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FACULDADE CENTRO MATO-GROSSENSE
CURSO DE AGRONOMIA
APLICAÇÃO DE FERTILIZANTE MINERAL CÁLCIO E BORO VIA FOLIAR EM DIFERENTES ESTÁDIOS
FENOLÓGICOS NA CULTURA DA SOJA (Glycine max L. Merrill)
JOÃO JOBELY OURIQUE NETO
SORRISO - MT
2014
JOÃO JOBELY OURIQUE NETO
APLICAÇÃO DE FERTILIZANTE MINERAL CÁLCIO E BORO VIA FOLIAR EM DIFERENTES ESTÁDIOS FENOLÓGICOS
NA CULTURA DA SOJA (Glycine max)
Monografia apresentada como Trabalho de Conclusão de Curso ao Curso de Agronomia da Faculdade Centro Mato-grossense – FACEM, para a obtenção do título de Bacharel em Agronomia sob a orientação do Prof. Me. Gustavo Pais de Arruda
SORRISO - MT
2014
DEDICATÓRIA
A Deus, por ter permitido esta conquista e aos meus pais, pelo amor carinho e estímulo que me ofereceram, por terem dedicado suas vidas a mim.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, pela força e coragem, que me iluminou durante toda essa caminhada.
Agradeço aos meus pais João Carlos da Silva Ourique e Sônia Regina Luiz Ourique, e a todos os meus familiares pelo apoio e incentivo.
Agradeço a todos os professores que me acompanhou em toda a graduação, em especial ao professor Gustavo Pais de Arruda responsável pela realização desse trabalho.
Agradeço aos meus colegas do curso e amigos, que apoiaram pela minha formação.
RESUMO
A soja (Glycine max. L Merrill) que tem sua origem no continente asiático, se tornou a principal cultura do agronegócio brasileiro, com grande importância econômica para o país. A aplicação de fertilizante foliar nos últimos anos vem se desenvolvendo e com isso o seu uso na cultura da soja tem sido objeto de pesquisa, com o propósito de buscar aumento na produtividade da oleaginosa. O presente trabalho avaliou o efeito de cálcio e boro, aplicados em pulverização foliar, na fase reprodutiva (R1 - pré-florescimento, R2 – pleno florescimento e R3 – pós-florescimento) da cultura da soja, utilizando a cultivar TMG 132 RR, com objetivo de avaliar o nível de produtividade da soja. O experimento foi realizado a campo no município de Sorriso - MT, no ano agrícola 2013/2014, em um Latossolo Vermelho distrófico típico. Foram aplicados os nutrientes em única dose de cálcio (16%) e boro (4%) utilizando um costal automatizado, com vazão de 200 litros por hectare, utilizando ponta leque modelo Jacto. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com seis repetições e quatro tratamentos. A colheita foi no estádio fenológico R8, quando a planta apresentou maturação fisiológica das vagens e grãos. Os resultados foram submetidos à análise de variância (Teste F), onde não houve diferença significativa entre os tratamentos para: produtividade, peso de 1000 grãos, número de vagens, número de grão por vagem. A fertilização complementar com os nutrientes cálcio e boro, no período reprodutivo da cultura da soja, se mostrou ineficiente, haja visto que os teores desses elementos no solo se encontravam sob condições adequadas ao pleno desenvolvimento da cultura. Palavras chave: Adubação foliar, Fases reprodutivas, Pulverização.
ABSTRACT
The soybean (Glycine max. L Merrill) that has its origin in the Asian continent, became the main crop of Brazilian agribusiness, with great economic importance for the country. The application of foliar fertilizer in recent years has been developing and with it the its use in soybean has been the object of research, with the purpose of seeking increased productivity of oilseeds. This study evaluated the effect of calcium and boron applied as foliar spray in the reproductive stage (R1 - pre-flowering, R2 - R3 and full flowering - post-flowering) of soybean, using the cultivar TMG 132 RR, with evaluate the level of soybean yield. The field experiment was conducted in the municipality of Sorriso - MT in the agricultural year 2013/2014, in a typical Oxisol. Nutrients were applied in a single dose of calcium (16%) and boron (4%) using an automated rib, with a flow rate of 200 liters per hectare using fan jet tip style. The experimental design was a randomized block design with six replicates of four treatments. Harvest was at the phenological stage R8, when the plant showed physiological maturity of pods and grains. The results were subjected to analysis of variance (F test), where no significant difference among treatments for yield, 1000 grain weight, number of pods, number of grain per pod. The supplementary fertilization with nutrients calcium and boron in the reproductive period of the soybean crop was inefficient, given the fact that the levels of these elements in the soil were under suitable conditions for the full development of culture. Keywords: Foliar fertilization; Reproductive phases, Pulverization.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Fórmula para correção da umidade de grãos a serem recebida nos armazéns...................................................................................................21
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Estádios vegetativos e reprodutivos da soja.............................................15 Tabela 2 - Laudo de análise de solo - Características químicas do solo na
profundidade de 0-20 cm...........................................................................19 Tabela 3 - Resumo das análises estatísticas para produtividade em sacas de 60 kg
por hectare (PSH), peso de 1000 grãos (PMG), número de vagem por planta, em função das aplicações de cálcio e boro em diferentes épocas.......................................................................................................22
Tabela 4 - Média de produtividade em sacas 60 kg de soja por hectare..................23 Tabela 5 - Médias referentes aos pesos de 1000 (g) grãos em função das amostras
coletadas nas parcelas de soja trilhada....................................................23 Tabela 6 - Resumo da análise de variância com os quadrados médios, e
coeficiente de variação para a variável de número de grãos por vagens (NGV)......................................................................................................24
Tabela 7 - Resultados do número de grãos por vagens, soma de vagens (SV), multiplicação da quantidade de vagens pelo número de grãos (MQVNG), média de grãos por vagem (MGV)............................................................25
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 10 1 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 12 1.1 HISTÓRICO DA CULTURA DA SOJA ............................................................... 12 1.2 IMPORTÂNCIA DA APLICAÇÃO FOLIAR DE NUTRIENTES MINERAIS ........ 13 1.3 NUTRIENTES ESSENCIAIS E DEFICIÊNCIA .................................................... 14 1.3.1 Função do Cálcio na Planta e sua Deficiência ............................................. 14 1.3.2 Função do Boro na Planta e sua Deficiência ............................................... 14 1.4 IDENTIFICAÇÃO DOS ESTÁDIOS DE DESENVOLVIMENTO DA SOJA ......... 15 1.5 IMPORTÂNCIA DA APLICAÇÃO DE CÁLCIO E BORO NA CULTURA DA SOJA ........................................................................................................................ 16 2 MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................... 17 2.1 MATERIAIS ......................................................................................................... 17 2.2 MÉTODOS .......................................................................................................... 18 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 22 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 26 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 27 ANEXOS ................................................................................................................... 30
10
INTRODUÇÃO
A soja (Glycine max. L Merrill) é cultivada no mundo todo, sendo que sua
origem é do continente asiático onde é considerado um grão sagrado pelo povo
chinês. Os seus grãos são muito utilizados na agroindústria na produção de óleos
vegetais, rações para a alimentação animal, indústria químicas e de alimentos.
“No Brasil, o primeiro relato sobre o surgimento da soja através de seu
cultivo é de 1882, no estado da Bahia” (BLACK, 2000 apud FREITAS, 2011).
Segundo Bonetti (1981) a soja foi introduzida primeiramente no estado do Rio
Grande do Sul, porém variedades trazidas dos Estados Unidos foram implantadas e
adaptadas ás condições edafoclimáticas do estado, onde possibilitou o avanço da
cultura para as demais regiões brasileiras.
O desenvolvimento da produção da cultura da soja no país esteve sempre
associado ao melhoramento genético e que possibilitou o desenvolvimento de
materiais altamente produtivos, e adaptados às diversas regiões, levando em
consideração o uso contínuo de pacotes tecnológicos relacionados ao manejo do
solo, adubação, cuidados com doenças e pragas, maquinários, colheita e
comercialização.
De acordo com Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA,
2004) a cultura da soja é uma das que apresenta maior importância no cenário
agrícola mundial, não somente pelo valor do seu grão, mas também sobre pelos
produtos agregado a sua produção.
Em relação à produção ainda não se alcançou o potencial produtivo da
cultura. Dentre os fatores de produtividade, o manejo da fertilidade do solo
associado a fatores climáticos são os que mais limitam o incremento da
produtividade.
A aplicação de fertilizante foliar nos últimos anos vem se desenvolvendo e
com isso o seu uso na cultura da soja tem sido objeto de pesquisa, com o propósito
de buscar aumento na produtividade da oleaginosa. Nessa perspectiva, as indústrias
de agroquímicos desenvolvem produtos cada vez mais eficientes e econômicos.
A adubação foliar é um dos recursos agronômicos disponível para suprir as
necessidades de exigências nutricionais no vegetal. Para isso, o responsável na
área deve saber identificar o estádio de desenvolvimento da soja, para realizar a
pulverização. No entanto, também deverá levar em consideração as condições
11
climáticas, para proporcionar maior qualidade na deposição do produto na área foliar
das plantas, com aumento na eficiência da absorção.
Diante de tais afirmações, é digno de nota que é importante realizar
aplicações de adubos foliares na cultura soja quando diagnosticada a necessidade,
visando alcançar plantas mais vigorosas e sadias, e gerar consequentemente,
incremento na produtividade.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a produtividade da cultivar TMG 132 RR,
em função da aplicação dos elementos minerais cálcio e boro, na fase reprodutiva
da soja nos estádio fenológico R1 – início do florescimento, R2 – pleno florescimento
e R3 – início da formação de vagem.
12
1 REVISÃO DE LITERATURA 1.1 HISTÓRICO DA CULTURA DA SOJA
A soja (Glycine max (L.) que hoje é cultivada mundo afora, é muito diferente das ancestrais que lhe deram origem: espécies de plantas rasteiras que se desenvolviam na costa leste da Ásia, principalmente ao longo do Rio Amarelo, na China. Sua evolução começou com o aparecimento de plantas oriundas de cruzamentos naturais, entre duas espécies de soja selvagem, que foram domesticadas e melhoradas por cientistas da antiga China. Sua importância na dieta alimentar da antiga civilização chinesa era tal, que a soja, juntamente com o trigo, o arroz, o centeio e o milheto, era considerada um grão sagrado, com direito a cerimoniais ritualísticos na época da semeadura e da colheita (EMBRAPA, 2004).
Segundo Embrapa (2011), a produção de soja no contexto mundial está entre
as atividades econômicas que, nas últimas décadas, apresentaram maior
crescimento expressivo, que é atribuídos a consolidação da oleaginosa como fonte
de proteína vegetal, onde atente os setores ligados geração de alimento animal,
geração e oferta de tecnologias, que proporciona a expansão da exploração da
cultura da soja em diversas regiões do mundo, sendo os Estados Unidade e o Brasil
os maiores produtores da oleaginosa com uma parcela de 71,5% e 81,5 % da
produção mundial no ano de 2012, respectivamente.
Segundo Embrapa (2013), o Brasil atualmente vem aumentando cultivo da
soja, visto que o país se beneficia em relação aos outros países produtores, devido
ao escoamento da safra brasileira que ocorre na entressafra americana, quando os
preços atingem as maiores cotações. De acordo com a Companhia Nacional de
Abastecimento - CONAB (2012), o Brasil na safra 2012/13 houve um avanço na área
semeada sendo de 27,6 milhões de hectares de soja, ou seja, um acréscimo de 2,6
milhões em comparação com o ano anterior, com isso a produção da oleaginosa
alcançou 185 milhões de toneladas no país.
Segundo a Conab (2013), a região Centro-Oeste, especificamente o estado
do Mato Grosso, inicia a semeadura no período das chuvas que compreende dos
meses de outubro à novembro. De acordo com Instituto Mato Grossense de
Economia Agropecuária - IMEA (2012), a produção de soja no estado totalizou
21,681 milhões de toneladas na safra 2011/2012, representando 9,2% da produção
mundial, e 32,5% da safra brasileira.
13
1.2 IMPORTÂNCIA DA APLICAÇÃO FOLIAR DE NUTRIENTES MINERAIS
Segundo Souza et. al. (2008), o crescimento da produção e o aumento da
capacidade produtiva da cultura da soja, estão relacionados com os avanços
científicos, destacando as tecnologias disponíveis no setor produtivo, estando nessa
situação à utilização de fertilizantes minerais para aplicação foliares para se alcançar
altos tetos produtivos.
De acordo com Taiz & Zeiger (2006), além da aplicação de nutrientes
minerais ao solo agrícolas, também há necessidade de alguns nutrientes minerais
serem aplicados às folhas por aspersão, em um processo chamado de adubação
foliar, onde as folhas absorveram os nutrientes aplicados.
Segundo Calonego et. al. (2010), nas aplicações realizadas via foliar de
fertilizantes minerais, são utilizadas menores doses em comparação com as
aplicação via solo, a resposta das culturas com as aplicação são quase que imediata
e a deficiência pode ser corrigida durante o desenvolvimento.
Segundo Lima et. al. (2013) a eficiência da absorção dos nutrientes pelas
folhas é variável em função de uma série de fatores do meio em que essas folhas se
encontram, tais como:
Fatores inerentes à folha ou à planta: superfície foliar; composição química da
cutícula; permeabilidade da cutícula; idade da folha; estado iônico interno;
crescimento; estádio fenológico da cultura.
Fatores inerentes aos nutrientes: seletividade; absorção desigual de ânions e
cátions; antagonismo; inibição competitiva e não competitiva; inibidores
metabólicos.
Fatores inerentes às soluções: concentração e composição das soluções; pH;
forma química dos nutrientes.
Fatores externos: luz; disponibilidade de água no solo; temperatura; umidade
do ar, horário e equipamento de aplicação.
Segundo Souza (2008), com o passar dos anos as indústrias químicas vem
desenvolvendo fertilizantes foliares com melhor aproveitamento pela planta, com
destaque para produtos mais eficientes e econômicos, e que satisfaçam as
exigências nutricionais da planta. Atualmente, um grande número de fertilizantes
foliares está disponível no mercado, garantido o fornecimento de um ou mais
elementos.
14
1.3 NUTRIENTES ESSENCIAIS E DEFICIÊNCIA
Alguns elementos são destacados como essencial para o desenvolvimento
da planta, e a ausência de qualquer um pode ser o fator limitante para o crescimento
vegetal. “Um elemento essencial é definido como aquele cuja ausência impede uma
planta de completar seu ciclo de vida” (ARNON e STOUT apud TAIZ & ZEIGER,
2006, p. 96), sendo que a ausência de qualquer um deles pode ser o fator limitante
para o crescimento e desenvolvimento vegetal.
“Os elementos minerais essenciais são geralmente classificados como
macronutrientes ou micronutrientes, de acordo com suas concentrações relativas no
tecido vegetal” (TAIZ & ZEIGER, 2006). Segundo Embrapa (2011), os
macronutrientes são os elementos que a planta necessita em quantidades elevadas,
e os micronutrientes em quantidade menores.
Especialistas na área de fertilidade do solo classificam o elemento Cálcio
(Ca) como um macronutriente secundário, já o elemento Boro (B) como um
micronutriente.
1.3.1 Função do Cálcio na Planta e sua Deficiência
De acordo com a Embrapa (2008), o elemento cálcio tem a função de
manter a integridade funcional da membrana celular, realizar a germinação do pólen
e o crescimento do tubo polínico, e também ativa as enzimas que participam no
metabolismo do fósforo.
Segundo Agrolink (2013), a deficiência do cálcio afeta o crescimento
radicular e da parte área da planta, sendo que os sintomas aparecem nas partes
mais novas da planta, atrofiam o sistema radicular, matando a gema apical e causa
o retardamento da emergência das folhas novas no vegetal dando o formato de
“encarquilhamento”.
1.3.2 Função do Boro na Planta e sua Deficiência
Segundo Embrapa (2008), as principais funções do boro na planta se
relacionam com a divisão celular, formação de parede celular, síntese de DNA, RNA,
15
fitormônios e também com o transporte de açúcares e carboidratos através da
membrana celular.
De acordo com Agrolink (2013), a deficiência do boro desorganiza os vasos
condutores, diminui a germinação do grão de pólen e o crescimento do tubo polínico
devido à baixa mobilidade no vegetal. No entanto, os sintomas de deficiência são
observados nos tecidos jovens e recém formados como o superbrotamento e morte
da gema apical.
1.4 IDENTIFICAÇÃO DOS ESTÁDIOS DE DESENVOLVIMENTO DA SOJA
“A classificação dos estádios de desenvolvimento da soja, identifica
precisamente o estádio de desenvolvimento em que se encontra uma planta ou uma
lavoura de soja” (FEHR E CAVINESS apud EMBRAPA, 2007).
Segundo a Embrapa (2007), o sistema proposto por Fehr e Caviness (1977),
é dividida em duas fases sendo: vegetativa (V) e reprodutiva (R). A fase vegetativa
é subdividida em V1, V2, V3 e Vn, exceto os dois estádios iniciais que são o VE
(emergência) e VC (estádio de cotilédone). Por sua vez, a fase reprodutiva é
subdividida em R1 a R8. A Tabela 1 apresenta de forma resumida os estádios
fenológicos da cultura da soja.
Tabela 1 Estádios vegetativos e reprodutivos da soja.
Fonte: Elaboração própria segundo dados de Costa e Marchezan (1982). *Este sistema identifica corretamente os estádios fenológico da soja, no entanto nem todas as plantas presentes no campo vão corresponder corretamente com o mesmo estádio, onde se divide cada estádio específico vegetativo ou reprodutivo quando somente 50% ou mais das plantas presentes no campo estão naquele ou entre aquele estádio.
VE R1
VC R2
V1 R3
V2 R4
V3 R5
* R6
* R7
VN R8
Pleno enchimento das vagens
Início da maturação
Enésimo nó Maturação plena
Primeiro nó Início da formação das vagens
Segundo nó Plena formação das vagens
Terceiro nó Início do enchimento das sementes
Estádios vegetativos Estádios reprodutivos
Emergência Início do florescimento
Cotilédone Pleno florescimento
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Esta escala de distribuição das fases fenológicas descrita na tabela 1
sofreram algumas adaptação, feita por Costa e Marchezan (1982), que adaptaram a
mesma para possibilitar o uso com as cultivares brasileiras, sendo que, a nível
mundial, a escala de Fehr e Caviness (1977) é a mais difundida e utilizada.
1.5 IMPORTÂNCIA DA APLICAÇÃO DE CÁLCIO E BORO NA CULTURA DA
SOJA
De acordo com Rosolem apud Arantes et. al. (2009), o elemento cálcio está
relacionado decisivamente ao número de flores e vagens. “A relatos de aumento da
produtividade de algumas culturas com o uso de boro” (ARANTES et. al., 2009).
“A época de maior exigência de nutrientes pela planta de soja é no estádio
R1 ao R5” (ROSOLEM e BOARETTO apud MUSSKOPF & BIER, 2010).
“Esses fatores indicam a necessidade da aplicação dos fertilizantes foliares
sobre os órgãos de interesse, que no caso são os botões florais ou as flores”
(BROWN e SHELP apud MUSSKOPF & BIER, 2010).
Segundo Souza et al. (2008), avaliaram os componentes de rendimento em
estádios fenológicos distintos na cultura da soja em função da aplicação de cálcio e
boro e verificaram um aumento na produtividade de semente na fase reprodutiva R3.
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2 MATERIAIS E MÉTODOS 2.1 MATERIAIS
Os seguintes materiais que foram utilizados no experimento:
Agenda e caneta para anotações de dados;
Agroquímicos: tratamento de sementes (Standak Top), inseticidas
(Premio, Nomolt, Engeo Pleno, Connect, Lannate); fungicidas (Priori, Fox);
herbicidas (Gallant R, Zapp Qi).
Assistatat Versão 7.7 Beta.
Balança de precisão;
Bandeiras;
Contador de sementes;
Corda;
Costal motorizada Toyama com barra de 3 metros modelo PT 25 KS ;
Determinador de umidade;
Distribuidor de fertilizante Stara modelo 5.0;
Enxadas;
EPI de químico;
Estacas de identificação;
Etiquetas de identificação;
Fertilizante granulado composto por: Nitrogênio (00%N); Fósforo (18%
P2O5); Potássio (18% K2O), Cálcio (11% Ca); Enxofre (5% S); e micronutrientes;
Cobre (0,05% Cu); Manganês (0,1% Mn); Zinco (0,15% Zn).
GPS etrexgarmin;
Inoculantes (Bradyrhizobium japonicum) concentração (5x109 células
viáveis por ml).
Luvas de nylon;
Máquina de tratamento de sementes marca MECMAQ;
Marreta 2kg;
Pontas bico leque;
Pulverizador John Deere 3000 litros, modelo 4170;
Saco plástico;
Saco de rafia
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Sacos de panos para armazenamento da semente;
Semeadeira John Deere 45 linhas, modelo DB74;
Semente de soja TMG 132 RR;
Tesoura;
Trado;
Trator John Deere modelo 8335 R;
Trena métrica;
Trilhadora de parcela elétrica MOG série 03018;
2.2 MÉTODOS
O experimento foi implantado na Fazenda Gemmi II, localizada na BR 163,
Km 727, Zona Rural no município de Sorriso MT, sendo as coordenadas (12° 44’
39,14”) de Latitude Sul e (55° 53’ 07,42”) de Longitude a Oeste do Meridiano de
Greenwich, altitude de 392 m, distante de Cuiabá 400 km, região norte do estado de
Mato Grosso no sentido Pará (MIRANDA, 2001).
De acordo com Seplan (2004), os solos no Município de Sorriso apresentam
as seguintes características: LATOSSOLO VERMELHO escuro: são solos minerais
profundos e bem discriminados (vermelho ou amarelo), com diferentes classes
textuais, desenvolvidos a partir dos mais diversos materiais originários com
predomínio de caráter distróficos. Apresenta grande capacidade de infiltração de
água superficial e média susceptibilidade a erosão.
O delineamento experimental utilizado foi de blocos ao acaso (DBC), com
seis repetições e quatro tratamento, sendo uma testemunha e três épocas de
aplicação de cálcio e boro, nos estádio fenológico R1 – início do florescimento, R2 –
pleno florescimento e R3 início da formação das vagens.
Antes da semeadura do ensaio foi retirada uma amostra de solo na área
experimental na profundidade de 0 a 20 cm com auxílio de sonda e marreta (Anexo
A), A Tabela 2 apresenta as características químicas obtidas pela análise de solo.
19
Tabela 2 Laudo de análise de solo - Características químicas do solo na profundidade de 0-20 cm.
Fonte: Laboratório de análise de solo MT Solos. Nota: Embrapa - apresentados os teores limites de Boro para a cultura da soja (0,3 a 0,5 mg dm
-3).
O tratamento da semente foi realizado na sede da fazenda com a utilização
de máquina para tratamento de semente, onde foi empregada a utilização de
inseticidas, fungicidas e inoculantes.
Antes da semeadura foi realizada a dessecação da área com o herbicida
glifosato para o controle de ervas daninhas. No dia seguinte foi feita adubação a
lanço com implemento Stara Hércules 5.0, realizando a distribuição do formulado 00-
18-18 na quantia de 500 kg ha-1. A semeadura do experimento aconteceu no dia 03
de outubro de 2013 mecanicamente com o uso da semeadoura John Deere DB74
em sistema de plantio direto, utilizando 17 sementes por metro linear, com
espaçamento entre linhas de 0,50 metros. A cultivar usada TMG 132 RR
(transgênica).
Quinze dias após a emergência da soja procedeu-se a escolha do local com
maior uniformidade de stand para serem estabelecidas as parcela, sendo estas
compostas por 4 linhas de soja de 5,0 metros de comprimento e espaçamento entre
linhas de 0,50 metros. Entre as parcelas e os blocos foi deixado um espaço de 1
metro de distância para se evitar possíveis contaminações nos tratamentos durante
as aplicações do fertilizante. A área útil da parcela foi caracterizada por duas linhas
centrais, desprezando-se 0,50 metros das extremidades. O experimento ficou
composto por 24 parcelas (Anexo B). Foi realizado o desbaste das plantas de soja
com o uso de barbante, trena e tesoura, deixando 14 plantas por metro linear, o que
correspondeu a 280.000 plantas por hectare.
K Ca Mg Al H+Al SB CTC Al Ca Mg K
0,1 3,2 0,9 0,0 4,3 4,5 8,7 0,0 36,7 11,2 3,6
B Cu Fe Mn Zn Bases Ca/Mg Ca/K Mg/K
0,4 0,5 92 4,3 2,1 51,5 3/1 10/1 3/1
cmol/dm3 % de saturação
Relação entre nutrientesmg/dm3Textura
Argilosa
20
O controle de plantas daninhas foi realizado por meio da aplicação de
herbicida em pós-emergência e capinas manual. No decorrer do desenvolvimento da
cultura foi realizado o manejo fitossanitário, com aplicação de inseticidas e
fungicidas para o controle de pragas e doenças que afetam a cultura da soja, sendo
as aplicações realizadas com o autopropelido da fazenda.
Quando a soja atingiu o período reprodutivo, as aplicações foram realizadas
com pulverizador costal automatizado com barra de três metros de comprimento,
utilizando bico leque modelo 110-02, com espaçamento entre bicos de 0,5 metros e
vazão de 200 litros por hectare. Nos tratamentos, foram aplicadas as dosagens
comerciais do produto, caracterizadas por 2 L ha-1 à uma concentração de 16%
Cálcio (Ca) e 4% Boro (B), sendo 100 ml do produto diluídos em 10 litros de água.
As aplicações foram realizadas em três épocas diferentes, sendo R1 (pré-
florescimento), R2 (floração plena) e R3 (início de formação de vagens), mais
testemunhas sem tratamento (Anexo C). A escala de FEHR e CAVINESS (1977) foi
utilizada para identificar os estádios fenológicos da cultura no momento de cada
aplicação.
A colheita foi manual, sendo realizada no estádio fenológico R8 (maturação
fisiológica) da cultura da soja. No dia 14 de janeiro de 2014 foram colhidas as duas
linhas centrais através do arranquio de plantas, desconsiderando 0,5 metros das
extremidades, e armazenadas em feixe de soja dentro de sacos de rafia. Em cinco
plantas por parcela realizou-se a coleta dos dados das variáveis testadas. Após a
obtenção dos dados, tais plantas foram novamente devolvidas ao feixe, onde foi
realizada a trilha do material para obtenção dos grãos.
Foram avaliadas as seguintes variáveis: rendimento de grãos, número de
vagem por planta, número de grãos por vagens e peso de mil grãos. A umidade foi
ajustada a 14%, conforme a recomendação da Aprosoja (Associação de Produtores
de Soja no Estado do Mato Grosso) que estabelece mecanismos e aspectos
técnicos no procedimento de desconto durante o recebimento de grãos nas
unidades armazenadoras de acordo com a Figura 1.
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Figura 1- Fórmula para correção da umidade de grãos a serem recebida nos armazéns.
Nota: PDU - Peso a ser descontado referente à umidade, Kg. Fonte: Aprosoja Mato Grosso
A análise estatística foi realizada utilizando-se o programa Assistat versão
7.7 beta. Sendo os dados submetidos à análise de variância (Teste F).
PDU = Peso sem desconto X
Umidade a
ser
descontada
14% Peso
corrigido
100 14%
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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A Tabela 3 apresenta um resumo das análises de variância para as variáveis
produtividade (PSH), peso de 1000 grãos (PMG) e número de vagens por planta
(NVP). As variáveis analisadas não apresentaram resultados significativos ao Teste
F ao nível de 1% e 5% de probabilidade.
Tabela 3 Resumo das análises estatísticas para produtividade em sacas de 60 kg por hectare
(PSH), peso de 1000 grãos (PMG), número de vagem por planta, em função das aplicações de cálcio e boro em diferentes épocas.
Fonte: Assistat versão 7.7 Nota: ns: não significativo pelo Teste de F a nível de 5%.
O coeficiente de variação obtido na avaliação da variável produtividade foi
4,01%, indicando homogeneidade do experimento. No entanto, não houve diferença
significativa entre os tratamentos. Provavelmente, os teores de Boro no solo
supriram a necessidade da planta pelo elemento, sem resposta à aplicação de boro
complementar.
A aplicação do fertilizante foliar no estádio R2 (pleno florescimento)
apresentou maior valor médio para a produtividade (Tabela 4). De fato, nesse
estádio, a planta teria mais estruturas reprodutivas no momento da aplicação,
tendendo a uma maior eficiência ao uso do Cálcio e Boro foliar, influenciando no
aumento da produtividade média. No entanto a análise estatística não nos permite
afirmar isso.
Segundo Santos (2013) a aplicação dos elementos Cálcio e Boro
proporcionaram reflexos positivos no rendimento da soja quando aplicados na fase
R3 (início da formação de vagens). Já Calonego et al. (2010) não obtiveram
Fonte de Variação GL
PSH (60kg) PMG (g) NVP (un.)
Tratamento 3 7,13 ns 0,67 ns 33,42 ns
Bloco 5 3,82 ns 3,57 ns 63,84 ns
Resíduo 15 7,43 1,30 94,69
CV% 4,01 0,87 14,73
Quadrado Médio
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aumento de produtividade de grãos de soja com a aplicação do elemento boro em
diferentes épocas de desenvolvimento da cultura da soja.
Tabela 4 Média de produtividade em sacas 60 kg de soja por hectare.
Fonte: Ourique, J. J. Nota: * tratamento 2 – Estádio fenológico R2 (Florescimento Pleno), maior média de produtividade.
Para a variável peso de 1000 grãos foi obtido um coeficiente de variação de
0,87, não havendo resultado significativo entre os tratamentos (Tabela 3). Os valores
médios dessa variável nos diferentes tratamentos foram semelhantes (Tabela 5).
Tabela 5 Médias referentes aos pesos de 1000 (g) grãos em função das amostras coletadas nas parcelas de soja trilhada.
Fonte: Ourique, J. J. Nota: Demonstração dos dados coletados com peso de 1000 (g) grãos.
Segundo Malavolta et al. (2002), o elemento Boro atua na translocação de
açúcares para os órgãos propagativos. De acordo com Souza et. al. (2008),
encontraram resultados significativos, para a massa de 100 sementes, onde com a
aplicação de fertilizante foliar na fase R3, proporcionou um maior acúmulo de
matéria seca, em relação com aplicação na fase R1. Para Simidu (2005), a
aplicação de cálcio e boro na fase R2 (florescimento) em comparação com aplicação
na fase R5 (enchimento de grãos), apresentou efeitos significativos em relação à
massa de 1000 sementes.
Tratamentos/Fase Bloco 1 Bloco 2 Bloco 3 Bloco 4 Bloco 5 Bloco 6 Média
Trat. 1 - Ca e B/ R1 64,8 63,8 69,5 65,3 68,2 68,9 66,8
Trat. 2 - Ca e B/ R2 73,4 66,2 73,9 68,5 68,2 66,2 69,3*
Trat. 3 - Ca e B/ R3 66,3 69,4 67,0 66,8 66,8 71,2 67,9
Trat. 4 - Testemunha 70,6 66,0 65,3 69,9 66,6 67,6 67,7
Tratamento/Fase Bloco 1 Bloco 2 Bloco 3 Bloco 4 Bloco 5 Bloco 6 Média
Trat. 1 - Ca e B /R1 131,00 129,00 132,00 133,00 130,00 129,00 130,67
Trat. 2 - Ca e B /R2 132,00 130,00 132,00 131,00 130,00 129,00 130,67
Trat. 3 - Ca e B /R3 129,00 131,00 131,00 132,00 130,00 131,00 130,67
Trat. 4 - Testemunha 128,00 131,00 132,00 132,00 129,00 131,00 130,50
24
Segundo Calonego et. al. (2010) em relação aos padrões de massa de cem
grãos e número de grãos por vagem de soja não sofreram influência da adubação
de boro nas aplicações foliares. Segundo Faquin (2005), o cálcio tem papel
importante na germinação do grão de pólen e crescimento do tubo polínico,
destacando-se como um nutriente imprescindível para fecundação das flores,
fixação dos botões florais e formação das vagens.
Quanto à aplicação de cálcio e boro em relação ao número de vagens por
planta, os resultados demostraram que não houve diferença significativa entre os
tratamentos. O coeficiente de variação obtido foi de 14,73 (Tabela 3). De acordo
com Musskopf & Bier (2010), a aplicação de cálcio e boro na concentração de 1 kg
por hectare, via foliar na cultura da soja nas fases R1 e R3, apresentou resultados
significativos a nível de 5% de probabilidade com aumento do número de vagem por
planta. Segundo Silva et. al. (2006) não houve diferença significativa no número de
vagem por planta, sendo que aplicação de cálcio e boro não teve influência na
variável. Porém a utilização dos dois nutrientes tem papel importante, onde o cálcio
afeta na fertilização de flores e formação de vagens. Nesse trabalho a média do
número de vagens por planta foi superiores em comparação com outros autores,
onde Silva (2013) encontrou a média de 45,55 vagens por planta, resultado que
ainda e superior em comparação ao encontrado por Simidu (2005) que foi entre
23,66 a 43,81, em duas épocas diferentes R2 (Florescimento) e R5 (Enchimento de
grãos).
Segundo Bevilaqua et. al. (2002), as aplicações foliares de cálcio e boro na
soja, obteve aumento no número de vagem por planta, aumento de grãos por vagem
na cultivar BR 16.
Tabela 6 Resumo da análise de variância com os quadrados médios, e coeficiente de variação para a variável de número de grãos por vagens (NGV).
Fonte de Variação GL
1 Grão 2 Grão 3 Grão
Tratamento 3 12,51 ns 7,51 ns 3,45 ns
Bloco 5 16,38 ns 31,32 ns 18,02 ns
Resíduo 15 9,44 57,10 9,73
CV% 27,09 19,92 18,55
Quadrado Médio
NGV - Número de grão por vagem
25
Fonte: Assistat versão 7.7 Nota: ns: não significativo pelo Teste de F a nível de 5%.
No resultado de número de grãos por vagens, não houve diferença significativa entre os tratamentos, sendo os coeficientes de variação acima de 18% (Tabela 6). Nessa variável, foi realizada a separação das vagens pelas quantidades de grãos em sua composição, para apresentar maior uniformidade. Conforme pode ser visto na (Tabela 7).
Tabela 7 Resultados do número de grãos por vagens, soma de vagens (SV), multiplicação da quantidade de vagens pelo número de grãos (MQVNG), média de grãos por
vagem (MGV).
Fonte: Ourique, J. J. Nota: Demonstração dos dados coletados com a média de grãos por vagem.
Bevilaqua et al. (2002), trabalhando com a cultivar FT Cometa, obtiveram
aumento no número de grãos por vagem após aplicações de cálcio e boro na fase
de início de formação de vagens (R3). Em contrapartida, em experimento
desenvolvido por Sousa (2013), não foi obtido, para a mesma variável, efeito
significativo nos tratamentos com aplicação de cálcio e boro em diferentes épocas
do ciclo da cultura da soja. Segundo Rosolem apud Arantes et al. (2009), as
aplicações até a fase R2 (pleno florescimento), podem promover um aumento no
número de grãos por vagem por planta.
Diante dos resultados obtidos no presente trabalho, o uso de fertilização
foliar com cálcio e boro não apresentou vantagens quando aplicados em diferentes
épocas durante os três primeiros estádios fenológicos do desenvolvimento
reprodutivo da cultura da soja. Porém, na área em que foi realizado o experimento,
os teores de cálcio e boro apresentados na análise de solo se encontravam na faixa
adequada, ou seja, não seria necessário o uso de Ca e B complementar para suprir
as necessidades da planta. Tal fato pode ter contribuído para a ausência de
diferença significativa entre os tratamentos nas variáveis avaliadas.
Tratamentos 1 GRÃO 2 GRÃO 3 GRÃO SV MQVNG MGV
Trat. 1 - Ca e B /R1 10,68 38,17 17,50 66,35 139,52 2,10
Trat. 2 - Ca e B /R2 10,67 36,92 17,42 65,00 136,75 2,10
Trat. 3 - Ca e B /R3 13,50 39,42 16,33 69,25 141,33 2,04
Trat. 4 - Testemunha 10,50 37,25 16,00 63,75 133,00 2,09
26
CONCLUSÃO
A aplicação de fertilizantes foliares a base de cálcio e boro em diferentes
épocas de florescimento não apresentaram diferenças significativas para as
características agronômicas avaliadas, sendo elas produtividade, peso de 1000
grãos, número de vagens por planta e número de grãos por vagens.
27
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28
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29
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30
ANEXOS
31
Anexo A – Coleta da amostra de solo, (Ourique, J. J. N. 2013).
Anexo B – Área experimental, (Ourique, J. J. N. 2013).
32
Anexo B 1 – Croqui da área experimental, (Ourique, J. J. N. 2013).
Anexo C – Aplicações de Cálcio e Boro, (Ourique, J. J. N. 2013).
Pós-florada
Fase R3
Florada
Fase R2
Pré-florada Fase
R1Testemunha
6 24 23 22 21
Florada
Fase R2 Testemunha
Pós-florada
Fase R3
Pré-florada Fase
R1
5 17 18 19 20
Florada
Fase R2 Testemunha
Pré-florada Fase
R1
Pós-florada
Fase R3
4 16 15 14 13
Pré-florada Fase
R1
Florada
Fase R2
Pós-florada
Fase R3Testemunha
3 9 10 11 12
Florada
Fase R2
Pós-florada
Fase R3Testemunha
Pré-florada Fase
R1
2 8 7 6 5
TestemunhaPré-florada Fase
R1
Florada
Fase R2
Pós-florada
Fase R3
1 1 2 3 4
Rastro do pulverizador Bitola 3,5 metros