falta de respeito? - entre vias · e pedido de liminar para retirada imediata. o advo-gado ressalta...

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ANO XI l Nº 120 Março de 2014 Distribuição gratuita. Autopista Fernão Dias coloca em risco a vida do usuário. Obras inacabadas, falta de sinalização adequada e risco de acidentes criam transtornos para quem usa o trecho entre Igarapé e Contagem Incompetência ou falta de respeito?

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ANO XI l Nº 120 Março de 2014

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uiç

ão g

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Autopista Fernão Dias coloca em risco a vida do usuário. Obras inacabadas, falta de sinalização adequada e risco de acidentes criam transtornos para quem usa o trecho entre Igarapé e Contagem

Incompetência ou falta de respeito?

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4 Entre-Vias

Editorial

imPreSSãoGráfica Del Rey

tiragem10 mil exemplares

todoS oS direitoS reServadoSA reprodução total ou parcial de textos, fotos e artes é proibida sem autorização prévia.

ENTRE-VIAS não se responsabiliza por textos opinativos assinados. "As opiniões expressas nos artigos assinados são de responsabilidade de seus autores. Informes publicitários são de responsabilidade das empresas que os veiculam, assim como os anúncios são de responsabilidade das empresas anunciantes."

ENTRE-VIAS, por meio de um mailling especial, chega a empresários e executivos de empresas de transporte de cargas e às principais redes de postos de combustíveis. Autoridades, entidades de classe, sindicatos, indústrias e órgãos governamentais também recebem a publicação.

aSSinaturaS / anunCianteSMinas GeraisRua Santo Onofre 35, Brasileia - Betim/MG. CEP: 32600-084(31) 3052-0103 / [email protected]

uma PubliCação da auto geStão PubliCidade e ConSultoria ltda.CNPJ: 02.841.570/0001-30Rua Santo Onofre 35, Brasileia - Betim/MG.CEP: 32600-282Tel.: (31) 3052-0103 / 3594-4245 [email protected]

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Expedientediretor-geral/editorGeraldo Eugênio de [email protected]

diretora exeCutivaTayla [email protected]

editora-ChefeCristina Guimarã[email protected]

redaçãoCristina Guimarães e Renata Nunes

gerente ComerCialPoliana Silva

dePartamento ComerCialRenata Gomes e Rodrigo do Espirito [email protected]

gerente adminiStrativaLaís [email protected]

finanCeiroMayra [email protected]

mídiaS SoCiaiS e eventoSAmanda Rodrigues

fotoSArquivo Entre-Vias

diagramaçãoRoger Simões

webAgência Primore

reviSãoLílian de Oliveira

diStribuiçãoAntônio Carlos dos Reis e Margeri Mansor

Não precisamos ser técnicos ou entendidos no assunto para perceber que diversas obras feitas em nossas rodovias não correspondem à necessidade da mobilidade urbana.

Entre-Vias deste mês leva a conhecimento de seus leitores as diversas situações que geraram transtornos aos motoristas que passam pelo trecho da rodovia BR-381 entre Igarapé e Belo Hori-zonte. São obras sem a devida sinalização preventiva, morosidade na conclusão de trechos onde foi necessária a retenção do trânsito e falta de respeito e descaso com o pedestre e os condutores.

Acreditamos que, como veículo de comunicação voltado aos problemas da malha rodoviária e da mobilidade urbana, tínhamos a obrigação de mostrar os problemas e propor soluções. Várias de nossas denúncias foram atendidas pela concessionária Autopista Fernão Dias, responsável pelas obras no local, mas pasmem: algumas alterações ainda continuaram trazendo ao condutor situações de risco. A exemplo da entrada para a via marginal do bairro PTB, no sentido BH, onde, junto à entrada, existe um ponto de ônibus. Uma carreta que estiver atrás do ônibus terá de parar e parte do veículo ficará na pista de rolamento de uma via de trânsito rápido, o que pode colocar a vida de qualquer pessoa em risco.

Outro exemplo é o viaduto da Petrobras, uma obra que provocou quilômetros de engarrafamen-tos e precisou de vários dias de execução, mas ainda não pode ser considerada concluída, já que ainda faltam iluminação e finalização da barreira de concreto que divide as pistas. Fica a dúvida se há falta de planejamento ou se se trata de descaso com os usuários.

Inclusive, essa mesma concessionária pode extinguir o ofício dos artesãos de Itatiaiuçu. A em-presa ajuizou ação para que eles sejam retirados das margens da rodovia, onde vendem o artesanato que produzem e com o qual sustentam suas famílias. Se eles não podem ficar na faixa de domínio, que lhes seja cedido, ao menos, um local adequado para a venda de suas mercadorias. Desse modo, sua fonte de renda não seria tão prejudicada.

Em um ano com tantos assuntos polêmicos, mostrar alguma das realidades de nosso país se faz importante. Afinal, é nossa maneira de colaborar para a melhoria de nossa sociedade, expondo assuntos polêmicos ou marginalizados por alguns dos grandes meios de comunicação.

Incompetência ou incoerência?

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6 Entre-Vias

Sumário

Capa: Deivisson FernanDes

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16 CAPA Obra na Fernão Dias, em Betim, é entregue com diversos problemas de mobilidade, que comprometem a segurança de motoristas e pedestres

8 DENÚNCIA Autopista impõe fim de artesanato na região de Itatiauçu

10 SAÚDE Mesmo com pouca chuva, governos mantêm alerta sobre risco da dengue

12 MEIO AMBIENTE Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo concorrem ao título de Capital Nacional da Hora do Planeta

14 LEGISLAÇÃO ANTT faz alterações na forma de pagamento do frete por meio eletrônico

28 ESTRADAS z Motoristas são multados

se não agendarem descarga no Porto de Santos

z Dnit vai instalar 121 radares nas rodovias mineiras

31 FORMAÇÃO z Sest/Senat oferece palestras

e vagas no Pronatec z Convênio prioriza cursos

para o setor de autopeças

34 FINANÇAS Fique atento para não cair na malha fina do Imposto de Renda

36 MERCADO Seis concessionárias recebem isenção fiscal para fazer reformas em rodovias

38 COLuNA ESPORTES

40 EvENTOS

40

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Estrada dos Alvarengas, 5600, Assunção,São Bernardo do Campo (SP)(11) 4342-2584 / 4357-8973

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8 Entre-Vias

Denúncia

les trabalham das 6h às 18h produ-zindo e vendendo colchas, tapetes, cobertores e outros produtos que

são fruto de uma tradição de mais de 50 anos. Passada de pai para filho, a arte da tecelagem feita por artesãos da comunida-de de Pedras, no município de Itatiaiuçu, há aproximadamente 75 km de Belo Horizon-te, sustenta dezenas de famílias da região. O trabalho é exposto e vendido às margens da BR-381 e agora está ameaçado de não existir mais. Isso porque a Autopista Fernão Dias ajuizou ações na Justiça para retirar os artesãos das margens da rodovia, alegando que a ocupação é irregular.

Segundo a concessionária, a retirada dos artesãos das margens da rodovia é responsabilidade prevista no contrato de concessão, que estabelece a obrigatorieda-de de desocupações da faixa de domínio.

Ainda, de acordo com a concessionária que administra a BR-381, a determinação obrigatória tem como finalidade a seguran-ça dos usuários da rodovia e dos artesãos. A Autopista também informou que, desde que assumiu a administração da via, vem tentando, amigavelmente, a desocupação da faixa de domínio.

Com pesar e lágrimas nos olhos, Mar-garida Maria Andrade, 55, recebe a repor-tagem de Entre-Vias em sua residência humilde e sustentada pelo dinheiro do artesanato. “O dinheiro da nossa sobrevi-vência vem disso, não tem como eles nos tirarem das margens da BR. Essa é a nossa única renda, não temos outra. Se pararmos de vender o artesanato, vamos viver de quê? E, enquanto o processo está correndo, como vamos sobreviver? Meu sentimento é de revolta, porque somos trabalhadores e

honestos. Graças a Deus, nunca sofremos nenhum acidente enquanto estávamos vendendo os produtos nas margens da BR”, conta.

O marido de Margarida, Custódio de Andrade, 60, também se emociona e la-menta por ter sido obrigado a parar de co-mercializar o artesanato em seu posto de trabalho, que ficava às margens da BR-381. “Estamos há quase dois meses parados por não poder vender nosso artesanato lá. Te-nho diabetes há quase 15 anos e falaram que essa doença não é motivo para me aposentar, vou ter de esperar mais cinco anos para receber o benefício. Nesse último mês, ficamos desamparados, porque não temos onde vender o artesanato”, lamenta.

Há 20 anos, José Geraldo da Silva, mais conhecido como Zequinha, vende as merca-dorias às margens da BR e alega nunca ter

O risco de uma trad ição acabarArtesãos que comercializam produtos às margens da BR-381 estão ameaçados de perder os postos de trabalho devido a pedido de liminar feito pela Autopista Fernão Dias para retirada imediata

E

Senhor Custódio e dona Margarida estão indignados por perderem o único rendimento da família

Zequinha comercializa seus produtos há mais de 20 anos às margens da BR e agora teme perder sua fonte de renda

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Entre-Vias 9

O risco de uma trad ição acabar

sofrido nenhum acidente. Em fevereiro, o vendedor – que tinha barraca nos dois sentidos da BR-381 – re-cebeu uma notificação para retirar suas mercadorias do posto de trabalho no sentido de Belo Horizonte e desocupar o lugar. Três dias depois, um caminhão com alguns homens retirou todo o material. “Vendo meus produtos há duas décadas e só sei fazer isso. Como vou sustentar minha família se não continuar vendendo o artesanato?”, questiona. O vendedor ainda continua comercializando os produtos no sen-tido São Paulo, mas teme que a qualquer momento tenha de sair do local.

Segundo Farid Júnior, advogado que representa cinco dos oito artesãos que receberam as notifica-ções, a Autopista Fernão Dias entrou com pedido de reintegração de posse com demolição de construção e pedido de liminar para retirada imediata. O advo-gado ressalta que a maioria dos pedidos foi negada e apenas dois, o caso do senhor José Geraldo e o de Custódio, foram julgados e aprovados. “Não signifi-ca que perdemos a causa, já entrei com recursos, e os processos ainda estão em julgamento”, revela o advogado.

A família de Aparecida Custódio de Oliveira Silva e Ademir Manoel da Silva é sustentada pela renda advinda do artesanato. “Dependo disso aqui, meu marido, meus dois filhos, além de várias famílias da comunidade. Desde nossos avôs, o artesanato é fei-to e vendido aqui. Se proibirem nosso trabalho, vão acabar com nossa única fonte de renda”, ressalta Aparecida. A artesã afirma que a família consegue uma renda de até dois salários em meses de férias, como janeiro, e em época em que as vendas são menores o artesanato rende cerca de um salário mí-nimo para a família. “Aprendemos a trabalhar com o tear muito cedo e só tivemos a oportunidade de fazer isso até hoje. Acho que é muita injustiça o que estão fazendo com a gente”, revela a artesã.

Vladimir Silva, 18, filho de Aparecida e Ademir, aprendeu com a mãe o ofício do artesanato. “Esse trabalho foi passado de geração em geração. Meus bisavós iniciaram o ofício, meu pais ensinaram a mim e a minha irmã. É uma tradição da comunida-de de Pedras, aqui em Itatiaiuçu. Como as famílias vão se sustentar se esse trabalho acabar? A Auto-pista alega que é para nossa segurança, mas nunca aconteceu nenhum acidente com os artesãos du-rante o trabalho às margens da BR”, revela.

Segundo o prefeito de Itatiaiuçu, Matarazo José da Silva, a prefeitura apoia os artesãos. “As pessoas já estão desenvolvendo esse trabalho há mais de 50 anos, e o órgão está empenhado em dar uma solução paliativa para o caso”, afirma o gestor municipal.

Vladimir e a mãe, Aparecida, tecendo. O trabalho é totalmente manual

Famílias inteiras se mantêm com a renda gerada pelo artesanato

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10 Entre-Vias

Saúde

A dengue está de volta

Com o início do período chuvoso, autoridades ficam alerta para evitar que número de casos dispare. Maioria dos focos está dentro das casas

verão de 2014 terminou no dia 21 deste mês e começa agora a preocupação das autoridades

quanto aos casos de dengue no país. Como dezembro, janeiro e fevereiro foram meses de poucas chuvas, o número de ca-sos registrados da doença diminuiu em re-lação ao ano passado. No entanto, o mês de março faz jus a sua fama e a previsão é de muita pluviosidade até abril. Isso signi-fica que os ovos das fêmeas do mosquito Aedes aegypti, que estavam escondidos, agora terão lugar em abundância para se desenvolverem: a água. Recentemen-te, um novo tipo da doença, mais forte, a febre do Chikungunya, começou a se espalhar por países da América Central e

Norte, deixando em vigília as autoridades de saúde do Brasil.

No fim de fevereiro, o governo de Mi-nas liberou mais de R$ 32 milhões para 778 municípios mineiros que registraram maior número de casos no ano passado. O incentivo é para que eles mobilizem e refor-cem suas equipes de vigilância e controle vetorial a fim de evitar que os mosquitos não se proliferem, causando a situação alarmante do ano passado.

Em entrevista coletiva em fevereiro ao lado do secretário de Estado de Saúde, Alexandre Silveira, o presidente do Conse-lho de Secretários Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems), Mauro Junqueira, disse que até o mês passado não era possí-

vel comemorar os mais de 1.200 casos da doença contabilizados no Estado este ano contra os quase 6 mil dos dois primeiros meses do ano passado. “Não vamos con-seguir eliminar a dengue em curto e médio prazos, dada a quantidade de larvas que ainda são encontradas nos quintais das ca-sas. Temos de evitar que isso aconteça, pois não podemos admitir tantas mortes em de-corrência da doença. A população já sabe o que pode e o que não pode fazer, precisa agora agir”, afirmou.

Até o fim de fevereiro, foram confirma-dos 1.253 casos de dengue no Estado. Em 2013, ano crítico da doença, Minas registrou 361.737 casos, sendo que 117 evoluíram para óbito. Somente no primeiro bimestre de

O

Equipes fazem mutirão de limpeza para eliminar possíveis focos do mosquito

Foto: Divino advincula/portal pBH

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z Ao picar uma pessoa infectada, o mosquito contrai o vírus e, em seu ciclo de vida, pode contaminar até 300 pessoas

z Água parada e limpa são ambientes ideais para a fêmea do mosquito da dengue (Aedes aegypti) depositar seus ovos

z Após atingir a fase adulta, o mosquito da dengue tem cerca de 45 dias de vida

Ciclo da Dengueinício

Entre-Vias 11

A dengue está de volta2013, 36 pessoas morreram em decorrência da dengue, enquanto no mesmo período deste ano a secretaria registrou apenas um óbito, na cidade de Paracatu. “Existe um contingente populacional já exposto a várias infecções pelos diversos sorotipos de den-gue, o que aumenta o risco para ocorrência de epidemias de formas graves da doença”, afirma o secretário Alexandre Silveira.

SINTOMASSegundo informações da Secretaria de

Estado de Saúde, a dengue é uma doença infecciosa febril que dura em torno de dez dias. Os principais sintomas são febre, dor de cabeça, dor no corpo, nas articulações e atrás dos olhos. Hoje, no Brasil, estão em

circulação quatro tipos da doença, sendo o mais grave o sorotipo 4. Quem já contraiu a doença uma vez pode ser infectado nova-mente e desenvolver a dengue hemorrágica, que, se não for tratada, pode levar à morte.

Especialistas destacam que o ovo do mosquito fêmea pode sobreviver até 450 dias, mesmo em local seco. Por isso, com o início do período chuvoso, assim que rece-be água, o ovo volta a crescer até atingir a fase adulta, o que ocorre entre sete e dez dias. Para matar o ovo, é preciso lavar os recipientes com água e sabão e usar água sanitária.

A grande dificuldade em combater a doença, segundo a Secretaria de Saúde, é que a maior parte dos focos de dengue ain-da é encontrada no quintal das casas. Por isso, é importante nunca acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampi-nhas de refrigerantes, pneus velhos, vasi-nhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas-d'água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos, lixeiras, entre outros reci-pientes. O único jeito é retirar e limpar tudo que possa acumular água.

A principal dica para evitar que a do-ença evolua para o óbito é procurar um serviço de saúde logo no começo das ma-nifestações dos sintomas e beber bastante água. Outro alerta é não tomar remédio por conta própria.

NOVO VÍRUS

A febre do Chikungunya, segundo o Ministério da Saúde, é uma doença de transmissão autóctone, ou seja, restrita a países da África e Ásia. No entanto, no ano passado, foram registrados casos nos Estados Unidos, Canadá, Guiana Francesa, Martinica, Guadalupe e Brasil. A doença é causada por um vírus Alphavirus transmi-tido pelo Aedes aegypti e pelo Aedes al-bopictus. Até o fim de janeiro deste ano, a Organização Mundial de Saúde confirmou 790 casos da doença.

Os pacientes têm febre de início súbi-to maior de 38,5ºC e artralgia, que é dor intensa nas articulações, ou artrite intensa com início agudo. Os casos passam a ser suspeitos se o paciente for residente ou ti-ver visitado uma das áreas endêmicas ou epidêmicas até duas semanas antes do iní-cio dos sintomas.

FIQUE ATENTO!

Se o mosquito o estiver infectado, o período de incubação da doença vai de três a 15 dias, sendo a média de cinco a seis dias

Os sintomas mais comuns são febre, dores no corpo, principalmente nas articulações, e dor de cabeça. Também podem aparecer manchas vermelhas no corpo e, em alguns casos, sangramento, mais comum nas gengivas.

As dores de cabeça e no corpo devem ser tratadas com analgésicos e antitérmicos (paracetamol e dipirona apenas). O paciente não deve usar os salicilatos, como AAS e Aspirina.

z Ao picar uma pessoa infectada, o mosquito contrai o vírus e, em seu ciclo de vida, pode contaminar até 300 pessoas

z Água parada e limpa são ambientes ideais para a fêmea do mosquito da dengue (Aedes aegypti) depositar seus ovos

z Após atingir a fase adulta, o mosquito da dengue tem cerca de 45 dias de vida

Ciclo da Dengueinício

z Ao picar uma pessoa infectada, o mosquito contrai o vírus e, em seu ciclo de vida, pode contaminar até 300 pessoas

z Água parada e limpa são ambientes ideais para a fêmea do mosquito da dengue (Aedes aegypti) depositar seus ovos

z Após atingir a fase adulta, o mosquito da dengue tem cerca de 45 dias de vida

Ciclo da Dengueinício

cIclOS dA dENgUE

Início

(Aedes aegypti )

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Meio Ambiente

12 Entre-Vias

No ano passado, BH apagou as luzes de espaços públicos como a praça do Papa, para onde centenas de pessoas levaram velas depois de desligarem as lâmpadas de suas próprias casas

Fotos: portal pBH/Flickr/Divulgação

É hora de apagar as luzes

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elo Horizonte, Rio de Janeiro ou São Paulo. Uma das três capitais será escolhida, no próximo dia 27,

em Vancouver, no Canadá, a capital brasilei-ra com maior engajamento contra o agra-vamento das mudanças climáticas. A World Wide Fund for Nature, ou Fundo Mundial para a Natureza (WWF), comemora todos os anos a Hora do Planeta, quando cidades do mundo inteiro apagam as luzes de mo-numentos turísticos ou históricos durante uma hora para alertar sobre o aquecimento global e suas consequências.

Neste ano, a fundação resolveu promo-ver um concurso para sensibilizar órgãos públicos, empresas e população sobre o tema. Betim, na Grande BH, também con-correu, assim como Manaus, Porto Alegre, Fortaleza e Sorocaba, mas não foram se-lecionadas.

Das 163 cidades que se candidataram, 33 serão finalistas, em 13 países. A cidade vencedora terá o título mundial de Capital Global da Hora do Planeta. Para mobilizar os municípios, a WWF contou com apoio da organização Governos Locais pela Susten-tabilidade (Iclei).

As cidades foram escolhidas por um júri internacional que agora analisa as ações e compromissos firmados pelos governos. No fim, vai identificar qual cidade lidera em sustentabilidade no país. O objetivo é

que ela tenha ações que levem a um futuro 100% renovável.

Em 2007 aconteceu o primeiro A Hora do Planeta. Cerca de dois milhões de pes-soas desligaram as luzes de casas e empre-sas. No ano passado, o evento envolveu milhões de pessoas em 152 países.

Nas redes sociais, a WWF promove ainda uma campanha popular para que os moradores votem em suas cidades favori-tas. O We Love Cities ainda permite com-partilhar fotos e vídeos e fazer sugestões para que elas se tornem mais sustentáveis. O voto vai definir a Capital Nacional da Hora do Planeta e a Capital Global da Hora do Planeta, conforme critérios da WWF.

“Como maior ato simbólico mundial contra o aquecimento global, a Hora do Planeta abre espaço para a reflexão da postura de cidades, empresas e cidadãos. Com o Desafio das Cidades, vamos além da hora, com o objetivo de estimular a criação e disseminação de melhores práticas de mitigação e adaptação às mudanças climá-ticas por meio de planos ambiciosos, inspi-radores e factíveis para o desenvolvimento de uma economia de baixo carbono”, diz a

secretária-geral do WWF-Brasil, Maria Ce-cília Wey de Brito.

cAPITAl SOlARSegundo informações da Prefeitura de

Belo Horizonte, a cidade foi escolhida por ser considerada a capital solar do Brasil. BH é uma das cidades que tem maior número de placas de energia solar, são ao todo 923 mil metros quadrados. A capital tem um Pla-no de Redução das Emissões de Gases de Efeito Estufa (Pregee), que propõe iniciativas para adaptação do ambiente às mudanças climáticas. A meta do programa é reduzir em 20% as emissões de gases do efeito estufa até 2030, envolvendo os setores de trans-porte, energia, construções sustentáveis, uso do solo, saúde e educação ambiental.

A Hora do Planeta acontecerá no dia 29 de março, entre 20h30 e 21h30. A cam-panha, que tem o slogan “Use seu poder para salvar o planeta”, aposta na ação de cada um. No Brasil, além de Belo Horizonte, outras 15 cidades já aderiram à campanha e vão apagar monumentos históricos e tu-rísticos, como Macapá (AP), Campinas (SP), Erechim (RS) e Joinville (SC).

Para se juntar à Hora do Planeta 2014, basta apagar as luzes no horário determina-do. Cidades que queiram participar devem solicitar o Termo de Adesão Hora do Planeta no site da WWF-Brasil. As empresas e orga-nizações podem se cadastrar on-line e retirar peças publicitárias para divulgação.

SERVIÇO Para aderir: Hora do Planeta 2014 – dia 29 de março, sábado, das 20h30 às 21h30

Para votar: www.welovecities.org

Para se cadastrar: www.wwf.org.br

Três cidades brasileiras disputam o título de Capital Nacional da Hora do Planeta. No dia 29, moradores podem aderir à ação

B

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Legislação

ANTT publica nova resolução alterando a que extingue o uso da carta-frete no país

Mudanças no pagamento do freteAgência Nacional de Transportes

Terrestres (ANTT) publicou, no mês passado, a Resolução 4.275,

que altera a forma de pagamento do frete por meio eletrônico. Segundo a agência, o documento esclarece algumas dúvidas levantadas pelos próprios transportadores desde que a Resolução 3.658, que extin-gue, no Brasil, o uso da carta-frete como meio de pagamento do transporte de car-ga, foi publicada, em abril de 2011.

Na nova resolução, o artigo 3º equipa-ra o transportador autônomo à Empresa de Transporte Rodoviário de Carga (ETC) ou à Cooperativa de Transporte de Carga (CTC) que tiver três veículos automotores. Segundo a ANTT, a palavra “automotores” foi incluída no artigo porque alguns pro-fissionais entendiam que os implementos rodoviários entravam na conta.

O artigo 4º também foi modificado e dispõe que, agora, o autônomo pode re-ceber diretamente o pagamento em sua conta bancária, corrente ou poupança. Já no artigo 6º, foi incluído um parágrafo estabelecendo que a ANTT poderá, “justi-ficadamente, facultar o preenchimento de alguns dos dados da operação de transpor-te, bem como postergar o momento de seu fornecimento” no Código Identificador da Operação de Transporte (Ciot). A mudança, segundo o órgão, também atendeu a de-mandas dos contratantes, que considera-vam impraticável preencher todos os dados em casos de várias entregas.

Agora, cabe ao contratado escolher o meio de pagamento do valor do frete. A União Nacional dos Caminhoneiros considerou as alterações significativas e concordou que a agência atendeu a vários pleitos feitos em audiências públicas so-bre o assunto.

A

14 Entre-Vias

sXC

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16 Entre-Vias

Capa

Perigo: obra inacabada à frente!

Estrutura do viaduto próximo à Petrobras e redondezas passam por

reforma. Contudo, o trabalho – apesar de considerado concluído – deixa

rastro de descuido para a sociedade

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Entre-Vias 17

aos! Essa foi a palavra unânime mencionada entre os entrevis-tados desta reportagem quando

perguntados sobre as obras realizadas nas redondezas e no viaduto próximo à Refi-naria Gabriel Passos (Petrobras), no trecho conhecido como Fernão Dias, em Betim.

Há meses, comerciantes, profissionais do setor de transporte e população, espe-cialmente da região, presenciam um cená-rio de desrespeito e de falta de atenção à mobilidade urbana. Em setembro do ano passado, Helvécio Tamm de Lima Filho, di-retor-superintendente da Autopista Fernão Dias – responsável pela rodovia e, conse-quentemente pelas obras –, apresentou, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, o cronograma de melhorias estruturais da BR-381, especialmente do trecho entre Betim e Igarapé, e salientou que o alarga-mento das pontes do viaduto da entrada da refinaria seria liberado até novembro.

A Autopista terminou recentemente as obras nesse local, que causaram aos moto-ristas problemas como congestionamentos e ausência de sinalização. O especialista em trânsito Antonio de Paula, inspetor aposen-tado da Polícia Rodoviária Federal (PRF), relata que passou pelo trecho diversas ve-zes e presenciou trânsito conturbado nos horários de pico, devido ao grande número de veículos. Ele conta que a impaciência e a imprudência dos condutores causaram diversos abalroamentos traseiros.

SINAlIzAÇãO “Um dos fatos que me chamou a

atenção foi a falta de pessoas indicando as alterações. Cones, barreiras, placas e fitas zebradas foram insuficientes. Nós, educadores de trânsito, nos preocupamos muito com a segurança dos transeuntes e, naquele trecho onde as obras forçaram o tráfego invadindo parte da pista contrá-

ria, a sinalização foi deficitária, trazendo dúvidas aos menos avisados”, observa o inspetor De Paula.

Para o presidente da Cooperativa dos Transportadores de Automóveis e de Consu-mo do Estado de Minas Gerais (Cooperce-mg), José Geraldo de Farias, mais conhecido como “Zé da Padaria”, motoristas profissio-nais e experientes também podem ser víti-

C

Somente sinalização material não garante segurança, devido ao

grande fluxo de veículos

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Capa

mas da falta de sinalização adequada. “Ape-sar de muitos caminhoneiros conhecerem o trecho, as obras mudaram o tráfego local e a rotina. O trânsito requer atenção constante. Imagine quando as alterações não são apre-sentadas com antecedência, sem oferecer margem de segurança?”, questiona.

A sinalização é a principal fonte de informação para o motorista ao longo das rodovias. A ausência de placas de advertência, regulamentação e indicação (velocidade limite, curva fechada, trecho sinuoso, pista irregular, obras, indicação de saída/trevo, por exemplo) impede que os motoristas sejam devidamente infor-mados a respeito das condições viárias que se aproximam e, dessa forma, tomem, apropriadamente, as medidas necessárias (mudança de faixa, redução de velocida-de, entre outras) para que continuem a viagem com segurança.

A IMPORTâNcIA dA INFORMAÇãO Os motoristas devem ser sempre muni-

dos de informações a respeito das principais

alterações durante o seu deslocamento. Dados confiáveis e atualizados possibili-tam medidas relativamente simples, como a alteração de trajeto inicialmente previs-to, antecipação de parada programada ou até a espera pela resolução do problema em um local mais adequado (e não parado no congestionamento). Além de reduzir o impacto – menos veículos e menos pesso-as expostas a situações não apropriadas –, informações contribuem para reduzir o des-gaste do motorista e os riscos de acidentes provocados por cansaço ou fadiga física.

Inspetor De Paula sentiu falta dessa ação nas obras da Fernão Dias. Para ele, a concessionária não promoveu uma grande campanha educativa antes do início das obras, levando informações e conhecimen-tos a todos os transeuntes daquele trecho: moradores, comerciantes, proprietários de sítios e funcionários das empresas locais.

O proprietário do restaurante Porteira Velha, Rafael Diniz, corrobora. “Em ne-nhum momento, recebemos a atenção da Autopista. A obra foi apresentada como

“Um dos fatos que me chamou a atenção foi a falta de pessoas indicando as alterações. Cones, barreiras, placas e fitas zebradas foram insuficientes. Nós, educadores de trânsito, nos preocupamos muito com a segurança dos transeuntes e, naquele trecho onde as obras forçaram o tráfego invadindo parte da pista contrária, a sinalização foi deficitária, trazendo dúvidas aos menos avisados” Inspetor De Paula

Poeira, buracos e transtornos para caminhões que transportam petróleo

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concluída, mas não há sinalização e a iluminação está precária. Convivemos há quatro meses com muita poeira e com o perigo constate de acidente, inclusive, re-centemente, aconteceu uma batida violen-ta em que um carro caiu próximo à entrada do restaurante”, conta.

As atuais condições comprometem o estabelecimento, que está no local há 24 anos. Rafael ressalta que a ausência de indicação do restaurante – e de outras in-formações, como posto de combustível e hotéis – reflete-se no resultado financeiro. “Normalmente, cerca de dois mil clientes frequentam o espaço mensalmente e está-vamos preparados para ampliar o atendi-mento, o que não aconteceu por causa da obra inacabada. A Autopista não retorna sobre os nossos questionamentos. É um desrespeito!”

PlANEjAMENTO: O cERNE dA ObRA O administrador e consultor em trânsi-

to e assuntos urbanos José Aparecido Ri-beiro, que também é presidente do Conse-

lho de Política Urbana da ACMinas, critica, ainda, a realização de obras de impacto em horário de pico. “Deveria ser feita em período de menor fluxo de veículos. Deve-ria haver um regime especial de contra-tação, que considerasse os custos de um trabalho noturno.”

O engenheiro civil e mestre em enge-nharia de transportes Paulo Rogério da Silva Monteiro explica que toda e qualquer intervenção em um trecho rodoviário, ur-bano ou rural, deve ser sempre muito bem planejada e estruturada, prevalecendo as necessidades dos usuários e adequados desvios de tráfego de menor impacto pos-sível para motoristas e cargas.

“Também é fundamental haver um pla-no de contingência, em caso de situações emergenciais não previstas, que oriente, técnica e operacionalmente, todas as pes-soas envolvidas sobre o que deve ser feito e como se deve proceder. Como os riscos são significativos, as intervenções no leito rodoviário não aceitam improvisos e ações não estruturadas.”

“Apesar de muitos caminhoneiros conhecerem o trecho, as obras mudaram o tráfego local e a rotina. O trânsito requer atenção constante. Imagine quando as alterações não são apresentadas com antecedência, sem oferecer margem de segurança?”José Geraldo de Farias

Reparos são realizados durante dias e em horários

de grande movimento

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As irmãs Jennifer Souza e Jéssica Fer-reira enfrentam, todos os dias, os transtor-nos causados pela falta de planejamento. Moradoras da região, precisam passar por trechos repletos de terra, que se tornam poeira com o trânsito local e com o tra-balho das máquinas. Elas contam que as atividades de rotina – como pegar o ôni-bus na rodovia – se tornam perigosas e insalubres.

FIScAlIzAÇãOAo se locomover pela rodovia, é fácil

deparar-se com materiais espalhados, algu-mas máquinas trabalhando e outras para-das. José Aparecido Ribeiro relata: “Passei recentemente pelo trecho e percebi que não há uma fiscalização mais rígida do poder público, estabelecendo regras para a obra em uma via de grande movimento. As regras não podem ser definidas nem fiscali-zadas por quem executa a obra e não está preocupado com os transtornos.”

O olhar do especialista levanta uma questão importante: a falta de fiscaliza-

"Pensar que não haverá qualquer transtorno quando uma obra em uma rodovia é executada é fora de nossa realidade. O que não pode é isso acontecer quando existem alternativas. Tal como as obras que acontecem nos trechos do Estado de São Paulo, que são executadas em horários de menor movimento de veículos, principalmente à noite e nos fins de semana, a Autopista Fernão Dias deveria seguir o mesmo exemplo. Há um prejuízo financeiro e psicológico de todos que são obrigados a passar por esses trechos. E, quando percebemos que existiria uma alternativa que pudesse minimizar os impactos, nos questionamos por que elas não foram tomadas"Carlos Roesel, presidente do Sindicato dos Cegonheiros de Minas Gerais (Sintrauto)

Pedestres não são poupados da falta de planejamento

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ção. O edital de concessão de exploração da BR-381 MG/SP, da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), apre-senta todas as diretrizes para a gestão da rodovia, incluindo o Plano de Trabalho para a Execução de Obras e Serviços e o cronograma.

Em princípio, todos os itens de segu-rança e orientação exigidos para a exe-cução de obra devem ser monitorados. “Contudo, fica a sensação de que não há fiscalização. Se há, ela não está sendo eficaz. Não se trata de uma via qualquer, mas da principal entrada de Betim, Con-tagem e Belo Horizonte. Por aquele local, chegam veículos de passeio, caminhões e ônibus de várias partes do Brasil, além de ser uma das regiões mais ocupadas por indústrias do país”, enfatiza José Ribeiro.

“Também é fundamental haver um plano de contingência, em caso de situações emergenciais não previstas, que oriente, técnica e operacionalmente, todas as pessoas envolvidas sobre o que deve ser feito e como se deve proceder. Como os riscos são significativos, as intervenções no leito rodoviário não aceitam improvisos e ações não estruturadas”Paulo Monteiro

“Com as obras, que em minha opinião não terminaram, demoro cerca de 40 minutos somente para retornar o viaduto. Como faço essa rota duas vezes ao dia, o trabalho fica prejudicado, pois temos compromisso com o prazo e com a qualidade. É preciso muita paciência e atenção, pois veículos grandes, com carga perigosa, necessitam ainda mais de prudência e experiência”Carlos Ribeiro

Filas que poderiam ser evitadas se as obras fossem feitas em horários adequados

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IMPAcTO dIRETODevido à importância da rodovia – vis-

to que é um corredor de circulação da eco-nomia –, o impacto é sentido diretamente pelos transportadores, principalmente do ramo de combustíveis. Carlos André Junior de Souza Ribeiro, da transportadora Vero-

nese, atua no setor há dez anos e, nos úl-timos meses, seu trabalho está mais difícil por causa dos problemas estruturais da via.

“Com as obras, que em minha opinião não terminaram, demoro cerca de 40 minu-tos somente para retornar o viaduto. Como faço essa rota duas vezes ao dia, o trabalho

“Além do prejuízo no negócio, pois atendemos principalmente caminhões e o local da nossa loja foi impactado pela obra, há uma passagem de pedestre que cai exatamente na lateral da estrada. Buscamos contatos com a Autopista para apresentar as diversas situações e não fomos atendidos”Marcel Moraes

Falta de sinalização confunde motoristas

Falta de sinalização provoca tombamento de caminhões na curva

Imagens mostram que falta travessia para pedestres e diminuição do espaço para trânsito. Carretas cegonhas são prejudicadas

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fica prejudicado, porque temos compromis-so com o prazo e com a qualidade. É preci-so muita paciência e atenção, pois veículos grandes, com carga perigosa, necessitam ainda mais de prudência e experiência.”

O gerente administrativo da Santana Freios, Marcel Moraes, levanta outra ques-

tão: uma passarela que acaba na marginal da rodovia. “Além do prejuízo no negócio, pois atendemos principalmente caminhões e o local da nossa loja foi impactado pela obra, há uma passagem de pedestre que cai exatamente na lateral da estrada. Buscamos contatos com a Autopista para apresentar as

diversas situações e não fomos atendidos.”Segundo Talise Martins, da Comu-

nicação da Autopista, a concessionária compreende os transtornos ocasionados pela obra. “As obras de alargamento do viaduto no KM 484, com interdição de fai-xas que ocasionavam congestionamentos

Falha na sinalização antes do trevo do anel viário de Betim Início do anel viário

Materiais jogados na rodovia Anel viário

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Complementação de obras do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit): nove trevos, dos quais cinco obras já foram concluídas (KM 10,4, KM 19,2, KM 57, KM 67,7 e KM 913) e quatro obras estão em execução (KM 15,8, KM 25,8, KM 32,85, KM 12,2)

Construção do Contorno de Betim concluída

Trevos novos: uma obra concluída no KM 935,36 (Extrema) e uma obra em execução no KM 586,025 (Carmópolis de Minas)

Remodelação do Sistema Viário Fernão Dias x Dutra concluída

Obra de combate à enchente entre o KM 88 e o KM 90 concluída

Passarelas novas: 39 concluídas e 11 em execução

Recuperação de 1.370 km de pavimento

Construção de 12 bases de atendimento aos usuários

Reforma/construção de dez postos da Polícia Rodoviária Federal

Recuperação da sinalização horizontal

Complementação da iluminação dos três túneis da Mata Fria, no KM 71

no local, foram concluídas, porém, nesta semana estão sendo implantadas barrei-ras de concreto no sentido São Paulo com interdição da faixa 1. Os veículos seguem pela faixa 2. A previsão de conclusão final da obra era até 21 de março. Existe um projeto de implantação de terceira faixa do KM 477 ao KM 490 nos dois sentidos (Norte e Sul), para melhorar a fluidez do tráfego, onde a sinalização será refeita.

O projeto já foi aprovado, porém a con-cessionária aguarda liberação de licencia-mento para iniciar a obra.”

A concessionária Autopista já enfren-tou problemas pela falta de gestão de ou-tras obras que realizou. Foi o caso do trecho que liga as BRs 262 e 381. Quando libera-do, havia grande risco no local, porque não foi feita a faixa de aceleração e, em razão disso, o motorista caía direto na pista de

alta velocidade. Para resolver o problema, foi preciso realizar posteriormente nova obra, o que gerou novos custos.

O vereador de Igarapé Micharlis Stanio da Fonseca falou, durante audiência na As-sembleia Legislativa, da rotatória próxima ao KM 512, na entrada do município. Se-gundo ele, a construção ficou muito íngre-me, o que causa o tombamento frequente de carretas. Ele também pediu uma placa

ObRAS cONclUÍdAS E EM ExEcUÇãOApesar de concluídas, obras se mostram inacabadas

Entrada para a lateral junto a ponto de ônibus pode provocar reflexo na rodovia em caso de veículo longo atrás de ônibus

A seguir estão relacionadas algumas obras realizadas e em execução:

Fonte: www.autopistafernao.com.br

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Untitled-2 1 21/03/2014 10:49:50

que sinalize a entrada da cidade para quem chega de São Paulo.

Para o especialista José Ribeiro, a alter-nativa mais eficaz para chamar a atenção das autoridades – Ouvidoria do Estado e Ministério Público Federal – sobre a gra-vidade do problema é usando a imprensa para denunciar abusos, fotografando ou filmando condutas que revelem negligên-cia na execução da obra. “Hoje, isso pode ser feito por meio de uma câmera de ce-lular. Os prejuízos com os atrasos, gastos de combustíveis, perda de compromissos e, sobretudo, com a própria morosidade e erros da obra, em uma região com gran-des indústrias e alto fluxo de veículos, são incalculáveis. Sem contar os impactos para o meio ambiente, em virtude da poluição e queima de combustível.”

Marcas no asfalto revelam freadas bruscas, visto que o trecho não conta com sinalização adequada

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ArtigoPOR WaGner Tadeu rodriGues*

*Wagner Tadeu Rodrigues é presidente da Store Automação, fornecedora de softwares orientados à logística com produtos consolidados e reconhecidos, que primam pela eficácia de toda a cadeia de distribuição.

Como sabemos, 2014 será um ano extremamente curto do ponto de vista comercial, pois há vários eventos no decorrer dele, desde aqueles que acontecem to-dos os anos, como o carnaval, fe-riados e dias santos, até os even-tos flutuantes, como as eleições e a Copa do Mundo, megaevento esportivo que será realizado em 12 cidades do Brasil.

Nos municípios que sedia-rão os jogos, como Natal, no Rio Grande do Norte, teremos apenas dois dias úteis entre 12 e 24 de junho. Isso acontecerá porque as cidades-sede poderão decretar feriado em seu territó-rio nos dias de jogos. Em conse-quência, tal diminuição de dias úteis, certamente, trará grandes impactos logísticos.

Consideremos os números. O governo federal estima uma entrada de mais de 600 mil tu-ristas estrangeiros e mais de três milhões de brasileiros viajando pelo país e que, juntos, gastarão mais de 25 bilhões de reais. Ima-ginem o aumento que teremos no consumo de inúmeras varia-ções de produtos. A pergunta é: estamos preparados para abas-tecer o Brasil nesse curto espaço de tempo?

Os aeroportos brasileiros é o calcanhar de aquiles na prepa-ração do país para os eventos esportivos internacionais que se-diará. A situação dos terminais é crítica em todas as cidades-sede da Copa.

Além disso, todas as cidades--sede apresentam problemas de mobilidade urbana, com obras bastante atrasadas, de acordo com a Subcomissão Parlamentar Temporária Copa 2014, Olimpí-ada e Paraolimpíada 2016. Sem contar que as estradas por onde os produtos escoam estão em péssimas condições.

Para superar esses obstáculos, a subcomissão precisará contar com uma organização profissio-nal de logística, avaliando desde o planejamento, passando pela execução e terminando no acom-panhamento e controle das tare-fas relacionadas ao fluxo de mate-riais e informações, do fornecedor até o cliente final. Para tal, vão necessitar de ferramentas que os auxiliem nessas tarefas, tais como WMS (Warehouse Management System), TMS (Transport Manage-ment System), BI (Business intelli-gence). Entre os setores que mais deverão ser estimulados, estão: armazenagem, transportes, cons-trução civil, turismo e hospeda-gem, confecções e bebidas.

Realmente os desafios são gi-gantescos, e os problemas, maio-res ainda, mas vamos torcer para que consigamos superá-los, pois os profissionais brasileiros são muito hábeis nesse sentido e têm feito isso há décadas. E, por falar em profissionais hábeis, vamos torcer também para nossa sele-ção ganhar a Copa, pois, nesse quesito, não há falta de habilida-de em campo.

Desafios Da logística brasileira em 2014

os aeroportos brasileiros é o calcanhar de aquiles na preparação do país para os eventos esportivos internacionais que sediará. a situação dos terminais é crítica em todas as cidades-sede da copa.

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imagensaereas.com.br/divulgação

Para chegar ao Porto de Santos para descarregar,

agora, o motorista precisa fazer agendamento prévio

s caminhoneiros que descarregam mercadorias no Porto de Santos devem ficar atentos. A Secretaria

de Portos, os ministérios dos Transportes e Agricultura e a Companhia Docas de São Paulo (Codesp) começaram a monitorar a movimentação de caminhões nas principais vias de acesso ao porto. Com o fim do car-naval, a expectativa é de que a quantidade

de veículos aumente nas imediações. A ação pretende diminuir os transtornos nas entra-das da cidade e nos acessos.

Agora, os caminhões devem agendar a data de quando chegarão ao complexo. No sistema, segundo a Secretaria de Por-tos, os caminhões transportando granéis de origem vegetal serão agendados e direcio-nados aos pátios de triagem no planalto ou Baixada Santista. Haverá um monitora-mento de sua movimentação desde a saída do lugar de origem até a chegada ao pátio, onde aguardarão a chamada eletrônica para a descarga.

O sistema de monitoramento foi aper-feiçoado para que a quantidade agendada todos os dias não exceda a capacidade dos terminais. Quem não cumprir o agenda-mento será autuado pela Codesp e mul-tado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

Segundo o diretor-presidente da Co-

desp, Renato Barco, conforme informações da Secretaria de Portos da Presidência da República, o Porto de Santos tem capaci-dade suficiente para embarcar e operar a safra 2013/2014, mas com organização. Os terminais, segundo ele, são modernos e têm sistema de recepção e embarque au-tomatizados. “O porto possui uma capaci-dade estática para armazenar 1 milhão de toneladas de granéis de origem vegetal por dia e embarcar 200 mil toneladas por dia”, afirma. Contudo, a estrutura não é desti-nada a estocagem da safra, mas sim para abastecer os navios.

FIlASO agendamento é feito para evitar que

longas filas se formem ao longo das vias de acesso ao porto. Como Entre-Vias mostrou na última edição, no ano passa-do, a Prefeitura de Cubatão tentou restrin-gir o acesso aos pátios para o horário co-

Empresas devem informar horário de chegada ao Porto de Santos e passar por triagem em um terminal. Descumprimento é passível de multa, mas motoristas reclamam

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Estradas

Para descarregar é preciso agendar

O

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edsom Leite/MT/Divulgação

Durante coletiva sobre o escoamento da safra 2014, Ministério dos Transportes

explicou mudanças

Para descarregar é preciso agendarmercial a fim de evitar que os caminhões chegassem à cidade durante 24 horas por dia. A Justiça derrubou a determinação. Dois pátios ficam na cidade e recebem caminhões que aguardam o descarrega-mento da mercadoria.

Na primeira semana de março, a Antaq lavrou sete autos de infração no Porto de Santos por falta de agendamento. A multa varia de R$ 1.000 a R$ 2.000 para cada caminhão, mas é direcionada ao terminal que o recebe. O cenário, segundo caminho-neiros, era de muita confusão. A Secretaria de Portos alerta que não se deve antecipar ou atrasar a viagem, neste último caso, é preciso fazer um novo agendamento.

Na fila, técnicos da Antaq anotam pla-cas dos caminhões que não cumpriram o agendamento. Para isso, é preciso que a empresa contratante faça contato com o terminal de cargas. Se o carregamento for de grão ou açúcar, ela deve passar por um

pátio da Baixada Santista para triagem. O motorista recebe, via celular, uma mensa-gem informando que o caminhão está libe-rado para descarregar. Quem estiver trans-portando outro tipo de carga deve agendar acesso ao terminal próprio, sem obrigato-riedade de passar por pátio regulador.

PlANOPara desafogar as rodovias que dão

acesso ao porto, a Artesp estuda um Plano de Ação Integrada de Prevenção e Contin-gências Operacionais. Estão sendo feitas reuniões e debates com os diversos órgãos envolvidos, como Secretaria de Logística e Transporte, Polícia Militar Rodoviária, Con-cessionária Ecovias, prefeituras de Santos, Guarujá e Cubatão, entre outros.

Também estão previstas obras no trecho, como remodelagem do trevo de Cubatão com implantação de anel viário interligando as rodovias Anchieta, Cône-

go Rangoni, Imigrantes e Padre Manoel da Nóbrega, principais rotas para acesso ao Porto de Santos e ao Polo Industrial de Cubatão. Também estão no cronograma de obras a implantação de faixa adicional na Padre Manoel da Nóbrega, remodelação do trevo de entroncamento da rodovia com a BR-101, ampliação da Rodovia dos Imi-grantes entre os KM 62 e 67, com elimina-ção dos cruzamentos em nível e semáforos. Até janeiro de 2016, a expectativa é en-tregar dois viadutos no trecho. O Viaduto Rubens Piva, na altura do KM 59 da Via An-chieta, em Cubatão, também deve ser re-modelado. A intenção é que as melhorias aliviem o tráfego de veículos.

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Mais radares

nas BRsDnit planeja instalar 121 aparelhos de redução de velocidade em rodovias secundárias de Minas

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Estradas

s rodovias mineiras devem ganhar mais 121 radares em breve. O De-partamento Nacional de Infraes-

trutura de Transportes (Dnit) mantém hoje 309 equipamentos de fiscalização eletrônica no Estado e agora aguarda a conclusão de estudos para começar o trabalho. Segundo o departamento, os pontos foram escolhi-dos de acordo com demandas dos usuários das rodovias ou conforme risco e índice de acidentes.

A BR-251, entre Montes Claros e o en-troncamento com a BR-116, a Rio-Bahia, é uma das que devem receber os aparelhos. Isso porque registrou aumento no número de mortes entre 2012 e 2013. No ano pas-sado, foram 56 mortes, enquanto no ano anterior, 44.

De acordo com a Polícia Rodoviária Fede-ral (PRF), outros dois trechos são preocupan-tes: a BR-135 e a Serra de Campos Altos, na BR-262, no Alto Paranaíba. No plane-jamento consta a instalação de radares em vias secundárias, como a BR-354, com 15 aparelhos. Ela liga Perdões, no

Sul do Estado, a Patos de Minas, no Alto Paranaíba.

Em Uberlândia, no Triângulo, o Dnit já instalou lombadas eletrônicas em alguns tre-chos. Ao todo, serão 16 novos pontos no pe-rímetro urbano com um equipamento a cada 1,5 km. Eles ficarão entre a trincheira do Bairro Taiaman e o Viaduto Régis Bittencourt.

Na Fernão Dias, trecho que sai de Belo Horizonte e vai até São Paulo, os 19 ra-dares que estavam inativos foram ligados para testes. Eles ainda não podem fazer autuações. O teste é uma determinação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e da PRF e não tem tempo definido para terminar. Dois dos novos radares estão na altura de Betim, na Grande BH, outros dois em Brumadinho, um em Itaguara, Oli-veira, dois em Santo Antônio do Amparo, Carmo da Cachoeira, Estiva, Cambuí, e mais dois em Camanducaia.

AcIdENTESDurante o feriado de carnaval, a PRF

registrou 155 mortes nas estradas. Ao

todo, foram 3.201 acidentes, com 1.823 pessoas feridas. Os números se referem aos acidentes que ocorreram nas rodovias federais entre a 0h de sexta-feira, dia 28 de fevereiro, e 0h de quinta-feira, dia 6 de março. “A maioria dos acidentes ocorre por imprudência, mesmo que se invista muito em tecnologia, em aumento de fiscaliza-ção, em rodovias. É preciso investir mais em educação no trânsito, senão ainda te-remos muitos problemas pela frente”, diz a diretora-geral da Polícia Rodoviária Federal, Maria Alice Nascimento Souza.

Segundo a diretora-geral, fazer o diag-nóstico dos pontos mais críticos das rodovias e aumentar o recurso tecnológico e humano nesses locais está sendo fundamental. Todos os anos, a PRF mapeia os locais com maior índice de acidentes e estuda ali a implanta-ção de radares, principalmente. Minas Gerais e Bahia tiveram maior atenção e, como to-dos os anos, o maior número de acidentes. Em número de mortes, liderou o Estado do Paraná, com 25. Minas ficou em segundo, com 24, e Bahia, 14.

A

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ano promete ser de muito traba-lho e qualificação para o setor de transporte. O Serviço Social do

Transporte / Serviço Nacional de Aprendiza-gem do Transporte (Sest/Senat) divulgou os temas das palestras que serão ministradas em 2014 para os trabalhadores. Os assuntos são sempre voltados para saúde, qualidade de vida e desenvolvimento profissional.

A meta para este ano é levar 485 mil pessoas para as palestras. Dez temas principais serão levados a debate: medos e fobias, direitos humanos nas estradas, os perigos da internet, bem-estar social, atendimento a pessoa com restrição de mobilidade, novas tecnologias para o setor de transporte, empreendedorismo no trans-porte, manutenção preventiva e gestão de pneus, cuidados para o motofretista e aten-dimento ao turista.

Segundo informações do Sest/Senat, os usuários são sondados em pesquisas para definir quais serão os assuntos tratados nas palestras. A intenção é que atendam realmente às necessidades do mercado de trabalho no transporte.

O material usado nas palestras já está sendo finalizado e será enviado às unidades. São cartilhas com as principais informações abordadas nos encontros entregues aos par-ticipantes para levar para casa e com isso serem acessadas também por familiares. As empresas de transporte que queiram inscre-ver seus funcionários nas palestras ou par-ticipar do projeto devem ligar para o Sest/Senat, no telefone 0800 728 2891.

PRONATEcQuem estiver interessado em uma

vaga no Programa Nacional de Acesso ao

Formação

Aproveite as oportunidades e qualifique-se

Sest/Senat começa a elaborar calendário de palestras para este ano. Além das vagas oferecidas em cada unidade, serviço participa do Pronatec

Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) deve ficar atento às oportunidades oferecidas no Sest/Senat. Só neste primeiro semestre serão 80 mil vagas ofertadas no país. A qualificação profissional é gratuita. Entre 2012 e 2013, o Sest/Senat qualificou 73,4 mil jovens para o mercado de trabalho por meio do Pronatec.

Em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, segundo informações do Sest/Senat, foram ofertadas 540 vagas no ano passa-do e a meta agora é dobrar esse número. A Secretaria Estadual do Trabalho e do Desenvolvimento Social informou que no Estado o setor privado reconhece a impor-tância da qualificação e absorve a mão de obra formada. Foram ofertados cursos de recursos humanos e mecânica de motores a diesel, por exemplo. Nos dois, segundo

a secretaria, toda a turma formada saiu empregada.

Os cursos oferecidos estão de acordo com a demanda de cada unidade do Sest/Senat no país. Para participar do Pronatec, é preciso entrar em contato com a prefeitu-ra e os governos estaduais, já que são eles que gerenciam as vagas. Os participantes recebem um kit com uniforme, material di-dático e escolar. Eles também têm acesso a auxílio-transporte e auxílio-alimentação.

Os cursos têm duração mínima de 160 horas/aula. O primeiro módulo é comum a todas as formações e abrange noções de atendimento, informática, português, ma-temática, postura no ambiente de trabalho, respeito ao meio ambiente e relações inter-pessoais. Depois os módulos se tornam es-pecíficos para cada área de conhecimento.

Osest/senat/Divulgação

Aulas e palestras para o setor de transporte estão programadas até o fim do ano

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Formação

ntidades do setor de autopeças firmaram convênios recen-temente visando ao fortalecimento do setor automotivo. Foram três parcerias: o Programa Nacional de Acesso ao

Ensino Técnico e Emprego – Plano Brasil Maior (Pronatec-PBM), o Convênio Arranjo Produtivo Local de Ferramentaria do ABC Pau-lista e o Acordo de Cooperação Geral MDIC-Sebrae para o Projeto de Encadeamento Produtivo da Cadeia Automotiva.

No primeiro, a intenção é oferecer formação gratuita para tra-balhadores. Inicialmente, estarão disponíveis 120 mil vagas em

Parcerias para o setor de autopeças

Entidades assinam convênios que preveem

cursos de qualificação profissional para

trabalhadores do setor e fortalecimento de pequenas empresas

Magno romero/MDiC/Divulgação

E

Reunião com o setor resultou em acordo de fortalecimento

32 Entre-Vias

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todo o país. Os cursos serão geridos pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) junto ao Mi-nistério da Educação. O acordo foi firmado com a Associação Nacional dos Fabrican-tes de Veículos Automotores (Anfavea), o Sindicato Nacional da Indústria de Com-ponentes para Veículos Automotores (Sin-dipeças) e a Agência de Desenvolvimento Econômico do ABC.

Serão ofertados dois tipos de cursos no Pronatec-PBM, que seguirão a deman-da das empresas. O primeiro modelo é o de Formação Inicial ou Continuada (FIC), com carga horária mínima de 160 horas e máximo de 600 horas. O segundo modelo consiste em cursos técnicos de longa dura-ção, equivalentes ao ensino médio, subse-quentes ou concomitantes a ele.

De acordo com o Ministério do De-senvolvimento, as vagas são destinadas a quem já está no mercado de trabalho e precisa se requalificar e para quem quer

entrar no setor de autopeças, mas preci-sa da formação. O programa permitirá a formação de trabalhadores para ocupação de novas vagas ou a requalificação de tra-balhadores em atividade. Todos os cursos serão gratuitos.

Para o Grande ABC, o acordo prevê consultorias para melhorias técnicas e de gestão no setor que fornece autopeças para as montadoras de veículos. Serão aplicados mais de R$ 1 milhão em recur-sos, com parceria vigente até 2016, envol-vendo 25 indústrias de pequeno e médio portes. Serão realizadas consultorias para melhoria na gestão de processos, de pro-duto, testes laboratoriais, normatização, entre outros.

EMPRESASJá com o Serviço Brasileiro de Apoio

às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o objetivo é ampliar o número de micro, pequenas e médias empresas no setor au-

tomotivo. Isso também será feito a partir de cursos de qualificação com orçamento previsto do próprio Sebrae.

Na primeira fase, o projeto terá a par-ticipação de nove montadoras instaladas em sete Estados: Fiat, em Betim; BMW, em Araquari (SC); Ford, em Camaçari (BA); GM, em Gravataí (RS); MAN e Nissan, em Resende (RJ); Peugeot/Citroën, em Porto Real (RJ); Renault, em São José dos Pinhais (PR); e Volkswagen, na Planta do ABC (SP).

Os convênios foram assinados pela secretária de Desenvolvimento da Pro-dução do MDIC, Heloísa Menezes, pelo presidente da Agência Brasileira de De-senvolvimento Industrial (ABDI), Mauro Borges, pelos presidentes do Sebrae, Luiz Barretto, da Anfavea, Luiz Moan, da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, Rafael Marques, e do Sindicato Nacional da Indústria de Com-ponentes para Veículos Automotores (Sin-dipeças), Paulo Butori.

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Finanças

s contribuintes podem fazer e enviar a declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2014. O último dia para

entrega é 30 de abril e a expectativa é de que a Receita Federal receba mais de 27 milhões de declarações.

Segundo informações da Receita Federal, a novidade é que os contribuintes que tiverem certificação digital podem fazer a declaração pré-preenchida com acesso por meio da página da Receita na internet, na área do e-CAC. Além do computador, o programa para preencher e enviar o documento está disponível para ser baixado em tablets e smartphones, bastando estar conectado à internet.

Segundo a Receita, neste ano, essa mo-dalidade está mais completa, com possibilida-de de declarar dúvidas e ônus reais, imposto pago, rendimentos recebidos de pessoa física, rendimentos isentos e rendimentos com tribu-tação exclusiva. Também é possível importar os dados da declaração 2013 para os apa-relhos. Neste ano, está obrigado a declarar quem recebeu mais de R$ 24.661,70 durante todo o ano de 2013.

Especialistas fazem alguns alertas para o contribuinte não cair na malha fina. Segundo o coordenador do curso de ciências contábeis da Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo, Reginaldo Gonçalves, o contribuinte precisa

Contribuintes devem enviar a declaração do Imposto de Renda Pessoa Física até 30 de abril. Especialistas dão dicas de como facilitar o processo

Pronto para a mordida do

O

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ficar atento às alternativas que possam diminuir a mordida do Leão, mas com cuidado para não informar dados que estejam inconsistentes.

O primeiro alerta é para a renda. Todos os anos, a tabela é reajustada, portanto, quem não declarava precisa verificar se agora precisa enviar seus rendimentos à Receita. Além da renda anual, é preciso declarar se tiver rendimentos isentos, não tributáveis e tributáveis exclusivamente na fonte acima de R$ 40 mil, como in-denizações, ganho na venda imóveis, rendimentos de aplicações financeiras, entre outros.

Também é preciso declarar quem tiver bens acima de R$ 300 mil e investimentos em ações. Segundo Reginaldo, é preciso verifi-car qual o modelo adequado, se o simplificado ou o completo. No simplificado, o desconto padrão é de 20% sobre os rendimentos tributáveis. Quem tiver gastos comprováveis, como médicos, den-tistas, psicólogos, ensino, entre outros, deve fazer a completa.

“Contribuintes com mais de uma fonte de renda devem decla-rar todas. É comum o indivíduo incluir apenas a fonte principal, mas a Receita está cruzando informações, identificando as declarações incompletas e cobrando a diferença”, afirma Reginaldo.

PESSOA jURÍdIcAQuando se tem uma sociedade, seja ela com pai, esposa, filhos,

legalmente registrada na Junta Comercial de cada Estado, com Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e Inscrição Estadu-al, como as transportadoras, as obrigações são, além de pagar os tributos, fazer a Declaração de Imposto de Renda Pessoa Jurídica, optando-se pelo lucro presumido, lucro real ou simples.

Na declaração entre cônjuges, Reginaldo esclarece que, se os dois trabalham, é ideal fazer a declaração separadamente. “Na maior parte dos casos é melhor abrir mão da dedução de depen-dência e não efetuar a declaração conjunta”, explica.

Para dar início ao processo, é preciso, primeiramente, ter em mãos todos os documentos comprobatórios, para o caso de a Receita solicitar algum esclarecimento. “Prepare a declaração o quanto antes para ter tempo de se ajustar a possíveis surpresas, como o levantamento de informações adicionais ou a necessidade de juntar documentos específicos. Com tempo hábil, tudo fica mais fácil. Lembre-se que entregar a declaração com atraso gera multa e optar por uma declaração retificadora sempre traz trabalho adi-cional”, indica o especialista.

Leão?

sXC

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Mercado

oncessionárias que administram rodovias federais no país terão isenção no pagamento de PIS e

Cofins para que façam investimentos nos trechos. O Ministério dos Transportes apro-vou o enquadramento no Regime Especial de Incentivos para Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi) de seis projetos. A isenção deve gerar mudanças nas tarifas de pedágio cobradas pelas empresas.

Segundo informações do ministério, os projetos são de recuperação, operação, ma-

nutenção, monitoramento, conservação, me-lhorias e ampliação da malha viária adminis-trada. Todas as concessionárias apresentaram seus projetos ao Ministério dos Transportes e tiveram o pedido aprovado por cumprir requi-sitos legais, previsto na Lei 11.488/2007.

A Autopista Planalto Sul S/A, por exem-plo, deve investir R$ 180 milhões em re-formas no trecho entre a BR-116/PR/SC – Curitiba na divisa com SC/RS. São mais de 400 km. Do montante investido, a empresa terá cerca de R$ 8 milhões a menos refe-rente aos dois impostos.

Já a Autopista Régis Bittencourt S/A tem projeto de extensão de 401,6 km no trecho entre São Paulo e Curitiba. O incen-tivo fiscal será de R$ 16,8 milhões, sendo o investimento da própria concessionária de R$ 365 milhões.

Entre Belo Horizonte e São Paulo, a Au-topista Fernão Dias S/A recebeu incentivo de R$ 15 milhões. No projeto estão pre-vistas melhorias em 562,1 km da BR-381, num investimento de R$ 300 milhões. A

Rodovia Litoral Sul apresentou projeto para extensão e investimento de R$ 400 milhões no trecho entre a BR-116 e a BR-101, em Santa Catarina, redução de R$ 17 milhões em desconto dos impostos.

Para fazer obras na BR-101, entre o Espírito Santo e Bahia, a ECO 101 rece-beu o maior incentivo fiscal entre todas as concessionárias. Num projeto apresentado avaliado em R$ 1,8 bilhão, ela terá mais de R$ 80 milhões em redução de impostos.

A última rodovia a entrar com projeto e conseguir a redução foi a Fluminense, por meio da Autopista Fluminense. São 320 km de obras no trecho entre o Rio de Janeiro e o Espírito Santo. A redução será de R$ 20 milhões, num projeto que vai in-vestir R$ 500 milhões no trecho.

O Regime Especial de Incentivos pode ser requerido por pessoas jurídicas. As empresas precisam apresentar os projetos mostrando investimentos na área de infra-estrutura, principalmente rodovias, hidro-vias e ferrovias.

Menos impostos para reformar estradas

Seis concessionárias que administram trechos federais foram beneficiadas pelo Regime Especial de Incentivos e terão isenção de PIS e Cofins nos projetos

C

BR-116 é uma das rodovias concedidas à iniciativa privada que vão passar por obras

Ministério dos Transportes/Divulgação

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EsportesPOR Marcel Moraes*

coPa Do mUNDoFaltando pouco menos de três meses para o início da Copa do Mundo de Futebol, o nosso governo, mostrando a sua total incompetência, ainda não conseguiu e não conseguirá terminar mais de 80% das obras de mobilidade e acessibilidade de que o país necessita para atender a demanda dos turistas que virão para este que é o maior evento de futebol do mundo. segundo dados da Fifa, será quebrado o recorde de público de todas as competições anteriores, e o país, com certeza, passará por um grande vexame mundial. exemplo é o aeroporto de Confins, que não conseguiu concluir nem 60% das obras necessárias para atender a demanda da Copa. Mais uma vez o Brasil meteu os pés pelas mãos ao realizar esse evento, mas agora não adianta chorar o leite derramado. vamos mostrar para todo o mundo que, apesar da grande incompetência dos nossos governantes, somos um povo alegre e receptivo. Façamos desta Copa a melhor de todos os tempos.

faVoritos Da coPa Com certeza, o Brasil é o grande favorito à conquista da taça. a seleção jogará com o apoio total da torcida, que já demonstrou seu carinho pela seleção do técnico Luiz Felipe scolari. Mas não podemos esquecer as seleções da argentina, alemanha e espanha, que estão jogando um belo futebol e também podem conquistar o título mundial.

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*Colunista esportivo associado a ANCE, trabalhou na rádio Itatiaia e na rádio Ouro Preto, colunista do jornal “O Tempo”, associado ao sindicato dos jornalistas, formado em jornalismo pela Estácio de Sá. E-mail: [email protected]

fiNais Do camPeoNato miNeironão tenho dúvidas de que a final do Campeonato Mineiro do ano passado se repetirá mais uma vez, com Cruzeiro e atlético decidindo o título do estadual deste ano. o Cruzeiro, assim como no ano passado, joga com a vantagem de dois empates para chegar ao título. Já o time do Galo terá de fazer como no ano passado, vencer bem a primeira partida no independência para jogar com mais tranquilidade no Mineirão.

Vem aíComeça, neste próximo mês, um dos maiores torneios de futebol de campo já organizados na região, o Torneio dos Cegonheiros. Mais de 16 clubes já se inscreveram e vamos torcer para o nosso time dos cegonheiros conquistar mais esse título importante para a classe.

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Evento

COMEMORAçãONo dia 22 de fevereiro, o grupo de resgate voluntário Anjos do Asfalto, rece-

be mais uma viatura. O veiculo ficará no trecho da BR 381, entre Belo Horizonte e João Molevade. O evento aconteceu no Carretão Trevo em Contagem.Na opor-tunidade o grupo fez uma homenagem a Geraldo Eugenio de Assis, presidente do grupo Assis Publicações, pela colaboração e ajuda ao grupo.

Wenderson Peixoto e Lílian Silva

Celso filho (Sadan), José Geraldo de Faria (Zé da Padaria),

Geraldo Assis e Márcio Arantes

Saulo Monteiro, Geraldo Assis e Marcus Campolina

Janaína Rufo e Saulo Monteiro

Gisely Liboreo e Fred Liboreo

Edmar de Freitas, Derany Marciel, Willian Soares e Patrícia Rodrigues Yasmina Furst, Tiago Muzzi e Lucas Muzzi

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Entre-Vias 41

Equipe de resgate voluntários Anjos do Asfalto

Felipe Moreira e Camila CalçadoConceição Faria e José Geraldo

de Faria (Zé da Padaria) Celso filho (Sadan), Juliana de Pinho e Wanda Teresa

Luciene Bastos e Cláudio BastosDelba Monteiro e Márcio ArantesSilas Júnior e Fernanda Policarpo

Laura Assis, Luíza Assis, Geraldo Assis e Maria Assis Mirian Rocha, Alfredo Rezende e Adriana Andrade

Fotos: Charlene silvestre

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LANçAMENTO DA MINASTRANSPOR

Marilene Nascimento, Paulo Nascimento, Antônio Sapori, Edson Oliveira, Antônio Sapori Filho e Néliton Bastos

Frederico Paschoalin, Warlon, Sérgio Pedrosa, José Lopes, Eliane Pedrosa e Eduardo Pedrosa

Marcelo Fontana, Sandro e Vander CostaAnderson Cordeiro, Geraldo Assis, Diego Andrade, Vander Costa, Henrique Dourado e Tiago Chagas

Tiago Chagas, Henrique Dourado, Diego Andrade e Vander Costa

Aziz Saliba e Gladstone Lobato

Evento

Vander Costa

Fotos: ary Chedid - agência Uai

No dia 25 de fevereiro, aconteceu no Porcão, em Belo Horizonte, o lançamento da Minastranspor. O evento contou com a pre-sença de diversas autoridades dentre elas o deputado Diego Andrade, e foi promovido pelo Setcemg/Fetcemg.

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O início do ano, com dias quentes e úmidos, é a época de maior reprodução do mosquito da dengue. Com o Plano de Contingência Municipal para o Enfrentamento da Dengue, a Prefeitura de Betim já começou o combate e precisa de você para eliminar possíveis focos na sua casa.

• MANTENHA A CAIXA D’ÁGUA LIMPA E BEM TAMPADA • LIMPE AS CALHAS • DESCARTE O LIXO CORRETAMENTE • TAMPE GALÕES, POÇOS, TONÉIS, LATÕES E TAMBORES • SEQUE E CUBRA OS PNEUS QUE NÃO ESTÃO SENDO USADOS • LIMPE E COLOQUE TELAS NOS RALOS • LIMPE E SEQUE AS BANDEJAS DE AR-CONDICIONADO E GELADEIRA • MANTENHA OS VASOS DE PLANTAS SEM PRATINHOS • NÃO DEIXE ACUMULAR ÁGUA EM BROMÉLIAS E OUTRAS PLANTAS • FECHE OS VASOS

SANITÁRIOS QUE NÃO SÃO USADOS COM FREQUÊNCIA • DEIXE OS BALDES E AS GARRAFAS COM A BOCA PARA BAIXO• ESTIQUE LONAS DE COBERTURA PARA NÃO FORMAR POÇAS DE ÁGUA • TRATE A ÁGUA DE PISCINAS E FONTES.

FAÇA A SUA PARTE NESTE COMBATE:

Palestras nas escolas com os agentes de controle de endemias em parceria com os agentes comunitáriosde saúde.

Mutirão de limpeza em ruas e beiras de rios, e �scalização de lotes vagos.

Aplicação de larvicida nas residências.

Em casos de surto ou epidemia, instalaçãode posto de atendimentoe hidratação no Centrode Especialidades Divino Ferreira Braga.

Formação do Comitê Municipal de Controle da Dengue para acompanhar o cumprimento das ações.

FIQUE ATENTO:NÃO DEIXE ÁGUA PARADA NA SUA CASA. A MAIORIA DOS FOCOS DO MOSQUITO ESTÁ NAS RESIDÊNCIAS.

Capacitação dasequipes médicas paraa identi�cação dadoença e o atendimento ao paciente.

Laboratório para realizar os exames da dengue em Betim.

VEJA COMO JÁ ESTAMOS ATACANDO E O QUE VOCÊ DEVE FAZER:

VOCÊ SABIA? O FUMACÊ É UM FORTE INSETICIDA PREJUDICIAL À SAÚDE.POR ISSO, A PREFEITURA EVITA O SEU USO NO COMBATE AOS MOSQUITOS.

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GRUPO

O Grupo SADA tem se destacado como um dos mais sólidos grupos empresariais; marcando história, conquistando novos espaços e reconhecimento em todas as áreas que atua. Buscando satisfazer as expectativas e necessidades dos clientes e visando a liderança de mercado. O Grupo SADA é uma holding que atua nos ramos de: Transporte, Logística, Indústria, Comércio, Concessionários, Serviços Gráficos, Jornal, Bioenergia (combustível renovável), dentre outros.

Os resultados alcançados nas performances operacionais consolidam o alto padrão de excelência na gestão empresarial do Grupo, pela conquista do gerenciamento do Sistema de Qualidade - TS 16949, NBR ISO 9001:2008 - com rigoroso cumprimento dos requisitos ambientais - ISO 14000 e a manutenção dos objetivos traçados, fundamentados na transparência e seriedade de seus dirigentes.

As constantes transformações no cenário mundial nos levam sempre a reavaliar nossos processos quanto à missão, princípios, conceitos operacionais.

A SADA está comprometida há vários anos com uma abordagem para o desenvolvimento sustentável, que visa tornar o Grupo um modelo de négocio em termos de proteção do meio ambiental, responsabilidade social e governança corporativa.

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