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FAIXA 7 DO CD “MATRIZ BRASIL”

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Page 1: FAIXA 7 DO CD “MATRIZ BRASIL” Homens em fileira, Saudação, tiro o chapéu para ti mulher brejeira. Coração e mente ao léu

FAIXA 7 DO CD“MATRIZ BRASIL”

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Homens em fileira, Saudação, tiro o chapéu para ti mulher brejeira.Coração e mente ao léu.

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Começa então o bailado,na fileira em frente, você.Dois violeiros e o rasqueado,palmas, pulos e sapateado.

Bater-mão por tua atenção,teu bater-pé soa esperança.Seis pulos de celebraçãopelo falar de olhos em dança.

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IMAGENS

SITES:arranjocraviola.blogspot.com;

jornalemdia.com.br;pintrest.com.com;

portaldoprofessor.mec.gov.br; eyoutube.com.

A seguir o texto “Dança do Cateretê”Caso interesse, é só utilizar o “ratinho”

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INTRODUÇÃO

Dançar é forma de expressão universal e primitiva.

Nosso ancestral indígena dançava e continua dançando para celebrar fatos e feitos resultantes de sua relação com a vida, com a natureza e com outros.

Na mescla de culturas provocadas pelo descobrimento do Brasil, sua colonização e a utilização do trabalho do negro escravo pelo colonizador originaram-se danças de origem indígena, africana ou ibérica mescladas por esse processo de miscigenação.

Dentre as danças de origem indígena encontra-se o Cateretê.

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HISTÓRICO

O Cateretê, conhecida também como Catira é dança genuinamente brasileira e a origem tupi de seu nome indica sua nascente, apesar de encontrarmos na dança além da presença indígena, a africana e a ibérica. Como o Carimbó, o Cateretê expressa bem o nascimento de indivíduos e cultura mestiços, resultante do encontro e caldeamento das três etnias.

No primeiro século da colonização, mas precisamente entre 1563 e 1597, o padre José Anchieta incluiu o Cateretê nas festas católicas de seus santos de devoção: São Gonçalo; São João; e Nossa Senhora da Conceição. O padre teria utilizado o ritmo e alguma melodia bem conhecida, para substituir os versos pagãos por versos católicos de sua autoria e na língua tupi.

Ainda, sobre o afã da catequese jesuítica, para retirar os índios e os primeiros mestiços de suas práticas pagãs, os representantes e os seguidores da igreja católica teriam influenciado na crença de que todas as danças seriam invenções diabólicas, exceto o Cateretê.

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Essa hipótese é reforçada em registros de que o caipira paulista considera que "todas as danças são invenção diabólica exceto o Cateretê, porque esta foi abençoada e até praticada por Jesus em sua peregrinação”.

COREOGRAFIA Não existe nenhuma descrição coreográfica do Cateretê primitivo. As primeiras ligeiras referências a ele datam do fim do século XIX e as descrições minuciosas são todas recentes. Essa dança de conjunto com formação em fileira se desenvolve por meio de um ritmo de sapateado brasileiro semelhante a um “bate-pé” ao som de palmas e violas.

Pode ser exercitado somente por um grupo de homens, ou também por um grupo de mulheres, ou ainda por grupo misto. É mais frequente a execução masculina.

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Quando a dança é executada com homens e mulheres, cada grupo assume uma fileira, uma diante da outra, e se defrontam para apresentar cantos, sapateados, palmas, bate-pés e troca de lugar com dançadores fronteiros, breves saltos e rápida formação em círculo.

O acompanhamento é constituído por duas violas.Os violeiros cantam no intervalo da dança e dirigem as evoluções do bailado em ritmo de sapateado brasileiro, semelhante a um bate-pé. Para começar o Cateretê, é feito cumprimento ao parceiro a sua frente retirando o chapéu. O violeiro puxa o “rasqueado” (dedilhar rápido e contínuo das cordas da viola) e os dançarinos fazem a "escova", isto é, um rápido bate-pé, bate-mão e seis pulos. A seguir, o violeiro canta parte da moda, ajudado pela “segunda" e volta ao "rasqueado". Os dançadores entram no bate-pé, bate-mão e dão seis pulos. O violeiro prossegue tocando e cantando o canto da Moda, recitando mais uns versos, que são seguidos de bate-pé, bate-mão e seis pulos.

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Quando encerram a moda os dançadores, após o bate-pé- e bate-mão realizam a figura que se denomina "Ladeira Acima" (ou “Serra Acima”), na qual rodam uns atrás dos outros, da esquerda para a direita, batendo os pés e depois as mãos. Ao completar a volta os dançadores viram-se e se voltam para trás, realizando o que se denomina "Ladeira Abaixo" (ou “Serra Abaixo”), sempre alternando o bate-pé e o bate-mão. Ao terminar o "Ladeira Abaixo", cada um deve estar no seu lugar, a fim de executar novamente o bate-pé, o bate-mão e seis pulos.

REGIÕES E OCASIÕES DA PRÁTICA O Cateretê é praticado largamente pelos interiores do Brasil nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Tocantins e principalmente, o Estado de Goiás. Entretanto, existem autores que ampliam as regiões onde a Catira é praticada e incluem vários estados do Nordeste, Amazonas e Pará. Está sempre presente nas Folias de Reis, nas Festas do Divino, bem como em outros festejos populares de conotação religiosa.

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CONCLUSÃO O Cateretê, ou Catira, assim como o Carimbó são danças originariamente indígenas mas que, a partir de o contacto com a cultura ibérica e a africana, perderam sua forma nativa e deram lugar a outra forma acrescida de elementos, só então conhecidos, a partir do contato com colonizadores e com os escravos. Esse processo de mescla continua até os dias de hoje, porém com diversidade muito maior de etnias. Compositores urbanos de música popular e de épocas recentes adotaram o ritmo do Cateretê nas suas obras vocais e instrumentais e, até mesmo, indicando como Cateretê o gênero de suas composições.  FONTES:cnfcp.gov.br;dicionariompb.com.br;

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fundaj.gov.br;sbpcnet.org.br; ewikipedia.org