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SEXTA-FEIRA 13 JULHO DE 2018 | Nº 5234 PREÇO: 0,90€ ASSINATURA ANUAL: 24,50€ DIGITAL: 15€ Director: José Luiz de Almeida Silva Director Adjunto: Carlos M. Marques Cipriano Tel:262870050 / Fax: 262870058/59 [email protected] / [email protected] / [email protected] / [email protected] Jornal fundado em 1 de Outubro de 1925 www.gazetacaldas.com facebook.com/gazetacaldas Ambiente empurra para Agricultura resolução da praga de moscas em Óbidos N a próxima terça-feira, 17 de Julho, realiza- -se em Lisboa uma reunião entre a Câmara de Óbidos e os ministérios do Ambiente e da Agricultura para tentar resolver o problema da praga de moscas. O presidente da Câmara, Humberto Marques, disse à Gazeta das Caldas que o Ministério do Ambiente entende que deve ser o da Agricultura a resolver a situação, que entretan- to tem vindo a piorar, com muitas reclamações es- critas e, inclusivamente, pessoas que não pagam as refeições por causa das moscas. O autarca diz que não compreende como é que a Direcção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo (DRAPLVT), que é a entidade coordenadora e de fiscalização, já fez três vistorias aos aviários da Avarela e está a aguardar por uma quarta para “verificar se vai suspender ou encer- rar a actividade, quando a legislação é clara que se, na terceira inspecção se detectar irregulari- dades, se suspenda a actividade”. O autarca la- menta que os dois ministérios ainda não tenham feito nada e reclama que é “preciso coragem po- lítica e obediência aos normativos para se resol- ver a situação”. Da próxima reunião Humberto Marques espera uma “resolução estrutural”, que passa pela enti- dade coordenadora (DRAPLVT) “decidir o encer- ramento da actividade dos aviários”. Gazeta das Caldas questionou a CCCDR de Lisboa e Vale do Tejo sobre a prorrogação da Declaração de Impacto Ambiental à Sociedade Agrícola do Avarela - que lhe permitiu continuar a actividade por mais quatro anos -, mas não obteve respos- ta. C.C./F.F. Paul da Tornada – de zona poluída a reserva natural O Paul de Tornada é uma reserva natural local que recebe por ano entre 3000 a 5000 visitantes. Um sítio perto das Caldas onde é possível estar em comunhão com a natureza e observar aves e outros animais. É um local que inspirou, por exemplo, Bordalo Pinheiro e que chegou a ser utilizado para produzir arroz. Mas, na década de 80 do século passado, estava inculto, abandonado e poluído, ao ponto de ser considerado um problema de saúde pública. Em 30 anos foi despoluído e tornado numa reserva natural. Agora estão criadas melhores condições de visitação. Centrais Governo prevê transferir 4,3 milhões para as Caldas da Rainha no âmbito da descentralização Caldas da Rainha deverá receber 4,3 milhões de eu- ros com a delegação de competências proposta pelo governo para os municípios. Óbidos deverá receber 1,65 milhões de euros. Estas estimativas constam de um levantamento da Secretaria de Estado das Autarquias Locais sobre os impactos financeiros da descentralização, que soma um valor total de 960,7 milhões de euros para todo o país. A Educação é responsável por mais de 90% das transferências do governo pois serão os municípios a assumir a gestão do pessoal não docente e dos equi- pamentos e instalações escolares. Segue-se a Saúde e a Cultura (que inclui os museus), com menos ex- pressão nas transferências. As câmaras não podem dizer que não, mas têm até 2021 para se adequar a esta nova realidade e decidir quando aceitarão essas delegações de competências. Entretanto, a Associação Nacional de Municípios Portugueses, que tem estado em negociações com o governo, garante um aumento de 2 a 10% das ver- bas que habitualmente já são transferidas através do Orçamento de Estado. Pág. 6 Este ano não há Simppetra O Simpósio de Escultura em Pedra das Caldas da Rainha, um dos mais antigos simpósio de escultura em pedra do mundo, não se realiza em 2018. Este evento decorre ininterruptamente desde 1986, com uma periodicidade bienal. A vereadora da Cultura, Maria da Conceição Pereira, garante que o simpósio não vai terminar, mas que passará a acontecer de quatro em quatro anos por- que é necessário fazer uma pausa e distribuir as pe- ças pelo concelho. Desde o início do Simppetra foram feitas cerca de 130 esculturas, das quais só 60 foram ainda coloca- das em espaços públicos. Das restantes 70 há qua- se 40 que não ficarão expostas porque se partiram ou ficaram incompletas, restando entre 25 a 30 es- culturas, classificadas como de “excelente qualida- de plástica”, que irão para o espaço público. Uma parte ficará no Parque de Escultura ao Ar Livre que vai ser criado no antigo parque de campismo da Orbitur. N.N. Lisboa acolhe exposições relacionadas com as Caldas Durante o Verão podem ser vistas em Lisboa vá- rias exposições que se relacionam com as Caldas da Rainha. Duas encontram-se na Gulbenkian e guardam ligações à Fábrica Bordallo Pinheiro e aos Encontros Internacionais de Arte, que tiveram lu- gar nas Caldas em 1977. A terceira está patente no Museu Bordalo Pinheiro e é dedicada às obras des- te autor feitas na sua fábrica caldense nos finais do séc. XIX. No Centro Comercial Colombo também estarão ex- postos os 50 melhores cartoons no chamado Top 50 2018 do World Press Cartoon (WPC) Caldas da Rainha. Esta exposição abre na próxima terça-feira e ficará até ao final do mês. Pág 12 Maus cheiros afectam população do Pó Desde que há quatros anos a fábrica Pentacoelho se instalou no Pó, freguesia do Bombarral, que a popu- lação se queixa dos maus cheiros derivados da sua actividade. A empresa dedica-se ao abate e comer- cialização de carne de coelho e embora actue de for- ma legal, os moradores que vivem perto daquela unidade de produção não se conformam com a não resolução deste problema, que afecta a sua vida diá- ria de forma constante. Pág 3 Isaque Vicente Joel Ribeiro Natacha Narciso

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SEXTA-FEIRA 13 JULHO DE 2018 | Nº 5234

PREÇO: 0,90€ ASSINATURA ANUAL: 24,50€ DIGITAL: 15€ Director: José Luiz de Almeida Silva Director Adjunto: Carlos M. Marques Cipriano

Tel:262870050 / Fax: 262870058/[email protected] / [email protected] / [email protected] / [email protected]

Jornal fundado em 1 de Outubro de 1925

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Ambiente empurra para Agricultura resolução da praga de moscas em Óbidos

Na próxima terça-feira, 17 de Julho, realiza--se em Lisboa uma reunião entre a Câmara de Óbidos e os ministérios do Ambiente e

da Agricultura para tentar resolver o problema da praga de moscas. O presidente da Câmara, Humberto Marques, disse à Gazeta das Caldas que o Ministério do Ambiente entende que deve ser o da Agricultura a resolver a situação, que entretan-to tem vindo a piorar, com muitas reclamações es-critas e, inclusivamente, pessoas que não pagam as refeições por causa das moscas. O autarca diz que não compreende como é que a Direcção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo (DRAPLVT), que é a entidade coordenadora e de fiscalização, já fez três vistorias aos aviários da Avarela e está a aguardar por uma quarta para “verificar se vai suspender ou encer-

rar a actividade, quando a legislação é clara que se, na terceira inspecção se detectar irregulari-dades, se suspenda a actividade”. O autarca la-menta que os dois ministérios ainda não tenham feito nada e reclama que é “preciso coragem po-lítica e obediência aos normativos para se resol-ver a situação”. Da próxima reunião Humberto Marques espera uma “resolução estrutural”, que passa pela enti-dade coordenadora (DRAPLVT) “decidir o encer-ramento da actividade dos aviários”. Gazeta das Caldas questionou a CCCDR de Lisboa e Vale do Tejo sobre a prorrogação da Declaração de Impacto Ambiental à Sociedade Agrícola do Avarela - que lhe permitiu continuar a actividade por mais quatro anos -, mas não obteve respos-ta. C.C./F.F.

Paul da Tornada – de zona poluída a reserva natural

O Paul de Tornada é uma reserva natural local que recebe por ano entre 3000 a 5000 visitantes. Um sítio perto das Caldas onde é possível estar em comunhão com a natureza e observar aves e outros animais. É um local que inspirou, por exemplo, Bordalo Pinheiro e que chegou a ser utilizado para produzir arroz. Mas, na década de 80 do século passado, estava inculto, abandonado e poluído, ao ponto de ser considerado um problema de saúde pública. Em 30 anos foi despoluído e tornado numa reserva natural. Agora estão criadas melhores condições de visitação. Centrais

Governo prevê transferir 4,3 milhões para as Caldas da Rainha no âmbito da descentralização

Caldas da Rainha deverá receber 4,3 milhões de eu-ros com a delegação de competências proposta pelo governo para os municípios. Óbidos deverá receber 1,65 milhões de euros. Estas estimativas constam de um levantamento da Secretaria de Estado das Autarquias Locais sobre os impactos financeiros da descentralização, que soma um valor total de 960,7 milhões de euros para todo o país. A Educação é responsável por mais de 90% das transferências do governo pois serão os municípios a assumir a gestão do pessoal não docente e dos equi-

pamentos e instalações escolares. Segue-se a Saúde e a Cultura (que inclui os museus), com menos ex-pressão nas transferências.As câmaras não podem dizer que não, mas têm até 2021 para se adequar a esta nova realidade e decidir quando aceitarão essas delegações de competências. Entretanto, a Associação Nacional de Municípios Portugueses, que tem estado em negociações com o governo, garante um aumento de 2 a 10% das ver-bas que habitualmente já são transferidas através do Orçamento de Estado. Pág. 6

Este ano não há SimppetraO Simpósio de Escultura em Pedra das Caldas da Rainha, um dos mais antigos simpósio de escultura em pedra do mundo, não se realiza em 2018.Este evento decorre ininterruptamente desde 1986, com uma periodicidade bienal.A vereadora da Cultura, Maria da Conceição Pereira, garante que o simpósio não vai terminar, mas que passará a acontecer de quatro em quatro anos por-que é necessário fazer uma pausa e distribuir as pe-ças pelo concelho. Desde o início do Simppetra foram feitas cerca de 130 esculturas, das quais só 60 foram ainda coloca-das em espaços públicos. Das restantes 70 há qua-se 40 que não ficarão expostas porque se partiram ou ficaram incompletas, restando entre 25 a 30 es-culturas, classificadas como de “excelente qualida-de plástica”, que irão para o espaço público. Uma parte ficará no Parque de Escultura ao Ar Livre que vai ser criado no antigo parque de campismo da Orbitur. N.N.

Lisboa acolhe exposições relacionadas com as Caldas Durante o Verão podem ser vistas em Lisboa vá-rias exposições que se relacionam com as Caldas da Rainha. Duas encontram-se na Gulbenkian e guardam ligações à Fábrica Bordallo Pinheiro e aos Encontros Internacionais de Arte, que tiveram lu-gar nas Caldas em 1977. A terceira está patente no Museu Bordalo Pinheiro e é dedicada às obras des-

te autor feitas na sua fábrica caldense nos finais do séc. XIX.No Centro Comercial Colombo também estarão ex-postos os 50 melhores cartoons no chamado Top 50 2018 do World Press Cartoon (WPC) Caldas da Rainha. Esta exposição abre na próxima terça-feira e ficará até ao final do mês. Pág 12

Maus cheiros afectam população do Pó Desde que há quatros anos a fábrica Pentacoelho se instalou no Pó, freguesia do Bombarral, que a popu-lação se queixa dos maus cheiros derivados da sua actividade. A empresa dedica-se ao abate e comer-cialização de carne de coelho e embora actue de for-

ma legal, os moradores que vivem perto daquela unidade de produção não se conformam com a não resolução deste problema, que afecta a sua vida diá-ria de forma constante. Pág 3

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