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FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ARQUITETURA E URBANISMO Cristiano Triches Complexo Educacional na Cidade de Passo Fundo Passo Fundo 2017

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1

FACULDADE MERIDIONAL – IMED

ESCOLA DE ARQUITETURA E URBANISMO

Cristiano Triches

Complexo Educacional na Cidade de Passo Fundo

Passo Fundo

2017

2

Cristiano Triches

Complexo Educacional na Cidade de Passo Fundo

Relatório do Processo Metodológico de Concepção do Projeto Arquitetônico e Urbanístico e Estudo Preliminar de Projeto apresentado na Escola de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Meridional – IMED, como requisito parcial para a aprovação na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso I, sob orientação da Professora Mestre em Design Amanda Schüler Bertoni.

Passo Fundo

2017

3

Cristiano Triches

Complexo Educacional na Cidade de Passo Fundo

Banca Examinadora

Me. Amanda Schüler Bertoni

Orientador(a)

Membro avaliador

Me. Arq. Josiani Talamini

Membro avaliador

Me. Arq. Linessa Busato

Passo Fundo

2017

4

AGRADECIMENTOS

Gostaria acima de tudo agradecer a Deus, por ter me direcionado para esta opção

profissional que a Arquitetura proporciona, na qual tenho imensa satisfação e gosto pela

escolha, também agradeço pela força ter chegado até aqui. A toda minha família que mesmo

distante sempre esteve presente na minha vida, acreditando no meu objetivo em ser um

grande Arquiteto e Urbanista. A todos os meus professores do curso, pois sempre tiveram

dispostos a compartilhar informações necessárias para meu conhecimento profissional. A

minha professora orientadora Amanda Schüler Bertoni que me deu grande auxílio durante

este período de orientação.

Em especial a todas as pessoas da (SME) Secretária Municipal de Educação de Passo

Fundo. Saudoso amigo professor Edimilson Jorge Brandão que sempre acreditou e auxiliou

diretamente nos nossos experimentos arquitetônicos nas escolas do município. Ao grande

amigo Mestre Rui Pereira, que sem dúvidas foi um grande professor no desenvolvimento das

nossas maluquices nas escolas. A todas as professoras e diretoras das escolas que sempre

acreditaram que a arquitetura pode estar presente nos ambientes escolares, afim de propor

maior qualidade na educação de seus alunos, que sem dúvida a importância destas

melhorias, na vida das crianças é positivamente impactante no desenvolvimento do cidadão

atuante. ‘’aprendi muito com as crianças’’.

A todas as pessoas que passaram e ficaram na minha vida neste período bastante

decisivo para minha formação. Em especial todos os meus amigos que sabem a dificuldade

enfrentada nesta caminhada, estando presente mesmo nos momentos mais difíceis, meu

sincero obrigado.

5

RESUMO

O presente trabalho trata-se de um projeto de um complexo educacional a ser

implantado no bairro Vila Industrial no município de Passo Fundo – RS, Localizado em região

periférica da cidade, carente de alguns serviços públicos necessários para a boa qualidade

de vida. O projeto tem como objetivo principal proporcionar a comunidade local, uma escola

adaptada a novas metodologias de ensino. Portanto, apresenta como objetivos específicos:

promover a inclusão social através de espaços esportivos, áreas verdes, concha acústica,

piscinas e área de artes; permitir a acessibilidade universal; criar uma arquitetura inclusiva

através de espaços de estudo, salas lúdicas e oficinas experimentais; e utilizar técnicas

sustentáveis. Também oferecer um espaço com uma arquitetura convidativa que colabore na

aprendizagem dos alunos e cause um impacto positivo no bairro em que se pretende inserir

o projeto. No seu conceito a intensão é propor ao usuário sensações, que nunca tire a criança

que existe dentro de si, por mais que a correria do dia a dia seja eminente, os pais sejam os

principais amigos desta criança na escola, contudo sejam os atores principais dentro deste

contexto metodológico e arquitetônico. A distribuição dos blocos no complexo também pode

ser representada na conectividade e interatividade, busca-se conectar os três blocos dentro

do complexo, tornando um conjunto único, capaz de conectar a vida das pessoas,

independente de idade ou classe social. A interatividade estará proposta em elementos

arquitetônicos como: brinquedos, parque, pátio, academia, espaços de lazer e estudos, sendo

bastante significativo na coordenação motora dos usuários. Também na metodologia de

transmitir esta interação, pois cada momento deve ser considerado participativo na

aprendizagem da criança. No programa o complexo abriga três escolas: educação infantil,

ensino fundamental e ensino médio, setorizado e conectado diretamente por sua circulação,

tendo um grande pátio central, sendo o ponto chave do projeto, além de ginásio de esportes,

auditório, biblioteca, refeitório e áreas abertas esportivas, que possibilitaram melhor qualidade

de vida para as pessoas que ali frequentarão.

Palavras-chave: Projeto de escola, espaço escolar, arquitetura escolar

6

ABSTRACT

The present work deals with a project of an educational complex to be implanted in the

Industrial district in the city of Passo Fundo, RS, located in a peripheral region of the city,

lacking some public services necessary for a good quality of life. The main objective of the

project is to provide the local community with a school adapted to new teaching methodologies.

Therefore, it has as specific objectives: to promote social inclusion through sports spaces,

green areas, acoustic shell, swimming pools and arts area; Enable universal accessibility;

Create an inclusive architecture through study spaces, playrooms and experimental

workshops; And use sustainable techniques. Also offer a space with an inviting architecture

that collaborates in the students' learning and has a positive impact in the neighborhood where

the project is to be inserted. In its concept the intention is to offer the user sensations, never

to take away the child that exists within him, however much the day to day run is eminent, the

parents are the main friends of this child in school, yet they are the main actors Within this

methodological and architectural context. The distribution of the blocks in the complex can also

be represented in connectivity and interactivity, it is sought to connect the three blocks within

the complex, making a unique set, capable of connecting people's lives, regardless of age or

social class. The interactivity will be proposed in architectural elements such as: toys, park,

garth, gym, leisure spaces and study, being quite significant in the motor coordination of users.

Also in the methodology of transmitting this interaction, since each moment should be

considered participatory in the child's learning. In the program the complex houses three

schools: kindergarten, elementary and high school, sectorized and connected directly by its

circulation, having a large central garth, being the key point of the project, besides sports

gymnasium, auditorium, library, refectory and Open sports areas, which have made possible

a better quality of life for the people who will attend.

Keywords: School project, school space, school architecture.

7

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Mapa territorial escolar de Passo Fundo. Fonte: Autor (2017) ..............................3

Figura 2: Espaço pós modificação (EMEI, Jardim do sol,PF/RS). Fonte: Autor (2017) ......17

Figura 3: Escola de ensino médio High Tech High chula Vista. Fonte: You tube, (2017) ....18

Figura 4: Escola de ensino Médio High Tech High. Fonte: Jim Brady, Archdaily (2014)......19

Figura 5: planta baixa Térrea. Fonte: Jim Brady, Archdaily (2014) Autor (2017)…………...19

Figura 6: Ventilação Cruzada. Fonte: Jim Brady, Archdaily: adaptado pelo Autor (2017)... 21

Figura 7: Zoneamento. Fonte: Jim Brady, Archdaily, adaptado pelo Autor (2017)................22

Figura 8: Circulação. Fonte: Jim Brady, Archdaily, adaptado pelo Autor (2017)...................22

Figura 9: Implantação, Distribuição dos blocos. Fonte: Jim Brady, Archdaily,Autor (2017)...22

Figura 10: Materiais empregados. Fonte: Jim Brady, Archdaily;autor (2017).........................23

Figura 11: Ventilação, sustentabilidade, materiais..Fonte:JimBrady; Archdaily,Autor (2017).23

Figura 12: Ventilação cruzada. Fonte: Jim Brady, Archdaily, Autor (2017)............................24

Figura 13: Escola de ensino Cicero Dias. Fonte: Milazzo adaptada pelo Autor (2017)............24

Figura 14: Escola de ensino experimental Cicero Dias. Fonte: Milazzo, Autor (2017)...........25

Figura 15: Plantas baixas. Fonte: Milazzo, Autor (2017)....................................................... 25

Figura 16: Zoneamento. Fonte: Milazzo, Autor (2017)..........................................................27

Figura 17: Zoneamento 2° pavimento. Fonte: Milazzo, adaptado pelo Autor (2017)............28

Figura 18: perspectivas internas. Fonte: Milazzo, Autor (2017)............................................28

Figura 19: perspectivas internas. Fonte: Milazzo, Autor (2017).............................................29

Figura 20: Blocos e Maquete. Fonte: Milazzo, Autor (2017)..................................................29

Figura 21: Forma Maquete. Fonte: Milazzo, adaptado peloutor (2017).................................29

Figura 22: Relação pátio central. Fonte: Milazzo, Autor (2017).............................................30

Figura 23: perspectivas externas. Fonte: Milazzo, Autor (2017)...........................................30

Figura 24: Corredores internos. Fonte: Milazzo, utor (2017).................................................30

Figura 25: Relação externo, materiais externos. Fonte:Milazzo, Ator (2017).........................31

Figura 26: Escola de educação infantil Vila Luiza. Fonte: Autor (2017).................................31

Figura 27:Implantação, Emei Vila Luiza. Fonte: Karine knob; Autor (2017)...........................31

Figura 28: Zoneamento pav. Térreo. Fonte: Autor (2017).......................................................34

Figura 29: Zoneamento 1ºpavimento. Fonte: Autor (2017)........................................................34

Figura 30: Pátio interno. Fonte: Autor (2017).........................................................................34

Figura 31: Relação externo. Fonte: autor (2017)...................................................................35

Figura 32: Internas, refeitório e maternal I. Fonte: Autor (2017)............................................35

Figura 33: Relação formal planta / perspectiva. Fonte: Autor (2017)....................................35

Figura 34: Materiais empregados. Fonte: Autor (2017)..........................................................36

Figura 35: Mapa de localização de Passo Fundo. Fonte: Autor (2017).................................37

8

Figura 36: Skyline da cidade de Passo Fundo. Fonte: Erviton Quartieri Junior; (2017)........37

Figura 37: Mapa de localização da área de intervenção no mapa de Passo Fundo. Autor...38

Figura 38: Mapa de localização da área de intervenção zona 28. Fonte: Autor (2017)........39

Figura 39: Mapa de cheios e vazios. Fonte: Autor (2017).....................................................39

Figura 40: Mapa de usos de solo. Fonte: Autor (2017)..........................................................40

Figura 41: Mapa de usos de solo. Fonte: Autor (2017)..........................................................41

Figura 42: Mapa de alturas. Fonte: Autor (2017)...................................................................42

Figura 43: Mapa comportamental de tráfego das vias. Fonte: Autor (2017)..........................41

Figura 44: Mapa De fluxos das vias. Fonte: Autor (2017)......................................................42

Figura 45: Mapa de rede de esgoto e água. Fonte: Autor (2017)..........................................42

Figura 46: Mapa com dimensões do terreno. Fonte: Autor (2017)........................................43

Figura 47: Mapa com curvas de níveis e vegetação. Fonte: Autor (2017)............................43

Figura 48: Mapa de ventos, insolação e sombras. Fonte: Autor (2017)................................44

Figura 49: Mapa de insolação e sombras, inverno e verão. Fonte: Autor (2017)..................44

Figura 50: Alcance manual lateral e frontal. Fonte: NBR 9050(2015)....................................44

Figura 51: Mapa de Zoneamento e viário de Passo Fundo. Fonte: PMPF (2017).................47

Figura 52: Participação dos pais na vida escolar. Fonte: Depositophotos (2017).....................48

Figura 53: Lego, representatividade.Fonte: iDream (2017)...................................................49

Figura 54: Sala (EMEF N.S.A PF); Rampa (EMEI J.DO SOL PF). Fonte: Autor (2017).......49

Figura 55: Aula ar livre; Espaços dinâmicos. Fonte:Edemilson Brandão, (2017)..................49

Figura 56:Corredores de ônibus. Fonte:Gazeta de Uberlândia; Autor (2017)........................51

Figura 57: Proposta de Ciclovias e Infra subterrânea. Fonte: Pitadela; Infravias (2017)......51

Figura 58: Espaço internos, matériais empregados. Fonte; Diário do Nordeste (2017).........51

Figura 59: Proposta de Sumidouros. Fonte: Archdaily (2017)................................................59

Figura 60: Proposta de calçada. Fonte: Diário do Nordste (2017).........................................53

Figura 61: Biblioteca (EMEF B.RPF); Sala aberta (EMEF N.S.A B.R). Fonte: Autor (2017)..53

Figura 62: Parquinhos, Espaços dinâmicos. Fonte: Pinterest (2017)....................................54

Figura 63: Caixa de areia Dinâmica (EMEI P.P PF/RS). Fonte: Autor (2017)........................54

Figura 64: Inspiração. Fonte: Autor (2017)............................................................................54

Figura 65: Organograma Bloco I e II . Fonte: Autor (2017)....................................................60

Figura 66: Organograma Bloco III. Fonte: Autor (2017).........................................................60

Figura 67: Fluxograma Bloco I Educação Infantil. Fonte: Autor (2017).................................60

Figura 68: Fluxograma Bloco II Ensino Fundamental. Fonte: Autor (2017)...........................61

Figura 69: Fluxograma Bloco III Ensino Médio. Fonte: Autor (2017).....................................61

Figura 70: Zoneamento proposta A. Fonte: Autor (2017)......................................................61

Figura 71: Zoneamento Proposta 1.Fonte: Autor (2017).......................................................62

9

Figura 72: Zoneamento proposta II. Fonte: Autor (2017)......................................................62

Figura 73: Zoneamento Proposta III. Fonte: Autor (2017)......................................................63

10

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Ranking melhor educação mundial. Fonte: Unesco, 2016; do autor (2017)...........15

Tabela 2: Programa de Necessidades, Estudo de caso I S.Adm. Fonte: do autor (2017).....20

Tabela 3: Programa de Necessidades, Estudo de caso I S.Viv. Fonte: do autor (2017)........20

Tabela 4: Programa de Necessidades, Estudo de caso I S.Ped. Fonte: do autor (2017)......20

Tabela 5: Programa de Necessidades, Estudo de caso I S. Fun. Fonte: do autor (2017).....20

Tabela 6: Programa de Necessidades, Estudo de caso I S. Serv. Fonte: do autor (2017)....20

Tabela 7: Programa de Necessidades, Estudo de caso II S.Adm. Fonte: do autor (2017)....26

Tabela 8: Programa de Necessidades, Estudo de caso II S.Viv. Fonte: do autor (2017).......27

Tabela 9: Programa de Necessidades, Estudo de caso II S.Ped. Fonte: do autor (2017).....26

Tabela10: Programa de Necessidades, Estudo de caso II S.Func. Fonte: do autor (2017)...26

Tabela11: Programa de Necessidades, Estudo de caso II S.Serv. Fonte: do autor (2017)...27

Tabela12: Programa de Necessidades, Estudo de caso III S.Adm. Fonte: do autor (2017)..32

Tabela13: Programa de Necessidades, Estudo de caso III S.Viv. Fonte: do autor (2017).....32

Tabela14: Programa de Necessidades, Estudo de caso III S.Ped. Fonte: do autor (2017)...33

Tabela15: Programa de Necessidades, Estudo de caso III S.Func. Fonte: do autor (2017)..33

Tabela16: Programa de Necessidades, Estudo de caso III S.Serv. Fonte: do autor (2017)..33

Tabela17: Usos em porcentagem, Uso do Solo.Fonte: do autor (2017)................................40

Tabela18: Programa de Necessidades, Escola E.Infantil S.Adm. Fonte: do autor (2017).....55

Tabela19: Programa de Necessidades, Escola E.Infantil S.Viv. Fonte: do autor (2017)........55

Tabela20: Programa de Necessidades, Escola E.Infantil S.Ped. Fonte: do autor (2017)......56

Tabela21: Programa de Necessidades, Escola E.Infantil S.Fun. Fonte: do autor (2017).......56

Tabela22: Programa de Necessidades, Escola E.Infantil S. Serv. Fonte: do autor (2017)....56

Tabela23: Programa de Necessidades, Escola E.Fund S.Adm. Fonte: do autor (2017)........56

Tabela24: Programa de Necessidades, Escola E.Fund S.Viv. Fonte: do autor (2017)..........57

Tabela25: Programa de Necessidades, Escola E.Fund S.Ped. Fonte: do autor (2017).........57

Tabela26: Programa de Necessidades, Escola E.Fund S.Fun. Fonte: do autor (2017).........57

Tabela27: Programa de Necessidades, Escola E.Fund S.Serv. Fonte: do autor (2017)........58

Tabela28: Programa de Necessidades, Escola E.Médio S.Adm. Fonte: do autor (2017)......58

Tabela29: Programa de Necessidades, Escola E.Médio S.Viv. Fonte: do autor (2017).........58

Tabela30: Programa de Necessidades, Escola E.Médio S.Ped. Fonte: do autor (2017).......59

Tabela31: Programa de Necessidades, Escola E.Médio S.Func. Fonte: do autor (2017)......59

Tabela32: Programa de Necessidades, Escola E.Médio S.Serv. Fonte: do auto(2017)........59

11

SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS...............................................................................................................iv

RESUMO..................................................................................................................................v

LISTA DE FIGURAS................................................................................................................vi

LISTA DE TABELAS...............................................................................................................iv

SUMÁRIO................................................................................................................................xi

CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO..................................................................................................1

1.1 TEMA DO PROJETO.........................................................................................................1

1.2 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO PROJETO.............................................................2

CAPÍTULO 2: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................................3 2.1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................3

2.2 METODOLOGIAS DE ENSINO..........................................................................................3

2.2.1 Metodologia Hands-on..................................................................................................4

2.2.2 Metodologia Reggio Emilia...........................................................................................4

2.2.3 Metodologia Waldorf ....................................................................................................4

2.2.4 Metodologia da Ponte....................................................................................................5

2.2.5 Metodologia Montessoriana.........................................................................................5

2.2.6 Metodologia Freinet.......................................................................................................5

2.2.7 Metodologia Optimist....................................................................................................6

2.2.8 Metodologia Tendência Democrática..........................................................................6

2.2.9 Metodologia Comportamentalista................................................................................6

2.2.10 Metodologia Construtivista.........................................................................................7

2.2.11 Metodologia Freiriana.................................................................................................7

2.3 ARQUITETURA ESCOLAR ADAPTADA AS METODOLOGIAS DE ENSINO................8

2.4 HISTÓRICO DA ARQUITETURA ESCOLAR NO MUNDO...............................................9

2.4.1 Arquitetura Escolar em Países em Desenvolvimento..............................................12

2.4.2 Arquitetura Escolar na Atualidade.............................................................................13

2.5 SUSTENTABILIDADE NO AMBIENTE ESCOLAR.........................................................15

2.5.1 Espaço Externo ...........................................................................................................16

2.5.2 Espaço Internos ........................................................................................................ 17

2.7 ESTUDOS DE CASO...................................................................................................... 17

2.7.1 Autor e localização do projeto ..................................................................................17

2.7.2 Implantação..................................................................................................................18

2.7.3 Programa de Necessidades..........................................................................................19

2.7.4 Funcionalidade..............................................................................................................21

2.7.5 Forma............................................................................................................................22

2.7.6 Técnicas construtivas e materiais..................................................................................23

12

2.7.8 Autor e localização do projeto......,............................................................................24

2.7.9 Implantação..................................................................................................................24

2.7.10 Programa de Necessidades........................................................................................25

2.7.11 Funcionalidade............................................................................................................27

2.7.12 Forma..........................................................................................................................29

2.7.13 Técnicas construtivas e materiais................................................................................30

2.7.14 Autor e localização do projeto.................................................................................31

2.7.15 Implantação................................................................................................................31

2.7.16 Programa de Necessidades........................................................................................32

2.7.17 Funcionalidade............................................................................................................33

2.7.18 Forma..........................................................................................................................35

2.7.19 Técnicas construtivas e materiais................................................................................36

2.8 CONCLUSÃO DO CAPÍTULO.........................................................................................36

CAPÍTULO 3: DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO............................................37

3.1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................37

3.2 CONTEXTUALIZAÇÃO REGIONAL...............................................................................37

3.3 MAPA NOLLI, USO DO SOLO E ALTURA DAS EDIFICAÇÕES..................................39

3.3.1 Mapa de cheios e vazios...............................................................................................39

3.3.2 Mapa de uso do solo.....................................................................................................40

3.3.3 Mapa de altura...............................................................................................................40

3.4 INFRAESTRUTURA URBANA........................................................................................41

3.3.4 Mapa Fluxo e Rede Elétrica..........................................................................................41

3.3.5 Mapa de Esgoto e Água................................................................................................42

3.5 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO TERRENO.....................................................43

3.5.1 Dimensões do terreno...................................................................................................43

3.5.2 Topografia e Vegetação Existente.................................................................................43

3.5.3 Mapa de Orientação Solar, Ventos Predominantes e Projeção da Sombra..................44

3.6 SÍNTESE DE LEGISLAÇÕES E NORMATIVAS.............................................................44

3.6.1 Acessibilidade Universal................................................................................................45

3.6.2 Diretrizes........................................................................................................................46

CAPÍTULO 4: CONCEITO E DIRETRIZES PROJETUAIS....................................................48

4.1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................48

4.2 CONCEITO DO PROJETO...............................................................................................48

4.3 DIRETRIZES DE ARQUITETURA....................................................................................50

4.4 DIRETRIZES URBANÍSTICAS.........................................................................................51

4.4.1 Diretrizes de projeto.......................................................................................................53

13

CAPÍTULO 5: PARTIDO GERAL..........................................................................................55

5.1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................55

5.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES.................................................................................55

5.2.1 Programa de Necessidades bloco I (EEI)......................................................................55

5.2.2 Programa de Necessidades II (EEF).............................................................................56

5.2.3 Programa de Necessidades III (EEM)............................................................................58

5.3 ORGANOGRAMA/FLUXOGRAMA..................................................................................60

5.3.1 Organograma Bloco I; II.................................................................................................60

5.3.2 Fluxograma Bloco I; II; III...............................................................................................60

5.4 PROPOSTAS DE ZONEAMENTO...................................................................................61

5.4.1Proposta I........................................................................................................................61

5.4.2 Proposta II......................................................................................................................62

5.4.3 Prosta III.........................................................................................................................62

CAPÍTULO 6: REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS...............................................................64

ANEXOS.................................................................................................................................

1

CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO

O tema desta monografia está centrado no projeto de uma escola de educação infanto-

juvenil para a cidade de Passo Fundo. Assim, seu objetivo principal é de projetar uma escola

adaptada a novas metodologias de ensino. Portanto, apresenta como objetivos específicos:

promover a inclusão social através de espaços esportivos, áreas verdes, concha acústica,

piscinas e área de artes; permitir a acessibilidade universal; criar uma arquitetura inclusiva

através de espaços de estudo, salas lúdicas e oficinas experimentais; e utilizar técnicas

sustentáveis. A principal razão para este projeto é oferecer um espaço com uma arquitetura

convidativa que colabore na aprendizagem dos alunos e cause um impacto positivo no bairro

em que se pretende inserir o projeto.

1.1 TEMA DO PROJETO

A educação é fundamental no desenvolvimento da criança, uma vez que a

sua importância vai além do aumento da renda individual ou das chances de se obter

um emprego. Por meio da educação, garantimos nosso bem-estar social, econômico e cultural

(KOWALTOWSKI, 2011). O direito a uma educação de qualidade é básico, pois assegura o

cumprimento de outros direitos. Portanto, a escola deve fazer questão de contribuir nessa

evolução, não preparando apenas os cidadãos para a vida, pois ela é a própria vida, um local

de vivência da cidadania (ALARCÃO, 2001).

A educação do indivíduo começa a partir de uma base familiar, na qual os princípios

morais são apreendidos desde os primeiros anos de vida. Mas é no ambiente escolar que o

seu desenvolvimento se expande e são apreendidos novos conhecimentos necessários à vida

em sociedade. Portanto, o ambiente escolar é um local de desenvolvimento, cuja arquitetura

irá ter influência na qualidade do ensino, assim como ultrapassa as questões materiais,

passando a refletir a expressão cultural de uma comunidade (KOWALTOWSKI, 2011).

Uma das relações diretas da arquitetura na educação está na disposição espacial das

escolas. Em escolas que seguem uma metodologia tradicional os alunos são organizados em

salas que possuem suas classes enfileiradas, com o professor na frente passando temas em

um quadro. Nesta metodologia de ensino o aluno é passivo e a forma na qual o conhecimento

geralmente é aplicado, não há uma promoção ao debate (DUDEK, 2000; KOWALTOWSKI,

2011; SOUZA; PAZIN-FILHO, 2014).

Já nas escolas que apresentam metodologias de ensino inovadoras, a arquitetura

quebra com o paradigma tradicional, sendo organizada em espaços mais flexíveis. Tais como:

salas com mobiliário multifuncional, permitindo que conforme o conteúdo a sala possa

modificar a sua disposição. Ainda, são acrescidos laboratórios para experimentos, biblioteca

2

equipada com acervo físico e digital, brinquedoteca interativa, oficinas de robótica, auditório,

áreas de esportes e lazer, horta urbana, onde os alunos possam cultivar o alimento e após

consumi-lo, entre outros usos que tornam o ambiente escolar como um local voltado ao

estímulo da criatividade e suscitem os alunos a buscar conhecimento (DUDEK, 2000;

KOWALTOWSKI, 2011; SOUZA; PAZIN-FILHO, 2014).

Para Dória (2013) eleger o espaço escolar como objeto de estudo configura-se como

uma possibilidade de diálogo entre a Arquitetura e a Educação, ambas responsáveis pela

organização e ocupação do espaço físico da escola, espaços educativos e formadores de

cidadãs autocríticos. Diante do contexto apresentado, dentro dos aspectos colaborativos

pode-se usar diversos elementos a favor; como, materiais, cores, informação visual, forma e

até mesmo o próprio paisagismo para desenvolver esta concepção crítica do aluno. Uma vez

que estas novas metodologias de ensino requerem mudanças na estrutura arquitetônica

tradicional das escolas, este trabalho procura conhecer como se dão estas transformações.

1.2 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO PROJETO

A cidade de Passo Fundo conta com 35 escolas de Educação Infantil e 35 de Ensino

Fundamental, administradas pelo Município. Contudo, há uma procura de vagas em vários

bairros, sendo necessário a duplicação de vagas na rede municipal para as escolas de

Educação Infantil, onde os números somam 229 vagas para crianças de 0,6 a 3 anos e 96

vagas para crianças de 4 a 5 anos, totalizando uma espera de 325 vagas (SME/PMPF, 2017).

Dentre os bairros que necessitam ter vagas preenchidas está o bairro Industrial e

Valinhos, que ainda possui carência de outros serviços como: transporte público, saneamento

básico, segurança pública, moradia, esportes, lazer e cultura. O bairro Industrial, é um

importante bairro da cidade de Passo Fundo, fazendo divisa com o bairro Valinhos, onde a

maioria da população é de classe baixa e vive em região a beira trilho. Contudo, levar

educação a este espaço significaria não apenas suprir a nescessidade de vagas, mas propor

a longo prazo, melhorias satisfatórias ao bairro e ao entorno.

Outro fator bastante promissor a execução do projeto neste local, é o terreno, com

uma área significativa de 31667,97m², por se tratar de um programa de nescessidade

bastante extenso, esta área atenderia a demanda nescessária para a construção do

complexo. Mesmo se tratando de uma área particular, poderia ser acordado entre a prefeitura

de Passo Fundo e a iniciativa privada uma troca, repassando esta área para o municipio,

assim de forma legal dar possiblilidade de construção do complexo.

3

CAPÍTULO 2: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 INTRODUÇÃO Nesta parte será apresentada a revisão de literatura que apresenta os principais

assuntos pertinentes a compreensão do tema escolhido, para o projeto de um complexo

educacional na cidade de Passo Fundo/RS. Como base preliminar será apresentada a

importância da educação; as diferentes metodologias de ensino aplicadas no exterior e no

Brasil um breve histórico da educação no mundo; a configuração do ambiente escolar;

desempenho e conforto no espaço escolar; sustentabilidade no espaço escolar e

acessibilidade universal.

2.2 METODOLOGIAS DE ENSINO A seguir serão apresentadas as metodologias de ensino mais aplicadas no mundo. Há

uma busca constante por uma metodologia eficiente que modifique o contexto atual da

educação. Para citar algumas com maior influência na educação mundial comparando com a

metodologia tradicional, onde; o ensino é centrado no professor, que é um transmissor de

cultura, onde o estudante tem metas a cumprir dentro de determinados prazos, que são

verificadas por meio de avaliações periódicas. Nesta metodologia tradicional quem não atinge

a nota mínima necessária no conjunto de avaliações ao longo do ano que está cursando é

reprovado e tem de refazê-lo. Muito comum nestas escolas ser usado apostilas e cartilhas,

que estabelecem o quanto a criança deve aprender em cada ano (SOUZA, et al. 2014).

Figura 1: Mapa territorial escolar de Passo Fundo Fonte: autor (2017)

4

2.2.1 Metodologia Hands-on

Criado por Georges Charpak na França em 1995 a técnica Hands-on consiste na

preocupação de elaborar uma proposta que seja motivadora, envolvendo situações novas e

levar o estudante a buscar soluções para os problemas propostos, em fazer com que o

estudante participe da descoberta de objetos e fenômenos da natureza, ao mesmo tempo em

que estimula a imaginação e desenvolva o domínio da linguagem. Para tal aplica-se uma

pesquisa e projeto, onde o aluno testará sua capacidade, de desenvolver o ensino na prática.

Neste sentido o aluno desenvolve maiores habilidades, dando o sentido de ação, de

se colocar à disposição para que os resultados apareçam. Deste modo, o estudante deverá

realizar na prática o projeto pesquisado, junto a seu grupo desenvolverá a construção e

sintetização do que compreendeu com a atividade, propiciando a construção do conhecimento

pelo aluno. No caso do professor, este passará a ser o mediador do conhecimento, orientando

os estudantes na busca de soluções e nunca dar respostas prontas, mas proporcionar

maneiras para que o estudante as descubra com a atividade que está realizando (HOLANDA;

BEZERRA, 2007; ROSA, 2012).

2.2.2 Metodologia Reggio Emilia

Desenvolvida pelo pedagogo Loris Malaguzzi no ano de 1946, período pós-guerra, na

cidade de Reggio Emília, Itália. O sistema Reggio Emillia busca estimular o valor de cada

indivíduo, presa por um modelo educativo que dê conta de todas as particularidades dos

estudantes e das suas famílias. Portanto, considera fundamental a interação entre sistema de

escolarização e o mundo do familiar, de modo integrado e participativo, que induza a criança

em seu processo educativo, mas também a integração com os professores e as famílias.

Consiste em uma escola inovadora, na qual a criança, professor e família se relacionam de

modo integrado e coletivo. A escola Reggio tem obtido excelentes resultados com a dedicação

dos pais junto a escola, quando a comunidade toda participa a escola cumpre seu papel, e

tem um melhor desempenho na linha de aprendizagem (PAIDÉIA, 2010; SÁ, 2010).

2.2.3 Metodologia Waldorf

A Metodologia Waldorf criada em 1919, na cidade de Stuttgart, na Alemanha, pelo

filósofo austríaco Rudolf Steiner. Steiner acreditava que cada idade tem necessidades

específicas a serem atendidas. Os alunos são divididos em faixas etárias e não em séries.

Em seus métodos, há reflexões sobre a capacidade de pensar e sobre a compreensão do ser

humano moderno, bem como quatro características de desenvolvimento: da consciência, do

autoconhecimento, da individualidade e da liberdade. A professora tem um papel bastante

5

importante no comportamento dos alunos, ao saudá-los diariamente cada aluno na chegada

na sala de aula, aumentando esta relação de valorização de cada indivíduo e aprendem a ter

paciência e disciplina (CASTRO, 2010).

2.2.4 Metodologia da Ponte

Criada pelo professor Jose Pacheco no ano 1976, na cidade do Porto em Portugal. Esta

metodologia define a escola como um lugar importante para o aluno, pais e comunidade. Onde

os espaços sejam interativos, e as crianças possam aprender com autonomia por meio da

pesquisa, sem precisar que os professores repitam o que está nos livros, as crianças são

responsáveis pela organização de suas tarefas.

A comunidade, pais, funcionários e alunos devem envolver-se com a escola, uma vez

que entende que a educação deve ser compartilhada com todos os agentes educacionais,

sendo todos responsáveis pela mesma. O professor deixa de ser o ponto chave, passando a

orientar o aluno quanto a dificuldades nos assuntos e tarefas. O aluno tem maior papel dentro

do ambiente pois é ele que buscará meios mais eficientes para desenvolver suas tarefas

diárias (PACHECO, 2008; OLIVEIRA, 2011).

2.2.5 Metodologia Montessoriana

Criada pela médica italiana Maria Montessori, na metodologia Montessoriana a criança

deve ter autonomia própria, desenvolvendo suas habilidades no decorrer do crescimento. Os

adultos precisam ajudá-la nesse processo, favorecendo o desenvolvimento de indivíduos

criativos, independentes, confiantes e com iniciativa. Na sala de aula, as crianças escolhem

as atividades que querem fazer e a atenção deve estar nas tarefas a serem cumpridas. O

professor dá suporte neste sentido, ajudando a superar os obstáculos e dificuldades da

criança, respeitando o ritmo de cada aprendiz e sem intervenções indevidas. As classes têm

crianças de idades diferentes incentivando o trabalho em grupo. Todos os estudantes são

estimulados da mesma maneira (FARIA, et al. 2012).

2.2.6 Metodologia Freinet

Desenvolvida pelo pedagogo francês Célestin Freinet na pequena aldeia de Bar- sur-

Loup, França, no ano de 1920 após a primeira Guerra. Foi o Criador do Movimento da Escola

Moderna, onde o aprendizado acontece por meio do trabalho e da cooperação. Nesta

metodologia as crianças podem compartilhar com demais alunos e comunidade suas

experiencias, sonhos e interesses. Neste período deu-se origem as aulas-passeio na França,

onde os alunos são induzidos ao conhecimento, aulas piqueniques, sentir a natureza.

6

Desenvolveu uma proposta pedagógica centrada na observação cuidadosa da

natureza e nas necessidades e interesses das crianças. Freinet acreditava que a criança tem

que ser vista não como um indivíduo isolado, mas como parte de uma comunidade e jamais

ser marginalizada, principalmente quando fizer parte de classes menos favorecidas. O

educador precisa entender e se colocar no lugar de uma criança, assim obterá melhores

resultados com sua turma no ambiente escolar. Estas atitudes podem refletir positivamente e

transformar a vida dos seus alunos (BORGES, 2010).

2.2.7 Metodologia Optimist

Esse método de ensino foi proposto e idealizado pelo pedagogo espanhol Víctor

García Hoz na Espanha em 1963. Nesta metodologia adota-se o princípio da educação

personalizada, que respeita o aluno como pessoa singular e com ritmo próprio desde a

educação infantil, levando-o a alcançar o máximo de desenvolvimento. Sua proposta inclui

estratégias voltadas para o desenvolvimento completo da criança: corpo, inteligência,

afetividade e sociabilidade. A participação dos pais é muito importante e eles passam por um

sistema de formação com o objetivo de ter em casa uma continuidade do que acontece na

escola. Os professores também recebem formação específica para adquirir uma percepção

educativa refinada (DEB,1997; ROSA, 2015).

2.2.8 Metodologia Tendência Democrática

As escolas democráticas são baseadas na Escola Summerhill, nascida na Inglaterra,

e são consideradas uma crítica à educação tradicional, A ideia fundamental é a liberdade de

escolha dos alunos. Matemática, por exemplo, pode ser aprendida ao entender como se

monta uma bicicleta e essa tarefa pode ter sido sugerida pelo aluno. A escola da liberdade ao

aluno para que ele decida por seus temas de aula. Nesse modelo de escola, os alunos são

responsáveis pela formação e cumprimento de regras a serem seguidas para um bom

funcionamento da escola (TOSTO, 2011).

Os alunos não são obrigados a assistir às aulas obedecendo um cronograma comum,

único. Eles escolhem as atividades a fazer de acordo com seus interesses. Para avaliar os

alunos, procura-se abolir também lições de casa e provas, a avaliação é feita por sua

participação e por trabalhos que podem ser escritos, artísticos. Neste método os alunos,

professores, pais, funcionários, todo tem papel importante dentro do espaço escolar. Assim

tendo uma maior dedicação por parte da criança (ROSA, 2015).

2.2.9 Metodologia Comportamentalista

7

Criada pelo psicólogo norte-americano Burrhus Frederic Skinner. Nessa metodologia,

o professor tem como tarefa controlar o tempo e as respostas dos alunos, dando-lhes

feedback constante. O aluno é visto como alguém que pode aprender a partir de estímulos,

que são recompensados, caso os objetivos sejam alcançados. A concepção

comportamentalista tem foco na técnica, no processo e no material postos em jogo. O ensino

deve ser bem planejado, com materiais instrucionais programados e controlados (MOREIRA,

2009).

O objetivo é que os resultados possam ser mensurados e que o estudante adquira os

comportamentos desejados, moldados segundo necessidades sociais determinadas. Nesta

metodologia o aluno acaba adquirindo uma ideologia, se torna defensor de uma causa, o

social e bastante debatido. A avaliação também ocorre no final do processo, com a finalidade

de se conhecer se os comportamentos finais desejados foram adquiridos pelos alunos

(PAIVA, 2011).

2.2.10 Metodologia Construtivista

Desenvolvida por Jean Piaget, sua teoria teve bastante influencia no século XX. O

conhecimento é ativamente construído pelo sujeito e não passivamente recebido do professor

ou do ambiente. Cada estudante é visto como alguém com um tempo único de aprendizado,

onde o trabalho em grupo é valorizado. Nas escolas construtivistas, são criadas situações em

que o estudante é estimulado a pensar e a solucionar problemas propostos. Em que o aluno

se adapte ao meio interagindo com ele (SHANE,1991).

No construtivismo a meta é criar seres capazes de fazer coisas novas e não repetir,

simplesmente, o que as outras gerações fizeram. Seres que sejam criadores, inventores e

descobridores. Também formar mentes que tenham condições de criticar e não aceitar tudo

que lhes é proposto. Além disso, a teoria de Piaget defende que o professor não deve apenas

ensinar, mas, acima de tudo, orientar os alunos para uma aprendizagem autônoma,

independente (MOREIRA, 2009).

2.2.11 Metodologia Freiriana

Defendida pelo pedagogo brasileiro Paulo Freire, a pedagogia presa pela educação

crítica do aluno. Onde o professor deve passar o conteúdo ao aluno, porém não como verdade

absoluta, o aluno e professor devem aprender juntos. Onde o aluno deve ser inquieto,

procurar, questionar, ser autocrítico. Nesta pedagogia, os aspectos culturais, sociais e

humanos do aluno devem ser levados em conta. Se torna necessário ouvi-lo para ajudá-lo a

construir confiança, para que ele possa entender o mundo por meio do conhecimento

(FREIRE, 1982; LEMPEK, 2013).

8

Para Paulo Freire, o conhecimento faz sentido para o estudante quando o transforma

em sujeito que pode transformar o mundo. Bom senso, humildade, tolerância, respeito,

curiosidade são alguns dos princípios defendidos por essa corrente. A educação se torna uma

ferramenta bastante eficaz para o aluno. Ainda nesta metodologia não prevê provas, mas si

trabalhos, pesquisa (SOUZA,1999).

2.3 ARQUITETURA ESCOLAR ADAPTADA AS METODOLOGIAS DE ENSINO

A arquitetura e a metodologia aplicada deve estar em comunicação constante. Na

metodologia tradicional a sua arquitetura geralmente é bastante repetitiva, costuma ter seu

mobiliário padronizado disposto no ambiente onde tamanhos, cores são padrões, esta

disposição de mobiliário repetitiva, acaba por limitar a criança não tendo influência positiva no

desenvolvimento de aprendizagem das crianças (RIBEIRO,2011).

Nas metodologias diferenciadas o papel desenvolvido pela arquitetura vai muito além,

geralmente nestas a comunidade está bastante pressente, influenciando diretamente nas

características dos ambientes. Em escolas onde a os pais, professores, funcionários,

comunidade em geral tiveram maior participação, a qualidade destes espaços tanto na sua

metodologia ou ambientes construídos é muito mais avançado, pois a uma dedicação e um

pensar na estrutura como o mobiliário, conexão com os ambientes.

Mas é preciso ressaltar que cada aprendizado precisa de um ambiente apropriado. A

sala de aula tradicional nem sempre serve para produzir o que uma boa pedagogia gostaria

de fazer. A gente precisaria de mais possibilidades para o professor alterar esse ambiente.

Existem estudos que demonstram que não faz sentido os móveis serem iguais, pois há alunos

grandes, pequenos, que agem de diferentes formas, então a dinâmica no espaço escolar deve

ser variada (KOWALTOWSKI, 2011).

Para Dóris 2011, o ambiente humano também exerce grande influência, um bom

professor, auxiliando no processo de desenvolvimento das tarefas seria a primeira influência,

tendo uma boa pedagogia com material didático e os equipamentos necessários. O grupo em

geral como alunos, professores, comunidade tendem a ser mais participativos, também o

clima social deve destacar-se. Os arquitetos têm papel fundamental no desenvolvimento de

espaços satisfatórios ao desejo da criança.

As escolas que trabalham com as metodologias, Montessoriana, Waldorf, Reggio

Emilia, Ponte e Hands on, por exemplo, apresentam uma qualidade mais avançada em seu

sistema educacional e também o projeto arquitetônico é muito mais variado. Nestas

metodologias os espaços são dinâmicos, diferenciados, com ambientes multiusos, onde é

possível transformá-lo, o mobiliário pode ser adaptado de várias formas; espaços externos

são compostos de mobiliários interativos. Um espaço que seja para a criança, onde ela se

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sinta confortável e convidada a brincar neste espaço (RIBEIRO 2009, KOWALTOWSKI;

2011).

A arquitetura demostra grande influência na educação apresentando várias

possibilidades, contribuindo de forma direta na formação social humana, promovendo a

sociabilidade e crescimento profissional, desenvolvendo a educação permanente do indivíduo

e seu papel de cidadania, também a importância da escola como parte centralizadora destas

práticas educativas (KOWALTOWSKI,2011)

É fundamental no desenvolvimento e aprendizagem da criança, a percepção dos

espaços influência diretamente no bem-estar da criança. Os elementos construtivos podem

transmitir muito mais do que conforto, O entorno imediato tem a necessidade de manter o

contato entre a escola e a sociedade. Estes espaços são verdadeiros colaboradores e

contribuem de forma direta e indireta no desenvolver do cidadão auto critico, transmitindo

sensações e contribuindo para o bem-estar humano (BERNARDES, 2015).

2.4 HISTÓRICO DA ARQUITETURA ESCOLAR NO MUNDO

A arquitetura escolar já demonstrava grande influência na Europa no período da Idade

Média, onde a escola era de sala única e era acoplada a moradia do professor. Contexto

construtivo que predominou até o final do século XV nas cidades e persistiu após também no

meio rural. O espaço escolar era lecionado por um professor e frequentado por alunos de

várias idades, principalmente pelos seminaristas. Esta arquitetura era bastante semelhante

em todas as escolas europeias. Na Inglaterra os espaços se caracterizavam de maneira

retangulares, continham alinhamento de bancos, ao longo das paredes e o espaço central era

então o pódio do professor, permitindo a comunicação visual, as grandes aberturas permitiam

uma boa iluminação e ventilação assim formando uma grande sala única (LANGE,1998).

No decorrer do século XVI este modelo arquitetônico começa a ser questionado.

Intelectuais da época defendiam que a escola deveria ter sala de aula separadas por idades,

que definiriam as series de estudos. Este novo modelo na maioria das vezes era constituído

por um prédio de dois a três andares e dividido por gêneros. No século XVII este modelo de

escola já predominava em toda Europa, seguindo referencias e traços da arquitetura

renascentista e muitas vezes parâmetros da Igreja Católica que tinha grande influência sobre

a educação na época (DUDEK, 2000).

No Brasil, a arquitetura escolar vem um pouco mais tarde. As primeiras salas de aula

seguiram modelos tradicionais, tendo sido implantadas pelos Jesuítas, no século XVII. Estes

espaços condicionavam uma serie de pretensões, como atividades educativas com o intuito

de transformar, proporcionar a vivencia das pessoas na sociedade estando ligado a propósitos

e valores políticos da colonização e da Igreja Católica (COSTA et al. 2014).

10

Mais adiante na Europa, em plena revolução industrial e grande aumento da população

nas cidades, no ano de 1833 na Inglaterra, as empresas foram obrigadas a disponibilizar para

as crianças de seus funcionários, aulas durante duas horas por dia dentro de suas fabricas,

dando início a novos meios e espaços de educação. Contudo, Henry Kendall foi um dos

idealizadores de que a arquitetura escolar deveria ter aspectos confortáveis para o usuário.

A partir da publicação de seu livro, Design for school e School houses, onde ele sugere que

o modelo construtivo adotado ao prédio seja em estilo neogótico sem muitos detalhamentos

no seu espaço, mas que seja funcional.

Em 1870 onde a Inglaterra faz grandes investimentos em educação pública. Como

exemplo, o arquiteto Robson é contratado para fazer esta expansão na rede de prédios

escolares de Londres, contudo a cidade passa a ser além de capital industrial, um grande

centro educacional. Já na Alemanha e França também ouve uma fortificação neste período

de industrialização, fazendo mudanças em seu contexto. Na Alemanha usa-se um modelo

prussiano de espaço de ensino, onde a sala de aula era composta por 40 a 60 alunos, vindo

a comportar 300 alunos dependendo da sala (DUDEK, 2000).

No século XIX nos Estados Unidos já se pensava em um planejamento na educação.

O ambiente escolar passou por uma avaliação de desempenho, de acordo com esta avaliação

percebeu-se que a atual escola não atendia as exigências mínimas para o bom desempenho

escolar, contudo o educador e projetista Barnard (1851), vendo estas deficiências, apresenta

princípios de projeto que possam ser melhorados, como: a localização onde estas escolas

estavam implantadas, também melhorando a estética das mesmas, assim traria uma maior

percepção positiva para os alunos, propor ventilação cruzada, iluminação natural, melhorias

no mobiliário e as escolas também deveriam ter áreas verdes, assim apresentariam uma

melhor qualidade física (KOWALTOWSKI, 2011).

Com todos estes problemas identificados começa-se a pensar na qualidade dos

projetos escolares. Então no final do século XIX as escolas públicas passam por uma grande

transformação, os prédios que até então ocupavam uma área pequena, implantado em toda

área do lote, sem algum tipo de ornamento arquitetônico ou jardim, começa-se a ser

implantado em áreas necessitadas, em terrenos grandes, com um grau de detalhamento

maior, deixando de ser vertical e passa a ter uma horizontalidade (BRUBAKER,1998;

KOWALTOWSKI, 2011).

Com o a implantação da educação compulsória na Europa e nos Estados Unidos,

muitos educadores tiveram grande influência na arquitetura escolar. Uma das mais influente

é a educadora italiana Maria Montessori, voltada para a população mais pobre e direcionada

a escala infantil. A educadora já trazia princípios inovadores em sua educação.

11

Com a primeira Guerra Mundial a arquitetura escolar se estagnou na Europa, ficando

fora de foco neste período. Vindo a ter novos parâmetros nos anos de 1919 com o fim da

Guerra. Dando então espaço a novas ideias, a arquitetura moderna ganha ênfase a partir de

1920, principalmente na França e Alemanha onde os movimentos se tornavam cada vez

maiores. A Bauhaus ganha força com no período de 1922 a 1928 (KOWALTOWSKI, 2011).

Nos Estados Unidos neste período, John Dewey e Frank LIoyd Wright foram grandes

influenciadores da arquitetura escolar. Contudo a educação americana também toma novo

rumo, onde está arquitetura vive momentos de investimentos e analise na sua qualidade. Os

projetos são elaborados com um planejamento dos espaços, construtivo ganha maior

detalhamento e qualidade, se preocupasse com o bem star dos alunos, professores e

usuários. As preocupações estéticas foram substituídas pela necessidade social, que a

educação deveria cumprir (DEWEY,1972; KOWALTOWSKI, 2011).

A partir de 1917 surgem na Europa as primeiras escolas experimentais, rompendo o

então sistema tradicional até então utilizado na maioria dos países europeus. A Bauhaus teve

grande influência, quando Walter Gropius projeta a School community college na Inglaterra,

uma vez que a arquitetura deste prédio segue novas intuições de projeto, com um estilo

moderno e inovador, tratando espaços com grande parcialidade, impondo grandes janelas,

permitindo a visão externa na sala, espaços de sala de aula adaptáveis, uma arquitetura

escolar particular, que se opõe a escola tradicionalista. Com a implantação do socialismo e

após nazismo na Alemanha, este modelo arquitetônico se torna proibido em 1930

(PERREIRA, 2011; KOWALTOWSKI, 2011).

Com a depressão econômica nos Estados Unidos no ano de 1929 e entrada dos

estados unidos na segunda Guerra Mundial a arquitetura escolar tem um período de pausa

até o fim da segunda Guerra Mundial, onde é necessário construir escolas para atender a

demanda desta geração pós-guerra. A partir daí adota-se princípios modernistas na sua

arquitetura, as plantas ganham traços retilíneos, e há uma concepção muito maior de

economia e funcionalidade na obra, uso de fachadas de vidro, com espaços abertos,

cobertura em laje, entre outros princípios da arquitetura industrial (KOWALTOWSKI, 2011).

Na Europa com fim da Segunda Guerra, a Alemanha se viu na necessidade de

reconstruir o país, as escolas receberam grande atenção dos profissionais, os espaços físicos

se tornam espaços de inovação na metodologia de ensino e aprendizagem. O arquiteto

Scharoun em suas obras escolares trata os ambientes, sala de aulas como espaços vivos que

possam participar do crescimento e aprendizagem da criança, sua obra é denominada

orgânica, seguindo influencias do arquiteto norte-americano Frank Lloyd Wrigth. A arquitetura

escolar alemã nos dias atuais, se encontra em parâmetros referenciais, com grande influência

no exterior (KOWALTOWSKI, 2011).

12

Já na França a influência da nova geração modernista foi significativa no século XX,

a arquitetura de Garnier proporcionou grandes mudanças no contexto arquitetônico

educacional Francês. As escolas ganharam espaços multifuncionais, refeitório amplo, o

espaço externo ganhou grande valorização com espaços verdes. Garnier defendia que a

escola deveria ser uma extensão do urbanismo, pois proporcionava momentos de vivencia

entre as pessoas, aproximando as pessoas do espaço construído, contudo as escolas

francesas se tornam convidativas ao aluno.

No século XX no Brasil, especificamente no período modernista, os ambientes

educacionais passaram a sofrer maior influência em sua estrutura física, onde grandes

influencias ideológicas vinha tomando força na Europa, fortalecidas após o período industrial,

no Brasil não foi diferente, seguindo influencias modernistas passou a fazer transformações

sociais, comportamentais, culturais, tecnológicas, urbanísticas, territoriais, estéticas, entre

outras. Também em função do crescimento populacional gerou um aumento significativo de

demanda pela educação, houve uma intensificação na busca por uma educação pública

acessível a todos, destacando-se os princípios de democratização vigentes, surgindo a Escola

Nova (KOWALTOWSKI,2000; COSTA et al. 2014).

A arquitetura escolar teve grande influência neste período. Em 1921 a 1950 surgem

movimentos e convenções modernistas, que fazem modificações no setor da educação, o

edifício aos poucos deixa de ser compacto, a uma divisão entre os gêneros, flexibilidade na

implantação, uso de pilotis, alargando do espaço térreo e priorizando as práticas recreativas

(FDE,1998; KOWALTOWSKI, 2011). A constituição no ano de 1934 obrigava os municípios

a investir 10% da sua arrecadação com educação, construção e manutenção de edifícios

educacionais, um dos defensores desta causa e grande contraventor que impulsionaram a

educação brasileira neste período foi Anísio Teixeira (BASTOS, 2009; KOWALTOWSKI,

2011).

Os reflexos da arquitetura internacional influenciaram, em novos programas de

necessidade, o que proporciona às escolas passarem a possuir ambientes como: sala de

leitura, biblioteca, museu e auditório também presa-se pela racionalidade, simplicidade,

facilidade na construção e economia, onde a planta segue padrões de uma circulação longa

com sala de aula de ambos os lados os espaços passam a ser menos simétricos e mais

orgânicos, presa-se pela iluminação natural, isolamento térmico e ventilação (BUFFA; PINTO,

2002; COSTA, et.al, 2014).

2.4.1 Arquitetura Escolar em Países em Desenvolvimento

Por questões econômicas, políticas ou sociais a arquitetura de países como Índia,

china, Brasil, Rússia, Argentina, Sul da África entre outros, nem sempre atinge um grau

13

mínimo de desempenho ou estrutura necessária se comparado com países europeus ou

norte-americanos no que se refere ao bom ambiente físico de ensino e pedagógico. Muito

destes países falta investimentos na área da educação, acabando por estagnar-se em níveis

inferiores das metas mundiais (KOWALTOWSKI, 2011).

O grau econômico destes países deve ser levado em conta, nem sempre os

investimentos são destinados a esta área tão prioritária que é a educação. Muitas vezes estes

países acabam adaptando-se e incorporando na arquitetura, modelos construtivos locais, com

uso de materiais do próprio entorno, agregando costumes e tradições, muitos destes modelos

conseguem atingir um grau de desempenho eficiente, tais modelos de arquitetura escolar já

vêm sendo premiados em vários países pela sua arquitetura sócio educacional

(KOWALTOWSKI, 2011).

Os países latino-americanos entram nesta lista de educação em desenvolvimento.

Conscientes das metas a serem obtidas para se obter melhores resultados no ranking mundial

da educação e chegar ao patamar de países com uma educação de primeiro mundo. Por

motivos demográficos e populacional se requer investimentos altos para obter-se bons

resultados. O Brasil tem feito muitos investimentos nesta área nos últimos anos, a Educação

Infantil, ensino Fundamental e ensino Superior sofreu um grande aumento no número de

vagas, contudo foi investido em estrutura física, mobiliário, profissional, pedagógica entre

outras melhorias (MEC, 2014).

Outros países sul americanos também têm feito grandes investimentos na estrutura

educacional. Um dos países que acabou por retroceder todas as expectativas de crescimento

educacional, foi a Venezuela, por motivos políticos, implantação da ditadura socialista, o país

entrou em colapso sócio, econômico e cultural, acarretando desestímulos na estrutura

educacional. A falta de transporte, materiais didáticos, comida e profissionais, vem causando

grandes problemas e encolhendo o sistema educacional Venezuelano (ULMER,2016)

No caso de países asiáticos, como a China e Índia, vem sendo desenvolvido

excelentes investimentos na estrutura educacional, porem devido alto grau populacional e

geográfico na índia estes investimentos podem demorar a demostrar resultados. Na índia a

taxa de alfabetização foi de 74% abaixo da média mundial que é de 84%. No caso da China

não é diferente, porem está muito mais avançada devido ao seu grau econômico estar em

desenvolvimento (ONU, 2011).

2.4.2 Arquitetura Escolar na Atualidade.

No Brasil, a construção de escolas públicas na grande maioria, parte do modelo

tradicional, em ambientes de ensino com salas de aula convencionais, classes alinhadas em

fileiras, professor a frente, no quadro, espaços muitas vezes limitados impossibilitando os

14

alunos de compreender o ambiente e usá-lo como fator contributivo na aprendizagem e

conforto do aluno. A estrutura física muitas vezes não é adequada para um bom

desenvolvimento educacional e anseios da população local de cada região (KOWALTOWSKI,

2011).

Os projetos arquitetônicos atuais são padrões, em todo território nacional brasileiro,

mudando apenas seu local de implantação, que muitas vezes pode ser considerado um fator

improprio devido à grande dimensão que tem o Brasil .Contudo é possível dizer que vários

fatores se diferenciam quando levados em conta a geografia, o clima se diferencia das

diferentes regiões, topografia, materiais construtivos, entorno imediato, assim como a cultura

das pessoas também não é a mesma, entretendo este padrão de projeto se torna questionável

(AMORIM 2007; KOWALTOWSKI, 2011).

No que se refere aos espaços escolares, ainda há uma necessidade de compreensão

da realidade local, muitas questões são ignoradas pelo poder público e órgãos fiscalizadores

municipais, este problema de padronização construtivo, na maioria das vezes não há um

estudo ou qualquer planejamento especifico na sua implantação, a obra é executada, e

somente após há uma averiguação do retorno de recursos técnicos e comportamentais da

comunidade e entornos (KOWALTOWSKI, 2011).

Algumas cidades Brasileiras vêm se sobressaindo com modelos diferenciados de

escolas, é o exemplo da cidade de Passo Fundo, onde iniciativas bem-sucedidas entre o

poder público e iniciativa privada tem beneficiado toda a população do bairro Vila Luiza, bairro

de classe média baixa, que no ano de 2017 foi inaugurado uma escola com modelo

diferenciado das convencionais brasileiras. A escola de educação infantil Vila Luiza foi

construída através de um acordo entre a prefeitura Municipal de Passo Fundo e uma empresa

privada, onde os recursos vieram de uma permuta que o município fez com esta empresa. A

escola foi toda planejada, seguindo parâmetros sustentáveis de edificação. A escola atende

um total de 500 alunos da educação infantil (PMPF,2017)

Na Europa atualmente a educação e arquitetura vem trazendo grandes resultados,

servindo de referência para o mundo, é possível citar grandes exemplos que vem dando muito

certo, como; a Escola da Ponte, na cidade do Porto, Portugal; a Escola Reggio Emilia, na

cidade de Reggio Emilia, Itália, entre outras. A Escola francesa vem trabalhando com grandes

pesquisas e inovações no seu sistema, por mais que este país seja melhor sucedido

economicamente e transformador desta arquitetura, ainda há espaços escolares que

necessitam de mudanças em seu contexto arquitetônico educacional (VANISCOTTE,1997).

Nos últimos anos as escolas americanas vêm sendo avaliadas para atender as

exigências de sustentabilidades, uso de novas tecnologias, desempenho e eficiência

energética, acessibilidade plena, condições acústicas, qualidade na ventilação, entre outros,

15

é possível verificar que a educação americana sempre foi bastante valorizada, por se tratar

de um país liberal, os investimentos por parte do governo americano sempre foram alto na

educação (DUDEK, 2007; FORD, 2007; KOWALTOWSKI, 2011).

Atualmente a educação Americana, passa por grandes discussões sobre as

conhecidas escolas High performance schools (escolas de alto desempenho) que se

caracterizam pela eficiência em diversos aspectos; construtivos, pedagógico, administrativos,

baixo custo de operação, reuso de materiais, agua da chuva, uma escola de alto desempenho

deve passar por um teste, que avalia todos os fatores de sustentabilidade, desde do projeto

a seu uso (CHPS, 2002; KOWALTOWSKI, 2011).

A educação nestes países desenvolvidos demostra uma eficácia no seu sistema. Em

um ranking podemos citar os países com a melhor educação do mundo e seu índice de medir

o progresso social, a incluir uma pontuação para o nível do país de acesso ao conhecimento

básico, levando em conta fatores como taxa de alfabetização de adultos, matrícula em escola

primária, matrícula do ensino secundário, e anos médios das mulheres na escola. Ao

comparar o alto grau de qualidade na educação, é possível verificar que estes países na

grande maioria são países liberais que tem como base econômica o Capitalismo (UNESCO,

2016).

Tabela 1: Ranking melhor educação mundial

País Posição Social Progressive Index, SPI.

Canada 1° 65.0

Japão 2° 64.7

Correia do Sul 3° 64.2

Reino Unido 4° 64.0

Suécia 5° 63.7

Israel 6° 62.9

França 7° 62.5

Alemanha 8° 61.5

Polônia 9° 61.4

Estados Unidos 10° 61.3

Brasil 72° -

Fonte: Unesco, 2016; do autor (2017).

2.5 SUSTENTABILIDADE NO AMBIENTE ESCOLAR

Foi criado no Brasil nos últimos anos a Resolução Federal CD/FNDE n o 18, de 21 de

Maio de 2013, que destina recursos financeiros a escolas públicas municipais, estaduais e

distritais a fim de favorecer e propor melhorias da qualidade de ensino e a promoção da

sustentabilidade socioambiental nas escolares. Este é um importante recurso que possibilita

inúmeros meios da escola contribuir com a sustentabilidade e reeducação sócio ambiental

dos alunos (FNDE,2013).

16

Quando falamos de sustentabilidade são muitos os condicionantes que devem ser

seguidos para termos uma edificação de caráter sustentável, como: iluminação natural;

ventilação cruzada; utilização de materiais construtivos mais adaptados às condições locais;

um desenho arquitetônico que permita a criação de edificações dotadas de conforto térmico

e acústico; que garantam acessibilidade, gestão eficiente da água e da energia; saneamento

e destinação adequada de resíduos. Incentivando estas escolas a possuir áreas de

convivência para os alunos, estimulando a segurança alimentar e nutricional, favorecendo a

mobilidade sustentável e respeitando o patrimônio cultural e os ecossistemas locais

(SECADI/MEC, 2013).

A arquitetura escolar, para ter uma boa qualidade, deve seguir requisitos de conforto

ambiental, podemos citar alguns como; térmico, visual, acústico e funcional proporcionados

pelos espaços internos e externos (KOWALTOWSKI, 2011). Estes espaços devem seguir

normas técnicas de desempenho e também ter a observação pó ocupação do técnico, perante

a diferentes condições, seja clima, materiais utilizados, disposição de mobiliário ou

equipamentos, esta avaliação é chamadas de (APO) Avaliação Pós Ocupação (ROMERO;

ORNSTEIN,2003; KOWALTOWSKI, 2011).

Para se obter um ambiente confortável, deve ser levado em conta diversos fatores

como; ventilação cruzada, iluminação natural, qualidade do ar, disponibilidade dos espaços e

tipos de materiais utilizados na obra, garantindo o conforto dependendo onde é implantado ou

tipo de material. Os ambientes escolares são lugares chaves, condicionam muitas

informações, é possível ter uma boa avaliação de satisfação do usuário. No Brasil nem sempre

estes resultados são satisfatórios, interferindo diretamente na aprendizagem do aluno, em

países onde as normas são rigorosas havendo um cumprimento destes requisitos e a

educação vem sendo muito mais debatida é possível ter excelentes resultados de satisfação

e aprendizagem do usuário (GIFFORD,1997; KOWALTOWSKI, 2011).

2.5.1 Espaço Externo

A escola pública no Brasil ainda não possui espaços externo adequados a vivencia

dos alunos, não há um trabalho paisagístico adequando, sensorial a necessidade interativa

das crianças. Essenciais para a socialização, aprendizagem e qualidade de vida. Conforme

afirma muitas vezes estes requisitos mínimos, não são atendidos, havendo um descaso

eminente de responsabilidade dos órgãos, que sequer fiscalizam. Contudo esta deficiência

acarreta má condições na aprendizagem e desempenho do aluno. Logo, segundo Gomes as

“áreas verdes influenciam o estado de ânimo dos indivíduos no ponto de vista psicológico e

social, aliviando transtorno diário das grandes cidades’’ (2005, p. 57).

17

Nos fechamentos externos, as escolas brasileiras por motivo de segurança ainda se

isolam, são levantados muros no qual cercam todo o entorno do espaço escolar dificultando

a visão dos espaços, criando uma barreira solida entre a escola e a comunidade. No Brasil

ainda há uma cultura eminente de que cercar a escola com muro vai dificultar a ação de

meliantes e trazer mais segurança, mas na verdade o que acontece é que esta ação acaba

criando espaços propícios a violência, criando uma insegurança ainda maior, pois um muro

acaba separando o contato entre a escola e a comunidade (KOWALTOWSKI, 2011).

Nesta figura é possível ver as modificações propostas na EMEI Jardim do Sol, escola

de educação infantil no município de Passo Fundo, onde a escola abriga um total de 70 alunos

e se encontrava bastante degradada, necessitando de reparações no seu espaço físico, troca

de mobiliário, refazer a pintura interna e externa, implantar acessibilidade e espaços de lazer

para as crianças. Estas modificações não só mudaram a estética da escola, mas propuseram

alterações no seu contexto educativo, relação com os usuários e perspectiva da comunidade

(SME/PMPF,2016).

2.5.2 Espaço Internos

A boa qualidade nos espaços internos das escolas é muito importante, influencia

diretamente na aprendizagem e no bem-estar do usuário. No Brasil, atualmente há muitas

das escolas que ainda consistem em espaços internos nos modelos tradicionais, separando

as salas de aula por um corredor central, dividindo os dois espaços, dificultando a insolação,

ficando impossibilitado de se obter uma boa ventilação cruzada, devido à disposição da planta

(KOWALTOWSKI, 2011).

Os espaços de convivência também deixam a desejar, pois na escola pública não há

um cuidado ou planejamento com estas áreas, o que há são espaços ociosos indesejáveis

que mais acumulam moveis, funcionando como deposito de materiais. Muitas das vezes a

falta de consciência ou mau gosto de alguns responsáveis, acaba por transformar o local

Figura 2: Espaço pós modificação (EMEI Jardim do sol, PF/RS)

Fonte: Autor (2017)

18

antes funcional, em outro espaço, que muito menos funcione como espaço de convivência.

Neste caso pode-se afirmar que é preciso fazer uma reeducação na linha metodológica destes

responsáveis para se obter melhores resultados nos aspectos de conforto e vivencia dos

usuários (SME/PMPF, 2016).

Um programa do município de Passo Fundo/RS, tem se mostrado bastante eficaz nas

melhorias de espaços internos e externos. O programa “ Minha Escola de Cara Nova” visa

identificar os espaços escolares e trazer melhorias como: adaptação dos espaços, pintura,

ventilação, iluminação, mobiliário, acessibilidade e sustentabilidade em geral, além destas

modificações o programa visa também orientar os responsáveis na maneira correta de uso

dos espaços, para que estes espaços revitalizados não se transformem em depósitos de

materiais. Contudo este programa busca não apenas fazer modificações físicas, mas

alterações em todo ciclo, desde do aluno, professor, e comunidade, levando perspectiva a

toda a comunidade (SME/PMP, 2016).

2.7 ESTUDOS DE CASO

Foram selecionados três projetos para estudo de caso, sendo um internacional e dois

nacionais. Com um grau socioeconômico diferenciado, metodologias, dimensões, cultura,

clima e simbologia de cada lugar.

2.7.1 Autor e localização do projeto

A escola de ensino médio High Tech High chula Vista, San Diego, CA – Estados

Unidos, foi projetada pelo escritório Studio E Architects. Possui 20481m² de área construída

em uma área de 8 hectares.

2.7.2 Implantação

A escola está situada em uma área de oito hectares no sudeste de San Diego,

Califórnia, no bairro Chula Vista, com vista ao norte para o Vale do Rio Otay e ao sul o México.

A escola acolhe um corpo estudantil diversificado de 440 alunos que iniciaram a busca de um

currículo "hands-on”. Esta metodologia consiste na aplicação de um problema prático (case),

Figura 3: Escola de ensino médio High Tech High chula Vista Fonte: You tube, (2017).

19

em que os alunos aprenderão a partir da resolução deste problema. A edificação se distribui

dentro do terreno conectando com os demais edifícios do entorno.

2.7.3 Programa de Necessidades

O programa de necessidade visa atender os itens mínimos de uma escola de ensino

Médio, contudo sua área dimensionada e mobiliário básico essencial. A partir do programa de

necessidade é possível ter um planejamento eficaz dos espaços internos e externos, ter um

cronograma funcional. Ao analisarmos a planta baixa é possível identificar esta conexão com

os espaços. Também é possível verificar que as salas de aula estão em conforme análise, as

dimensões dos espaços condizem com a necessidade deste tipo de edificação, superando a

necessidade dos usuários.

Figura 4: Escola de ensino Médio High Tech High

Fonte: Jim Brady, Archdaily (2014)

Figura 5: planta baixa Térrea

Fonte: Jim Brady, Archdaily (2014); autor (2017).

20

Tabela 2: Programa de Necessidades

SETOR ADMINISTRATIVO Dimensões (em m²) Mobiliário essencial

Diretoria 3,5X4 (14 m²) Mesa, cadeiras, Armário, notebook

Secretaria 3,5X4 (14 m²) Mesa, cadeiras, Armário, Notebook

Sala de professores 5X6 (30 m²) Mesa, cadeiras, Armário, poltronas

Gabinete professores 3,5X4 (14 m²) Mesa, cadeiras, Armário,

Gabinete de atendimentos 3X4 (12 m²) Mesa, cadeiras, Armário, tv

Almoxarifado 3X3 (9 m²) Armários

Arquivo morto 3X2,5 (7,5 m²) Armários

Financeiro 4X4 (16 m²) Mesa, cadeiras, Armário, cofre

Sala de espera 4X4 (16m²) Cadeiras, tv

WC M 3X4 (12m²) Sanitários, pia

WC F 3x4 (12 m²) Sanitários, pia

Sala de reunião 5x4(20m²) Mesa, cadeiras, tv

Fonte: do autor (2017). Tabela 3: Programa de Necessidades

Área Dimensões (em m²) Mobiliário essencial

SETOR VIVENCIA

Biblioteca 15X25 (375 m²) Mesa, cadeiras, Estantes, pc

Pátio coberto 20X30 (600 m²) Bancos, pufs, tv

Quadras poli esportivas 2x 12x25 (300 m²)

Piscinas 21X25 (525m²)

Auditório 20X30 (600 m²) Cadeiras,palco

Brinquedoteca 10X10 (100m²) Brinquedos, pufs,tv,estantes,jogos

Sala multiuso 7X7(49m²)

Sala de tv 7x7(49m²) Cadeiras, tv

Fonte: do autor (2017). Tabela 4: Programa de Necessidades

Área Dimensões (em m²) Mobiliário essencial

SETOR PEDAGOGICO

Laboratórios 16 salas 7X10 (70m²) Mesa, cadeiras, Estantes, notebook

Salas multiusos 4 salas 7X10 (70m²) Bancos, pufs, tv, Mesa,cadeiras

Lab. Informática 2 salas 7X10 (70m²) Notebooks, Mesa,Cadeira

Sala de tv 7X10 (70m²) Cadeiras, tv

Sala de artes 7x10 (70 m²) Cadeiras, mesa, armário

Sanitários (alunos) 2x 3X6 (24m²) Vazo, bancada, pia

Fonte: do autor (2017). Tabela 5: Programa de Necessidades

Área Dimensões (em m²) Mobiliário essencial

APOIO (FUNCIONARIOS)

Sanitários (Serventes) 2x 3X6 (24m²) Pia, Vasos

Vestiários 2x 3X6 (24m²) Chuveiros, pia

D.M.L. 2X2(4m²) Tanque, prateleiras

Sala de estar (serv) 4X4 (16m²) Cadeiras, TV, Mesa, poltronas

6x5 (30 m²) Pia, fogão, geladeira, freezer, armários

Recebimento de Mat. 3x3 (9 m²) Tanque, Armário

Fonte: do autor (2017).

21

Tabela 6: Programa de Necessidades

Área Dimensões (em m²) Mobiliário essencial

SERVIÇOS:

Sanitários 2x 3X6 (24m²) Pia, Vasos

Vestiários 2x 3X6 (24m²) Chuveiros, pia

D.M.L. 2X2(4m²) Tanque, prateleiras

Cantina/refeitório 15X25 (375m²) Cadeiras, tv, Mesa

Cozinha 6x5 (30 m²) Pia, fogão, geladeira, freezer, armários

Doca de Recebimento de ali. 7x10 (70 m²) Tanque, Armário

Copa (professor) 3x3 (9 m²) Geladeira, Microondas, fogão, pia

Fonte: do autor (2017).

2.7.4 Funcionalidade

Ao analisar a funcionalidade, o edifício remete inteiramente a arquitetura industrial,

pois toda a estrutura é metálica, assim como as paredes também caracterizam uma leveza

com o steel deck e steel frame. O edifício se mostra autossustentável, ao analisarmos a

distribuição dos blocos e sua circulação é possível ter uma transparência e luminosidade. Os

blocos aparentam ser separados quando visualizados na fachada, mas é constituído de um

bloco único. Ao percorrer o corredor interno é possível avistar uma sequência de blocos, pois

devido efeitos na cobertura e cheios e vazios a impressão é de estar percorrendo uma galeria.

Com um terreno plano, o bloco se assenta em um único pavimento, evitando

dificuldades na locomoção dos usuários. Seu entorno está todo no mesmo patamar de alturas,

com poucas edificações e por ser um campo aberto, o edifício tem uma valorização na

fachada, já para o usuário há uma equivalência significativa de luminosidade, transparência,

ventilação e arborização. A sensação causada perante o edifício, é que a pessoa pareça estar

sempre fora circulando no edifício, devido a boa luminosidade e jardins internos.

O zoneamento é disposto com os laboratorios ao sul, no continente norte americano

sul é a melhor orientação solar, permitindo maior luminosidade e ensolação. Já os

laboratorio e áreas de serviço que não nescessitam de tanta luz solar, estão dispostas ao

norte.

Figura 6: Ventilação Cruzada

Fonte: Jim Brady, Archdaily: adaptado pelo autor (2017).

22

A circulação é um ponto excencial no projeto, permitindo o melhor fluxo das pessoas,

pontos de visão e melhor circulação de vento. Há tambem cheios e vazios dentro do bloco

que permite esta disposição de ventilçao e insolação priorizando o usuário.

2.7.5 Forma

A forma caracteriza-se pelo seu estilo industrial e tecnológico, com uso de materiais que

transmitem um equilíbrio e ornamentação, os espaços são acessíveis a qualquer usuário. A

fachadas apresenta traços retilíneos, distribuídos uniformemente, sua arquitetura transmite a

materialidade da arquitetura industrial. Também é possível ver uma sobreposição de cheios e

vazios na disposição dos blocos. A altura também está dentro do contexto do seu entorno,

caracterizando-se com demais edificações.

Figura 7: Zoneamento

Fonte: Jim Brady, Archdaily, adaptado pelo autor (2017)

Figura 8: Circulação

Fonte: Jim Brady, Archdaily, adaptado pelo autor (2017)

Figura 9: Implantação, Distribuição dos blocos

Fonte: Jim Brady, Archdaily, autor (2017)

23

2.7.6 Técnicas construtivas e materiais

A intenção do projeto era criar uma escola que utilizasse a quantidade mínima de

energia enquanto contribuísse para seus objetivos pedagógicos. Contudo a composição de

materiais e sua composição torna o edifício autossustentável, não necessitando ligar a luz

durante o dia. O edifício está habilitado para capturar a exposição solar para a geração de

energia, enquanto também tira o melhor partido das brisas predominantes de refrigeração.

O edifício está sobreposto sobre uma colina, contendo aberturas e pontos de circulação

que permitem a ventilação cruzada e iluminação natural. O telhado está inclinado para o sul,

permitindo assim a melhor coleta da energia solar. As paredes da frente foram revestidas com

steel frame e steel deck, protegendo o edifício do sol da tarde.

Além destas medidas foram também incorporados os seguintes elementos: Aberturas

no telhado (redução da ilha de calor); otimização da iluminação diurna; medidas de

desempenho acústico; central HVAC de alta eficiência; pacote de vidros de alta eficiência;

componentes e materiais de construção de origem local; alta seleção de material de conteúdo

reciclado; sistema fotovoltaico; monitoramento eletrônico em tempo real do uso de energia no

prédio exibido no lobby da escola; áreas de reciclagem, compostagem e vermiculita no local;

baixa utilização de água paisagismo; programa de partilha / partilha de carruagens iniciado

pela escola; água, poupança, encanamento, luminárias; chuveiros no local para incentivar o

pessoal a andar de bicicleta para o trabalho; O sistema fotovoltaico da escola gera 80% da

demanda de energia elétrica; A água recuperada é usada para 100% das necessidades de

irrigação do local (ARCHDAILY, 2017).

Figura 10: Materiais empregados

Fonte: Jim Brady, Archdaily;autor (2017)

Figura 11: Ventilação cruzada, sustentabilidade, materiais

Fonte: Jim Brady, Archdaily,Autor (2017)

24

2.7.8 Autor e localização do projeto

A escola pública de ensino experimental Cicero Dias-Nave, Recife, PE- Brasil, foi

projetada pelo escritório, Oficina de arquitetos. Possui 4.500m² de área construída, em um

terreno de 7030m².

2.7.9 Implantação

A escola está localizada no bairro Boa Viagem na cidade de Recife, local próximo a

bairros de baixa renda, sendo atendidas pela escola grande parte destes bairros. A escola

está inserida junto ao complexo escolar e esportivo Santos Dumont, integrando-se ao

complexo, sendo dividido por uma piscina e campo de futebol, fazendo esta transição.

Todas as fachadas da escola fazem parte do entorno pois não há muros ou qualquer tipo de

obstáculo, assim todas foram trabalhadas para bem representar este destaque. integrando

aos equipamentos do complexo importante espaço na cidade de Recife.

Auditório Sala de aula

Figura 12: Ventilação cruzada

Fonte: Jim Brady, Archdaily, Autor (2017)

Figura 13: Escola de ensino Cicero Dias

Fonte: Milazzo adaptada pelo autor (2017)

25

2.7.10 Programa de Necessidades

O programa para a escola foi elaborado de forma a iniciar um novo conceito de ensino.

As nove salas de aula foram dimensionadas para um específico número de alunos e são

divididas entre si por painéis móveis, que permitem a configuração de um espaço único, se

necessário. Estas salas, localizadas no segundo pavimento, abrem-se indiretamente para o

pátio interno, por intermédio da circulação de acesso às salas. As salas são equipadas para

que possam ser informatizadas, as conformações das mesas permitirão diversos layouts,

tanto para o ensino tradicional quanto para o trabalho em grupos. O auditório localizado no

térreo possibilita fácil acesso de visitantes em caso de eventos.

O programa da escola também inclui uma biblioteca informatizada ligada a uma sala

de informática próxima ao acesso principal junto a rua Marques de Valença, onde podem ser

ministrados pequenos cursos; salas de formação profissional e um refeitório que pode se abrir

diretamente para o pátio interno.

Figura 14: Implantação escola de ensino experimental Cicero Dias

Fonte: Milazzo, Autor (2017).

Terreo 1°Pav.

Figura 15: Plantas baixas

Fonte: Milazzo, Autor (2017).

26

Tabela 7: Programa de Necessidades

Área Dimensões (em m²) Mobiliário essencial

SETOR ADMINISTRATIVO

Diretoria 3,5X4 (14 m²) Mesa, cadeiras, Armário, notebook

Secretaria 3,5X4 (14 m²) Mesa, cadeiras, Armário, Notebook

Sala de professores 5X6 (30 m²) Mesa, cadeiras, Armário, poltronas

Gabinete professores 3,5X4 (14 m²) Mesa, cadeiras, Armário,

Gabinete de atendimentos 3X4 (12 m²) Mesa, cadeiras, Armário, tv

Almoxarifado 3X3 (9 m²) Armários

Arquivo morto 3X2,5 (7,5 m²) Armários

Financeiro 4X4 (16 m²) Mesa, cadeiras, Armário, cofre

Sala de espera 4X4 (16m²) Cadeiras, tv

WC M 3X4 (12m²) Sanitários, pia

WC F 3x4 (12 m²) Sanitários, pia

Sala de reunião 5x4(20m²) Mesa, Cadeiras, tv

Fonte: do autor (2017).

Tabela 8: Programa de Necessidades

Área Dimensões (em m²) Mobiliário essencial

SETOR VIVENCIA

Biblioteca 15X25 (375 m²) Mesa, cadeiras, Estantes, PC

Pátio coberto 20X30 (600 m²) Bancos, pufs, tv

Quadras poli esportivas 2x 12x25 (300 m²)

Piscinas 21X25 (525m²)

Auditório 20X30 (600 m²) Cadeiras, palco

Brinquedoteca 10X10 (100m²) Brinquedos, pufs,TV, estantes,jogos

Sala multiuso 7X7(49m²)

Sala de tv 7x7(49m²) Cadeiras, tv

Fonte: do autor (2017).

Tabela 9: Programa de Necessidades

Área Dimensões (em m²) Mobiliário essencial

SETOR PEDAGOGICO

Laboratórios 16 salas 7X10 (70m²) Mesa, cadeiras, Estantes, notebook

Salas multiusos 4 salas 7X10 (70m²) Bancos, pufs, tv,Mesa , cadeiras

Lab. Informática 2 salas 7X10 (70m²) Notebooks, Mesa, cadeira

Sala de tv 7X10 (70m²) Cadeiras, tv

Sala de artes 7x10 (70 m²) Cadeiras, mesa, armário

Sanitários (alunos) 2x 3X6 (24m²) Vaso, bancada, pia

Fonte: do autor (2017).

Tabela 10: Programa de Necessidades

Área Dimensões (em m²) Mobiliário essencial

APOIO (FUNCIONARIOS)

Sanitários (Serventes) 2x 3X6 (24m²) Pia, vasos

Vestiários 2x 3X6 (24m²) Chuveiros, pia

D.M.L. 2X2(4m²) Tanque, prateleira

27

Sala de estar (serv) 4X4 (16m²) Cadeiras, tv, Mesa, poltronas

6x5 (30 m²) Pia, fogão, geladeira, freezer, armários

Recebimento de Mat. 3x3 (9 m²) Tanque, Armário

Fonte: do autor (2017)

Tabela 11: Programa de Necessidades

Área Dimensões (em m²) Mobiliário essencial

SERVIÇOS:

Sanitário 2x 3X6 (24m²) Pia, vasos

Vestiários 2x 3X6 (24m²) Chuveiros, pia

D.M.L. 2X2(4m²) Tanque, prateleira

Cantina/refeitório 15X25 (375m²) Cadeiras, tv, Mesa

Cozinha 6x5 (30 m²) Pia, fogão, geladeira, freezer, armários

Doca de Recebimento de ali. 7x10 (70 m²) Tanque, Armário

Copa (professor) 3x3 (9 m²) Geladeira, Micro-ondas, fogão, pia

Fonte: do autor (2017)

2.7.11 Funcionalidade

A escola possui dois acessos voltados para o norte e um para o sul junto ao campo de

futebol. No Norte estão os acessos de serviço e principal. No acesso de serviço estão locadas

todas as áreas técnicas, como o estacionamento, docas, casa de bombas, central de gás,

cisterna e reservatório d’água. Já o acesso principal frente à rua Marquês de Valença é

resultante da criação de um novo acesso ao complexo Santos Dumont, que se fará entre o

talude da piscina e o acesso à escola. Ao Sul existe um acesso secundário voltado para o

complexo, cercado por jardins.

Já as salas no térreo se abrem para o interior e exterior da escola. Assim, as salas de

aula fogem do tradicional, podendo se abrir e fechar gerando diversas formas de movimento

e identificação com o espaço.

Figura 16: Zoneamento

Fonte: Milazzo, adaptado pelo Autor (2017).

28

Laboratórios de informática, ciências, vídeo e rádio compõem o programa de

necessidades, distribuído em cinco blocos retangulares que circundam pátios centrais

interligados. Há ainda nove salas de aula separadas por painéis móveis que, se removidos,

permitem a configuração de um espaço único.

As nove salas de aula são separadas internamente por painéis móveis que, se

removidos, permitem a configuração de um espaço único destinado a atividades especiais

como, por exemplo, uma feira de ciências. Localizadas no segundo pavimento, as "salas de

aprendizagem" se abrem indiretamente para o pátio interno através da circulação que percorre

todo o andar. Já os laboratórios, localizados no térreo, se abrem para o pátio interno e para o

exterior da escola, que não tem fundos.

Figura 17: Zoneamento 2° pavimento

Fonte: Milazzo, adaptado pelo autor (2017).

Figura 18: perspectivas internas

Fonte: Milazzo, Autor (2017)

Figura 19: perspectivas internas

Fonte: Milazzo, Autor (2017)

29

O projeto da nova escola se dividiu em cinco blocos temáticos de maneira a buscar

relações programáticas e volumétricas com seu entorno: administração e professores, salas

de aula e laboratórios, serviço e refeitório, biblioteca e informática e auditório. Estes volumes

são conectados e unidos por um conjunto de estruturas metálicas que abraça seu pátio

interno. Este tipo de implantação é bem tradicional em escolas, pois permite melhor

aproveitamento de energia, ventilação e iluminação natural, além de estimular o encontro e a

realização de atividades externas.

A escola é distribuída em um conjunto de edificações com um e dois pavimentos

ligadas por uma cobertura metálica, rampa e escadas, atendendo a todos os requisitos de

acessibilidade. Seus espaços e materiais são locados de maneira a permitir permeabilidade

entre os ambientes, criando naturalmente um pátio interno e outro coberto para onde

convergem todas as circulações e funções. Assim, a escola se abre tanto para fora quanto

para dentro gerando novas descobertas e espaços de convívio.

2.7.12 Forma

Figura 20: Blocos e Maquete

Fonte: Milazzo, Autor (2017)

Figura 21: Maquete

Fonte: Milazzo, adaptado pelo autor (2017)

30

2.7.13 Técnicas construtivas e materiais

A fachada coberta por brisas coloridos de alumínio chama atenção e marca o acesso

principal ao edifício. As réguas metálicas ainda sombreiam a cortina de vidro da biblioteca e

sala de informática, que estão voltadas para a ensolarada face norte. Brisas e molduras de

concreto controlam a entrada dos raios solares no interior da construção. Já os cobogós ou

elementos vazados de concreto foram usados no refeitório e nas extremidades das escadas,

privilegiando a ventilação e a permeabilidade visual.

Para atender ao exíguo prazo da obra, erguida em apenas seis meses, os arquitetos

optaram pela racionalidade construtiva e agilidade da modularidade e de sistemas

construtivos velozes, caso da cobertura metálica. Lajes pré-moldadas e alveolares apoiam-se

em pilares de concreto armado, que distam 3,75 m entre si (MILAZZO, 2012).

Figura 22: Relação pátio central

Fonte: Milazzo, Autor (2017)

Figura 23: perspectivas externas

Fonte: Milazzo, Autor (2017)

Figura 24: Corredores internos

Fonte: Milazzo, Autor (2017)

31

Para garantir o conforto ambiental da construção submetida ao intenso calor de Recife

e foi uma das principais preocupações. O projeto de paisagismo para o pátio descoberto, visto

que as árvores são necessárias para diminuir as altas temperaturas.

2.7.14 Autor e localização do projeto

A escola de educação infantil Vila Luiza Passo Fundo, RS – Brasil, foi projetada pela

arquiteta Karine Batisti Knob. Possui 1532,81m² de área construída, em um terreno de

2109,78m².

2.7.15 Implantação

A escola está localizada no bairro Vila Luiza, importante bairro de passo fundo, com

uma população na grande maioria de classe média baixa. O terreno é enclausurado, plano

praticamente no centro da cidade. A escola está localizada em uma área necessitada de

escola pública, pois até então não existia em um raio de 1 Km, uma escola de educação

infantil pública.

Figura 25: Relação externo, materiais externos

Fonte: Milazzo, Autor (2017)

Figura 26: Escola de educação infantil Vila Luiza

Fonte: Autor (2017)

32

2.7.16 Programa de Necessidades

O programa de necessidade demostra os itens necessários e dimensionamento de

áreas para uma escola de educação infantil no Município de Passo Fundo. O programa foi

elaborado de modo a qualificar o espaço para as crianças. Pode-se observar que pôr a

escola ser compacta em sua área de implantação, abranger praticamente quase todo o

terreno, o seu programa de necessidade consegue suprir a demanda necessária para um

edifício para este fim. Tabela 12: Programa de Necessidades

Área Dimensões (em m²) Mobiliário essencial

SETOR ADMINISTRATIVO

Diretoria 3,5X3 (10,62 m²) Mesa, cadeiras, Armário, notebook

Secretaria 7X2,80 (19,95 m²) Mesa, cadeiras, Armário, Notebook

Sala de professores 5,30X6 (31,36 m²) Mesa, cadeiras, Armário, poltronas

Lavabo 1,5X2 (3m²) Sanitários, pia

Hall 3X7 (20,48 m²) -

Almoxarifado 3X3,80 (11,43 m²) Armários

Fonte: do autor (2017). Tabela 13: Programa de Necessidades

Área Dimensões (em m²) Mobiliário essencial

SETOR VIVENCIA

Escorregador 7X2,90 (20,06m²) -

Caixa de areia 6X4 (24,20 m²) Areia

Área de balanço 9x7,50 (67,5 m²) -

Área de escorregador 6X6 (36m²) -

Espaço zen 3X3 (9 m²) Bancos, pufs, espreguiçadeiras

Deck 22X3 (55,5m²) -

Parquinho 10X10(100m²) Brinquedos

Academia ar livre 7x7(49m²) Equipamentos de academia

Terraço verde 10x9,60(96)m² Gramado Sint., Bancos

Pátio central 15x15(225)m² Gramado, Bancos

Auditório 11x11,60(129,20)m² Cadeiras, palco

Fonte: do autor (2017).

Figura 27: Implantação, Emei Vila Luiza

Fonte: Karine knob; adaptada pelo autor (2017)

33

Tabela 14: Programa de Necessidades

Área Dimensões (em m²) Mobiliário essencial

SETOR PEDAGOGICO

Berçário 1, Sala rep, fraldário, Sol. 7X5,30 / 3x3 / 2,5x3/ 4x5 = (76,25m²) Colchonetes, Armários, Pufs, Brinq.

Berçário 2, Sala rep, fraldário, Sol. 6X5,30 / 3x2,5 / 2,5x3/ 4x5 = (64,06m²) Colchonetes, Armários, Pufs, Brinq.

Maternal 1, sanitários 3x 6X6 / 4x2,65 (47,48m²) Mesinhas, cad. Armários, Pufs, Brinq.

Pré escola 1 2x 5X5,20 (26,20m²) Mesinhas, cad. Armários, Pufs, Brinq.

Pré escola 1 2x 5X5,60 (28m²) Mesinhas, cad. Armários, Pufs, Brinq.

Sala de atividades 3x 7X5,90 (41,20m²) Armário, Pufs, Brinq.

Wc M 3X4(12M²) Sanitários

Wc F 3X4(12M²) Sanitários

PNE M1x / F1x 2X2,20(4,40M²) Sanitários

Deposito Prof. 3X3 (9M²) Armários

Fonte: do autor (2017).

Tabela 15: Programa de Necessidades

Área Dimensões (em m²) Mobiliário essencial

APOIO (FUNCIONARIOS)

Vestiários 2,8X2,5 (5,27m²) Chuveiros, pia, sanitários

D.M.L. 2X2(4m²) Tanque, prateleira

Sala de estar (Func) 4X4 (16m²) Cadeiras, tv, Mesa, poltronas

Fonte: do autor (2017

Tabela 16: Programa de Necessidades

Área Dimensões (em m²) Mobiliário essencial

SERVIÇOS:

Sanitários 2x 3X3,70 (10,60m²) Pia, vasos

Elevador 2x2 (4m²) Equip.casa de maq.

D.M.L. 2X2(4m²) Tanque, prateleira

Cantina/refeitório 9X16 (144m²) Cadeiras, tv, Mesa, pufs

Cozinha 6x5 (30 m²) Pia, fogão, geladeira, freezer, armários

Doca de Recebimento de ali. 7x10 (70 m²) Tanque, Armário

Triagem 3x3,60(10,85 m²) Tanque, Prateleira

Dispensa 6x2,50 (14,50 m²) Armários

Lavanderia 3x3,9(11,70 m²) Tanque, Máquina de lavar

DML 4x3,40(13,40 m²) Prateleiras

2.7.17 Funcionalidade

A escola possui o acesso voltado para o sul devido a rua ser de menor movimento, o

acesso de serviço também se dá por este lado. A escola é distribuída em um bloco único

formando um pátio central, onde se localiza a área de recreação das crianças. A circulação

entre o bloco se dá pelo interno, onde é composta por aberturas permitindo uma ventilação

cruzada. Ao analisarmos a distribuição dos ambientes na planta, é possível ver a conexão

entre os fluxos, permitindo uma circulação clara.

34

O edifício se distribui praticamente em todo terreno, ficando a área central como

espaço de convivência dentro do edifício, também há um recuo satisfatório na esquina do

terreno, onde existe o espaço de academia e estacionamento, sendo todo impermeável.

Figura 28: Zoneamento pav. Térreo

Fonte: Autor (2017)

Figura 29: Zoneamento 1ºpavimento

Fonte: Autor (2017)

Figura 30: Pátio interno

Fonte: Autor (2017)

35

Nos espaços internos há uma conexão direta com as crianças, existe uma

predominancia na cores que por si transmitem sensações curiosas na sua preposição, já o

mobiliario tambem se caracteriza com o ambiente direnciado que os edificio mais inovadores

buscam transmitir.

2.7.18 Forma

A planta transmite uma simetria, pode-se observar o rebatimento na forma proposta

da planta, em forma de (U) criando um pátio central, permitindo a insolação norte e também

isolando o parquinho, onde transmite maior uma segurança para as crianças

Figura 31: Relação externo

Fonte: Autor (2017)

Figura 32: Internas, refeitório e maternal I

Fonte: Autor (2017)

Figura 33: Relação formal planta / perspectiva

Fonte: Autor (2017)

36

2.7.19 Técnicas construtivas e materiais

O edifício pode-se considerar sustentável, pois em sua composição se caracteriza por

materiais que transmitem um conforto térmico e acústico adequado para um edifício escolar,

também seus espaços externos são permeáveis, brisas fazem composição a fachada e

também prevenindo da insolação da manhã. Também há no edifício a coleta da água da

chuva, permitindo a regar as plantas e fazer a limpeza da escola. No terraço foi instalado

painéis solares, permitindo a captação de insolação e geração de energia para abastecer o

edifício.

2.8 CONCLUSÃO DO CAPÍTULO

Foi analisado três estudos de caso, verificando o perfil de cada projeto, observando

suas particularidades arquitetônicas. Nos três casos observa-se o caráter diferenciados do

lugar de implantação, principalmente no contexto sócio econômico. Porém os três projetos

apresentam uma semelhança na sua arquitetura e metodologia aplicada.

Nos três estudos observa-se; a distribuição organizada dos espaços, a circulação é

atrativa, fazendo a conexão entre o interno/externo do prédio, as áreas de convivência

transmitem interação e aconchego, privilegiando o usuário, as técnicas construtivas utilizadas

e materiais empregados somam valor arquitetônico. A sustentabilidade é outro ponto chave,

nos três casos foram implantados equipamentos necessários para se obter parâmetros de um

edifício sustentável. Contudo todos os projetos possuem atributos significativos à concepção

de um complexo inovador de ensino.

Figura 34: Materiais empregados

Fonte: Autor (2017)

37

CAPÍTULO 3: DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO

3.1 INTRODUÇÃO

Nesta parte será apresentado o diagnóstico da área de implantação, analise do

entorno, através de mapas de cheios e vazios, mapas de altura, fluxos e identificação de toda

infraestrutura existente e possíveis adaptações a ser feita no local. Também será apresentado

diretrizes necessárias e condicionantes legais, para elaboração do projeto arquitetônico.

3.2 CONTEXTUALIZAÇÃO REGIONAL

A cidade de Passo Fundo está localizada na região Norte do Estado do Rio Grande do

Sul, seu território é de 783.421km², com uma população de 197.798 habitantes (IBGE, 2016).

Sendo a maior cidade do norte do estado, classificada como uma cidade polo regional,

oferecendo a população local e regional serviços, como; educação, saúde e comercio.

Também é conhecida como a “Capital Nacional da literatura”, onde todo ano é realizado na

cidade a feira do livro, com exposições e apresentações artísticas. Também é realizado o

Festival internacional do Folclore, importante evento que atrai apresentações de grupos do

folclore mundial.

O Local escolhido localiza-se no bairro Industrial, fazendo divisa com os bairros;

Valinhos, Vera cruz, Hipica e Alexandre Zaquia importantes bairros de Passo Fundo, de

classe baixa, em uma região a beira trilho, o bairro Industrial possui 5.320 habitantes e sua

região de influência pode englobar uma população de 22.711 habitantes (PMPF,2016).

Brasil Rio Grande do sul Passo Fundo Bairro Industrial

Figura 35: Mapa de localização de Passo Fundo

Fonte: Autor (2017)

Figura 36: Skyline da cidade de Passo Fundo

Fonte: Erviton Quartieri Junior; (2017)

38

O terrreno contem uma área de 31667,97m², com um grau de desnivel pequeno,

parcialmente plano, mais especificamente faz testada para a Avenida Rio Grande, fundos para

rua Manoel Araujo Porto Alegre e laterais para rua Três de Maio e rua da Industria. Atualmente

esta área se encontra desocupada (Baldio), Com vegetação rastera, algumas árvores e

também esgumas residencias irregulares.

A área de abrangencia tambem é dividida por setores neste, caso engloba o setor (17).

Região do Bairro Valinhos ”Loteamento Industrial e São Lucas”: Intersecção da rodovia BR

285 com o limite do perímetro urbano, entre os marcos de n° 23 e 24, seguindo por este limite

e passando pelos marcos de n° 25 a 32, até o ponto de encontro com o Arroio Chafariz,

seguindo a partir daí pelo curso do mesmo até a intersecção com a Rua Marau, por esta até

a Rua Tapejara, seguindo pela Rua Sobradinho e Rua Niterói até encontrar a Rua Gravataí,

seguindo por esta até a Rua Não me Toque até encontrar a via férrea, seguindo por esta até

a depressão geográfica e sanga que faz divisa entre a Vila Industrial e Vila 1° Centenário até

encontrar novamente a rodovia BR 285.

Figura 37: Mapa de localização da área de intervenção no mapa de Passo Fundo

Fonte: Autor (2017)

39

3.3 MAPA NOLLI, USO DO SOLO E ALTURA DAS EDIFICAÇÕES

3.3.1 Mapa de cheios e vazios

Nesta análise é possível visualizar no bairro Industrial e abrangência em um raio de

500m a quantidade de espaços vazios que existe no bairro, devido ser um bairro até então

industrial, que foi crescendo as margens da linha férrea, existe muitos espaços ociosos, que

se encontram em situação de desuso. Já no bairro Valinho estes vazios diminuem devido ao

alto número de áreas irregulares. Onde as construções costumam ser feitas sem nenhum

planejamento ou regularidade.

Figura 38: Mapa de localização da área de intervenção zona 28

Fonte: Autor (2017)

Figura 39: Mapa de cheios e vazios

Fonte: Autor (2017)

40

3.3.2 Mapa de uso do solo

O bairro Industrial consiste no uso residencial, por motivo do distrito industrial estar

estalado ali, o bairro foi crescendo ao entorno deste distrito. Já no bairro Valinhos onde o

terreno de intervenção faz divisa os usos também são de residências, em alguns casos por

necessidade ou aproveitamento da situação de que estas áreas serão regularizadas pelo

município, as pessoas foram se estalando as margens da linha férrea, contudo apossando-se

irregularmente da área que pertence à companhia ferroviária (ALL). Neste caso fica proibido

qualquer construção a uma distância a ser determinada de 30m do ponto lateral da linha,

seguindo o código de obras do Município de Passo Fundo (PMPF,2017).

Tabela17: Usos em porcentagem

Uso Porcentagem

Residencial 94,6%(798 de 841)

Comercial 3% (33 de 841)

Misto 1 1,4% (12 de 841)

Institucional 0,2% (2 de 841)

Parque 01% (1 de 841)

3.3.3 Mapa de altura

Devido bairro e entorno ser na maior parte de uso residencial, as edificações não

ultrapassam dois pavimentos, contudo o estudo demostra que o bairro analisado e sua área

de abrangência não por si não ultrapassam a altura de 7 metros.

Figura 41: Mapa de usos de solo Fonte: Autor (2017)

41

3.4 INFRAESTRUTURA URBANA

3.3.4 Mapa Fluxo e Rede Elétrica

O mapa de fluxo pode indicar pontos planejados ou de conflitos no espaço urbano,

neste mapa abaixo é possível identificar o fluxo de transito geral do município de Passo Fundo

em um horário de grande fluxo. Foi analisado os pontos de maior fluxo ao entorno do terreno,

sendo diagnosticado que a avenida Rio Grande concentra maior fluxo nesta área, assim

ocasionando assim alguns pontos de conflito.

Na Avenida Rio Grande o transito e bastante intenso, devido sua via ser de acesso

principal e fazer ligação com outros bairros. Nas demais vias ao entorno do terreno de

intervenção o transito demonstra-se regular, sem maiores conflitos ou dificuldade na

Figura 42: Mapa de alturas

Fonte: Autor (2017)

Figura 43: Mapa comportamental de tráfego das vias

Fonte: Autor (2017)

42

locomoção. O transporte público existe várias linhas que fazem a ligação bairro centro, existe

no local várias paradas onde é possível pegar um ônibus e ir até os pontos mais longes da

cidade. A rede elétrica é atende todo o bairro Industrial.

3.3.5 Mapa de Esgoto e Água

O bairro Industrial por ser uma área que se iniciou a partir da zona industrial, e o terreno

analisado estar tão próxima da estação de tratamento, cerca de 2 km, ainda não existe rede

coletora de esgoto nesta região, contudo existe linhas principais vindas da cidade que passam

dentro do bairro. A previsão é de que até 2021 cerca de 75% da cidade de Passo Fundo esteja

com a rede de esgoto funcionando, assim também no bairro Industrial. A rede de água atende

em geral todo o bairro.

Figura 44: Mapa De fluxos das vias

Fonte: Autor (2017)

Figura 45: Mapa de rede de esgoto e água

Fonte: Autor (2017)

43

3.5 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO TERRENO

3.5.1 Dimensões do terreno

O terreno conta com 31667m², fazendo testada de 241,72m para a Av. Rio Grande,

testada de 144.83m para rua da Indústria, testada de 132m para rua Três de Maio e testada

se 238m para a rua Araújo Porto Alegre.

3.5.2 Topografia e Vegetação Existente

O terreno contém um desnível de 8m no decorrer do ponto norte, rua Três de Maio, a

o ponto Leste, rua da Industria. Porém este desnível não é perceptível devido a grande

dimensão da quadra. No terreno encontra-se com uma vegetação de grama e também

algumas arvores, sendo três pinheiros e 3 butiás, as demais são arvores que não há problema

de retirada e reposição. Grande parte das árvores existente serão mantidas, as possíveis

retiradas serão compensadas por demais, de acordo com o código florestal e levando em

conta fatores sustentáveis.

Figura 46: Mapa com dimensões do terreno

Fonte: Autor (2017)

Figura 47: Mapa com curvas de níveis e vegetação

Fonte: Autor (2017)

44

3.5.3 Mapa de Orientação Solar, Ventos Predominantes e Projeção da Sombra

Os ventos predominantes são nordestes e sudoeste na cidade de Passo Fundo, os

ventos serão aproveitados para refrescar o edifício, pois o sol no verão concentra um ao alto

grau de calor norte e oeste. Contudo será tirado proveito destas energias renováveis. Para o

inverno será mantido vazios entre a edificação que permitam a incidência solar.

3.6 SÍNTESE DE LEGISLAÇÕES E NORMATIVAS

Na síntese normativa será abordado a legislação municipal, estadual e federal e

normas técnicas como: NBR 9050 que cuida da Acessibilidade universal nas edificações,

mobiliário, espaços e equipamentos urbanos; NBR 9077 que trata das Saídas de emergências

em edifícios; também será abordado o Código de Obras e Edificações do Município de Passo

Figura 48: Mapa de ventos, insolação e sombras

Fonte: Autor (2017)

Figura 49: Mapa de insolação e sombras, inverno e verão

Fonte: Autor (2017)

45

Fundo. Lei n° 51, de 31 de janeiro de 1996; Plano diretor do município de Passo Fundo; Lei

complementar N° 170 de 09 de outubro de 2006; Plano Municipal de educação.

Relatório de impacto de vizinhança: De acordo com Art. 121 O relatório do impacto de

vizinhança tem por finalidade avaliar os efeitos positivos e negativos de empreendimentos ou

atividades quanto à qualidade de vida da população residente na área e suas proximidades,

devendo compreender o adensamento populacional, a necessidade de equipamentos

urbanos e comunitários, os usos, a ocupação do solo, a valorização imobiliária, a geração de

tráfego, a demanda por serviços públicos, a ventilação, a iluminação, o nível de ruído, a

paisagem urbana e o patrimônio natural, paisagístico, histórico e cultural. Parágrafo Único - O

Relatório de Impacto de Vizinhança deverá ser elaborado conforme modelo constante no

anexo 05. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 299/2012) (RIVPF,2012).

3.6.1 Acessibilidade Universal

No Brasil a norma que regulamenta a acessibilidade universal é a NBR 9050, em seu

caráter fiscalizador, estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quanto ao

projeto, construção, instalação e adaptação do meio urbano e rural, e de edificações às

condições de acessibilidade, entre; as condição de alcance, percepção e entendimento para

utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos,

edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias,

bem como outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privado de uso

coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou mobilidade

reduzida(ABNT/NBR 9050, 2015).

O acesso há educação é um direito de todo cidadão, porem há muito o que se fazer

para evitar estas barreiras arquitetônicas. O Brasil tem evoluído muito, a norma tem sido

bastante eficaz, destinando recursos para garantir a acessibilidade universal de qualquer

pessoa, porém grande maioria dos edifícios educacionais ainda não se adaptaram a estes

requisitos, continuam sendo restritos a acessibilidade, se tornando barreiras sociais, culturais

e discriminatórias (GARCIA, 2012). Por diversos motivos; construção, muitas vezes antiga,

topografia, espaço físico, desinteresse administrativa, falta de sensibilidade das próprias

pessoas e poder público.

No espaço escolar deve ser seguido diversos critérios para possibilitar a inclusão da

criança no ambiente. A equipe de apoio deve ter a estrutura necessária para dar o melhor

suporte e estimular todos os alunos a ter uma independência no espaço. Os alunos com

qualquer deficiência devem ter livre acesso há educação, ter a possibilidade de fazer todas

as atividades na escola junto com outros alunos. O professor é o maior mentor, e deve ter

46

uma atenção com relação a seus alunos em especial identificar a necessidade de cada um,

sua participação efetiva possibilita, facilitar a inclusão social não apenas da criança com

necessidades especiais, mas todas as crianças (CARVALHO,2008).

3.6.2 Diretrizes

O terreno está inserido em uma zona (ZE) Zona de Ocupação Extensiva, sendo

permitido os usos referentes a (CS.22) Serviços de Educacionais, tendo seus índices

denominados conforme plano diretor municipal, onde as edificações respeitarão aos seguintes

índices urbanísticos:

Taxa de ocupação (TO) = 60%

Coeficiente de aproveitamento (CA) = 1,2

Cota Ideal para Dormitório (CID) = 25m²

Lote Mínimo (LM) = 300m²

Taxa de Permeabilidade (TP) = (1 – TO).0,5

Para o Perfil viário, no caso da AV. Rio Grande será feito o alargamento conforme

figura acima mencionada, obedecendo o código de obras municipal e plano diretor. Também

devido a avenida Rio Grande fazer divisa com linha férrea será também atribuído normas para

este: 30 metros de recuo para linha férrea, contando a partir da margem do trilho, neste

espaço pode ser colocado vias de ligação, contudo já existe a Av. Rio grande, ela será

alargada.

Figura 50: Alcance manual lateral e frontal

Fonte: NBR 9050(2015)

47

Nos recuos frontais são estabelecidos:

4M +2M Previsão de alargamento da Av. Rio Grande.

Os recuos de lateral e de fundo serão obrigatórios e serão calculados pela formula:

R= N x 0,15+2

Sendo:

N/2,8, onde:

H= Altura total da edificação contada a partir da soleira até a laje do forro do último pavimento.

H=2,8

Para usos (CS.22) edificações educacionais a área de estacionamento será de:

1 Vaga para 50m², computadas da área útil da edificação.

Largura livre de 2,40m x 5m de comprimento livres

Vagas de estacionamento para deficientes= 1% das vagas

Todas as áreas de estacionamento devem estar contidas dentro do lote.

No terreno devem ser respeitados os seguintes índices construtivos, sendo que a área

de projeção (TO) no terreno não deve ultrapassar os 19.000m², também respeitando o limite

de área construída (CA) que é de 38000m².

Terreno com área de 31667m²

Permitido nesta zona a construção destas áreas:

TO = 19000m²

CA = 38000m²

Figura 51: Mapa de Zoneamento e viário de Passo Fundo

Fonte: PMPF (2017)

48

CAPÍTULO 4: CONCEITO E DIRETRIZES PROJETUAIS

4.1 INTRODUÇÃO

Nesta parte será apresentado o conceito de projeto, demostrando os principais

norteadores e intensões projetuais, justificando as perspectivas da então proposta. Também

demostrando as principais diretrizes projetuais e urbanísticas, demostrando principais as

normas técnicas cabíveis ao projeto.

4.2 CONCEITO DO PROJETO

Todos temos um sonho, quando crianças: brincamos, imaginamos, sonhamos, como

se déssemos vida a imaginação. Quando criança, quem nunca teve sensações? De alegria,

medo, coragem, liberdade. A medida que vamos crescendo vamos perdendo estas

sensações, pois a responsabilidade do dia a dia vai tornando estas sensações cada vez

menores, pois as responsabilidades do dia a dia nos tornam adultos cada vez mais

disciplinados, esquecidos de que ainda existe uma criança dentro de nós.

Contudo a intensão é propor ao usuário sensações, que nunca tire a criança que

existe dentro de si, por mais que a correria do dia a dia seja eminente, os pais sejam os

principais amigos desta criança na escola, contudo sejam os atores principais dentro deste

contexto metodológico e arquitetônico. Os pais serão acolhidos no complexo como seus

alunos, onde poderiam brincar com seus filhos durante uma a duas horas durante o dia.

Participar deste momento tão importante na vida de seus filhos. Assim poderiam participar

ativamente das aulas, brincadeiras, gincanas ou até mesmo viagens no decorrer do ano.

Esta conexão entre as pessoas e espaços também é muito importante. O Lego pode ser

representado como uma figura que expressa claramente esta conexão. Propondo esta junção

simples e adaptativa, que pode ser transformadora na vida de seus usuários. A distribuição

dos blocos no complexo também pode ser representada, busca-se conectar os três blocos

dentro do complexo, tornando um conjunto único, capaz de conectar a vida das pessoas,

independente de idade ou classe social.

Figura 52: Participação dos pais na vida escolar

Fonte: Depositophotos (2017)

49

A interatividade também é bastante importante, pois ela proporciona uma maior

dinâmica entre os usuários. Esta interatividade estará proposta em elementos arquitetônicos

como: brinquedos, parque, pátio, academia, espaços de lazer e estudo, sendo bastante

significativo na coordenação motora dos usuários. Também na metodologia de transmitir esta

interação, pois cada momento deve ser considerado participativo na aprendizagem da

criança.

Os espaços devem ser atrativos a criança, nesta figura é possível visualizar dois

espaços que fazem parte do momento de aula, porem de forma diferenciada, onde a aula

adaptou-se com o espaço, contudo o aluno se motiva ir para a escola. Esta experiencia está

sendo levada nas escolas do município de Passo Fundo, cujo resultado tem sido bastante

satisfatório. A ideia é propor mais ações como estas, pois a conectividade entre as crianças,

escola e comunidade tem representado muito mais que momentos participativos, mas uma

verdadeira mudança no contexto sócio educacional.

Figura 53: Lego, representatividade

Fonte: iDream (2017)

Figura 54: Sala de aula (EMEF N.S.A PF); Rampa interativa (EMEI J.DO SOL PF)

Fonte: Autor (2017)

Figura 55: Aula ao ar livre, brincar; Espaços dinâmicos

Fonte: Angelita Scotta, Edemilson Brandão, Autor (2017)

50

4.3 DIRETRIZES DE ARQUITETURA

O complexo será disposto de uma arquitetura que traga ao usuário estas sensações

de acolhimento, vivencia, conectividade, interação e lazer, com praças internas e externas,

onde a pessoa seja induzida a participar deste meio e se sinta parte dele, valorizado perante

toda a estrutura disposta. Também estas sensações serão evidenciadas nas Cores, serão

usadas cores vibrantes em pontos estratégicos, sendo chamativa ao olhar do usuário.

Também materiais empregados como aço, concreto e madeira também justificarão seu uso.

Estas sensações também serão evidenciadas no mobiliário, paisagismo, disposição dos

blocos, assim valorizando o usuário. Contudo, aproximando a comunidade da escola.

O complexo será constituído de três blocos, sendo estes blocos conectados entre si,

criando assim um Pátio praça, onde qualquer pessoa tenha acesso ao pátio do complexo

podendo interagir com a estrutura arquitetônica proposta. O primeiro bloco será destinado a

educação infantil, constituído de dois pavimentos, concentrando os itens arquitetônicos

necessários para o desenvolvimento metodológico aplicado. Com espaços multifuncionais,

acessíveis e chamativos ao público infantil.

Um segundo bloco se destina a educação fundamental, dando sequência a

metodologia diferenciada, onde as salas de aulas tradicionais seriam substituídas por espaços

laboratórios, equipados com materiais necessários das disciplinas aplicadas, cada laboratório

atenderia sua área de interesse, por exemplo: As aulas de ciências naturais seriam realizadas

neste laboratório especifico, assim como tendo laboratórios para cada disciplina. Os alunos

teriam toda uma estrutura arquitetônica de uma edificação multifuncional para as pesquisas e

projetos.

Em um terceiro bloco se destinaria para o ensino médio. Onde os alunos já viriam do

ensino fundamental preparados e teriam mais três anos para trabalhar com pesquisas e

projetos. Este bloco teria o programa de necessidade necessário, com espaços de

laboratórios, estúdios, vivencia e lazer, toda uma estrutura arquitetônica completa a fim de

justificar sua metodologia diferenciada de ensino.

Além disso o bloco destinado ao ensino médio estará disposto desta estrutura para

trabalhar com seus alunos na linha de pesquisas e projetos aproximando-se de empresas

parceiras como a Google, Uber, Manitowoc, Semeato, Embrapa, entre outras. Algumas destas

já estaladas no distrito industrial, próximo ao complexo. Contudo esta parceria, teria uma base

diferenciada de estudo, que acompanha o aluno desde o desenvolvimento da pesquisa até

sua aplicação, tendo um resultado final.

Ao relacionarmos a escala humana perante ao edifício, esta escala jamais poderia se

perdida, com isto o edifício terá apenas dois pavimentos, pois a qualquer ponto do edifício é

possível ter a visão do usuário, também serão utilizados materiais que transmitam

51

transparência, neste caso o vidro é o principal elemento transmissor desta sensação. O uso

do concreto pode ser bem valorizado neste tipo de edifício, por isto ele será empregado na

sua forma natural, transmitindo a sensação da solidez, Base em uma escola.

4.4 DIRETRIZES URBANÍSTICAS

O entorno do complexo será utilizado a favor da melhor qualidade urbanística, sendo

implantado elementos arquitetônicos que possibilitem uma infraestrutura completa de acesso

ao complexo educacional. Devido ao alto fluxo de veículos na Avenida Rio Grande, propõe-

se o alargamento da via, sendo dividida por um canteiro central, dando possibilidade para

implantação de corredores de ônibus, remodelação das paradas, sinalização informativa e

vegetação necessária para melhor arborização.

Também será proposto a implantação da ciclovia no canteiro central, fazendo ligação

de toda a avenida Rio Grande e imediações propondo o uso diário da bicicleta como meio de

locomoção, esporte e lazer. Também implantando a Infraestrutura como: Energia, Esgoto,

Telefone, Internet no subterrânea da calçada. Assim amenizando problemas visuais,

decorrente dos postes e fiação.

Figura 56: Alargamento da via e corredores de ônibus

Fonte:Gazeta de Uberlândia; Autor (2017)

Figura 57: Proposta de Ciclovias e Infra subterrânea

Fonte: Pitadela; Infravias (2017)

52

Também será revitalizada todas as calçadas da Avenida Rio Grande e imediações do

Complexo, propondo acessibilidade universal, vegetação adequada para estes espaços para

que não estraguem o sistema subterrâneo proposto e superfície das calçadas. No calçamento

será implantado pisos táteis, permitindo acessibilidade para qualquer usuário, faixas elevadas

especialmente ao entorno do Complexo, permitindo a passagem dos alunos com maior

segurança.

Na rede de esgoto seria proposto, espaços como supostos na figura abaixo, para

melhor permeabilização do solo, filtragem de resíduos, impondo vegetação adequada para

tais espaços paisagísticos. Assim criando pontos benéficos ao meio ambiente, reduzindo

alagamentos e permeabilizando o solo. Contudo estes espaços propõem-se revitalizar o meio

urbano, proporcionando visuais e sensações de aconchego para as cidades.

As calçadas conforme normativas de acessibilidade e impactos de vizinhança, seriam

corrigidas de forma que fossem atrativas aos usuários, com espaços de leitura, descanso e

lazer, possibilitando assim, maior integração social das pessoas. Calçadas nestes parâmetros

tornam os espaços muito mais aconchegante, sendo muito utilizadas em diversas cidades

mundiais, pois presam por uma maior qualidade de vida de seus cidadãos.

Figura 58: Espaço internos, matériais empregados

Fonte: Câmara Flores; Diário do Nordeste (2017)

Figura 59: Proposta de Sumidouros

Fonte:Archdaily (2017)

53

4.4.1 Diretrizes de projeto

Os espaços devem ser funcionais, práticos e dinâmicos, deste modo a criança possa

além de brincar, possa aprender, de forma agradável. Nestes dois exemplos executados em

duas escolas municipais de Passo Fundo, no primeiro exemplo se destaca a Biblioteca, onde

a mesa se torna diferenciada da forma tradicional. No segundo exemplo se dá sobre uma sala

de aula, esta sala foi criada de forma que as aulas fossem diferentes das convencionais, por

isto optou-se em criar um banco diferenciado, onde as crianças possam além de sentar e ter

aula, possam entender o dinamismo de uma aula em um ambiente aberto, diferente da

tradicional.

Os parquinhos devem ter uma dinâmica, conforme visto nas figuras abaixo esta

interação proporciona a criança uma complexidade nas brincadeiras, a criança não está

apenas se divertindo, está aprendendo, exercitando, trabalhando a coordenação motora. A

criança passa a ter uma autonomia maior, ela quer estar naquele ambiente, pois tudo é curioso

ao olhar da criança e também dos adultos.

Figura 60: Proposta de calçada

Fonte: Diário do Nordeste (2017)

Figura 61: Biblioteca (EMEF B.R PF/RS); Sala aberta (EMEF N.S.A B.R/RS)

Fonte: Autor (2017)

54

Um exemplo claro de que um brinquedo pode ser multifuncional, esta caixa de areia

foi implantada em uma escola do município de Passo Fundo, onde a escola tinha um problema

com a caixa de areia convencional aberta, onde Ratos do banhado invadiam devido ser

aberta, contaminando a área das crianças. A partir deste problema foi projetado uma caixa de

areia diferenciada, onde ela possa ser fechada, servindo de caixa de areia para as crianças e

tendo outra utilidade quando fosse fechada, como possível visualizar na figura abaixo, a

simplicidade do brinquedo proporciona uma dinâmica diferenciada para as crianças.

Na figura 64 as imagens transmitem uma representatividade no projeto, folha A 4;

cobertura em fita, paleta de cores; representando as cores dos brises, lápis de cores;

disposição dos pilares, palmeira e araucária; lazer .

Figura 62: Parquinhos, Espaços dinâmicos

Fonte: Pinterest (2017)

Figura 63: Caixa de areia Dinâmica (EMEI P.P PF/RS)

Fonte: Autor (2017)

Figura 64: Inspiração Fonte: Autor (2017)

55

CAPÍTULO 5: PARTIDO GERAL

5.1 INTRODUÇÃO

Nesta parte será apresentado o partido geral do projeto, apresentando o programa de

necessidade do complexo educacional e também organograma, fluxograma e proposta de

zoneamento.

5.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES

5.2.1 Programa de Necessidades bloco I (EEI)

Programa de necessidade para o bloco I destinado a Escola de Educação Infantil.

Tabela 18: Programa de Necessidades

Área Dimensões (em m²) Mobiliário essencial

SETOR ADMINISTRATIVO

Diretoria 3,5X3 (10,62 m²) Mesa, cadeiras, Armário, notebook

Secretaria 4X3 (12 m²) Mesa, cadeiras, Armário, Notebook

Sala de professores 5X6 (30 m²) Mesa, cadeiras, Armário, poltronas,Tv

Lavabo 1,5X2 (3m²) Sanitários, pia

Copa 3X3 (9m²) Fogão, pia, geladeira, armários

Almoxarifado 3X3 (9 m²) Armários

Arquivo morto 2,5X2,5 (6,25m²) Armários

Fonte: do autor (2017).

Tabela 19: Programa de Necessidades

Área Dimensões (em m²) Mobiliário essencial

SETOR VIVENCIA

Hall 6X6 (36m²) Bancos, vegetação

Caixa de areia 6X5 (30 m²) Areia

Brinquedoteca 9x7 (63m²) Pufs, brinquedos, tv, prateleiras

Área de escorregador 6X6 (36m²) Escorregador

Espaço zen 6X6 (36 m²) Bancos, pufs, espreguiçadeiras

Deck 7X10 (70m²) Bancos

Parquinho 12X10(120m²) Brinquedos

Academia ar livre 7x7(49m²) Equipamentos de academia

Terraço Jardim 10x10(10)m² Gramado Sint., Bancos, Pufs.

Pátio central 15x15(225)m² Gramado, Bancos

Auditório 10x12(120)m² Cadeiras, palco

Horta 10x10(100)m² Canteiros

Fonte: do autor (2017).

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Tabela 20: Programa de Necessidades

Área Dimensões (em m²) Mobiliário essencial

SETOR PEDAGOGICO

Berçário 1, Sala rep, fraldário, Sol. 7X6 / 3x3 / 3x3/ 4x5 = (80m²) Colchonetes, Armários, Pufs, Brinq.

Berçário 2, Sala rep, fraldário, Sol. 6X6 / 3x3 / 3x3/ 4x5 = (74m²) Colchonetes, Armários, Pufs, Brinq.

Maternal 1, sanitários 3x 6X6 / 4x2,65 (47,48m²) Mesinhas, cad. Armários, Pufs, Brinq.

Pré escola 1 2x 6X7 (42m²) Mesinhas, cad. Armários, Pufs, Brinq.

Pré escola 2 2x 7X6 42m²) Mesinhas, cad. Armários, Pufs, Brinq.

Sala de atividades 3x 7X6 (42m²) Armário, Pufs, Brinq.

Wc M 3X4(12M²) Sanitários

Wc F 3X4(12M²) Sanitários

PNE M1x / F1x 2X2,20(4,40M²) Sanitários

Deposito Prof. 3X3 (9M²) Armários

Fonte: do autor (2017).

Tabela 21: Programa de Necessidades

Área Dimensões (em m²) Mobiliário essencial

APOIO (FUNCIONARIOS)

Vestiários e WC 3X4 (12m²) Chuveiros, pia, sanitários

D.M.L. 2X2(4m²) Tanque, prateleira

Sala de estar (Func) 4X4 (16m²) Cadeiras, tv, Mesa, poltronas

Copa 2,5x3(7,5m²) Fogão, pia, geladeira, armários, mesa

Fonte: do autor (2017)

Tabela 22: Programa de Necessidades

Área Dimensões (em m²) Mobiliário essencial

SERVIÇOS: Pia, sanitários

WC 2x 3X4 (12m²) Pia, vasos

Elevador/ casa de maquinas 2x2 (4m²) 2x2 (4m²) Equip. casa de maq.

D.M.L. 2X2(4m²) Tanque, prateleira

Refeitório 10X10 (100m²) Cadeiras, TV, Mesa, pufs

Cozinha 6x5 (30 m²) Pia, fogão, geladeira, freezer, armários

Doca de Recebimento de ali. 7x10 (70 m²) Tanque, Armário

Triagem 3x4(12 m²) Tanque, Prateleira

Dispensa 6x2,50 (14,50 m²) Armários

Lavanderia 3x4(12 m²) Tanque, Máquina de lavar

DML 4x3,5(14m²) Prateleiras

Fonte: do autor (2017

5.2.2 Programa de Necessidades II (EEF)

Programa de necessidade para o bloco II destinado a Escola de Ensino

Fundamental.

Tabela 23: Programa de Necessidades

Área Dimensões (em m²) Mobiliário essencial

SETOR ADMINISTRATIVO

Diretoria 3,5X3 (10,62 m²) Mesa, cadeiras, Armário, notebook

Secretaria 4X3 (12 m²) Mesa, cadeiras, Armário, Notebook

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Sala de professores 7X6 (42 m²) Mesa, cadeiras, Armário, poltronas,Tv

Lavabo M1, F1 1,5X2 (3m²) Sanitários, pia

Copa 3X3 (9m²) Fogão, pia, geladeira, armários

Almoxarifado 3X3 (9 m²) Armários

Arquivo morto 2,5X2,5 (6,25m²) Armários

Fonte: do autor (2017).

Tabela 24: Programa de Necessidades

Área Dimensões (em m²) Mobiliário essencial

SETOR VIVENCIA

Hall 6X6 (36m²) Bancos, vegetação

Área recreativa 10x10 (100 m²) Equipamentos de recreação

Ginásio de esporte 20x30 (600m²) Traves, Cesta

Piscina 10x10 ( 100m²) Piscina

Espaço zen 6X6 (36 m²) Bancos, pufs, espreguiçadeiras

Deck 7X10 (70m²) Bancos

Parquinho 12X10(120m²) Brinquedos

Academia ar livre 7x7(49m²) Equipamentos de academia

Terraço Jardim 10x10(10)m² Gramado Sint., Bancos, pufs

Pátio central 15x15(225)m² Gramado, Bancos

Auditório 10x12(120)m² Cadeiras, palco

Horta 10x10(100)m² Canteiros

Quadra de areia 12x20(240)m² Areia

Fonte: do autor (2017).

Tabela 25: Programa de Necessidades

Área Dimensões (em m²) Mobiliário essencial

SETOR PEDAGOGICO

Laboratórios (sala de aula) 9 x 7X10 (70m²) Mesas, cadeiras, Equi. de pesquisa

Estúdios 9x 7x8 (56m²) Mesa, cadeiras, equipa de pesq.

Biblioteca 10x8(80)m² Prateleiras, Pufs, mesas, cadeiras

Wc M 3X6(18M²) Sanitários

Wc F 3X6(18M²) Sanitários

PNE M1x / F1x 2X2,20(4,40M²) Sanitários

Deposito Prof. 3X3 (9M²) Armários

Fonte: do autor (2017).

Tabela 26: Programa de Necessidades

Área Dimensões (em m²) Mobiliário essencial

APOIO (FUNCIONARIOS)

Vestiários e WC 3X5 (15m²) Chuveiros, pia, sanitários

D.M.L. 2X2(4m²) Tanque, prateleira

Sala de estar (Func) 4X4 (16m²) Cadeiras, tv, Mesa, poltronas

Copa 2,5x3(7,5m²) Fogão, pia, geladeira, armários, mesa

Fonte: do autor (2017).

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Tabela 27: Programa de Necessidades

Área Dimensões (em m²) Mobiliário essencial

SERVIÇOS: Pia, sanitários

WC M1x F1x 3X4 (12m²) Pia, vazos

Elevador/ casa de maquinas 2x2 (4m²) 2x2 (4m²) Equip. casa de maq.

D.M.L. 2X2(4m²) Tanque, prateleira

Refeitório 10X10 (100m²) Cadeiras, tv, Mesa,pufs

Cozinha 6x5 (30 m²) Pia, fogão, geladeira, freezer, armários

Doca de Recebimento de ali. 7x10 (70 m²) Tanque, Armário

Triagem 3x4(12 m²) Tanque, Prateleira

Dispensa 6x2,50 (14,50 m²) Armários

Lavanderia 3x4(12 m²) Tanque, Máquina de lavar

DML 4x3,5(14m²) Prateleiras

Fonte: do autor (2017).

5.2.3 Programa de Necessidades III (EEM)

Programa de necessidade para o bloco III, destinado a Escola de Ensino Médio.

Tabela 28: Programa de Necessidades

SETOR ADMINISTRATIVO Dimensões (em m²) Mobiliário essencial

Diretoria 3,5X4 (14 m²) Mesa, cadeiras, Armário, notebook

Secretaria 3,5X4 (14 m²) Mesa, cadeiras, Armário, Notebook

Sala de professores 5X6 (30 m²) Mesa, cadeiras, Armário, poltronas

Sala de reunião 6X6(14 m²) Mesa, cadeiras, Armário,

Gabinete de atendimentos 3X4 (12 m²) Mesa, cadeiras, Armário, tv

Almoxarifado 3X3 (9 m²) Armários

Arquivo morto 3X2,5 (7,5 m²) Armários

Financeiro 4X4 (16 m²) Mesa, cadeiras, Armário, cofre

Sala de espera 4X4 (16m²) Cadeiras, tv

WC M 3X4 (12m²) Sanitários, pia

WC F 3x4 (12 m²) Sanitários, pia

Sala de reunião 5x4(20m²) Mesa, Cadeiras,TV

Fonte: do autor (2017).

Tabela 29: Programa de Necessidades

Área Dimensões (em m²) Mobiliário essencial

SETOR VIVENCIA

Biblioteca 15X25 (375 m²) Mesa, cadeiras, Estantes

Pátio coberto 20X30 (600 m²) Bancos, pufs, tv

Quadras poli esportivas 2x 12x25 (300 m²)

Piscinas 21X25 (525m²)

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Auditório 15X25 (375 m²) Cadeiras, Palco

Espaço zen 10X10 (100m²) Brinquedos, Pufs,TV,,Estantes, jogos

Sala multiuso 3 7X7(49m²)

Sala de tv 7x7(49m²) Cadeiras, tv

Fonte: do autor (2017).

Tabela 30: Programa de Necessidades

Área Dimensões (em m²) Mobiliário essencial

SETOR PEDAGOGICO

Laboratórios 9 salas 7X10 (70m²) Mesa, cadeiras, Estantes, notebook

Salas multiusos 4 salas 7X10 (70m²) Bancos, pufs, tv, mesa, cadeiras

Lab. Informática 2 salas 7X10 (70m²) Notebooks, Mesa , cadeira

Sala de tv 2 7X10 (70m²) Cadeiras, tv

Sala de artes 2 7x10 (70 m²) Cadeiras, mesa, armário

WC M1X F1X (2X) 3X6 (24m²) Sanitários, bancada, pia

Fonte: do autor (2017).

Tabela 31: Programa de Necessidades

Área Dimensões (em m²) Mobiliário essencial

APOIO (FUNCIONARIOS)

Vestiários WC (2x) 3X6 (24m²) Chuveiros, pia, vazo

D.M.L. 2X2(4m²) Tanque, prateleiras

Sala de estar (serv) 4X4 (16m²) Cadeiras, tv, Mesa, poltronas

Copa 3x4 (30 m²) Pia, fogão, geladeira, freezer, armários

Fonte: do autor (2017).

Tabela 32: Programa de Necessidades

Área Dimensões (em m²) Mobiliário essencial

SERVIÇOS:

Sanitários M1X F1X 2x 3X6 (24m²) Pia, Vasos

Elevador/ casa de maquinas 2x 2X2 (8m²) Chuveiros, pia

D.M.L. 2X2(4m²) Tanque, prateleiras

Cantina/refeitório 10X15(150m²) Cadeiras, tv, Mesa

Cozinha 6x5 (30 m²) Pia, fogão, geladeira, freezer, armários

Doca de Recebimento de ali. 7x10 (70 m²) Tanque, Armário

Triagem 3x4 (12 m²) Geladeira, micro-ondas, fogão, pia

Lavanderia 3x4 (12 m²) Prateleira, tanque, máquina de lavar

Almoxarifado 3x4 (12 m²) Prateleira

PNE M1X F1X 2x2,50 (5m²) Pia, sanitário

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5.3 ORGANOGRAMA/FLUXOGRAMA

5.3.1 Organograma Bloco I; II

5.3.2 Fluxograma Bloco I; II; III

Figura 65: Organograma Bloco I e II Fonte: Autor (2017)

Figura 66: Organograma Bloco III Fonte: Autor (2017)

Figura 67: Fluxograma Bloco I Educação infantil Fonte: Autor (2017)

61

5.4 PROPOSTAS DE ZONEAMENTO

5.4.1 Proposta I

Figura 68:Fluxograma Bloco II Ensino Fundamental Fonte: Autor (2017)

Figura 69: Fluxograma Bloco III Ensino Médio Fonte: Autor (2017)

Figura 70: Zoneamento proposta A Fonte: Autor (2017)

62

5.4.2 Proposta II

5.4.3 Proposta III

Figura 71: Zoneamento Proposta 1 Fonte: Autor (2017)

Figura 72: Zoneamento proposta II Fonte: Autor (2017)

63

A proposta 3 foi a que mais se caracterizou-se com o conceito. Também foi a que

melhor se encaixou-se dentro das diretrizes e intensões projetuais, pois há uma conexão entre

os blocos dentro do complexo, contudo a forma também tem uma caracterização melhor

definida.

Figura 73: Zoneamento Proposta III Fonte: Autor (2017)

64

CAPÍTULO 6: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PMPF.Lei complementar n° 170, de 09 de janeiro de 2006. Plano Diretor de

Desenvolvimento Integrado – PDDI do município de Passo Fundo. Passo Fundo,RS.

DOREA, Célia Rosangela Dantas. A arquitetura escolar como objeto de pesquisa em história

da educação. Educ. ver.Curitiba , n. 49, p. 161-181 sept. 2013.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a

edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. 2 ed. Rio de janeiro:Abnt,

2004. 97 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9077: Saídas de

emergências em edifícios. Rio de janeiro: Abnt, 2001. 35 p.

KOWALTOWSKI, Doris K. Arquitetura Escolar: O Projeto do Ambiente de Ensino. São

Paulo: Oficina de textos, 2011.

PROFESSIONE ARCHITETTO, Ampliamento della scuola dell'infanzia e primaria al Centro

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em:<https://www.professionearchitetto.it/news/notizie/17255/Ampliamento-della-scuola-dell-

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MEC, Lei do Novo Ensino Médio. 12 de março de 2017. Disponível em: <

http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=45231 > Acesso em: 12 março.2017.

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PEFEITURA MUNICIPAL DE PASSO FUNDO. Código de Obras e Edificações do Município

de Passo Fundo. Lei n° 51, de 31 de janeiro de 1996. Passo Fundo,RS.

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65

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CHING, F. D. K. Arquitetura: forma, espaço e ordem. Editora Martins Fontes. São Paulo,

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CARVALHO. Telma Cristina pichiole. Arquitetura escolar inclusiva: construindo espaços

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de São Carlos, 2008.

SÁ.Alessandra.Um olhar sobre a abordagem educacional de Reggio Emilia, Paidéia r. do

cur. de ped. da Fac. de Ci. Hum., Soc. e da Saú., Univ. Fumec Belo Horizonte Ano 7 n. 8 p.

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CASTRO.Maria José Martins Gomes de Castro. Pedagogia Waldorf: uma educação

baseada no diálogo, afeto e arte. 2010. Tese (Mestrado em Educação), Centro Universitário

Salesiano de São Paulo, São Paulo,2010.

BRUGGER. Livia Cristina. Método Montessoriano: A importância do ambiente e do lúdico

na educação infantil. 2012. Tese (Mestrado em Pedagogia) Faculdade Metodista Granbery,

Juiz de Fora,2012.

66

Anexo

Segue Anexo pranchas de projeto elaborado.