faculdade finom patos de minas antonio carlos pereira · frequentadores, as condições mínimas de...

77
FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS EM CASAS DE SHOWS PATOS DE MINAS - MG 2017

Upload: others

Post on 06-Jul-2020

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS

ANTONIO CARLOS PEREIRA

IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA

INCÊNDIOS EM CASAS DE SHOWS

PATOS DE MINAS - MG

2017

Page 2: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

ANTONIO CARLOS PEREIRA

IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA

INCÊNDIOS EM CASAS DE SHOWS

Trabalho apresentado como requisito para aprovação na

Disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II,

ministrada no Curso de Engenharia Civil da Faculdade

FINOM – Patos de Minas.

Orientador: Prof. Esp. Éder Lopes do Couto

PATOS DE MINAS - MG

2017

Page 3: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação

Inserir aqui a ficha gerada a partir do Sistema de Geração Automática de Fichas

Catalográficas, disponível no endereço da instituição

Page 4: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

ANTONIO CARLOS PEREIRA

IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS EM CASAS DE SHOWS

Trabalho de conclusão apresentado a Faculdade Finom Patos de Minas, como parte das exigências para a obtenção do título de graduação em Engenharia Civil.

Patos de Minas, __ de _______de _____.

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________

Prof. Esp. Éder Lopes do Couto

__________________________________________

Prof. Rafael Cavalcante Soto

__________________________________________

Prof. Msc. Álisse Cristina

Page 5: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

Aos alunos e professores do Curso de

Engenharia Civil da Faculdade Finom de

Patos de Minas.

Page 6: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

Agradeço a Deus pela dádiva da vida, saúde e proteção espiritual.

À Faculdade Finom de Patos de Minas, ao corpo docente, direção, administração e

colaboradores por promover o crescimento intelectual, abrir novos horizontes e

colaborar para a habilitação de um novo profissional na área da construção civil.

Ao meu orientador Prof. Esp. Éder Lopes do Couto, pela sua dedicação,

conhecimento dispensado para tratar do assunto, pelo incentivo e disposição em

colaborar para o desenvolvimento do projeto.

À minha esposa e filha pela compreensão, companheirismo, confiança, e apoio às

horas difíceis e corridas.

À minha família que sempre me apoiou em todas as minhas decisões e caminhadas.

E a todos os amigos que, direta ou indiretamente, lançaram mão do seu

conhecimento e contribuíram para minha formação profissional.

Page 7: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

Que os vossos esforços desafiem as

impossibilidades, lembrai-vos de que as

grandes coisas do homem foram

conquistadas do que parecia impossível.

(Charles Chaplin)

Page 8: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Triangulo do

fogo.................................................................................

15

Figura 2 – Projeto de incêndio salão de

festas.....................................................

30

Figura 3 – Legenda do projeto de incêndio do salão de

festas.......................

31

Figura 4 – Portas de saída dotadas de barra

antipânico...................................

34

Figura 5 – Luminária de

emergência..................................................................

36

Figura 6 – Disposição das

luminárias...................................................................

37

Figura 7 –Sinalização M-

1....................................................................................

38

Figura 8 – Sinalização de

saída............................................................................

39

Figura 9 – Sinalização de

orientação....................................................................

40

Figura 10 – Sinalização de

equipamentos............................................................

41

Figura 11 – Extintor de

incêndio...........................................................................

45

Figura 12 - Organograma de brigada de

incêndio.................................................

49

Figura 13 – Pesquisa de

campo...........................................................................

56

Page 9: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Coloração da

chama.............................................................................

18

Tabela 2 – Medidas de proteção conforme tipo de edificação.............................. 25

Tabela 3– Classificação das edificações quanto a ocupação................................ 27

Tabela 4 – Dados para dimensionamento da

saída...............................................

32

Tabela 5 – Cálculo

populacional.............................................................................

33

Tabela 6– Cálculo da saída de

emergência............................................................

33

Tabela 7 – Classe de

incêndio................................................................................

42

Tabela 8 – Seleção do agente extintor conforme classe de incêndio.................... 42

Tabela 9 – Carga de

incêndio.................................................................................

44

Tabela 10 – Carga de incêndio em [MJ/m2] por subgrupos................................... 44

Tabela 11– Plano de intervenção de

incêndio........................................................

48

Tabela 12 – Brigada de

incêndio............................................................................

49

Tabela 13 – Classes de

materiais...........................................................................

51

Tabela 14 – Classificação de revestimento de piso............................................... 51

Tabela 15 – Quadro resumo de controle de materiais de acabamento................. 52

Page 10: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CBMMG- Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais

CF- Constituição Federal

CREA- Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura

IPT- Instituto de Pesquisas Tecnológicas

IT- Instrução Técnica

JICA- Japan International Cooperation Agency

MCILC - Manual de Combate a Incêndios em Local Confinado

NB- Norma Brasileira

NBR- Norma Brasileira De Regulamentação

NR- Norma Regulamentadora

PSCIP- Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico

Page 11: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

LISTA DE ANEXOS

ANEXO A - AUTORIZAÇÃO..................................................................................... 67

ANEXO B - PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE DADOS.................................... 68

ANEXO C - PLANO DE ABANDONO/FUGA........................................................... 72

Page 12: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 12

2 INCÊNDIOS - ORIGEM........................................................................................... 14

2.1 Definição............................................................................................................ 15

2.2 Formas de propagação o fogo..........................................................................

16

2.3 Temperatura do fogo.........................................................................................

17

2.4 Formas de extinção do fogo..............................................................................

18

3 INCÊNDIOS EM EDIFICAÇÕES............................................................................

20

3.1 Regulamentação da proteção contra incêndios..............................................

21

3.2 Regulamentação no estado de Minas Gerais..................................................

22

3.3 Sistemas de proteção contra incêndio.............................................................

23

4 PROJETO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO DA EDIFICAÇÃO.......................................................................................................

26

4.1 Dados da edificação..........................................................................................

26

4.2 Sistema de proteção da edificação...................................................................

26

4.2.1 Saídas de emergência......................................................................................

28

4.2.2 Iluminação de emergência................................................................................

35

4.2.3 Sinalização de emergência...............................................................................

37

4.2.4 Extintores de incêndio.......................................................................................

41

4.2.4.1 Sistema de proteção por extintores da edificação.................................. 43

4.2.5 Plano de intervenção de incêndio.....................................................................

46

4.2.6 Brigada de incêndio..........................................................................................

46

4.2.6.1 Brigada de incêndio da casa de shows..........................................................

48

4.2.7 Controle de materiais de acabamento..............................................................

50

4.2.7.1 Controle de materiais de acabamento da casa de shows............................ 52

5 IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO EM BOATES...............................................................................................................

54

Page 13: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

5.1 Resultados obtidos na análise.........................................................................

56

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................... 58

REFERÊNCIAS......................................................................................................... 60

APÊNDICE A - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS......................................

65

Page 14: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

12

1 INTRODUÇÃO

Em meio a tantos desastres ocorridos no Brasil e no mundo, surge a

necessidade de buscar conhecimento acerca de um tipo de acidente que mata

milhares de pessoas e sempre que este acontece, traz prejuízos e danos

irreparáveis à sociedade como um todo.

Segundo a Norma Brasileira de Regulamentação- NBR 13860 (1997, p. 07),

“incêndio é o fogo sem controle”. Os incêndios são conceituados por vários autores

como fogo descontrolado, que ao atingir algum material combustível produz a chama

que se propaga e irradia calor por todo o ambiente atingindo outros materiais e

tomando grandes e incontroláveis proporções, caso não se disponha de um sistema

de combate a incêndios na edificação, como extintores, sistema de hidrantes,

chuveiros automáticos, entre outros, para a atuação imediata ao início do foco.

Este trabalho direciona-se ao estudo do sistema de proteção contra incêndios

de uma casa de shows, visando analisar o sistema de proteção adotado, sua

eficiência, exigência em norma regulamentadora, métodos de elaboração do

sistema, detalhamento de instalação dos sistemas de proteção em

planta,conformidade com a norma, dimensionamento do sistema, influência na

operação do sistema por pessoa não habilitada, quantidade de público máxima

admitida no recinto, condições estruturais do prédio, entre outros relevantes para o

estudo.

De acordo com Goelzer e Lima, (2013, p. 20), “a antecipação de possíveis

riscos, com o objetivo de evitá-los, já na fase de concepção de qualquer local de

trabalho, é o ideal”. Contudo, isso só é possível de se concretizar, quando se

realizaum estudo prévio etraça-se o planejamento do que se pretende fazer.

Serão coletados procedimentos referentes à execução dessa medida de

proteção na edificação, tais como: projeto arquitetônico da edificação, de combate a

incêndio, normatécnica utilizada, cálculos exigidos, método utilizado para escolha do

sistema adequado, entre outros.

Para o entendimento do projeto de segurança elaborado para a edificação,

serão utilizadas obras já dedicadas ao assunto no Brasil, legislações estaduais e

federais que tratam da prevenção de incêndio e da segurança em edificações.

Esta pesquisa tem por objetivo analisar a importância do sistema de proteção

contra incêndios de uma casa de shows para os usuários, visto que estes locais

Page 15: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

13

apresentam grande aglomeração de pessoas, e que quando estes acontecem

causam destruição do patrimônio e alto índice de mortalidade.

Especificamente, espera-se verificar se a casa de shows oferece, a seus

frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela

norma; analisar se os profissionais de segurança do local possuem qualificação

técnica referente a atuação em caso de emergência e verificar o conhecimento dos

usuários em relação aos sistemas de proteção contra incêndio.

Page 16: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

14

2 INCÊNDIOS- ORIGEM

Desde os primórdios da humanidade o homem vem buscando conhecer e

dominar um dos elementos essenciais à sua sobrevivência: o fogo. Este era obtido

por formas bastante rudimentares como fricção de pedras e gravetos de madeira ao

qual se obtinha certo domínio, e era utilizado de acordo com suas necessidades,

como preparo de alimentos, aquecimento da água, etc.

A Prevenção e Combate a Incêndios surgiu já na pré-história, quando o homem começou a utilizar o fogo para as mais variadas atividades: aquecimento, preparo de alimentos, têmpera de metais, etc. Durante sua evolução, constatou-se que os seres humanos sempre tentaram dominar as forças da natureza. (GOMES, 2014, P. 14).

O homem buscava controlar o fogo para sua própria subsistência, no entanto

o fogo obtido através de raios e vulcões atingia grandes proporções, destruindo tudo

ao seu alcance, e este sempre foi um grande desafio durante milhares de anos, até

mesmo por se acreditar que os deuses se manifestavam por meio desse tipo de

fenômeno sendo, nesse sentido, bastante respeitado pelo homem.

O homem sempre quis dominar o fogo. Durante milhares de anos, ao bater uma pedra contra outra, gerava uma faísca que, junto a gravetos, iniciava uma fogueira. Ele controlava a ignição. Entretanto não controlava o fogo, que vinha de relâmpagos e vulcões. Esses fenômenos eram associados à ira dos deuses, verdadeiro castigo do céu. O próprio fogo era venerado na antiguidade.(SEITO, et. Al,2008, P. 09).

O fogo dominado pelo homem, passou a ser uma importante ferramenta para

o avanço da tecnologia, entretanto, devido a sua característica destruidora, e a

capacidade de oxidação imediata, ou seja, a capacidade de se produzir chama

através de diversas substâncias naturais, surgiu então a necessidade de se

conhecer suas características e comportamentos em relação aos diversos fatores

que o influenciam.

Com passar do tempo veio o crescimento das cidades e a prosperidade industrial, intensificou-se e concentrou-se muito o uso de fontes de energia, construiu-se cada vez mais alto e os riscos consequentes para a segurança nem sempre foram considerados. (PEREIRA, 2009, p. 110).

Page 17: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

15

2.1 Definição

Para Seito et al (2008, p. 35), “apesar dos grandes avanços na ciência do

fogo, ainda não há consenso mundial para a definição de fogo”. A NBR-13860

(1997, p.06), traz em seu texto o conceito de que“o fogo é o processo de

combustãocaracterizado pela emissão de calor e luz”.

Segundo Brentano (2005, p. 39) “Para que haja a ocorrência do fogo é

preciso que haja a combinação simultânea de três elementos essenciais: material

combustível, comburente e uma fonte de calor, formando assim o triângulo do fogo”.

Assim sendo, para explicar os componentes da cadeia de combustão, foi

criada a teoria conhecida como Triângulo do Fogo, que consiste em uma figura

geométrica plana composta por três lados. Cada lado representa um elemento

essencial para que haja a chama: comburente, combustível e fonte de calor,

elementos estes que devem permanecer ligados entre si para que a reação

aconteça. Caso algum dos elementos se esgote o processo se extinguirá. A figura a

seguir ilustra o Triângulo do Fogo.

Figura 1 - Triângulo do Fogo

Fonte: Seito (2008)

Combustível é todo material capaz de produzir chamas, e alimentar o fogo

fazendo com que este se alastre por toda sua superfície de contrato. Os

combustíveis podem ser sólidos, líquidos e gasosos.

Page 18: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

16

O combustível é toda a matéria suscetível de queima. É o elemento que alimenta o fogo e serve de campo para sua propagação. Os combustíveis podem ser sólidos (madeira, papel, etc.), líquidos (gasolina, álcool, etc.) ou gasosos (gás metano, gás liquefeito de petróleo (GLP), etc.).(BELTRAMI; STUMM, 2012, p. 18).

De acordo com Brentano (2005, p. 40) ” O comburente, geralmente o oxigênio

do ar, que é o agente químico que ativa e conserva a combustão combinando-se

com os gases ou vapores do combustível, formando uma mistura que é inflamável”.

Logo, o oxigênio é o elemento responsável por estabelecer a ligação entre o

combustível e a fonte de calor que provocará a reação em cadeia.

Conforme Silva (2011, p. 20) “Calor é uma forma de energia que provoca a

liberação de vapores dos materiais. O calor exerce influência fundamental tanto para

o início como para a manutenção da queima”. Essa fonte de calor pode ser obtida

através de uma chama, uma centelha elétrica, explosão, etc.

Ainda de acordo com Silva (2011, p. 20) “ Combustão (reação em cadeia) é

toda a reação química que há entre uma substância qualquer (combustível) e o

oxigênio do ar (comburente) na presença de uma fonte de calor”. Devido a essa

reação em cadeia, o Triângulo do Fogo passou a ser chamado de Tetraedro do

Fogo, devido ao fato de que os três elementos ligados entre si transferem calor de

molécula para molécula, produzindo uma combustão contínua até que algum

elemento se acabe.

2.2Formas de propagação do fogo

Quando acontece a ignição do fogo, dá-se início ao processo de propagação

das chamas ao qual irá influenciar diretamente na quantidade de reação produzida,

ou seja, quanto maior a condição de alastramento das chamas maior será a

proporção de combustível oxidado. Iniciado o processo de queima do combustível, a

transmissão da energia dar-se-á por condução, irradiação ou convecção.

De acordo com Neto (1995, p. 25) “O calor se propaga de três maneiras

distintas: condução, convecção e irradiação”.

Por condução, Neto Afirma que o fogo se propagará através do contato entre

as moléculas ou de material em material. Por irradiação a calorimetria é transmitida

através do espaço, sem o contato físico, apenas pelas ondas de calor. Já por

Page 19: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

17

convecção uma massa gasosa se deslocará do local atingido pelas chamas em

direção a outros locais transportando uma quantidade de calor muito elevada,

fazendo com que os materiais combustíveis existentes alcancem seu ponto de

combustão originando assim um novo foco de incêndio.

2.3 Temperatura do fogo

Segundo Neto (1995, p. 27) “Os materiais, antes de combustão completa

passam por três fases de importância para entendimento do processo do incêndio”.

Estas fases são importantes para que se obtenha a chama, são elas: ponto de

fulgor, ponto de combustão e temperatura de ignição.

Ponto de fulgor é a temperatura mínima necessária para que o material

combustível desprenda gases inflamáveis que em contato com o oxigênio e na

presença de uma chama comece a se incendiar, porém a chama não se mantém

devido a quantidade de vapores liberados ser ainda muito pequena.

Já o ponto de combustão acontece como o ponto de fulgor, e a devido a

temperatura atingida ser maior, consequentemente a liberação dos gases

inflamáveis também será maior e suficiente para manter o fogo mesmo com a

retirada da fonte de ignição.

A temperatura de ignição é aquela em que os gases desprendidos do

combustível se incendeiam apenas pela presença de oxigênio, independentemente

de qualquer fonte de chama.

Segundo o Manual de Combate a Incêndios em Local Confinado- MCILC,

(2006, p.20) “ Quando um combustível se queima, este se submete a uma mudança

química resultando em 04 (quatro) produtos: fluidos (gases e líquidos), chama, calor

e fumaça”.

Os fluidos resultantes da queima do material são formados pela composição

química do combustível, a temperatura que o fogo atinge e a porcentagem de

oxigênio consumida na reação. Nos incêndios apesar de se atingir grande

calorimetria, apenas parte do carbono é oxidada e produz o monóxido de carbono

(CO), que, devido a sua abundancia, é o maior causador de morte por asfixia, além

dos outros gases produzidos na reação.

A chama produzida é radiante e apresenta coloração variável de acordo com

a temperatura, que aumenta conforme a quantidade de material combustível

Page 20: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

18

disponível no ambiente. A tabela a seguir indica a coloração da chama de acordo

com a temperatura atingida.

Tabela 01 – Coloração da chama

Coloração Temperatura

Vermelho 500 ºC

Vermelho pálido 1000 ºC

Amarelo alaranjado 1200 ºC

Amarelo esbranquiçado 1300 ºC

Branco brilhante 1400 ºC

Fonte: MCILC (2006)

De Acordo com o MCILC, A fumaça é um dos produtos resultantes de uma

combustão incompleta, e é composta por dióxido de carbono (CO2), oxigênio (O2),

nitrogênio (N2), monóxido de carbono (CO), partículas de fuligem e outros produtos

liberados do material. Devido a sua temperatura elevada, tende a se movimentar no

sentido vertical para cima ou ser conduzida pela corrente de ar presente na

atmosfera.

Por conter diversas substâncias em sua composição, a fumaça é altamente

nociva ao ser humano, podemos citar como exemplo o monóxido de carbono (CO),

que é formado a partir da combustão de alguns materiais utilizados na construção

civil, e está presente em todos os incêndios. É obtido pela queima de materiais

combustíveis como madeira, tecidos, plásticos, líquidos inflamáveis, gases

combustíveis, etc.

Segundo Seito et al, (2008, p. 52) “A concentração máxima de monóxido de

carbono que uma pessoa pode se expor sem sentir seu efeito é de 50 ppm (parte

por milhão) ou 0,005%, em volume no ar”. Quantidades acima dessa porcentagem

podem causar dor de cabeça, náuseas, tonturas e até a morte.

2.4 Formas de extinção do fogo

Page 21: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

19

Para que ocorra o fogo, é necessário que vários elementos estejam ligados

entre si por meio de uma reação em cadeia, como já vimos, esse processo é

denominado tetraedro do fogo. Para que se consiga quebrar essa reação e apagar a

chama produzida, basta se extinguir um dos componentes da reação, ou seja, se a

reação em cadeia do combustível, comburente e agente ígneo, tiver um único de

seus elementos retirados da cadeia a chama deixará de existir.

A quebra da reação pode acontecer de pela retirada de material combustível,

resfriamento e abafamento.

A retirada de material é a forma mais simples de se extinguir o incêndio, onde

o material que ainda não entrou em combustão é retirado e o fogo se extingue. O

resfriamento consiste em diminuir a temperatura do material, fazendo com que a

liberação dos gases inflamáveis seja reduzida ao ponto da combustão não se

manter devido ao baixo teor de gás combustível. O principal agente utilizado no

resfriamento é a água.

A água é o agente extintor que proporciona a melhor absorção de calor, sendo que o efeito extintor pode ser aumentado ou diminuído, conforme o estado em que é dirigida sobre o fogo. Pode agir quanto ao método de extinção por: resfriamento, abafamento e emulsificação. (SEITO, et al, 2008, p. 255).

Já o método de extinção por abafamento, resume-se em restringir o contato

do material combustível com o oxigênio, que conforme sua quantidade vai

diminuindo, a combustão vai se tornando mais lenta, ao ponto que abaixo de 8% de

oxigênio a reação não acontece.

Page 22: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

20

3 INCÊNDIOS EM EDIFICAÇÕES

Apesar da engenharia de construção civil no Brasil adotar uma forma

construtiva que utiliza pouco material combustível, como a madeira, por exemplo, as

maiores incidências de incêndios acontecem em edificações.

As ocorrências, mais frequentes de incêndio, tanto pequenas como grandes, são nas edificações residenciais, sendo que alguns exemplos de início de ignição verificam-se em: vazamento de gás de botijões com explosões, curtos-circuitos em instalações elétricas por excesso de carga, manuseio de explosivos e outros produtos perigosos em locais não adequados, esquecimento de ferro de passar roupa, fogões e eletrodomésticos ligados, entre outros. (FERNANDES, 2010, p. 13).

A preocupação com relação aos incêndios em edificações já existe a muitas

décadas, porém os primeiros estudos direcionados ao assunto aconteceram

somente a partir da década de 70, com o apoio da Japan International Cooperation

Agency (JICA), foi implantado o laboratório de segurança contra incêndios no

Instituto de Pesquisas Tecnológicas- IPT em São Paulo, e um Laboratório de

Investigação Científica e Incêndio em Brasília- DF.

A implantação dos laboratórios se deu devido aos grandes incêndios

ocorridos na época que vitimaram milhares de pessoas e destruíram várias

edificações, como foi o caso do incêndio ocorrido em 24 de fevereiro de 1972, no

Edifício Andraus na cidade de São Paulo.

Segundo Negrisolo (2011, p. 45) “O primeiro grande incêndio em prédios

elevados ocorreu em 24 de fevereiro de 1972, no Edifício Andraus, na cidade de São

Paulo. Do incêndio resultaram 352 vítimas, sendo 16 mortos e 336 feridos”. Foi

necessário acontecer uma grande catástrofe para que as autoridades se atentassem

para a segurança contra incêndios no Brasil.

Page 23: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

21

Na década de 70 iniciou-se no Brasil os primeiros estudos relativos à segurança contra incêndio, tendo sido implantado o laboratório de segurança contra incêndios no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) do Estado de São Paulo, patrocinado pela JICA - Japan International Cooperation Agency, que resultou em instalações de ensaios de fumaça e teste materiais frente ao fogo, sendo este uma referência em nível nacional. (FERNANDES, 2010, p. 12).

Page 24: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

22

3.1Regulamentação da proteção contra incêndios

Foi a partir dos grandes desastres que as autoridades federais, estaduais e

municipais começaram a se manifestar com relação a forma de construção,

planejamento das cidades, reestruturação dos Corpos de Bombeiros e reformulação

da legislação.

Foram criados diversos comitês, simpósios e manifestações técnicas com o

intuito de se explanar e buscar soluções de como agir em tal situação e como se

evitá-la. Foi dado aos governantes dos Estados o poder de criação das suas

próprias diretrizes e normas para regulamentação da proteção contra incêndios.

Em 1974, foi a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), criou a

Norma Brasileira- NB 280, que trata de Saída de emergência em edifícios altos, e o

Ministério do Trabalho, visando uma adequação na segurança do trabalho criou a

Norma Regulamentadora NR-23 que trata da proteção contra incêndios em local de

trabalho.

Por ser recente a abordagem à prevenção de incêndios no país, muitas

edificações foram e ainda são construídas sem os parâmetros da legislação

brasileira, e por esse motivo cada estado, concomitante com o Plano Diretor de cada

município, elabora sua legislação de segurança, estabelecendo critérios a serem

observados na construção de edificações no Estado.

Conforme prevê a Constituição Federal- CF/88 em seu artigo 144, o Corpo de

Bombeiros é o órgão responsável pela segurança das edificações no que tange a

prevenção de incêndios.

Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: I - polícia federal; II - polícia rodoviária federal; III - polícia ferroviária federal; IV - polícias civis; V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. (CF/88, p. 93).

Page 25: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

23

3.2 Regulamentação no estado de Minas Gerais

Fundamentando-se na Constituição do Estado de Minas Gerais, em

19/12/2001, o Executivo estadual sancionou a Lei 14.130/2001, a qual entrou em

vigor em 20/12/2001 com o principal objetivo de normatizar os quesitos sobre a

prevenção contra incêndio e pânico no Estado. Neste sentido, o artigo 1º da lei em

comento edita:

Art. 1º A prevenção e o combate a incêndio e pânico em edificação ou espaço destinado a uso coletivo no Estado serão feitos com a observância do disposto nesta lei. Parágrafo único: Consideram-se edificação ou espaço destinado a uso coletivo, para os fins desta lei, os edifícios ou espaços comerciais, industriais ou de prestação de serviços e os prédios de apartamentos residenciais (LEI 14.130/2001 p. 03).

Posteriormente, foi criado o Decreto 44.746 em 29 de fevereiro de 2008 para

regulamentar a Lei 14130/2001, com a finalidade de regulamentar a segurança

contra incêndio e pânico nas edificações e áreas de risco do Estado de Minas

Gerais. Consoante ao decreto são utilizadas várias Instruções Técnicas normativas

para explicar e exemplificar as diversas maneiras de apresentação dos sistemas de

proteção.

Por esta lei, todas as edificações de uso coletivo e fins comerciais no Estado

devem dispor-se de um sistema de proteção contra incêndios. Para atender as

exigências no que diz respeito a prevenção contra incêndio no Estado de Minas

Gerais, é necessário que o responsável/proprietário pela edificação elabore um

Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico (PSCIP).

Esse processo se resume em um conjunto de documentos elaborado por um

Responsável Técnico (Engenheiro Civil, Engenheiro de Segurança no Trabalho ou

Arquiteto), devidamente capacitado e com registro no Conselho Regional de

Engenharia e Arquitetura-CREA, que traz em sua composição o sistema de proteção

contra incêndios adotado para a edificação, de acordo com a legislação do Estado.

De acordo com Fernandes, (2005, p. 45) “A principal finalidade de um projeto

de proteção contra incêndio é limitar a extensão do fogo à menor área possível. É

preciso impedir que o fogo se propague de um ambiente para outro ou de andar

para andar”.

Page 26: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

24

O projeto engloba várias medidas de proteção as quais são exigências da

norma, e cada edificação possui sua particularidade e um sistema preventivo próprio

conforme as características físicas e funcionais da edificação.

3.3 Sistemas de proteção contra incêndio

O sistema de proteção contra incêndios de uma edificação é composto por

diversas medidas de segurança, instaladas para assegurar a vida humana e o bem

material.

Medidas de proteção passivas são aquelas implementadas na edificação por

meio do projeto arquitetônico e de projetos complementares (hidráulico, elétrico,

etc.), com o objetivo de reduzir a possibilidade de ocorrência de incêndios, e caso

estes aconteçam, evitar sua propagação para outras edificações. Abaixo estão

descritos exemplos de medidas de proteção passivas e suas respectivas

características conforme Instrução Técnica (IT) 02- Terminologia da Proteção Contra

Incêndio e Pânico do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais-CBMMG:

• Afastamento entre edificações: é a distância ou a proteção entre uma edificação e

outra;

• Segurança estrutural das edificações: é a característica de resistência ao fogo dos

materiais construtivos por um determinado período de tempo;

• Compartimentações horizontais e verticais: é a disposição construtiva do prédio

afim de se impedir a propagação do incêndio nos sentidos horizontal e vertical;

• Controle da fumaça de incêndio; consiste em meios de extração da fumaça e do

calor do ambiente, estes meios podem ser por dutos de ventilação, portas,

janelas, etc.;

• Controle dos materiais de revestimento e acabamento: estabelece parâmetros

para utilização de materiais de acabamento e revestimento em edificações, afim

de se restringir a propagação das chamas e produção de fumaça;

• Saídas de emergência: propõe a elaboração de uma rota de saída eficiente e

eficaz aos usuários da edificação;

• Brigada de incêndio: equipe treinada para atuar em caso de emergência;

• Acesso das viaturas do corpo de bombeiros junto à edificação: local destinado ao

Page 27: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

25

estacionamento de viaturas para a realização de manobras de combate a

incêndios.

Já as medidas de proteção ativas são os equipamentos que se dispõe à

edificação para extinção do foco, ou do incêndio propriamente dito, por meio manual

ou automático, ou controlá-lo até se extinguir por si só.

As medidas de proteção ativa vêm a complementar as medidas de proteção passiva, apresentadas ao longo deste texto, sendo compostas basicamente de equipamentos e instalações prediais que serão acionadas em caso de emergência, de forma manual ou automática, usualmente não exercendo nenhuma função em situação normal de funcionamento da edificação. (SEITO et al, 2008, p.30).

Segue a descrição das medidas de proteção ativas conforme a IT-02 e sua

respectiva classificação.

• Sistema de detecção e alarme de incêndio: sistema composto por um sinal sonoro audível em toda edificação, que indica um incêndio;

• Sistema de sinalização de emergência: referente a sinalização visual para orientação da população em relação a localização das medidas de proteção

ativas e saídas da edificação;

• Sistema de iluminação de emergência: iluminação destinada a clarear a parte interna do prédio em caso de falta de energia ou seu desligamento;

• Sistema de extintores de incêndio: recipiente cilíndrico e portátil, carregado com agentes (água, pó químico, gás carbônico), capaz de extinguir princípios de

incêndio.

• Sistema de hidrantes ou mangotinhos: sistema hidráulico composto de tubulação com água pressurizada utilizado para combater incêndios.

• Sistema de chuveiros automáticos (“sprinklers”): equipamentos instalados em uma tubulação de água, os quais possuem um dispositivo que se rompe com o

aquecimento da temperatura, liberando água em forma de chuveiro no local sob

seu raio de atuação.

• Sistema de gases limpos ou CO2: agentes extintores gasosos, inofensivos a natureza e a camada de ozônio, utilizados em locais com equipamentos

energizados onde não se deve utilizar água para combate ao incêndio.

Page 28: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

26

A IT-01- Procedimentos Administrativos, classifica cada edificação

(residencial, comercial, hospitais, etc.) em grupos, cada grupo recebe uma sigla (A,

B, C, D, E, F, etc.), e de acordo com a área e altura do prédio, para cada grupo é

especificado um tipo de medida de proteção conforme tabela a seguir.

Tabela 02: Medidas de proteção conforme tipo de edificação

Fonte: Adaptado de CBMMG (2015).

Page 29: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

27

4 PROJETO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO DA EDIFICAÇÃO

Mediante a autorização da engenheira civil Maria Cristina Tolentino Pereira,

CREA: 69385-D/MG, responsável pelo Projeto de Segurança Contra Incêndio e

Pânico da Boate Prime, situada na Avenida Marabá, 422,Alto Caiçaras, Patos de

Minas/MG, conforme documento em anexo, iremos analisar o projeto de segurança

da edificação em tela, afim de se verificar o sistema de proteção adotado, bem como

seu funcionamento, expondo a disposição dos equipamentos no prédio e o

embasamento legal para tal proposição.

4.1 Dados da edificação

Endereço: Avenida Marabá, 422,Alto Caiçaras, Patos de Minas/MG.

Área Construída: 575,34 m².

Quantidade de Pavimentos: 01

Destinação: Comercial

Ocupação Atual: Local de Reunião de Público/boate

Proprietário: Marcos Antônio De Brito Junior

Nome Fantasia: P C R R Brito Boate Prime

Responsável Técnico: Maria Cristina Tolentino Pereira

Tipo de Projeto: Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico.

Área Protegida pelo Sistema de Segurança Contra Incêndio: 575,34 m².

4.2 Sistema de proteção da edificação

O PSCIPproposto para a edificação segue a normativa do Estado e o sistema

de proteção foi projetado de acordo com a tabela 02 da IT-01 apresentada

anteriormente, que descreve os procedimentos para elaboração do projeto e

dimensionamento das medidas de proteção contra incêndio de acordo com a

classificação de cada edificação.

Conforme o Decreto 44746/2008, e para fins de classificação da edificação

conforme exigências do Corpo de Bombeiros, foi utilizada a tabela de classificação

Page 30: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

28

das edificações quanto a ocupação, que caracteriza o prédio destinado a eventos

como sendo local de reunião de público denominado “grupo F”, e subdivide o grupo

em local de diversão, que abrange boates, salões de baile, restaurantes dançantes e

casas de shows. Abaixo segue a referida tabela.

Tabela 03: Classificação das edificações quanto a ocupação

E-3 Espaço para cultura física

Locais de ensino e/ou práticas de artes marciais, ginásticas (artística, dança, musculação e outros) esportes coletivos (tênis, futebol e outros que não estejam incluídos em F-3), sauna, casas de fisioterapia e assemelhados.

E-4 Centro de treinamento profissional

Escolas profissionais em geral.

E-5 Pré-escola Creches, escolas maternais, jardins-de- infância.

E-6 Escola para portadores de deficiências

Escolas para excepcionais, deficientes visuais e auditivos e assemelhados.

F

Local de Reunião de

Público F-1

Local onde há objeto de valor inestimável.

Museus, centros de documentos históricos, bibliotecas e assemelhados.

F-2 Local religioso e velório. Igrejas, capelas, sinagogas, mesquitas, templos, cemitérios, crematórios, necrotérios, salas de funerais e assemelhados.

F-3 Centro esportivo e de exibição.

Estádios, ginásios e piscinas com arquibancadas, rodeios, autódromos, sambódromos, arenas em geral, pistas de patinação e assemelhados.

F-4 Estação e terminal de passageiro.

Estações rodoferroviárias e lacustre, portos, metrô, aeroportos, helipontos, estações de transbordo em geral e assemelhados.

F-5 Arte cênica.

Teatros em geral, cinemas, óperas, auditórios de estúdios de rádio e televisão e assemelhados.

F-6 Local de diversão. Boates, salões de baile, restaurantes dançantes e casas de show.

Fonte: Adaptado de CBMMG (2008).

Page 31: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

29

Diante da classificação fornecida pelo Decreto e, de acordo com a Tabela 02

da IT- 01, o projeto elaborado possui o seguinte sistema de proteção:

• Saídas de emergência;

• Iluminação de emergência;

• Sinalização de emergência;

• Extintores de incêndio;

• Plano de intervenção de incêndio;

• Brigada de incêndio;

• Controle de materiais de acabamento.

4.2.1 Saídas de emergência

As portas da edificação não são somente parte da segurança do prédio físico,

também são muito importantes para a segurança da população existente no interior

do prédio, pois, caso haja algum acidente e seja necessário sair rapidamente, elas

devem estar livres para a passagem das pessoas.

Com relação ao projeto apresentado, as portas serão necessárias para traçar

uma rota de saída destinada a desocupação do prédio em caso de emergência.

Saída de emergência é o caminho contínuo, devidamente protegido, proporcionado por portas, corredores, halls, passagens externas, balcões, vestíbulos, escadas, rampas, ou outros dispositivos de saída ou combinações destes, a ser percorrido pelo usuário, em caso de incêndio, de qualquer ponto da edificação até atingir a via pública ou espaço aberto, protegido do incêndio, em comunicação com o logradouro. (FERNANDES, 2010, P. 36).

Conforme cita o autor, a saída destinada a saída de emergência, e o caminho

a ser percorrido pelo usuário, deve ser protegido e garantir a segurança de todos

que por ali transitam em caso de incêndio ou outra emergência.

Para que seja eficiente, a saída de emergência deve atender alguns critérios

de dimensionamento, os quais estão estabelecidos na NBR-9077/2001, que trata

das Saídas de Emergências em Edificações, e a IT-08- Saídas de Emergência em

Edificaçõesdo CBBMG.

Page 32: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

30

Conforme a IT-08, a saída de emergência é composta por:

• Acesso;

• Rotas de saída horizontais;

• Escadas ou rampas;

• Descargas;

• Elevadores de emergência.

O sistema de saída de emergência da boate em tela é composto por: acesso,

rotas de saída horizontais e descargas.

Para o entendimento da nomenclatura específica de alguns componentes do

sistema de proteção, recorreremos a IT-02 que traz em seu texto as definições a

seguir.

Acesso: Caminho a ser percorrido pelos usuários do pavimento ou do setor,

constituindo a rota de saída horizontal (rota de fuga), para alcançar a escada ou

rampa, área de refúgio ou descarga para saída do recinto do evento.

Rotas de saída horizontais: Caminho contínuo proporcionado por portas,

corredores, “halls”, escadas, rampas ou outros dispositivos de saída ou

combinações destes, a ser percorrido pelo usuário, para acesso e descarga.

Descarga:Parte da saída de emergência de uma edificação que fica entre a

escada e o logradouro público ou área externa com acesso aeste.

Podemos verificar na planta abaixo a disposição da rota de saída de

emergência, bem como as portas utilizadas.

Page 33: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

31

Figura 02- Projeto de incêndio salão de festas

Fonte: Pereira (2015)

Page 34: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

32

Figura 03: Legenda do projeto de incêndio do salão de festas

Fonte: Pereira (2015).

De acordo com a IT 08 (2017, p. 04), “As saídas de emergência são

dimensionadas em função da população da edificação”. Isto é, a largura das

portas e rotas de saída devem ser suficientes para evacuação da população do

prédio. Essa largura é obtida através da seguinte fórmula da IT 08:

N=P/C

Onde:

N: número de unidades de passagem

P: População da edificação

C: Capacidade da unidade de passagem

Page 35: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

33

O número de unidades de passagem segundo a IT 02(p. 19) ” largura mínima

para a passagem de uma fila de pessoas, fixada em 0,55 m”. A largura de 0,55m

corresponde a uma unidade de passagem, que é o espaço utilizado por uma pessoa

para passar em algum lugar.

A tabela da IT 08 a seguir é utilizada para se calcular através da quantidade

de pessoas que a edificação comporta, a quantidade de unidades de passagens

que deve ter as portas, os acessos e descargas, e as escadas e rampas.

Tabela 04 - Dados para dimensionamento da saída

Ocupação

População(A)

Capacidade da U de passagem

Grupo Divisão Acesso e descargas

Escadas e rampas Portas

A

A-1 e A-2 Duas pessoas por dormitório (C)

60 45 100 A-3 Duas pessoas por dormitório e uma pessoa por 4 m² de área de alojamento (D)

B - Uma pessoa por 15,0 m² de área (E) (G)

C - Uma pessoa por 3,0 m² de área (E) (J)

100 60 100 D - Uma pessoa por 7,0 m² de área (E) (L)

E

E-1 a E-4 Uma pessoa por 1,50 m² de área de sala de aula (F)

E-5 e E-6 Uma pessoa por 1,50 m² de área de sala de aula (F)

30 22 30

F

F-1 e F-10 Uma pessoa por 3,0 m²de área

100 75 100

F-2, F-5, F-8, F-9 e F-11 Uma pessoa por m²de área (E) (G)

F-3, F-6 e F-7 Duas pessoas por m² de área (E) (G) (1:0,5 m²)

F-4 Uma pessoa por 3,0 m²de área

Fonte: Adaptado de CBMMG (2017).

De posse dessas informações podemos verificar que o cálculo populacional

para o projeto em questão se deu conforme tabela a seguir retirada do Projeto de

Segurança Contra Incêndio e Pânico da edificação.

Page 36: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

34

Tabela 05 -Cálculo populacional

Local Ocupação Quant. Pessoas/m²

Área utilizada m²

Total população

Salão 1 F-6 2 190,90 382 pessoas Salão 2 F-6 2 126,64 254 pessoas Escritório D-1 1/7m² 257,80 37 pessoas

Fonte: Pereira 2015

Para cada área do prédio (salão 1, salão 2, apoio) foi efetuado um cálculo que

indica a capacidade de pessoas do ambiente. Diante da capacidade de pessoas

encontrada, é possível calculara quantidade, em metros, de saída de emergência

exigida pela norma conforme tabela a seguir.

Tabela 06 - Cálculo da saída de emergência

Saídas de emergência Local Fórmula Cálculo Tamanho da

saída existente (m)

Salão 1 N= P/C N=382/100= 3,82> 4x0,55= 2,20 m

2,18

Salão 2 N= P/C N=254/100=2,54>3x0,55= 1,65 m

2,18

Fonte: Pereira (2015)

A partir daí chegou-se à conclusão de que a largura total de portas de saída

necessária para atender às exigências normativas do Corpo de Bombeiros para

saída de emergência seria de 3,65 metros.

Conforme apresentado no projeto, essa largura foi distribuída entre duas

portas de saída, ambas com 2,18 metros de largura, obedecendo o disposto na

tabela 06 da IT 08, que informa que edificações do grupo F/ F-6 com até 750 m² de

área e altura menor que 12m, deve ter no mínimo duas rotas de saída distintas, e

suas portas devem abrir no sentido do fluxo de saída de pessoas.Ainda informa que

as portas devem ser dotadas de um sistema de fechamento com barras antipânico.

Para as ocupações do grupo F com capacidade acima de 200 pessoas será obrigatória a instalação de barra antipânico nas portas de saídas de

Page 37: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

35

emergência, conforme NBR 11785, das salas das rotas de saída, das portas de comunicação com os acessos às escadas e descargas. (IT 08, 2017, p. 08).

O sistema de barras antipânico é um dispositivo que permite o destravamento

da porta ao empurrá-la, ou seja, só será possível abrir a porta se esta for empurrada

no sentido do fluxo de saída.

A definição segundo a Norma Brasileira de regulamentação- NBR 11785/1997

“barra antipânico é um dispositivo de destravamento da folha de uma porta, na

posição fechada, acionada mediante pressão exercida no sentido de abertura, em

uma barra horizontal fixada na face da folha”. São classificadas em simples ou

dupla, caracterizadas pela quantidade de folhas de portas existentes, ou seja, se a

porta tiver uma única folha, logo será instalada uma única barra, se a porta tiver

duas folhas, então para cada folha será instalada uma barra.

Figura 04-Portas de saída dotadas de barra antipânico

Fonte: O autor(2017)

Analisando o projeto, verificou-se que existem duas portas de saída de

emergência, ambas estão dotadas do sistema de abertura por barras antipânico,

conforme exige- se na legislação.

Page 38: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

36

4.2.2 Iluminação de emergência

A iluminação do ambiente deve ser projetada de forma a balizar o acesso ou

saída sem prejudicar a visão das pessoas, em quantidade suficiente para que estas

possam enxergar o que estiver a sua frente e ir em direção à porta de saída. É

importante lembrar que em casas de shows a iluminação faz parte do espetáculo

artístico, com jogos de luz coloridas que ficam intermitentes e variam sua

intensidade.

Cada ambiente possui um tipo de iluminação, que varia de acordo com sua

decoração.

Muita luz pode provocar grandes variações na pupila ocular e reduzir a acuidade visual, necessária para situações de emergência. Quando forem utilizados para iluminar um local de acesso ou saída, é importante que o facho luminoso venha sempre no mesmo sentido do fluxo do pessoal, ou seja, ilumine por trás, evitando assim o ofuscamento. (SEITO et al, 2008, p. 107).

A iluminação em uma casa noturna além de ser importante para a

caracterização do ambiente, influencia diretamente no comportamento do indivíduo,

sendo assim, indispensável para garantir a orientação das pessoas para a saída do

local. A quantidade de luz também influencia na estética do ambiente, e é projetada

de acordo com a decoração que se quer obter, além de levar em consideração

aspectos comportamentais do público.

A luz e iluminação podem mudar completamente uma cor então devem ser pensadas na fase da execução do projeto, pois a cor pode interferir diretamente no espaço então deve ser utilizada como ferramenta do projeto. As cores conforme a luz pode ser alterada. Em um projeto as cores podem alterar o humor das pessoas que ali estão, pois elas agem no subconsciente, influenciando no estado de espírito. (MARCOS; REIS; DOMINGOS, 2014, p. 139).

Sabe-se que em ambientes noturnos a iluminação é bastante reduzida para

criar um ambiente agradável, e isso em caso de emergência pode ser um fator

agravante no que diz respeito à mobilidade das pessoas no interior da edificação,

por isso é muito importante que se tenha um sistema de iluminação de emergência

Page 39: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

37

eficiente, que na ausência de iluminação por algum problema este poderá ser fator

crucial para que as pessoas ali presentes consigam localizar as saídas.

O sistema de iluminação de emergência é um sistema independente, ligado à

rede de energia da edificação composto por um dispositivo tipo luminária de baixo

consumo de energia que possui em seu interior uma bateria, que ficará sempre

ligada a rede. Quando a rede por algum motivo não tiver corrente elétrica,

automaticamente a luminária funcionará, gerando claridade no ambiente.

Conforme a Instrução Técnica 13 do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais- IT

13, a distância máxima de um ponto de iluminação até o outro deve ser no máximo

de 15 metros, ou seja, a luminária tem poder de clareamento em um raio de 7,5

metros, desde que seja instalada a uma altura máxima de 2,5 metros.

Segundo a Norma Regulamentar Brasileira- NBR 10898, (1999, p. 02), ”

Iluminação de balizamento é Iluminação de sinalização com símbolos e/ou letras

que indicam a rota de saída que pode ser utilizada neste momento”.

Figura 5: Luminária de emergência

Fonte: O autor (2017)

No projeto em estudo, foram instalados diversos pontos de iluminação de

emergência de balizamento localizadas logo acima das portas de saída, e pontos de

aclaramento distribuídos no interior do salão em diversos locais como corredores,

banheiros, varanda, entre outros.

Para a concepção de quantas luminárias seriam necessárias para garantir o

clareamento eficiente da edificação é necessário saber a largura e o comprimento do

Page 40: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

38

prédio, e ainda garantir que partes da edificação que ficam separadas por paredes

devem ser iluminadas. Assim sendo, foi verificado no projeto arquitetônico, que a

largura da construção é de 24 metros e o comprimento de 28 metros. A disposição

das luminárias de emergência é aleatória, obedecendo a distância entre elas

especificada em norma.

Figura 06: Disposição das luminárias

Fonte: O autor (2017)

4.2.3Sinalização de emergência

A sinalização de emergência é utilizada para orientar os ocupantes da

edificação quanto ao caminho a ser seguido até a saída, normalmente é utilizada

sem textos, apenas com figuras e símbolos, que são de fácil assimilação. Esta

sinalização tem características fotoluminescentes, ou seja, podem ser enxergadas

mesmo com baixa luminosidade.

A IT-15- Sinalização de Emergência, do CBMM, utilizada para a elaboração

do projeto de sinalização de emergência, traz a seguinte definição do sistema:

A sinalização de emergência tem como finalidade reduzir o risco de ocorrência de incêndio, alertando para os riscos existentes e garantir que

Page 41: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

39

sejam adotadas ações adequadas à situação de risco, que orientem as ações de combate e facilitem a localização dos equipamentos e das rotas de saída para abandono seguro da edificação em caso de incêndio. (IT 15, 2008, p. 2).

É importante que em cada porta de saída, em cada equipamento de extinção

de incêndio (extintor, alarme, hidrante, etc.) se tenha uma placa indicando que ali

está um equipamento que pode auxiliar em caso de emergência. No projeto temos

que a sinalização utilizada segue a simbologia apresentada conforme a IT-15.

Conforme a referida instrução técnica, a entrada da edificação possui uma

placa com a descrição de todas as medidas de proteção da edificação denominada

M-1, conforme figura abaixo.

Figura 07-Sinalização M-1

Fonte: Pereira (2015)

Sobre as saídas, nas paredes indicando a rota de saída, nos corredores, a

sinalização utilizada é a sinalização de orientação e salvamento, que de acordo com

a IT 15 deve ser utilizada para indicar rotas de saída e o acesso à estas.

A sinalização de portas de saída de emergência deve ser localizada imediatamente acima das portas, no máximo a 0,10 m da verga, ou diretamente na folha da porta, centralizada a uma altura de 1,80 m medida do piso acabado à base da sinalização. (IT 08, 2005, p. 03).

Page 42: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

40

Normalmente, a sinalização de orientação é instalada a 1,80 metros em

paredes e pilares, e nas portas esta é instalada logo acima da porta a uma altura de

mais ou menos 2,10 metros, pois conforme a o Guia de Acessibilidade em

Edificações do Conselho Regional de Engenharia de Minas Gerais- CREA, (2006, p.

31), “ As portas devem ter vão livre mínimo de 0,80m e altura mínima de 2,10m”.

Devido às portas possuírem uma altura mínima de 2,10m e também por questões

estéticas, as placas são instaladas logo acima das portas.

Figura 08: Sinalização de saída

Fonte: O autor (2017)

O fundo verde fotoluminescente é extremamente importante, pois segundo a

IT 15, ao baixar ou cessar totalmente a iluminação do ambiente, as placas com essa

característica podendo ser visualizadas por todos no interior da edificação.

De acordo com a IT-15, as placas de sinalização que indicam a rota de saída

da edificação não devem estar distantes mais que 15 metros uma da outra. Ainda, a

Page 43: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

41

sinalização que indica locação de algum equipamento de proteção deve estar fixada

a uma altura de 1,80 metros, e sempre em local visível.

A sinalização de orientação das rotas de saída deve ser localizada de modo que à distância de percurso de qualquer ponto da rota de saída até a sinalização seja de, no máximo, 15 m. Adicionalmente, esta, também deve ser instalada, de forma que na direção de saída de qualquer ponto seja possível visualizar o ponto seguinte, respeitado o limite máximo de 30 m. A sinalização deve ser instalada de modo que a sua base esteja a 1,80 m do piso acabado. (IT 15, 2005, p. 03).

Devido a essa exigência normativa foram instaladas nove placas de

orientação no interior da boate, em locais estratégicos, visíveis, e seguindo a

distância máxima entre elas permitida pela norma. A sinalização utilizada está

descrita na figura abaixo.

Figura 09- Sinalização de orientação

Fonte: Pereira (2015)

Page 44: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

42

Já a sinalização de equipamentos de combate a incêndio utilizada no prédio

foi somente a de extintores de incêndio, devido a característica do local exigir

apenas essa medida de proteção para o local, conforme tabela apresentada

anteriormente (tabela 02). Esse tipo de sinalização segundo a IT 15 deve ser

utilizado para mostrar o local onde está localizado o equipamento de combate ao

incêndio, devendo também estar afixada a altura de 1,80m logo acima do objeto.

Figura 10: Sinalização de equipamentos

Fonte: O autor (2017)

4.2.4 Extintores de incêndio

Conforme a NBR 12693 (1993, p. 12), “Extintor de incêndio é um Aparelho de

acionamento manual, constituído de recipiente e acessórios contendo o agente

extintor destinado a combater princípios de incêndio”. Esse recipiente contém em

seu interior um gás expelente ao qual acionado o gatilho provoca a expulsão do

agente extintor em direção ao fogo.

Ao ser utilizado logo no início do incêndio e por alguém que saiba utilizá-lo é

uma ferramenta eficaz no combate às chamas, eficácia esta que está intimamente

Page 45: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

43

ligada ao tipo de agente extintor (pó químico, água, gás carbônico, etc.) e o material

combustível (madeira, papel, líquido inflamável, etc.) presente no ambiente ao qual

está se incendiando.

Na realidade, a rapidez de atuação é primordial, na medida em que o extintor só é eficaz no início de um incêndio. Com efeito, as quantidades do agente extintor, assim como o tempo de utilização, sãolimitadas. No entanto, o êxito da utilização do extintor depende dos seguintes fatores: • estar bem localizado, visível e em boas condições de funcionamento; • conter o agente extintor adequado para combater o incêndio; • ser utilizado na fase inicial do combate ao incêndio; • o operador conhecer previamente o seu modo de funcionamento e utilização. (GUERRA; COELHO; LEITÃO, 2006, p. 64).

Atualmente existem vários tipos de agentes extintores disponíveis, o que o

torna específico para cada tipo de material subdividido nas classes especificadas na

NBR 12693 conforme tabela abaixo.

Tabela 07 - Classe de incêndio

Classe Tipo de material Forma de propagação

Classe A

Materiais combustíveis sólidos, tais como madeiras, tecidos, papéis, borrachas, plásticos termoestáveis e outras fibras orgânicas;

Queimam em superfície e profundidade, deixando resíduos;

Classe B

Líquidos e/ou gases inflamáveis ou combustíveis, plásticos e graxas que se liquefazem por ação do calor;

Queimam somente em superfície;

Classe C Equipamentos e instalações elétricas energizados;

Conforme característica do material;

classe D: Metais combustíveis, tais como magnésio; titânio, zircônio, sódio, potássio e lítio;

Conforme característica do material;

Fonte: ABNT (2013).

Conhecendo as classes de incêndio, as quais caracterizam o tipo de material

e a forma que estes sofrem a oxidação pelo fogo, é possível então se empregar o

tipo de agente extintor adequado para o material, garantindo sua eficácia e

minimizando prejuízos decorrentes do seu uso.A seleção do agente extintor é

descrita na tabela abaixo conforme NBR 12693.

Page 46: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

44

Tabela 08 - Seleção do agente extintor conforme classe de incêndio

Fonte: ABNT (2013).

Sendo:

Adequado à classe de fogo (A).

Não recomendado à classe de fogo (NR).

Proibido à classe de fogo (P).

Nota-se que existem vários tipos de extintores, constituídos de

componentes específicos para cada material combustível, e a grande maioria

possui restrição de aplicação em uma ou outra classe de material como por

exemplo, o extintor de água, este pode ser utilizado para se combater um

incêndio em material de classe A e não deve ser utilizado nas demais classes.

4.2.4.1 Sistema de proteção por extintores da edificação

O prédio em estudo possui um sistema de proteção por extintores,

referenciado conforme IT-16, eprojetados conforme a carga de incêndio para casas

de shows descrita da Instrução Técnica 09- Carga de Incêndio nas Edificações e

Áreas de Risco, conforme tabela abaixo.

Classe de fogo

Agenteextintor

Água Espumaquími

ca(3)

Espumamecânica

Gáscarbônico (CO2)

Pó B/C

Pó A/B/C

Hidrocarbonetos halogenados

A (A) (A) (A) (NR) (NR) (A) (A)

B (P) (A) (A) (A) (A) (A) (A)

C (P) (P) (P) (A) (A) (A) (A)

D Deve ser verificada a compatibilidade entre o metal combustível e o agente extintor

Page 47: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

45

Tabela 09 - Carga de incêndio

CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO QUANTO À CARGA INCÊNDIO

Risco Carga de Incêndio [MJ/m2]

Baixo Até 300 [MJ/m2]

Médio Acima de 300 até 1200 [MJ/m2]

Alto Acima de 1200 [MJ/m2] Fonte: CBMMG (2008).

Logo, a classificação para casas de shows F-6 se dá conforme

tabelaabaixo:

Tabela 10 - Carga de incêndio em [MJ/m2] por subgrupos.

Serviços profissionais,

pessoais e técnicos

Agênciasbancárias D -2 300

Agências de correios D -1 400

Centraistelefônicas D -1 100

Cabeleireiros D -1 200

Copiadora D -1 400

Encadernadoras D -1 1000

Escritórios D -1 700

Estúdios de rádio ou de televisão ou de fotografia D -1 300

Laboratóriosquímicos D -4 500

Laboratórios (outros) D -4 300

Lavanderias D -3 300

Oficinaselétricas D -3 600

Oficinashidráulicasoumecânicas D -3 200

Pinturas D -3 500

Processamentos de dados D -1 400

Educacional e culturafísica

Academias de ginástica e similares E-3 300

Pré-escolas e similares E-5 300 Creches e similares E-5 300 Escolasemgeral E-1/E2/E4/E6 300

Locais de reunião de público

Bibliotecas F-1 2000

Cinemas, teatros e similares F-5 600

Circos e assemelhados F -7 500

Centros esportivos e de exibição F-3 150

Page 48: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

46

Clubes sociais, boates e similares. F-6 600

Estações e terminais de passageiros F-4 200 Exposições F -10 Adotar Anexo B

Igrejas e templos F-2 200

Museus F-1 300

Restaurantes F-8 300

Fonte: Adaptado de CBMMG (2008). Pode-se verificar que a carga de incêndio para a casa de shows é de 600

megajoules [MJ], portanto combinando com a tabela 06, temos que se enquadra em

risco médio de possibilidade de incêndio.

Em seu interior, a edificação possui material combustível de classe A como:

papéis decorativos, mesas de plástico, cadeiras e mesas de madeira, Cortinas

decorativas de tecido, entre outros. Possui também equipamentos energizados

conforme classe C: equipamentos de som, iluminação, freezer, computadores, etc.

Logo, conforme o tipo de material combustível, e observadas as

especificações da tabela 05, foi adotado o extintor classe ABC, devido atender todas

as classes com eficiência e viabilidade de se poder dispor de materiais de diversas

classes em vários locais da edificação juntos ou separados e se poder utilizar

apenas um extintor para atender a todas as classes e ainda obedecendo o disposto

na IT 09.

Cada pavimento deve possuir no mínimo duas unidades extintoras, sendo uma para incêndio classe A e outra para incêndio classe B e C, ou uma unidade extintora de pó ABC, desde que atenda à distância máxima a ser percorrida e capacidade. Nas garagens de veículos automotores, é obrigatória a proteção por extintores tipo póABC. (IT 09, 2005, p.05)

Foram instaladas 08 unidades extintoras obedecendo a altura especificada de

no máximo 1,60 metros do piso, distanciamento máximo entre cada aparelho de 15

metros, e localizado à uma distância máxima de 5 metros da entrada/saída da

edificação, conforme consta na IT 09, e ainda,no palco, devido a utilização de

equipamentos de som de custo elevado, foi instalado um extintor de gás carbônico.

Figura 11: Extintor de incêndio

Page 49: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

47

Fonte: O autor (2017)

Diante da confirmação das especificações normativas verificadas “in loco”, o

sistema de proteção por extintores da edificação atende a legislação Estadual no

que diz respeito à prevenção de incêndios.

4.2.5 Plano de intervenção de incêndio

O Plano de Intervenção de Incêndio é um estudo de todos os possíveis tipos

de emergência oriundos da utilização da edificação, sistematizando as formas de

atuação em caso de emergência, mapeando as áreas críticas da edificação,

buscando através de treinamentos e estratégias, dar maior agilidade ao atendimento

em caso de acidente.

O Plano de Intervenção de Incêndio consiste num planejamento prévio para a provável ocorrência de uma emergência e visa facilitar o reconhecimento da edificação por parte da população e das equipes de emergência, proporcionando sua utilização em simulados etreinamentos. (IT 11, 2005, p. 03).

O Plano de Intervenção de Incêndio do prédio foi elaborado com base na

tabela constante no anexo “A” da IT 11, descrevendo as principais características de

localização, os tipos de sistemas preventivos, os locais vulneráveis dentro da

edificação, os tipos de edificações circunvizinhas, os hospitais mais próximos, entre

outros conforme descrito na planilha de levantamento de dados.

Conforme informações descritas na planilha, observa-se que foram

levantados inúmeros dados sobre a edificação, expondo os riscos, os locais de

Page 50: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

48

apoio, e várias outras informações que possibilitam traçar um plano de segurança

suficiente e adequado para uma situação de emergência que venha acontecer no

local. De posse das informações foi elaborado o Plano de Intervenção da Edificação

conforme consta em anexo.

4.2.6 Brigada de incêndio

O sistema de proteção da edificação por si só não garante que no caso de um

princípio de incêndio o mesmo será combatido e controlado. Por isso é necessário

que se disponha de profissionais capacitados para atuação em caso de emergência.

Nesse propósito cria-se um grupo de pessoas treinado, orientado e habilitado a agir

durante um incêndio ou alguma situação acidental. Esse grupo recebe o nome de

Brigada de Incêndio.

Brigada de incêndio é um grupo organizado de pessoas preferencialmente voluntárias ou indicadas, treinadas e capacitadas para atuar na prevenção e no combate ao princípio de incêndio, abandono de área e primeiros-socorros, dentro de uma área preestabelecida na planta. (NBR 14276, 2006, p. 06).

O brigadista a ser selecionado para a edificação deve conhecer a área em

que será sua atuação, por exemplo, se o brigadista trabalha na recepção do

estabelecimento, logo, deve conhecer as repartições do prédio próximas do

ambiente de trabalho. Outro exemplo, é se o brigadista trabalha como auxiliar de

escritório no terceiro pavimento da edificação, então este deverá conhecer todo o

ambiente do terceiro pavimento.

A IT-12, estabelece algumas atribuições aos brigadistas, definidas em ações

de prevenção e ações de emergência, que seguem abaixo.

Ações de prevenção: • avaliação dos riscosexistentes; • inspeção geral dos equipamentos de combate a incêndio; • inspeção geral das rotas de fuga; • elaboração de relatório das irregularidades encontradas; • encaminhamento do relatório aos setores competentes; • orientação à população fixa e flutuante; • exercíciossimulados.

Page 51: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

49

• Ações de emergência: • identificação da situação; • alarme/abandono de área; • acionamento do Corpo de Bombeiros e/ou ajuda externa; • corte de energia; • primeirossocorros; • controle do pânico; • combate ao princípio de incêndio; • instrução de abandono de área com segurança; • recepção e orientação ao Corpo de Bombeiros; • preenchimento do formulário de registro de trabalho dos bombeiros; • encaminhamento do formulário ao Corpo de Bombeiros para atualização de dados estatísticos. (IT-12, 2005, p. 7).

As ações de prevenção são primordiais para o sucesso das ações de

emergência, com o conhecimento do local, avaliação dos riscos potenciais,

conhecimento do sistema preventivo da edificação, é possível atuar rapidamente no

controle de qualquer situação de incêndio e pânico.

4.2.6.1Brigada de incêndio da casa de shows

A Brigada de Incêndio da edificação foi elaborada conforme especificações da

legislação estadual, com base na IT-12, que especifica a quantidade mínima de

brigadistas para cada grupo de edificação, conforme tabela em anexo.

Tabela 11 - Plano de Intervenção de Incêndio.

Populaçãofixaporpavime

nto

Grupo Divisão Descrição Até 10 Acima de 10

F Local de Reunião Pública

F-1 Local onde há objeto de valor

inestimável

Faz parte da brigada de incêndio toda a população fixa

F-2 Local religioso e velório Faz parte da brigada de incêndio toda

a população fixa

F-3 Centro esportivo e de exibição Faz parte da brigada de incêndio toda

a população fixa

F-4 Estação e terminal de passageiro 60% 20%

F-5 Artecênica e auditório Faz parte da brigada de incêndio toda

a população fixa

F-6 Clube social e diversão Faz parte da brigada de incêndio toda

a população fixa

F-7 Construçãoprovisória Faz parte da brigada de incêndio toda

a população fixa

F-8 Local para refeição 60% 20%

Page 52: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

50

F-9 Recreaçãopública 40% 10%

F-10 Exposição de objetos e animais Faz parte da brigada de incêndio toda

a população fixa

Fonte: Adaptado de CBMMG (2008).

Conforme a tabela acima, para os locais de reunião de público, subgrupo F-6,

toda a população fixa da edificação deverá obrigatoriamente fazer parte da brigada

de incêndio.

Conforme a NBR 14276 (2006,p. 07) “ população fixa é aquela que

permanece na edificação regularmente, considerando-se os turnos de trabalho e a

natureza da ocupação, bem como os terceiros nesta condição”. Logo segue abaixo a

tabela especificando a população fixa da edificação em tela.

Tabela 12 -Brigada de Incêndio

Nº do pavimento

População fixa do pavimento Número de brigadistas

1 Total de Funcionários 04

2

3

4

TOTAL

04

Fonte: Pereira (2015)

De forma a atender todos os setores da edificação, a brigada foi disposta

conforme organograma apresentado na figura a seguir:

Figura 12- Organograma de brigada de incêndio

LÍDER

BRIGADISTA

BRIGADISTA

BRIGADISTA

Page 53: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

51

Fonte: Pereira (2015)

Existe um brigadista que obrigatoriamente será o responsável por comandar e

liderar as ações de todos os outros brigadistas. Vale ressaltar que, conforme

especifica na IT 12, os membros da brigada obrigatoriamente deverão ser

devidamente identificados, através de crachás, braceletes, brevês, coletes, entre

outros, para facilitar sua visualização em caso de real situação de emergência.

Sendo que a população fixa da edificação é de quatro pessoas e todas

possuem a certificação profissional de Brigadista de Incêndio, a edificação atende a

Legislação Estadual, com relação ao sistema de proteção da edificação por Brigada

de Incêndio.

4.2.7Controle de materiais de acabamento

O controle de materiais de acabamento consiste em realizar ensaios

laboratoriais afim de se verificar a resistência ao fogo de cada material utilizado no

revestimento, acabamento, impermeabilização, etc., utilizado no interior da

edificação.

De acordo com a IT 02, (2005, p.13), “Material de acabamento: Produtos ou

substâncias que, não fazendo parte da estrutura principal, são agregados à mesma

com fins de conforto, estética ou segurança”.Existem vários tipos de materiais de

acabamento, podendo ser classificados segundo a definição abaixo.

Material de revestimento: material empregado na superfície de elementos

construtivos das edificações, tanto em ambientes internos como externos, com

finalidade de atribuir características estéticas, de conforto, de durabilidade, etc.

Incluem-se pisos, forros, revestimentos têxteis (carpetes em pisos, paredes, dentre

outros), papéis de parede e as proteções térmicas dos elementos estruturais.

Material termo acústico: material empregado em isolamento térmico e/ou

acústico, como lã de vidro, isopores, vermiculite, vidros e outros.

Page 54: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

52

As condições aplicáveis aos materiais empregados na construção se referem, basicamente, a sua reação ao fogo, o grau de combustibilidade e a emissão de gases tóxicos durante os processos de combustão. Os fabricantes devem indicar em seus produtos tais aspectos de comportamento ante o fogo. Os certificados de ensaio, emitidos por laboratórios idôneos, devem ser exigidos antes da aquisição de qualquer componente especificado preliminarmente. A ignifugação, quando houver, deve ser indicada em seus detalhes de aplicação e durabilidade. (NETO, 1995, p. 68).

Existem tratamentos químicos para que esses materiais apresentem uma boa

resistência às chamas, são os chamados infugnantes. Esses compostos retardantes

das chamas são aplicados aos materiais para reduzirem a velocidade da combustão.

É importante ressaltar que os agentes retardantes não tornam os materiais

incombustíveis, apenas aumentam o tempo de resistência contra as chamas,

reduzindo o risco de incêndios.

Um ignifugante é um produto ou composto de produtos químicos que podem ser incorporados a um material para prevenir sua ignição por uma pequena fonte de calor. Se o material se inflama, a ignifugação pode diminuir a velocidade de combustão. A ação deste tratamento, na realidade, se reduz a tornar mais difícil a combustão dos materiais exigindo um aumento da energia mínima necessária para a ignição. (NETO, 1995, p. 42).

Os materiais de acabamento e revestimento de paredes, teto, divisórias,

forros e similares são agrupadosem cinco classes conforme a tabela a seguir da IT

38.

Tabela 13 - Classes de materiais

Método de ensaioClasse Ip

(NBR 9442) Dm

(ASTM E 662)

A¹ - - B Ip ≤ 25

Dm ≤ 450 C 25 <Ip ≤ 75 D 75 <Ip ≤ 150 E 150 <Ip ≤ 400

Fonte:CBMMG (2008).

Segundo a NBR 9442 (1986, p. 04), “Ip é o índice de propagação superficial

da chama, e o Dm é a densidade específica ótica máxima”, ambos são obtidos em

Page 55: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

53

testes e ensaios laboratoriais. O índice de propagação do fogo é responsável por

fornecer um parâmetro de comparação do crescimento do fogo para os ensaios do

comportamento dos materiais de revestimento quando são submetidos ao fogo.

Já os materiais de revestimento de piso são classificados conforme tabela a

seguir.

Tabela 14 - Classificação de revestimento de piso

Método de ensaioClasse FluxoCrítico (NBR 8660)

I¹ - II FluxoCrítico ≥ 0,5 W/cm²

III 0,5 W/cm² ≥ Fluxo Crítico ≥ 0,25 W/cm²

Fonte: CBMMG (2008).

Conforme IT 38 (p. 05), “ Fluxo crítico é o fluxo de energia necessário à

manutenção da frente de chama no corpo de prova”. Esse valor é especificado

através de ensaio em laboratório, com base na NBR 8660.

4.2.7.1Controle de materiais de acabamento da casa de shows

O Controle de Materiais de Acabamento da edificação foi realizado conforme

tabela a seguir.

Tabela 15 - Quadro resumo de controle de materiais de acabamento

QUADRO RESUMO DE CONTROLE DE MATERIAIS DE ACAMABENTO

AMBIENTE ELEMENTO

CONSTRUTIVO CLASSE ADOTADA

MATERIAL NORMAS DEENSAIO

Térreo e Mezanino

Piso CLASSE – I CONCRETO ARMADO Parâmetros da ISO 1182 e NBR 8660

Parede/divisórias CLASSE – III-A ALVENARIA Parâmetros da ISO 1182 e NBR 9442

Teto/forro CLASSE-II-A LAJE Parâmetros da ISO 1182 e NBR 9442

Page 56: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

54

Cobertura CLASSE -IIA TELHA FIBROCIMENTO Parâmetros da ISO 1182 e NBR 9442

Isolamentotermoacústico Nãopossui Nãopossui Nãopossui

Fonte: Pereira (2015)

Ao analisarmos a tabela acima, podemos observar que os elementos

construtivos do piso, paredes, forro de teto, cobertura da edificação, não possuem

características inflamáveis. Não há também na edificação, materiais de isolamento

termo acústico, isso é um fator muito importante no controle dos riscos de incêndios,

visto que materiais de acabamento propensos a se incendiarem são os maiores

responsáveis pela propagação das chamas.

A maioria dos incêndios tem início através da ignição dos materiais trazidos para o interior do edifício e não nos agregados ao mesmo. Contudo, todos os materiais combustíveis presentes, sejam os trazidos para o interior do edifício, sejam os utilizados como acabamento/revestimento de tetos e paredes ou os incorporados aos sistemas construtivos, podem contribuir para o desenvolvimento do fogo. (MITIDIERI; IOSHIMOTO, 1998, p. 25).

Ainda conforme a IT 38, o responsável pela execução do controle de

materiais de acabamento deve emitir declaração de responsabilidade técnica

conforme anexo “A” disponível no final da referida IT, devendo ser assinada

garantindo que os materiais de acabamento estão de acordo com o projeto.

Finalizando a exposição acerca do Controle de Materiais de acabamento,

verificamos que o projeto apresentado, os documentos de referência, a declaração e

a verificação no local por meio de fotografias, fica comprovado que a execução do

Controle de materiais foi estabelecida conforme especifica a norma estadual.

Page 57: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

55

5 IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO EMBOATES

Muito já se ouviu falar em incêndios em boates, casas de shows, prédios

residenciais entre outros pelo mundo, e em todos eles o desastre foi imensurável,

centenas de pessoas perderam suas vidas e os patrimônios foram todos destruídos.

No Brasil, o incêndio no GranCircus Norte-Americano, instalado no Rio de

Janeiro em 1961 foi a primeira tragédia registrada em local de reunião de público. O

fogo ateado por um ex-funcionário do circo atingiu rapidamente a lona sobre mais de

3000 pessoas, as quais mais de 500 morreram e mais de 1000 ficaram feridas.

Em 1961 ocorreu a Tragédia do GranCircus Norte-Americano (RJ). Um ex-funcionário do Circo quis se vingar após ter sido demitido e, usando gasolina para colocar fogo na lona que, feita de uma composição com parafina, se incendiou caindo em cima das quase três mil pessoas que assistiam ao espetáculo. No local, 503 pessoas morreram, sendo que 70% das vítimas eram crianças, e mais de mil pessoas ficaram feridas. (JUCON; ALBUQUERQUE, 2013, p. 06).

O incêndio na casa de shows Canecão Mineiro em Belo Horizonte na data de

24 de novembro de 2001, vitimou 7 mortos e feriu mais de 300 pessoas. Segundo o

site globo.com, o fogo se deu após um artefato pirotécnico incendiar parte do forro

do teto que era fabricado em isopor e espuma.

A tragédia do Canecão Mineiro é, até hoje, considerada a maior de Belo Horizonte. O incêndio começou quando um integrante da banda Armadilha do Samba acendeu fogos de artifício no palco, por volta de duas horas da manhã. O teto feito de isopor e espuma rapidamente ficou em chamas. A casa não tinha saídas de emergência e nem alvará de funcionamento. (MENDES, 2013, p. 07).

Outro grande acontecimento parecido com o de Belo Horizonte, ocorreu na

boate Kiss no Rio Grande do Sul, na data de 28 de janeiro de 2013, quando um

artefato pirotécnico atingiu a espuma isolante acústico do teto, que se incendiou

rapidamente produzindo fumaça tóxica matando cerca de 242 pessoas e deixando

outras 130 feridas.

A catástrofe vitimou 242 pessoas e feriu ao menos 680. O incêndio ocorreu na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013 e teve seu início pelo acendimento de um artefato pirotécnico por um integrante de uma banda

Page 58: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

56

que se apresentava na casa noturna. Além das péssimas condições de segurança, a imprudência ocasionou a morte de mais de duas centenas de pessoas. (ACOSTA, 2015, P. 14)

Diante dos vários incêndios ocorridos no Brasil, especificamente em casas de

shows, surge a necessidade de se verificar qual a importância de um sistema de

proteção contra incêndios para tal lugar, e saber se o público que frequenta esses

locais se importa em saber se o local oferece condições de segurança às pessoas

ali presentes, e em caso de emergência saibam como agir.

Para isso, fez se necessário realizar uma pesquisa de campo, com várias

pessoas que frequentam esse tipo de local de diversão, afim de se verificar as

seguintes informações:

1. Você sabe o que é um sistema de proteção contra incêndio e pânico?

2. Acha importante se dispor de equipamentos de segurança eficientes no combate

a um incêndio em uma boate?

3. Supondo-se que um incêndio comece próximo ao palco, na espuma de

isolamento acústico fixada em toda extensão do teto de uma boate, você teria

condições (capacitação técnica) para utilizar um extintor de incêndio?

4. Acha importante a presença de pessoal treinado e capacitado para atuação em

caso de emergência em boates?

5. Concorda que uma fiscalização eficaz por parte do Estado pode contribuir para a

diminuição dos incêndios em casas de shows?

O questionário proposto busca verificar se as pessoas frequentadoras de

boates se atentam para a segurança do local, e caso sejam vítimas de algum

incêndio, se estas possuem algum tipo de instrução para utilizarem o sistema de

proteção da edificação. Foram entrevistadas 30 pessoas de ambos os sexos e com

idades variadas, entre jovens que frequentam boates, pais que tem filhos jovens, e

através do questionário apresentado acima obtivemos o seguinte resultado descrito

no gráfico abaixo:

Page 59: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

57

Figura 13 - Pesquisa de campo

Fonte: autor (2017).

5.1 Resultados obtidos na análise

Analisando o gráfico acima, encontrou-se alguns pontos positivos e outros

negativos no que tange a proteção das pessoas frequentadoras ou não das casas

de shows.

Com relação a pergunta 01, cerca de 56,67% das pessoas entrevistadas

desconhecem o que é um sistema de proteção contra incêndio e pânico. Esse

resultado mostra que existe uma grande deficiência com relação ao nível de

instrução sobre a prevenção de incêndios no Estado, seja ela por parte dos

legisladores, ou por parte do sistema de educação, que não aborda esse tipo de

informação nas escolas.

43,33%

56,67%

93,33%

6,67%

23,33%

76,67%

83,33%

16,67%

96,67%

3,33%

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

31

sim não sim não sim não sim não sim não

Pergunta 01 Pergunta 02 Pergunta 03 Pergunta 04 Pergunta 05

PESQUISA DE CAMPO

Page 60: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

58

A pergunta 02, reforça a ideia de que os equipamentos de proteção são

essenciais para a segurança dos usuários. Mais de 93% das pessoas questionadas

concordam que é importante se ter em uma boate, medidas de proteção contra

incêndio. Com esse resultado, teve-se uma característica favorável à prevenção de

incêndios, embora todas as pessoas não concordem com a importância do sistema.

Já a pergunta 03 apresenta um dado desfavorável, que talvez seja um dos

motivos de tantas mortes em incêndios, principalmente em casas noturnas. Os

números mostram que mais de três quartos da população da pesquisa seriam

vítimas potenciais em um incêndio por não saber como proceder diante de uma

emergência.

As respostas obtidas na pergunta 04 faz-se concluir que, por desconhecer o

que é um sistema de proteção, e consequentemente não saber utilizar, as pessoas

entrevistadas acham muito importante que a edificação disponha de pessoal

instruído e habilitado a manusear os equipamentos de proteção. Apenas 16,67% das

pessoas discordam dessa proposição.

E, por fim, mais um tópico obteve resultado satisfatório, onde cerca de

96,67% dos entrevistados concordam que a intervenção do Estado por meio de

fiscalizações é muito importante para que os proprietários das edificações

comerciais e de prestação de serviços ofereçam uma proteção eficiente contra

incêndios aos seus consumidores.

Page 61: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

59

Page 62: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

60

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Acerca dos dados expostos, pode-se observar que a proteção contra

incêndios em edificações abrange várias áreas de atuação dos profissionais, sejam

eles engenheiros, empresas de revenda de materiais, laboratórios de ensaios,

órgãos públicos fiscalizadores e de normatização, agentes de segurança do

trabalho, entre outros, juntamente com a população, são os responsáveis por

garantir a preservação do patrimônio e da vida de todos na sociedade.

É indispensável que a população tenha conhecimento na área de prevenção

de incêndios para que possa atuar de forma efetiva em caso de incêndio,

manuseando corretamente os equipamentos de extinção garantindo sua

sobrevivência e colaborando para a sobrevivência de outras pessoas, além de

ajudar a proteger o patrimônio e impedir a propagação do fogo.

Embora seja muito recente a legislação de prevenção de incêndio no Estado,

estabelecida pela Lei 14130/2001, é bem elaborada, tendo como base as Normas

Brasileiras de Regulamentação, contando ainda com decretos, instruções técnicas,

portarias, circulares, o que contribui para que os profissionais que atuam na área de

prevenção de incêndios tenham uma vasta bibliografia a ser consultada na

elaboração dos projetos e possibilita ao Corpo de Bombeiros o embasamento legal

para deflagrar as fiscalizações nos estabelecimentos comerciais afim de se aplicar a

lei de segurança contra incêndios, fator essencial à redução dos riscos de incêndios.

O estudo do PSCIP da Boate Prime, apresenta como é importante a correta

aplicação da legislação, utilizando corretamente os parâmetros estabelecidos para

que se possa ter nas edificações um sistema de proteção eficiente, que sendo

projetado pelo responsável técnico adequadamente, vai contribuir para a

minimização do risco de incêndios e perdas de vidas e bens.

A pesquisa realizada propõe uma série de mudanças, que vão desde

mudanças no sistema de ensino das escolas, com a criação de disciplinas

direcionadas ao estudo da segurança contra incêndios, até a melhoria da legislação

de prevenção, em nível nacional, como por exemplo a unificação da legislação,

tornando- a mais atualizada e fácil de ser compreendida pelos elaboradores de

projetos.

Ainda se tratando da pesquisa, observa-se que a fiscalização é muito

importante para o cumprimento da lei por parte dos proprietários dos

Page 63: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

61

estabelecimentos comerciais, principalmente da cidade de Patos de Minas/MG. Logo

espera-se que se intensifique a fiscalização na cidade principalmente nas casas de

shows para que os acidentes ocorridos no passado não se repitam, fazendo vítimas

na sociedade patense.

Os resultados obtidos com relação ao projeto estudado e a pesquisa

elaborada foram significativos e importantes para a o avanço das tecnologias e

melhorias nas condições de segurança das edificações, bem como um incentivo

para o melhoramento da norma de prevenção de incêndios.

Page 64: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

62

REFERÊNCIAS

ACOSTA, E. S. Tecnologias Para Prevenção de Incêndios: A Tragédia da Boate Kiss. 2015. 54 p. Monografia (Especialista em Tecnologias da Informação e Comunicação aplicadas à Segurança Pública e Direitos Humanos) - Universidade Federal de Santa Catarina - Campus Araranguá, Araranguá/SC, 2015. Disponível em: <http://openaccess.blucher.com.br/article-details/tecnologias-para-prevencao-de-incendios-19903>. Acesso em: 01 mai. 2017. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS- ABNT. NBR 9077: Saída de Emergência em Edifícios. Brasil, 2001. 36 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS- ABNT. NBR 9442: Materiais de construção- Determinação do índice de propagação superficial de chama pelo método do painel radiante. Brasil, 1986. 15 p ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS- ABNT. NBR 10898: Sistema de iluminação de emergência. Brasil, 2013. 24 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS- ABNT. NBR 11785: Barra antipânico. Brasil, 1997. 08 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS- ABNT. NBR 12693: Sistema de proteção por extintores de incêndio. Brasil, 1993. 15 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS- ABNT. NBR 13860: Glossário de termos relacionados com a segurança contra incêndios. Brasil, 1997. 10p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS- ABNT. NBR 14276: Brigada de incêndio. 2ª ed. Brasil, 2008. 33 p. BELTRAMI, M; STUMM, S. B. Controle de Riscos e Sinistros. Curitiba/PR: Instituto Federal do Paraná, 2012. 172 p. Disponível em: <http://ead.ifap.edu.br/netsys/public/livros/LIVROS%20SEGURAN%C3%87A%20DO%20TRABALHO/M%C3%B3dulo%20II/Livro%20Controle%20de%20Riscos%20e%20Sinistros.pdf>. Acesso em: 04 abr. 2017. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988. BRENTANO, T. Instalações hidráulicas de combate a incêndios nas edificações. 3. ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2007. 450 p. FERNANDES, I. R. Engenharia de segurança contra incêndio e pânico. 1ª edição. ed. Curitiba/PR: CREA-PR, 2010. 88 p. Disponível em: <http://www.crea-pr.org.br/ws/wp-content/uploads/2016/12/Engenharia-de Seguran%C3%A7a-contra-Inc%C3%AAndio-e-P%C3%A2nico.pdf>. Acesso em: 26 jan. 2017.

Page 65: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

63

FLAVIA P. T. T. Coordenadora CREA- MG. Guia de acessibilidade urbana edificações: fácil acesso para todos. Belo Horizonte: CREA- MG, 2006. 96 p. Disponível em:<http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/files.do?evento=download...acessibilidade-crea.pdf>. Acesso em: 07 mar. 2017. GOELZER, B. I. F; LIMA, M. M. T. M. A Segurança e a Saúde no Trabalho e a sua Contribuição Para a Prevenção de Acidentes Maiores: o Caso de Santa Maria/RS. ABHO- Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais. São Paulo: Revista ABHO, ed. 30, 2013, p. 17-24. Artigo Técnico. Disponível em: <http://www.abho.org.br/wpcontent/uploads/2014/02/artigo_asegurancaeasaudenotrabalho.pdf>. Acesso em 16nov2016. GOMES, T. Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio. 2014.94 p. Monografia (Graduação em engenharia civil) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria/RS, 2014. Disponível em: <http://coral.ufsm.br/engcivil/images/PDF/2_2014/TCC_TAIS%20GOMES.pdf>. Acesso em: 11 jan. 2017. GUERRA, A. M; COELHO, J. A; LEITÃO, R. E. Fenomenologia da combustão e extintores. 2ª edição. ed. Sintra: Escola Nacional de Bombeiros, 2006. 104 p. v. 7. Disponível em: <http://www.enb.pt/manshare/fenom2d.pdf>. Acesso em: 01 mar. 2017. JUCON, S; ALBUQUERQUE, V. As lacunas da prevenção e combate a incêndio no Brasil. Jornal do SINTESP, São Paulo, 02 jun. 2013. 250-2013, p. 20. Disponível em: <http://www.sintesp.org.br/pdf/jornal/250_2013.pdf>. Acesso em: 24 maio 2017. MARCOS, L. M; REIS, P. Gi; DOMINGUES, C. A. G. Casas Noturnas. 2012. 143 p. Monografia (Trabalho de conclusão de curso) - Faculdade do Norte Novo de Apucarana, Paraná, 2012. Disponível em: <http://docplayer.com.br/6477837-Casas-noturnas-1-larissa-marla-marcos-2-priscila-gagliardi-reis-3-carlos-antonio-galbe-domingues-4.html>. Acesso em: 15 fev. 2017. MCILC-MANUAL DE COMBATE A INCÊNDIO EM LOCAL CONFINADO. 1ª. ed. São Paulo: [s.n.], 2006. 78 p. v. 42. Disponível em: <http://MANUAL DE COMBATE A INCÊNDIO EM LOCAL CONFINADO>. Acesso em: 13 abr. 2017. MENDES, L. Incêndio no Canecão Mineiro completa 15 anos sem que vítimas tenham sido indenizadas: Tragédia causada por fogos de artifício deixou sete pessoas mortas e mais de 300 feridas na casa de show em Belo Horizonte. 26/11/2016. Disponível em:<http://www.sintesp.org.br/pdf/jornal/250_2013.pdf>. Acesso em: 24 maio 2017. MINAS GERAIS. Corpo de Bombeiros Militar. Instrução Técnica 01, Procedimentos Administrativos. Disponível em: < http://www.bombeiros.mg.gov.br/component/content/article/471-instrucoes-tecnicas.html> Acesso em: 04 fev. 2017.

Page 66: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

64

MINAS GERAIS. Corpo de Bombeiros Militar. Instrução Técnica 02, Terminologia da Proteção Contra Incêndio e Pânico. Disponível em: < http://www.bombeiros.mg.gov.br/images/stories/dat/it/it_02_terminologia_de_protecao_contra_incendio_e_panico.pdf > Acesso em: 28 fev. 2017. MINAS GERAIS. Corpo de Bombeiros Militar. Instrução Técnica 08, Saídas de Emergências em Edificações- 2ª Edição. Disponível em: < http://www.bombeiros.mg.gov.br/images/stories/dat/it/it_08_2017_2_ed_-_portaria_26_-_31jan2017.pdf > Acesso em: 13 mar. 2017. MINAS GERAIS. Corpo de Bombeiros Militar. Instrução Técnica 09, Carga de Incêndio nas Edificações e Área de Risco. Disponível em: < http://www.bombeiros.mg.gov.br/images/stories/dat/it/it%2009.pdf> Acesso em: 15 mar. 2017. MINAS GERAIS. Corpo de Bombeiros Militar. Instrução Técnica 11, Plano de Intervenção de Incêndio. Disponível em: < http://www.bombeiros.mg.gov.br/images/stories/dat/it/it_11_plano_de_intervencao_de_incendio.pdf> Acesso em: 20 mar. 2017. MINAS GERAIS. Corpo de Bombeiros Militar. Instrução Técnica 12, Brigada de Incêndio. Disponível em: < http://www.bombeiros.mg.gov.br/images/stories/dat/it/it_12%20_brigada_de_incendio.pdf> Acesso em: 21 mar. 2017. MINAS GERAIS. Corpo de Bombeiros Militar. Instrução Técnica 13, Iluminação de Emergência. Disponível em: < http://www.bombeiros.mg.gov.br/images/stories/dat/it/it_13_iluminacao_de_emergencia.pdf> Acesso em: 28 mar. 2017. MINAS GERAIS. Corpo de Bombeiros Militar. Instrução Técnica 15, Sinalização de Emergência. Disponível em: < http://www.bombeiros.mg.gov.br/images/stories/dat/it/it%2015.pdf> Acesso em: 04 abr. 2017. MINAS GERAIS. Corpo de Bombeiros Militar. Instrução Técnica 16, Sistema de Proteção por Extintores, 2ª Edição. Disponível em: < http://www.bombeiros.mg.gov.br/images/stories/dat/it/it_16_extintores_2a_edicao.pdf> Acesso em: 15 abr. 2017. MINAS GERAIS. Corpo de Bombeiros Militar. Instrução Técnica 38, Controle de Materiais de Acabamento e de Revestimento-CMAR. Disponível em: < http://www.bombeiros.mg.gov.br/images/stories/dat/it/it_38_cmar.pdf> Acesso em: 16 abr. 2017. MINAS GERAIS. Decreto Estadual 44.746 de 29/02/2008 (alterado pelo 46.595/2014) Regulamenta a Lei 14.130, de 19 de dezembro de 2001, que dispõe sobre a prevenção contra incêndio e pânico no Estado e dá outras providências. Disponível em:

Page 67: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

65

http://www.bombeiros.mg.gov.br/component/content/article/490-decretos.html. Acesso em: 03 dez. 2016. MINAS GERAIS. Lei Estadual 14.130 de 19/12/2001, dispõe sobre a prevenção contra incêndio e pânico no Estado e dá outras providências. Disponível em: 13 <Http://www.bombeiros.mg.gov.br/component/content/article/489-leis.html> Acesso em: 03 dez. 2016. MITIDIERI, M. L; IOSHIMOTO, E. Proposta de Classificação de Materiais e Componente Construtivos com Relação ao Comportamento Frente ao Fogo - Reação ao Fogo. 1998. 25 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Construção Civil) - Escola Politécnica da USP, São Paulo, 1998. Disponível em: <http://www2.pcc.usp.br/files/text/publications/BT_00222.pdf>. Acesso em: 24 maio 2017. NEGRISOLO, W. Arquitetando a segurança contra incêndio. 2011. 415 p. tese (Doutorado em Tecnologia da arquitetura) - Faculdade de arquitetura e urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. Disponível em:<http://www.teses.usp.br/teses/.../16/.../Arquitetando_a_Seguranca_Contra_Incendio_Rv.pdf>. Acesso em: 31 maio 2017. NETO, M.A. DA L. Condições De Segurança Contra Incêndio. Brasília: Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência À Saúde. 1995. 107 p. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/condicoes_incendio.pdf>. Acesso em: 15 mar. 2017. PEREIRA, Á. G; JUNIOR, C. F. DE A. Ensino De Ciências E Matemática Para O Exercício Das Atividades De Segurança Contra Incêndios. 01. ed. São Paulo: INTERFACEHS, 2010. 26 p. v. 05. Disponível em: <http://www.revistas.sp.senac.br/index.php/ITF/article/view/61/89>. Acesso em: 02 jan. 2017. PINTO, E. M. Proteção contra incêndio para habitações em madeira. 2001. 157 p. Dissertação (Mestrado em Tecnologia do Ambiente Construído) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2001. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18131/tde-19052006-114716/.../CapaA.pdf>. Acesso em: 22 fev. 2017. SEITO, A. I; et al. A Segurança Contra Incêndio No Brasil. São Paulo: Projeto Editora, 2008. 496 p. Disponível em: <http://www.ccb.policiamilitar.sp.gov.br/icb/wp-content/uploads/2017/02/aseguranca_contra_incendio_no_brasil.pdf>. Acesso em: 11 jan. 2017. SILVA, J. D. J. Avaliação De Conformidade Legal Na Elaboração De Projetos De Prevenção Contra Incêndio Em Uma Instituição De Ensino Superior- Mossoró- Rn. 2011. 88 f. Monografia (Bacharel em Ciência e Tecnologia- Departamento de Ciências Ambientais e Tecnológicas) - Universidade Federal Rural do Semiárido – UFERSA, Mossoró, 2011. Disponível em: <http://www2.ufersa.edu.br/portal/view/uploads/setores/270/TCC%20-%20BCT/TCC%20Marcelo%20Silva.pdf>. Acesso em: 05 mai. 2017.

Page 68: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

66

VARGAS, M. R; SILVA, V. P. E. Resistência Ao Fogo Das Estruturas De Aço. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Siderurgia - IBS / Centro Brasileiro da Construção Em Aço - CBCA, 2003. 74 p. Disponível em: <http://bibonline.ufpi.br/acervo/exemplares.asp?cl=037965>. Acesso em: 03 abr. 2017.

Page 69: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

67

APÊNDICE A – INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

QUESTIONÁRIO

1. Você sabe o que é um sistema de proteção contra incêndio e pânico?

( ) sim ( ) não

2. Acha importante se dispor de equipamentos de segurança eficientes no combate

a um incêndio em uma boate?

( ) sim ( ) não

3. Supondo-se que um incêndio comece próximo ao palco, na espuma de

isolamento acústico fixada em toda extensão do teto de uma boate, você teria

condições (capacitação técnica) para utilizar um extintor de incêndio?

( ) sim ( ) não

4. Acha importante a presença de pessoal treinado e capacitado para atuação em

caso de emergência em boates?

( ) sim ( ) não

5. Concorda que uma fiscalização eficaz por parte do Estado pode contribuir para a

diminuição dos incêndios em casas de shows?

( ) sim ( ) não

Page 70: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

68

ANEXOS

Page 71: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

69

ANEXO A

Page 72: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

70

ANEXO B

PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE DADOS

Ocupação: Local de Reunião de Público, F/ F-6

Endereço: Avenida Marabá, 422

Bairro: Alto Caiçaras

Proprietário: Marco Antônio De Brito Júnior

Número De Funcionários: 04

Horário De Funcionamento: Eventos a partir das 18:00 horas

População Fixa: 04 pessoas

População Flutuante: 673 Pessoas

Vias de acesso e pontos de referência: Avenida Marabá próximo ao Posto Caiçaras

Anexar planta baixa do prédio.

O prédio possibilita, junto ao leito carroçável ou no seu interior a utilização de viaturas ou equipamentos de Bombeiro:

(X) sim ( ) não

1 DADOS RELATIVOS A CONSTRUÇÃO DO IMÓVEL:

Área do terreno: 672,00m²

Área construída: 575,34m²

Altura da edificação: 4,50m

Distância em relação às edificações vizinhas:

Direita via pública: 7,00m

Esquerda via pública/residência: 7,00m

Frente via pública: 7,00m

Atrás via pública: 7,00m

Tipo de estrutura portante e de cobertura:

( X) concreto ( X) metálica ( ) madeira ( ) outras especificar:

Número de Pavimentos: 01

Material de acabamento das paredes: Alvenaria

Page 73: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

71

Material de acabamento dos pisos: Cerâmico

Material da cobertura: Telha de fibrocimento

2 EQUIPAMENTOS E SISTEMA DE COMBATE A INCÊNDIO:

2.1 Hidrantes:

( ) simples ( ) duplo

( ) interno ( ) externo (x) não possui

Quantidade: Não possui

Localização: Não possui

Tipo (s) de mangueira (s) : ( ) 38 mm ( ) 63 mm

Obs.: colocar a quantidade entre os parênteses

Hidrante de recalque: ( ) Sim (x) Não

Hidrante público mais próximo da edificação: 100m

2.2 INSTALAÇÕES AUTOMÁTICAS:

Chuveiros automáticos ( ) sim ( x) não

Gás carbônico (CO2): ( ) sim (x ) não

Gases especiais: ( ) sim ( x ) não

Sistema de detecção de incêndio e alarme: ( ) sim ( x ) não

2.3 Bombas de recalque: ( ) elétrica ( ) óleo ( ) gasolina ( ) vapor

Sendo elétrica, há gerador para emergência: ( ) sim (x ) não

Localização do hidrante de recalque: Não tem

Qual o hidrante público mais próximo:100m

2.4 Reservatório de água para incêndio:

( ) subterrâneo ( ) elevado

Capacidade: m³

Capacidade Reservada para Incêndio: m³

Manancial natural ou artificial nas proximidades: Poço Artesiano

2.5 Pessoal treinado:

Page 74: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

72

( ) Bombeiros profissionais

(X) Brigada de Incêndio

( ) Socorristas

- Responsável pela brigada: Arnaldo de Oliveira Júnior – Técnico de Segurança do Trabalho. Registro: 2899-1- TEM-MG

- Quantidade de brigadistas: Todos os funcionários fazem parte da brigada

- Período em que estão na edificação: todos os dias

2.6 SOCORROS EXTERNOS: LOCALIZAÇÃO E TEMPO RESPOSTA:

São 2km numa velocidade de 40km/hora = 5mim

Obs.: medir o deslocamento em velocidade moderada em situação normal de trânsito.

Bombeiros: aproximadamente 6.000m (4ªCia BM/SSCIP – Patos de Minas)

Centro de Saúde: Hospital Imaculada Conceição e hospital Regional: aproximadamente 3.500m

Hospital Nossa Senhora de Fátima aproximadamente: 1.500m

Hospital São Lucas aproximadamente: 2.100m

Hospital Vera Cruz: 4.500m

Corpo de Bombeiros (193): Endereço: Av. Professor Aristides Memória, 319, Jardim Paulistano, Patos de Minas/MG

Tempo-resposta: 10 minutos

Policiamento (190): Endereço: Avenida Comandante Vicente Torres, 450, Jardim Céu Azul, Patos de Minas/MG

Tempo-resposta: 10 minutos

Pronto Socorro (192):

Endereço: R. Major Gote, 1231, Centro, Patos de Minas/MG

Tempo-resposta: 10 minutos.

3 PONTOS CRÍTICOS DA EDIFICAÇÃO:

Assinalar na implantação: central de GLP, casa de bomba, outras que oferecer um risco maior.

a) Riscos Internos:

Equipamentos elétricos: Instalações elétricas e outros que utilizam de energia elétrica

Aglomeração de Pessoas: Pânico.

b) Riscos externos:

Page 75: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

73

Origem natural: Sismo, descarga atmosféricas, etc.

Origem tecnológica: Sem proximidade com instalações perigosas

4 DADOS SOBRE O ABANDONO DE ÁREA

Quais as saídas de emergências? 02 Saídas de emergência pela Avenida Marabá

Há área de refúgio? Sim

Há comunicação com outras edificações? Não

Há pessoas com dificuldade para locomoção? Sim

Há pontos fixos para ancoragem de cordas? Não

A escada mecânica disponível na fração de bombeiros mais próxima alcança todos os pavimentos? Sim

Há rotas de fuga com iluminação de emergência? Sim

Há rotas de fuga sinalizadas? Sim

5 TIPO DE VIZINHANÇA:

Residencial e comercial.

Abastecimento de gás: ( ) GLP ( ) GN

6 POSSIBILIDADE DE ENCHENTE:

( ) Sim (X) Não

( ) Córrego ( ) Lagoa ( ) Outros

7 RESPONSÁVEL TÉCNICO

Nome: Maria Cristina Tolentino Pereira

Capacitação técnica (CREA): 69.385 D-MG

Telefone de contato:(34)38216701

8 SENTIDO DO VENTO PREDOMINANTE: Leste

9 FRAÇÃO DE BOMBEIROS MAIS PRÓXIMA:

Avenida Aristides Memória, 319, Jardim Paulistano, Patos de Minas/MG

Telefone: (34)3823-3583

Page 76: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

74

ANEXO C

Page 77: FACULDADE FINOM PATOS DE MINAS ANTONIO CARLOS PEREIRA · frequentadores, as condições mínimas de segurança contra incêndio exigidas pela norma; analisar se os profissionais de

75