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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL - CAMPUS MARABÁ CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM MATEMÁTICA FACULDADE DE MATEMÁTICA TEOREMA DO VALOR MÉDIO E ALGUMAS APLICAÇÕES MARCIO DE AQUINO MAIA REGINALDO RODRIGUES DA LUZ

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁSERVIÇO PÚBLICO FEDERAL - CAMPUS MARABÁ

CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM MATEMÁTICAFACULDADE DE MATEMÁTICA

TEOREMA DO VALOR MÉDIO E ALGUMAS APLICAÇÕES

MARCIO DE AQUINO MAIA

REGINALDO RODRIGUES DA LUZ

MARABÁ-PAUFPA

FEVEREIRO - 2010

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁSERVIÇO PÚBLICO FEDERAL- CAMPUS MARABÁ

CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM MATEMÁTICAFACULDADE DE MATEMÁTICA

MARCIO DE AQUINO MAIA

REGINALDO RODRIGUES DA LUZ

TEOREMA DO VALOR MÉDIO E ALGUMAS APLICAÇÕES

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO, APRESENTADO A FACULDADE DA MATEMÁTICA COMO OBJETIVO DE OBTENÇÃO DO TITULO DE LICENCIADO EM MATEMÁTICA.ORIENTADORA: Elizabeth Rego Sabino

MARABÁ-PAUFPA

FEVEREIRO – 2010

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁSERVIÇO PÚBLICO FEDERAL-CAMPUS MARABÁ

CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM MATEMÁTICAFACULDADE DE MATEMÁTICA

MARCIO DE AQUINO MAIAREGINALDO RODRIGUES DA LUZ

TEOREMA DO VALOR MÉDIO E ALGUMAS APLICAÇÕES

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO, APRESENTADO A FACULDADE DA MATEMÁTICA COMO OBJETIVO DE OBTENÇAO DO TITULO DE LICENCIADO EM MATEMÁTICA.ORIENTADORA: Elizabeth Rego Sabino

DATA DA DEFESA:CONCEITO:

COMPONENTES DA BANCA EXAMINADORA

PROFESSOR DA UFPA-CAMPUS MARABÁ

PROFESSOR DA UFPA-CAMPUS MARABÁ

PROFESSORA (ORIENTADORA)

MARABÁ-PAUFPA

FEVEREIRO – 2010

O tolo revela todo o seu pensamento, mas o sábio o guarda até o fim. (Provérbios 29:11)

Dedico este TCC em especial a

DEUS cujo mesmo me deu entendimento

para saber esperar com paciência e fé, e

aos meus pais: José Maria de Souza Maia

e Odolina Mendes Aquino que me deram

apoio moral e que nos momentos difíceis

estiveram sempre do meu lado.

(Marcio de Aquino Maia)

Dedico este TCC a Deus por ter

dado força, coragem e saúde. Em especial

aos meus familiares: Sindoval Rodrigues

da Luz, Dinalva Aires da Luz e ao meu

filho Ronaldy Lima Rodrigues.

(Reginaldo Rodrigues da Luz)

AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a DEUS pela força e o dom da sabedoria que nos

concedeu durante toda essa caminhada para que este sonho fosse realizado.

Aos nossos pais, esposas, irmãos e familiares que compreenderam e aceitaram

nossas ausências durante esses quatro anos de curso.

A todas as pessoas que nos ajudaram nos momentos difíceis e deram-nos forças

e incentivos para continuarmos até o fim.

Aos nossos professores e colegas de turma, que nos ajudaram a enfrentar

barreiras de todos os dias de angústia e sofrimento.

Em especial o orientador e professora Elisabeth Rego Sabino pelo credito dado

a nossa dupla e pela eficiência na orientação do TCC.

A UFPA, que nos proporcionou esta grande oportunidade de nos capacitar e

assim construir uma educação digna e de qualidade.

SUMÁRIO

Introdução..........................................................................................................09

Capítulo 1: Teoremas, definições e função contínua......................................10

Capítulo 2: Derivadas, gráficos e exemplos....................................................16

Capítulo 3: Teorema de Rolle e Teorema do Valor Médio............................43

Conclusão...........................................................................................................51

Referências Bibliográficas................................................................................52

INTRODUÇÃO

O assunto que apresentaremos abordará como tema principal do nosso trabalho:

Teorema do Valor médio. Primeiro iniciaremos mostrando algumas definições, logo em

seguida abordaremos sobre Derivadas, teoremas e gráficos e em seguida mostraremos

alguns exemplos para facilitar o entendimento do assunto e ao final abordaremos o

assunto principal que é o Teorema de Rolle e Teorema do Valor Médio.

CAPÍTULO 1

Neste primeiro capítulo faremos algumas definições que serão importantes para o desenvolvimento deste trabalho.

TEOREMAS, DEFINIÇÕES E FUNÇÃO CONTÍNUA

TEOREMA:

l ne=1

Prova pela definição que e=e1

Logo, l ne =l ne1

Como as funções logarítmicas e exponenciais naturais são inversas uma da outra,

segue que o segundo membro da igualdade acima é 1 .Assim l ne =1 .

TEOREMA:

Se a e 𝖻 forem números reais quaisquer, então:

e 𝓪.e𝖻 =e 𝓪+𝖻Prova: Seja A =e𝒶 e B =eb, então ℓn A=𝓪 e ℓnB=𝖻,daí

ℓn AB =ℓn𝓪+ℓn𝖻Substituindo na equação anterior iremos ter ℓnAB =𝓪+𝖻.

Assim,

e ℓnAB = e 𝓪+b Como e ℓn𝑥 =𝑥, o segundo membro da igualdade acima é AB; assim, AB =e a+b

Substituindo A e B pelos seus valores temos:

e 𝓪 .e b =e 𝓪+bTEOREMA:

Se 𝓪 e b forem números reais quaisquer, então:

ea

eb=ea−b

A demonstração é análoga aquela do teorema anterior, onde um é substituído no

outro.

TEOREMA:

Se 𝓪 e b forem números reais quaisquer, então (e 𝓪)b = e 𝓪𝖻Prova: na igualdade 𝑥=e ℓn𝑥, seja 𝑥 =(e 𝓪)b, temos (e 𝓪)b=e ℓn(b)e l n(e)b

Aplicando o teorema e substituindo aos demais chegaremos no seguinte

resultado:

(e)b=e bℓnℯ.𝒶 Mas ℓne a=a, e, portanto (e𝒶)b=e𝒶b

TEOREMA

(a) limx→0

sen xx

=1 (b) limx→0

1−cos xx

=0

Nesta seção vamos supor que a variável independente x das funções trigonométricas

sem x ,cos x , tg x ecotg x seja medida em radianos .

1.1 FUNÇÃO EXPONENCIAL: A função exponencial é a inversa da função

logarítmica natural ; assim sendo ela é

definida por ex= y se e somente se x =log de ny .

A notaçãoex deve ser entendida como o valor da função exponencial natural em 𝑥. Como a imagem da função logarítmica natural é o conjunto de todos os números

reais. A imagem da função exponencial natural é o conjunto dos números positivos,

pois esse é o domínio da função logarítmica e exponencial natural são inversas uma

das outras. Segue o teorema que mostra o seguinte:

l n (ex )=x ee lnx=x

Queremos definir agoraax onde 𝓪 é um número positivo e 𝑥 um número

irracional. Para chegar a uma definição razoável, consideremos o caso 𝓪r, onde 𝒶 ¿0

e r é um número racional colocando ar no lugar de 𝑥, na equação 𝑥 = ex (lnx ¿ temos:

𝓪r =e [ln (ar )]

1.2 Se 𝓪 for um número positivo qualquer e 𝑥 for um número real qualquer,

definimos:

ax =ex ln a

1.3 Se 𝓪 for um número positivo qualquer e 𝑥 for um número real qualquer, então:

l nax =x l na

1.4 O númeroe é definido pela fórmula:

e =e1

A letra e foi escolhida em homenagem ao matemático e físico suíço LEONHARD

EULER (1707-1783).

O número e é um número transcendental isto é, não pode ser expresso como raiz

de qualquer polinômio com coeficientes inteiros. O número πé outro exemplo de

número transcendental. A demonstração de quee é transcendental foi dada pela

primeira vez em 1873 por CHARLES HERMITE. O valor do númeroe pode ser expresso

com qualquer precisão desejada. O valor de e com sete casas decimais é: 2, 7182818...

1.5 POTÊNCIA: Dizemos que Q ( 𝑥 ) é uma função potência ou simplesmente

potência de 𝑥 se ela é proporcional a uma potência constante de 𝑥 se k é a constante

de proporcionalidade e se p é a potência ,então :

Q(𝑥) =k. 𝑥 p

Exemplo 1:

Quais das seguintes funções são potências?

Escreva-as na forma y= Kxp e diga quais são os coeficientes k e a potência p.

a) y= 5x3

b) y = 2

3x

c) y = 5x2

2

d) y= 5 .2x

e) y=3 √x

f) y= ( 3 x2)3

Solução:

a ) como y = 5x -3 , esta função é uma potência com k = 5 e p = -3 .

b) como y = (2/3)x -1 esta função é uma potência com k= 2/3 e p = -1.

c) como y =(5/2)x2 esta função é uma potência com k = 5/2 =2,5 e p = 2

d) esta função não é uma potência. É uma exponencial.

e) como y=3x1/3, esta função e uma potência com k =3 e p =1/2.

f) como y = 33. (x2)3 = 27x6 esta função é uma potencia comk =27 ep = 6.

De acordo com a definição 1.10 que fala sobre função continua vejamos o

exemplo:

Exemplo2:

Mostre queƒ (x) =x3 é continua em 1. Primeiramente traçamos o gráfico e apartir

daí solucionamos o problema.

Solução:

Precisamos mostrar que dado ϵ > 0, existe um intervalo aberto I , contendo 1, tal que

xϵ I ⇒ƒ (1) –ϵ <ƒ (x) <ƒ (1) +ϵ

Vamos resolver a inequação ƒ (1) –ϵ <ƒ (x) <ƒ (1) +ϵ ,temos

ƒ (1) –ϵ <ƒ (x) <ƒ (1) +ϵ ⇔1-ϵ <x3 <1+ϵ ⇔ 3√1−¿ ϵ ¿ <x<3√1+¿ ϵ ¿.

Tomando-se I=¿ 3√1−¿ ϵ ¿ ,3√1+¿ϵ ¿ [1ϵ I ;x ϵ I ⇒ƒ (1) –ϵ <ƒ (x) <ƒ (1) +ϵ

Logo ƒ (x) = x3 é continua em 1.

1.6 INTERVALO ABERTO

(a

,b)={x ∈

R

/a< x<b }

A bolinha vazia (o ) indica que os extremos a e b não pertencem ao intervalo .

1.7 INTERVALO FECHADO

[a

,b] =)={x ∈

R

/a≤ x≤b

}

INTERVALO FECHADO A ESQUERDA E ABERTO A DIREITA

[a,b) ={x ∈ R/a≤ x<b}

INTERVALO FECHADO A DIREITA E ABERTO A ESQUERDA

(a,b] ={x ∈ R/a< x≤b}

SEMI-RETA, FECHADA DE ORIGEM b

(−∞,b] = {x ∈ R/x≤b }

SEMI-RETA ESQUERDA, ABERTA DE ORIGEM b

(−∞,b] ={x ∈ R/x<b }

SEMI-RETA, FECHADA DE ORIGEM a

[a,+∞ ) ={x ∈ R/x≥ a },

RETA REAL

(−∞,+∞) =R

1.8 FUNÇÃO CONTÍNUA

Sejam f e g funções de gráficos

Observe que f e g se comportam de modo diferente em p; o gráfico de fnão

apresenta salto em p, ao passo que o deg sim. Queremos destacar uma propriedade

que nos permite distinguir tais comportamentos .

Veja as situações apresentadas a seguir:

Sejam fuma função contínua e p um ponto de seu domínio, definimos:

fContínua em p ⇔ para todoϵ ¿0 dado, existeδ>0(δ dependendode ϵ) , tal que:

p−δ<x< p+δ⟹ f ( p )−ϵ< f ( p )+ϵ .

A definição anterior pode, então ser reescrita, em notação de módulo, na

seguinte forma:

f contínua em p⇔ para todo c > 0, existe δ >0 tal que para todo x em D xf⃓ −p⃓ <δ ⟹⃓f ( x )−f ( p) ⃓<ϵ .

Dizemos que f é contínua em A ⊂ D(f ) se f for contínua em todo p ∈ A. Dizemos simplesmente que fé uma função continua em todo p de seu domínio.

CAPÍTULO 2

1.1 RETA TANGENTE: Suponhamos que a funçãof seja continua em 𝑥₁. A reta

tangente ao gráfico de f no ponto p(𝑥₁,f (𝑥₁)) é:

(i) A reta passa por p tendo inclinação m (𝑥₁) dada por:

m(x1)= lim∆x→0+¿ f ( x ₁+Δx )−f (x ₁)

Δx¿

¿

Se o limite existir.

(ii) a reta x =𝑥1 se

lim∆ x→ 0+¿¿

¿ f ( x₁+Δx )− f (x₁)

Δx for +∞ ou - ∞

lim∆ x→0−¿ f (x ₁+Δx )−f (x ₁)

Δx ¿

¿ for +∞ ou - ∞

Se nem (i) nem (ii) da definição forem verdadeiras, então não existirá reta tangente ao

gráfico de f , no ponto p(𝑥1 ,f (𝑥1 )) .

1.2 DERIVADA: A Derivada de uma função f é uma função denotada por f ' , tal

que seu valor em qualquer número 𝑥 do domínio de f seja dado por :

f ’ (𝑥) = lim∆ x→ 0

¿ f ( x+Δx )−f (x )

Δx

Se esse limite existir.

Se 𝑥₁ for um determinado número no domínio de f então:

f ’ (𝑥1)= lim∆ x→ 0❑

¿ f ( x₁+Δx )−f (x₁)

Δx

1.3 DERIVADA À DIREITA: Se a função f for definida em x ₁ , então a derivada a

direita de f em 𝑥₁ , denotada por f '₊( 𝑥1 ) será definida por :

f '₊ (𝑥₁)= lim∆ x→ 0+¿¿

¿ f ( x₁+Δx )−f (x₁)

Δx

f '₊ ( 𝑥₁)= lim∆ x→ x₁+¿¿

¿ f ( x )−f (x₁)x−x₁

Se o limite existir.

1.4 DERIVADA A ESQUERDA: Se a função f for definida em 𝑥₁ , então a

derivada a esquerda de f em 𝑥₁ ,denotada por f ' ₋ ( 𝑥₁) ,será definida por :

f '₋ (x1 )= lim∆x→0−¿ f ( x₁+Δx )−f (x ₁)

Δx¿

¿

f '₋ (x1 )= lim

x→ x1−¿ f (x )−f (x ₁)

(x−x1)¿

¿

Se o limite existir.

1.5 TAXA DE VARIAÇÃO: Sejay=f (x ), a taxa de variação instantânea de y por

unidade de variação de 𝑥 em 𝑥₁ , é f ¿𝑥₁) ou equivalente à derivada de y com respeito

a 𝑥 em 𝑥₁ , se ela existir no ponto 𝑥₁ .

Ilustramos geometricamente; seja f ’ (𝑥₁) a taxa de variação instantânea de y por

unidades de variação de 𝑥 em 𝑥₁, se ela existir no ponto 𝑥₁. Então sef ' de (𝑥₁) for

multiplicado por ∆ x(variação de 𝑥) temos a variação que ocorreria em y se o ponto

(𝑥, y) se movesse ao longo da reta tangente ao gráfico de y = f (𝑥) no ponto (𝑥1, y₁ ).

Veja a figura 1, ela mostra que a taxa média de variação por y por unidade de variação

de 𝑥 é dada pela fração, e se essa fração for multiplicada por ∆ x, obteremos∆ y ,que é

a variação real de y causada por uma variação de∆ x em x quando o ponto (x,y)

move-se ao longo do gráfico.

1.6 RETA TANGENTE A CURVA: Suponha que 𝑥0 seja um ponto do domínio

da funçãof . A reta tangente à curva y =f ( x ) no ponto p (x₀ , f ( x₀ ) ) é a reta da

equação:y - f(𝑥0) = mt (𝑥₁-𝑥₀)mt = lim

x→x ₀¿ f ( x )−f (x₀)x−x₀

Sempre que existir o limite. Para simplificar, também dizemos que essa reta é a reta

tangente a y = f ( x ) em x ₀.

1.7 DERIVADA DE UMA FUNÇÃO: Sejam f uma função e p um ponto de seu

domínio, o limite .

limx→ p

f ( x )−f ( p )x−p

Quando existe e é finito, denomina-se derivada def em p e indica-se f ’( p) ; assim :

f ’(p) = limx→p

f ( x )− f ( p )

x− p

Como a função exponencial natural é inversa da função logarítmica natural.

Obtemos o teorema para a derivada da função exponencial natural por derivação

implícita.

Seja y=e𝑥. Então, segue que 𝑥=ℓny.

Vamos derivar ambos os membros da igualdade acima implicitamente em

relação a 𝑥 para obter:

1 = 1y · dydx ⇔dy

dx= y

Substituindo y por ex, obtemosddx (e𝑥) =e𝑥

O próximo teorema segue dessa relação e da regra da cadeia.

TEOREMA: Se u for uma função de x, diferenciavel, então:

Dx(eu)=eu Dxu

Demonstração:

Observe que a derivada da função definida por ƒ (x) =Kex, onde k é uma

constante a ela mesma. A única função que encontramos antes com essa propriedade

é a função constante zero; na realidade ela é um caso particular de ƒ(x) =Kex quando k

=0 . Podemos provar que a função mais geral, igual a sua própria derivada é dada por ƒ

(x) =Kex.

Conforme a definição 1.1 que fala sobre reta tangente veja um exemplo, e mais

adiante veremos dois gráficos dessa função, tanto da tangente quanto da secante.

Exemplo 3:

Usando a definição 1, encontre a equação da reta tangente a parábola У=x2 no ponto

(1,1) .

Solução:

У -1=mt(𝑥-1)

Para encontrar a inclinação m t considere a reta secante por p e um ponto

Q(𝑥 ,𝑥2) na parábola que é distinto de p. A inclinação ms dessa secante é :

ms=x2−1x−1

Observando a figura abaixo:

Ela sugere que, se agora, permitimos que Q se mova sobre a parábola e se

aproxime mais e mais de P, isso por sua vez, sugere que o valor de ms irá se aproximar

mais e mais do valor de mt a medida que Q se move em direção a P sobre a curva.

Contudo, dizer que Q(𝑥,𝑥2)aproxima mais e mais de P(1,1) é equivalente dizer

algebricamente que 𝑥 se aproxima mais e mais de 1 .Assim, o problema de encontrar

mt se reduz a medida que 𝑥 se aproxima mais e mais de 1(mas sempre que 𝑥≠1 para

garantir queP e Q permaneçam distintos ).

Já que 𝑥≠1 podemos reescrever como:

ms = x2−1x−1

=( x−1 )(x+1)

(x−1)=x+1

A partir do qual é evidente que ms se aproxima mais e mais de 2 quando 𝑥 se

aproxima mais e mais de1. Assim mt =2 e implica que a equação da reta tangente é :

y -1 =2(𝑥-1) ou equivalente y=2𝑥-1 .

A figura adiante mostra o gráfico de y= 𝑥2 e dessa reta tangente. Ela mostra onde

os pontos se encontram para formar a parábola e também mostra a reta secante que

encostar no gráfico, observe bem esta figura, pois mais adiante teremos que utilizar

ela para solucionar os demais problemas.

Na definição 2 vimos falar sobre a derivada, vejamos então o exemplo abaixo

Exemplo 2:

Ache a derivada de ƒ se f(𝑥) =3𝑥2 +12

Solução:

Se 𝑥 for qualquer número do domínio de ƒ, então temos:

ƒ’ (𝑥) = lim∆ x→0

¿ f ( x+ Δx )−f (x )

Δx

ƒ’ (𝑥)= lim∆ x→ 0❑

¿ ¿¿

ƒ’ (𝑥)= lim∆ x→0

¿ 3 x2+6x ∆ x+3¿¿

ƒ’ (𝑥)= lim∆ x→0

¿ 6 x ∆ x+3¿¿

ƒ’ (𝑥)= lim∆ x→0

¿ (6 x+3∆ x)

ƒ’ (𝑥)= 6𝑥 Logo, a derivada de ƒ é a função ƒ’, definida por ƒ’ (𝑥)=6 𝑥 . O domínio de ƒ’ é o

conjunto de todos os números reais, sendo igual ao domínio de ƒ.

Considere agora a fórmula que é:

ƒ ’(x₁) = lim∆ x→ 0

¿ f ( x₁+Δx )− f (x₁)

Δx

Nessa fórmula seja:

x1+∆ x=x então, ∆ x→0 é equivalente a x→ x₁ . Das fórmulas anteriores obtemos a

seguinte fórmula:

ƒ'(x1) = lim∆x→1

f ( x )−f (x₁)

x−x₁

Conforme a definição 3 e 4 que fala sobre derivada a esquerda e derivada a

direita vejamos o exemplo .

Exemplo 3:

Uma partícula move-se ao longo de uma reta horizontal de acordo com a equação.

S = 2t3-4t2+2t-1

Determine os intervalos de tempo nos quais as partículas se movem para a

direita e para a esquerda. Determine também o instante no qual ela inverte seu

sentido.

Solução:

V=dsdt ¿ 6 t2- 8 t + 2

V= 2(3 t2 -4t + 1 )

V= 2(3 t -1 ) (t -1)

A velocidade instantânea é zero quando t = 13 e t =1. Logo, nesses dois instante a

partícula está em repouso. A partícula move-se para a direita quando v é positivo e

move-se para a esquerda quando v é negativo. Determinamos o sinal de v para os

vários intervalos de t e os resultados estão dados na tabela abaixo .

FIGURA 1

3t-1 t-1 conclusão

t<1/3 - - vé +e a particulamove−se paradireita

t =1/3 0 - vé 0ea particulaestámudando de sentidodadir . paraesq .

1/3< t <1 + - vé−ea particulamove−se para esquerda

t =1 + 0 vé zero ea particulaestámuda ndode sentidodaesq . paradir .

1<t + + vé positivo ea particulamove−se paradireita

FIGURA 2

O movimento da partícula, indicado na figura 2, é ao longo de uma reta

horizontal, contudo, o comportamento do movimento está indicado acima da reta. A

tabela 2 dá os valores de s e v para os valores específicos de t .

Conforme a definição 5 vejamos o exemplo de taxa de variação

t s v

-1 -9 16

0 -1 2

1/3 19/27 0

1 -1 0

2 3 10

Exemplo 4:

Seja cm3 o volume de um cubo com xcm de lado, use a calculadora para calcular a taxa

média de variação de v (x) em relação à xquandox varia de:

(a) 3, 000 a 3, 200

(b) 3, 000 a 3, 100

(c) 3, 000 a 3, 010

(d) 3, 000 a 3, 001. (e).

(e) Qual será a taxa de variação instantânea de v (x) em relação a x quando x é 3 ?

Solução:

A taxa média de variação de v(x) em relação a x ,quando x varia de x1 a x1 +∆ (x) é :

V = ( x1+Δx )−v (x 1)

Δx

a)x1 =3, 000

Δx=0, 200

V =v (3,200 )−v (3,000)

0,200 = ¿¿=28 ,84

b) x1 =3, 000

Δx =0, 100

V =v (3,100 )−v (3,000)

0,100 =¿¿ =27 ,91

c) x1 =3, 000

Δx =0, 010

V =v (3,010 )−v (3,000)

0,010 =¿¿=27 ,09

d) x1 =3, 000

Δx =0, 001

V =v (3,001 )−v (3,000)

0,001 =¿¿=27,01

Vemos que quando a medida do lado do cubo varia de 3,000 a 3,200 cm, a

variação do volume é de 28,84 cm3 por centímetro de variação do comprimento do

lado interpretamos (b) e (d) de forma similar .(e) a taxa de variação de v(x) em relação

a x quando x é 3 e v ’ (3) . Isso significa dizer que v ’ (x)=3x2 ,daí , v ’(3)=27 .

Logo quando o comprimento do lado do cubo é 3 cm, a taxa de variação

instantânea do volume é 27 cm 3 por centímetro de variação do comprimento do lado.

De acordo com a definição 6 veja um exemplo sobre a reta tangente a curva .

Exemplo5:

Encontre uma equação para a reta tangente a curva y= 2x no ponto (2,1).

Solução:

Vamos encontrar a inclinação da reta tangente aplicando a fórmula ƒ(x) = 2x e x0 = 2

temos ,

mt = limh→0¿

f (2+h )−f (2)

h

mt = limh→0

22+h−1

h = lim

h→ 0(

2−(2+h)2+hh

)

mt = limh→0

−h

h(2+h)

Logo:

mt = lim h→0

12+h=−1

2

Assim, uma equação da reta tangente em (2,1) é y-1 =−12 (x-2 ) ou

equivalentemente, a y = - 12 x+2.

Observe a reta tangente ao gráfico da função.

Conforme a definições 7 .1, 7.2, 7.3, 7.4, que fala sobre função exponencial veja

alguns exemplos :

Exemplo 6 :

Calcule o valor de2√3 com duas casa decimais

Como ax = e lna sea > 0 ,

2√3 = e√3 ln 2

≈e 1,732(0,6931)

≈e1,200

≈3,32

Exemplo 7 :

Ache dydx se y =e (4x)2

Solução:

dydx =e (1/x) 2(-2/x3)

= - 2e1/x/x3

Exemplo 8:

Ache dydx se y=e2x+lnx

Solução:

Como e2x+lnx =e2xelnx e elnx= x ,então : y = xe2x

Logo;

dydx =e2x+2xe2x

Exemplo 9:

A taxa de crescimento da população de certa cidade e proporcional ao número

de habitantes. Se a população em 1950 era de 50.00 e em 1980 de 75.000, qual a

população esperada em 2010.

Solução:

Seja t o tempo em anos, decorrido desde 1950. Seja y a população emt anos. As

condições laterais são dadas na tabela 1, onde Y 60 é a população esperada em 2010?

A equação diferencial é; dydt

=ky

Tabela 2

t 0 30 60

y 50.000 75.000 Y60

Onde K é uma constante e y = 50.000 quando t = 0. Temos a lei do crescimento

natural. Y= 50.000 ekt como y = 75.000 quando t = 30, obtemos:

75.000 = 50.000 e20k

e30k = 32

Quando t = 60, y = Y60, logo,

Y60 = 50.000 e60k

Y60 = 50.000 (e30k)2

Substituindo na equação temos: Y60 = 50.000 (32 )2 = 112.500.

Portanto, a população esperada em 2010 é 112.500 habitantes.

RETAS TANGENTES

Mostremos como a noção de limite pode ser utilizada para encontrar uma

equação para a reta tangente a uma curva. Estamos de dar uma definição matemática

de reta tangente a uma curva y= ƒ (x) num ponto p(x0 f(x0)) da curva. Considere um

ponto Q (xf (x )) na curva que seja distinto de p e calcule a inclinação da reta secante

por p e Q.

Veja a figura:

MPQ =f ( x )−f (xo)x−x 0

quando x tende a x0 , então o ponto Q caminha na curva e se

aproxima do ponto P , se a reta secante por P e Q atingir alguma posição limite quando

x→ xo . Então consideramos essa posição como a posição da reta tangente em

P. Dito de outra maneira, se a inclinação mPQ da reta secante por P e Q atender a um

limite.

Quando x→ xo, então consideremos esse limite como a inclinação m t da reta

tangente em P.

Exemplo 10:

Encontre as inclinações das retas tangentes a curva y=√ x em x0 =1, x0 =4, x0 =9

Solução:

Poderíamos calcular cada uma dessas inclinações, mais e mais eficiente,

encontramos a inclinação para um valor arbitrário de x0 e depois substituir os valores

numéricos específicos dados, dessa forma obtemos:

mt =limh→ 0

f (x ₀+h )−f (x ₀)

h

mt = limh→ 0¿

√x ₀+h−√x₀

h

mt = limh→0¿

√x ₀+h−√x₀

h . √x ₀+h+√ x₀√x ₀+h+√ x₀

mt = limh→ 0¿

x₀+h−x₀

√¿¿¿

mt = limh→0

h

(√ x₀+h+√x ₀)

Logo :

limh→0

1

(√ x₀+h+√x ₀) =

12√ x₀

As inclinações em x0 = 1,4 e 9 agora podem ser obtidas substituindo esses valores

na formula geral de mt ,assim :

Inclinação em x0 = 1 é 1

2√1 =

12

Inclinação em x0 = 4 é1

2√4 =

14

Inclinação em x0 = 9 é 1

2√9=

16

Veja o gráfico que mostra a inclinação:

DESLOCAMENTO E VELOCIDADE MÉDIA

A chave para descrever a velocidade de uma partícula em movimento retilíneo é

a noção de deslocamento. Se [t0,t0+h] é um dado intervalo de tempo, definimos o

deslocamento ou a variação na posição da partícula nesse intervalo como sendo a

diferença entre as coordenadas de sua posição inicial.

DESLOCAMENTO NO INTERVALO

[t0, t0+h] = f (¿+h )− f (¿)

O deslocamento é positivo se a posição final está no sentido positivo em relação à

posição inicial, negativo se a posição final está no sentido negativo em relação à

posição inicial, e zero se a posição final coincide com a posição inicial.

Vejamos a figura:

Quando uma partícula em movimento retilíneo move-se somente no sentido

positivo ao longo de um intervalo de tempo, então o deslocamento nesse intervalo é

igual à distância percorrida pela partícula, pode-se mover em ambos os sentidos no

intervalo de tempo dado, então o deslocamento e a distância percorrida podem

diferir. Por exemplo, se a partícula se move 100 unidades no sentido positivo e depois

100 unidades no sentido negativo, à distância percorridas são 200 unidades, mas o

deslocamento é zero, pois as posições finais e iniciais coincidem.

É importante distinguir entre a velocidade (quão rápida é e em que sentido) e a

velocidade escalar (quão rápida é) de uma partícula em movimento. Isso é feito

usando velocidade negativa para movimentos no sentido negativo e velocidade

positiva para movimentos no sentido positivo. Assim uma partícula com uma

velocidade de -2 m/s tem uma velocidade escalar de 2 m/s e se move no sentido

negativo, enquanto uma partícula com uma velocidade de 2 m/s tem uma velocidade

escalar de 2m/s e se move no sentido positivo .

Suponha que uma partícula em um movimento retilíneo ao longo de um eixo s

tenha uma função posição s = f(t). A velocidade média da partícula em um intervalo de

tempo [t0, t0+h ] . Com h >0 é definida como:

Vm= deslocamentotempo percorrido

f (¿+h )−f (¿)h

Por definir a velocidade escalar média, usando a distância percorrida pela

partícula.

Exemplo 11:

Uma partícula se move 5 m no sentindo positivo e então retrocede 2m no sentido

negativo, seu deslocamento e de 3m, mas a distância percorrida é de 7m. Definimos a

velocidade escalar média como o quociente de distância percorrida pelo tempo:

Velocidade Escalar Média = distância percorridatempodecorrido

No caso em que a partícula se move somente no sentido positivo, seu deslocamento é

à distância percorrido em qualquer intervalo de tempo são iguais. Nesse caso, a

velocidade média também é igual.

Exemplo 12:

Suponha que S= f(t) = 1+3t – 2t2 seja a função a posição de uma partícula onde s está

metros e t em segundos. Encontre o deslocamento e a velocidade média em metros da

partícula nos intervalos de tempo:

(a) [0,1]

(b) [1,3].

Solução:

a) Aplicando á formula: f ( t0+h )−f (t 0)

V em t0 = 0 e h= 1, logo f(1) –f(0) = 2-1 = 1m segue da forma f¿=h−f (¿)

h=1

1 , logo a

velocidade média no intervalo [0,1] é 1m/s.

b) Aplicando a fórmula:f ( t0+h )−f (t 0)

V em t0= 1 e h = 2, substituindo na fórmula fica f(3) –f(1), usando :

f (t) =1+3t-2t2

=-8-2

= -10m f ( t 0+h )−f ( t 0 )

h

= −10

2 =-5, Portanto a velocidade média no intervalo de tempo [1,3] é - 5m/s.

INCLINAÇÃO E TAXAS VARIAÇÃO

A velocidade pode ser vista como taxa de variação da posição em relação ao

tempo. As taxa de variação também ocorrem em outras aplicações. Por exemplo:

Exemplo 13:

1) Um biólogo pode está interessado na taxa com que a quantidade de bactérias de

uma colônia muda com o tempo.

2) Um Engenheiro pode estar interessado na taxa com que o comprimento de um cano

de metal muda com a temperatura.

3) Um Economista pode estar interessado na taxa com que os custos de produção

mudam com a quantidade de produto que está sendo produzido.

4) Um Médico pode está interessado na taxa com que o raio de uma artéria muda com

a concentração de álcool na corrente sangüínea.

Nosso próximo objetivo é definir precisamente o que se entende por “taxa de

variação de y em relação à x” quando y é uma função de x. No caso em que y é uma

função linear dex, digamos y=mx+b, a inclinação me uma mediada natural da taxa de

variação de y em relação à y. Vejamos a figura:

Cada aumento de uma unidade em x qualquer lugar ao longo da reta produz uma

variação de m unidades de y, de modo que vemos que y muda a taxa constante em

relação à x ao longo da reta e que m que mede a taxa de variação.

Exemplo 14:

Encontre a taxa de variação de y em relação à x.

a)y = 2x– 1

b) y = -5x + 1

Solução:

Em (a) a taxa de variação de y em relação a x é m=2, de modo que um aumento de 1

unidade em x produz um aumento de 2 unidades em y.

Em (b) a taxa de variação de y em relação à x é m = -5, de modo que um aumento de

1 unidade em x produz uma redução de 5 unidades em de y.

FUNÇÃO DERIVADA Exemplo 15:

Encontre a derivada em relação à x de f(x) = x3 –x

f ’(x) = limh→0¿

f ( x+h )−f (x )

h

f ’(x) = limh→0¿

¿¿

f ' ( x )=limh→0

¿ [ x3+3 x2h+3x h2+h3−x−h ]−[x3−x]

h

f ’(x) = limh→0¿

3x2h+3 xh2+h3−h

h

f ’(x) = limh→0¿

[3x2+3 xh+h2−1]

f ’(x) = 3x2−1

TÉCNICAS DE DIFERENCIAÇÃONos temas abordados anteriormente definimos a derivada de uma função f como um

limite e usamos esse limite para calcular algumas derivadas simples. Vamos

desenvolver agora alguns teoremas importantes, que nos possibilitarão calcular

derivadas de forma mais eficiente .

DERIVADA DE UMA CONSTANTE

O tipo mais simples de função é a função constante f( x) =c. Como o gráfico def é

a reta horizontal de inclinação 0, a reta tangente ao gráfico de f tem inclinação zero

em cada ponto de x ; portanto, podemos ver geometricamente que f’ dex =0

Veja a figura:

A reta tangente ao gráfico de f ¿) =c tem inclinação zero para todo x. Podemos

ver algebricamente, pois:

f’ (x) = limh→0

¿ f ( x+h )−f (x )

h= limh→0

¿ c−ch = lim

h→ 0¿

=0

TEOREMA

A derivada de uma função constante é 0, isto é x for um número real qualquer,

então ddx

[c ]=0 .

Exemplo 16:

ddx

[1 ]=0 , ddx

[−3 ]=0 , ddx

[π ]=0 , ddx

[−7 ]=0 .

REGRA DO PRODUTO E DO QUOCIENTENesta seção desenvolveremos técnicas para derivar produtos e quocientes de funções

cujas derivadas são conhecidas.

DERIVADA DE UM PRODUTO

Poderíamos conjecturar que a derivada do produto de duas funções seja o

produto de suas derivadas. Contudo, isso é falso. Considere as funções

f (x)=xe g (x)=x2.O produto de suas derivadas é f ’(x) g’(x) = (1) .(2x)=2x. Mas seu

produto é h(x) = g(x) =x3 , portanto a derivada do produto é h’(x)=3x2 .

Assim, a derivada do produto não é igual ao produto das derivadas. A relação

correta que é creditada a LEIBNIZ, é expressa no teorema seguinte.

TEOREMA (REGRA DO PRODUTO)

Se f e g forem diferenciáveis em x, então o produto de f . gtambém é:

dydx

[ f (x ) g ( x )]=¿ f ( x ) ddx [g ( x ) ]+g ( x ) d

dx[ f ( x ) ]

Demonstração:

ddx

[ f ( x )g (x )] = limh→ 0

f (x+h ) . g ( x+h )−f ( x ) . g (x)

h

= limh→ 0

f (x+h )g ( x+h )− f ( x+h )g ( x )+f ( x+h ) g (x )−f ( x )g( x)

h

= limh→ 0¿ +g ( x ) .

f ( x+h )−f (x)h

]

= limh→ 0

f ( x+h ) .limh→0

g ( x+h )−g (x)

h+limh→ 0

g ( x ) .limh→ 0

f ( x+h )−f (x)

h

= [limh→0

f ( x+h )]ddx [g(x )¿+[lim

h→0g (x)¿ d

dx [f (x)¿

=f ( x ) ddx [g ( x ) ]+g ( x ) d

dx[ f ( x )]

Logo, conseguimos demonstrar da regra do produto pelo próprio teorema.

Exemplo 17:

Encontre dy /dx se y= (4x2-1)(7x3+x)

Solução:

Pode x usar dois métodos para encontrardydx . Podemos tanto usar a regra do produto

quanto efetuar as multiplicações indicadas na formula de y e, então diferenciar. Vamos

utilizar ambos os métodos.

Método 1 (usando a regra do produto ):

dydx =

ddx

¿2-1) ¿3+x )]

dydx

=¿ (4x2-1)ddx

¿3+x] +(7 x3+x)ddx

¿2-1]

dydx

=¿ (4x 2-1)(21 x 2+1)+(7x3 +x)(8x)

dydx

=¿ 140 x 4-9x2-1

Método 2 (Primeiro multiplicando ) :

y= (4x 2-1) (7x3 +x) =28x5-3x3-x

Assim:

dydx =

ddx

¿28x5-3x3-x]

dydx=140x4-9x2-1

DERIVADA DO QUOCIENTE

Assim como a derivada do produto não é, em geral, o produto das derivadas,

também a derivada de um quociente não é em geral, o quociente das derivadas. A

relação correta é dada no teorema seguinte.

TEOREMA (REGRA DO QUOCIENTE)

Se f e gforem diferenciáveis em x e g(x )≠ 0 então fg é diferenciável emx e

dydx = [

f (x )g (x)

¿=¿ = ¿]

Demonstração:

ddx [ f ( x )

g (x ) ]=limh→0

f (x+h)g(x+h)

−f (x )g (x)

h=

limh→0

f ( x+h ) . g ( x )− f ( x ) . g(x+h)

h. g ( x ) . g(x+h)

ddx [ f ( x )

g (x ) ]=limh→ 0

f ( x+h ) . g ( x )−f (x ) . g ( x )−f ( x ) . g ( x+h )+ f ( x ) . g(x )

h . g ( x) . g (x+h)

¿ limh→ 0

g ( x ) .

f ( x+h )− f ( x )h

g ( x ) . g ( x+h )−f ( x ) .

g ( x+h )−g (x)h

g ( x ) . g ( x+h )

= limh→0

g ( x ) .limh→0

f ( x+h )−f (x)

h−lim

h→0f ( x )

limh→0

g ( x+h )−g (x)

h.

limh→0

g ( x ) . limh→0

g(x+h)

= limh→0g (x)¿ . d

dx[ f (x )]−[ lim

h→0f (x)] d

dx[ g(x)] ¿

limh→0

g ( x ) . limh→0

g (x+h)

=g ( x ) ddx [ f ( x ) ]−f ( x ) d

dx[g ( x )]

¿ ¿

Logo conseguimos demonstrar a fórmula da Regra do Quociente.

Exemplo 18:

Encontrey ’(x) para y= x3+2 x2−1x+5

Solução:

Aplicando a regra do quociente temos:

dydx= ddx [ x3+2 x2−1x+5

] =(x+5) ddx [x3+2x2-1]

−(x3+2 x2−1) ddx

[ x+5 ]

(x+5)

dydx= ( x+5 ) (3 x2+4 x )−(x3+2x2−1 )(1)¿¿

dydx=2x3+17 x2+20 x+1¿¿

DERIVADAS DE FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS

O teorema acima em vez de x usaremos hcomo variável, como segue:

limh→ 0

senh

h=1 e lim

h→0¿ 1−cosh

h=0

Comecemos com o problema de derivar f (x) =senx usando a definição de

derivada, obtemos:

f ’(x ) = limh→ 0

f (x+h )−f (x)

h

f ’(x ) = limh→0

sen ( x+h )−sen(x )

h

f ’(x )= limh→ 0

senxcosh+cosxsenh−senx

h

f ’ (x ) = limh→0¿ [senx( cosh−1

h )+cosx( sehh )¿

f ’ (x ) = [limh→0

[cosx( senhh )−senx( 1−coshh )]

f ’(x ) = limh→0cosx .

limh→0

senh

h−¿ lim

h→0senx .

limh→ 0

1−cosh

h

f ’(x ) = (limh→0

¿ cosx )(1) –(limh→ 0senx

) ( 0 )

f ’(x ) = limh→0cosx

= cosx

Assim ddx [senx¿=cos x e

ddx [cosx ¿=−senx

Logo conseguimos demonstrar que limh→ 0

senh

h=1 e limh→0

¿ 1−coshh

=0 equivale dizer

que ddx [senx¿=cos x e

ddx [cosx ¿=−senx

EXEMPLO 19:

Encontre dydx se y=sen x

SOLUÇÃO:

Usando a fórmuladdx

[sen x ]=cos x e a regra do produto, obtemos

dydx =

ddx

[ xsenx ]=xddx [sen x ]+sen x

ddx [x]

=xcosx+senx

Vejamos outras derivadas

ddx [tg x ]=sec2x

ddx

[ xcx ]=¿sec xtgx

ddx

[cotgx ]=cosec x2

ddx

¿]= −cosec x cotg x

REGRA DA CADEIA

Considere o problema de calcular a derivada de ddx

¿2+1)100] .

Seja h(x )=¿2+1)100, nossa estratégia será escrever h como uma composta de

funções mais simples que sabemos derivar facilmente e, então expressar ddx

¿2+1)100]

em termos das derivadas das funções simples. Por exemplo, expressamos h(x ) como a

composição h(x ) =( f og)(x )=f (g ( x )) onde g(x )=¿ x2 +1,f (x) =x100 .

Como sabemos que g’(x) =2x e f ’(x) =100x99 basta encontrar uma maneira de

expressar h’(x) em termos dessas duas derivadas conhecidas. A chave para isso é a

introdução das variáveis dependentes y=( x2+1)100 e u = g(x) =x2 +1 dos quais segue

y=u100. Assim queremos usar as derivadas conhecidas dydu

=100 u99 e dudx

=2 x .

Para encontrar a derivada desconhecida dydx =

ddx

¿2+1)100] segue que :

dydx

=dydu . dudx =100u99 .2 x=200 ¿

TEOREMA (REGRA DA CADEIA )

O nome regra da cadeia é apropriado porque a derivada procurada é obtida com

os dois elos de uma cadeia das derivadas mais simples.

Se g for direrenciavel no ponto x e f for diferenciavel no ponto g(x), então a

composição fog é diferenciavel no ponto x. Além disso, sey = f (g(x )) e u =g(x ) então:

y=f (u) é dydx

=dydu .

dudx

EXEMPLO 20:

1) Encontre dydx se y = cos (x3)

Solução:

Tomamos u = x3 e expressamos y como y= cos u. Aplicando a fórmula dydx

=dydu .

dudx . Obtemos

ddu [cos u ]

ddx [x3] .

dydx =(-sen u ).(3x2)

dydx = (-sen (x3)). (3x2)

dydx = - 3x2sen (x3)

2) calcule f ’(x ) ,sendo f(x) = (3x2+1)3

Solução:

Fazendo, f (x) =u3, onde u = 3x2+1 temos:

f ’ (x) =ddu [u3]

dudx = 3 u2

dudx =3(3x2+1)2 (6x)

Ou seja,

f ’ (x) =18x(3x2 +1)2

Exemplo 21:

Seja f (x) =x4 calcule

a)f ’(x )

b) f ’(12)

Solução:

a) f (x) = x4 ⇒f ’(x ) =4x4-1, ou seja, f ’ (x) =4x3

b)como f ’ (x )=4x3,segue que f ’12= 4 .1/33 ,ou seja f ’ de ½ =1/2

TEOREMA: São validos as fórmulas de derivação

a) f (x) =ex⇒f ’ ¿) = ex

b) g(x) =lnx ⇒g(x ) = 1/ x , x > 0

EXEMPLO 22:

Calculef ’(x)

a) f (x) =2x

b) f (x) = 5x

c)f (x) = ex

SOLUÇÃO

a) 2Xln2

b) 5xln5

c)ex

Exemplo 23:

1) Ache f ’(x) se f (x) =x2 sen x

Solução:

f ’ (x )=¿ x2cosx+2xsenx

2)Ache f ’(x) se f (x) = 2 cos x

Solução:

f ' ( x )=−2 senx

3)Ache g ’( x)se g (x)=4 tgx

Solução:

g ’( x)=4 sec2

4)Ache f ’(x )se f (x)=2 secx

Solução:

f ’ (x )=2 secx 2 tgx

CAPÍTULO 3

Teorema de Rolle e Teorema do Valor Médio Ressaltamos a importância do teorema do valor médio na introdução deste

capitulo. A demonstração do teorema do valor médio é baseada num caso particular

conhecido como teorema de Rolle, que discutiremos primeiro. Seja f uma função

continua no intervalo fechado [a, b], derivável no intervalo aberto (a,b) e tal que f(a)=0

e f(b)=0 . O matemático francês MICHAEL ROLLE (1652-1719) provou que se uma

função satisfaz essas condições, existe pelo menos um número centre a e b para o

qual f ’(x )=0 .

Vejamos qual o significado geométrico disto, a figura 1 mostra um esboço do

gráfico de uma função f que satisfaz as condições do parágrafo precedente.

Vemos, intuitivamente, que existe pelo menos um ponto sobre a curva entre os

pontos (a ,0) e (b ,0) onde a reta tangente é paralela ao eixo x ;isto é, a inclinação da

reta tangente é zero . Esta situação é ilustrada na figura 1, no ponto p. Assim sendo, a

abscissa de p é o c ,tal que f ’(x )=0 .

FIGURA 1

A função cujo gráfico está esboçado na figura não é derivável apenas no intervalo

(a,b); isso ocorre também nos extremos do intervalo. Mas, a condição de que f seja

derivável nos extremos não é necessária, para que o gráfico tenha uma reta tangente

horizontal em algum ponto no intervalo; a figura 2 mostra isso, ela mostra que a figura

não é derivável em a e b ;contudo, existe uma reta tangente no ponto onde x=c e c

está entre a e b.

FIGURA 2

Entretanto, é necessário que a função seja contínua nos extremos do intervalo, para

garantir a existência dessa tangente. A figura 3 mostra um esboço do gráfico de uma

função que é contínua no intervalo [a,b], mas descontínua em zero em ambos os

pontos a e b .Não existe contudo, nenhum ponto no qual o gráfico tenha uma reta

tangente horizontal .

FIGURA 3

Vamos enunciar e provar agora o teorema de ROLLE

Teorema de Rolle: seja f uma função, tal que (i) ela seja continua no intervalo fechado

[a ,b] ; (ii) ela seja continua no intervalo aberto (a,b); (iii)f (a) = 0 e f (b)= 0 Então existe

um numero Cno intervalo aberto (a ,b),tal que f l(c) = 0 .

Demonstração: Vamos dividir a demonstração deste em dois casos.

Caso 1: f (x)=¿0 para todo x em [a,b] entãof ' (x) = 0 para todo x em (a,b); logo

qualquer numero entre a e c pode ser tornado como c.

Caso 2: f (x) não se anula para todos os valores de x no intervalo aberto (a ,b). Como f

é continua no intervalo fechado [a, b]. De (iii¿, f (a)=0 e f (b)=0.Além disso f (x) não

é zero para todox em (a ,b),ou um valor mínimo absoluto negativo em algum c2 de (

a ,b) ou ambos. Assim, para c=c1 ou c = c2 , conforme o caso, existe um extremo

absoluto num ponto interior ao intervalo [a,b].Logo o extremo absoluto f (c) é um

extremo relativo, e como por hipótese existe f ’ (c), segue do teorema que f (c) =0 isso

prova o teorema .

Pode existir mais de um número no intervalo aberto (a,b), para o qual a derivada de f

seja zero isso é ilustrado geometricamente na figura 4, onde a reta tangente é

horizontal no ponto onde x=c1 e também no ponto onde x=c2, assim ambos f ’(c1)=0

e f ’(c2)=0 .

FIGURA 4

O inverso do teorema de ROLLE não é verdadeiro, isto é, não podemos concluir

se uma função f for tal que f ’(c) =0, como a<c<b , então serão verdadeiras as

condições (i), (ii), (iii).

Agora vejamos os exemplos:

Exemplo 25:

Dado f (x) =4 x3-9 x, comprove que as condições (i),(ii) ,(iii ) das hipóteses do

teorema de ROLLE então satisfeitas em cada um dos seguintes intervalos: [- 3/2; 0] ,

[0;3/2] , e

[-3/2; 3/2], ache então o valor de c em cada um desses intervalos para os quais f ’ (x)

=0.

Solução:

f ’ (x) =12x2-9

Como f ’(x) existe para todos os valores de x , f é derivável em (-∞ ,+∞). Assim as

condições (i) e (ii) do teorema de ROLLE são validas em qualquer intervalo. Para

determinar em quais intervalos a condição (iii) se verifica, encontramos os valores de x

para os quais f (x)=¿0.

Se f (x) =0. 4x(x2-94 ) = 0 ⇒x = -

32 , x = o , x=

32 .

Como a = 32 e b=0 o teorema de ROLLE é valido em [-

32 ···, 0 ]analogamente o

Teorema de Rolle é valido em [0 , 32 ] e [-

32 ,

32 ] .

Para encontrarmos os valores adequados de c ,equacionamos f ’ (x ) =0 obtendo

12x2-9 =0→x=- 12 √3 ⇒x=

12 √3

Portanto no intervalo [- 3/2; 0], uma escolha adequada para c é - 12 √3. No intervalo,

[0;3/2] tomamos c =12 √3 , enquanto que no intervalo [-

32 ,

32 ] temos duas

possibilidades para

c =- 12 √3 ou

12 √3 .

Vamos agora aplicar o teorema de ROLLE para provar o teorema do valor

médio.Iniciaremos sobre três itens principais e em seguida mostraremos as fórmulas

aplicadas em cada um deles ,após isso será feito o esboço do gráfico da função dada

formando assim uma reta secante que liga os pontos

TEOREMA DO VALOR MÉDIO

TEOREMA: Seja fuma função tal que:

(i) seja contínua no intervalo fechado [a, b];

(ii) seja derivável no intervalo aberto (a, b); então, existirá um número c no intervalo

aberto (a ,b) tal que,

f ’(c) =f (b )−f (a)b−a

Antes de demonstrar o teorema, vamos interpretá-lo geometricamente. Num

esboço do gráfico da funçãof ’ [ f (b)−f (a)]/(b−a)] é a inclinação ao seguimento da

reta que liga os pontos A (a,f(a)) e B(b,f(b) ). O teorema do valor médio afirma que

existe um ponto sobre a curva entre a e b onde a reta tangente e paralela a reta

secante por A e B, isto é, existe um número c em (a,b), tal que :

f ’(c) =f (b )−f (a)b−a

FIGURA 5

Tomarmos o eixo x coincidente com a reta secante AB, podemos observar que o

teorema do valor médio é Se uma generalização do teorema de Rolle, o qual será

usado em sua demonstração.

DEMONSTRAÇÃO:

Uma equação da reta que passa por A e B na figura 5 é

y-f (a) =f (b )−f (a)b−a

(x-a) ⇒y =f (b )−f (a)b−a

(x−a)-f (a)

Vamos mostrar que a equação f satisfaz as três condições da hipótese do

Teorema de Rolle.

A função f é continua no intervalo fechado [a ,b] pois, é a soma de f com uma

função polinomial linear , ambos os quais são contínuas no intervalo. Logo, a condição

(i) está satisfeita por f . A condição (i i) está satisfeita por f ,pois, f é derivável em (a, b)

de onde segue que f (a) = 0. Portanto, também a condição (iii) do Teorema de Rolle

está satisfeita por f .

Da conclusão do teorema de Rolle, temos que existe um c no intervalo aberto (

a ,b) tal que f ’(c) =0, mas:

f ’(x) =f ’(x) - f (b )−f (a)b−a

Assim:

f ’(c) =f ’(c) - f (b )−f (a)b−a

Logo, existe um número c em (a ,b) tal que:

0 = f ’(c) - f (b )−f (a)b−a

=f ’(c) - f (b )−f (a)b−a

Como queríamos demonstrar.

EXEMPLO 24:

Dada f (x) = x3-5x2-3x

Comprove que as hipóteses do teorema do valor médio estão satisfeitas para a

=1 e b =3. Então, encontre todos os números c no intervalo aberto (1,3), tais que,

f ’(c) = f (3 )−f (1)

3−1

Solução:

Como f é uma função polinomial, ela será continua e derivável para todos os

valores de x. Logo, as hipóteses do teorema do valor médio estão satisfeitas para todo

a e b.

f ’(x) =3x2 -10x-3

f (1) = - 7 ef (3) = - 27

Logo,

f (3 )− f (1)3−1

= −27−(−7)2

= −20

2 = - 10

Equacionando f ’ (c) = -10 ,obtemos:

3c2 – 10c -3 = - 10

3c2-10c +7=0

(3c−7¿(c−1)=0

C =73 ; c =1

Como 1 não está no intervalo aberto (1,3), o único valor possível para cé 73 .

Exemplo 25:

Dada f (x) = x2/3

Faça um esboço do gráfico de f . Mostre que não existe nenhum número c no intervalo

aberto (-2,2) tal que:

f ' (c )=f (2 )− f (−2)

2−(−2)

Que condição dentre as hipóteses do teorema do valor médio não está satisfeita

Para f quando a = -2 e b= 2?

Solução: Um esboço do gráfico f aparece na figura 6.

FIGURA 6

f ’(x) =23x -1/3

Assim: f ’(c) = 23c

23

f (2 )− f (−2)2−(−2)

=41/3−41/3

4 Não existe um número c para o qual 2 ÷3c1/3 = 0 . A funçãof é contínua no intervalo fechado [-2,2]; contudo f não é derivável no intervalo aberto (-2,2), pois f ’(0) não existe. Logo a condição (ii) das hipóteses do teorema do valor médio não está satisfeita para f ,quando a= -2 e b =2. Antes do enunciado do teorema do valor médio, indicamos que se trata de um dos mais importantes teoremas de cálculo, pois é usado na demonstração de muitos outros teoremas. Em tais casos não é necessário encontra o valor do número c garantido pelo teorema. O fato crucial do teorema é a existência do número c. para

indicar a importância do teorema do valor médio, mostramos o seu uso na demonstração do teorema a seguir.Teorema: se f for uma função tal que f (x) =0 para todos os valores de x num intervalo I, entãof será constante em I.Prova: Suponha quef não seja constante no intervalo I. Então existe dois números distintos, x1 e x2 em 1 ,com x1 <x2, tais que f (x₁)≠ f (x₂) . Como por hipótese f ’(x)= 0 para todo x em 1 ,então f ’ (x ) = 0 para todox no intervalo fechado [ x₁ , x ₂] . Logo,fé derivável para todo x em [x₁ , x₂] e f é continua em [x1, x2]. Portanto, a hipótese do teorema do valor médio está satisfeita, e então existe um número c ,com x1 <c <x2 tal que:

f ’(c) = f ( x1 )−f (x 2)x 1−x 2 Mas como f ’(x) =0 para todo x no intervalo [x₁ , x₂] então f ’( c ) =0 logo, segue que f (x₁)=f (x₂) mas supomos que f (x₁)≠ f (x₂).Temos ,portanto uma contradição e , assim sendo ,f é constante em I .ProposiçãoSeja f uma função contínua no intervalo [a ,b] e derivável no intervalo (a ,b).

i ¿ Se f ’ (x)>0 para todo x ∈ (a ,b) ,então f é crescente em [a,b] ;ii¿ Se f ’ (x) < 0 para todo x ∈ (a,b) ,entãof é decrescente em [a,b] .CONCLUSÃO

É importante que se conheça teoricamente o teorema do valor médio, pois, há

muitas formas de aplicações. Ao longo do assunto podemos observar que abordamos

temas importantes bem como: potências, Derivadas, reta tangente, função exponencial

dentre outros. São assuntos comuns do nosso dia a dia e que sem dúvida nenhuma

servirá como fonte de pesquisa para futuros alunos e também professores. Esperamos

que o professores que fizeram parte da banca tenham gostado, pois concluir este

trabalho para nós foi uma superação.obrigado .

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] GUIDORIZI, Hamilton Luiz. Um curso de Cálculo, Volume 1, 5ª edição,Rio de

Janeiro,LTC,1985.

[2] LOUIS, Leithold. O Cálculo com Geometria Analítica, Volume 1, 3ª edição, São

Paulo,HARBRA Ltda, 1994.

[3] HOWARD Anton;IRI Bivens; STEPHEN Davis, CÁLCULO,Volume 1, 8ª edição,

Rio Grande do Sul,ABDR,Bookman, 2007.

[4] HUGLES-HALLETT,GLEASON, LOCK,FLATH. Cálculo e aplicações, Volume

único, São Paulo, EDGARD Ltda, 1999.