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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Estudo e caracterização de um painel fotovoltaico Projeto FEUP 2016/2017--MIEEC: Manuel Firmino & Sara Ferreira J. N. Fidalgo & J. C. Alves Equipa 2, turma 8: Supervisor: Vítor Tavares Monitor: Alexandre Truppel Estudantes & Autores: André Martins [email protected] Carolina Bastos [email protected] Francisco Costa [email protected] Joana Santos [email protected]

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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Estudo e caracterização de um painel fotovoltaico

Projeto FEUP 2016/2017--MIEEC:

Manuel Firmino & Sara Ferreira J. N. Fidalgo & J. C. Alves

Equipa 2, turma 8:

Supervisor: Vítor Tavares Monitor: Alexandre Truppel

Estudantes & Autores:

André Martins [email protected] Carolina Bastos [email protected]

Francisco Costa [email protected] Joana Santos [email protected]

2

Resumo

Este relatório, elaborado no âmbito da unidade curricular designada “Projeto

FEUP”, tem como objetivo explorar o tema “Estudo e caracterização de um painel

fotovoltaico”.

A exploração do tema foi efetuada em contexto laboratorial de forma a atingir os

seguintes objetivos:

Proceder à montagem de circuitos elétricos recorrendo a placas de montagem;

Manusear o multímetro, equipamento básico de medida;

Trabalhar no Excel para utilizar software de construção de tabelas e gráficos;

Reconhecer fontes de tensão e compreender o seu funcionamento;

Estudar a característica I(U) de um painel fotovoltaico;

Interpretar o comportamento de um painel perante diferentes níveis de

iluminação e sombreamento.

A metodologia utilizada na execução deste trabalho consistiu na montagem de

um circuito onde se fez incidir sobre um painel fotovoltaico radiação proveniente de

uma lâmpada incandescente e de uma lâmpada tipo LED, em duas fases distintas.

Feitas as devidas medições no voltímetro e no amperímetro corretamente inseridos

no circuito estudou-se as características no painel com base nos gráficos I(U) e P(U).

Os painéis fotovoltaicos apresentam diferentes desempenhos com diferentes

tipos de iluminação. Efetivamente, responde de melhor forma a radiações de

comprimento de onda semelhantes às emitidas por uma lâmpada incandescente do

que a radiações semelhantes às de uma lâmpada tipo LED.

A potência fornecida pelo painel fotovoltaico em função da diferença de potencial

elétrica é superior quando iluminado pela lâmpada incandescente do que pela

lâmpada tipo LED. Além disso, a curva característica I(U) do painel quando nele incide

a radiação da lâmpada incandescente tem um valor máximo de intensidade de

corrente em curto circuito (U=0) superior ao respetivo valor máximo de intensidade

de corrente da lâmpada LED na mesma situação.

Palavras-Chave

Painel fotovoltaico, diferença de potencial, corrente elétrica, potencia elétrica.

3

Agradecimentos

Estamos gratos por toda a orientação dada por Vítor Tavares e Alexandre

Truppel supervisor e monitor, respetivamente. A sua atenção e colaboração foi crucial

para atingir o objetivo proposto. Seguidamente, prestamos um agradecimento formal

à Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto por toda a informação,

equipamento e tecnologia disponibilizado. De outro modo não seria possível efetuar

todo o trabalho laboratorial por de trás do projeto nem se obteriam todas as

conclusões para a realização do relatório e poster. Consideramos também que todas

as palestras que nos proporcionaram foram fundamentais e determinantes. Deste

modo, agradecemos sinceramente a todos os intervenientes envolvidos no Projeto

FEUP.

4

Índice

Índice .......................................................................................................................................... 4

Lista de Figuras.......................................................................................................................... 5

Lista de Tabelas ......................................................................................................................... 5

Lista de Gráficos ........................................................................................................................ 5

Introdução .................................................................................................................................. 6

Introdução teórica ...................................................................................................................... 7

Metodologia................................................................................................................................ 9

Resultados ............................................................................................................................... 13

Conclusão ................................................................................................................................ 21

Referências bibliográficas........................................................................................................ 22

Anexo ....................................................................................................................................... 25

5

Lista de Figuras

Figura 1: Conjunto de painéis fotovoltaicos. ....................................................................... 6

Figura 2: Esquema das bandas mais externas de um semicondutor. ............................... 7

Figura 3: Característica típica de um painel fotovoltaico.................................................... 8

Figura 4: Esquema do circuito elétrico................................................................................ 9

Figura 5: Esquema do circuito elétrico com resistência variável. .................................... 10

Figura 6: Lâmpada incandescente a incidir nos dois painéis. .......................................... 11

Figura 7: Montagem do circuito elétrico com LED............................................................ 12

Lista de Tabelas

Tabela 1: Relação entre I e U na secção A da lâmpada incandescente ......................... 13

Tabela 2: Relação entre I e U na secção A da lâmpada tipo LED................................... 13

Tabela 3: Verificação da lei de Ohm (lâmpada incandescente)....................................... 14

Tabela 4: Verificação da lei de Ohm (lâmpada tipo LED) ................................................ 15

Tabela 5: Relação entre I e U na secção B e C, lâmpada incandescente ...................... 15

Tabela 6: Relação entre I e U na secção B e C, lâmpada tipo LED ................................ 16

Tabela 7: Potência fornecida pelo painel, lâmpada incandescente ................................. 18

Tabela 8: Potência fornecida pelo painel, lâmpada tipo LED .......................................... 19

Lista de Gráficos

Gráfico 1: I(U) da secção A, lâmpada incandescente. ..................................................... 13

Gráfico 2: I(U) da secção A, lâmpada tipo LED................................................................ 14

Gráfico 3: I(U) da secção B e C, lâmpada incandescente. .............................................. 16

Gráfico 4: I(U) da secção B e C, lâmpada tipo LED. ........................................................ 17

Gráfico 5: Comparação da caraterística de um painel quando iluminado por uma lâmpada

incandescente e por uma lâmpada tipo LED. ......................................................................... 17

Gráfico 6: P(U), lâmpada incandescente. ......................................................................... 18

Gráfico 7: P(U), lâmpada tipo LED. .................................................................................. 19

Gráfico 8: Comparação da potência fornecida de um painel quando iluminado por uma

lâmpada incandescente e por uma lâmpada tipo LED ........................................................... 20

6

Introdução

Uma célula fotovoltaica é como um conversor de radiação solar em energia

elétrica. A corrente elétrica fornecida é contínua podendo, no entanto, ser

transformada em corrente alternada ou ser armazenada.

Os painéis fotovoltaicos são constituídos por conjuntos de células fotovoltaicas

que podem ser associadas em série ou em paralelo dependendo das necessidades

e do efeito pretendido na sua utilização. Como os painéis são modulares podem ter

diversas dimensões desde as mais reduzidas, por exemplo, as utilizadas em

semáforos até às de grandes escalas usadas em centrais fotovoltaicas, como o caso

da central de Amareleja no Alentejo. Esta forma de obtenção de energia elétrica não

apresenta inconvenientes no âmbito de poluição do ambiente.

Efetivamente, os painéis fotovoltaicos são vantajosos pois tratam-se de uma

fonte de energia renovável, são cada vez mais potentes e o seu custo cada vez

menor. Desta forma, a energia solar, cada vez mais, é uma solução economicamente

viável. No entanto, ainda apresentam algumas desvantagens nomeadamente a

ocupação de grandes áreas, baixo rendimento, um elevado custo inicial e a sua

dependência das condições climatéricas.

Numa perspetiva histórica, a primeira célula fotovoltaica foi desenvolvida pelo

laboratório Bell no EUA em 1954. Estas células foram largamente estudadas devido

à expansão do programa espacial e da crise petrolífera na década de setenta.

Figura 1: Conjunto de painéis fotovoltaicos.

7

Introdução teórica

A célula fotovoltaica é constituída por material semicondutor. Na construção

destas células fotovoltaicas é utilizado material semicondutor que é colocado em

camadas ou bandas na forma de junções p-n.

Quando se pensa num sólido pensa-se num processo de aproximação dos

átomos constituintes desse mesmo sólido. Quando ocorre a aproximação dos vários

átomos as orbitais idênticas de cada átomo sobrepõem-se no espaço. Surgem assim

interações entre eletrões de átomos diferentes, o que vai criar diferentes níveis de

energia, muito próximos, criando assim bandas de energia, como se indica no

esquema que se segue.

As transições de eletrões entre níveis eletrónicos da mesma banda envolvem

pequenos valores de energia. No entanto, se se fornecer energia a um eletrão e esta

for suficiente para que ocorra a sua transição para uma banda de energia superior vai

deixar um buraco (portadores de carga positiva) na banda de valência. Este efeito é

designado por formação de um par eletrão-buraco.

Os semicondutores são materiais onde é possível criar pares eletrão-buraco o

que tem um importante efeito no comportamento do material.

Se no semicondutor se introduzem impurezas que lhe fornecem eletrões

excedentes, designados de portadores negativos, diz-se do tipo n, se lhe fornecem

portadores positivos, diz-se tipo p.

Colocando os dois tipos de materiais n e p juntos cria-se uma junção n-p, o que

permite que os portadores se difundem para o lado onde estão em minoria. Assim, os

eletrões deslocam-se para o lado p e os portadores positivos para o lado n o que cria

na junção uma região sem portadores livres.

Esta zona sem portadores livres de carga designa-se de zona de deplexão de

carga. Assim, a incidência da luz nesta zona está associada à criação de uma corrente

Banda de Condução

Banda de Valência

Figura 2: Esquema das bandas mais externas de um semicondutor.

8

elétrica. Quanto maior for o número de fotões incidentes maior é a corrente elétrica

gerada. O aparecimento da corrente elétrica é resultado da iluminação na junção.

Este fenómeno designa-se de efeito fotovoltaico.

Se o circuito estiver aberto deteta-se o aparecimento de uma diferença de

potencial entre dois lados da junção. Uma célula fotovoltaica é então uma associação

de junções p-n em série.

Na maioria das aplicações práticas em que é exigido maior potência é

necessário associar várias células fotovoltaicas em série para se obter uma diferença

de potencial mais elevada ou em paralelo se se pretender correntes elétricas mais

elevadas.

O funcionamento de um painel fotovoltaico pode ser estudado por análise do

gráfico I(U), designado por característica I/U.

Figura 3: Característica típica de um painel fotovoltaico.

9

Metodologia

Esta atividade laboratorial contempla três etapas. Antes de se iniciar a primeira

procedeu-se à montagem do circuito elétrico para permitir traçar a característica típica

de um painel fotovoltaico.

Analisando-a, verifica-se que o painel fotovoltaico não é uma fonte de tensão

ideal, uma vez que uma fonte de tensão ideal não possui resistência interna. Caso

contrário o gráfico I(U) seria uma linha vertical.

Na montagem direcionou-se perpendicularmente e a aproximadamente 20cm a

luz de um candeeiro (com lâmpada incandescente ou LED) sobre um painel

fotovoltaico. De forma a medir a intensidade da corrente e a sua tensão para cada

valor de resistência, ligou-se o painel a uma placa de montagem, a uma resistência

(de valor fixo ou variável), a um multímetro com função de voltímetro e a um

multímetro com função de amperímetro. Devido à resistência interna muito elevada

do voltímetro, este é montado em paralelo de maneira a que a corrente elétrica que o

atravessa seja mínima, não interferindo com a do circuito principal. Contrariamente

ao voltímetro, o amperímetro é montado em série, porque tem uma resistência muito

baixa o que lhe permite medir a corrente elétrica que atravessa uma determinada

secção do circuito.

No início de cada fase, após a montagem ser concluída, mediu-se a corrente de

curto circuito e a tensão em circuito aberto do painel em cada situação. As medições

foram efetuadas algum tempo depois de se ligar o candeeiro de forma a que a

temperatura na vizinhança no conjunto candeeiro/painel fotovoltaico estabilizasse.

A corrente de curto circuito representa o valor de corrente máximo que pode

passar pelo circuito, indicando um valor inicial para a característica do painel quando

U=0 e I é máximo. Para se obter este valor realiza-se a medição da intensidade do

Figura 4: Esquema do circuito elétrico.

10

circuito retirando a resistência, deixando apenas o painel e os instrumentos de

medição.

A tensão em circuito aberto representa o valor de tensão da fonte, neste caso,

do painel quando I=0 e U é máximo. Obtém-se este valor realizando a medida da

tensão do circuito aberto, de modo a não existir passagem de corrente no circuito.

Posteriormente, na primeira fase – determinação experimental da secção A da

característica do painel - estas grandezas foram medidas usando resistências de

valor fixo, as quais foram lidas utilizando a tabela em anexo. Os valores utilizados

nesta fase são os mais altos em toda a atividade: 22kΩ, 18kΩ, 12kΩ, 8k2Ω, 6k8Ω e

5k6Ω, de modo a obter os maiores valores de tensão e os menores de intensidade da

corrente, obtendo a secção A da característica do painel.

Depois de realizar este procedimento para a lâmpada incandescente e para a

lâmpada tipo LED avançou-se para a segunda etapa – determinação experimental da

característica completa de um painel fotovoltaico – ou seja, acrescentou-se à secção

A a secção B e C.

Nesta situação é utilizada uma resistência variável de 4k7Ω de modo a permitir

valores de medição mais próximos, com pequenas aproximações do valor da

resistência, obtendo assim uma melhor representação da característica do painel nas

secções B e C.

Após todas as medições nas duas etapas, os valores da tensão e da intensidade

da corrente para os diferentes valores de resistência utilizados foram colocados no

Excel, permitindo uma visualização do gráfico I(U) e consequentemente a

Figura 5: Esquema do circuito elétrico com resistência variável.

11

característica do painel fotovoltaico. Além disso, foi também traçado P(U) de modo a

encontrar o valor da tensão, da intensidade de corrente e da resistência para o qual

a potência do painel fotovoltaico seria máxima.

Numa terceira e última etapa foram realizadas duas montagens em que o circuito

é igual ao das etapas anteriores e fez-se incidir uma lâmpada incandescente sobre

dois painéis fotovoltaicos, lado a lado.

A diferença entre as duas montagens é que enquanto uma possuía os painéis

ligados no circuito em série, a outra montagem apresentava os painéis ligados em

paralelo.

De seguida, fez-se a medição dos valores de corrente de curto circuito e de

tensão em circuito aberto em ambos os casos, observando valores disparos nas

medições das duas situações.

Finalmente, de modo a verificar a influência do sombreamento de um painel

fotovoltaico, foi ligado aos terminais do agregado um LED e foi sombreado um dos

painéis, medindo-se os valores da tensão e da intensidade da corrente.

Figura 6: Lâmpada incandescente a incidir nos dois painéis.

12

Figura 7: Montagem do circuito elétrico com LED.

13

Resultados

Determinação experimental da secção A da característica do painel

I(mA) U(V)

0,00 7,65

0,35 7,61

0,42 7,60

0,64 7,58

0,93 7,56

1,12 7,53

1,34 7,51

I(mA) U(V)

0,00 5,70

0,26 5,58

0,31 5,56

0,46 5,44

0,65 5,34

0,77 5,26

0,91 5,10

y = -9,7387x + 74,477R² = 0,9928

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

7,50 7,55 7,60 7,65 7,70

I(m

A)

U(V)

Tabela 1: Relação entre I e U na secção A da lâmpada incandescente

Tabela 2: Relação entre I e U na secção A da lâmpada tipo LED

Gráfico 1: I(U) da secção A, lâmpada incandescente.

14

Observando os gráficos I(U) para as duas situações verifica-se que em circuito

aberto (I=0) a diferença de potencial nos terminais do painel é de 7,65V e de 5,70V

na lâmpada incandescente e na lâmpada tipo LED, respetivamente.

Assim, o painel fornece uma maior diferença de potencial quando iluminado pela

lâmpada incandescente.

Verificação da lei de Ohm

Existem determinados materiais condutores que permitem estabelecer uma

relação de proporcionalidade entre a corrente que os atravessa e a diferença de

potencial nos seus terminais.

A constante de proporcionalidade representa a resistência, R, do condutor. Esta

relação é conhecida por lei de Ohm. A unidade SI da resistência é o Ohm (Ω).

R(kΩ) I(mA) U(V) R (kΩ) exp

0,00 7,65

22 0,35 7,61 21,74

18 0,42 7,60 18,10

12 0,64 7,58 11,84

8,2 0,93 7,56 8,13

6,8 1,12 7,53 6,72

5,6 1,34 7,51 5,60

y = -1,5215x + 8,7345R² = 0,9803

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

5,00 5,10 5,20 5,30 5,40 5,50 5,60 5,70 5,80

I(m

A)

U(V)

Tabela 3: Verificação da lei de Ohm (lâmpada incandescente)

Gráfico 2: I(U) da secção A, lâmpada tipo LED.

15

A partir das tabelas verifica-se que os valores das resistências determinadas

experimentalmente (quarta coluna da respetiva tabela) têm a mesma ordem de

grandeza dos valores das resistências introduzidas no circuito.

Característica completa de um painel

R(kΩ) I(mA) U(V) R (kΩ) exp

0,00 5,696

22 0,26 5,579 21,46

18 0,31 5,563 17,95

12 0,46 5,444 11,83

8,2 0,65 5,335 8,21

6,8 0,77 5,255 6,82

5,6 0,91 5,104 5,61

I(mA) U(V)

11,42 0,185

11,23 0,258

11,08 1,897

10,44 3,201

9,90 5,193

8,58 5,980

7,55 6,240

6,28 6,700

5,57 6,810

4,48 6,970

3,21 7,130

2,28 7,230

1,70 7,280

Tabela 4: Verificação da lei de Ohm (lâmpada tipo LED)

Tabela 5: Relação entre I e U na secção B e C, lâmpada incandescente

16

I(mA) U(V)

2,07 0,033

2,03 0,612

1,98 0,837

1,95 1,686

1,91 2,146

1,88 3,114

1,82 3,466

1,77 3,868

1,73 3,936

1,66 4,143

1,54 4,377

1,38 4,645

1,25 4,783

1,15 4,896

1,12 4,905

y = -0,0056x5 + 0,0772x4 - 0,3723x3 + 0,7059x2 - 0,6724x + 11,448R² = 0,9979

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

0,000 1,000 2,000 3,000 4,000 5,000 6,000 7,000 8,000

I (m

A)

U (V)

Gráfico 3: I(U) da secção B e C, lâmpada incandescente.

Tabela 6: Relação entre I e U na secção B e C, lâmpada tipo LED

17

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

0,000 1,000 2,000 3,000 4,000 5,000 6,000 7,000 8,000 9,000

I (m

A)

U (V)

y = -0,0305x3 + 0,1726x2 - 0,3075x + 2,1155

R² = 0,9919

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

0,000 1,000 2,000 3,000 4,000 5,000 6,000

I(m

A)

U(V)

Gráfico 4: I(U) da secção B e C, lâmpada tipo LED.

Gráfico 5: Comparação da caraterística de um painel quando iluminado por

uma lâmpada incandescente e por uma lâmpada tipo LED.

18

As curvas características do painel fotovoltaico obtidos quando iluminado por

uma lâmpada incandescente e por uma lâmpada tipo LED estão de acordo com a

curva característica teórica de um painel fotovoltaico. Ao contrário da secção B, a

secção A e C são aproximadamente lineares. Estas são unidas pela secção B, o que

torna possível estas curvas características.

A potência, P, fornecida pelo painel fotovoltaico pelo circuito quando este é

iluminado por uma fonte de luz, pode ser calculada através do produto da diferença

de potencial (U) nos seus terminais pela corrente elétrica (I) que ele debita no circuito.

I(mA) U(V) P (mW)

11,42 0,185 2,113

11,23 0,258 2,897

11,08 1,897 21,019

10,44 3,201 33,418

9,90 5,193 51,411

8,58 5,980 51,308

7,55 6,240 47,112

6,28 6,700 42,076

5,57 6,810 37,932

4,48 6,970 31,226

3,21 7,130 22,887

2,28 7,230 16,484

1,70 7,280 12,376

0,000

10,000

20,000

30,000

40,000

50,000

60,000

0,000 1,000 2,000 3,000 4,000 5,000 6,000 7,000 8,000

P(m

W)

U (V)

Tabela 7: Potência fornecida pelo painel, lâmpada incandescente

Gráfico 6: P(U), lâmpada incandescente.

19

Analisando o gráfico P(U) determinamos o valor da potência máxima do painel

quando nele incide uma lâmpada incandescente que é 51,411mW. A resistência para

a qual esta potência é máxima é de 525kΩ.

Analisando o gráfico P(U) determinamos o valor da potência máxima do painel quando

nele incide uma lâmpada tipo LED que é 6,877mW. A resistência para a qual esta potência

é máxima é de 2,50kΩ.

I(mA) U(V) P(mW)

2,07 0,033 0,068

2,03 0,612 1,242

1,98 0,837 1,657

1,95 1,686 3,288

1,91 2,146 4,099

1,88 3,114 5,854

1,82 3,466 6,308

1,77 3,868 6,846

1,73 3,936 6,809

1,66 4,143 6,877

1,54 4,377 6,741

1,38 4,645 6,410

1,25 4,783 5,979

1,15 4,896 5,630

1,12 4,905 5,494

0,000

1,000

2,000

3,000

4,000

5,000

6,000

7,000

8,000

0,000 1,000 2,000 3,000 4,000 5,000 6,000

P(m

W)

U(V)

Tabela 8: Potência fornecida pelo painel, lâmpada tipo LED

Gráfico 7: P(U), lâmpada tipo LED.

20

Por análise dos gráficos a potência fornecida por um painel fotovoltaico não é

constante, atinge o máximo para determinados valores de diferença de potencial e de

corrente elétrica. Esse máximo depende do tipo de iluminação que incide sobre o

painel. Além disso, com a junção dos dois gráficos nas situações distintas, verifica-se

que existe uma discrepância elevada entre a potência máxima do painel quando nele

incide uma lâmpada incandescente e quando nele incide uma lâmpada tipo LED,

sendo a primeira muito superior à segunda.

Efeito de sombreamento do painel na energia fornecida á carga

Ao sombrear um dos painéis fotovoltaicos associado em paralelo, a corrente

elétrica duplica em curto-circuito e a tensão permanece igual em circuito aberto.

Quando um dos painéis fotovoltaicos associados em série é sombreado a tensão em

circuito aberto duplica e a corrente elétrica em circuito aberto é aproximadamente

zero.

0,000

10,000

20,000

30,000

40,000

50,000

60,000

0,000 1,000 2,000 3,000 4,000 5,000 6,000 7,000 8,000

P(m

W)

U (V)

Gráfico 8: Comparação da potência fornecida de um painel quando

iluminado por uma lâmpada incandescente e por uma lâmpada tipo LED

21

Conclusão

Neste trabalho aprendeu-se a utilizar o multímetro digital, instrumento que reúne

três funções, de voltímetro (mede diferenças de potencial), amperímetro (mede a

corrente elétrica) e ohmímetro (mede a resistência elétrica). Além disso, aprendeu-se

como colocá-lo de forma correta no circuito elétrico de forma a medir as grandezas

físicas pretendidas.

Na parte final da determinação experimental da secção A da característica do

painel foi possível fazer a verificação da Lei de Ohm com o registo dos valores de

corrente elétrica e de tensão obtidos quando se introduziam as diferentes resistências

de carga no circuito. Por observação das tabelas 3 e 4 verificou-se a

proporcionalidade direta entre a corrente elétrica que percorre o circuito e a diferença

de potencial.

No estudo da característica do painel fotovoltaico, conclui-se que este não é uma

fonte de tensão ideal pois o gráfico I(U) não é linear. Comparando a curva

característica I(U) do painel quando nele incide a radiação da lâmpada incandescente

há um valor máximo de intensidade de corrente, 7,65V, em curto circuito (U=0) que é

superior ao respetivo valor máximo de intensidade de corrente da lâmpada LED,

5,70V, na mesma situação. Por observação do gráfico 5 que representa as curvas

características do painel fotovoltaico, podemos concluir que estão de acordo com o

previsto teoricamente.

Por análise dos gráficos da potência (P) fornecida pelo painel fotovoltaico em

função da diferença de potencial elétrica conclui-se que é superior quando iluminado

pela lâmpada incandescente do que pela lâmpada tipo LED. Em cada situação a

potência fornecida pelo painel a um circuito atinge o seu valor máximo para

determinados valores de diferença de potencial e de corrente elétrica. Assim o valor

da resistência equivalente do circuito, para o qual ocorre este máximo da potência é

de 525kΩ e de 2,50kΩ quando sobre o painel se incidiu a lâmpada incandescente e a

lâmpada tipo LED, respetivamente.

Concluiu-se através da análise dos gráficos que os painéis fotovoltaicos

apresentam diferentes desempenhos com diferentes tipos de iluminação.

Efetivamente, responde de melhor forma a radiações de comprimento de onda

semelhantes às emitidas por uma lâmpada incandescente do que a radiações

semelhantes às de uma lâmpada tipo LED.

22

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Anexo