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1 FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DA PARAÍBA-FESP CURSO DE BACHAREL EM DIREITO MAYARA LEAL PEREIRA ASSÉDIO MORAL NAS RELAÇÕES DE TRABALHO CABEDELO - PB 2015

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FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DA PARAÍBA-FESP CURSO DE BACHAREL EM DIREITO

MAYARA LEAL PEREIRA

ASSÉDIO MORAL NAS RELAÇÕES DE TRABALHO

CABEDELO - PB 2015

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MAYARA LEAL PEREIRA

ASSÉDIO MORAL NAS RELAÇÕES DE TRABALHO

Trabalho de Conclusão de Curso em forma de Artigo

Científico apresentado à Coordenação do Curso de

Bacharelado em Direito, pela Faculdade de Ensino

Superior da Paraíba – FESP, como requisito parcial

para a obtenção do título de Bacharel em Direito.

Área: Direito do Trabalho. Orientador: Profª. Ms. Catarina Mota de Figueiredo Porto

CABEDELO - PB 2015

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MAYARA LEAL PEREIRA

ASSÉDIO MORAL NAS RELAÇÕES DE TRABALHO

Artigo Científico apresentado à Banca Examinadora de Artigos Científicos da Faculdade de Ensino Superior da Paraíba – FESP, como exigência para a obtenção do grau de Bacharel em Direito.

APROVADO EM ____/____/____2015

BANCA EXAMINADORA

Profª Ms. Catarina Mota de Figueiredo Porto ORIENTADOR-FESP

Prof. Dr. Alexandre Cavalcanti Andrade de Araújo MEMBRO –FESP

Profª. Ms. Francisca Luciana de Andrade Borges Rodrigues MEMBRO-FESP

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SUMÁRIO

RESUMO ........................................................................................................... 5

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 5

2 NOÇÕES GERAIS SOBRE O ASSÉDIO MORAL NO AMBIENTE DE

TRABALHO ........................................................................................... ...........8

2.1 CONCEITO. ...................................................................................................... 8

2.2 CARACTERÍSTICAS. ........................................................................................ 9

2.3 SUJEITOS DO ASSÉDIO MORAL .................................................................. 10

2.3.1 O Assediador/Agressor ................................................................................ 10

2.3.2 O Assediado/Vítima ....................................................................................... 11

3 ESPÉCIES DE ASSÉDIO MORAL ................................................................. 13

3.1 ASSÉDIOS MORAL HORIZONTAL ................................................................ 13

3.2 ASSÉDIOS MORAL VERTICAL ...................................................................... 14

3.2.1 Assédio Moral Vertical Descendente ........................................................... 14

3.2.2 Assédio Moral Vertical Ascendente ............................................................. 15

4 O ASSÉDIO MORAL NO DIREITO BRASILEIRO .......................................... 15

4.2 O ASSÉDIO MORAL E A PROTEÇÃO JURÍDICA BRASILEIRA .................... 15

4.3 CONSEQÜÊNCIAS PARA O EMPREGADO ASSEDIADO ............................ 17

4.5 DA PREVENÇÃO DO ASSÉDIO MORAL ....................................................... 18

4.6 O DANO DECORRENTE DO ASSÉDIO MORAL E SUA REPARAÇÃO ........ 19

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 22

ABSTRACT ..................................................................................................... 23

REFERÊNCIAS ............................................................................................... 24

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ASSÉDIO MORAL NAS RELAÇÕES DE TRABALHO

MAYARA LEAL PEREIRA *

CATARINA MOTA DE FIGUEIREDO PORTO**

RESUMO

O presente trabalho de conclusão de curso tem como tema o assédio moral no ambiente de trabalho, onde o enfoque desse estudo irá mostrar o alto índice dos casos de assédio moral nas relações trabalhistas, expondo as suas características e a forma que poderá ser aplicado, bem como a reparação por danos morais e materiais contra o agressor ou diretamente contra o empregador. Levando em consideração que este tipo de conduta prejudica a saúde física e psíquica da vitima, atingindo a sua dignidade e a sua imagem, comprovaremos que não existe uma legislação específica no âmbito federal, regulamentando o assédio moral no ambiente de trabalho, ou que possam ao menos, determinar como necessária a aplicação dos meios de prevenção nas organizações de nosso país, de maneira que as mesmas não utilizem da recorrente competitividade ou rivalidade para alcançar uma melhor produção de maneira geral de seus funcionarios, uma vez que são através de tais iniciativas que surgem atitudes que acarretam em humilhação, violação da dignidade, piadas dotadas de mal intenção e até mesmo, fofocas e apelidos internos. Dessa forma, busca-se compreender como acontece tais episódios que acarretam em assédio moral, e como o mesmo pode ser evitado em nosso país. Palavras-chave: Direito do Trabalho. Assédio Moral. Dano Moral. Dignidade da Pessoa

Humana.

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como escopo, analisar o assédio moral nas relações

trabalhistas, porém, este não é um aspecto novo no ramo empregatício, ao contrário, o

mesmo vem ganhando força e sendo um dos fenômenos mais investigados nos últimos

anos, devido à busca desenfreada, seja em relação ao forte caráter competitivo ou

devido à pressão para o aumento da produtividade.

Desde de nossos primórdios a dignidade da pessoa humana é um tema de

extrema relevancia em meio às pessoas. A denominada dignidade humana é insigne ao

*Aluna concluinte do Curso de Bacharel em Direito da Fesp Faculdades, semestre 2015.2, e-mail: [email protected] ** Mestre em direito, Especialista em Ciências Jurídicas, Advogada, Professora da Fesp Faculdades, atuou como orientadora desse TCC. E-mail: [email protected]

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ser humano, sendo esta uma peculiaridade do homem, independente de seus

costumes, raças, religiões ou instituições humanas. Mesmo que este se encontre

submetido a variadas circunstâncias, é ainda desta forma, preservada nele essa

característica comum. Entretanto, ao longo de nossa existência, tem sido notório

relações pessoais bem distintas, onde nem todo momento ocorreu a obediência a

supremacía do ser humano em relação à todos os outros variados interesses. Fato este

que acontece principalmente no ambiente de trabalho e no que diz respeito às relações

trabalhistas.

Ao analisarmos a esfera do trabalho, sempre é colocado à frente o fator

econômico, de maneira que nas relações de trabalho ocorre o dominio económico de

um indivíduo sobre o outro, e a autoridade econômica muitas vezes existentes nessa

relação, faz com que a produtividade da empresa envolvida seja mais importante do

que qualquer outra coisa, tal fato faz com que em determinados momentos a dignidade

e a supremacía do trabalhador não sejam respeitadas ou consideradas em algumas

ocasiões. Entretanto, é mais que necessário considerar e respeitar o princípio

Constitucional da Dignidade Humana, compreendendo que através desse é assegurado

o dever de respeitar a pessoa humana, resguardando dessa maneira, a sua integridade

física, moral e também psíquica.

Entretanto, como elucidado acima, ao longo do tempo, tornou-se perceptível que

as relações de trabalho muitas vezes desrespeitam tal preceito, o que fez com que o

Estado fosse obrigado a tomar medidas que assegurassem os direitos envolvidos nesta

situação. Assim, ao longo dos anos, foram nascendo normas, intituições e instrumentos

jurídicos que combatessem ou apresentassem a finalidade de prevenir o acontecimento

do assédio moral e do dano.

Há algum tempo, as empresas tendo em vista toda a competitividade do

mercado comercial, passou a incentivar a competitividade bem como a rivalidade entre

seus funcionarios, fazendo com que os mesmos, em determinados momentos,

utilizassem outros métodos baixos, em busca de torna-se superior em relação a eles

mesmos, ou ainda o seu superior se achar no direito de utilizar de métodos

constragedores em busca de uma maior produtividade entre os funcionários, tal fato

gerou ainda mais o acontecimento das práticas de assédio moral. Todavia, este

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fenômeno social foi praticado de forma mais intensa no ambiente empregatício, onde o

empregador coloca o trabalhador em situações vexatórias como uma maneira de

incentivar os seus colaboradores a cumpri-lás, entretanto, existem também casos em

que os próprios empregados, utilizam de métodos vexatórios e desrepeitosos entre

eles, não acontecendo somente, de um superior para um colaborador, mas também em

funcionarios de mesma hierárquia.

Tal tipo de comportamento ao longo do tempo vem despertando maior interesse

da sociedade em geral, uma vez que, a mesma passou a compreender e combater

condutas como estas, que são responsáveis por afetar diariamente a saúde física e

psíquica do trabalhador que a enfrenta. Conforme toda relevância deste assunto, será

abordado ao longo deste estudo o tema assédio moral no ambiente de trabalho por

meio de elucidações legais, doutrinas e jurisprudências, visando o que é melhor a ser

feito acerca de quais as medidas cabíveis para combater ese tipo de violência. Diante o

exposto, se faz necessário verificar as causas que levam a ocorrer tal delito, bem como

esclarecer a sua espécie jurídica e principalmente, o que diz respeito a Legislação

Nacional a respeito o tema, de maneira a esclarecer como nosso ordenamento previne

e protege os indivíduos que passam por tal constragimento.

Desta forma, foi estabelecido como objetivo da pesquisa a busca de uma

delimitação ao que condiz às implicações e direitos jurídicos contidos em nosso

ordenamento com relação ao assédio moral, onde exista uma relação firmada entre

empregador e empregado. Analisando os conceitos, demonstrando os problemas e

deficiências existentes nesse âmbito, e esclarecendo as dúvidas existentes com relação

a esse contexto.

A metodologia usada para a execução deste trabalho foi à pesquisa bibliográfica

e documental, uma vez que foram utilizadas de pesquisas de livros, artigos publicados,

sites de informações, revistas e documentos condizentes ao tema abordado. Como

também as legislações, jurisprudências, códigos e leis, que envolvem tal assunto. Com

relação à abordagem ela é qualitativa e de uma utilização de dados descritivos, uma

vez que busca descrever as discussões, debates e dificuldades encontradas a respeito

do tema em enfoque.

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Dessa maneira, o estudo será dividido em três seções, das quais: a primeira

discorrerá acerca do entendimento científico e jurídico sobre o que é de fato o assédio

moral no ambiente de trabalho, seus conceitos, características e sujeitos. Em

sequência, a segunda sessão que aborda as espécies de assédio moral e por fim, é

abordado como tal conhecimento é compreendido e definido segundo a nossa

legislação.

2 NOÇÕES GERAIS SOBRE O ASSÉDIO MORAL NO AMBIENTE DE TRABALHO

2.1 CONCEITO.

Segundo Nascimento (2012), entende-se por assédio moral toda conduta

abusiva, que poderá ser do empregador que se utiliza da sua superioridade hierárquica

para assediar os seus encarregados, ou dos empregados entre si com a finalidade de

excluir alguém que o grupo não gosta, que pode se dá, de maneira geral, por motivos

de competição no trabalho ou de uma discriminação com o seu companheiro de

trabalho. A expressão assédio moral é a mais utilizada no Brasil para fatos desta

natureza, porém ainda não foi possível chegar a uma qualificação que a descreva

concretamente, e por ser um tema amplo, atinge não só o direito, mais também a

psicologia, a psiquiatria e a medicina do trabalho, podendo ser caracterizado de

diversas formas, por exemplo, tortura psicológica, violência psicológica, tirania no

trabalho, violência no trabalho e terror psicológico.

No mesmo sentido Hirigoyen (2011, p. 9), aponta:

Ao longo da vida há encontros estimulantes, que nos incitam a dar o melhor de nós mesmos, mas há igualmente encontros que nos minam e podem terminar nos aniquilando. Um indivíduo pode conseguir destruir outro por um processo de contínuo e atormentante assédio moral. Pode mesmo acontecer que o ardor furioso desta luta acabe em verdadeiro assassinato psíquico. Todos nós já fomos testemunhas de ataques perversos em um nível ou outro, seja entre um casal, dentro das famílias, dentro das empresas, ou mesmo na vida política e social. No entanto, nossa sociedade mostra-se cega diante dessa forma de violência indireta. A pretexto de tolerância, tornamo-nos complacentes.

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Assim, com as fundamentações esclarecidas, compreende-se que o assédio

moral esta intrinsecamente vinculada à conduta abusiva, em formas de palavras,

insultos, desqualificando a pessoa, denegrindo a sua imagem, levando a vítima a se

sentir incapaz diante dos demais, e essa forma de tratamento acontece de maneira

intencional.

Ainda segundo Hirigoyen (2011), um comentário feito em um momento de

irritação ou mau humor não é significativo, sobretudo se vier acompanhado de um

pedido de desculpas. O que caracteriza, o assédio é a repetição dos vexames, das

humilhações, sem qualquer esforço no sentido de abrandá-las, o que vem a tornar o

fenômeno destruidor.

Acontece que tais ações afetam diretamente o assediado, de maneira que muitas

delas podem ocasionar danos até mesmo a sua saúde física, são os casos daqueles

que após os inúmeros insultos, injúrias e até mesmo, determinados tipos de piadas

constantes, atingem a um nível de depressão, que acaba por interferir não só no

trabalho, mas também na sua vida como um todo. Contudo, vale ressaltar que o

entendimento acerca do assédio só acontece para aqueles casos que ocorrem

sucessivamente, de maneira repetitiva sobre determinada pessoa, seja ela superior ou

não dos assediadores.

2.2 CARACTERÍSTICAS

O que distingue um assédio moral como tal, é apenas a frequência que o mesmo

acontece, ou até mesmo, em outras palavras a intensidade do acontecimento, se o

mesmo se dá de maneira sucessiva é incansável, se trata de um assédio moral a

determinar a vítima. Outro aspecto vem a ser a necessidade de causar algum dano à

vítima, seja um mal estar no ambiente de trabalho ou do mesmo com si próprio. A

exclusão do mesmo com relação aos demais companheiros de trabalho também

assinala uma característica, amaçando assim seu trabalho propriamente dito, sua

saúde e seu bem estar de maneira geral. Desse modo o assédio moral trata-se de um

ato doloso, de uma intenção manifestada por parte do agente, vindo a excluir ou

discriminar o assediado na relação de trabalho, ocorrendo por inúmeras vezes,

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distanciando-se de um fato isolado, ou seja, se este vir a ocorrer de forma esporádica

não será qualificado como assédio moral.

No que fere diretamente a saúde física e mental do assediado, colocando este

em uma situação critica, de desequilíbrio, perda na obtenção de uma boa produtividade,

desestabilizando o ambiente de trabalho e em conseqüência disso pode até vir a

renunciar o emprego. Na ótica de Nascimento (2012, p.922):

[...] a não configuração do assédio moral pela ausência do dano psíquico não exime o agressor da devida punição, pois a conduta será considerada como lesão à personalidade do indivíduo. „A pessoa que resiste à doença psicológica não será prejudicada, pois sempre restará a reparação pelo dano sofrido‟.

Ainda nesse contexto, os tribunais em nosso país têm decidido por meio de seus

julgamentos:

EMENTA: INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - ASSÉDIO MORAL –RELAÇÃO-GÊNERO-ESPÉCIE - Os danos morais relacionam-se à lesão a valores e bens que estão ligados à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas e encontram previsão constitucional (art. 5º, X, CR/88) e infraconstitucional (art. 927 do CC/2002). A indenização por dano moral, portanto, se revela como gênero, do qual é espécie o assédio moral. Assim, para se caracterizar o assédio moral exige-se a satisfação de requisitos mais específicos, quais sejam, a abusividade da conduta; a natureza psicológica do atentado à dignidade psíquica do indivíduo; a reiteração do ato ilícito e a finalidade de exclusão. No entanto, os danos morais "lato sensu", por serem genéricos, podem ser deferidos quando se fizerem presentes os pressupostos para tanto, ainda que não comprovada a hipótese de assédio moral e mesmo que a aludida indenização tenha sido requerida com base na alegação de assédio, já que aquela traz exigências menos rigorosas e menos específicas que este. Assim, não há falar em impossibilidade de deferimento de indenização por danos morais, ao argumento de que, "in casu", só foi pleiteada com base no assédio. (TRT-3-RECURSO ORDINARIO TRABALHISTA: RO-003142010152030030000314-2-.2010.5.03.0152-Órgão Julgador: Sexta Turma Publicação: 17/12/2012- 16/12/2012- DEJT. Página 297).

Percebe-se que, estas consequências vão depender de pessoa para pessoa, do

equilíbrio mental, da sua resistência de cada uma delas, devendo ser consciente o

efeito que causará o dano sobre a dignidade e o comportamento mental e físico do

empregado, praticado pelo agressor, caracterizando o assédio moral, quando provado

que este ocorreu de forma intencional ou previsível.Portanto, aqui no Brasil é de grande

relevância, que configure a responsabilidade do agressor, se este agiu de forma

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intencional ou previsível, com ou sem culpa, tendo este a obrigação de reparar o dano

causado.

2.3 SUJEITOS DO ASSÉDIO MORAL

2.3.1 O Assediador/Agressor

Compreende-se por se determinar como assediador ou agressor aqueles

indivíduos que são responsáveis pelas práticas de assédio moral, se tratam em sua

maioria de pessoas satisfeitas consigo mesmas, além de possuir a crença de que os

demais, amigos ou colegas de trabalho devem ter os mesmos pensamentos e

comungar de suas atitudes. Também se tratam de indivíduos que não se sentem mal

ao perseguir ou maltratar determinada pessoa, tornando assim a vida deste difícil na

realização e no bem estar de seu trabalho. O mesmo busca diminuir e humilhar o

assediado, por meio de piadas, injúrias e até mesmo de apelidos, fofocas e /ou

mentiras. Hirigoyen (2011, p. 278) chega a imputar aos sujeitos assediantes a

qualidade de grandes perversos narcisistas, considerando-os:

[...] indivíduos que estabelecem com as outras vinculações alicerçadas e relações de força, desconfiança e manipulação. É impossível para eles reconhecer as diferenças do outro como ser humano complementar, que deveriam enriquecê-los. Ao contrário, consideram o outro a priori, como os que poderiam ser um entrave a seu poder.

Portanto, podemos caracterizar o agressor no assédio moral como o empregador

ou superior hierárquico que exerça função de chefe, gerente, diretor, entre outros.

Aproveitando-se da sua função na empresa para impor ordens, ou até mesmo usar de

outros procedimentos contra o empregado. E, embora não exista uma só característica

ou perfil que configurem determinado indivíduo como assediador, existem alguns

indícios que podem ser verificados nestas pessoas, como demonstra Barreto (2010, p.

56): “[...] são pessoas vaidosas, ferinas, hipócritas, levianas, narcisistas e, para

completar, fracas e medrosas”.

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Mesmo apresentando tais características, esses indivíduos nomeados como

assediadores, não demonstram tais peculiaridades de maneira óbvia, ou ainda,

demonstra a todos a sua maldade. Pelo contrário, muitas vezes os atos praticados pelo

mesmo, acontecem por detrás de piadas corriqueiras, críticas ou humilhações sem

chamar tanta atenção dos demais, mas que trazem grande vergonha para aquele que é

assediado. Pode ocorrer ainda em forma de gritos e insultos, ou de inverdades apenas

em busca de causar o mal estar da vítima. Conforme dados de pesquisa realizada por

Hirigoyen (2011), as atitudes hostis representam: degradação das condições de

trabalho; ações e isolamento e recusa de comunicação; ataques contra a dignidade e

por fim, ameaças verbais físicas ou sexuais. Desse modo, percebe-se que no assédio

moral existem sujeitos que agridem e sujeitos que são vitimas, e este fenômeno pode

vir a ocorrer, tanto pela parte do empregador, como também pelos colegas do ambiente

de trabalho, ou por um subordinado em relação a seu superior (chefe).

2.3.2 O Assediado/Vítima

Qualquer pessoa pode ser vítima de assédio moral, principalmente quando o

objetivo da empresa diz respeito à produtividade, ou em outras palavras, visa apenas a

produção excessiva de cada funcionário, gerando em determinados momentos,até

mesmo, a competição entre os mesmos. Novamente é importante trazer à baila os

estudos da psiquiatra Hirigoyen (2011, p. 68) que mencionam:

Contrariando o que seus agressores tentam fazer crer, as vítimas, de início, não são pessoas portadoras de qualquer patologia, ou particularmente frágeis. Pelo contrário, freqüentemente o assédio se inicia quando uma vítima reage ao autoritarismo de um chefe, ou se recusa a deixar-se subjugar. É sua capacidade de resistir à autoridade, apesar das pressões, que a leva a tornar-se um alvo.

Caracteriza como assediado ou vítima, pessoas dotadas de boa-fé, genuínas,

que sofre ou foi alvo de algum assédio. Em outras palavras, sujeito passivo do assédio

moral, realizados pelo agressor consecutivamente, tendo este como propósito isolar,

agredir e excluir o empregado do seu ambiente de trabalho. Pois esse tipo de pessoa

acaba por despertar no assediador, uma serie de sentimentos, como: raiva, rivalidade,

inveja, entre outros.

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O que acarretará por meio do assédio praticado, danos à saúde mental e física,

desestruturando o empregado psicologicamente, prejudicando sua vida pessoal e

profissional. Reforçando esse entendimento, Lima Filho (2010, p. 228) traz alguns tipos

de empregados que são mais propensos a serem vítimas do assédio moral, os quais

apontam:

a) as pessoas atípicas, ou seja, aquelas que são portadoras de certos caracteres que as diferenciam do padrão dominante, como a cor da pele, o sexo, a orientação, sexual, etc; b) as pessoas demasiadamente competentes ou que ocupam muito espaço, na medida em que sua personalidade poderá atrapalhar ou “fazer sombra a um superior ou a algum colega” [...]; c) aquelas que não se deixam conduzir e resistem a ser formatadas, como os empregados que tem um grau de honestidade, escrúpulo e dinâmica elevado; d) os que não conseguem boas alianças ou uma boa rede de relacionamentos, pois o assédio sendo um fenômeno patológico da sociedade costuma incidir com maior intensidade e preferência sobre os trabalhadores isolados [...]; e) os assalariados protegidos, como as mulheres grávidas e aqueles que têm alguma garantia de emprego, como os que não são protegidos com algum tipo de estabilidade. [...]; f) as pessoas menos eficazes; porque quando o trabalhador não é bastante competente ou demora mais para adaptar-se o padrão empresarial [...]; g) as pessoas com alguma debilidade temporária, pois são mais fáceis de serem maltratadas [...].

Todos os indivíduos estão propícios a sofrerem este tipo de assédio, porém vale

salientar que isso varia de pessoa para pessoa, independente de cor, raça, idade ou

sexo. E este tipo de assédio geralmente pode acontecer de maneira oculta, quer dizer,

os empregados por não acreditarem na maldade do agressor, acabam por sua vez,

esgotando-se, excluindo-se do ambiente de trabalho.

3 ESPÉCIES DE ASSÉDIO MORAL

Capelari (2010) assevera que diversas vezes se divulga, se discorre,acerca do

Assédio Moral voltado do detentor de autonomia, ou em outras palavras, superior

hierárquico – como é o caso do gerente, supervisor, diretor – ao seu subordinado. É

compreensível que este acontecimento faz menção a possibilidade mais habitual,

entretanto, episódios distintos acontecem ainda de maneira corriqueira e são

compreendidos como se tratando de classes típicas de assédio.

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3.1 ASSÉDIOS MORAL HORIZONTAL

O assédio horizontal ocorre entre aqueles que integram a mesma classe social, e

este tipo de assédio é conhecido no Brasil como o famoso bullying, sendo praticado

através de preconceitos raciais, éticos e políticos, ocasionando o isolamento, a

degradação no ambiente de trabalho, tendo o empregado a sua dignidade ofendida. E,

diante deste contexto com Capelari (2010, p.138) cita:

E o que se tem notado é que as empresas observam esse tipo de assédio e se mantêm inertes acreditando que esse tipo de assédio estimula a produtividade. Mas se esquecem que a empresa também terá responsabilidade pelo ocorrido, na medida em que o assédio persiste em razão da omissão, da tolerância ou até mesmo do estímulo da empresa em busca de competitividade interna.

Esse tipo de assédio, por mais que ocorram entre os funcionários de mesma

classe, a empresa ainda apresentará responsabilidade acerca deles, pois é papel da

mesma, previnir, e conscientizar seus empregados, acerca dos danos que tal episódio

pode ocasionar a vida e saúde dos mesmos, ao invés de incentivá-los, com a finalidade

de gerar a competitividade até mesmo no que diz respeito a produtividade dos mesmos.

3.2 ASSÉDIOS MORAL VERTICAL

Com relação ao entendimento e compreensão no que diz respeito ao assédio

moral vertical entendemos que o mesmo se trata da coparticipação de parte de

funcionários para se ver livre de determinado chefe hierárquico que lhe foi deliberado e

que acabou não sendo aprovado ou aceito por estes mesmos empregados. Tal fato é

bem constante em se tratado de episódios de fusão, ou de compra e venda de

determinadas empresas ou grupos.

Acontece que ocorre uma mesclagem em algunas destes episódios, onde alguns

superiores são mesclados a outros novos, de maneira a utilizar os funcionarios das

duas empresas, e a determinação das funções é realizada unicamente através de

interesses políticos ou estratégicos, sem que seja levada em consideração a opinião de

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nenhum dos empregados. Os quais, por sua vez, passam a fazer uma aliança, com a

finalidade de “colocar para fora” seu novo superior.

3.2.1 Assédio Moral Vertical Descendente

Ocorre quando este fator é praticado pelo ser superior (gerente, supervisor,

diretor) visando ferir o seu subordinado, com o intuito de auferir lucro e aumentar a

produtividade. Aproveitando do seu poder, adota posturas autoritárias e que por sua

vez acaba sendo abusivas, e que acarretam em determinadas vezes, sérios riscos

psíquicos, morais e de saúde naquele que sofre tal assédio.

Nesse sentido, Alkimin (2011, p 67) cita que:

Entretanto, sob a roupagem do exercício do poder de direção, os detentores do

poder- empregador ou superior hierárquico - visando uma organização do

trabalho produtiva e lucrativa, acabam por incidir no abuso de poder, adotando

posturas utilitaristas e manipuladoras através da gestão sob pressão (onde se

exige horários variados e prolongados, diversificação de função, cumprimento a

todo custo de metas etc). Notadamente o superior hierárquico, que se vale de

uma relação dominio, cobranças e autoritarismo por insegurança e medo de

perder a posição de poder, desestabilizando o ambiente de trabalho pela

intimidação, insegurança e medo generalizado, afetando o psiquismo do

empregado e, consequentemente sua saúde mental e física, além de prejudicar

a produtividade com a queda no rendimento do empregado afetado pela

situação assediante ou pelo absenteismo.

Assim, os detentores do poder se valem de manobras perversas, de forma

silenciosa, visando excluir do ambiente aquele que representa para si uma ameaça ou

para a própria organização do trabalho, praticando manobras ou procedimentos

perversos do tipo recusa de informação ou comunicação, desqualificação e/ou

rebaixamento, isolamento, excesso de serviço com metas absurdas e horários

prolongados.

É contudo, relevante elucidar que nem em todos os casos de assédio moral

descendente o superior hierárquico asume determinado dominio de direção sobre

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colaborador, entretanto, é imprescindivel que exista a superioridade hierarquica, uma

vez que é através de sua posição de trabalho mais elevada que o mesmo pode utilizar

de chantagem com o seu subordinado, seja por meio de sua influência ou posição.

3.2.2. Assédio Moral Vertical Ascendente

Na ótica de Hirigoyen (2011), existem diversas maneiras possíveis deste tipo de

assédio, a exemplo: a falsa declaração de assédios como o sexual, em busca de tentar

alegar algo que não aconteceu apenas para afetar a imagen de determinada pessoa,

ou a sua credibilidade, por exemplo. Há ainda, as nomeadas reações coletivas de

grupo, que é a união e aliança de um número de colaboradores apenas com a

finalidade de excluir ou conseguir a demissão de um superior hierárquico.

Embora seja o mais raro, configura-se quando realizado pelo ser inferior, através

de situações perversas, vexatórias, contra o seu empregador ou superior hierárquico,

como por exemplo, ficar de piadas e também de injúrias a respeito daquele que é dono

da empresa, ou até mesmo, daquele que é seu chefe de setor, ou com relação a sua

linha hierárquica.

4 O ASSÉDIO MORAL NO DIREITO BRASILEIRO

4.1 O ASSÉDIO MORAL E A PROTEÇÃO JURÍDICA BRASILEIRA

Como antes já mencionado, o assédio moral é um tema muito abordado

atualmente pelos mais diversos doutrinadores, devido à gravidade e a frequência com

que isso passou a ocorrer. E mesmo que nossa legislação seja principiante neste

âmbito, o Brasil não deixou com que isso afetasse aqueles que sofrem com esse tipo

de assédio.

O ordenamento jurídico brasileiro tem inspecionado de forma eficaz tal delito, de

maneira a coibir e também combater este tipo de prática, que por sua vez, estão

inclusos na nossa Constituição Federal e na consolidação da lei do trabalho, impedindo

que esse seja o motivo para que o trabalhador tenha a sua dignidade ferida. Vários são

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os autores em busca de conceituar concretamente, o art. 1º, da Constituição Federal,

inciso III, que trata da dignidade da pessoa humana. Entre eles, Sarlet (2010, p.138),

aponta em seu entendimento:

[...] a qualidade intrínseca e distintiva reconhecida em cada ser humano que o faz merecedor do mesmo respeito e consideração por parte do Estado e da comunidade, implicando, neste sentido, um complexo de direitos e deveres fundamentais que assegurem a pessoa tanto contra todo e qualquer ato de cunho degradante e desumano, como venham a lhe garantir as condições existenciais mínimas para uma vida saudável, além de propiciar e promover sua participação ativa e co-responsável nos destinos da própria existência e da vida em comunhão com os demais seres humanos.

O princípio da dignidade da pessoa humana é de grande valor, podendo ser

aplicado imediatamente, independe de regulamentação infraconstitucional, sendo este,

o princípio mais importante diante dos demais, além de também ser considerado norma

de eficácia plena. Propagando os demais direitos e garantias fundamentais

assegurados na carta magna.

Para que esse princípio tenha força, é necessário que o direito a vida, a saúde,

ao trabalho, à educação, à igualdade, à privacidade, à segurança, ao meio ambiente

protegido, dentre outros, seja conferido à pessoa. Entretanto, o empregador tem que

tomar consciência que a responsabilidade nesse caso, não só cabe ao estado de fato,

mas a ele, enquanto estiver no poder, impor respeito e respeitar, garantir ao trabalhador

a sua dignidade e os seus direitos. De acordo com o disposto acima, o art. 6º, da nossa

Constituição Federal de 1988 define: Art. 6º: São direitos sociais a educação, a saúde,

o trabalho, a moradia, o lazer, asegurança, a previdência social, a proteção a

maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição

(BRASIL, 1988).

Desse modo deve-se ao empregado um ambiente de trabalho digno, saudável,

onde o mesmo possa se sentir bem, colocando em prática as suas atividades e obtendo

um bom desempenho, evitando qualquer tipo de tratamento que acarrete a sua saúde

psíquica e física. Por sua vez, o art. 225 da Constituição da República de 1998 dispõe

que:

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Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e a coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações (BRASIL, 1988).

Diante do que foi exposto, vale salientar que, a falta de uma normatização

específica em relação ao assédio moral não impede sua análise jurisdicional perante a

Constituição Federal, do Código Civil e da Consolidação das Leis do Trabalho, pois, de

acordo com o que foi exposto, o ordenamento jurídico brasileiro, de forma lógica,

garante ao trabalhador a proteção à dignidade humana, aos direitos de personalidade e

ao ambiente de trabalho sadio e equilibrado, não obstando, assim, a responsabilidade

do empregador em ressarcir os danos materiais e morais resultantes da prática dessa

violência moral.

4.2 CONSEQUÊNCIAS PARA O EMPREGADO ASSEDIADO

O assédio moral está intimamente ligado à honra do indivíduo, e em

consequência disso o assediado passa a se enxergar de um modo diferente entre os

demais, se sentindo inferior e incapaz, o que irá gerar, como mencionado mais acima

em uma doença, capaz de desencadear isolamento, depressão, síndrome do pânico,

estresse, esgotamento físico e emocional, péssima produtividade e optando muitas

vezes a pedir demissão, ocasionando a degradação no seu ambiente laboral e a

desqualificação de qualidade de vida neste. Nesse sentido, Paroski (2010, p. 136) alude

ainda que:

O ambiente de trabalho da vítima vai se tornando insuportável progressivamente, sem que a mesma possa julgar em que situações as condições de trabalho se tornam degradáveis. Na maioria das vezes a vítima assediada não tem escolha senão afastar-se do trabalho, enquanto que o agressor permanece no local.

Assim, se tratam de condutas humilhantes e hostis praticadas de forma reiterada,

sendo vista de maneira negativa, ferindo a dignidade do trabalhador, quando na

verdade de acordo com a nossa Constituição Federal e com a nossa Consolidação de

Leis Trabalhistas, este tem o dever de ter assegurados os seus direitos e respeitado de

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forma igualitária. Com base no referido tema e tomando como título de ilustração, o

Recurso Ordinário nº 01556-2008-110-03-00-8, publicado em 28/05/2009, dispõe:

ASSÉDIO MORAL. CONFIGURAÇÃO. RESCISÃO INDIRETA E INDENIZAÇÃO DEVIDAS. Constatando-se que o tratamento dispensado à autora, de forma reiterada, por parte de seu chefe, gerou um sentimento de intimidação e depreciação de sua figura profissional, configurando assédio moral, mantém-se a sentença 'a quo' quanto à rescisão indireta e consectários e à indenização por danos morais (...) (ACORDÃO TRT 16ª / 2ª Turma / RO 0005400-45.2008.5.16.0001). e, ASSÉDIO MORAL - LICENÇA SAÚDE - RIGOR EXCESSIVO -CONFIGURAÇÃO. Comprovado que o empregador, em decorrência das constantes licenças da trabalhadora, por motivo de saúde, passou reiteradamente a abordá-la com rigor excessivo, em comparação com trato despendido aos demais funcionários, caracterizado está o assédio moral, justificando, ainda, a rescisão indireta do contrato de trabalho, em decorrência da falta grave elencada no art. 483, b, da CLT. (ACÓRDÃO TRT 24ª / 2ª Turma / RO.1 0000332-27.2011.5.24.0021)

Desse modo, percebe-se que o posicionamento atuante dos tribunais é

direcionado a ausência de uma legislação específica, e por esse motivo caberá à

aplicabilidade do artigo 483 da CLT para caracterizar o assédio moral, que autoriza a

rescisão indireta e também indenização por danos morais e/ou materiais. Portanto, para

que ocorra a erradicação desse tipo de conduta é necessário que dentro da própria

empresa ou ambiente laboral, adotem medidas de prevenção, assegurando ao

empregado um ambiente satisfatório, com um bom desempenho e tranquilidade.

4.3 DA PREVENÇÃO DO ASSÉDIO MORAL

O assédio moral passou a ocorrer com uma grande intensidade e de forma

negativa no ambiente de trabalho, como mencionado acima nas suas consequências,

este irá atingir a figura do trabalhador, empregador e o Estado. Atualmente, está cada

vez mais fatigante erradicar com esse tipo de assédio, devido à forma como ele se

expandiu, e por este vir de maneira oculta, acaba dificultando a sua percepção. Porém,

existe a necessidade de acabar com essa violência que ataca as relações trabalhistas.

Para que este tipo de prevenção se fortaleça, passe a ter força, é necessário que

se crie medidas cabíveis no próprio ambiente laboral, como a adoção de políticas

eficazes, palestras, um bom relacionamento entre empregado e empregador, saber

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quando e onde agir de forma autoritária, se preocupar com o desempenho do

trabalhador, cuidar primeiramente do ambiente interno da empresa, não visando

apenas à lucratividade, entre outros. Procurando sempre oferecer melhores condições

aos trabalhadores, excluindo, qualquer tipo de conduta que venha a ser tida como

assédio moral. Hirigoyen (2011, p. 316), em sua obra “Mal-estar no trabalho -

Redefinindo o assédio moral”, afirma que:

Ao contrário do que tentam fazer acreditar certos empresários cínicos, as firmas que se preocupam com o bem-estar de seu pessoal conseguem melhores resultados do que aquelas que controlam seus empregados por meio do estresse e medo. O turnover delas é mais baixo, seus assalariados se sentem mais motivados e a produtividade aumenta. O bom funcionamento de uma empresa não pode ser visto unicamente pelos resultados econômicos, mas também por seu ambiente de trabalho.

A vítima que sofre com essa violência, muitas vezes por temer o pior, por medo

que a situação se agrave, fica calada, continua por sofrer sozinha, não tendo a quem

recorrer, necessitando do apoio de alguém que venha a ajudá-la, confortá-la e que não

possua vinculação nenhuma com a empresa. Portanto é de grande importância que

esse tipo de trabalho, seja propagado por meio dos psicólogos, médicos, advogados

através de palestras, folhetos entre outros, exemplificando os malefícios que este tipo

de conduta acarreta no ambiente de trabalho de maneira geral.

Quanto aos sindicatos, estes exercem um papel de grande relevância, buscando

abolir esse terror psicológico no ambiente de trabalho, tendo a obrigação de prestar

total assistência e defender os interesses e direitos dos trabalhadores. Usando a

divulgação com frases exemplificativas que causam grande impacto, além da utilização

de outros meios com a intenção de advertir os empregados que essa violência existe e

deve ser combatida da sociedade e do ambiente laboral o quanto antes. Desse modo, é

necessário que as organizações de trabalho tomem as devidas providências o mais

rápido possível, criando meios eficazes para abolir essa conduta tão hostil, sob pena de

serem responsabilizadas.

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4.4 O DANO DECORRENTE DO ASSÉDIO MORAL E SUA REPARAÇÃO

Dano é quando os interesses de outrem são lesionados, tutelados pelo

ordenamento jurídico, podendo ser de caráter patrimonial e não patrimonial. No que diz

respeito ao dano moral e material a relação laboral integra um espaço fértil, facilitando a

incidência de danos morais e materiais, na posição do estado de subordinação que a

figura do empregado se encontra diante do seu empregador, onde este, por muitas

vezes acaba excedendo o seu poder autoritário, ficando mais fácil transpassar os

obstáculos da licitude, lesionando os direitos de personalidade e o respeito à dignidade

tanto pessoal quanto profissional do trabalhador.

Com base nisso, deve ser resguardados o direito tanto do empregado quanto do

empregador, existindo entre ambos de maneira recíproca o respeito e a boa-fé, sem

causar dano um ao outro, caso contrário, terá a obrigação de ressarcir a parte que vier

sofrer o dano. Esse ato acaba denegrindo a dignidade do trabalhador e atingindo os

seus direitos de personalidade, primeiramente no que toca o patrimônio moral e, por

conseguinte irá repercutir no caráter patrimonial da vitima. Se tratando dos bens

jurídicos patrimoniais e extrapatrimoniais em relação ao trabalhador, a Constituição

Federal de 1988 prevê a indenização por dano material e moral em seu art. 5º, incisos

V e X, in verbis:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,

garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a

inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à

propriedade, nos termos seguintes:

[...] V- é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da

indenização por dano material, moral ou à imagem;

[...] X- são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das

pessoas, assegurado o direito a indenização por dano material ou moral

decorrente da sua violação (BRASIL, 1988).

Nossa Carta Maior garante ao empregado o direito de postular em juízo o dano

moral com compensação pecuniária pela humilhação, ofensas e maus tratos

suportados durante a execução do contrato de trabalho, tendo em vista também, o

direito de indenização pelos danos materiais decorrentes de tais condutas desumanas.

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Portanto, a Súmula 37 do STJ, dispõe que: “São cumuláveis as indenizações por dano

moral e material oriundo do mesmo fato”.

O dano ele pode ser, material ou patrimonial, que é quando incide diretamente

no patrimônio acarretando prejuízos, falo dos bens corpóreos e incorpóreos, onde este

por sua vez terá o seu valor diminuído, deixando de ser útil, sendo passível de

avaliação pecuniária. Quanto ao dano moral ou extrapatrimonial, esse irá lesionar a

esfera personalíssima do individuo, atingindo de forma direta os direitos de

personalidade, como a intimidade, imagem, integridade psíquica, saúde, entre outros, e

em decorrer disso tudo causará na pessoa, dor, tristeza, sofrimento, e muitas vezes

devida à proporção que esse tipo de dano causou, a situação fica irreversível, não

sendo possível a reparação por valor econômico.

Portanto, para uma melhor compreensão do referido tema, é necessário uma

análise mais precisa a respeito do dano moral, levando em consideração que existe

uma grande preocupação quando se trata da reparação de um dano extrapatrimonial, já

que a lesão atinge a esfera íntima e subjetiva da vítima, sendo inviável determinar a

intensidade e, consequentemente, estabelecer valores matemáticos para a fixação da

indenização por danos morais.

Já em relação à valoração do dano moral e os critérios criados para sua aferição,

ou seja, para o seu valor, a indenização por danos morais que decorre da prática do

assédio moral é um dos meios de ressarcir e controlar a violação relacionada ao

empregado protegendo os seus direitos e a sua dignidade. Porém, quando o assunto é

valoração do dano moral, passa a existir uma complicação por acreditar que é uma

matéria que possui apenas caráter subjetivo da parte lesada, por está ligado

diretamente com o intimo da pessoa, como a sua imagem, honra, dentre outros, sendo

irrealizável comparar a dimensão da dor moral.

Segundo Gagliano e Pamplona Filho (2010), a indenização por dano moral ao

trabalhador assediado, equivale no pagamento de uma soma pecuniária que deve ser

arbitrada judicialmente, com a finalidade de possibilitar ao lesado uma satisfação

compensatória pela lesão sofrida, atenuando, em parte, as consequências do dano,

sendo que esta reparação em dinheiro não desempenha função de equivalência como

acontece no dano material, mas função satisfatória.

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No que diz respeito à reparação do dano moral no caso de assédio moral, não é

obrigatório que exista prova do que o dano causou no intimo da pessoa, mas a

comprovação dos fatos que ocasionou esse sofrimento e perturbação ( dano moral).

Sendo necessário que o trabalhador exponha que os atos vexatórios, praticados com

frequência pelo empregador (chefe, gerente) lesionaram com seus sentimentos

intimamente, ferindo a sua dignidade e personalidade.

Quanto ao percentual indenizatório por dano moral, não foram adotas nenhuma

regulamentação referente às reparações provenientes desses prejuízos. Porém, mesmo

com a ausência de legislação a respeito da matéria, a doutrina juntamente com a

jurisprudência com os seus fundamentos passou a ser o norte para a valoração do

arbitramento das indenizações por danos morais com o intuito de conduzir, guiar os

juízes ao tratar da análise de cada caso em concreto.

Diante do que acima foi exposto e corroborando com Alkimin (2011), para a

fixação do valor da indenização por danos morais nos casos de assédio moral, levar-se-

ão em conta as circunstâncias do caso concreto, tais quais: a intensidade da dor sofrida

pela vítima; a gravidade e a natureza da lesão; a intensidade do dolo e o grau, bem

como a condição econômica do agente causador do dano; a possibilidade de

retratação; o tempo de serviço prestado na empresa e a idade do ofendido; o cargo e a

posição hierárquica ocupada na empresa; e os antecedentes do causador do dano.

Presumimos que o papel cumprido pelo juiz é grande importância para a fixação

do valor indenizatório do dano moral referente à prática do assédio moral no ambiente

de trabalho, cabendo a este com sua experiência examinar cada caso, e enquadrá-lo á

proteção legal. Por fim no que toca a respeito da competência em razão da matéria,

esta se encontra de acordo com o art.114 da CF/88, alterado pela EC/45/04, que “fixou

a Justiça do trabalho processar e julgar as ações de indenização por dano moral ou

patrimonial, decorrentes da relação de trabalho” , entretanto, o inciso IV do referido

dispositivo prevê, ser da competência do juízo trabalhista apreciar e decidir o litígio

entre empregado e empregador que envolva demanda de indenização por dano moral e

material.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O assédio moral, ao mesmo tempo em que é um fato que envolve e embaraça o

cotidiano do trabalhador, necessita também ser analisada quanto uma lesão social, que

confunde a existência de uma maneira geral na vida de um indivíduo, uma vez que é na

vivência, que as pessoas procuram manifestar o lado nefário e o intento de manejar ou

manipular aquele que se encontra ao seu redor, seja através do exercício por meio do

abuso de poder, ou por simples perversidade e rivalidade antiética e cruel.

Tal acontecimento não acontece de maneira banal, ou que não se deva ser

sentido de atenção, pelo contrário, atualmente em nosson país, são grandiosos os

números de vítimas do assédio moral em seus ambientes de trabalho. Tal episódio não

acontece apenas em solos baixos da hierarquia, em sentido antagônico, se torna um

mister em determinadas empresas, acontecendo tanto entre chefes e subordinados,

como entre empregados de mesmo patamar, seja ela de chefia ou de serviço, ou ainda

de empregados para com seus chefes hierárquicos.

Tais episódios se tornam cada vez mais sérios, bem como passaram a afetar a

sociedade como um todo, seja por meio das aposentadorias através da licença por

meio da previdência social a vítimas que foram detectas com graves problemas de

saúde, reflexos de tais assédios. Como também por meio de aposentadorias precoces,

anulação de contratos, e geração de processo tanto para a empresa. Quanto para

aqueles que estão envolvidos. Afetando dessa forma, a imagem dos mesmos.É

importante também ressaltar que tais problemas e dificuldades geradas por meio do

assédio moral pode se desenvolver tanto de maneira psíquica como física, sendo

responsáveis ainda por gerar patamares extremamente sérios, que trazem a

capacidade das vítimas apresentarem baixa auto estima, desmotivação e em alguns

casos alcançar até mesmo o suicídio.

Somente por meio de medidas preventivas é possível oferecer a primeiro

momento um ambiente agradável de trabalho sem o incentivo à concorrência ou a

atitudes que incentivem a competitividade ou a rivalidade entre os mais variados

funcionários. Sem imprecisão é correto afirmar, que o assédio moral é um incômodo

que não pode ser hoje anulado, de forma que não mais aconteça, pois é preciso que

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entendamos que é natural da sociedade atual, bem como da atmosfera trabalhista, o

clima e a existência da competitividade e em alguns casos, a discriminação. Porém,

precisamos nos atentar que tal fato pode, e mais importante, deve ser contido, de

maneira, que aqueles que imperam tal ação sejam penalizados, permitindo à vítima a

justa represália do completo incômodo que o mesmo viveu, e assim, advertindo aqueles

que também pretendem desenfrear tal ação.

BULLYING IN THE WORKPLACE

ABSTRACT

This present graduation final project has as theme the harassment in the work environment, where the focus of this study will show the high rate of cases of bullying in labor relations, exposing their characteristics and how they can be applied, as well as compensation for moral and material damages against the aggressor or directly against the employer. Considering that this type of conduct affects physical and mental health of the victim, hitting his dignity and his image, we can demonstrate that there is no specific federal legislation regulating the moral harassment in the work environment or it can at least determine how necessary the application of means of prevention in organizations of our country, so that they do not use the applicant's competitiveness and rivalry to achieve better production in general of their employees. Understanding that is through such initiatives that abrolham attitudes that lead to humiliation, violation of dignity, jokes endowed with evil intent and even gossip and internal nicknames. Thus, they seek to understand how such episodes happen that lead to bullying, and how it could be avoided in our country.

Keywords: Labour Law. Mobbing. Moral Damage. Dignity of the Human Person.

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P436a Pereira, Mayara Leal. Assédio moral nas relações de trabalho. / Mayara Leal Pereira. –

Cabedelo, 2015.

25f. Orientadora: Profª. Ms. Catarina Mota de Figueiredo Porto. Artigo Científico (Graduação em Direito).Faculdades de Ensino Superior

da Paraíba – FESP

1. Direito do Trabalho. 2. Assédio Moral. 3. Dano Moral. 4. Dignidade da Pessoa Humana. I. Título

BC/Fesp CDU:34:331 (043)