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Faculdade Legale
PÓS GRADUAÇÃO DIREITO MÉDICO
PLANO DE SAÚDE
AULA/PALESTRA1/04/2017
Prof. Doutor José Jaime do Valle
A par de assegurar o direito à saúde, a
Constituição Federal de 1988 não
delimitou objeto desse direito
fundamental, não especificando “se o
direito à saúde como direito a prestações
abrange todo e qualquer tipo de
prestação relacionada à saúde humana”.
Discute-se se o Estado, em seu dever de prestação dos serviços de saúde, obriga-
se a disponibilizar o atendimento médico-hospitalar e odontológico, o fornecimento
de todo tipo de medicamento indicado para o tratamento de saúde, a realização de
exames médicos de qualquer natureza, o fornecimento de aparelhos dentários,
próteses, óculos, dentre outras possibilidades.
HOSPITAIS SUCATEADOS –
PACIENTES ATENDIDOS EM MACAS –
NOS CORREDORES
BANHEIROS
CHÃO
BANCOS
CADEIRAS DE RODAS
ISSO É DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA?
AO SE DEPARAR COM ESSAS CENAS PUBLICADAS PELA
IMPRENSA;
QUAL O SEU SENTIMENTO?
TÔ NEM AI?
ÓDIO?
INDIGNAÇÃO?
AGORA ME PERGUNTEM:
QUAL O MEU SENTIMENTO?
PREPARE-SE PARA A RESPOSTA.
RAIVA
INDIGNAÇÃO
IMPOTENCIA
E AGRADECIMENTO.
QUANTAS CONSTITUIÇÕES O BRASIL TEVE?
O BRASIL TEVE 07 ( SETE ) CONSTITUIÇÕES.
A CONSTITUIÇÃO DE 1824 – Primeira Constituição do país, outorgada
por dom Pedro I. Mantém os princípios do liberalismo moderado.
Principais medidas – Fortalecimento do poder pessoal do imperador com
a criação do Poder Moderador acima dos poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário. As províncias passam a ser governadas por presidentes nomeados
pelo imperador. Eleições indiretas e censitárias, com o voto restrito aos
homens livres e proprietários e condicionado à seu nível de renda.
Reformas – Ato Adicional de 1834, que criou as Assembléias Legislativas
provinciais. No curso deste, sobreveio a Legislação eleitoral de 1881, que
eliminou os dois turnos das eleições legislativas.
Tratou da saúde em seu artigo 179 inciso XXXI
A CONSTITUIÇÃO DE 1891 – Promulgada pelo Congresso Constitucional
que elege Deodoro da Fonseca presidente. Teve espírito liberal, inspirado na
tradição republicana dos Estados Unidos.
Principais medidas – Estabeleceu o presidencialismo, conferindo maior
autonomia aos estados da federação e garantindo a liberdade partidária.
Instituiu eleições diretas para a Câmara, o Senado e a Presidência da
República, com mandato de quatro anos. O voto era universal e não-secreto para
homens acima de 21 anos e vetado a mulheres, analfabetos, soldados e
religiosos. Determinava a separação oficial entre o Estado e a Igreja
Católica e eliminava o Poder Moderador. (g.n)
Cabia ao estado a responsabilidade pelas ações na área da saúde.
A CONSTITUIÇÃO DE 1934 – Promulgada pela
Assembléia Constituinte durante o primeiro governo do
presidente Getúlio Vargas, reproduziu a essência do
modelo liberal anterior.
Principais medidas – Conferiu maior poder ao
governo federal. Estabeleceu o voto obrigatório e
secreto a partir dos 18 anos e o direito de voto às
mulheres, já instituídos pelo Código Eleitoral de
1932. Previu a criação da Justiça Eleitoral e da
Justiça do Trabalho. (g.n).
Tratou da saúde em seu artigo 10º inciso II.
A CONSTITUIÇÃO DE 1937 – Outorgada por
Getúlio Vargas, foi inspirada nos modelos fascistas
europeus. Institucionaliza o regime ditatorial do
Estado Novo.
Principais medidas – Institui a pena de morte,
suprime a liberdade partidária e anula a
independência dos poderes e a autonomia
federativa. Permite a suspensão de imunidade
parlamentar, a prisão e o exílio de opositores.
Estabelece eleição indireta para presidente da
República, com mandato de seis anos.
Tratou da saúde em seu artigo 16º inciso XXVII
A CONSTITUIÇÃO DE 1946 – Promulgada
durante o governo Dutra, refletiu a derrota do
nazi-fascismo na II Guerra Mundial e a queda do
Estado Novo.
Principais medidas – Restabelece os direitos
individuais, extinguindo a censura e a pena de
morte. Devolve a independência dos trêspoderes, a autonomia dos estados e municípios
e a eleição direta para presidente da República,
com mandato de cinco anos.
Tratou da saúde em seu artigo 5º inciso XV
letra “b”.
Reformas – Em 1961 sofre
importante reforma com a adoção
do parlamentarismo, posteriormente
anulada pelo plebiscito de 1963,
que restaurou o regime
presidencialista.
A CONSTITUIÇÃO DE 1967 – Promulgada pelo Congresso Nacional
durante o governo Castello Branco. Institucionalizou a ditadura do Regime
Militar de 1964.
Principais medidas– Manteve o bipartidarismo criado pelo Ato Adicional nº
2 e estabeleceu eleições indiretas para presidente da República, com mandato
de quatro anos.
Tratou da saúde em seu artigo 8º inciso XIV.
Reformas – Emenda Constitucional nº 1, de 1969, outorgada pela Junta
Militar. Incorporou, nas suas Disposições Transitórias os dispositivos do Ato
Institucional nº 5 (AI-5), de 1968, permitindo que o presidente, entre outras
coisas, fechasse o Congresso, caçasse mandatos e suspendesse direitos
políticos. Concedeu aos governos militares, completa liberdade de legislar em
matéria política, eleitoral, econômica e tributária. Na prática, o Executivo
substitui o Legislativo e o Judiciário. No período da abertura política, várias
outras emendas preparam o restabelecimento de liberdades e instituições
democráticas.
Manteve o texto da CF/67 onde tratou da saúde em seu artigo 8º inciso XIV.
FINALMENTE A CONSTITUIÇÃO DE 1988 – A sétima constituição
brasileira foi promulgada durante o governo José Sarney, ainda sobre a
comoção e luto pela perda do então Presidente da República Tancredo de
Almeida Neves, cujo falecimento ocorreu 1985. A carta política de 1988
define maior liberdade e direitos ao cidadão, reduzidos durante o Regime
Militar, viabiliza a incorporação de emendas populares e mantém o status
do Estado como república presidencialista.
Conclui-se, portanto, que esta Constituição é a guardiã dos Direitos
Individuais e Coletivos desta Nação, Pátria que zela sobremaneira pelos
princípios da Dignidade da Pessoa Humana, que zela pelos direitos e
garantias fundamentais daquele ou daquela, que busca no judiciário o
amparo, o socorro imediato a ofensa de um direito, ou a constituição de um
direito e quíça também de uma obrigação.
E traz como bem jurídico tutelado o DIREITO À SAÚDE.
Com efeito, esta ponderação encontra guarida no
pensamento do Legislador de 1.988, o qual ao
descerrar o conteúdo incipiente da vontade do poder
constituinte originário, manifestou-se, insculpindo
dentre outros fundamentos da República Federativa
do Brasil e, conseqüentemente, do Estado
Democrático de Direito implantado pela nova ordem
constitucional, a dignidade da pessoa humana, e
aliando-se a esta, veio também em proteção da
ampla defesa do Cidadão Brasileiro, cláusula pétrea
prescrita no artigo 5º inciso LV da novel política.
A constituição Federal de 1988 tratou com relevância esse tema, e
podemos observar a preocupação dos Legisladores, já na tipificação do
Artigo 1º inciso III desta Carta Política quando prima pela Dignidade da
Pessoa Humana.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal,
constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Mais adiante o mesmo Diploma Político, o
Legislador Pátrio nos brinda com a preservação “
DO SOCIAL” quando no artigo 6º prescreve que:
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde,
a alimentação, o trabalho, a moradia, o
transporte, o lazer, a segurança, a previdência
social, a proteção à maternidade e à infância, a
assistência aos desamparados, na forma
desta Constituição. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 90, de 2015).
Ainda no mesmo Diploma Político nos artigos 196 a 200, o
Legislador Constituinte tratou diretamente sobre a SAUDE, o
DEVER LEGAL DA UNIÃO, DO ESTADO E DO MUNICÍPIO
em conceder esse benefício para a Cidadã e Cidadão
Brasileiro, estendendo esse beneficio ao Cidadão
Alienígena.
Mas até o Alienígena tem esse direito?
Sim, basta que analisemos o conteúdo do artigo 5º cabeça
do Diploma Político que assim prescreve:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
Mas então o que diz o artigo 196, qual foi a idéia do
Legislador?
Simples reconhecer a saúde como direito de todos e dever
do Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de doença e de
outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações
e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado,
garantido mediante políticas sociais e econômicas que
visem à redução do risco de doença e de outros agravos e
ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para
sua promoção, proteção e recuperação.
Os artigo subseqüentes 197 a 200, norteiam a política voltada
à saúde e seus limites:
Art. 197 = Relevância Pública nas Ações e Serviços da Saúde
– ( exemplos – vacinas, mutirões de procedimentos cirúrgicos,
cataratas, vazectomia, laqueadura, prevenção odontológica,
palestras em comunidades etc ).
Determina que o Poder Público deve exercer a fiscalização e
o controle, podendo também esse controle ser exercido por
instituições não governamentais, sempre com a supervisão do
Poder Público.
DECENTRALIZAÇÃO COM DIREÇÃO
ÚNICA.
Artigo 198 – Hierarquia no Sistema da Saúde –
Descentralização com direção Única em cada
esfera do governo. ( A UNIÃO, ESTADO,
MUNICÍPIO TEM O CONTROLE A DIREÇÃO
DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NA ÁREA DA
SAÚDE, GERINDO “PER SI”, SEM SE
AFASTAR DA NORMA PRINCIPAL
ORIENTADORA CUJOS PRECEITOS ESTÃO
ELENCADOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
E SÃO FISCALIZADOS PELO PODER
PUBLICO, PELO PARTICULAR SEJA PESSOA
FÍSICA OU JURÍDICA ).
ATENDIMENTO CO-PARTICIPATIVO SOCIAL.
Atendimento integral priorizando as atividades
preventivas.
Chama a Comunidade para participar.
( INDEPENDENTE DO GOVERNO SEJA O
FEDERAL, ESTADUAL OU MUNICIPAL TER O
PERFIL NOSOLÓGICO DAQUELA COMUNIDADE,
É IMPORTANTE OUVIR A COMUNIDADE, SUAS
QUEIXAS SEUS ANSEIOS, ASSIM COMO
TAMBÉM EMPRESTAR A ELA, CURSOS,
PALESTRAS E AÇÕES PREVENTIVAS ).
A LETARGIA E O NASCIMENTO DO INPS
INSTITUTO NACIONAL DE PREVIDENCIA SOCIAL.
Artigo 199 – O Governo por sua letargia propositada $$$$$$, permitiu que
funcionários públicos de todos os escalões participassem de grandes fraudes
contra o sistema de saúde, desde o antigo INPS Instituto Nacional de Previdência
Social, órgão público previdenciário federal brasileiro criado em 1964 a partir da
fusão dos Institutos de Aposentadoria e Pensões existentes na época.
SONEGAÇÃO DE IMPOSTOS
FRAUDES EM LICITAÇÕES
DESVIOS DE VERBAS
DESLOCAMENTO DE COMPETÊNCIA POR RÚBRICAS
MAFIA DO JALECO BRANCO (CIRURGIAS E PROCEDIMENTOS
INEXISTENTES QUE ERAM COBRADOS – APROPRIAÇÃO INDÉBITA DE
MATERIAIS ETC ).
.
AUMENTO DA POPULAÇÃO
Foram algumas das causas, que contribuíram para a terceirização da obrigação do
Governo, transferindo a questão da SAUDE, para terceiros, donde então vieram os
famosos planos de saúdes, cujos proprietários estão “MILIONÁRIOS” em detrimento
de um POVO HONESTO E TRABALHADOR, QUE SE QUISER TER ACESSO A
SAÚDE, SÓ O TERÁ PAGANDO UM CONVENIO MÉDICO.
MAS O QUE RESTOU ENTÃO PARA O SUS?
PASMEM, PARECE IRÔNICO, MAS MESMO COM O DÉFICIT DE R$ 19 BILHÕES DE
REAIS, O LEGISLADOR PÁTRIO INSISTE EM MANTER OS TERMOS DO ARTIGO 200 DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL, QUE PERMANECE FIRME E FORTE, ATRIBUNDO AO
SISTEMA ÚNICO DA SAÚDE, AS SEGUINTES FUNÇÕES:
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e
participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e
outros insumos;
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do
trabalhador;
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;
V - incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico e a
inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem
como bebidas e águas para consumo humano;
VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de
substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
UÉ ?
MAS ESSE NÃO É O MESMO DAQUELE DE 1966
INSTITUIDO PELO DECRETO LEI 72/11/1966,
CUJOS MANDATÁRIOS FIZERAM E
CONTINUAM FAZENDO PARTE DO PROBLEMA
“ ROBALHEIRA”?.
ENGRAÇADO NÉ?
QUEM FINANCIA O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE?
A GROSSO MODO, EU E VOCÊ, QUANDO COMPULSÓRIAMENTE
SE NOS É RETIDO/ DESCONTADO DOS NOSSOS VENCIMENTOS
O VALOR DO INSS DO EMPREGADO.
IDÊNTICA OPERAÇÃO OCORRE COM AS EMPRESAS E
DIVERSAS OPERAÇÕES COMERCIAIS.
QUEM REGULA?
O art. 198 em seu parágrafo 1º que assim estabelece:
§ 1º O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art.
195, com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes.(Parágrafo único renumerado para § 1º pela Emenda Constitucional nº
29, de 2000)
E AS APOSTAS.
SE A GROSSO MODO QUEM FINANCIA O SISTEMASOMOS NÓS, POR QUE NÃO SE ALARDEIA OS VALORESQUE SÃO REPASSADOS PELO SISTEMA DE APOSTAS NOBRASIL?
Distribuição da arrecadação da Mega-Sena
Prêmio Total 51%
Fundo Nacional da Cultura 3%
Comitê Olímpico Brasileiro 1,7%
Comitê Paraolímpico Brasileiro 0,3%
Prêmio Bruto 46%
Imposto de Renda Federal 13,8%
Prêmio Líquido 32,2%
Seguridade Social 18,1%
Fies -Crédito Educativo 7,76%
Fundo Penitenciário Nacional 3,14%
Despesa de Custeio e Manutenção de
Serviços
20%
Tarifa de Administração 10%
Comissão dos Lotéricos 9%
FDL - Fundo Desenvolvimento das Loterias 1%
Renda Bruta 100%
Adicional para Secretaria Nacional de
Esportes
4,5%
Arrecadação Total 104,5%
O QUADRO É ESSE
Repasses desde 2006 até 2010 Total : 14,3 bilhões
Fundo de Investimento do Estudante
Superior – FIES 2,8 bilhões
Fundo Nacional da Cultura – FNC 889 milhões
Fundo Penitenciário Nacional – Funpen 941,4 milhões
Fundo Nacional de Saúde 8,93 milhões
Seguridade Social 5 milhões
Concursos Especiais (APAE e Cruz Vermelha) 2,17 milhões
INDAGAÇÕES OPORTUNAS.
Se a Constituição Federal determina que saúde é um direito
de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução do risco de
doença e de outros agravos e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção
e recuperação. ( artigo 6º da CF/88).
Então por que terceirizou a sua responsabilidade, tornando
milionários os proprietários destes Convênios Médicos,
Planos de Saúde?
E por que o Legislador banca parte deste convenio, com seus
recursos, em razão das deduções destes planos no IR,
conforme o artigo 43 da Instrução Normativa IN 15/2001?
Se a Constituição trata a saúde com um BEM JURÍDICO A
SER TUTELADO POR ELA, e elenca todas as obrigações
da União, Estado e Município, por que então Estado, em seu
dever de prestação dos serviços de saúde, muitas vezes se
desobriga-se a disponibilizar o atendimento médico-
hospitalar e odontológico, o fornecimento de todo tipo
de medicamento indicado para o tratamento de saúde, a
realização de exames médicos de qualquer natureza, o
fornecimento de aparelhos dentários, próteses, óculos,
dentre outras possibilidades????.
Como então o contribuinte beneficiário fará diante de uma
situação de desobediência do órgão à própria Constituição
que o obriga a agir de forma diferente?
EU DISSE AOS SENHORES QUE NA DÉCADA DE
60 (1964) - SURGE O INPS INSTITUTO NACIONAL
DE PREVIDENCIA SOCIAL, ÓRGÃO PÚBLICO
PREVIDENCIÁRIO FEDERAL, QUE AMEALHOU AS
CARTEIRAS DOS INSTITUTOS DE
APOSENTADORIA E PENSÕES EXISTENTES NA
ÉPOCA, UMA ESPECIE DE INTEGRALIZAÇÃO DE
ATIVO OU CAPITAL SOCIAL, UM PONTO DE
PARTIDA PARA O NOVO ÓRGÃO SOCIAL.
QUAIS ERAM ESSES INSTITUTOS?
A Lei Eloy Chaves (Decreto n° 4.682) de
1923 criou a Caixa de Aposentadoria e
Pensões para empregados de empresas
ferroviárias. Em três anos, a lei foi
estendida para trabalhadores de
empresas portuárias e marítimas.
Em 1930, Getúlio Vargas suspendeu as
aposentadorias das CAPs e promoveu
uma reestruturação que acabou por
substitui-las por Institutos de
Aposentadorias e Pensões (IAPs), que
eram autarquias de nível nacional
centralizadas no governo federal; a filiação
passou a ser por categorias profissionais.
DESSA FORMA O LEGISLADOR PÁTRIO CRIOU OS SEGUINTES
INSTITUTOS:
1933 - IAPM - Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos;
1934 - IAPC - Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários:
1934 - IAPB - Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários;
1936 - IAPI - Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários;
1938 - IPASE - Instituto de Pensões e Assistência dos Servidores do
Estado;
1938 - IAPETEC - Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Empregados
em Transportes e Cargas;
1939 - Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Operários Estivadores;
1945 - ISS - O Decreto n° 7.526, de 7 de maio de 1945, dispôs sobre a criação
do Instituto de Serviços Sociais do Brasil.
1945 - IAPTEC O Decreto-Lei n° 7.720, de 9 de julho de 1945, incorporou ao
Instituto dos Empregados em Transportes e Cargas o da Estiva e passou a se
chamar Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Estivadores e Transportes de
Cargas.
1953 - CAPFESP - Caixa de Aposentadoria e Pensões dos Ferroviários e de
Empresa do Serviço Público (Decreto nº 34.586, de 12 de novembro de 1953);
1960 - IAPFESP - Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Ferroviários e
Empregados em Serviços Públicos (Lei nº 3.807, de 26 de agosto de 1960, art.
176 - extinta a CAPFESP).
Em 1960, foi criada a Lei Orgânica de Previdência Social, unificando a legislação
referente aos institutos de aposentadorias e pensões. A esta altura, a
Previdência Social já beneficiava todos os trabalhadores urbanos. Os
trabalhadores rurais passariam a ser contemplados em 1963.
Em 1964 – Foi criada uma comissão para reformular o sistema previdenciário,
que culminou com a fusão de todos os IAPs no INPS (Instituto Nacional da
Previdência Social).
LEGISLAÇÃO PERTINENTE.
LEI 9.656/98 - COM AS ALTERAÇÕES HAVIDAS PELA
MEDIDA PROVISÓRIA 2177-44/2001, ACRESCENDO-SE
AINDA ALTERAÇÕES PELAS LEIS E DECRETOS A SABER:
12.880/2013
10.223/2001
11.935/2009
12.469/2011
13.127/2015
13.003/2014
12.764/2012
DECRETO N º 4044/2001.
RELAÇÕES HAVIDAS CONTRATUAIS OU EXTRAS CONTRATUAIS.
REGULADAS PELO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos
provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços
considerados perigosos ou nocivos;
II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos
produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade
nas contratações;
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e
serviços, com especificação correta de quantidade, características,
composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que
apresentem;
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e
serviços, com especificação correta de quantidade, características,
composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os
riscos que apresentem; (Redação dada pela Lei nº 12.741, de
2012) Vigência
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais
coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas
no fornecimento de produtos e serviços;
V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações
desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem
excessivamente onerosas;
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais,
individuais, coletivos e difusos;
VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção
ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos,
assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados;
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus
da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a
alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de
experiências;
IX - (Vetado);
X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral.
Parágrafo único. A informação de que trata o inciso III do caput deste artigo
deve ser acessível à pessoa com deficiência, observado o disposto em
regulamento. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
Art. 7° Os direitos previstos neste código não excluem outros decorrentes de tratados ou
convenções internacionais de que o Brasil seja signatário, da legislação interna ordinária, de
regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas competentes, bem como dos que
derivem dos princípios gerais do direito, analogia, costumes e eqüidade.
Parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa, todos responderão solidariamente
pela reparação dos danos previstos nas normas de consumo.
CAPÍTULO IV
Da Qualidade de Produtos e Serviços, da Prevenção e da Reparação dos Danos
SEÇÃO I
Da Proteção à Saúde e Segurança
Art. 8° Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão
riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e
previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em
qualquer hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito.
Parágrafo único. Em se tratando de produto industrial, ao fabricante cabe prestar as
informações a que se refere este artigo, através de impressos apropriados que devam
acompanhar o produto.
Art. 9° O fornecedor de produtos e serviços potencialmente nocivos ou perigosos à
saúde ou segurança deverá informar, de maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua
nocividade ou periculosidade, sem prejuízo da adoção de outras medidas cabíveis em cada
caso concreto.
Art. 10. O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo
produto ou serviço que sabe ou deveria saber apresentar alto grau de
nocividade ou periculosidade à saúde ou segurança.
§ 1° O fornecedor de produtos e serviços que, posteriormente à
sua introdução no mercado de consumo, tiver conhecimento da
periculosidade que apresentem, deverá comunicar o fato imediatamente
às autoridades competentes e aos consumidores, mediante anúncios
publicitários.
§ 2° Os anúncios publicitários a que se refere o parágrafo anterior
serão veiculados na imprensa, rádio e televisão, às expensas do
fornecedor do produto ou serviço.
§ 3° Sempre que tiverem conhecimento de periculosidade de
produtos ou serviços à saúde ou segurança dos consumidores, a União,
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão informá-los a
respeito.
Art. 11. (Vetado).
SEÇÃO II
Da Responsabilidade pelo Fato do Produto e do Serviço
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o
importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela
reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de
projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação
ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes
ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.
§ 1° O produto é defeituoso quando não oferece a segurança que dele
legitimamente se espera, levando-se em consideração as circunstâncias
relevantes, entre as quais:
I - sua apresentação;
II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
III - a época em que foi colocado em circulação.
§ 2º O produto não é considerado defeituoso pelo fato de outro de melhor
qualidade ter sido colocado no mercado.
§ 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não será
responsabilizado quando provar:
I - que não colocou o produto no mercado;
II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste;
III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
Art. 13. O comerciante é igualmente responsável,
nos termos do artigo anterior, quando:
I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o
importador não puderem ser identificados;
II - o produto for fornecido sem identificação
clara do seu fabricante, produtor, construtor ou
importador;
III - não conservar adequadamente os produtos
perecíveis.
Parágrafo único. Aquele que efetivar o
pagamento ao prejudicado poderá exercer o direito
de regresso contra os demais responsáveis, segundo
sua participação na causação do evento danoso.
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da
existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos
consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como
por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
§ 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o
consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as
circunstâncias relevantes, entre as quais:
I - o modo de seu fornecimento;
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
III - a época em que foi fornecido.
§ 2º O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas
técnicas.
§ 3° O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando
provar:
I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;
II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
§ 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será
apurada mediante a verificação de culpa.
Art. 15. (Vetado).
Art. 16. (Vetado).
Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento.
SEÇÃO III
Da Responsabilidade por Vício do Produto e do Serviço
Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem
solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao
consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da
disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem
publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a
substituição das partes viciadas.
§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir,
alternativamente e à sua escolha:
I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais
perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço.
§ 2° Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação do prazo previsto no parágrafo anterior,
não podendo ser inferior a sete nem superior a cento e oitenta dias. Nos contratos de adesão, a cláusula
de prazo deverá ser convencionada em separado, por meio de manifestação expressa do consumidor.
§ 3° O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do § 1° deste artigo sempre que, em
razão da extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder comprometer a qualidade ou
características do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial.
§ 4° Tendo o consumidor optado pela alternativa do inciso I do § 1° deste artigo, e não sendo possível
a substituição do bem, poderá haver substituição por outro de espécie, marca ou modelo diversos,
mediante complementação ou restituição de eventual diferença de preço, sem prejuízo do disposto nos
incisos II e III do § 1° deste artigo.
§ 5° No caso de fornecimento de produtos in natura, será responsável perante o consumidor o
fornecedor imediato, exceto quando identificado claramente seu produtor.
§ 6° São impróprios ao uso e consumo:
I - os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos;
II - os produtos deteriorados, alterados, adulterados, avariados, falsificados,
corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles
em desacordo com as normas regulamentares de fabricação, distribuição ou
apresentação;
III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem inadequados ao fim a
que se destinam.
Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente pelos vícios de
quantidade do produto sempre que, respeitadas as variações decorrentes de sua
natureza, seu conteúdo líquido for inferior às indicações constantes do recipiente,
da embalagem, rotulagem ou de mensagem publicitária, podendo o consumidor
exigir, alternativamente e à sua escolha:
I - o abatimento proporcional do preço;
II - complementação do peso ou medida;
III - a substituição do produto por outro da mesma espécie, marca ou modelo,
sem os aludidos vícios;
IV - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem
prejuízo de eventuais perdas e danos.
§ 1° Aplica-se a este artigo o disposto no § 4° do artigo anterior.
§ 2° O fornecedor imediato será responsável quando fizer a pesagem ou a
medição e o instrumento utilizado não estiver aferido segundo os padrões oficiais.
Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem
impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da
disparidade com as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o
consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível;
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de
eventuais perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço.
§ 1° A reexecução dos serviços poderá ser confiada a terceiros devidamente
capacitados, por conta e risco do fornecedor.
§ 2° São impróprios os serviços que se mostrem inadequados para os fins que
razoavelmente deles se esperam, bem como aqueles que não atendam as normas
regulamentares de prestabilidade.
Art. 21. No fornecimento de serviços que tenham por objetivo a reparação de qualquer
produto considerar-se-á implícita a obrigação do fornecedor de empregar componentes de
reposição originais adequados e novos, ou que mantenham as especificações técnicas do
fabricante, salvo, quanto a estes últimos, autorização em contrário do consumidor.
Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias
ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços
adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos.
Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total ou parcial, das obrigações
referidas neste artigo, serão as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os
danos causados, na forma prevista neste código.
Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre os vícios de qualidade por inadequação dos
produtos e serviços não o exime de responsabilidade.
Art. 24. A garantia legal de adequação do produto ou serviço independe de termo
expresso, vedada a exoneração contratual do fornecedor.
Art. 25. É vedada a estipulação contratual de cláusula que impossibilite,
exonere ou atenue a obrigação de indenizar prevista nesta e nas seções
anteriores.
§ 1° Havendo mais de um responsável pela causação do dano, todos
responderão solidariamente pela reparação prevista nesta e nas seções anteriores.
§ 2° Sendo o dano causado por componente ou peça incorporada ao produto
ou serviço, são responsáveis solidários seu fabricante, construtor ou importador e
o que realizou a incorporação.
rt. 46. Os contratos que regulam as relações de consumo não obrigarão os
consumidores, se não lhes for dada a oportunidade de tomar conhecimento prévio
de seu conteúdo, ou se os respectivos instrumentos forem redigidos de modo a
dificultar a compreensão de seu sentido e alcance.
Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais
favorável ao consumidor.
Art. 48. As declarações de vontade constantes de escritos particulares,
recibos e pré-contratos relativos às relações de consumo vinculam o fornecedor,
ensejando inclusive execução específica, nos termos do art. 84 e parágrafos.
Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a
contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço,
sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer
fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a
domicílio.
Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito de
arrependimento previsto neste artigo, os valores eventualmente pagos, a
qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato,
monetariamente atualizados.
Art. 50. A garantia contratual é complementar à legal e será conferida
mediante termo escrito.
Parágrafo único. O termo de garantia ou equivalente deve ser
padronizado e esclarecer, de maneira adequada em que consiste a
mesma garantia, bem como a forma, o prazo e o lugar em que pode ser
exercitada e os ônus a cargo do consumidor, devendo ser-lhe entregue,
devidamente preenchido pelo fornecedor, no ato do fornecimento,
acompanhado de manual de instrução, de instalação e uso do produto em
linguagem didática, com ilustrações.
SEÇÃO II
Das Cláusulas Abusivas
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas
contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:
I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do
fornecedor por vícios de qualquer natureza dos produtos e serviços ou
impliquem renúncia ou disposição de direitos. Nas relações de consumo
entre o fornecedor e o consumidor pessoa jurídica, a indenização poderá
ser limitada, em situações justificáveis;
II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da quantia já
paga, nos casos previstos neste código;
III - transfiram responsabilidades a terceiros;
IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que
coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam
incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade;
V - (Vetado);
VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do consumidor;
VII - determinem a utilização compulsória de arbitragem;
VIII - imponham representante para concluir ou realizar outro negócio
jurídico pelo consumidor;
IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o contrato,
embora obrigando o consumidor;
X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variação do
preço de maneira unilateral;
XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato unilateralmente,
sem que igual direito seja conferido ao consumidor;
XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrança de sua
obrigação, sem que igual direito lhe seja conferido contra o fornecedor;
XIII - autorizem o fornecedor a modificar unilateralmente o conteúdo
ou a qualidade do contrato, após sua celebração;
XIV - infrinjam ou possibilitem a violação de normas ambientais;
XV - estejam em desacordo com o sistema de proteção ao consumidor;
XVI - possibilitem a renúncia do direito de indenização por
benfeitorias necessárias.
§ 1º Presume-se exagerada, entre outros casos, a vantagem que:
I - ofende os princípios fundamentais do sistema jurídico a que
pertence;
II - restringe direitos ou obrigações fundamentais inerentes à
natureza do contrato, de tal modo a ameaçar seu objeto ou equilíbrio
contratual;
III - se mostra excessivamente onerosa para o consumidor,
considerando-se a natureza e conteúdo do contrato, o interesse das
partes e outras circunstâncias peculiares ao caso.
§ 2° A nulidade de uma cláusula contratual abusiva não invalida o
contrato, exceto quando de sua ausência, apesar dos esforços de
integração, decorrer ônus excessivo a qualquer das partes.
§ 3° (Vetado).
§ 4° É facultado a qualquer consumidor ou entidade que o
represente requerer ao Ministério Público que ajuíze a
competente ação para ser declarada a nulidade de cláusula
contratual que contrarie o disposto neste código ou de
qualquer forma não assegure o justo equilíbrio entre direitos
e obrigações das partes.
Art. 52. No fornecimento de produtos ou serviços que
envolva outorga de crédito ou concessão de financiamento
ao consumidor, o fornecedor deverá, entre outros requisitos,
informá-lo prévia e adequadamente sobre:
REGULADAS PELO CÓDIGO CIVIL – ARTIGOS 186, 187, 927,
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a
tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo,
excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social,
pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que
recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exeqüível.
Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor,
resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos.
Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-
lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da
indenização cabível.
Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de
autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois
ressarcido.
Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da
função social do contrato.
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como
em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.
Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias,
dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.
Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia
antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio.
Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas
neste Código.
Art. 426. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva.
Art. 593. A prestação de serviço, que não estiver sujeita às leis trabalhistas ou a lei especial,
reger-se-á pelas disposições deste Capítulo.
Art. 594. Toda a espécie de serviço ou trabalho lícito, material ou imaterial, pode ser
contratada mediante retribuição.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a
repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos
casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do
dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele
responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser eqüitativa, não terá
lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso
do inciso II do art. 188, não forem culpados do perigo,
assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que
sofreram.
Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo
ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor do
dano ação regressiva para haver a importância que tiver
ressarcido ao lesado.
Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele
em defesa de quem se causou o dano (art. 188, inciso I).
Art. 931. Ressalvados outros casos previstos em lei
especial, os empresários individuais e as empresas
respondem independentemente de culpa pelos danos
causados pelos produtos postos em circulação.
Art. 932.
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em
sua companhia;
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas
mesmas condições;
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e
prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde
se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus
hóspedes, moradores e educandos;
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime,
até a concorrente quantia.
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade
da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, eqüitativamente, a indenização.
Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações:
I - no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família;
II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a
duração provável da vida da vítima.
Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das
despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de
algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.
Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício
ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das
despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão
correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele
sofreu.
Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a indenização seja arbitrada e
paga de uma só vez.
Art. 951. O disposto nos arts. 948, 949 e 950 aplica-se ainda no caso de indenização devida
por aquele que, no exercício de atividade profissional, por negligência, imprudência ou
imperícia, causar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo
para o trabalho.
CONTINHA RÁPIDA?
55.208.000,00 X 700,00 = 38.645.600.000,00
( TRINTA E OITO BILHÕES SEISCENTOS E
QUARENTA E CINCO MILHÕES E
SEISCENTOS MIL REAIS ).
O QUE VOCÊ ENCHERGA NESSES
NÚMEROS?
DUAS VEZES O VALOR DO ROMBO DO
SUS.
TA BOM PARA VOCÊ OU QUER MAIS?
Material exclusivo do Prof. Dr. José Jaime do Valle
FACULDADE LEGALE – PÓS GRADUAÇÃO DIREITO MÉDICO
TURMA SÁBADO
Atenção Senhores alunos, autorizo a reprodução, xerox, re-xerox, zap
zap trip-zap.
USE E ABUSE.
CONTATOS
[email protected] – FONE
011.98755.0412 011 3159.0002.