família paramyxoviridae sarampo

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Família paramyxoviridae: trabalharemos com os vírus do sarampo, caxumba e vírus respiratório sincicial. Estrutura: são vírus envelopados, pleomórficos, apresentam um RNA simples fita não segmentado, possuem duas proteínas de superfície (hemaglutinina- neuroaminidase e proteína de fusão {além daquilo que o seu nome sugere ela também promove a formação de sincícios}), uma proteína M (organiza os componentes no citoplasma e atua no brotamento) e a algumas proteínas associados ao núcleo capsídeo (fosfoproteina, uma polimerase, e uma associada ao RNA). Dando um total de 7 a 9 proteínas. A proteína H apresenta um importante papel na determinação do tropismo celular. O vírus tem por característica promover aglutinação. A sua replicação causa três efeitos citopáticos: sincícios, corpúsculos de inclusão e alterações morfológicas na célula. Mas uma importante informação é que o vírus é muito estável, portanto apresenta apenas um só tipo, o que confere ao individuo habilidade de proteção ao uma nova infecção. Por ser um vírus envelopado ele é facilmente inativado, por reagentes químicos, calor e irradiação ultravioleta. Patogênese: tem um período de incubação de 10 a 14 dias, o paciente apresenta febre, coriza, tosse e pode vir ater conjuntivite, seguido do exantema maculopapular (*), pode haver uma otite média, infecção secundaria (bacteriana devido à porta de entrada {feridas} o individuo pode vir a ter uma pneumonia e diarreia e lesão de córnea). A infecção se dá através da inalação, sendo o epitélio da traqueia e dos brônquios os mais acometidos. A infecção cursa com uma viremia e disseminação para outros órgãos do corpo, como por exemplo: timo, baço, nódulos linfáticos. Dois acometimentos caracterizam muito bem a infecção por sarampo: o exantema maculopapular e as manchas de koplik (resultado da infecção de queratinocitos). Complicações do sarampo: Panencefalite subaguda esclerosante (rara), compromete o SNC, mais comum de ocorrer antes dos dois anos de idade. Epidemiologia: não existe um reservatório animal, e como foi dito anteriormente uma vez infectado o individuo ganha resistência imune a uma nova infecção, portanto, para o ciclo do vírus necessita de novas pessoas suscetíveis ao vírus. Trata-se uma doença estacional, muito comum no inverno onde as pessoas ficam mais próximas umas as outras, aumentando assim a chance de contaminação. A sua gravidade é dependente o sistema imune do hospedeiro e do estado nutricional. No Brasil é uma doença de

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Page 1: Família paramyxoviridae SARAMPO

Família paramyxoviridae: trabalharemos com os vírus do sarampo, caxumba e vírus respiratório sincicial.

Estrutura: são vírus envelopados, pleomórficos, apresentam um RNA simples fita não segmentado, possuem duas proteínas de superfície (hemaglutinina-neuroaminidase e proteína de fusão {além daquilo que o seu nome sugere ela também promove a formação de sincícios}), uma proteína M (organiza os componentes no citoplasma e atua no brotamento) e a algumas proteínas associados ao núcleo capsídeo (fosfoproteina, uma polimerase, e uma associada ao RNA). Dando um total de 7 a 9 proteínas.

A proteína H apresenta um importante papel na determinação do tropismo celular. O vírus tem por característica promover aglutinação. A sua replicação causa três efeitos citopáticos: sincícios, corpúsculos de inclusão e alterações morfológicas na célula.

Mas uma importante informação é que o vírus é muito estável, portanto apresenta apenas um só tipo, o que confere ao individuo habilidade de proteção ao uma nova infecção.

Por ser um vírus envelopado ele é facilmente inativado, por reagentes químicos, calor e irradiação ultravioleta.

Patogênese: tem um período de incubação de 10 a 14 dias, o paciente apresenta febre, coriza, tosse e pode vir ater conjuntivite, seguido do exantema maculopapular (*), pode haver uma otite média, infecção secundaria (bacteriana devido à porta de entrada {feridas} o individuo pode vir a ter uma pneumonia e diarreia e lesão de córnea). A infecção se dá através da inalação, sendo o epitélio da traqueia e dos brônquios os mais acometidos. A infecção cursa com uma viremia e disseminação para outros órgãos do corpo, como por exemplo: timo, baço, nódulos linfáticos.

Dois acometimentos caracterizam muito bem a infecção por sarampo: o exantema maculopapular e as manchas de koplik (resultado da infecção de queratinocitos).

Complicações do sarampo: Panencefalite subaguda esclerosante (rara), compromete o SNC, mais comum de ocorrer antes dos dois anos de idade.

Epidemiologia: não existe um reservatório animal, e como foi dito anteriormente uma vez infectado o individuo ganha resistência imune a uma nova infecção, portanto, para o ciclo do vírus necessita de novas pessoas suscetíveis ao vírus. Trata-se uma doença estacional, muito comum no inverno onde as pessoas ficam mais próximas umas as outras, aumentando assim a chance de contaminação. A sua gravidade é dependente o sistema imune do hospedeiro e do estado nutricional. No Brasil é uma doença de notificação compulsória, todavia, a campanha de vacina trouxe bons resultados ao país, tendo somente casos de pessoas que vieram de outros países.

Diagnósticos: no exame histológico a simples presença de células gigantes e inclusões juntamente com os achados clínicos já é patognomonica. Porem pode ser feito sorologia, técnica de RT-pcr, e pesquisas de antígenos virais por imunoflorescencia.

Tratamento: não há tratamento antiviral, o que se faz e usar antimicrobianos para controle das infecções bacterianas secundarias.

Prevenção: é feita a vacinação com vírus atenuado, juntamente com dois outros antígenos virais, para rubéola e caxumba. Deve ser dada em duplicada a vacina, sendo a primeira dose aos 12 a 15 meses de idade e a segunda entre quatro e seis anos.