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FERNANDO MEIRELLES, GINGA ELEVEN E FINE & MELLOW APRESENTAM R osa M orena DIRIGIDO POR CARLOS OLIVEIRA GINGA ELEVEN FILMES FINE&MELLOW PRODUCTIONS

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fernando meirelles, ginga eleven e fine & mellow apresentam

Rosa Morenadirigido por Carlos oliveira

GINGA ELEVEN FILMES FINE&MELLOW PRODUCTIONS

ROSA MORENA Composta por Dorival Caymmi

“Rosa MorenaAonde vais Morena Rosa

Com essa rosa no cabelo e esse andar de moça prosamorena, morena rosa

Rosa morena o samba está esperandoEsperando pra te ver

Deixa de lado esta coisa de dengosaanda Rosa vem me ver

Deixa de lado esta poseVem pro samba vem sambar

Que o pessoal tá cansado de esperar, ô RosaQue o pessoal tá cansado de esperar, morena Rosa

Que o pessoal tá cansado de esperar, viu Rosa,Que o pessoal tá cansado de esperar”

INDEX

Informações TécnicasNordisk Film / Carta de CompromissoEuropa Filmes / Carta de IntençãoSinopseNota do DiretorNota do Produtor DinamarquêsProdução BrasileiraElenco ConfirmadoLocaçõesPrincipais fatores de risco e soluçõesEstratégia para FestivaisEstratégia de DistribuiçãoEstudos – 3 filmes

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INFORMAÇÕES TÉCNICAS

FERNANDO MEIRELLES, FINE & MELLOW

PRODUCTIONS E GINGA ELEVEN FILMES APRESENTAM

UMA CO-PRODUÇAO BRASIL/DINAMARCA

Tîtulo: Rosa Morena

Gênero: Drama

Filme de longa-metragem

Duração: aprox. 90 minutos

Idiomas: Dinamarquês, Português e Inglês

Orçamento estimado: R$ 4,4 milhões

Salic nº 080.231

Distribuição: Na Escandinávia, Nordisk Film e no Brasil, Europa

Filmes.

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SINOPSE ROSA MORENA CONTA A HISTORIA DE UM HOMEM QUE VEM DA DI-

NAMARCA AO BRASIL PARA ADOTAR UMA CRIANCA.

Depois de ver negado, em última instância, seu direito de adoção de uma criança pelas

autoridades dinamarquesas, Thomas, um bem sucedido arquiteto de 42 anos, segue para o

Brasil para uma última tentativa de realizar o sonho de ser pai.

Em São Paulo Thomas encontra Jacob, um amigo dinamarquês de longa data que há

tempos não encontrava. Ao saber dos planos de Thomas, Jacob indignado com a idéia, em

príncipio recusa qualquer ajuda ao amigo. Mesmo assim, Thomas persiste na tentativa de

concretizar seu sonho e acaba se envolvendo em situações muito perigosas. Sentindo-se na

obrigação de ajudar o amigo, Jacob apresenta Thomas à Maria, uma jovem humilde de 21

anos de idade, que está grávida do terceiro filho. Maria então entra em acordo com Tho-

mas: ela doaria o bebê a ele em troca de melhores condições de vida e moradia.

Thomas se muda para a casa de Maria que algum tempo depois dá a luz a Rosa, propor-

cionando a Thomas a oportunidade de ter sua própria família pela primeira vez na vida. A

atração crescente que toma conta do relacionamento dos dois é ameaçada pelo retorno

de Denilson, provável pai biológico de Rosa. Temendo que Maria e Denilson desistam do

acordo, Thomas seqüestra Rosa e segue para o aeroporto.

Reconhecendo o egoísmo dos seus atos, Thomas volta atrás em sua decisão e devolve

Rosa à Maria; mas para sua surpresa, Maria não tinha intenção de desfazer o acordo que

firmara com ele. Com Rosa em seus braços mais uma vez, Thomas retorna à Dinamarca.

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NOTA DO DIRETOR Em princípio eu não tinha certeza se era possível fazer um fil-

me que abordasse esse tema. Quando Morten Kirkskov, com quem co-escrevi este roteiro,

me falou sobre o tema a ser abordado nessa obra, tive como primeira reação uma espécie de

repulsa ao personagem principal: um homem que usa seu dinheiro para “comprar” um filho.

Mesmo assim fiquei completamente envolvido pela idéia e não conseguia parar de pensar

no assunto. De alguma maneira a idéia despertou em mim um sentimento que eu poderia

descrever somente como patriotismo, uma revolta em pensar que um pouco de dinheiro

seria o suficiente para alguém “se apossar” de um cidadão brasileiro. Senti-me desvalorizado

como se a venda de um bebê para um estrangeiro transmitisse a idéia de que qualquer brasi-

leiro estivesse à venda... A mistura de todos esses sentimentos foi motivo suficiente para que

eu desse uma chance para desenvolver a história e começasse a me familiarizar com o tema

através de pesquisas.

Não precisei de muito tempo para perceber a complexidade do tema. Os mesmos ele-

mentos que em princípio me causaram repulsa foram os que me guiaram a questões de

ordem moral. Comecei a pensar nas perdas e ganhos que as pessoas envolvidas têm em situ-

ações como essa. Um negócio como esse seria necessariamente algo ruim para os envolvidos

ou poderia de alguma forma se transformar em uma situação onde todos sairiam ganhando?

Por que a idéia de comprar uma pessoa causa ao mesmo tempo tanta repulsa e fascinação?

Ficou claro que eu não poderia sugerir respostas às questões morais suscitadas pela

narrativa, questões estas que são o ponto forte da história. A aceitação e entendimento da

situação descrita dependem das referências morais de cada uma das pessoas envolvidas bem

como do meio social a qual cada uma pertence.

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Trata-se de um tema tão complexo que pré-

julgamentos às ações dos personagens seriam

subjetivos demais para chegar-se a qualquer con-

clusão.

O sucesso de uma história como essa de-

pende da complexidade e sutileza envolvida na

construção de cada um dos personagens. Com

isso em mente pesquisei o tema ainda mais a

fundo com o objetivo de encontrar pessoas re-

ais envolvidas em situações similares às de nossa

história.

As forças narrativas da história são completa-

mente plausíveis e realistas. Depois de conhecer

pessoas envolvidas em situações como essa e sa-

ber detalhes que as levaram a tomar tal decisão,

ficou claro para mim que uma troca como essa

pode ser justificada inclusive do ponto de vista

moral e chegar até a despertar admiração.

Uma vez tendo essa certeza, consegui ir para

o próximo passo e começar o real desenvolvi-

mento da história, colocando no papel cada uma

dessas idéias junto com o co-escritor desse ro-

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teiro, Morten Kirkskov.

Mais importante que toda a dramaticidade que a narrativa pede é o modo como conta-

mos a história, chegando o mais próximo possível da realidade, através de elementos cole-

tados durante toda a pesquisa envolvida e pelo estilo das filmagens. Pretendo que todas as

filmagens sejam feitas em locações que remetam à realidade do Brasil.

Outro elemento essencial para criar a harmonia da trama é o elenco que deverá reme-

ter cada detalhe dos personagens através da idade, do sotaque e do tipo físico de cada um

dos atores escolhidos.

Para que este filme seja uma experiência comovente para cada um dos expectadores

teremos que encontrar o meio termo entre a ficção e a realidade. Será algo trabalhoso, mas

certamente recompensador. Um tema complexo como esse merece tal empenho.

Para concluir, digo que a razão pela qual eu quero fazer esse filme é pela possibilidade de

analisar toda a questão moral que suscita dessa troca entre um europeu rico e uma família

pobre do terceiro mundo. O julgamento desse acordo torna-se o ponto de partida e a

principal razão para a realização deste projeto. O que tentaremos fazer é contar a história

sem favorecer nenhum dos lados, mostrando ser possível que os personagens construam

um tipo diferente de família que traga resultados benéficos para todos.

Carlos oliveira

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DIRETOR/ROTEIRISTA CARLOS OLIVEIRA Nascido em 28 de agosto de 1974 em Vitória, Espírito Santo, Brasil; mora na Dinamarca desde 2000.

Atualmente está desenvolvendo seu primeiro longa-metragem chamado “Rosa Morena”, co-produção Brasil/Dinamarca entre a Fine&Mellow (DIN) e a Ginga Eleven Filmes (BRA).

Carlos foi membro da “Sociedade Super16” onde produziu três curtas. Desde 1992 trabalha com curtas e longas metragens como Assistente de

Direção, Supervisor de Roteiro, roteirista, etc. Carlos estudou arquitetura no Brasill e “Film and Media Sciences” na

Universidade de Copenhagen.

FILMOGRAFIA 2007 – João, Brasil, 20 min., 35mm – escritor e diretor 2006 – Tre Somre, Dinamarca, 25 min., BetaSP – escritor e diretor 2005 – Louise, Dinamarca, 22 min., BetaSP – diretor 2004 – Afdeling D, Dinamarca, 15 min., 16mm/BetaSP – escritor e diretor 2002 – Olhos Mortos (Dead Eyes), Brasil, 15 min., 35mm – escritor e diretor

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Há um ano fui apresentado ao ROSA MORENA por Morten

Kirkskov e Carlos Oliveira. Eu já tinha tido a oportunidade de trabalhar com Morten, mas só

havia escutado falar de Carlos e visto um de seus primeiros curtas-metragens dinamarqueses,

intitulado “Louise”, que eu gostei muito. Quando eles me contaram a história fiquei imediata-

mente intrigado e adorei a idéia de contar toda a saga de um homem para adotar uma criança,

NOTA DO PRODUTOR

a possibilidade de criar uma família em outro país e lidar

com todas as diferenças culturais e econômicas envolvidas

como a riqueza e a pobreza, negros e brancos.

Acima de tudo, essa é uma história sobre a necessidade

que temos de nos sentirmos aceitos e de nos conectarmos

com nossos semelhantes de uma maneira mais abrangen-

te. Trata-se de uma daquelas histórias que são ao mesmo

tempo interessantes e despertam emoções fortes no que

tange ao relacionamento entre os seres humanos.

A história evolui entre duas culturas diferentes: a nór-

dica, fria e fechada, e a brasileira, calorosa e receptiva. A

obra terá apelo moral e visual, aspecto ainda inédito no ci-

nema e eu adoraria que ROSA MORENA fosse o primeiro

filme a fazer uma abordagem como esta.

Thomas GammelTofT

October, 2007

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ROTEIRISTA MORTEN KIRKSKOV nasceu em Sdr. Omme, uma pequena cidade em Jutland na Denmark em 1963. Formadopela escola de teatro de “Oden-se Theater” em 1990, logo se engajou em produções teatrais em Copenha-gen, com diferentes companhias. Sua estréia deu-se naquele mesmo ano com um monólogo chamado ”The Track”.

Desde então ele já interpretou diversos personagens, a maioria em tra-dicionais teatros de Copenhagen, apenas para mencionar alguns: Hamlet na peça ‘Hamlet’, Valmont em ‘Ligações Perigosas’, Val em ‘Orpheus Des-cending’, Mark em ‘Shopping & F***ing’, Pip em ‘Great Expectations’, Meur-sault no monólogo ‘The Stranger’; ao todo mais de 35 produções.

Também atuou em diversos filmes, entre eles “Shake It All About” e “Three Sum-mers”, alguns curtas-metragens e várias séries de TV.

Morten começou a dirigir em 2001 e desde então já dirigiu quase dez super-produ-ções. Entre elas, ”The Goat – or Who Is Sylvia” de Edvard Albee, ”Ligações Perigosas” de Christopher Hampton, ”Søskende” de H.C. Branner, e atualmente está envolvido na direção de ”A Morte do Caixeiro Viajante” de Arthur Miller.

Morten escreveu e dirigiu a peça ”The Unknown” em 2004 e tem trabalhado como dramaturgo e roteirista de diversos grandes e pequenos projetos, sendo que ‘Rosa Morena’ será seu primeiro longa-metragem.

Além de tudo, Morten é professor na ‘National Danish Theatre School’ em Cope-nhagen, e ao longo de sua carreira ele ganhou diversos prêmios e bolsas, entre eles a mais importante bolsa dada a um ator dinamarques, a ‘Lauritzen-prisen’.

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FINE & MELLOW PRODUCTION A/S é uma produtora criada por diversos diretores, atores e escritores que adquiriram sua experiência com produção na maior empresa de mídia da Escandinávia, a “Nordisk Film”, que também atua como distribuidora de mídia para cinema e vídeo.

Os donos são Hella Joof, diretor, Jannik Johansen, diretor, Thomas Gammeltoft, produtor e a própria “Nordisk Film”.

Fine & Mellow Produções A/S desenvolve e produz filmes de longa-metragem e programas de ficção para a TV de acordo com um lema da empresa: V.I.V.E. – Very Intelligent Very Entertaining, ou seja, Muito Inteligente e Muito Entretenedor. O ob-jetivo maior da produtora é o de sempre, se envolver em produções com conteúdo sólido e relevante, capazes de agradar e entreter todos os tipos de audiência.

Desse modo, as produções da Fine & Mellow, com algumas exceções cuidadosa-mente planejadas, têm como foco o grande público, com quem exerce uma troca constante de valores e admiração.

Baseando-se nesses princípios, a Fine & Mellow atingiu o sucesso rapidamente com produções como “Stealing Rembrandt” (dirigido por Jannik Johansen), o premiado “Oh Happy Day” (dirigido por Hella Joof), “Chinaman” (dirigido por Henrik Ruben Genz), o também premiado “Murk” (dirigido por Jannik Johansen) e “Pure Hearts” (dirigido por Kenneth Kainz), todas elas narrando histórias centradas nos personagens e focando na minoria de maneira sutil e não pré-defininda.

Além de produzir 2 longas-metragens por ano, Fine & Mellow também produziu programas para TV de gênero dramático e satírico entre eles o popular “Norma-

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lerweize I-III” e o drama, atualmente em produção, “Album”.Fine & Mellow Productions A/S tem sua sede nas dependências da “Nordisk Film”

em Valby, Copenhagen. O responsável por gerenciar o andamento diário dos projetos é Thomas Gammeltoft

A Fine & Mellow está atualmente desenvolvendo diversos projetos de longas-me-tragens e foi recentemente convidada a produzir um seriado de TV para a rede dina-marquesa “Danish commercial TV3”.

O foco maior da produtora está em projetos de longas-metragens a serem desen-volvidos e co-produzidos com outros países. Entre esses projetos está o aqui apre-sentado “Rosa Morena”, a ser dirigido por Carlos Oliveira, além de “Torn”, escrito por Thomas Gammeltoft.

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PRODUTOR THOMAS GAMMELTOFT divide seu tempo entre atuar como diretor e sócio da produtora Fine & Mellow e a Nordisk Film. Mesmo estando há apenas 5 anos no mercado, a produtora já atingiu a posição de uma das mais importantes e dinâmicas empresas da Dinamarca, com um lança-mento anual de 2 longas-metragens. Entre esses estão os já mencionados “Oh Happy Day”, “Stealing Rembrandt”, “Murk” e “Chinaman”, todos premiados e atualmente em negociação com os Estados Unidos e o Rei-no Unido para um “remake” a ser produzido, entre outros profissionais de renome, pela “Disney” e “Bender Spink”.

Depois de estudar Cinema na Universidade de Copenhagen, Thomas Gammeltoft iniciou sua carreira na indústria em 1984 como ajudante, e foi rapidamen-te conquistando seu espaço, tornando-se logo depois diretor de produção de diversos documentários e séries para a TV.

Em 1986 ele foi convidado para integrar o time de sócios da produtora “Film & Lyd”, que na época era uma das maiores a produzir documentários na Dinamarca tendo produzido obras premiadas como o documentário de longa-metragem sobre “Hergé” chamado “Tin Tin Est Moi”.

Em 1999, já com bastante experiência em produções desse gênero, Thomas decidiu mi-

grar para o campo de produção de obras de ficção e iniciou sua atuação no longa-metragem

“Shake it all about” (lançado em 2001), o filme que arrecadou a maior bilheteria da Dina-

marca em décadas. Logo depois, Thomas fundou sua própria produtora, a Fine & Mellow

Productions em uma “joint venture” com o diretor de “Shake it all about”, Hella Joof, o di-

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retor de “Stealing Rembrandt”, Jannik Johansen e a Nordisk Film Distribution, a maior distribuidora e proprietária de salas de cinema de todo o território Nórdico.

O alvo da empresa era encorajar a produção de filmes interessantes visando desde o início o lema V.I.V.E. – Very Intelligent, Very Entertaining e por estar diretamente ligada aos canais de distribuição e de profissionais do meio, a produtora rapidamente teve seu primeiro projeto bem sucedido, o filme “Stealing Rembrandt”.

Thomas Gammeltoft é muito focado na fase de desenvolvimento de cada projeto e participou do workshop “NorthByNorthWest” de David Howard, como editor de roteiro para desenvolver e aprimorar suas habilidades para trabalhar com os escritores e diretores de forma mais criativa e estar apto a conduzir todo o processo de desen-volvimento.

Seu foco principal no momento são os projetos a serem

realizados em co-produções internacionais e entre eles está “Rosa Morena” que é o tipo de projeto que preenche todos os requisitos que a Fine & Mellow procura em uma obra.

Thomas mora em Copenhagen, capital da Dinamarca, com sua esposa, 2 filhos adolescentes e seu cachorro de estimação.

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PRODUTOR - FERNANDO MEIRELLES

A trajetória internacional do filme culminou com uma indicação ao Globo de Ouro de ‘melhor filme estrangeiro’ e 4 indicações ao Oscar, inclusive de ‘melhor dire-tor’. Com um grupo de colaboradores, criou a produtora Olhar Eletrônico, que con-seguiu notoriedade nos anos 1980. A partir de 1989, criou e dirigiu o programa infantil Castelo Rá-tim-bum, grande sucesso da TV Cultura, que acabaria inspirando o longa-metragem de mesmo nome dirigido por Cao Hamburger.

Fernando Meirelles é um arquiteto que passou a dirigir pro-gramas independentes para TV nos anos 1980, comerciais nos anos 1990 e finalmente longa-metragens no século XXI. Seu terceiro longa-metragem, “Cidade de Deus”, atraiu mais de três milhões de espectadores no Brasil, tornando-se a maior bil-heteria nacional de 2002 e a sexta maior do ano no ranking geral. No exterior, o filme foi distribuído pela Miramax depois de ter sido selecionado para o Festival de Cannes, onde foi apresentado em caráter ‘hors concours’, conquistando algumas das melhores críticas do festival naquele ano.

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Em 1992, fundou a O2, inicialmente uma produtora de filme publicitário e de progra-mas para televisão e que desde o ano 2000 também produz curtas e longas-metragens para cinema. Depois de uma longa carreira de diretor de publicidade, fez seu primeiro longa-me-tragem em 1998, O menino maluquinho II - A aventura (1998), que assinou ao lado de Fabrízia Alves Pinto. Em 2001, fez Domésticas - O filme, co-dirigido com Nando Olival, com quem já havia dividido a direção do curta “E no meio passa um trem”. Em co-direção com Kátia Lund, realizou o curta Palace II (2001), premiado no Festival de Berlim, que assim como Cidade de Deus foi baseado em texto de Paulo Lins. Em 2004, produziu “Contra Todos” de Roberto Berliner, filme ganhador do prêmio de melhor filme no Festival do Rio de 2004 e iniciou a pré-produção de mais dois filmes: Cidade dos homens (2007), de Paulo Morelli, e Não por acaso, de Philipe Barcinski. Dirigiu “O jardineiro Fiel” (2005), produção inglesa com Ralph Fiennes e Rachel Weisz, selecionada para o festival de Veneza. Em 2008, Meirelles lançou “Ensaio sobre a Cegueira” (Blindness), uma co-produção entre Brasil, Canadá e Japão, baseada no livro homônimo de José Saramago. O filme foi selecio-nado para competição e abertura do Festival de Cannes 2008.

MEIRELLES, LEVINE & TEIXEIRA

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GINGA ELEVEN • HANK LEVINEnasceu na Alemanha e trabalhou como jornalista para revistas culturais, políticas

e de negócios como “Komet” e “Blickpunkt Film”. Ao mesmo tempo em que

desenvolvia seus próprios roteiros de curta e longa-metragens. Seu primeiro pro-

jeto, “The Flying Dutchmen”, que roteirizou e dirigiu, foi premiado no Festival de

Berlin de 1991.

Hank se formou em Berlim na Film Academy e se graduou em Economia

e Comunicações de Mídia na Freie University, em Berlim.

No começo do anos 90 mudou-se para Los Angeles e depois para Nova

Iorque, onde ingressou no mercado cinematográfico e na produção de longa

metragens e documentários. Trabalhou nos EUA, na Austrália, África do Sul, Canadá e Europa.

Alguns de seus trabalhos, nessa época, incluíram o documentário de longa-metragem “War

Zone”, de Maggie H. West e o filme de longa-metragem “Hidden Agenda”, de Ian Petterson

(com Chris Plummer, Kevin Dillon e JT Walsh).

Foi então que começou sua colaboração com o também escritor Jayne Kennedy, com

quem desenvolveu vários roteiros de longa-metragem. O exemplo mais recente é o longa-

metragem KRISTINA, um drama psicológico baseado na vida e nos amores da lendária Rainha

Rebel, que governou e abdicou da coroa no século XVII. O filme será dirigido pelo aclamado

diretor intenacional Finlandês/Brasileiro, Mika Kaurismaki e uma co-produção Brasil-Canadá-

Escandinávia está sendo planejada para este projeto, com início de produção em 2009.

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Hank também co-dirigiu/co-roterizou o documentário de longa-mentragem “Ginga, the Soul of Brazilian

Football,” produzido junto com Fernando Meirelles [Cidade de Deus, O Jardineiro Fiel, Cegueira]; uma

co-produção com Nike que foi lançada mundialmente, e no Brasil, pela Paramount.

Dirigiu e escreveu o roteiro dos videoclipes “Cidade de Deus, Batucada Remix” com DJ Camilo

Rocha - premiado pelo “Fantástico” da Globo - e “Space Funk” com o DJ Mau Mau, que recebeu uma no-

meação para melhor videoclipe no MTV Awards Brasil. Entre outros projetos musicais, Hank é também

produtor executivo do projeto “Cidade De Deus Remixed”, lançado mundialmente.

Atualmente está produzindo dois documentários para lançamento nos cinemas: “Crianças Aban-

donadas” e “Diários dos Refugiados”. O primeiro fará um retrato da adoção e das crianças abandonadas

no Brasil; enquanto o segundo será um filme dramaticamente intenso sobre imigração ilegal em diversas

regiões e pelos mais variados motivos. Para o segundo documentário Hank acaba de retornar do Senegal/

África onde filmou a primeira parte. O próximo país no cronograma de gravação é o Brasil, onde serão

retratados, entre outros, os imigrantes bolivianos, e suas atividades migratórias nas fronteiras brasileiras;

brasileiros migrando dentro do próprio país, fugindo deste ou a ele retornando. O restante do filme será

gravado em diferentes partes do mundo; uma vez que a intenção do mesmo é transmitir uma dimensão

global desse assunto tão importante e atual.

Atualmente Hank está escrevendo um roteiro inspirado na organização criminal PCC e nos ata-

ques deste grupo ocorridos em maio de 2006, em São Paulo.

Morando no Brasil desde 2000, Hank co-produziu os filmes “Cidade de Deus”

de Fernando Meirelles; “Deus Jr.” de Mauro Lima e “Os Xeretas”, de Michael Ruman.

Em 2002 uniu-se a o2 Filmes como sócio para criar o “Departamento Internacional”.

Seu maior objetivo é oferecer serviços de produção para produtoras estrangeiras e também faz-

er projetos internacionais, na maioria comerciais , principalmente com os diretores da o2 Filmes.

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Alguns exemplos dos seus trabalhos mais recentes incluem os documentários “Pure Spirit

of Brasil”, para Sagatiba/Saatchi&Saatchi, em Londres e “Futebol Alegre”, para IFT em Tókio, o filme

de longa metragem “Journey to the end of the night”, para Millenium Film/Nu Image, com Brendan

Fraser, Mos Def, Scott Glenn e o filme da Nike, “Jump”, campanha dirigida por Fernando Meirelles

na China, e o documentário “Art is Garbage” dirigido por João Jardim (“Janela da Alma”) , uma co-

produção com Inglaterra, produzido por Hank e de produção executiva de Fernando Meirelles.

A o2 Filmes é a maior e mais premiada produtora do Brasil. Ela é a produtora de “Cidade

de Deus” e o filme foi nomeado a 4 ‘Oscars’ em 2004, incluindo “Melhor Diretor” para Fernando

Meirelles. “O Jardineiro Fiel”, do mesmo diretor, deu a Rachel Weisz o Oscar de “Melhor Atriz Coad-

juvante”. “Cegueira”, o mais novo e tão esperado filme de Meirelles, que abriu o Festival de Cannes

2008 e tem tudo para se tornar um novo sucesso de público em todo o mundo. Além dos filmes de

Meirelles, a o2 Filmes ainda produziu diversos longas metragens nacionais, dentre eles: Cidade dos

Homens” de Paulo Morelli; “Antonia” de Tata Amaral e “O Banheiro do Papa” de Cesar Charlone.

Em 2006, a o2 Filmes em conjunto com a HBO Latin America , produ-

ziu a série “Filhos do Carnaval”, cuja segunda temporada irá ao ar em 2009.

Em 2007 Hank criou a Ginga Eleven Filmes em parceria com Ivan Teixeira focan-

do em produções de longa metragem nacionais e co-produções internacionais entre Bra-

sil e outros países, desenvolvendo projetos em português, inglês e outras línguas estrangei-

ras. Os próximos projetos nacionais de Hank Levine como produtor incluem os filmes

“Dias de Ira” a ser dirigido por Mauro Lima (“Meu Nome Não é Johnny”) e “Roque Santeiro”,

a ser dirigido por Daniel Filho (“Se Eu Fosse Você), em co-produção com a Globo Filmes.

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MEIRELLES, LEVINE & TEIXEIRA

Os próximos projetos internacionais como produtor incluem os filmes “The Sea Witches”, a ser di-

rigido por Jon Cassar (“24”/Jack Bauer), uma co –produção com Canadá, “Assassination on Embas-

sy Row”, a ser dirigido por Ken Finkleman (“Head Office”, “Airplane II”), co-produção com Canadá,

“Kristina” a ser dirigido por Mika Kaurismaki (“L.A. without a Map”, “Amazon”, “Moro no Brasil”), co-

produção com Canadá e Escandinávia,;“PCC”, a ser dirigido por Hans Weingartner (“The Edukators”)

e “Descending from Heaven” a ser dirigido por Sandy Smolan (“Rachel River”), co-produção com os

EUA, produzido por Márcia Nasatir (“The Big Chill”, “Vertical Limit”, “Hamburger Hil” ,“Ironweed”).

Atualmente produz no Rio de Janeiro, o longa-metra-gem dirigido e estrelado por Silvester Stallone, “The Expendables”.

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GINGA ELEVEN • IVAN TEIXEIRAnasceu no Brasil e se formou em economia.

Depois de trabalhar por um tempo no mercado financeiro, ele decidiu mu-dar de área e correr atrás de uma carreira na indústria cinematográfica. Para formalizar sua escolha, foi estudar na UCLA, em Los Angeles, onde se formou diretor de produção e produtor executivo em longas-metragens.

Ivan produziu várias aclamadas produções brasileiras, como “Loura Incendiária” e “Tainá 2”, ambas dirigidas por Mauro Lima. produziu “Desmundo”, dirigida por Alain Fresnot, ganhador do ‘Grande Premio

Cinema Brasil’ de “melhor Figurino”, “Melhor Direção de Arte”, “Melhor Maquiagem” tendo sido ainda indicado aos prêmios de “Melhor Atriz”, “Melhor Ator Coadjuvante”, “Melhor Atriz Coadjuvante”. No Festival do Cinema Brasileiro em Paris, o filme ganhou na categoria “melhor Filmes”. No Prêmio ABC de Cinematografia, o filme ganhou “Melhor Direção de Arte” e “Melhor Fotografia“ por um filme de longa-metragem.

Ele também produziu “Lisbela e o Prisioneiro” , dirigido por Guel Arraes que no Premio Grande Cinema Brasil foi indicado em 12 categorias incluindo “Melhor Filme” “Melhor Diretor” e ”Melhor Roteiro Adaptado”.

Produções internacionais incluem “Flying Virus” dirigido por Jeff Hare, uma produção Brasil/EUA, “The Champagne Club” dirigido por João Machado, estrelando Brian Donovan, Sara Rinde, Robert Ripley e Jaqueline Meyer.

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MEIRELLES, LEVINE & TEIXEIRA

Nos últimos 3 anos, Ivan trabalhou como diretor de produção de vários filmes produzidos pelo departamento internacional da o2 filmes, como o longa-metragem “Journey to the End of the Night” com Brendan Fraser, Mos Def, Scott Glenn e Alice Braga, “Movimento Brasil”, um documentário para a Brahma, “Pure Spirit of Brasil” por Sagatiba/Saatchi&Saatchi, em Londres e filmes comerciais como a campanha “Jump” da Nike, dirigida por Fernando Meirelles; Land Rover, Chiquita e Azaleia. Ivan foi o diretor de produção do filme “Cegueira” (“Blindness”) dirigido por Fernando Meirelles, que abriu o Festival de Cannes 2008, além de concorrer em sua mostra conpetitiva. Atualmente produz no Rio de Janeiro, o longa dirigido e estrelado por Silvester Stallone, “The Expendables”.

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ELENCO CONFIRMADO

THOMAS: Anders W. Berthelsen http://www.imdb.com/name/nm0077944/)

JACOB: David Dencik (http://www.imdb.com/name/nm1399770/)

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ELENCO CONFIRMADO

MARIA: Bárbara Garcia

DENILSON: Pablo Rodrigues

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ELENCO CONFIRMADO

TEREZA: Viviane Pasmanter (http://www.imdb.com/name/nm0664650/)

ADVOGADO: Guilherme Leme (http://www.imdb.com/name/nm0501217/)

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LOCAÇOES ROSA MORENA será filmado em Copenhagen (DIN)

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•Organizarumaexibiçãofechadaparadistribuidores.•Garantiraexibiçãoemumfestivalcomoperfileparticipaçãodeprofissionais

da indústria e distribuidores compatíveis com o público alvo da produção. •Criar um relacionamentoprofissional comumRepresentantedeProdução

que guiará o filme por esse processo, tipicamente culminando com uma exibi-ção em festival bastante procurada.

A questão geral é que os distribuidores vêem a emergência de filmes independen-tes como competitivos com os filmes de estúdio. Se o lançamento de um filme por qualquer distribuidor é visto como uma mini-batalha no cenário de guerra de suas produções, então a arma para a batalha é o filme por si só. O distribuidor está sem-pre procurando pela mais nova e melhor arma. Uma simples ameaça de que aquela é a melhor arma, cria uma agitação, indecisão, e por fim, insegurança e excitação no distribuidor.

Portanto, todo distribuidor pretende saber sobre todos os filmes que vêm emer-gindo. O meio termo entre insegurança e ansiedade, é inteligência. O jeito de ad-ministrar esses dois sentimentos nos distribuidores é a forma como se lida com a informação sobre o seu filme. Pelo fato de que a ansiedade é também uma luta con-tra a insegurança, é de interesse do distribuidor pegar ou largar a arma o mais cedo possível.

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fernando meirelles, ginga eleven e fine & mellow apresentam

Rosa Morenadirigido por Carlos oliveira

GINGA ELEVEN FILMES FINE&MELLOW PRODUCTIONS