factor4 outubro 1993 sobre o posat-1

18
lcorô,rúig.io,.ÍlórrêSiaÈ..rrr,, t ,,di ,iiificq . Relqtório Forler . Colçqdo investe

Upload: jose-santos

Post on 13-Jun-2015

171 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Projecto PoSAT-1

TRANSCRIPT

Page 1: Factor4 outubro 1993 sobre o PoSAT-1

lcorô,rúig.io,.ÍlórrêSiaÈ..rrr,, t ,,di ,iiificq

. Relqtório Forler . Colçqdo investe

Page 2: Factor4 outubro 1993 sobre o PoSAT-1

DESTAQUEI

PoSAT-lPORTUGAT EM ORBITA

Ersm O3ho7m35s do dio 26 de Setembro, em Portugal continentol,quando o primeiro satélite no,cíono,l foi largodo no espsço

pelo foguetão Ariqne 4O, que descolarq dq bqse frqncesq dq Guio,nq.Assistindo so qconlecimento em directo pela televisão,

o País inteiro enlrou em ôrbito com o PoSAT- I .

ez-se Histório no último domingo de Se-

tembro de 1994. Pelo primeiro vez, Por-tugol colocou no espoço um obiecto construídopor iécnicos nocionois. O significodo completodeste ocontecimento só o futuro esclorecerócompletomente, mos ió nõo restom dúvidqs deque - contro o descrenço e o negotivismo lõocorocterísticos de um certo modo de ser portu-guês - existe no nosso Poís umo equipo decientistos e técnicos superiormente preporodose com determinoçõo suficiente poro levor obom Ìermo umo missõo complexo, que colocouPortugol no clube dos quinze poíses com sqté-lites ortificioìs próprios.

Enquonto em Portugol muito gente seguio o

ocontecimento otrovés do televisõo, no GuionoFronceso um grupo de portugueses vivio minutoq minuto o desenrolor do missõo do Arione,porticipondo, codo um o seu modo, no nosci-mento oficiol do primeiro sotélite nocionol.

Do expediçõo ò Guionq foziom porte, olómdos técnicos do missõo portugueso, o Ministrodo lndústriq e Energio, Miro Amorol, represen-tqntes dos membros do consórcio PoSAT-l e

iornolistos de vórios orgõos de comunicoçõosociol, que encherom olgumos póginos dosrespectivos iornois e horos de emissõo dosrespectivos ródios e televisões, contondo ooventuro tim tim por Ìim tim.

Atrqso de 24 horqsAo contrório do que estovo progromodo

iniciolmente, o Arione nõo descolou no dio 25de Setembro, pois controtempos operocionois

Page 3: Factor4 outubro 1993 sobre o PoSAT-1

obrigorom oo odiomento por 24 horos do lon-

çomento do foguetõo.Foi mois um dio de ongústio poro todos

quontos se tinhom deslocodo ò Américo do Sulporo testemunhor o evento. Foi tombém umorozõo ocrescido poro comemoror o pleno su-cesso do lonçomento no dio seguinte, comchomponhe, muito olegrio e hino nocionol.

Depois de lorgodo no espoço, o PoSAT ficouo dor combolhotos, onimodo de um movimentocomplexo e em estodo de vido lotente, querdizer, com os sisÌemos operocionois o funcio-nor mos ò espero que sinois enviodos de Terrolhe ìndicossem o que devio fozer.

Nesto oliuro, os suos movimentoções ió esÌo-vom o ser seguidos no estoçõo de controlo doPoSAT-1, instolodo no Centro Operocionol deSotélites do Morconi, em Sintro. Foltovom l4minutos poro o meio-dio de 26 de Setembro,domingo, quondo o estoçõo de Sintro fez osprimeiros contoctos com o sotélite, iniciondoentõo o missõo de estobilizoçõo do oporelho,indispensóvel porq o suo completo opero-cionolidode.

Como o sotélite nõo tem sistemos de propul-sõo próprios, o trobolho de estobilizoçõo éfeito ò bose de ordens ródio, que induzemcorrentes eléctricos em bobinos situodqs emvórios locois do oporelho. Estos correntes eléc-

tricos criom compos mognéticos que, por suovez, reogem oo compo mognético do Terro,obrigondo o sotélite o inclinor-se poro quol-quer dos lodos, olterondo deste modo o suoposiçõo e velocidode.

Rópido confrololniciolmente o equipo técnico do PoSAT ovo-

liovo em vórios semonos o tempo necessórioporo reolizor o suo perfeito estobilizoçõo, mosoté nesÌe ospecto o missõo superou os expecto-tivos. Em menos de umo semqno, o estoçõo deSintro ió ero dono e senhoro do sotéliïe, contro-londo-o completomente, enviondo "softwqre"poro os computodores de bordo e completondotodo o processo técnico indispensóvel ò suoutilizoçõo comum.

Nestq qlturo o PoSAT cumpre ió o suo mis-sõo, que oliós é voriodo, como se pode verifi-cor pelo "rodiogrofio" que publicomos nospóginos seguintes.

Muitos dos torefos de observoçõo e mediçõoespociol que os técnicos portugueses só podi-om reolizor em oporelhos estrongeiros võo serogoro reolizodos otrovés do PoSAT. Seró certo-mente umo formo de potencior o formoçõo denovos geroções de cientistqs interessodos noindústrio do espoço, criondo um sober nocio-nol nestos motérios e dondo sentido prótico oo

Page 4: Factor4 outubro 1993 sobre o PoSAT-1

investimento público reolizodo nesto missõo.Quqse cinquento onos depois do escritor

britônìco de ficçõo científico Arthur C. Clorketer proposto q utilizoçõo de plotoformos noespoço poro focilitor os telecomunicoções en-tre dois pontos do Terro, os técnicos portugue-ses conseguem tornqr o teorio reolidode. Nõofomos os primeiros, mos chegómos ló no grupodo frente.

KOUROU - Cenlro Espociolno Guiqnq Frqncesq

A implontoçõo de umo centrol espociol em

Kourou, em finois do décodo de I9ó0, foi decerto modo prometedoro poro o futuro econó-mico do Guiono Fronceso. Proporcionou pos-tos de trobolho oos hobiÌontes locois, mqs demomento o consequêncio mois evidente foiogrovor o desequilíbrio entre importoções e

exporÌoções e oumentor tonto os preços comoos solórios. A Guionq Fronceso é sensivelmentemois pequeno do que Portugol e enconïro-sedividldo em duos regiões: os plonícies coslei-ros e o meseto interior. A moior porte dos seushobitontes vive oo longo do costo, especiol-mente em Coyenne, o copitol.

A Guiono Fronceso situo-se o poucos grousde lotitude norte do equodor. A temperoturomédio onuol é de 26,6"C e o humidode é

elevodo. A médio onuol de precipitoçõo é de2795 mm. Emboro nõo hoio umo estoçõo secopropriomente dito, os quontidodes de precipi-toçõo mqis elevodos ocorrem em Dezembro eJoneiro e de Abril o Julho.

A elevodq temperoturo, oliodo o chuvos obun-donÌes, foz com que nove décimos do poísestejom cobertos de denso floresto tropicol; omodeiro ó um dos grondes recursos oindoinexplorodos dq Guionq Fronceso, mos o suoobtençõo torno-se muito difícil, dodo o escos-sez de tronsportes e o gronde voriedode deórvores, visto nõo existirem florestos nqturoisde umq único espécie, como qs que se situqmnqs loÌitudes médios. Nõo obstonte, os produ-tos florestqis representom o principol fonte deexploroçõo e incluem óleos essenciois de pou-roso/ gomo dos órvores "boloto" e modeiroporo construçõo. Poro um futuro oproveitomen-Ìo industriol, plontorom-se em vórios regiõescoiu e pinheiro-dos-coroíbos. A Guionq Frqnce-so possui grondes depósitos de bouxite perto

de Kow, o 48 km de Coyenne, mos otó ò dotonenhum foi explorodo. Hó tombém pequenos

lozigos de lítio, urônio e chumbo.Situodo no costo setentrionol do Américo do

Sul, bonhodo pelo Oceono Atlôntico o norte, efozendo fronteiro o sul com o Brqsil e q oestecom o Surinom, o Guiono é um Deportqmentoultromorino de Fronço e quolquer cidodõo deum dos Estodos-membros do Comunidode pos-so o olfôndego como quolquer fronteiro Ìerres-tre do Fronço europeio.

Um territórÌo ultromorino que o Fronço trotocom especiolcuidodo considerqndo o nível dostécnicos que trobolhom no Centro Espociol doGuiono, em Kourou,e que desenvolvem o proiec-to Ariqne. Esto cidode, situodo o 50 km do co-pitol Coyenne, é cloromente mois desenvolvidoe benef icio de inf roestruturos que o copitol nõodispõe. Ali tudo giro ò volto dos que trobolhomno Centro Espociol e os hóteis ficom repletosquondo estomos o poucos dios de um lonçomento.

PoSAT'

Page 5: Factor4 outubro 1993 sobre o PoSAT-1

ENTREVISTA

a

PoSAT E DOS tìtuAlS A/ANçADOSNA CTASSE DOS 50 GIUILOS

O "pai" do satêlíte português explica que o seu "rebenro"- só ê mini no tsmqnho e no Pesot Porque de resto

é um outêntico camPeão do esPaço

Foctor 4' O sqtélite português é um sotélite ou é

um sotelitezínho?Corvqlho Rodrigues - O soÌéliÌe português sõo

45,8 quilos de electrónico.As pessoos estqvom hobituodos o ver sqtélites

com vórios tonelodos, porque tinhom que ter moto-

res próprios poro reolizor funções que foziom sen-

tido quondo erom os grondes orgonizoções que

consÌruíom os sotélites.Por outro lodo, os lonçodores erqm muito cqros e,

por isso, vqlio o peno meÌer muiÌos quilos de codo

vez. Entretonto, houve umo gronde revoluçõo nesto

coiso dos lonçodores e hoie vê empresos privodos,

como o Motorolo, o fozer mini-sotólites iguois oo

nosso poro construir umo rede de comunicoções

globol.Como todqs os tecnologios, os espociois estõo

Ìombém no sendo do minioturi zoçõo. As grondes

estruturos, como o NASA, oindq nõo perceberom

isto, e por isso qrriscorom-se ò fqlêncio, conformeressolto do recente Relotório do CongressoNorte-Americono. Só esÌruturqs leves e com óptico

empresoriol võo sobreviver nesie mercodo.

P - Mos em termos de copocidode o PoSAT tombém

é mìní, ou é, de focto, um sqtélite normol?R - Dos sotólites do closse dos 50 quilos, é um dos

mois ovonçodos que se fizerom oÌé hoie no mundo,

quer no domínio dos telecomunicoções,,quer fundo-

mentolmenÌe no sistemo de novegoçõo. E o primeiro

vez num sotélite que voi um GPS - um sistemo de

posicionomento globol - e um sensor de estrelos,

poro que o posiçõo do sotélite seio obsolutomenteconhecidq.

Page 6: Factor4 outubro 1993 sobre o PoSAT-1

P - O sotelite é um proiecto com iustíficaçãoeconómico?R - O consórcio PoSAT teve um obiectivo triplo. Em

primeiro lugor, fozer com que emPresos portuguesos

enÌrossem no clube e no negócio do espoço. Conse-

guiu-se. Só no óreo dos serviços, que foi o coso dos

seguros, Portugol ló recuperou o investimento qqe

suportou o fqzer o mini-sotélite, Porque o sindicoto de

segurodoros que fez o seguro do PoSAT-l tem hoie em

corÌeiro poro ossinor opólices de ó0 soïélites, entre

lonçomentos e colocoçõo em órbito.

P - Componhìos portuguesos concorrem nessa

órea?R - Sim, sim, um sindicoto de segurodoros portugue-

sos que é liderodo pelo Ïronquilidode e que inclui

quose todos os empresos de seguros.Fozio oindo porÌe deste primeiro obiectivo entror

no negócio do Uniõo do Europo Ocidentol. Troto--se de um negócio que consiste em fozer portes,

peços, horos de engenhorio poro outros sotélites.

O segundo obiecÌivo do controto do consórcioerq formor umo equipo de engenheiros, mestres e

operórios copozes de fozer equipomentos susceptí-

veis de irem poro o espoço.Em terceiro lugor hovio o meto principol, que ero

colocor um obiecto no espqço. Todos os oblectivosforom reolizodos.

P - Mos, no prótíco, o que é que este sotélite

ocrescento oo que iá temos disponível?R - Este sotélite tem melhorios signifìcotivos foce oidênticos obiectos, estó muitíssimo ovonçodo no

sisÌemo de novegoçõo. E um sistemo que voi permitirtiror imogens muito concretos ò superfície do Terro

e é de tol moneiro ovonçodo que lhe posso dizer, em

primeiro mõo, que no dio ó de Setembro de ,l993,

mesmo ontes do sotélite estor lonçodo, o generol

Chefe do Estodo-Moior-Generol dos Forços Armo-

dos, generol Soores Corneiro, encomendou oo

consóicio três estoções poro estorem em locois

diversos do Poís e umo delos colocodo em meios

novois, o que voi permitir comunicoções iócticos.O sotélite permite tombém fozer correio electróni-

co ò escolo globol e oumentor o competitividodedos empresoi. Pot

"^"tplo, dizio-me o engenheiro

Nobre do Costo que gosÌo rios de dinheiro o

mondor mensogens doqui poro Mocou Poro oEfocec, que estô o implontor-se no Oriente' Diz ele

que, só no Efocec, sõo milhores de contos por mês

que voi poupor utilizondo o sqtélite como correioelectrónico.

P - AIém do mobilízação empresoriol que outros

resuhodos feve esÍe proiecto?R - Vqi permitir ò Efqcec e òs OGMA, por exemplo,qbsorver o moior porte dos 80 milhões de conÌos

que Portugol vqi ter que pogor por ser membro do

Uniõo do Europo Ocidentol e comporticipor numo

froto de sotólites.

P - Mos como é que võo recuperor esse dínheiro?R - Por encomendos que o UEO voi fozer o essos

empresos, poro lhes fozerem portes, peços e horos

de engenhorio poro os cinco sotélites que o UEO voilonçor e que võo custor o Portugol 80 milhões de

contos, quer foço olgumo coiso poro esses sotélites,

quer nõo foço.

P - Quo/ o volor do PoSAT em termos de comuníco-

ções?R - Hó umo mensogem que escopo o muito gente que

vive com o monio dos comunicoções. A mensogem

fundomentol é: isto é um negócio do espoço, nôo é um

negócio dos telecomunicoções. O negócio dos teleco-

municoções estó o dor prejuízo em todo o mundo. Onegócio que interesso é o negócio do oeroespociol,

nõo ó o negócio dos comunicoções.

P - Mos o sotélite fem ou não umo volêncío de

comunicoções?R - Tem. Foz correio electrónico e foz de

Page 7: Factor4 outubro 1993 sobre o PoSAT-1

"tronsponder" em tempo reol poro voz, dodos eimogem. Senõo, o generol Soores Corneiro nõo oquerio poro nodo.

P - Permite tronsaccionor ots chomodos telefónicos?R - Chomodos telefónicos nõo. Permite fozer comu-nicoçõo entre duos esÌoções e em tempo reol, seestiver ò visto dqs duos estoções.

P - Então, os utilizodores têm de ter umo estoção?R - Certomente.

P - Quonto é que custa umo estoção?R. - Umo estoçõo pode vorior entre 25 mil contos ecento e poucos contos. Ou oté só ter um "bip-bip",que custo uns quontos contos. Pode receber menso-gens num "bip-bip" do tomonho de um grovodor.

P - Como é que um porticulor ou umo pequenaempreso utílizom os volêncios de comunicoção dosotélite?R. - Dirigese ò Morconi, estobelece um ocordo e, vio oestoçõo de controle de SinÌro, vio Morconi, tem ocesso oumo bose de dodos mundiol e tem ocesso o podercomunicor com quem quiser no ploneto, desde que esse

olguém tenho um receptor, que pode ser um "bipbip",que pode receber mensogens em tempo reol.

P - Portonb, o Morconi foz a exploroçõo donegócio do comunícação?R. - A Morconi é o responsóvel pelo missõo e peloexploroçõo do sotélite, que se lrodvz, fundomentol-menle, no ocesso o boses de dodos o nível globol efozer de correio electrónico como encominhodor demensogens. Mos isso é o porte mois ínfimo do queeste sotélite foz. Devo dizer-lhe que, nos telecomu-nicoções, Ìemos poro ió o cliente mois ovonçodoque hó no Poís, que é o Sistemo lntegrodo deComunicoções Militores - o SICOM.

P - Quo/ é o pertil do clienteJipo em telecomunico-

ções poro este safêlite?R - Sõo os Forços Armodos, os emboixodos e empre-sos que se internocionolizorom e operom ò escologlobol, desde os empresos de construçõo civil, posson-do pelos empresos que fozem qs inÍro-estruturos, comoé o coso do Efqcec, que se implontou por exemplo emMocou. Agoro os mensogens que mondom poro lóenviom-nos vio PoSAT.

P - Agoro folo-se 1á em rede, em NefSAï. Quolé omudonço? Nõo é openos umo multiplicoção...R - Nõo é só umo multiplicoçõo. Existiom vórios

proiectos relqtìvos o mini-sotélites, o sistemos glo-bois plonetórios, porque o nosso sotélite dó umovolto codo I l0 minutos, ou novento e tol minutos e,portonto, nõo se pode fozer tudo em ligoçõo direc-to. A ideio ogoro é envior poro o espoço umo redede sotélites que permito umo coberturo globol edirecto o nível.plonetório.

P - /sso represento um gronde posso...R - Houve umo gronde tronsformoçõo no indústriqoeroespociol. Deu.se este fenómeno: os lonçodoreserom muilo coros, portonto iustìficovo-se fozer soté-lites geoestocionórios. Num geoestocionório pu-nhom-se 100 quilos de telecomunicoções e 10tonelodos de motores. A moior porte do sqtélitegeoestocionório nõo é poro fozer comunicoções.Sõo motores de hidrozino poro o monterem quieto,porque, como o Terro nõo é redondo, se os motoresdo geoestocionório nõo estiverem octivodos, elesficom q 3ó mil quilómetros mos o22 grous Norte,que é conhecido como o cemitério dos geoesto-cionórios.

Subitomente, com o fim do guerro-frio, ocobo-rom-se os mísseis intercontinentois, possou o hovermuitos lonçodores e o preço do lonçomento veio poroí obqixo. Pioneiro nisto foi o Motorolo, que ióencomendou ò Federocõo Russo o lonçomento de

Page 8: Factor4 outubro 1993 sobre o PoSAT-1

2l mini-soÌéliÌes, que só pesom Z0 quilos, mqs quesõo Z0 quilos de electrónicq e nõo de motores.

O sistemq de observoçõo do Terro do UEOïombém é Ìudo órbitq bqixo. A Federoçõo Russo fez--nos umo proposto de meter I 0 sotélites dos nossos

de umo virodo, o bordo de um míssil.

P - Quonfo é que cusfo ogoro um lançomenfo?R - Um lonçomento, com seguro, custo

.l20 mil

contos. Produzir o sotélite custo ,l50

mil. Portonto,o outocorro custo tonÌo como o possogeiro.

P - Quonto d NetSAL O que é que se voí fozer, em

concreto?R - Pois. As empresos porticipontes ficorqm o soberque tinhom o copocidode poro fozer sotólites. AEfocec, o INETI e os OGMA fozem os sotélites queforem precisos. Fozemos porque nõo precisomos deter motores. E com os focilidodes no lonçomento é

possível pô-los no espoço.A Motorolo, por exemplo, controtou com o Fede-

roçõo Russo o lonçomento de 77 sotélites, poro oseu sistemo lridium de comunicoções públicos.

Nós pretendemos construir um sistemo privotivode comunicoções ò escolo globol.

P - Privotívo de quem?R - Privqtivo de Portugol. AnÌigomente nõo hoviotelefones internos em nenhumq orgonizoçõo. Sobeporquê? Porque o lomonho do centrol poro os

telefones internos ero o edificio. Mos hoje nõo hóedifício que nõo ienho telefone interno. Porquê?Porque o tomonho do centrol é mínimo. Como nós

fozemos sotélites muito bqrotos, como o lonçomentoé muito boroÌo, nós podemos ter um sistemo privo-tivo de comunicoções. Privotivo neste sentido, detelefone interno de comunicoções.

P - Mesmo no sentido de telefone?R - Mesmo no sentido de telefone.

P - A NetSAT permite um telefone ínterno nacionol?R - Exoctomente. lnterno ò escolo globol.

P - A rede NefSAI permile ofirmor que o custo dacomunicaçõo voi boixor estrondosomente?R - Por exemplo, se vir os contos entre emboixodos,verificoró que é umo pouponço brutol.

P - É possível substituir a utilizoçõo de cobossubmorinos e de sotélites internocionois?R - Compleiomente. Nõo poro todo o genÌe, nõo époro o comum dos mortois.

P - Porque nõo?R - Porque o sistemq nõo foi desenhodo pqro esse

fim. Foi desenhodo poro Portugol ter um sistemo

privotivo de comunicoções poro qs suos obrigoçõescomo Estodo e pqrq o oumento do competitividodedos suos empresos que operom ò escolo globol.

rË!tü

Page 9: Factor4 outubro 1993 sobre o PoSAT-1

P - Instituições públicos, grondes empresos...R. - A bonco, os seguros e empresos que trobolhomò escqlo globol.

P - Poro funcionar em termos de telecomunicoçõeswlgares o copocidode exigido serio muíto diferente?R. - Nõo. Nõo é muito mois diferente. Posso dizer-Jhe que o nosso sistemo é composto por 26 sotéliÌes,con 40/50 quilos, e que o sistemo do Motorolo,que é poro comunicoções públicos, sõo77 sotélitescamTO/100 quilos de peso.

Outro mistificoçõo que os pessoos têm no cobeçoé que hó muiios sotélites. Sobe quontos sotélites hó

desde o início, de 1957 oIê hoie, colocodos em

órbitq? 2084. Veio quem é que os pôs ló. Nóssomos o décimo quinto poís o pôr um objecto desÌesno esPoço.

P - A tecnologio do satélite não é de origemporlugueso. Quol é o suo roiz?R - Americono.

P - Como é que houve o transferêncio de lecnologioporo os técnícos portuguesesr poro os empresosenvolvidas?R - Foi otrovés de um controto com umo universido-de - o Universidode de Surrey - que estó ouiorì-

zodo pelos omericonos o fozê-lo. Os omericonosnõo o podem fozer, de modo que utilizom esso vio,que foi o vio que os coreonos tombém utilizorom.

P - Como vê os ofirmoções de olguns críticos queconsiderom o Satélite PoSAT-l como muíto poucoportuguês?R - Nõo devemos dor importônciq o esse tipo dequestões. Bostovo ler o obiecto do Contrqto deconstiiuiçõo do consórcio poro se perceber que oque estovo em couso ero o tronsferênciq de tecnolo-gio. Mos ió ogoro ó bom que se soibo que nodo dos2 modelos de sotélite - um que estó o voor e outroque estó nqs OGMA - foi produzido, montodo etestodo senõo por operórios, técnicos e engenheirosde empresos portuguesos porticipontes no Consór-cio. lsto é "know-how" que nõo se odquirio de outromodo e sem que tivesse hovido o tronsferêncio detecnologio referido.

Resultou de tol moneiro bem que em Kourou os

operoções finois do sotélite omericono HeolthSATforom entregues ò equipo de engenheiros portugue-ses oí presentes e que forom o Monuel Seixos e oDeodoto Cordoso dos OGMA, o Fernondo Costodq Morconi

" o Ór.or" Borboso do EFACEC.

P - E o pivot de todo esso operoçõo de tronsferênciode tecnologio quem foì?R - O pivot foi um coniunto de treze engenheiros.Mos desde operórios oté mestres e engenheirostodq o gente fez tudo do sotélite.

P - Tudo bem, mos o tecnologia é suficientementesofisticodo poro exígir...R - ...O entendimento o diversos níveis. Umo coisoé o gesto do profissõo, outro é o entendimento.Nogesto de tudo somos umos vinte e tol pessoos. Sete

têm um entendimento completo. Sou eu,,JoséRebordõo, Miguel Leitmon, Deodoto Cqrdoso, OscorBorboso, Joõo Botolho e Fernondo Costo.

P - E quem é que construiu, de focfo, o sotélite?R - Quem o ossernb/ou todo e quem opertou osporofusos todos foi o enge Deodoto Cordoso.

P-Equoléoseupopel?R - E formor e monter umo equipo de instituições quenõo têm nodq o ver umos com os outros. Fozercom queos pessoos que trobolhom no proiecto tenhom mois

leoldode oo proiecto que o quolquer dos orgonismosde origem. Resolver os ospectos legois, finonceiros,motrículos nos Noções Unidos e obtençõo dessos

coisos todos. Foi gerir o gronde proiecto.

sw W'. a8lllt

ffiffiM

Page 10: Factor4 outubro 1993 sobre o PoSAT-1

liÍ

ol

Page 11: Factor4 outubro 1993 sobre o PoSAT-1

Alritude dq órbito- 820 quilómetros

Anfenqs de emissão(UHF) e recepçõo(VHF)- Tqnto os quotro ontenos de emis-

sõo, colocodos nos vértices infe-riores do sotéliÌe, como o ontenode recepçõo, que é centrol, sõode oço inoxidóvel niquelodo etêm umo secçõo em meio cono,como umo fito métrico metólico.

Bqteriqs- Como duronte mois de um terço

do seu tempo de vido o PoSAT-lse encontroró em condições deeclipse (sem sol), os poinéis solo-res nõo sõo suficientes poro for-necer o energio de que necessi-

to. O sotélite possui ossim dezboterios recorregóveis níquel-códmio, que sõo corregodospelos poinóis solores.

€usto do totql PoSAT-l- 930.000contos, dosquois Z0 por

cento forom suportodos pelo PEDIP

e'30 por cenlo pelos empresosporticipontes; 300.000 contos forom usodos no pogomento ò Uni-

versidode de Surrey pelo honsferêncio de tecnologio; os restontes

ó30.000 destinqrom-se oo pessG

ol, equipomento, estoçõo de terro,lonçomento, seguro.

Deteclorde poÉículqs cósmicqs- Experiêncio quetem comoobiec-

tivo medir os portículos que bom-bordeiom o sotélite duronte o suq

órbito e identificor possíveis cou-sqs de funcionomento qnómolo

dos componentes electrónicos.

Dimensões- O corpo do sotélite é um porolele

pípedo de secçõo quodrqdo ondecodq foce lem 55 cm por 35,ó cm.

O mosÌro de estobilizoçõo possui

seis metros de comprimento.

Electroímqnes- Os seus cinco electroímones sõo o

único "meio de propulsõo" doPoSAT-1. Sõo oquilo o que os

técnicos chomom "sistemos possi-

vos de estobilizoçõo". AÌrovés doinduçõo de correntes mognéticosnos electroímqnes, e usondo o oc-

çõo do co mpo mog nético terrestre,

é possível olteror o posiçõo dosotélite e o suo oltitude-o sítio poroonde o sotélite estó voltodo. Pod+se tombém poror, inverter ou ocel+ror o rotoçõo do PoSAT.

Estruturq- O corpo do PoSAT-l é cons-

tituido por umo série de I I ele-

mentos modulores de olumínio,sobrepostos como umo série degovetos. Codo umo destos gove-tos contém equipomenÌo electró-nico diverso. A goveto inferiorolbergo os bocterios e cômqrosde detecçõo remotq e estó ligodoqo qnel de fixoçõo qo Arione. Agoveto superior tem denÌro omostro de estobilizqçõo e os sis-

temos de novegoçõo (sensor deestrelos, GPS, mognetómetro ex-

terior, sensores do Sol e de hori-zonte).

Groços oos seus sistemos de no-

vegoçõo, o posiçõo do PoSAT noespoço pode ser conhecido em

quolquer momento com umo pre-cisõo de 200 metros.

MognetómetrosAporelhos que medem o compomognético do Terrq nos três eixosrelotivos oo sotélite. O PoSAT

possuidois desies sensores. Comoo compo mognético que envolveo Terro vorio do Equodor poro ospólos, o PoSATI pode obter in-

formoçõo sobre o o suo locolizo-

çõo otrovés do mediçõo do com-po mognético e do formo comoeste vorio.

Locqlizqcõo

Mqstro de estqbilizqcõoou ttboomtt

' O "boom" é umo espécie deonteno telescópico que serve poroestobilizor o sotélite opós o seu

lonçomento, reduzindo a suo ve-

locidode de rotoçõo no espoço.E constituído por umo molo enro-lodo que, umq vez oberto, formoum mostro de seis metros decomprimenio. No porto tem umomosso de 2,5 quilos. O "boom"tem o corocterísticq de ser q úni-

co peço móvel do PoSAï-l . Umovez oberto, nõo pode ser recolhi-do.

órbitq- Órbito Circulor, polor, heliossín-

crono, com umo inclinoçõo de98,ó grous. Codo órbito é reoli-zodo em l0l minuÌos. O sotéliteefectuo I 4 ou I 5 órbitos pordio,em médiq. Cinco ou seis vezespor dio o PoSAT I estoró ooolconce do estoçõo terrestre, du-ronte períodos de 'l

2 o '15 minu-

tos. Só de lB em lB dios osqtélite possoró exoctomente so-

bre o mesmo ponto do Terro.

Pqinéis solqres- As quotro foces do PoSAT encon-

trom-se cobertos por quotro poi-néis solores de orsenioto de gólio,codo um dos quois possui 1 344célulos solores com umo eficiên-cio de conversõo do luz solor emelectricidode de 19 por cento.Os poinéis constituem o fonie deenergio de todos os sistemos obordo. Codo poinel gero 34wotts. A estruturq dos poinéis éde olumínio, sendo o seu interiorem formo de "ninho de obelhq".

Peso- 50 quilos

Processqdor centrql(8OC r 8ó)- Apesor do seu ospecto modesto,

Page 12: Factor4 outubro 1993 sobre o PoSAT-1

é este o cérebro do PoSAT. Todoc gestõo do sotélite é feito poreste "chip". Em cqso ovorio,corém, é possível encqrregorcukos processqdores do gestõocc oporelho.

R.eceptor GPS' )ernnite conhecer o locolizoçõo

:c PoSAT I relotivomente q um

::nlunto de sotélites que dó pelo-crne de Globol PositioningS',,stem (GPS). Os receptores ousersores GPS chegom o possuir

-*c precisõo de dez meÌros no:e, posicìonomento. No enton-': devido ò gronde velocidode:e Ceslocoçõo do PoSAT 1 (mois

:e 25 mil quilómetros por horo),: s sïemq só permitiró, nestecoso,

-*c precisõo dq ordem dos 200-e-ros. Os dodos obtidos pelo3)S serõo depois relocionodos:.* os do sensor de estrelos, de::'no o obter o moior precisõo::'ssível no posicionomento do:ccrelho. O PoSAT 1 é o primei--: rricrossotélite do mundo lon-

::Co com um sensor GPS.

R.otoções- 3 PoSAT-l doró em médio umo

,clio sobre si próprio de seis em

seìs ou de dez em dez minutos.

lste movimento de rotoçôo tem

:cmo principol obleciivo evitor:ue o sotélite opresente sempre o'iesmo lodo oo Sol, poro impe,-

:ir um oquecimento excessivo. E

cossível, no entonto, ocelerqr q.otoçõo do sqtélite, retordó-lo,oqró-lo ou mesmo virólo de "co-ceço poro boixo".

Sensor de estrelqs- Troto-se de umo cômqrq seme-

lhonte òs vídeo, cujo sensor é

sensível ò rodioçõo dos estrelos.

Cbservo em permonêncio umo

:-:: do céu de nove por sete

:-l,s e seleccionq qí cinco ou

seis dos dez estrelos mois bri-

ihontes, visíveis no olturs. O sisie-

mo estudo o posiçõo relotivo des-sos estrelqs e comporo esso infor-moçõo com umo bose de dodosque é de focto um "cotólogo" dosestrelqs mois brilhqntes dos doishemisférios. A portir do identifi-coçõo dessos estrelqs e dq qnóli-

se do formo como esso informo-

çõo mudo, é possível conhecer oposiçõo e otitude do sotélite comgronde rigor. Os dodos do sensorde estrelos permitirõo determinoro posiçõo do PoSAT I com um

rigor de 100 metros e o suoqtitude (poro onde estó virodo)com o precisõo de 0,'l grou.

Sensores de deteccõoremolq- Sõo duos cômorqs semelhontes

òs cômorqs de vídeo comerciois,colocodqs no goveto de boixodo sotélite. Umo delos possuiumo resoluçõo de dois quilóme-tros, o outrq umo resoluçõo de220 meÌros. Os dodos do sisÌe-

mo de novegoçõo nõo permitemsoberexoctqmente, em codo mo-

mento, poro onde estõo o opon-tor os cômqrqs. Hó umo impreci-sõo de ó0 quilómetros que só

poderó ser resolvidq otrovés doobservoçõo de um mopo. As cô-moros obtêm imogens dqs zonospretendidos e o sistemq qrmoze-

no os imogens qté pqssor ooqlconce do estoçõo terresÌre,enviqndo-qs nesse momento. Asimogens ïombém podem ser pro-cessqdqs o bordo.

Sensores do 5ol- Troto-se de duos coixos pretos

ocos com ronhuros que deixomentrqr o luz e cuio superfície é

sensível ò mesmo. A qnólise doôngulo de entrodo do luz do Sol

permite conhecer o otitude dosqtélite.

Temperoturodo sqrélire no espqço- A Ìemperoturo ombiente dentro

do sotélite seró de 25 grous noporte inferior e 0 grous no portesuperior. A temperoturo é contro-lqdq usqndo o rotoçõo do pró-prio sotélite e q suo exposiçõo ooSol. Em médio, o PoSAT estóexposto ò luz solor durqnte cercode ó0 minutos e ò sombrq doTerrq qo longo de pouco mois de30 minutos. A temperoiurq exte-rior o que o sotélite estoró suieitofico próximo do zero obsoluto

l27e grous negotivos).

ttTronspulers"

- Codq "tronsputer é, por si, um

computodor de pequeno copoci-dode especiolmentevococionodoporo processomento porolelo. Em

oplicoções como o onólise deimogens, os redes dos "trons-puters" irobolhom muito mqisdepresso do que os computodo-res hobituois. Os "tronsputers"do PoSAT võo servir poro proces-sor os dodos obtidos pelo siste-

mo de detecçõo remoto, pelosensor GPS e pelo sensor deestrelos e poro, com eles, olimen-tor o sistemo de novegoçõo, demodo q que este posso fozer oscorrecções eventuolmente neces-

sórios.

Velocidqde- Umq vez em órbito, o PoSAT

'l

voo o 2000 meÌros por segundo(25.200 quilómetros por horo).

Vidq útil- O PoSAT I foi concebido poro

um tempo de vido de cinco onosmos, se Ìudo correr bem, poderómonter-se operocionol duronteoito. Os seus componentes pos-suem umo vidq útil muito superi-or, emboro nõo seio de esperorque o sotélite se posso monter em

órbito depois disso. Ao fim deoito o dez onos, o órbito dosotélite começoró o degrodor-see o PoSAT 1 desintegror-se-ó nooimosfero.

leTO

)U

'eo.

'ìo

lelortt

ri-ìoni-

tn-

lell r-

ite

o/es

lolu-

ìu-

oìq

)n-

oi-to,

+4

in-)m

to.

de,o34;éior,ll).

Page 13: Factor4 outubro 1993 sobre o PoSAT-1

EMPRESA

AS O.G.M.A. E O DESENVOTVIMENTODA INDUSTRIA ESPACIAI

Mqnuel dos Ssnlos Coelho*

s Oficinos Gerois de Mote-riol Aeronóutico (OGMA)

:-:ederom em ,l928

oo entõo::-cminqdo Porque de Moteriol:="oróuiico criodo em I9,l8 e- : orom o suo octividode

:e"*qdo no monufqcturo, sob li-:i-:c. de qviões e motores poro: :'.,'cçõo militor, pois no olturo:: -ecessidodes de monutençõo:-:- muito reduzidos.

i :rioçõo do Forço Aéreo Por---:-eso (FAP) em 1952 e o focto:: : .nesmo possqr o operor fro--:: :e elevqdo coriz tecnológico: -: , ocou nos OGMA sucessivos

octuolizoções dq suo copocido-de de resposto, o que implicou ogrodotivo operfeiçoomento e es-peciolizoçõo do pessool, omelhorio dos infro-estruturos, omodernizoçõo do equipomento,o oquisiçõo de novos iecnologios,técnicos de orgonizoçõo e rocio-nolizoçõo dos métodos de trobo-lho.

Duronte q décodo de sessento,os necessidodes de regeneroçõodo moteriol do Forço Aéreo ou-mentorom e os OGMA tiveromum crescimento importonte, deformo o poderem cumprir o suomissõo estrotégico.

Com o fim do guerrq coloniolossisie-se o umo reduçõo quonti-Ìotivq do octividode do FAP, cons-tituindo este período umo foseextremomente difícil foce oo ele-vodo desoiustomento entre os ne-cessidodes de trobolho e os mei-os disponíveis, com reolce poroos recursos humonos.

No entonto, no porte finol dodécodo de setento, como resultq-do de umq estrotégio definido emreloçõo òs OGMA pelo ForçoAéreo, centrodo no modernizo-çõo dos seus sistemos de ormos,deu-se início o um esforço signifi-cotivo de promoçõo do suo copo-cidode técnico no mercodo exter-no, de modo o obter trobolho que

Page 14: Factor4 outubro 1993 sobre o PoSAT-1

gorontisse o utilizoçõo do copo-cidode instqlqdo, tonto oo nível

de pessool como de meios deequipomento.

Esto estrotégio, que teve plenosucesso, foi vióvel grqços oo Estq-

tuto de Estqbelecimento Fobrilcomoutonomio qdminisÌrotivq e finon-ceiro e qindo oo reconhecimento,em 1972, como umo Orgonizo-çõo lndustriol o cuio octividodese oplicom os princípios e normosque regulom os empresos privo-dos.

A lndústrio Aeroespociol, inte-

grondo os vectores Aeronóutico e

Espociol, represento hoie um for-te foctor de progresso, porquon-to, poro olém de compreenderemumo omplo gomo de produtos e

de possibilidodes de desenvolvi-mento e de cooperaçõo, obron-gem umq diversidode significoti-vo de óreos de octividode e desectores de ponto desde o electró-

nistério do Ploneomen-

e do Administroçõodo Território

nico oos moteriois compósiÌos,mecônico de precisõo, qerodinô-

mico, metolurgio ovonçodo, pro-pulsõo e mesmo ò próprio medici-no oeroespociol.

No linho dos olteroções octuol-mente em curso e no perspectivode mudonço de estoÌuto, osOGMA, emboro solvoguordon-do no suo missõo os ospectosrelocionodos com o prossecuçõode objectivos essenciois e vitoisporo o segurqnço nocionol, irõoprosseguir o seu esforço no senti-

do do desenvolvimenio de umolndústrio Aeroespociol codo vezmois forte.

Esse esforço incide fundomen-iolmente nos óreos de lnvestigo-

çõo e DesenvolvimenÌo, de Con-cepçôo e Proiecto, incluindogrondes modificoções de oerono-ves e de fobricoçõo de componen-tes e sistemqs oeroespociois, sem

preluízo dq continuidqde e conso-

Ministêrio doDefeso

Progromos de

NoturezoEspociol

lidoçõo do prestoçõo de serviçosno óreq de monutençõo oeronóu-tico e dos fqbricos mois simples.

O modelo utilizodo poro otin-gir os objectivos de desenvolvi-mento pretendidos previo, entreoutros, qs linhos de forço refe-

renciodos no quodro desto pógi-no (ver oboixo).

De umo formo mois concreto,enumerom-se seguidomente olgu-mqs dos ocções mois relevontesque levorom os OGMA ò situo-

çõo octuol:- A cricçõo recente de um Depor-

Ìomento de Engenhorio Centroltendo em visÌo, por um lodo,optimizor o esforço que vinhosendo feito em olgumos óreose, por ouiro, orientor os recur-sos disponíveis numo perspecti-vo de desenvolvimento foi, deentre outros, umo dos medidosde corócter orgonizocionolreolizodos.

Ministério dolndústrio e Energio

Empresos

Universidodes e

lnstitutos

Progromos

Europeus

de l+D

Progromos

lndusiriois

Europeus

- Reforço de recursos

humonos quolificodos- Reforço de meios

informóticos- Medidos de noturezo

orgonizocionol

Page 15: Factor4 outubro 1993 sobre o PoSAT-1

A por destos medidqs proce-leu-se ò odmissõo de Enge-nheiros e ò oquisiçõo de meiosnformóticos, nomeodomente

um sistemo de CAD (ComputerAided Design) poro proiectocerospociol.

- A porticipoçõo em EsponhoCe Engenheiros no proiectoCo simulodor pqrq o qviõo AZ- P do Forço Aéreo Portugueso

{FAP}, no seguimento do políti-co de controportidos indus--riois, consiitui um focto deÌer-ninonte em termos de oqui-siçõo de "know - how" quecossibilitou o octuol posiçõode lideronço dos OGMA, noCesenvolvi mento e fobricoçõode um simulodor poro o oviõoEpsilon do FAP.De solientor oindo que, comvisto o potencior o grupo desimuloçõo que entretonto se

constitui nqs OGMA, foi recen-iemente ossinodo um protocolode cooperoçõo com o INETI noreferido óreo, o quol se consi-dero de gronde imporÌôncioporo o resposto òs necessido-des nocionqis e estrongeiros.

O desenvolvimento de reloçõesindustriois com diversos empre-sos de reconhecido competên-cio oeronóutico no Europo, seioem termos de "risk-shoring" ouem mero conÌrqto de sub-controtoçõo, solientondo-se ofobricoçõo de componentespqro o Airbus, o Eurocopter e oDornier.A lógico industriql subiocente oesto octividode de molde o otin-gir-se um estódio de "prime -

controctor" consiste em proce-der groduolmente como se indi-co:l.e Montqr coniunÌos com pqr-

tes fornecidos do exlerior.2.e Fobricor portes com moteri-

ol fornecido do exÌerior eexecutor o montogem Íinol.

3.e Compror moteriol, fobricorportes, e proceder ò monto-gem finol.

4.q Porticipor com Engenhoriono processo e no concep-

çõo.5.e Assumir o responsobilido-

de de "prime controctor"No fobricoçõo Aeronóutico osOGMA encontrom-se entre o

I .e e4.n posso, dependendo do"poriner" com o quol se temcontroto.Nesto óreo, diversos proiectosque implicorom reopetrecho-mento industriol forqm co-finqn-ciqdos pelo PEDIP.

- A intervençõo, ob-inítio, emgrondes progromos europeusde desenvolvimento de novqsqeronqves permitindo o por-ticipoçõo no proiecto de formoo oumentor o copocidode deEngenhorio, qo mesmo tempoque se identificqm "niches"tecnológicos de moior interessee se osseguro posteriormenÌeumo quoto no segmento de fo-bricoçõo e no suporte logísticoduronte o respectivo ciclo devido.Neste sentido estõo os OGMAo porticipor, por indicoçõo doMinisÌério dq Defeso, no con-sórcio europeu poro o desen-volvimento do oeronqve detronsporte que viró o sucederoo C-130, o FLA (Future LorgeAircrofÌ) . Neste consórcio poroolém dos OGMA porticipom oAlénio (ltólio), Aerospotiole

Page 16: Factor4 outubro 1993 sobre o PoSAT-1

{Fronço) o Deutsche Aerospoce(Alemonho), o Bristish Aeros-poce (lngloterro), o CASA(Esponho) o Flobel (Bélgico) e

o Tusos (Turquio).Neste momento, o progromoFLA encontro-se no fose deviobilidode, o quol precede odesenvolvimento que se espe-ro inicior em

,l995.

Por ouÌro lodo, os OGMAocomponhom o evolu-

çõo dos estudos reloÌi-vos oo Advqnced Am-phi bious Ai rcroft - AAA,oviõo cuio principolmissõo é o de otoque oincêndios, esperondo-se que ovonce em bre-ve o seu desenvolvimen-to.A octividode em pro-

iectos de invesÌigoçõoe Desenvolvimento tem

sido executodo quer noenquodromento de pro-gromos euroPeus/ comoo BRITE /EURAM e oEUCLID, quer no ômbi-to do AGARD, princi-polmente no óreo demoÌeriois e de electró-nico. Diversos proiec-tos de desenvolvimen-to, nomeodomente noóreo de fobricoçõo decomponenÌes qeronóu-

ticos, foro m co-fi nqncio-dos pelo PEDIP. De no-

Ìor oindo o proiecto dedesenvolvimento de um

ATE {Automoted Test Equip-menÌ) finonciodo pelo Ministé-rio do Defeso, desenvolvimen-to que complemento o copoci-dode ió existenie nos OGMAde geroçõo de softwore de tes-

te, permitindo no suo globoli-dode o exploroçõo do impor-tonte mercodo de tesÌe deequ ipomento oeronóutico.A porÌicipoçõo em progromosde nqturezo espociol, Ìoiscomo o do Estoçõo de Troto-

mento de lmogem vio sotéliteem Modrid, no ômbito doUniõo Europeio Ocidentol(UEO), proiecto que é desen-volvido em ombiente de con-sórcio europeu lìderodo peloempreso Croy Systems. Com-plementormente, os OGMAporticipom no consórcio dosotélite português PoSAT-,ì, no

quol fobricorom componentes

e porticiporom no integroçõode subconiuntos de corócterespociol e no execuçõo dee n so ios.Construírom oindo um Mode-lo de Engenhorio e irõo porti-cipor no execuçõo do ModeloDidóctico.

- Por fim, sublinho-se o inten-sificoçõo do cooperoçõo comUniversidodes, Empresos e

lnstitutos, quer nocionois querestrongeiros, com visto o

potencior os sinergios existen-tes.É neste ombiente que se es-

pero implementor o Plono Di-rector de Engenhorio Aeros-pociol, octuolmente em exe-cuçõo nos OGMA, o quol per-mitiró identificor os óreostecnológicos de moior interes-se, em reloçõo òs quois se ou-mentoró o esforço de de-

senvolvimento com me-

todologio bem defi-nido.

O corócter multidis-ciplinor no lndústrioAerospociol, o necessi-dode de recursos hu-

monos de elevodo quo-lificoçõo, os ferro-mentos de proiecto e

equipomenÌo, o orgo-nizoçõo de normos e

de processos poro se

obter os certif icoçõesde Quolidode impres-cindíveis, qcqrretomsem dúvido um esforçotecnológico consideró-vel, um nível de investi-mento importonte e umocloro determinoçõoporo se trqbolhor em

cooperoçõo.Espero-se que o im-

plementoçõo do PlonoDirector de EngenhorioAerospociol, em elobo-roçõo de formo hormó-nico com o Progromo No-cionol de Ciêncios e

Tecnologios do Espoço, obte-nho o decisivo opoio do Gover-no, permitindo que se ossumoumo posiçõo codo vez mois for-te e competitivo no seio de ln-

dústrio Aerospociol mundiol e

oiude o consolidor os "niches"Ìecnológicos de moior interesseporo Portugol.

* Coronel Engenheiro Elecïrolécnico

cHEFE DE SERVIçOSENGENHARIAE PROGRAMAS

Page 17: Factor4 outubro 1993 sobre o PoSAT-1

,**T€R Ul'Í sAïELlï6ï á ÊLJïnA C0{ çAf *,n

Page 18: Factor4 outubro 1993 sobre o PoSAT-1

ç -'' .j:

'1: '

d' ,.. r

./"a;*-: {'

il,

;.i

:t' l

"r:#"@

..':ì1,

'...-... ,l' : rfÀ

STãLLÃ

Micrasaï :

í r- A I f-L LÔ ^

T-f-1.l1L I n)r'] I

KIïSÊ,T-3PCSAï .i

IYESÁ.T 1

iïÂ1,Ì5Aï

. __;*

%f,H',#p#

KÜUROtJ I??3 t

I

'fii; f ift'

Á -;4",.or1Ët :

w

#ffi