factores associados ao am

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Rev. Bras. Saúde Matern. Infant., Recife, 4 (2): 143-150, abr. / jun., 2004 143 ARTIGOS ORIGINAIS / ORIGINAL ARTICLES Fatores associados ao aleitamento materno e desmame em Feira de Santana, Bahia Breast feeding and weaning associated factors, Feira de Santana, Bahia Graciete Oliveira Vieira 1 João Aprígio Guerra de Almeida 2 Luciana Rodrigues Silva 3 Vilma Alves Cabral 4 Pedro Vieira Santana Netto 5 1 Departamento de Ciências Biológicas. Universidade Estadual de Feira de Santana. Campus Universitário. BR 116, Km. 3. Feira de Santana, BA, Brasil. CEP: 44.031.460. http://www.uefs.br 2 Centro de Referência Nacional para Bancos de Leite Humano. Instituto Fernandes Figueira. Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 3 Serviço de Gastroenterologia e Hepatologia Pediátricas. Universidade Federal da Bahia. Salvador, BA, Brasil. 4 Fundo das Nações Unidas para a Infância. Salvador, BA, Brasil. 5 Curso de Medicina. Universidade de Ribeirão Preto. Ribeirão Preto, SP, Brasil. Abstract Objectives: to determine breast feeding preva- lence and weaning associated factors in under one year old children in Feira de Santana in 2001. Methods: cross sectional study with the use of questionnaires addressing 2319 mothers in 44 vacci- nation facilities; (71%) selected by simple stratifica- tion. Prevalence ratio was calculated with the following parameters: p 0.05 considered significant with in- terval at 95%. Results: breast feeding prevalence was 692% for under one year old children. Exclusive breast feeding was higher for children not using pacifiers (49.4%) who had been breast-fed in the first days of life (40.4%). Statistically significant variables with higher breast feeding chances were: babies who were breast- fed in the first day of life (p <0.001), mothers who were housewives (p <0.001), lower family income (p <0.001), multiparous mothers (p =0.03) and chil- dren not using pacifiers (p =0.000). Conclusions: assistance activities to prevent weaning should especially focus on mothers holding jobs away from home, those with higher family incomes and who are primaparous. As for the children the focus should be on the ones not breast-fed in the first day of life and/or using pacifiers. Key words Breast feeding, Epidemiologic factors, Weaning Resumo Objetivos: conhecer a prevalência do aleitamento materno e os fatores associados ao desmame das crianças menores de um ano, em Feira de Santana, no ano 2001. Métodos: estudo transversal com aplicação de questionários às 2319 mães presentes nas 44 (71,1%) unidades de vacinação selecionadas, por estratifi- cação simples. Foi calculada a razão de prevalência e considerado como significante p 0,05 e intervalo de 95% de confiança. Resultados: a prevalência do aleitamento foi 69,2% nos menores de um ano. A ocorrência da ama- mentação exclusiva foi maior nas crianças que não usavam chupeta (49,4%) e que mamaram no primeiro dia de vida (40,4%). As variáveis estatisticamente significantes relacionadas com as maiores chances de amamentar foram: amamentação no primeiro dia (p <0,001), mães que não trabalhavam fora do lar (p <0,001), menor renda familiar (p <0,001), multi- paridade (p = 0,03) e a não utilização de chupetas (p <0,001). Conclusões: as atividades assistenciais quanto à prevenção do desmame devem estar voltadas sobretu- do para as mães que trabalham fora do lar, aquelas de maior renda familiar e primíparas. Quanto às crianças, para as que não foram aleitadas no peito no primeiro dia de vida e que usam chupetas. Palavras-chave Aleitamento materno, Fatores epi- demiológicos, Desmame

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1 Departamento de Ciências Biológicas. Universidade Estadual deFeira de Santana. Campus Universitário. BR 116, Km. 3. Feira de Santana, BA, Brasil. CEP: 44.031.460. http://www.uefs.br2 Centro de Referência Nacional para Bancos de Leite Humano.Instituto Fernandes Figueira. Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.3 Serviço de Gastroenterologia e Hepatologia Pediátricas.Universidade Federal da Bahia. Salvador, BA, Brasil.4 Fundo das Nações Unidas para a Infância. Salvador, BA, Brasil.5 Curso de Medicina. Universidade de Ribeirão Preto. Ribeirão Preto, SP, Brasil.

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Objectives: to determine breast feeding preva-

lence and weaning associated factors in under one

year old children in Feira de Santana in 2001.

Methods: cross sectional study with the use of

questionnaires addressing 2319 mothers in 44 vacci-

nation facilities; (71%) selected by simple stratifica-

tion. Prevalence ratio was calculated with the following

parameters: p ≤0.05 considered significant with in-

terval at 95%.

Results: breast feeding prevalence was 692% for

under one year old children. Exclusive breast feeding

was higher for children not using pacifiers (49.4%)

who had been breast-fed in the first days of life

(40.4%). Statistically significant variables with higher

breast feeding chances were: babies who were breast-

fed in the first day of life (p <0.001), mothers who

were housewives (p <0.001), lower family income

(p <0.001), multiparous mothers (p =0.03) and chil-

dren not using pacifiers (p =0.000).

Conclusions: assistance activities to prevent

weaning should especially focus on mothers holding

jobs away from home, those with higher family

incomes and who are primaparous. As for the children

the focus should be on the ones not breast-fed in the

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Objetivos: conhecer a prevalência do aleitamento

materno e os fatores associados ao desmame das

crianças menores de um ano, em Feira de Santana, no

ano 2001.

Métodos: estudo transversal com aplicação de

questionários às 2319 mães presentes nas 44 (71,1%)

unidades de vacinação selecionadas, por estratifi-

cação simples. Foi calculada a razão de prevalência

e considerado como significante p ≤0,05 e intervalo

de 95% de confiança.

Resultados: a prevalência do aleitamento foi

69,2% nos menores de um ano. A ocorrência da ama-

mentação exclusiva foi maior nas crianças que não

usavam chupeta (49,4%) e que mamaram no primeiro

dia de vida (40,4%). As variáveis estatisticamente

significantes relacionadas com as maiores chances de

amamentar foram: amamentação no primeiro dia

(p <0,001), mães que não trabalhavam fora do lar

(p <0,001), menor renda familiar (p <0,001), multi-

paridade (p = 0,03) e a não utilização de chupetas

(p <0,001).

Conclusões: as atividades assistenciais quanto à

prevenção do desmame devem estar voltadas sobretu-

do para as mães que trabalham fora do lar, aquelas

de maior renda familiar e primíparas. Quanto às

crianças, para as que não foram aleitadas no peito no

primeiro dia de vida e que usam chupetas.

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No campo da saúde da criança, o novo milênio foiinaugurado com as velhas preocupações que pautaramas agendas de saúde pública do século passado. Ape-sar dos inegáveis avanços ocorridos em diferentesregiões do Brasil, no que se refere à reversão dosíndices de mortalidade infantil,1 antigas questõescomo a desnutrição e a morte por doenças diarréicas eimunopreviníveis continuam presentes e dividemespaço com os problemas mais recentes da era que seinicia - obesidade, maus tratos e abusos cometidoscontra a criança.2

Por outro lado, o desenvolvimento populacionalvem demonstrando a necessidade de se dispor detecnologia e estratégias capazes de assegurar a quanti-dade e a qualidade de alimentos, particularmente paraos segmentos mais vulneráveis da comunidade, aexemplo dos recém-nascidos e lactentes. Nestecenário de adversidades que permeiam a saúde dacriança e da mulher, se insere o aleitamento materno,considerado por unanimidade no meio científico,como a melhor maneira de alimentar o lactente,constituindo base para efeitos biológicos e emocionaisno desenvolvimento da criança.3,4

Tal evidência amplia a discussão para as questõesque permeiam o exercício da cidadania, particular-mente quando focada sob a ótica do Estado-Nação,cuja construção em bases sólidas e dignas, depende,dentre outras, do nível de investimento realizado emfavor da infância. Por essa razão, as ações de pro-moção, proteção e apoio à amamentação devem seconfigurar como elementos estratégicos da políticaestatal em saúde.5

Ademais, o aleitamento materno representa umacategoria híbrida que se constrói entre os domínios dabiologia e da sociedade, mediada pela aparelhagempsíquica do ser humano, tratando-se, portanto, de umato impregnado de ideologias e determinantes queresultam das condições concretas de vida. A dependerda realidade social que se considere, a ambigüidadeamamentação-desmame pode se traduzir como umembate entre saúde e doença, entendendo-se que essesprocessos se associam em todos os momentos avariáveis econômicas e sociais.6

O presente estudo foi conduzido com o objetivode conhecer como algumas características sóciode-mográficas e o uso de chupetas concorreram paradeterminar a prevalência de aleitamento materno,aleitamento materno exclusivo e desmame decrianças menores de um ano de idade, no ano de 2001,na cidade de Feira de Santana, Bahia.

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Este é um estudo do tipo transversal analítico, aprova-do pela Comissão de Ética e Pesquisa da UniversidadeFederal da Bahia. Foi realizado na cidade de Feira deSantana, situada a 108 Km da capital do estado,Salvador, Brasil, e tem uma população em torno de450.487 habitantes.7

A população do estudo foi composta por todas ascrianças com idade inferior a um ano, completado atéo dia 25 de agosto de 2001, "Dia Nacional de Vaci-nação", procedentes da cidade de Feira de Santana,que compareceram com suas mães aos postos de vaci-nação selecionados.

Foi calculada uma amostra correspondente a20,0% (1912) da população-alvo, (9563) estimadapara o ano 2001 pela Segunda Diretoria de Saúde. Odesenho amostral foi estratificado casual simples, téc-nica adequada para garantir a presença de todos ossegmentos da população, porque no planejamento dacobertura vacinal a Secretaria de Saúde dividiu acidade em quatro "comandos", áreas topográficasrepresentadas por bairros contíguos. No dia da coletade dados, a vacinação ocorreu em 62 unidades devacinação (postos de saúde e escolas) localizados nosbairros componentes de cada estrato. Uma amostra foiretirada de cada comando (estrato): do primeiro esegundo foram sorteadas 70,6% (12/17) das unidadesexistentes e do terceiro e quarto foram sorteadas71,4% (10/14). O questionário foi aplicado às mãesde todas as crianças da população-alvo das unidadessorteadas. A cobertura vacinal da etapa em que ocor-reu a coleta de dados foi de 104,0%, sendo vacinadas9961 crianças da faixa etária estudada.

A pesquisa foi realizada por 104 universitários daárea de saúde previamente treinados. As mães eramabordadas na fila de vacinação por um ou dois univer-sitários que informavam que estavam realizando uminquérito sobre alimentação infantil e, após o consen-timento livre e esclarecido, os questionários eramaplicados individualmente. Responderam ao ques-tionário 2323 (24,3%) mães; apenas quatro serecusaram a participar da pesquisa, taxa consideradainsignificante. O plano piloto foi realizado naprimeira etapa de vacinação com aplicação de 167questionários por 10 inquiridores.

As questões elaboradas foram fechadas, com trêsalternativas de resposta: sim, não e não sei. As variá-veis maternas pesquisadas foram: idade, paridade, tra-balho fora do lar, escolaridade e renda familiar. Quan-to às características das crianças, questionou-se sobrea alimentação, o sexo, internamento no berçário, pre-maturidade, peso ao nascer, ser amamentado no diado nascimento e uso de chupeta. Para a avaliação do

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aleitamento materno e alimentos complementaresoferecidos à criança foi utilizado o recordatório das 24horas que antecederam a aplicação dos questionários.

Foram consideradas como amamentadas todas ascrianças que mamavam, independente do uso deoutros alimentos. Em aleitamento exclusivo, foramclassificadas as crianças somente alimentadas comleite materno, não sendo permitido o uso de chás,água ou qualquer outro alimento. Como aleitamentopredominante, foram designados os lactentes quefaziam uso de leite materno em associação com chás,água e/ou sucos. Foram classificadas como desma-madas, as crianças que tinham cessado completa-mente o uso do leite materno.

Em relação à análise estatística, a razão deprevalência e as medidas de significância foram cal-culadas através do teste qui-quadrado e valor de p,sendo considerados como significantes valores bi-caudais iguais ou menores de 5,0%. Foi calculado oIntervalo de Confiança de 95%. O programa estatís-tico utilizado foi o SPSS, versão 10.0.

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O estudo contemplou 2319 crianças menores de umano de idade. Contudo, na análise das variáveis deinteresse, o cálculo das percentagens válidas levou emconsideração apenas os questionários cujas entrevis-tadas responderam “sim” ou “não”, descartando aque-les cujas respostas referiram-se a “não sei” ou “nãolembro”. Assim, o número total (N) variou de umaquestão para outra.

O aleitamento natural sofreu influência da idadeda criança. No dia da coleta de dados, 69,2%(1603/2319) dos menores de um ano estavam sendoamamentados. Quando as crianças foram agrupadasem intervalos etários mensais, estavam sendo aleitadasao peito 93,8% das crianças de até um mês de vida(152/162), 93,8% da faixa etária de 31 a 60 dias(225/240) e 48,6% (101/208) de 11 meses de idade.Quanto ao aleitamento exclusivo, a sua prevalêncianos menores ou iguais aos quatro e seis meses foi re-spectivamente 48,3% e 38,5%, sendo que no primeiromês 62,1% (100/161) mamavam exclusivamente, en-quanto que somente 17,7% (39/220) se beneficiavamdo aleitamento exclusivo no sexto mês de vida.

Quanto à associação entre as características ma-ternas pesquisadas e o aleitamento materno, apresen-taram maiores prevalências de aleitamento materno emaior chance de serem aleitadas ao peito crianças quenasceram em famílias com renda menor ou igual adois salários mínimos, filhos de mães multíparas eque não se ausentavam do lar para trabalhar, quando

comparadas às demais (Tabela 1). A escolaridade ma-terna não atingiu nível de significância estatística,apesar de demonstrar certa tendência de associação,em que mães com apenas o ensino básico fundamen-tal tenderiam a amamentar mais do que as de maiorescolaridade (Tabela 1). A idade materna não se asso-ciou de forma estatisticamente significativa ao aleita-mento materno (p = 0,625).

Com relação às características referentes àscrianças, o fato de ter peso ao nascer maior que 2500gramas, ter sido amamentado no primeiro dia de vida enão ter usado chupeta esteve associado significativa-mente ao aleitamento materno, com maiores chancesde serem amamentadas no primeiro ano de vida(Tabela 1). Não atingiu nível de significância estatísti-ca a associação entre o aleitamento materno e o sexoda criança (p = 0,10), prematuridade (p = 0,25) e inter-namento no berçário no período neonatal (p = 0,32).

Em termos de aleitamento materno exclusivo, aparidade e a renda familiar se associaram de formaestatisticamente significante (Tabela 2). Criançasnascidas em famílias com menor renda apresentaramuma maior prevalência de aleitamento exclusivo(42,0%), com maior chance de serem amamentadas(Tabela 2). Por sua vez, os filhos de mães multíparasapresentaram uma maior prevalência de aleitamentoexclusivo (42,4%) e maior chance de serem aleitadosexclusivamente (Tabela 2). Entretanto, não influencia-ram a prática do aleitamento materno exclusivo, aidade materna (p = 0,33), a escolaridade (p = 0,68) e ofato da mãe se ausentar do lar para trabalhar (p = 0,25).

Na análise da associação entre o aleitamentomaterno exclusivo e as características das crianças, aocorrência desse tipo de aleitamento foi significante-mente menor naquelas crianças que não mamaram noprimeiro dia de vida (29,1%), quando comparadas àsque mamaram (40,4%) (Tabela 2). O hábito de nãoutilizar chupeta revelou uma forte associação estatísti-ca com o aleitamento materno exclusivo. As criançasque não faziam uso de chupeta apresentaram umamaior prevalência de aleitamento exclusivo (49,4%),quando comparadas àquelas que a utilizavam (31,0%)(Tabela 2), com uma chance significantemente maiorde serem aleitadas ao seio, de modo exclusivo(p <0,001).

A análise também permitiu demonstrar umatendência de associação (p = 0,07) entre o aleitamentoexclusivo e crianças do sexo feminino, com umaprevalência de 40,9%, enquanto que para o sexo mas-culino registrou-se 35,8%. Na população estudada,não se associaram de forma estatisticamente significa-tiva ao aleitamento materno exclusivo, o internamen-to no berçário (p = 0,97), bem como o peso de nasci-mento (p = 0,91) e a prematuridade (p = 0,71).

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A representatividade da amostra, a grande coberturavacinal e a metodologia aplicada fortalecem aconvicção de que os resultados obtidos refletem asituação do aleitamento e os fatores associados, naépoca da coleta de dados.

Ficou demonstrada uma alta prevalência de ama-mentação, caracterizando um padrão de aleitamentode alta incidência e longa duração. A prevalência dealeitamento materno no primeiro ano de vida, emFeira de Santana, se mostrou superior àquela obser-vada para o Brasil (66,8%) e para a Região Nordeste(63,8%), segundo dados oficiais do Ministério daSaúde.8 A mesma tendência foi observada para oaleitamento exclusivo no sexto mês, cuja prevalên-cia foi maior do que as observadas: para Salvador(6,7%); para as regiões - Norte (9,0%), Nordeste(10,7%), Centro-Oeste (7,9%), Sudeste (8,3%), Sul(12,9%); e para todo o Brasil (9,7%).8 Esses dadosde Feira de Santana refletem a sistematização deorientação continuada em amamentação, que temsido realizada no município nos últimos anos.

É recomendado que o aleitamento seja praticadode modo exclusivo nos seis primeiros meses de vida.4,8

No entanto, as taxas desse tipo de aleitamento per-manecem baixas, em todo o mundo. Segundo aWorld Health Organization (WHO),9 baseada emdados de 94 países, o aleitamento exclusivo é prati-cado somente em relação a 35% dos menores dequatro meses. O presente estudo apresentou melho-res resultados, demonstrando claramente que quase ametade das crianças dessa faixa de idade se beneficia-va do aleitamento exclusivo, na época da coleta dedados. Vale ressaltar que a desnutrição, o atraso docrescimento e a morbimortalidade infantil estãofortemente associadas à introdução de alimentoscomplementares e ao desmame, devido ao provávelconsumo de alimentos nutricionalmente inadequa-dos e/ou contaminados.9

A pressão social, resultante das transformaçõeseconômicas e da crescente inserção da mulher nomercado de trabalho, que tece um cenário favorávelao desmame, se fez perceber neste estudo. As mãesque não trabalhavam fora do lar tiveram uma chancesignificativamente maior para o aleitamento maternoe uma tendência de associação em relação ao aleita-mento exclusivo. Um estudo realizado na região Sulrevelou que as mães que não trabalhavam fora apre-sentaram uma chance 30% maior de amamentarexclusivamente, quando comparadas às que traba-lhavam fora.8

Estudos têm demonstrado que o emprego não é oprincipal determinante do desmame10,11 e que apesar

da licença-maternidade ter sido utilizada pela maioriadas mulheres trabalhadoras para amamentar, existemoutros fatores que são fundamentais para amanutenção da lactação, como aqueles que permitema proximidade mãe-criança e/ou a retirada periódicade leite materno durante a jornada de trabalho.11

Houve uma maior prevalência de amamentaçãoentre as mães multíparas quando comparadas asprimíparas. A amamentação não é um comportamentototalmente instintivo e a técnica em alguns casosprecisa ser aprendida. A assistência imprecisa e in-consistente da equipe de saúde tem sido reconhecidacomo um importante obstáculo à sua prática e háevidências de que a educação pré-natal, quanto aoaleitamento materno, pode apresentar efeitos benéfi-cos nos seus indicadores, sobretudo nas mulheresprimigestas.12

Duffy et al.,13 em um estudo randomizado, com70 mulheres primíparas, realizaram sessões no pré-natal, enfocando práticas na amamentação; quandoavaliado o aleitamento, seis meses após o parto, foiobservada uma prevalência significativamente maiorno grupo de intervenção (91,0%), do que no grupocontrole (29,0%). Um estudo "quasi-experimental",realizado em Santiago, Chile, avaliou, também, oefeito do programa de promoção de aleitamentomaterno no pré-natal, com gestantes de classe médiae média alta com intenção de amamentar e observouque o grupo de primíparas que recebeu orientaçãopré-natal extra, alcançou uma taxa mais alta dealeitamento materno total aos seis meses do que ogrupo que não recebeu (94% versus 57%).14

Na presente pesquisa, as mães multíparas apre-sentaram uma maior chance de amamentarem osseus filhos. O mesmo fato foi observado quandoanalisada a associação entre aleitamento exclusivo eparidade reforçando a necessidade de um trabalho deeducação com o grupo de primíparas, uma vez queestas apresentaram uma menor chance de aleitaremos seus filhos, quando comparadas às multíparas. Éprovável que fatores culturais que favoreçam a intro-dução de chás, água e outros alimentos na alimen-tação das crianças amamentadas tenham maior im-pacto no primeiro parto.

A escolaridade materna e a renda familiarsempre figuram nos estudos que buscam os determi-nantes das taxas de aleitamento materno. Têm sidorelatadas diferenças com relação ao nível de edu-cação das mães em que crianças, cujas mães tinhamquatro anos de instrução, tiveram maior mediana dealeitamento, quando comparadas às de menor nível.15

Em Mountain e regiões do Pacífico dos EstadosUnidos verificou-se que mães com maior poderaquisitivo e nível educacional mais elevado ama-

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mentavam mais.16 Por outro lado, há indícios de quena maioria dos países não-industrializados, asmulheres de classes sociais menos privilegiadasamamentam mais.17

Na população estudada, o nível de instrução damãe não se relacionou de forma significativa com aprática do aleitamento materno, mas a renda familiarsim, apesar de não ter se manifestado de modo muitoexpressivo. As crianças nascidas em famílias comrenda menor ou igual a dois salários mínimos, apre-sentaram uma chance apenas 15,0% maior de seremamamentadas.

Em relação ao aleitamento exclusivo, as variáveisescolaridade e renda familiar seguiram a mesmatendência já descrita para o aleitamento materno, oque difere de estudos brasileiros que mostram quequanto melhor o nível socioeconômico, maior achance de amamentação exclusiva.18,19

Kummer et al.18 relataram maior prevalência doaleitamento exclusivo entre mulheres com maiorescolaridade, quando comparadas com as de escolari-dade menor que quatro anos e concluíram quemulheres com maior nível de instrução estão em fasede valorização do aleitamento materno exclusivo, eque essa tendência não atingiu estratos socioeconô-micos menos favorecidos.

Do mesmo modo, Bueno et al.,19 através de estu-do prospectivo, observaram que a maior escolaridadematerna foi relevante para o prolongamento doaleitamento exclusivo, fato relacionado pelos au-tores, com o conhecimento das mães sobre a im-portância do aleitamento exclusivo para a saúde doseu filho, nos primeiros meses de vida.

Segundo a WHO20 a prevalência do aleitamentomaterno apresenta fase de ascensão e declínio, seguin-do um padrão de desenvolvimento da sociedade que éinfluenciado pelos subgrupos populacionais, nosquais as mulheres de maior escolaridade seriam asprimeiras a mudar, influenciando as mulheres dosníveis socioeconômicos menos favorecidos. Assim,o primeiro estrato a modificar a sua prática de aleita-mento seria a elite urbana, seguida pelo pobreurbano e por último o rural, por ser o mais resistenteàs mudanças.

Os resultados do presente estudo evidenciam quea valorização do aleitamento materno já atingiumulheres de estratos socioeconômicos menosfavorecidos, sugerindo que o conhecimento e práti-cas maternas sobre aleitamento em Feira de Santana,atingem diferentes estratos sociais. Esse fato chamaa atenção para a necessidade do desenvolvimento deestudos que ampliem a compreensão dos valores cul-turais do município.

O uso da chupeta se fez notar como um fator as-

sociado ao desmame precoce em Feira de Santana.As crianças que não utilizavam chupeta, quandocomparadas às que utilizavam, apresentaram maiorprevalência de aleitamento materno e de aleitamentoexclusivo. São relatadas diferenças na dinâmica oralentre sugar o peito e sugar o bico artificial, levandoo bebê a preferir a segunda opção e conseqüente-mente a mamadeira.12,21

Outra variável que pode interferir na prática doaleitamento é o peso de nascimento, pois reflete ascondições de nutrição intra-uterina e se constitui nãosó num determinante imediato da sobrevivênciainfantil,12,22 como também do seu planejamento nu-tricional neonatal. No presente estudo, bebês quenasceram com peso adequado tiveram maiorprevalência de aleitamento. Apesar dessa associaçãoser significante, as diferenças encontradas em relaçãoao peso de nascimento e a amamentação forampouco expressivas, principalmente quando compara-das a outros estudos. Monteiro,23 por exemplo,detectou que 42,0% das crianças de peso inferior a2000 gramas nunca foram amamentadas, em contra-posição a apenas 10,0% entre as que superaram essepeso; a prematuridade foi a variável que antecedeu odesmame pela maior permanência hospitalar.

Chama a atenção também neste estudo o fato deque não houve diferenças significantes quanto àsprevalências da amamentação e do aleitamentoexclusivo entre as crianças que nasceram de partosprematuros ou que ficaram internados no berçário,quando comparadas às nascidas de termo e/ou quenão ficaram internadas. Tem sido demonstrado queum número muito maior de lactantes, mães de bebêsde baixo peso ao nascer, podiam amamentar demaneira efetiva, do que se acreditava anteriormente,quando foi dado apoio psicológico e ajuda práticaindividual quanto à técnica de amamentação.12 Noentanto, em muitos locais, a decisão entre leitematerno ou fórmula é complexa, tanto do ponto devista nutricional, como por rotinas hospitalares,hábitos culturais e razões práticas.24 Em tais casos,uma orientação adequada e completa sobre amamen-tação pode evitar efeitos adversos e o desmameprecoce.12

É importante ressaltar que, atendendo a uma pro-gramação nutricional, a saúde da criança a longoprazo é influenciada por práticas de nutrição neona-tal. Há que se destacar os resultados de pesquisasque apontam para o desenvolvimento de maioresíndices de QI (quociente de inteligência) entre ascrianças amamentadas ao seio, tendo como expli-cação a presença no leite humano de nutrientes vitaispara o desenvolvimento dos cérebros dos recém-nascidos, especialmente os prematuros.25

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Por conseguinte, mesmo nos recém-nascidos demuito baixo peso ao nascer, em alimentaçãoparenteral, deve-se procurar manter uma oferta míni-ma de leite, a fim de aproveitar os efeitos tróficos danutrição enteral sobre a maturação morfológica efuncional do tubo digestivo,26 com evidências deredução da ocorrência de septicemia,27 enterocolitenecrotizante16 e menor estada hospitalar.25 A utiliza-ção do leite é benéfica e deve ser recomendado oleite da própria mãe, devido à presença abundante defatores imunobiológicos.12,25,26

As crianças que mamaram no primeiro dia devida demonstraram maior prevalência tanto dealeitamento materno quanto do aleitamento exclusi-vo. Esse achado reforça a importância da equipe desaúde ajudar as mães a iniciar a amamentação o maisprecoce possível, ainda na maternidade. No Chile,Perez e Valdez28 demonstraram elevação das taxas deamamentação exclusiva de 32,0% para 67,0%, apósum programa de treinamento de profissionais, comrelação às práticas adotadas no pré-natal e puerpério.

A recomendação atual é que os profissionais queatendem ao binômio mãe-filho ajudem as mães a ini-ciar a amamentação na primeira meia hora após onascimento. O contato precoce pele-a-pele, incluin-do o toque dos mamilos, pode ter importantes efeitosno comportamento materno, no vínculo mãe-filho eno aleitamento materno.12

Neste estudo exploratório embasado em umaamostra representativa das crianças menores de umano de idade da cidade de Feira de Santana, foidemonstrada uma grande adesão das mães à práticada amamentação, e que diferentes valores articu-laram-se entre si com graus variados de intensidade,gerando reflexos para o desmame tais como trabalhomaterno fora do lar, maior renda familiar, primipari-dade, uso de chupetas e a criança não ter sido ama-mentada no primeiro dia de vida.

A construção de um modelo explicativo para astendências das taxas de aleitamento materno emFeira de Santana, dentre outras questões, deve levarem conta as atividades assistenciais e o trabalhosistemático de promoção e apoio ao aleitamentomaterno desenvolvido há aproximadamente 20 anos,no município pelo Centro de Referência para oIncentivo ao Aleitamento Materno e Banco de LeiteHumano do Hospital Geral Clériston Andrade, alémde dois hospitais públicos credenciados como "Ami-gos da Criança", ambos com Banco de Leite Hu-mano.

Ademais, vale ressaltar a contínua mobilizaçãosocial que contempla eventos científicos, desen-volvimento de projetos com diversos segmentos dasociedade (Corpo de Bombeiros e Correios), escolas,universidade, serviços de saúde e o reconhecidoapoio da imprensa e de diferentes segmentos dasociedade no resgate e reconstrução da cultura doaleitamento materno.

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Aos alunos de Odontologia e Enfermagem da Uni-versidade Estadual de Feira de Santana que partici-param da coleta de dados, pelo compromisso egrande entusiasmo. Ao apoio técnico do Fundo dasNações Unidas para a Infância (UNICEF) na Bahia.

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Recebido em 29 de janeiro de 2004Versão final reapreasentada em 19 de março de 2004Aprovado em 19 de abril de 2004