesus e gosto muito de cantar para Ele ― Patrícia diz fervorosa-mente. ― Isso me faz feliz e aos outros também. Eu também oro muito a Ele por outras crianças que estão doentes como eu ― continuou Patrícia com alegria em sua face. ― Na verdade, eu conheço Je-sus melhor quando oro a Ele e também leio a Bíblia. Hoje, Patrícia continua orando e estudan-do a Bíblia, cantando lindamente na igreja enquanto aguarda a vinda de Jesus para ser totalmente curada de sua enfermidade e dores! Ela encontra paz e alegria ao se Consagrar a Jesus” Oração: Querido Jesus, obrigado por ouvir mi-nhas orações. Obrigado por tornar-me especial. Ajuda-me a sempre confiar em Ti e a ter fé no Senhor. Amém. Linda Koh, EdD, é direto-ra do Ministério da Crian-ça da Associação Geral dos Adventistas do Séti-mo Dia, em Silver Spring, MD.

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Materiais e Sermões para Liderança:

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Materiais e Sermões para a Lideran-ça

Fazer Discípulos da Famíl ia para Cristo: Famíl ia por Famíl ias

Por Barna Magyarosi Esta apresentação de PowerPoint é uma visão geral do Plano Estratégico Evangelístico Famílias por Famílias. Este programa prepara as famílias para um testemunho eficaz e para ajudar a desenvolver a família de Deus. Os slides do PowerPoint contêm as informações desta apresentação. Se a sua igreja local quiser mais informações sobre implementar este programa, por favor, envie suas questões para: family.adventist.org.

Slide 1

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Materiais e Sermões para Liderança:

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Slide 2

• É  um  projeto  que  fortalece  as      famílias  adventistas  envolvendo-­‐as  no  testemunho  para  os  outros.

• Ele  destaca  a  importância  da  oração  intercessora.  

• Ele  se  destina  a  se  tornar  o  estilo  de  vida  de  cada  família  adventista.

• Visa  tornar  a  família  o  centro  das  atividades  evangelísticas  em  nossas  igrejas.    

• Seu  objetivo  principal  é  atender  as  necessidades  dos  vários  faixas  etárias  que  vão  desde  a  infância  até  a  idade  adulta.

Slide 3

“Em  visões  da  noite,  passaram  perante  mim  representações  de  um  grande  movimento  de  reforma  entre  o  povo  de  Deus.  Muitos  estavam  louvando  a  Deus.  Os  enfermos  eram  curados  e  outros  milagres  eram  realizados.  Viu-­‐se  um  espírito  de  intercessão  tal  como  se  manifestou  antes  do  grande  dia  de  Pentecostes.  Viam-­‐se  centenas  e  milhares  visitando  famílias  e  abrindo  perante  elas  a  Palavra  de  Deus.  Os  corações  eram  convencidos  pelo  poder  do  Espírito  Santo,  e  manifestava-­‐se  um  espírito  de  genuína  conversão.  Portas  se  abriam  por  toda  parte  para  a  proclamação  da  verdade.  O  mundo  parecia  iluminado  pela  influência  celestial.  Grandes  bênçãos  eram  recebidas  pelo  fiel  e  humilde  povo  de  Deus.  Ouvi  vozes  de  ações  de  graças  e  louvor,  e  parecia  haver  uma  reforma  como  a  que  testemunhamos  em  1844.”  Testemunhos,  Vol.  9,  p.  126

Slide 4

• “Nas  mensagens  do  primeiro  e  do  segundo  anjos,  assim  se  fez  a  obra.  Homens  e  mulheres  eram  movidos  a  examinar  as  Escrituras,  e  chamavam  a  atenção  de  outros  para  as  verdades  reveladas.  Foi  o  trabalho  pessoal  em  favor  de  indivíduos  e  de  famílias  que  deu  a  essas  mensagens  seu  admirável  êxito. ”  Evangelismo,  p.  435.

• “A  apresentação  de  Cristo  em  família,  e  em  pequenas  reuniões  em  casas  particulares,  é  muitas  vezes  mais  bem-­‐sucedida  em  atrair  almas  para  Jesus,  do  que  sermões  feitos  ao  ar  livre,  às  multidões  em  movimento,  ou  mesmo  em  salões  e  igrejas.”  Evangelismo,  p.  436.

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Slide 5

• “Sempre  que  vos  for  possível  ter  acesso  ao  povo  em  seu  lar,  aproveitai  a  oportunidade.  Tomai  a  Bíblia,  e  exponde-­‐lhes  as  grandes  verdades da  mesma.  Vosso  êxito  não  dependerá  tanto  de  vosso  saber  e  consecuções,  como  de  vossa  habilidade  em  chegar  ao  coração  das  pessoas.”  Evangelismo,  p.  436.

• “Há  a  fazer  nesse  sentido  uma  obra  que  ainda  não  se  fez.  Ensinem  os  obreiros  de  Deus  a  verdade  nas  famílias,  aproximando-­‐se  bem  daqueles  por  quem  trabalham.  Caso  eles  assim  cooperem  com  Deus,  Ele  os  revestirá  de  poder  espiritual.  Cristo  os  guiará  em  seu  trabalho,  entrando  nas  casas  do  povo  juntamente  com  eles,  e  dando-­‐lhes  palavras  que  penetrarão  profundamente  no  coração  dos  ouvintes.  O  Espírito  Santo  abrirá  corações  e  mentes  para  receberem  os  raios  vindos  do  manancial  de  toda  luz.”  Evangelismo,  p.  436.

Slide 6

Três fases:

Preparação Amizade Integração

Slide 7

ü Cada famíliaescolheuma outra,  ou váriasoutrasfamílias

ü Formuláriode  Inscrição

ü Um  diaespecial  de  jejum e  oração

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Slide 8

Slide 9

Slide 10

ü Cada famíliaescolheuma outra,  ou váriasoutrasfamílias

ü Formuláriode  Inscrição

ü Um  diaespecial  de  jejum e  oração

ü Oraçãointercessora

ü Devocionalespecial

ü Sermõesespeciais

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Slide 11

Slide 12

Três fases:

Preparação Amizade Integração

Slide 13

ü Cada famíliaescolheuma outra,  ou váriasoutrasfamílias

ü Formuláriode  Inscrição

ü Um  diaespecial  de  jejum e  oração

ü Oraçãointercessora

ü Devocionalespecial

ü Sermõesespeciais

ü Convite p/  umarefeição

ü Visitar as  famílias

ü Entregar os4  folhetos

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Slide 14

SOLIDÃO

Slide 15

Slide 16

ü Cada famíliaescolheuma outra,  ou váriasoutrasfamílias

ü Formuláriode  Inscrição

ü Um  diaespecial  de  jejum e  oração

ü Oraçãointercessora

ü Devocionalespecial

ü Sermõesespeciais

ü Convite p/  umarefeição

ü Visitar as  famílias

ü Entregar os4  folhetos

ü Convitepara igreja :  “Dia dos  Amigos  da    Esperança”  

ü ConviteparaPequenosGrupos de  estudo

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Slide 17

ü Cada famíliaescolheuma outra,  ou váriasoutrasfamílias

ü Formuláriode  Inscrição

ü Um  diaespecial  de  jejum e  oração

ü Oraçãointercessora

ü Devocionalespecial

ü Sermõesespeciais

ü Convite p/  umarefeição

ü Visitar as  famílias

ü Entregar os4  folhetos

ü Convitepara igreja :  “Dia dos  Amigos  da  Esperança”  

ü ConviteparaPequenosGrupos de  estudo

ü Convitepara Igreja(Natal)

Oração intercessora continua!!!

Slide 18

Três Fases:

Preparação Amizade Integração

Slide 19

• Todos departamentos da igrejaficam alinhados,  unidos e  focados no  mesmo objetivo:– Encontros de  Pais– Seminários de  Vida  Familiar– Curso de  Noivos– Programas para Adolescentes– Programas para Solteiros– Programas para Mulheres

• Para  este  fim  eles  vão  planejar  eventos  intencionais  tendo  em  conta  a  faixa  etária  dos  membros  da  família

• Todos  os  eventos  realizados  durante  todo  o  ano  estarão  incluídos  no  calendário  da  igreja

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Slide 20

ü Diferentesatividadesna igrejalocal

ü Evangelismopúblico

ü Semana de  Oração da  Família

ü Atividadessociaisespecíficasde  acordocom  a  faixaetária

ü Grupos de  estudo da  Bíblia

ü DomingosEspeciaispara as  Famílias

ü Usar  os  dias  especiais  de  Páscoa  para  fortalecer    relacionamentos

ü Envolver as  famíliasnovas  no  mesmoprocesso

Slide 21

1.• Todas  as  famílias  na  igreja  orando  por,  pelo  menos,  uma  família.

2.• Todas  as  famílias  na  igreja  se  revelando  para  a  família  alvo  e  descobrindo  se  eles  têm  algum  pedido  especial  de  oração.

3.• Todas  as  famílias  na  igreja  visitando  e  distribuindo  um  folheto  por  semana.  

4.

• Todas  as  famílias  na  igreja  convidando  as  famílias  alvo  para  compartilhar  uma  refeição  em  sua  casa,  e  também  oferecendo  o  livro  missionário  do  ano  e  convidando-­‐os  para  assistir  a  um  estudo  na  semana  de  Natal  em  pequenos  grupos.  

5.

• Nos  meses  restantes  do  ano,  os  departamentos  da  igreja  trabalharão  para  satisfazer  as  principais  necessidades  dessas  famílias  enquanto  as  famílias  intercessoras  oferecem  estudos  bíblicos.  

6.

• Os  líderes  dos  departamentos  e  os  líderes  dos  pequenos  grupos  se  reúnem  regularmente  para  satisfazer  as  necessidades  dessas  famílias,  para  avaliar  o  projeto  e  realizar  quaisquer  mudanças  necessárias.

Esta apresentação é baseada em um programa produzido na União Centro Oeste Brasileira e coordenado pelo Pastor Jair Góis, Pastor Ministerial e Diretor do Ministério da Família. Barna Magyarosi, é o Diretor de Ministério da Família para a Divisão Euro-Africana.

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Reavivamento e Reforma nos Rela-cionamentos

Por David e Beverly Sedlacek

Desde sua recente eleição como Presidente da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, Ted Wilson enfatizou veemente e repetidamente a necessidade de reaviva-mento e reforma na igreja. Seu chamado foi seguido de um compromisso e apelo pelo reavivamento e reforma no Concílio Anual de 2010, realizado em Silver Spring, Maryland (Adventist World, janeiro de 2011, p. 9). Foi reanimador ler na mesma edição: “O amor de Cristo controlava cada aspecto da vida dos discípulos e os levava a um compromisso apaixonado pelo Seu serviço” (p. 17). Com muita frequência, quando havia apelos para o reavivamento e a reforma no passado, o resultado era a ênfase na piedade pessoal e na oração, presumivelmente levando à perfeição pessoal. Esse tipo de reavivamento e reforma pessoal não resultava em um amor apaixonado por Cristo, tampouco pelas pessoas a quem Ele veio salvar. Antes, resultava num foco no eu que paralisava em vez de mobilizar a igreja.

Como podemos responder a esse chamado mais recente e urgente por reavivamen-

to e reforma de uma forma que vai verdadeiramente marcar o começo do derramamento da chuva serôdia do Espírito Santo? Sugerimos que o trabalho do reavivamento e da reforma deve ser pessoal e relacional em seu foco. Considere a seguinte declaração do livro Atos dos Apóstolos, p. 37:

Pondo de parte todas as divergências, todo o desejo de supremacia, uniram-se em íntima comunhão cristã. [...] A tristeza lhes inundava o coração ao se lembrarem de quantas vezes O haviam mortificado por terem sido tardos de compreensão, falhos em entender as lições que, para seu bem, estivera buscando ensinar-lhes. [...] Os discípulos sentiram sua necessidade espiritual, e suplicaram do Senhor a santa unção que os devia capacitar para o trabalho de salvar almas.

A partir dessa citação, podemos concluir que antes da experiência no aposento su-

perior, havia diferenças contenciosas entre os discípulos. Um desejo de supremacia, falta de proximidade no companheirismo cristão, lentidão para compreender, fracasso em com-preender as lições de Cristo e nenhum sentimento de necessidade de mudança.

Para pôr essas questões no contexto, destacamos o fracasso dos discípulos de se

humilharem na festa da Páscoa, ao se recusarem a lavar os pés uns dos outros. Jesus disse a Pedro:

“‘O que eu faço não o sabes agora; compreendê-lo-ás depois'. [...] Depois de lhes ter lavado os pés, tomou as vestes e, voltando à mesa, perguntou-lhes: Com-preendeis o que vos fiz? Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem; porque eu o sou. Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como

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eu vos fiz, façais vós também. Em verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do que seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou. Ora, se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes” (João 13:7; 12-17).

Claramente os discípulos não compreenderam o que Jesus estava dizendo naquela

ocasião. Eles primeiro compreenderam mal a natureza do reino de Deus e estavam em busca da glória pessoal. Então não ficaram satisfeitos com apenas fazer parte do reino de Deus. Eles queriam ser os primeiros ou os maiorais no reino de Deus.

Pouco depois da última ceia, Jesus estava explicando aos Seus discípulos que Ele

iria morrer e que eles não poderiam segui-Lo. Pedro respondeu: “Senhor, por que não pos-so seguir-te agora? Por ti darei a própria vida” (João 13:37).

Jesus desconcertou a afirmação de Pedro ao predizer que em breve ele O negaria.

Comentando essa experiência de fracasso de Pedro, Ellen White afirma: Quando Pedro disse que seguiria seu Senhor à prisão e à morte, era sincero em ca-da palavra proferida; mas não se conhecia a si mesmo. Ocultos em seu coração havia elementos de mal que as circunstâncias fariam germinar. [...] O Salvador viu nele um amor-próprio e segurança que sobrepujariam mesmo o amor de Cristo. [...] A solene advertência de Cristo era um chamado a exame de coração. (O Desejado de Todas as Nações, p. 673). Este comentário apresenta vários elementos importantes que operam contra o

reavivamento e a reforma. Primeiro, em nossa oração pessoal e corporativa e em nossa vida devocional, fazemos declarações imponentes de nosso amor a Jesus, de nossa confi-ança nEle e do compromisso de amar uns aos outros, e realmente esse é o nosso desejo. Mas assim como a afirmação em João 2:24, devemos ter um saudável cepticismo quanto à nossa capacidade e dos outros de fazer o que dizemos e de cumprir a promessa feita a Deus. Ellen White sugere que “Suas promessas e resoluções são como cordas de areia” (A Ciência do Bom Viver, p. 175).

Segundo, assim como Pedro, nós também de fato não nos conhecemos. Há coisas

ocultas em nosso coração que desconhecemos, que nos levam a amar a nós mesmos ain-da mais do que amamos a Jesus. A dedicação de Pedro era óbvia. Ele deixou tudo para seguir a Jesus: sua profissão, seu lar, sua família. Porém, não compreendia o verdadeiro motivo para fazer esses sacrifícios.

Por que não compreendemos a nós mesmos? Por que não entendemos nossa for-

ma de agir? Visto que desejamos que nosso egoísmo seja substituído por nosso amor a Jesus, essa realidade nos ilude, a despeito de servirmos a Deus por muitos anos. Será que não estamos orando suficientemente ou que não estamos passando tempo suficiente com a Palavra de Deus? Embora essas sugestões possam responder várias de nossas pergun-tas, há questões profundas que afetam nossa forma de orar, de considerar a Palavra de Deus e de como nos relacionamos com este mundo caído.

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Primeira, não somos honestos conosco mesmo a respeito da nossa pessoa e, de fato, não queremos ser. Jeremias 17:9 nos diz: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” O profeta aponta para nosso coração enganoso como o problema. Por que é importante que aceitemos essa verdade? A honestidade pessoal requer que assumamos a responsabilidade por nossos pensamentos e ações. Desde a queda do homem, a tendência de lançar a culpa nos outros está im-pressa em nosso DNA. Devemos aceitar a realidade de que não assumir a responsabi-lidade por nós mesmos é um dos subprodutos de nossa natureza pecaminosa herdada de nossos primeiros pais. O engano pessoal faz parte do que somos. É nossa essência longe de Cristo.

Segundo, não conhecemos a nós mesmo e realmente não queremos conhecer.

Acreditamos que nos conhecemos. Somo semelhantes aos laodiceanos: “Pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu” (Ap 3:17) Não vemos nossa verdadeira condição como Deus a vê e somos insistentes em não vê-la. É verdade, mas é um tanto simplista dizer que somos culpados do orgulho espiritual.

Devemos perguntar a nós mesmos, por que o eu e o nosso amor pelo eu está tão

profundamente entranhado em nós? Hebreus 2:15 diz: “e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida”. Devemos enfrentar a realidade de que tememos morrer para o eu. Construímos uma vida para sobreviver a este mundo dev-astado pelos efeitos do pecado. Muitos de nós construímos “estruturas do eu” para enfren-tar a dor da vida quando a experimentarmos. Construir essas defesas contra a dor faz parte da vontade tolerante de Deus em um mundo de pecado onde as pessoas que foram feridas ferem as demais.

Se o pecado e seus efeitos não tivessem entrado no mundo, não haveria neces-

sidade de nos protegermos contra eles; não haveria necessidade de mecanismos de defe-sa. Então quando somos feridos e tememos ser feridos novamente, endurecemos nosso coração. Quando nossa vida esteve caótica e aparentemente fora de controle, nosso temor de voltar a esse tipo de existência nos leva a controlar muito além do que podemos em nossa vida e na vida dos outros. Reciprocamente, como quando crianças nós éramos muito controlados, tememos ser novamente controlados e resistiremos nos submeter à autori-dade, até mesmo à autoridade de Deus.

Se tivermos sido criados em lares onde nossa figura paterna não era confiável ou

dependente, aprendemos uma autodependência patológica. Aprendemos que confiar em outra pessoa, até mesmo em Deus, é um risco que não vale a pena, visto que repetidamen-te fomos desapontados todas as vezes que assumimos o risco de confiar.

Tememos também a rejeição e o abandono. As pessoas que foram rejeitadas ante-

ciparão tanto a rejeição que seus temores se tornarão uma profecia que cumprem por si mesmas. Nas palavras de Jó: “Aquilo que temo me sobrevém, e o que receio me acontece” (Jó 3:25). Ou eles vão rejeitar os outros antes que possam ser rejeitados.

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Um medo do abandono também pode nos levar a criar um conjunto de circunstânci-as pelas quais seremos abandonados. Hebreus 12:15 sugere que as nossas raízes amargas, nesse caso, o medo do abandono, brotam e nos causam problemas, mas tam-bém prejudicam outros com nossos temores. Esses temores estão entranhados em nós e, com frequência estão enraizados nas experiências dolorosas de nossa infância. O medo da violência muitas vezes nos leva a perpetuar nossa estrutura de vítima onde a pessoa ante-cipa ou espera ser ferida.

Muitos processos de vícios nos levam a temer que as nossas necessidades mais

básicas de conforto e alívio da dor permaneçam insatisfeitas. Essa realidade nos leva a vícios a fim de encontrar formas de automedicar a dor, a frustração ou quaisquer outros sentimentos desagradáveis. Esses temores são apenas um exemplo dos tipos de temores enfrentados pelo povo de Deus diariamente e por cada pessoa nascida neste mundo mau.

O problema não é que temos medo. O problema maior é o que fazer com nossos

temores. A Bíblia diz: “Em me vindo o temor, hei de confiar em ti” (Sl 56:3). Assim como no caso do apóstolo Pedro, muitas vezes confiamos em nossas habilidades de lidar com os desafios da vida em vez de pôr nossa confiança em Jesus.

Os cristãos professos muitas vezes prestam culto só com os lábios quanto à confi-

ança em Deus, mas nossas ações sugerem que desejamos desesperadamente permanec-er no controle de nossa vida. A mensagem que damos a Deus é que Ele é inadequado para lidar com nossa situação. Inconscientemente dizemos a Deus que Ele não é suficiente-mente grande, forte, presente ou confortador para lidar com nossas circunstâncias. Ao pro-cedermos assim, colocamo-nos no trono de Deus e tiramos Seu lugar. Isso é idolatria. De uma perspectiva relacional, como nosso próprio deus, não podemos ter verdadeira intim-idade com Deus ou com outros seres humanos.

Deixar de abraçar a verdade a respeito de nossa necessidade absoluta de Deus nos

leva a sermos escravos de uma vergonha insalubre, uma realidade tóxica que leva a um senso de fracasso para lidar com os desafios da vida. A vergonha insalubre diz: “Sou um erro”, em vez de: “Cometi um erro”. Ao invés de confiar em Deus, que nos criou à Sua im-agem e que nos declarou “muito bons”, cremos em “Eu não sou bom”. Na igreja, esse tipo de vergonha tóxica é muitas vezes manifestado como superioridade espiritual. Julgamos os outros ou somos justos à nossa vista. Essa realidade destrói a intimidade entre os membros da igreja de Deus.

As raízes dessas estruturas muitas vezes remontam à formação de nosso caráter,

até mesmo no ventre (Lc 1:41 e 1:44). Estão profundamente enraizadas em nós. Sugerir a um adulto com problemas não resolvidos para morrer para o eu e nascer de novo (Jo 3) é como um convite para se abrir ao abuso novamente.

Essas estruturas têm funcionado bem para proteger um eu frágil da anulação nas

mãos do outro. As crianças, inconscientemente, se ocupam com o pensamento mágico que idealiza seu perpetrador e que as leva a assumir a responsabilidade pelo abuso. Elas devem primeiro ter o colírio do Espírito (Ap 3:18) a fim de ver a verdade sobre seu abuso e ver seus ofensores como eles realmente são.

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Uma das tragédias desse cenário é que se nos apegarmos muito às estruturas que construímos seremos escravos dela. Ficamos frustrados para obter a liberdade decorrente de ser uma “nova criatura” (2 Co 5:17). Perdemos o poder mencionado em Romanos 6:5 que diz: “Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição”. Depois da morte para o eu ressurge uma nova vida. O reavivamento e a reforma prometidos nos frustram se tivermos medo de morrer para as estruturas que construímos para nos sentir melhor.

Estudos recentes sobre a ciência do cérebro iluminam o quadro que pintamos.

Mesmo antes de a criança ser capaz de pensar conscientemente, ela internaliza um conjun-to de crenças a respeito de si mesma. Estas são impressas no cérebro, assim como a tinta numa folha de papel. Os padrões habituais de pensamento e de sentimentos são entalha-dos profundamente no cérebro e se tornam a realidade da criança nos bons ou nos maus momentos. A fim de agradar os primeiros cuidadores, a criança, muitas vezes, sacrifica a realidade de sua própria necessidade e assim assume uma falsa identidade para satisfazer as necessidades dos outros. Provérbios 23:7 nos diz que da forma que a pessoa pensa em seu coração, assim ela é. Nós nos tornamos o que temos imprimido como crença sobre nós mesmos.

Temos subestimado muito o trabalho que o Espírito Santo deve fazer para suscitar o

reavivamento e a reforma na igreja. O reavivamento e a reforma pessoais incluem uma cuidadosa decisão de permitir que Deus entre nos recessos mais profundos de nosso coração, para estabelecer um novo padrão de pensamento e sentimento – incluindo a psi-cologia de cérebro – e então de uma posição de entrega plena a Deus, à vida e ao amor altruísta. Lembre-se: “No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor” (1 Jo 4:18).

As boas novas a respeito de Deus são que “aquele que começou boa obra em vós

há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus” (Fp 1:6). Ele promete entrar no meio do lixo da nossa vida e que seguirá fazendo isso salvo se Lhe pedirmos para parar. O trabalho descrito acima é essencial para “um reavivamento da verdadeira piedade entre nós, eis a maior e a mais urgente de todas as nossas necessidades. Buscá-lo, deve ser nossa primeira ocupação” (Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 121). “Reavivamento significa reno-vação da vida espiritual, um avivamento das faculdades da mente e do coração, uma res-surreição da morte espiritual” (Ibid.).

Com muita frequência, desejamos alcançar esse reavivamento sem confrontar as

realidades de nossa humanidade dolorosa e imperfeita. Antes, preferimos nos comungar com Deus em algum plano etéreo, desconectado de nosso próprio sofrimento. A verdade é que Deus ordenou um reavivamento da vida espiritual ao adotar a humanidade.

“Reforma significa uma reorganização, uma mudança nas ideias e teorias, hábitos e

práticas” (Ibid.). Será que isso não descreve a mudança de pensamento e práticas acima descrita? Assim como Jesus buscou Pedro para restaurá-lo, Ele está buscando cada um de nós hoje pelo mesmo motivo. Quando o galo cantou pela terceira vez, e Jesus olhou para Pedro com compaixão, Pedro deixou o lugar e chorou amargamente. Seu coração foi final-mente quebrado por sua negação de Cristo. No lugar de sua autoconfiança anterior, Pedro

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Materiais e Sermões para Liderança:

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respondeu à terceira pergunta de Jesus: “Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo” (Jo 21:17). Pedro foi reformado, não ainda perfeito, mas reformado. A base na qual ele operava não era mais o eu, mas o verdadeiro amor altruísta por seu Salvador.

Para que o reavivamento e a reforma ocorram entre os membros da igreja de Deus,

apresentamos o seguinte:

1) É doloroso olharmos honestamente para nós mesmos. Deus já nos viu pelo que somos e não nos destruiu. Ele não tem prazer na morte de Seus filhos, ímpios ou obedien-tes. Se você orar “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno” (Sl 139:23-24), Deus responderá à sua oração. Deus tem esperado por sua disposição de Lhe permitir mostrar-lhe como você é.

2) Peça a Deus para lhe mostrar as coisas específicas que você precisa desespe-

radamente resolver para ter intimidade com Ele e com outros. Quando Deus as revela, você deve decidir permitir que elas sejam condenadas à morte, pois Ele não o(a) violará para curá-lo(a). Ele só atua nos parâmetros de sua escolha. Quando você estiver pronto, quando mencionar especificamente as estruturas que devem morrer, peça-Lhe para cuidar delas com o seu consentimento. Então, creia que Deus respondeu a sua oração. Lembre-se que a fé é a vitória que vence o mundo. Se você não vê evidência imediata de uma nova vida transformada, não desanime. A morte à qual você foi chamado é uma morte diária (1 Corín-tios 15:3). É ele que preserva até o fim o que será salvo (Mateus 24:13). É mediante o exercício diário da vontade que somos fortalecidos e crescemos.

3) Se você tiver medo do que está à frente, lembre-se da mensagem de Deus a

Josué e torne-a pessoal. “Não to mandei eu? Sê forte e corajoso; não temas, nem te espan-tes, porque o SENHOR, teu Deus, é contigo por onde quer que andares” (Josué 1:9) Andar pelo vale da sombra da morte (Salmo 23:4) requer grande coragem. Deus o fortalecerá se você lhe pedir.

4) Antes de convidá-lo a entregar a Deus a morte do eu, Ele lhe oferecerá conforto.

Deus conhece as mágoas e dores que você já sofreu. Deus também já sabe as que você ainda sofrerá. O milagre do conforto de Deus está disponível sempre que necessário. Quando estamos emocionalmente empacados no lugar de nossas feridas, é aí que Deus suprirá conforto e cura para a nossa dor.

“Porque o SENHOR tem piedade de Sião (coloque o seu nome aqui); terá piedade de todos os lugares assolados dela, e fará o seu deserto como o Éden, e a sua soli-dão, como o jardim do SENHOR; regozijo e alegria se acharão nela, ações de gra-ças e som de música” (Is 51:3).

5) Não tema pedir a ajuda de Deus para perguntas difíceis tais como: “Onde o Se-

nhor estava quando isso me aconteceu?” ou “Por que o Senhor permitiu que isso aconte-cesse?” Essas perguntas podem ser um sinal de maior intimidade com Deus. Ele tem pra-

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zer em responder às nossas perguntas quando elas partem do coração sincero, como o de Jó que fez a Deus algumas perguntas difíceis. Você deve se lembrar que: “Em toda a an-gústia deles, foi ele angustiado, e o Anjo da sua presença os salvou; pelo seu amor e pela sua compaixão, ele os remiu, os tomou e os conduziu todos os dias da antiguidade” (Is 63:9).

6) O reavivamento e a reforma relacionais não dizem respeito apenas à sua pes-

soa. Sim, você será desafiado e transformado, mas você é abençoado a fim de abençoar outros. Nada suscita o reavivamento espiritual como contar sua história a outra pessoa. Lembre-se: “Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da pala-vra do testemunho [...]” (Ap 12:11). Conte a alguém como Deus o curou e o libertou.

Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação! É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus (2 Co 1:3-4).

7) Devemos criar lugares seguros em nossas igrejas para que ocorram essas cu-

ras. Infelizmente, muitas de nossas igrejas não são lugares seguros para nossos irmãos e irmãs serem honestos sobre suas lutas. Os membros da igreja raramente conseguem se abrir mesmo nos ambientes mais íntimos, tais como a Escola Sabatina ou as reuniões de oração. Muitas de nossas igrejas não têm ministérios eficientes de pequenos grupos. Por-tanto, esses são exatamente os tipos de ambientes que necessitam se tornar seguros para os membros da igreja contarem suas dores e lutas e receberem a bênção da oração da cura. Lembre-se: “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos ou-tros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tg 5:16). O Mi-nistério Adventista de Restauração (MAR) oferece um formato de grupo de doze passos baseados na Bíblia que é anônimo e aberto a cada um que luta com comportamentos com-pulsivos (a maioria de nós). O MAR opera sob os auspícios da Divisão Norte-Americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Quando conhecemos as dores uns dos outros, podemos ser mais significativos na oração uns pelos outros. Em grupos seguros, podemos orar de forma mais significativa uns pelos outros. Nos grupos seguros, podemos passar juntos pelo processo da cura, crescer e ser transformados.

Esperamos que esses pensamentos aumentem a discussão desse tema e forneçam

algumas ideias práticas sobre como eliminar todas as diferenças e todos os desejos de su-premacia, e que nos levem à verdadeira unidade. Isso nos capacitará a dar o sonido certo à trombeta ao partilharmos as boas-novas das três mensagens angélicas em todo o mundo.

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Referências General Conference Executive Committee. (janeiro de 2011,). God’s promised gift. Advent-

istWorld, NAD. 7 (1), 16-19. David Sedlacek, PhD, é Professor do Ministério da Família e de Discipulado e Assistência Social na Andrews University, em Berrien Springs, Michigan. Beverly Sedlacek, MS, ensina Enfermagem Psiquiátrica na Indiana Uni-versity, em South Bend, Indiana.    

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Crítica  Literária  —  Crianças  Únicas;  Trabalho  Bem  Feito      

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Crít icas Literárias Crianças Únicas; Trabalho Bem

Feito  Por Don Jacobsen Hiawassee, GA: HighWalk Productions, Inc., 2011. 143 páginas. Revisado por Willie e Elaine Oliver

Todas as crianças são únicas, e todos os pais desejam olhar para seus filhos e poder dizer: “admirável”. Daí o título: Rare Kids; Well Done, que o autor, Don Jacobsen, propositadamente deu a este livro criterioso sobre a paternidade. O livro emerge do coração do autor com anos de experiência como pai e educador de pais, aliado a vasto conhecimento de estudos da Bíblia.

O Dr. Don, como o autor é mencionado ao longo do livro, constrói o livro Rare Kids;

Well Done em torno da premissa das três características desejáveis que os pais necessitam incutir em seus filhos: ser respeitosos, responsáveis e obedientes. Ele usa humor, histórias comoventes, dados atuais e passados, experiências pessoais e um tom que não é de-fensável e, às vezes, muito direto ao conscientemente apresentar princípios eficazes para criar os filhos com valores morais nos dias contemporâneos.

“Nosso mundo precisa dos seus filhos.” O autor implora aos pais dizendo que ter fil-

hos é a decisão mais importante que tomaram; pedindo assim aos pais para considerarem a oportunidade que têm de ajudar os filhos a encontrarem seu propósito na Terra e se tor-narem agentes de mudança em seu mundo. Em essência, é atribuída aos pais a re-sponsabilidade de deixar aos filhos o legado do caráter e valores sólidos, e estes a seus filhos e assim às gerações porvir.

Rare Kids; Well Done contém muitas ilustrações atrativas e alguns fatos aparente-

mente triviais que o Dr. Don usa para descrever os estilos de paternidade em termos leigos. Por exemplo, ele fala sobre o Kudzu, uma videira que destrói tudo sobre o qual ela cresce, para descrever os pais que microcontrolam os filhos. O Dr. Don também apresenta exem-plos maravilhosos de como os pais podem encher seu lar de alegria e risos e aprender a “relaxar”. Ele incentiva os pais a rirem dos erros e a aprenderem a fazer distinção entre um incidente e um ato de rebeldia. Ele inclui um capítulo apresentando os cinco motivos porque os pais nunca devem discutir com os filhos, mas você terá de ler o livro para descobrir quais são eles.

Com muita frequência os pais pensam no que os filhos não podem fazer. O Dr. Don

os incentiva a verem a si mesmos como “treinadores” cuja tarefa é ajudar os filhos a verem tudo o que eles podem fazer. Imagine quão diferentemente agiríamos se nos lembrás-

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Crítica  Literária  —  Crianças  Únicas;  Trabalho  Bem  Feito      

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semos de que nossos filhos hoje emergirão como os líderes de amanhã e que muito prov-avelmente descobrirão a cura para as atuais doenças incuráveis! Mais importante, imagine que a nossa tarefa mais importante como pais é preparar os nossos filhos para serem discípulos de Cristo nesta Terra e para a vida na Nova Terra.

Rare Kids; Well Done foi bem escrito e a leitura é fácil. Sua mensagem é animado-

ra, inspiradora e inteligente, vai direto ao ponto, mas sem fazer julgamentos. Ele é sólido dos pontos de vista bíblico, psicológico e de desenvolvimento, e poderia facilmente se tor-nar o guia da paternidade ao qual os pais recorrem em seus criados mudos como um rápido guia de referência para criar filhos desde o nascimento até a juventude adulta e de-pois.

Os líderes do Ministério da Família encontrarão nesse livro um material muito útil pa-

ra capacitar as famílias em sua jornada de paternidade. Ver www.RareKidsWellDone.com para mais informações sobre esse recurso.

Willie Oliver, PhD, e Elaine Oliver, MA, são diretores do Ministério da Família da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia.        

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Crítica  Literária  –  Afinal  de  Contas,  O  que  Estou  Fazendo?      

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Afinal de Contas, o que Estou Fazendo?

 Por Pattiejean Brown Belleville, Ontario, Canada: Guardian Books, 2009. 69 páginas. Revisado por Heather-Dawn Small

Fiquei agradavelmente surpresa quando entrei em contato com este livro e vi que ele trata de um dos principais problemas que nós, esposas de pastor, enfrentamos. Como ser nós mesmas à luz das elevadas expectativas de satisfazer o conhecido ideal para a esposa de pastor – ter múltiplos talentos, cantar, tocar piano, ensinar nas classes da Escola Sabatina das crianças, cozinhar, receber bem e ser hospitaleira, entre outras coisas.

Pattiejean Brown lida com o cerne da questão: Como a esposa de pastor pode ser

verdadeira a si mesma, ao seu chamado, às suas necessidades e desejos e ainda ser uma “boa” esposa de pastor? Ela trata o assunto de forma sensível e direta. O formato dos Dez Mandamentos torna o livro agradável e de fácil leitura. Embora concisa, cada declaração é convincente e provocativa.

Particularmente, apreciei o fato de que Brown lida com os muitos aspectos da vida

da esposa de pastor – pessoais – incluindo a autoestima, a maternidade, os relacionamen-tos com o cônjuge, os filhos e os membros da igreja, as expectativas dos outros e como sobreviver como esposa de pastor. Este livro é um guia de sobrevivência para as esposas de pastor.

O livro todo foi focado no desenvolvimento da esposa de pastor. Ele anima e motiva.

Acredito que toda esposa de pastor, jovem ou nem tanto, vai se beneficiar desse livro. Para as jovens esposas de pastor o livro dará um rumo e orientações e, para nós, um pouco mais velhas, concederá o ânimo de que necessitamos, bem como a permissão para sermos nós mesmas depois de anos tentando agradar aos demais. Este é um livro excelente e deve ser lido por todas as esposas de pastor, qualquer que seja sua raça ou cultura. Heather-Dawn Small, BA, é Diretora do Ministério da Mulher da Associ-ação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, em Silver Spring, Maryland.

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Artigo  Reimpresso  —  Documento  Reavivamento  e  Reforma      

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Artigos Reimpressos Apelo Urgente por Reavivamento e

Reforma, Discipulado e Evangel ismo

Deus chamou, de forma singular, a Igreja Adventista do Sétimo Dia para viver e proclamar Sua mensagem de amor e verdade para os últimos dias do mundo (Apocalipse 14:6-12). O desafio de alcançar os mais de seis bilhões de pessoas no planeta Terra com Sua mensagem para o tempo do fim parece impossível. A tarefa é esmagadora. De uma perspectiva humana, o rápido cumprimento da Grande Comissão de Cristo, em algum mo-mento próximo, parece improvável (Mateus 28:19, 20). A taxa de crescimento da Igreja simplesmente não está acompanhando o crescimento da população mundial. Uma avaliação honesta de nosso impacto evangelístico atual no mundo leva à conclusão de que, a não ser que haja uma mudança dramática, não con-cluiremos a comissão celestial nesta geração. A despeito de nossos melhores esforços, todos os nossos planos, estratégias e recursos são incapazes de concluir a missão dada por Deus para Sua glória na Terra.

PROMESSA DE CRISTO À SUA IGREJA DO NOVO TESTAMENTO

O desafio de levar o evangelho ao mundo não é novo. Os discípulos enfrentaram esse desafio no primeiro século, e nos o enfrentamos no século 21. A igreja do Novo Testamento foi, aparentemente, confrontada com uma tarefa impossível. Porém, dotada do poder do Espírito Santo, a Igreja teve um crescimento explosivo (Atos 2:41; 4:4; 6:7; 9:31). Os primeiros cristãos compartilharam sua fé em todas as partes (Atos 5:42). A graça de Deus transbordou do coração deles para sua família, amigos e colegas de trabalho. Apenas poucas décadas depois da crucifixão, o apóstolo Paulo relatou que o evangelho “foi pregado a toda criatura debaixo do céu” (Colossenses 1:23). Como foi possível a um desconhecido grupo de crentes relativamente insignificante exercer impacto no mundo em um período tão curto de tempo? Como tão poucos cristãos puderam ser usa-dos por Deus para transformar o mundo para sempre? A Grande Comissão de Cristo foi acompanhada de Sua grande promessa. O Salvador “determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai” (Atos 1:4). E também prometeu: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Es-pírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da Terra” (Atos 1:8). O amor de Cristo controlava cada aspecto da vida dos discípulos e os levava a um compromisso fervoroso com Seu serviço. Eles rogaram a Deus o poder prometido do Es-

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pírito Santo e prostraram-se diante dEle em sincera confissão e fervoroso arrependimento. Davam prioridade à busca das bênçãos de Deus e dedicavam tempo para a oração e para o estudo das Escrituras. Suas mesquinhas diferenças foram absorvidas por seu desejo todo abrangente de compartilhar o amor de Cristo com todos a seu redor e de alcançar o mundo com o evangelho. Nada era mais importante. Eles reconheceram que eram incapazes de cumprir a missão sem o poderoso derramamento do Espírito Santo. Descrevendo a experiência dos discípulos, Ellen G. White escreveu: “Pondo de parte todas as divergências, todo o desejo de supremacia, uniram-se em íntima comunhão cristã. ... A tristeza lhes inundava o coração ao se lembrarem de quantas vezes O haviam mortifi-cado por terem sido tardos de compreensão, falhos em entender as lições que, para seu bem, estivera buscando ensinar-lhes. ... Os discípulos sentiram sua necessidade espiritual, e suplicaram do Senhor a santa unção que os devia capacitar para o trabalho de salvar almas. Não suplicaram essas bênçãos apenas para si. Sentiam a responsabilidade que lhes cabia nessa obra de salvação de almas. Compreendiam que o evangelho devia ser proclamado ao mundo, e reclamavam o poder que Cristo prometera” (Atos dos Apóstolos, p. 37). Cristo cumpriu Sua palavra. O Espírito Santo foi derramado no poder pentecostal. Milhares se converteram em um dia. A mensagem do amor de Cristo exerceu impacto no mundo. Em um curto período de tempo, o nome de Jesus Cristo estava nos lábios de homens e mulheres em todas as partes. “Mediante a cooperação do Espírito divino, os apóstolos fizeram uma obra que abalou o mundo. O evangelho foi levado a todas as nações numa única geração” (Atos dos Apóstolos, p. 593).

A PROMESSA DE CRISTO PARA A IGREJA DO TEMPO DO FIM O derramamento do Espírito Santo no Pentecostes, na chuva temporã, foi apenas um prelúdio do que está para acontecer. Deus prometeu derramar Seu Espírito Santo em abundância nos últimos dias (Joel 2:23; Zacarias 10:1). A Terra será iluminada “com Sua glória” (Apocalipse 18:1) e a obra de Deus neste mundo será rapidamente concluída (Ma-teus 24:14; Romanos 9:28). A Igreja experimentará um reavivamento espiritual e a pleni-tude do poder do Espírito Santo como nunca ocorreu antes em sua história. Falando do derramamento do Espírito Santo no Pentecostes, Pedro nos dá esta certeza: “Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar” (Atos 2:39). Ellen White acrescenta: “Antes de os juízos finais de Deus caírem sobre a Terra, haverá, entre o povo do Senhor, tal avivamento da primitiva piedade como não fora testemunhado desde os tempos apostólicos. O Espírito e o poder de Deus serão derramados sobre Seus filhos. Naquele tempo, muitos se sepa-rarão das igrejas em que o amor deste mundo suplantou o amor a Deus e à Sua Palavra. Muitos, tanto pastores como leigos, aceitarão alegremente as grandes verdades que Deus providenciou fossem proclamadas no tempo presente, a fim de preparar um povo para a segunda vinda do Senhor” (O Grande Conflito, p. 464). Centenas de milhares de pessoas aceitarão a mensagem dos últimos dias, dada por Deus, mediante o ensino e a pregação de Sua Palavra. Oração, estudo da Bíblia e testemunho são os elementos de todo verdadeiro reavivamento. A manifestação do Espírito Santo se intensificará à medida que o fim se aproxima. “Ao avizinhar-se o fim da ceifa da

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Terra, uma especial concessão de graça espiritual é prometida a fim de preparar a igreja para a vinda do Filho do homem” (Atos dos Apóstolos, p. 55) e “Por milhares de vozes em toda a extensão da Terra, será dada a advertência. Operar-se-ão prodígios, os doentes serão curados, e sinais e maravilhas seguirão aos crentes” (O Grande Conflito, p. 612). Não há nada mais importante do que conhecer Jesus, estudar Sua Palavra, com-preender Sua verdade e buscar Sua promessa do derramamento do poder do Espírito San-to na chuva serôdia para o cumprimento da comissão evangélica. A profetisa de Deus para o remanescente nos últimos dias escreveu de forma muito clara para ser mal compreendida que “Um reavivamento da verdadeira piedade entre nós, eis a maior e a mais urgente de todas as nossas necessidades. Buscá-lo, deve ser nossa primeira ocupação” (Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 121). Se um verdadeiro reavivamento espiritual é a maior e a mais urgente de nossas necessidades, não deveríamos, como líderes, dar prioridade à busca da bênção prometida pelo Céu, com todo o nosso coração?

NOSSA GRANDE NECESSIDADE: REAVIVAMENTO E REFORMA

Quando buscamos Jesus, Ele nos preenche com Sua presença e poder mediante a dádiva do Espírito Santo. Anelamos por conhecê-Lo melhor e o Espírito Santo reaviva as faculdades espirituais adormecidas da alma. Não há nada que desejemos mais do que ter um relacionamento profundo e transformador com Jesus. O coração reavivado experimenta uma conexão vital com Jesus mediante a oração e a Palavra, e a reforma é a mudança correspondente que ocorre em nossa vida como resultado do reavivamento. “Precisa haver um reavivamento e uma reforma, sob a ministração do Espírito Santo. Reavivamento e reforma são duas coisas diversas. Reavivamento significa renovação da vida espiritual, um avivamento das faculdades da mente e do coração, uma ressurreição da morte espiritual. Reforma significa uma reorganização, uma mudança nas ideias e teorias, hábitos e práticas. A reforma não trará o bom fruto da justiça a menos que seja ligada com o reavivamento do Espírito. Reavivamento e reforma devem efetuar a obra que lhes é designada, e no realizá-la, precisam fundir-se. Review and Herald, 25 de fevereiro de 1902” (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 128). A reforma não é manifestada com uma atitude de justiça própria que condena outros. É a transformação do caráter que revela os frutos do Espírito na vida (Gálatas 5:22-24). A obediência à vontade de Deus é evidência de todo verdadeiro reavivamento. Nosso Senhor anela por um povo reavivado, cuja vida reflita a amabilidade de Seu caráter. Não há nada que Jesus anseie mais do que um povo desejoso de conhecer pessoalmente Seu amor e compartilhá-lo com os outros.

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COMPROMISSO E APELO Como líderes e representantes da Igreja Adventista do Sétimo Dia na Divisão Sul-Americana, agradecemos a nosso grande e maravilhoso Deus por Sua fidelidade e bênçãos abundantes à Sua Igreja, desde seu início. A rápida expansão mundial de Sua Igreja, em membros e em instituições, é simplesmente um milagre de Deus. Embora O lou-vemos pela obra maravilhosa de cumprir Seu propósito por meio de Sua igreja, e Lhe agradeçamos pelos líderes piedosos que guiaram Seu povo no passado, reconhecemos humildemente que, devido às nossas fragilidades humanas, até mesmo nossos melhores esforços são maculados pelo pecado e necessitam de purificação por meio da graça de Cristo. Reconhecemos que nem sempre temos dado prioridade ao dever de buscar a Deus pela oração e em Sua Palavra pelo derramamento do poder do Espírito Santo na chuva serôdia. Humildemente confessamos que, em nossa vida pessoal, em nossas práticas ad-ministrativas e nas reuniões das comissões, com frequência, temos agido com nossas pró-prias forças. Muitas vezes, a missão de Deus de salvar o mundo perdido não tem ocupado o primeiro lugar em nosso coração. Às vezes, em nossa intensa busca por fazer boas coisas, temos negligenciado o mais importante: conhecê-Lo. Com frequência, ambições mesquinhas, inveja e relacionamentos pessoais fragilizados têm subjugado nosso anelo pelo reavivamento e pela reforma e nos levado a trabalhar em nossa força humana, em vez de na de Seu divino poder. Aceitamos a clara instrução de nosso Senhor de que “O tempo decorrido não operou nenhuma mudança na promessa dada por Cristo ao partir, promessa esta de enviar o Es-pírito Santo como Seu representante. Não é por qualquer restrição da parte de Deus que as riquezas de Sua graça não fluem para a Terra em favor dos homens. Se o cumprimento da promessa não é visto como poderia ser, é porque a promessa não é apreciada como devia ser. Se todos estivessem dispostos, todos seriam cheios do Espírito” (Atos dos Apóstolos, p. 50). Confiamos no fato de que todo o Céu espera derramar o Espírito Santo, com poder infinito, para a conclusão da obra de Deus na Terra. Reconhecemos que a vinda de Jesus tem sido atrasada e que o anelo de nosso Senhor era ter vindo décadas atrás. Arre-pendemo-nos de nossa indiferença, de nosso mundanismo e de nossa falta de paixão por Cristo e Sua missão. Sentimos que Cristo nos chama a um relacionamento profundo com Ele, mediante oração e estudo da Bíblia, e a um mais ardente compromisso de transmitir Sua mensagem para os últimos dias ao mundo. Regozijamo-nos de que “é privilégio de todo cristão não somente aguardar, mas apressar a vinda do Salvador” (Atos dos Apóstolos, p. 600). Assim sendo, como representantes da Igreja Sul-Americana e em nome de todos os membros, comprometemo-nos a:

1. Pessoalmente dar prioridade ao dever de buscar a Deus para um reavivamento espiritual e o derramamento do Espírito Santo, no poder da chuva serôdia, em nossa vida, família e ministério.

2. Individualmente dedicar tempo significativo, a cada dia, para manter comunhão com Cristo mediante a oração e o estudo da Palavra de Deus.

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3. Examinar nosso coração e pedir ao Espírito Santo para nos convencer de tudo que nos esteja impedindo de revelar o caráter de Jesus. Desejamos ter um coração disposto a fim de que nada em nossa vida impeça a plenitude do poder do Espírito Santo.

4. Incentivar os ministros da Igreja a dedicar tempo à oração, ao estudo da Palavra de Deus e a buscar o coração de Deus, a fim de compreenderem Seus planos para Sua Igreja.

5. Incentivar cada uma das organizações da Igreja a separar tempo para que os ad-ministradores, pastores, obreiros da saúde, das publicações, educadores, estu-dantes e todos os colaboradores busquem a Jesus e o prometido derramamento do Espírito Santo mediante o estudo da Palavra de Deus e da oração.

6. Priorizar o Seminário de Enriquecimento Espiritual e a Jornada Espiritual como meios de envolver os membros, servidores da Igreja e instituições em um forte mo-vimento de comunhão e reavivamento, buscando a Deus na primeira hora de cada dia.

7. Usar cada mídia disponível, bem como diferentes reuniões, seminários e pro-gramas para apelar aos membros da Igreja a buscar um relacionamento profundo com Jesus, com vistas ao reavivamento e à reforma prometidos.

8. Urgentemente apelar e convidar todos os membros da Igreja a se unir a nós no abrir o coração ao poder transformador da vida, que é o Espírito Santo, o qual transformará nossa vida, nossa família, nossas organizações e nossas comuni-dades.

Especialmente, reconhecemos que Deus usará as crianças e os jovens neste último e poderoso reavivamento e encorajará todos os nossos jovens a participar na busca de Deus para o reavivamento espiritual em sua vida e a capacitação do Espírito Santo para com-partilhar sua fé com outros. Apelamos a cada membro de igreja a se unir aos líderes da Igreja e a milhões de out-ros adventistas do sétimo dia, buscando um relacionamento mais profundo com Jesus e o derramamento do Espírito Santo na primeira hora de cada dia, e também participando da corrente mundial de oração às sete horas de cada manhã ou tarde, sete dias na semana. Esse é um apelo urgente que deve alcançar todo o nosso território e circundar o globo com sincera intercessão. Esse é o chamado para um compromisso total com Jesus e para ex-perimentar o poder transformador de vidas do Espírito Santo, e que nosso Senhor anela nos dar agora. Cremos que o propósito do derramamento do Espírito Santo no poder da chuva serôdia é concluir a missão de Cristo na Terra, a fim de que Ele possa vir em breve. Reconhecendo que nosso Senhor somente derramará Seu Espírito, em Sua plenitude, so-bre uma igreja que tiver paixão pelas pessoas perdidas, determinamos apresentar e manter o reavivamento, a reforma, o discipulado e o evangelismo no topo de todas as nossas agendas de atividades da Igreja. Mais do que tudo o mais, anelamos pela vinda de Jesus. Apelamos a cada administrador, líder de departamento, obreiro institucional, obreiro da saúde, colportor, capelão, pastor e membro da Igreja a se unir a nós em tornar o reaviva-mento, a reforma, o discipulado e o evangelismo as prioridades mais urgentes e im-

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portantes de nossa vida pessoal e em nossas áreas no ministério. Estamos certos de que, ao buscarmos a Deus juntos, Ele derramará Seu Espírito Santo sem medida, a obra de De-us na Terra será concluída e Jesus virá. Juntamente com o idoso apóstolo João, na Ilha de Patmos, clamamos: “Vem, Senhor Jesus!” (Apocalipse 22:20). * O documento original foi votado no Concílio Anual da Associação Geral em 11/10/2010.

       

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Oração, a Base para o Reavivamento Por Ted Wilson A oração é muito vital para o reavivamento pessoal, para o crescimento espiritual contínuo e para se ter poder no testemunho. De acordo com a Bíblia, depois da ascensão de Cristo, os discípulos voltaram a Jerusalém e aguardaram o dom prometido do Espírito Santo. Lu-cas nos assegura que esse período de espera foi de sincero preparo. Ele diz que todos eles “perseveravam unânimes em oração” (Atos 1:14). Dois passos preparatórios para o dom do Espírito se encontram neste verso: primeiro, eles eram “unânimes”; segundo, estavam em “oração”. Revisemos a instrução que nos foi dada pela inspiração sobre a relação entre a oração, o dom do Espírito Santo e o reavivamento. Lucas diz que os discípulos perseveravam na oração e nas súplicas. O verbo “perseverar” sugere que não meramente foram para uma reunião de oração na quarta-feira à noite. No período de dez dias entre a ascensão e o Pentecostes, reunidos em oração, em uma noite, não cumpre o quadro apresentado nesse verso. Talvez possamos retratar em nossa mente os discípulos reunidos a cada dia para buscar, em oração, o cumprimento da promessa do Pai. Sem dúvida, eles também passa-ram tempo em oração pessoal pelo Dom. Suas orações ascendiam continuamente ao trono, dia após dia. A experiência preparatória dos discípulos é uma importante lição para nós. Não somos sufi-cientemente sérios a respeito de insistirmos em nossas orações diante de Deus pelo cum-primento de Sua promessa de nos dar o reavivamento final que será acompanhado da chu-va serôdia. Creiam ou não, Deus está desapontado conosco porque não O importunamos suficientemente a respeito do reavivamento e do dom de Seu Espírito. Ellen White nos diz: “Não estamos suficientemente dispostos a insistir com o Senhor com nossas petições, e a suplicar-Lhe o dom do Espírito Santo. O Senhor quer que O importunemos a esse respeito. Deseja que apresentemos com insistência nossas petições ao trono” (Fundamentos da Ed-ucação Cristã, p. 537). Repetidas vezes a serva do Senhor nos diz para orarmos pelo derramamento do Espírito. Ela nos diz para orar, orar, orar. Estamos fazendo isso? Oramos particularmente várias vezes por dia pelo reavivamento em nossa vida pessoal e na igreja? Reunimo-nos em grupos e oramos como o fizeram os discípulos? Ouvimos orações rogando pela chuva serôdia durante a oração pastoral no culto divino? Somos verdadeiramente sinceros em fazer o que Deus nos diz? Somos sinceros quanto ao recebimento da chuva serôdia? A mensageira de Deus para a igreja remanescente era sincera quanto ao reavivamento. A seguinte declaração da Review and Herald, de 22 de março de 1887 (Mensagens Es-colhidas, volume 1, p. 121) provavelmente lhe seja familiar. Leia-a novamente, frase por frase, e em oração: “Um reavivamento da verdadeira piedade entre nós, eis a maior e a

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mais urgente de todas as nossas necessidades. Buscá-lo, deve ser nossa primeira ocu-pação. Importa haver diligente esforço para obter a bênção do Senhor, não porque Deus não esteja disposto a outorgá-la, mas porque nos encontramos carecidos de preparo para recebê-la. Nosso Pai celeste está mais disposto a dar Seu Espírito Santo àqueles que Lho peçam, do que pais terrenos o estão a dar boas dádivas a seus filhos. Cumpre-nos, porém, mediante confissão, humilhação, arrependimento e fervorosa oração, cumprir as condições estipuladas por Deus em Sua promessa para conceder-nos Sua bênção. Só podemos es-perar um reavivamento em resposta à oração”. O que podemos fazer para incentivar uns aos outros a seguir essa instrução do Senhor? Podemos começar dando individualmente o exemplo. Entremos seriamente na experiência de orar pelo dom prometido de Deus, assim como o fizeram os discípulos. Creiamos no que Deus disse e oremos! Este artigo foi extraído de Revival and Reformation (julho de 2011). Prayer, the foundation for revival. Copiado em 10 de outubro de 2011, de: http://revivalandreformation.org/content_series/12/entries/2 Ted N. C. Wilson, PhD, é o Presidente da Associação Geral, Sede Mun-dial dos Adventistas do Sétimo Dia, em Silver Spring, Maryland.

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Não Precisa Ficar na Defensiva Por Willie e Elaine Oliver

P – Que sugestões você daria para ajudar a minimizar o desejo de meu marido ficar na defensiva quando converso com ele, especialmente quando estou buscando algum esclarecimento? Donna — Niles, Michigan

R – A comunicação no casamento, provavelmente é o elemento mais importante pa-ra determinar a sorte do relacionamento do casal. A boa comunicação lhe dará, sem dúvida, a melhor oportunidade de tornar seu casamento mais forte e saudável. Deixar de cumprir essa tarefa, por outro lado, pode rapidamente levar seu casamento à falência.

Pedir ao seu marido para explicar o raciocínio por trás de seu ponto de vista é outra

forma de dizer-lhe que o que ele diz não faz sentido. Então, sua pergunta mostra um eleva-do nível de conscientização do que pode acontecer se você continuar por esse caminho.

Se você está sinceramente tentando obter informações de seu marido sobre o moti-

vo de sua tomada de decisão a respeito de uma determinada questão, certamente desejará fazê-lo de forma a não lhe insultar a inteligência. Nada destrói o relacionamento mais rap-idamente do que quando um dos cônjuges sente que está sendo desrespeitado. A fim de evitar que seu marido fique na defensiva, esteja verdadeira e propositalmente interessada em ser respeitosa no seu tom de voz e na sua escolha das palavras.

Uma das realidades complicadas de seu casamento é que há uma história entre

você e seu marido. Isso simplesmente significa que vocês têm uma bagagem do passado baseada na forma como vocês se relacionaram ao longo do tempo. Se seus padrões de comunicação foram combativos até aqui, quase qualquer coisa que você disser será inter-pretada como um convite para brigar.

Para virar uma nova página, você tem de dialogar com seu marido com todas as

cartas sobre a mesa. Primeiro, entrem em acordo quanto a um horário em que poderão se encontrar apenas para conversar. Talvez esse momento possa ser depois de uma ocasião maravilhosa em que estiveram juntos, como depois de participarem de uma refeição espe-cial. Segundo, compartilhe com o seu marido o quanto você o ama e deseja fazer tudo o que estiver ao seu alcance para desenvolver com ele um relacionamento mais amável, gen-til e solidário. Terceiro, fale de sua preocupação quanto à forma com que vocês estão fa-lando um com o outro e que você deseja mudar o padrão da conversação. Quarto, permita-lhe saber que há algumas coisas que não estão claras para você e que realmente gostaria de entender melhor o que ele diz.

Esteja preparada para um diálogo que avançará mais lentamente do que você es-

perava. Mas tente ser paciente, compreensiva, respeitosa e amável. Não retruque quando

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seu marido disser algo com o qual você discorda. Simplesmente reconheça o que ele disse ao parafrasear o que você ouviu. Por exemplo: “Eu ouvi que você disse que não é sua in-tenção tirar vantagem de mim quando você chega a casa mais tarde do que prometeu em certos fins de semana. O jogo de futebol que você estava assistindo com seus amigos demorou mais do que o esperado?” Permita-lhe nesse momento dizer se a sua inter-pretação do que ele disse está correta e não fique zangada porque provavelmente você não concordará com a explicação. Nesse momento, diga gentilmente como você está se sentindo com o que tem acontecido sem acusá-lo de nada. Permita-lhe falar um pouco mais e siga indo e vindo até que vocês se entendam quanto ao assunto que estão discutindo.

Esperamos que Deste Dia em Diante você coloque em seu coração o propósito de

conversar com seu marido de forma a ajudar a fortalecer e não destruir seu casamento. Confie que Deus a ajudará a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para sustentar e forta-lecer seu casamento a cada dia. Estamos orando por você.

De Oliver, W., & Oliver, E. (janeiro/fevereiro de 2011). Message 77 (1) p. 6. Usado com permissão. Willie Oliver, PhD, e Elaine Oliver, MA, são diretores do Departamento do Ministério da Família da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia.

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Artigo  Reimpresso  –  Prestes  a  Perder    

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Prestes a Perder Por Willie e Elaine Oliver

P – Não sei mais o que fazer com minha filha adolescente. Seu mau comportamento está sendo um desafio para mim e para o meu marido em todos os aspectos. Ela tem 15 anos e sabe tudo e simplesmente não quer fazer o que lhe pedimos. Já a castigamos, tira-mos-lhe privilégios, mas nada funcionou. Estou começando a ficar ressentida com ela e, às vezes, queria que ela não tivesse nascido. Isso me faz sentir culpada, mas ela está inferni-zando a nossa vida. O que podemos fazer para que ela ouça e faça o que dizemos? Por favor, ajude-nos. Estamos desesperados. Nome omitido — Memphis, Tennessee

R – A paternidade é uma das responsabilidades e relacionamentos mais desafi-adores para se administrar e se sentir bem-sucedido. O que torna essa aventura tão difícil e complicada é que os filhos são todos diferentes, crescem muito rápido e estão constante-mente mudando de um estágio comportamental para outro.

A paternidade pode ser uma das maiores estruturas para desgosto e desaponta-

mento porque, como pais, a maioria de nós investe muito tempo, energia, emoções, dinhei-ro e expectativa em comparação com os retornos que muitas vezes demoram a aparecer. Não obstante, incentivamos os pais, em cada estágio do jogo, a considerar seu processo de paternidade como um copo meio cheio em vez de meio vazio. Entre no jogo e prepare-se para a longa caminhada. É como garimpar ouro. O processo é lento, difícil, penoso, mas muitas vezes gratificante se confiarmos em Deus e colocarmos várias habilidades bíblicas em prática.

Embora não saibamos com o que vocês estão lidando especificamente, nós enten-

demos a situação e oferecemos o seguinte apoio das Escrituras: “Porque eu, o SENHOR, teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo: Não temas, que eu te ajudo” (Isaías 41:13). “[…] mas para Deus tudo é possível” (Mateus 19:26).

Também compartilhamos uma técnica — usando as escolhas — como uma forma

de melhorar seu sucesso como pais. Esse é um alvo grande, visto que uma das primeiras razões da paternidade é ensinar nossos filhos a se tornarem independentes e ajudá-los a aprenderem como fazer boas escolhas na vida. Não obstante, a menos que lhes demos a oportunidade de praticar essa habilidade, eles crescerão e nunca aprenderão a usá-la.

Os pais bem-sucedidos compreendem que os filhos devem sentir que têm escolhas

na forma como respondem a qualquer pedido. Quando os filhos (isso inclui os adolescen-tes, jovens adultos e até mesmos adultos) acreditam que não têm escolhas, eles se sentem presos, respondendo naturalmente com resistência e ressentimento. Ao focalizar no que sua filha fez de errado no passado em vez de em como ela pode melhorar no futuro, vocês estão simplesmente provocando amargura porque o passado não pode ser mudado. Po-rém, ao se concentrarem em como fazer as coisas melhor da próxima vez, vocês se tornam

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treinadores em vez de críticos de sua filha. Um filho que tem escolhas ganha controle, e ter controle é um pré-requisito para ser responsável. Escolha, controle e responsabilidade se-guem juntos.

Os filhos não podem aprender a ser responsáveis se não tiverem a oportunidade de

escolha e controle em sua própria vida. Ao oferecer à sua filha escolhas (oferecer três boas opções provavelmente é o melhor), ela aprenderá a habilidade de tomar decisões re-sponsáveis. A propósito, o comportamento responsável está diretamente relacionado ao número de escolhas sensíveis que alguém fez no passado. Sem a escolha de tomar decisões, sua filha nunca aprenderá a se comportar bem por si mesma.

Esperamos que Deste Dia em Diante vocês sejam propositais a respeito de permitir

escolhas à sua filha em vez de travarem uma luta final a respeito de tudo o que desejam que ela faça. Ao mudarem sua abordagem, você e seu marido vão ajudá-la a ficar menos na defensiva, a mudar suas respostas, e vocês experimentarão mais compreensão e paz em seu lar. Sigam confiando no poder de Deus para que tudo fique bem.

De Oliver, W., e Oliver, E. (maio/junho de 2011). Message 77 (3) p. 6. Usado com permis-são. Willie Oliver, PhD, e Elaine Oliver, MA, são diretores do Departamento do Ministério da Família na Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia.