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O L E T l'M G E O G:R Á F1-c .. o I JANEIRO-FEVEREIRO DE i 963 I 1\' o 17.2 . ' . ' 'i . •• ' 1,., f S umário Base!> Geográ ficas do Povoamento no Estado do Rio Grande do Sul - NILO ERNARDES (p . 3) - A Noção de Gênero de Vida e seu Valor Atual - MAX SORRE (p . 30 ). EH:NHA E OPINiõES: O Problema Ferroviário ...!. NELSON WERNECK SODRÉ (p . 39) ivi!;ão do Estado da Guanabara em Municíptos - TEMíSTOCLES CAVALCANTI (p . 44 ) I mplantação Indu s trial no Brasil Sudeste (p . 50 ) . C"l:N T R I BUIÇÃO AO ENSINO : Notas de Meteorolog ia - Prof . LíNTON FERREIRA DE BAR- R OS (p . 63 ) . .NOTJ CIARIO: Instituto Bra sileiro de Geografia e Esta s tica (p. 109 ) - Conselho Nacional de G eografia (p . 110) - Ministé rio da Educaçã o e Cultura ( p . 112 ) - Ministério da Agricul - tu ra ( p . 112 ) -Ministério das Relaç ões Exteriores (p . 112) -INS TITUIÇõES PARTICULARES - Instituto Histórico e Geogr á fico Brasileiro (p . 11 3) - Instituto de Geografia e História U ilitar do Brasil (p . 113) - Associação dos Geógrafo s Brasileiros (p . 113) - Instituto de "rqueologia Brasileira ( p. 113) - CERTAMES - Seminá rio de Geografia (p . 11 3) - UNIDA- DES FEDERADAS - Guanabara (p . 113 ) - Paraná ( p . 114 ) - Pará, Distrito Federal, Mato •·o sso, Goiás e Ma ranhão (p . 115) - EXTERIOR - Colômbia (p . 11 5) . JllBL O GRAFIA E REVISTA DE REVISTAS : Regis tros e Comentá rios Bibliográficos - Livros ,p . 116 ) - Periódicos (p . 117 ) - Contribui çã o (p . 118 ). l.ns E: RESOLUÇõES: Le gi s lação Federal - ínt eg ra da Legis laçã o d e Inter êsse Geográfico - At >s do Poder Legis lativo (p . 140) - Atos do Poder Exec utivo ( p . 140 ) . J<. 789

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Page 1: F 1-c .. o Á G:R · Geografia (p . 110) - Ministério da Educação e Cultura (p . 112) - Ministério da Agricul t ura (p . 112) -Ministério das Relações Exteriores (p . 112)

O L E T l'M G E O G:R Á F 1-c .. o -:-~~XXI I JANEIRO-FEVEREIRO DE i 963 I 1\' o 17.2 . ' .

' 'i . •• ' 1,., f

Sumário

1:'\td.~SCRIÇõES : Base!> Geográ ficas do Povoamento no Estado do Rio Grande do Sul - NILO

ERNARDES (p . 3 ) - A Noção de Gênero de Vida e seu Valor Atual - MAX SORRE (p . 30).

EH:NHA E OPINiõES: O Problema Ferroviário ...!. NELSON WERNECK SODRÉ (p . 39)

ivi!;ão do Estado da Guanabara em Municíptos - TEMíSTOCLES CAVALCANTI (p . 44 )

Implantação Industrial no Brasil Sudeste (p . 50 ) .

C"l:NT R I BUIÇÃO AO ENSINO : Notas de Meteorologia - Prof. LíNTON FERREIRA DE BAR­

R OS (p . 63 ) .

.NOTJCIARIO: Instituto Brasileiro de Geografia e Esta tís tica (p. 109 ) - Conselho Nacional d e

Geografia (p . 110 ) - Ministé rio da Educaçã o e Cultura (p . 112 ) - Ministério da Agricul­

t u ra (p . 112 ) -Ministério das Relações Exteriores (p . 112) -INSTITUIÇõES PARTICULARES

- Instituto Histórico e Geográ fico Brasileiro (p . 113) - Instituto de Geografia e História

U ilitar do Brasil (p . 113) - Associação dos Geógrafos Brasileiros (p . 113) - Instituto d e

"rqueologia Brasileira (p. 113) - CERTAMES - Seminá rio d e Geografia (p . 113) - UNIDA­

DES FEDERADAS - Guanabara (p . 113 ) - Paraná (p . 114 ) - Pará, Distrito Federal, Mato

'· •·o sso, Goiás e M aranhão (p . 115) - EXTERIOR - Colômbia (p . 115) .

JllBL OGRAFIA E REVISTA DE REVISTAS : Reg istros e Comentá rios Bibliográficos - Livros

,p . 116 ) - Periódicos (p . 117 ) - Contribuição (p . 118 ).

l.ns E: RESOLUÇõES: L egislação Federal - íntegra d a Legislação d e Interêsse Geográfico -

At >s do Poder Legislativo (p . 140) - Atos do Poder Executivo (p . 140) .

J<. 789

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Trans cri_ções

Bases Geográficas do Povoamento no Estado do Rio Grande do Sul*

NILO BERNARDES

III - OS FATõRES CULTURAIS E A DUALIDADE ECONôMICO-SOCIAL

Fazendeiros e colonos apossando-se progressivamente do território, foram, com certa distância cronológica, armando o arcabouço de duas diferentes estru-turas econômico-sociais. --

Os modos de ocupação, os gêneros de vida, cremos não ser impertinência frisar, uma vez mais, subordinaram-se sobretudo às possibilidades de aproveita­mento imediato que a natureza das terras oferecia. Assim é que alemães, italianos ou seus descendentes, adquirindo terfas de campo, como por vêzes aconteceu, tornaram-se grandes proprietários criadores. A êsse respeito, muito expressivo é o exemplo que se pode colhêr em Avé-Lallemant, quando êle se refere a sua chegada à casa de uma família alemã nos campos, pouco a oeste de Rio Pardo: "Viera essa gente de São Leopoldo para aqui a fim de, com alguns parentes, cuidar especialmente de criação de gado, para o que tinham comprado uma grande á11ea e construíram uma regular casa de residência ... " "", l!:sses alemães que nem sequer podiam ser considerados aculturados, porquanto não compreen­diam ainda o português; tornaram-se fazendeiros de gado, ao se mudarem para uma zona de campos. Por outro lado, nas áreas de colonização do estado não foram raros os casos de luso-brasileiros que procuravam obter um lote para nêle estabelecerem seus lares, tornando-se pequenos lavradores.

o deslocamento dos dois grandes ·grupos étnicos para áreas diferentes, con­tudo, tem-se verificado com maior freqüência no ambiente urbano, o que é muito compreensível. Diga-se, de passagem, que é nos núcleos urbanos que se processa quase tôda a miscigenação.

Os dois tipos de povoamento não obedeceram, pÔis, àquele largo esquema traçado por Oliveira Viana a que nos referimos páginas atrás. Não se observa, pelo que tivemos oportunidade de expor, aquela evolução de que implicitamente êle nos fala, sugestionado, talvez, com o sucedido nos campos dos Goitacases. Ainda hoje são bem distintas as sociedades rurais germinadas tanto nas primi­tiva três léguas de sesmaria quanto nos pequeno lotes de algumas dezenas de hectares. ·

Inúmeras vêzes subdivididas ao correr dos anos, essas antigas sesmarias de campo transparecem, ainda, nas grandes fazendas atuais. As áreas médias de propriedades por município (vide mapa), se bem interpretadas, nos mostram, em traços gerais o contraste entre as regiões caracteristicamente agrícolas e as de criação . Acima de 400 ha - valor excepcionalmente elevado para o sul do Brasil - colocam-se todos os municípios que abrangem a Campanha, com exce­ção de Bajé (311 ha) e mais o extremo sul da região litorânea . Com valores médios superiores a 100 ha - o que signific.a uma freqüência relativamente baixa da pequena propriedade - apresentam-se, na sua maior parte, as outras regiões de predomínio dos campos.

Apesar dêstes números, como todos os valores médios, muitas vêzes disfar­çarem diferenças profundas no âmbito do território municipal, as principais zonas florestais são bem identificadas pelas áreas médias de propriedades infe-

• A primeira parte dêste trabalho foi publlcada no n .o 171 do Boletim Geográfico, rela­tivo a novembro-dezembro .

os Roberto Avé-Lallemant - Viagem pelo Sul do Brasil no Ano de 1858. Trad . do INL, 1.• parte, p . 175. O grifo é nosso.

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4 BOLETIM GEOGRáFICO

riores a 45 ha e, mesmo, esboçam-se alguns casos em que as mesmas não se afastam muito de 50-60 ha. Isto vem confirmar nossa assertiva de que em poucas regiões do Brasil se pode surpreender, sob vários pontos de vista, um contraste tão nítido entre duas modalidades de povoamento.

Maiores contrastes nos revelaria, ainda, uma análise dos dados de freqüência das propriedades rurais grupadas por categoria de área, o que seria fastidioso aqui fazer. Dois exemplos avulsos retratam bem a situação na Campanha ... Em Alegrete, mais de uma centena (111) de propriedades, em 1948, situavam-se entre 1000 e 2 000 ha; 17 eram superiores a 5 000 ha. Em livramento 23 proprie­dades tinham mais de 5 000 ha. Via de regra, acima desta área, assinala-se mais de uma dezena de propriedades em cada município da região mencionada, o que é muito raro em um território, como êste, povoado e submetido à fragmentação dos latifúndios desde há século e meio.

Na vastidão daqueles campos, o espaço não se avalia em função dos habi­tantes que pode conter e sustentar. Não se diz, como na zona agrícola: tantos hectares podem sustentar uma família de tantas pessoas. As áreas são referidas, antes de mais nada, tendo em vista sua possível lotação de cabeça de gado bovino, ovino ou eqüino. Em pastagens boas, uma quadra de sesmaria- 87,12 ha - pode conter 60 a 70 bovinos; êste valor sobe a 80 nas zonas de pastos mais finos do estado. Para se ter idéia melhor, lembramos que em uma estância de 10 quadras, considerada pequena, é possível manter 500 reses de cria e 1 500 ovelhas, que pastam em comum . Em média cada propriedade dispõe de um peão por quadra '". Ora, fazendo-se os cálculos e admitindo, ainda, a existência de várias outras pessoas em uma dessas estâncias, chega-se à conclusão de que a densidade teórica da população rural nas zonas em que predomina êste tipo de propriedade deve variar em tôrno de dois a três habitantes por quilômetro quadrado. A paisagem reflete esta quase ausência do homem. O único sinal constante da ocupação são os aramados que recortam grandes glebas de pasto . De . quando em vez se divisam as choupanas dos posteiros" - peões que, com sua~ famílias residem em pontos afastados, cuidando dos pastos e dos animais e, riiais raramente ainda, as casas das sedes, ladeadas pelo galpão e cercadas pelas árvores paravento.

·· Para alcançar seus objetivos econômicos pelo menor custo, a estância não pode comportar muitos empregados . E já se foram os tempos em que não sendo a carne tão valorizada, era · possível tolerar-se, na fazenda, vários agregados que se sustentavam com as sobras das reses fartamente abatidas para o churrasco da peonada . A zona rural então, especialmente a da campanha, onde as pro­priedades são mais favorecidas de pastagens e tendem a expandir-se, expulsa regular e sistemàticamente os excedentes do crescimento vegetativo de sua popu­lação. ~te excedente demográfico vai engrossar o contingente que se desloca constantemente para as cidades, originando graves problemas sociais .

Em grande parte êsses indivíduos passam a constituir a mão-de-obra itine­rante que acode às fazendas em épocas de maior trabalho. A criação de ovelhas, que vem tomando desenvolvimento crescente, contribui, ainda mais do que a de bovinos, para a manutenção dêsse tipo de trabalhadores, pois na época da tosquia as fazendas admitem mão-de-obra suplementar para essa tarefa.

Mas não é esta população, que a fazenda não comporta, a única a contribuir para aumentar consideràvelmente os aglomerados urbanos. Se ela vai constituir as camadas mais desfavorecidas que, geralmente, ocupam as choças distribuídas pela periferia dessas cidades, nas ruas melhores da parte central alinham-se as residências de estancieiros e suas famílias. O absenteísmo é uma das caracte­rísticas das zonas pastoris, ainda mais especialmente da Campanha . Esta ten- · dência ao absenteísmo liga-se, em suas causas, à população rural extremamente baixa e ao fluxo da popula_ção marginal.

Por que assim acontece? As razões são, na verdade, bastante complexas, mas como causa predominante encontramos, certamente, a estrutura econômica. Isto porque, em suas linhas gerais, a criação se faz, ainda hoje, tão extensivamente quanto no início do estabelecimento das fazendas .

Na Campanha, onde foram maiores os progressos alcançados pela pecuária, as melhorias introduzidas nos processos de criação, de modo geral, limitaram-se

.. Informações colhidas no Departamento Estadual de Estatística do Estado do Rio Grande do Sul.

a; · Apud Miguel Alves de Lima - Op. cit.

à separação dos pastos, ; pelas raças européias e r o que ainda não é muito volvidas . Um tipo mais 1 chamada cabana ou cab. mente selecionados.

E~ es~ência, a pecu: o que Implica na necessiC maior _margem de lucro : n.e~ess1dade de poucos tr tano entregar a um cap quotidianas nas fazendas . A ~endência das pro] e ampliar a própria área em vez da intensividad€ ~az:npanha, comparando-: CIPio em 1940 e 1950, nes1

Alegrete . Bt jé Cvcequi .......... . Dom Pedrito . Livramento .

MUNICÍ

Quaraf. ...... . . . . Rosário do Sul ... . .......... . .. .. São Gabriel. · Uruguaiana ....

Para as outras zonas tados, pois, não só a teJ também outros fatôres algumas áreas de mata dêste moda, os resultadoE

Pelo que vimos enti distribui9ão da popu'lação ~u~3: social e econômica , 1mcwu o povoamento ês1 gado nas primeiras estân aproveitamento do couro que um extrativismo. E' pr_ocessos dos dias atuais milhares de bois. E nem estância, é um produto d d~s carnes e dos couros : ceu aberto " . 00

. ~ evolução do simple: suficiente para justificar -~randense. Bem sabemo, amda é, a criação de ga•

00 J . Fernando Carneiro _ "' S9bre esta evolução há

Populaçoes M eridionais do Bra O gado bovino e sua intluênci,

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sos em que as mesmas não se ar nossa assertiva de que em ;ob vários pontos de vista, um povoamento. análise dos dados de freqüência de área, o que seria fastidioso m a situação na Campanha ... priedades, em 1948, situavam-se ha. Em livramento 23 proprie­

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se avalia em função dos habi­como na zona agrícola: tantos pessoas . As áreas são referidas, vel lotação de cabeça de gado , quadra de sesmaria - 87,12 ha a 80 nas zonas de pastos mais

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as. :ressos alcançados pela pecuária, ;:ão, de modo geral, limitaram-se

e Estatística do Estado do Rio Grande

TRANSCRIÇõES 5

à separação dos pastos, à seleção de raças finas para o corte, com preferência pelas raças européias e, mais recentemente, ao preparo de pastagens de inverno, o que ainda não é muito comum , Algumas propriedades, é claro, são mais desen­volvidas . Um tipo mais raro de fazenda que se salienta sôbre as demais é o da chamada cabafía ou cabanha, cuja finalidade é a venda de reprodutores alta­mente selecionados.

Em essência, a pecuária rio-grandense é, ainda, eminentemente extensiva, o que implica na necessidade de obter o máximo possível em área para alcançar maior margem de lucro sôbre o capital investido . Sistema extensivo, vale dizer, necessidade de poucos trabalhadores permanentes e possibilidade de o proprie­tário entregar a um capataz, gerente ou administrador, a assistência das lides quotidianas nas fazendas.

A tendência das propriedades que estão em melhores condições · econômicas é ampliar a própria área para aumentar a margem de lucros . É, pois, a extensão em vez da intensividade. Pode-se acompanhar esta tendência, sobretudo na Campanha, comparando-se os dados de áreas médias de propriedades por muni­cípio em 1940 e 1950, nesta região:

Alegrete . B2jé . c~cequi. Dom Pedrito . Livramento . Quaraf . Rosário do Sul. .

MUNICÍPIOS

São Gabriel. . · ....... . . . . . ..... . . . Uruguaiana ... . ... , . ... .

Áreas médias de propriedades (há)

1940 1950

346,0 400,0 293,0 310,8 - 730,0 302,0 400,0 402,0 487,0 295,0 428,9 525,0 565,5 561,0 636,0 496,0 748,3

Para as outras zonas pastoris do estado não se observam os mesmos resul­tados, pois, não só a tendência não se manifesta tão acentuadamente, como também outros fatôres interferem. Muitas vêzes há, no mesmo município, algumas áreas de mata caracterizadas pela atividade agrícola, mascarando-se dêste moda, os resultados globais.

Pelo que vimos, então, revela-se claramente nos traços gerais da atual distribuição da população a permanência das características essenciais da estru­tura social e econômica constituída nas zonas pastoris . Perdura, desde que se iniciou o povoamento, êste sistema econômico extensivo. O aprisionamento do gado nas primeiras estâncias e a sua matança em larga escala para o simples aproveitamento do couro, na fase anterior às charqueadas, era pouco mais do que um extrativismo. E Fernando Carneiro não dá classificação diferente aos processos dos dias atuais: "com muito poucos homens êle (o estancieiro) toca milhares de bois. E nem se preocupa sequer em preparar os pastos. O boi, na estância, é um produto da natureza . . E a obtenção, altamente remuneradora, das carnes e dos couros assume antes o aspecto de uma indústria extrativa a céu aberto " . 06

A evolução do simples curral de preia para as estâncias de criação 07 não é suficiente para justificar o caráter eminentemente extensivo da pecuária rio­-grandense. Bem sabemos quão extensiva tem sido, e na sua quase totalidade ainda é, a criação de gado no Brasil tropical. No Rio Grande do Sul, porém,

oo J . Fernando Carneiro - Imigração e Colonização no Brasil. p , 41. 01 Sôbre esta evolução há referências pormenorizadas na obra citada de Oliveira Viana -

Populações Meridionais do Brasil, 2.0 vol., p . 71 e segs.; e também em Florêncio de Abreu -O gado bovino e sua intluéncia sõbre a antropogeogratia do Rio Grande do Sul.

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6 BOLETIM GEOGRAFICO

dadas as condições melhores do clima subtropical é lícito admitir-se · outras pos­sibilidades e muito se atribui a esta peculiaridade o fato de se encontrar neste estado a melhor região pastoril do país .

Com efeito, a existência de pastagens naturais melhores que em outras partes do Brasil permite maior lotação de cabeças por área e, o que é importante, as condições climáticas facilitam a adaptação de raças finas européias . Estas condições mais favoráveis, no entanto, não impediram que a pecuária neste estado também seja realizada, até os dias atuais, sob processos extensivos.

Freqüentemente encontramos alusões comparando a região pastoril rio-gran­dense mais importante, a Campanha, ao Pampa argentino . Fala-se, mesmo, muito a miúde, nos "pampas gaúchos" com referência à Campanha. Entre as duas, todavia, existem diferenças fundamentais, . bem conhecidas daqueles que mais detidamente estudaram as duas regiões em confronto. Diferenças que vão desde as condições de estrutura e relêvo, até os evoluídos aspectos que tomou a paisagem cultural nas planuras argentinas . Não é nossa intenção esboçar um estudo comparativo global das citadas regiões . o que nos interessa, porém, como têrmo de confronto, a fim de realçar o tema central que estamos focalizando, é chamar a atenção para o modo inteiramente distinto como evoluiu o povoa­mento numa e noutra região.

Os estancieiros do Pampa úmido argentino quando, em meados do século passado, passaram a ter grandes lucros com a criação, demonstraram grande interêsse na mão-de-obra barata e abundante constituída pelos imigranteS- euro­peus que aportavam ao pais . Intensificaram os proprietários, a seleção de melho­res raças de corte e foram demonstrando interêsse cada vez maior na obtenção de forragens e na formação de pastagens artificiais. Os agricultores europeus recém-imigrados não encontravam área livre para ocupar senão a grandes dis­tâncias do litoral. Por outro lado, as ferrovias na última metade do século se expandiram pela região pampeana, constituindo um fator econômico de primeira ordem . Assim sendo, os imigrantes procuravam as fazendas, onde passaram a obter terras para cultivo por arrendamento ou, principalmente, em regime de parceria a "tanto por cento" . Os campos de cultivo, uma vez realizada a colheita, eram entregues ao proprietário com pastagens artificiais ou com alguma forra­geira de alto teor nutritivo, a alfafa, sobretudo. Dêste modo, o proprietário lucrava com parte da produção agrícola e ainda realizava, sob métodos inten­sivos, uma valorização de sua pecuária .

Nada de semelhante aconteceu nos campos rio-grandenses . Por motivos que antes de tudo decorrem da mentalidade preconcebida dos criadores, a fase agrí­cola que se instaurou não contribuiu para o progresso das estâncias e o aprimo­ramento dos métodos de criação.

Desbravando a mata atlântica, os portuguêses foram, desde logo, adotando as práticas indígenas no cultivo das plantas anuais . Em uma região de campos, extensa, junto ao litoral, com condições apropriadas ao desenvolvimento, como é o caso do Rio Grande do Sul, os habitantes teriam, certamente, que prover sua subsistência e generalizar o cultivo dos próprios campos, se não existissem bem próximas, as grandes manchas florestais convidando à continuação da trádição do Brasil-Colônia . Os imigrantes não procuraram as zonas de campo em que o solo fôsse mais apropriado ao cultivo; limitaram-se a seguir o caminho apontado, pois terras à sua disposição somente existiam em zonas de mata .

No pampa argentino, onde só existia a pradaria, já ocupada pelo fazendeiros , não havendo possibilidades para essa justaposição de dois tipos de povoamento, o resultado foi a superposiçao verificada, realmente benéfica do ponto de vista econômico. "O fazendeiro rio-grandense, em geral, não admite senão que seus campos se destinam a criar gado e tentar desenvolver qualquer outra atividade na região é deslustrar o seu passado e malbaratar o espaço de suas campinas" ... Por outro lado, a expansão do povoamento na mata durante mais de um século cristalizou na mentalidade dos colonos, como na dos fazendeiros, que cultivar nos campos é obra hercúlea ou tarefa impossível .

Assim, os fa tôres culturais são responsáveis pela manutenção dessa dissocia­ção rígida entre a atividade agrícola e a pastoril, tão prejudicial. Prejudicial aos próprios criadores, porque de outro modo poderiam tirar maior proveito de suas terras, onde o solo se most rasse favorável, elevando ainda mais o nível da

.. Miguel Alves de Lima - R econhecimento geográfico do Rio Grande do s-uz.

sua produção pecuária e aos. a~ricultores, por nãt orgamca para regeneraçi

Todos os viajantes c abe!'rante dualidade ecoi sen!to uma fase, transit< a. ~orça dos fatôres cultu VIsitantes que tal anoma C~rv3:lho, .por exemplo, a ~mtatwn s1 tranchée son JOUr dans tout le Rio Gl

Por um lado, verifica· agricultura n no sentido < produção de pastos artif atividade agrícola invad; arroz irrigado . Em sua n Próprias e sim arrendadl ê~es, muitas vêzes, adver Ciclo que muito se desenv, tante é que essa ativid~ expandir a pecuária ou ,

_O fazendeiro, especia: zaçao do produto, tirar 11 possa, dispor, sem restriçi camas duas atividades e: na mesma área. constJ "arrozeiras" inundadas f Realizada a última colhei o .gado passa a ocupar, ni g~-lo C?m pastos especial sao proprias, o rizicultor pasto eventual do gado c . Esta modalidade de · lSSO o maior desenvolvim' dll: I.agoa dos Patos e, pri: atividade é mais recente nos campos do Planalto motivo que encontramos · ou nos campos do Piam Oitoral da lagoa dos Pat ent:e .1940 e 1950, que a a~resCimo sensivelmente so o aumento foi geraln houve decr~scimo de popu

Mas nao foi a · rizicu Graças às grandes campa tura se desenvolve em alg e Pinheiro Machado . Ma

·solos primitivamente flon releva potar que assim c produçao pecuária. se u: adubar o campo a ser ser ao t rigo uma cultura forr . É muito difícil concl1 Instaurar nos campos rio­é significativo o fato de <

60 Nate-se que, quan t o a mostrou satisfatória, do •Pont o de exploração por a rren damen 1 Instabilidade dos colonos. Veja· zação da CoLonização n a R epú

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é lícito admitir-se outras pos­o fato de se encontrar neste

:ais melhores que em outras >Or área e, o que é importante, raças finas européias. Estas ~diram que a pecuária neste sob processos extensivos. .1do a região pastoril rio-gran-~ argentino. Fala-se, mesmo, ência à Campanha. Entre as bem conhecidas daqueles que :onfronto. Diferenças que vão evoluídos aspectos que tomou ' é nossa intenção esboçar um [Ue noo interessa, porém, como ral que estamos focalizando, é stinto como evoluiu o povoa-

tuando, em meados do século :riação, demonstraram grande ;tituída pelos imigrantes.. euro­prietários, a seleção de melho­~ cada vez maior na obtêncão !ais. Os agricultores européus ~ ocupar senão a grandes dis­:t última metade do século se n fator econômico de primeira ~s fazendas, onde passaram a ;>rincipalmente, em regime de •, uma vez realizada a colheita, Miciais ou com alguma forra­. Dêste modo, o proprietário realizava, sob métodos inten-

>-grandenses. Por motivos que •ida dos criadores, a fase agrí­esso das estâncias e o aprimo-

3 foram, desde logo, adotando ls. Em uma região de campos, das ao desenvolvimento, como m, certamente, que prover sua ampos, se não existissem, bem tdo à continuação da tradição as zonas de campo em que o

! a seguir o caminho apontado, zonas de mata .

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.ta durante mais de um século dos fazendeiros, que cultivar

!la manutenção dessa dissocia­il, tão prejudicial. Prejudicial leriam tirar maior proveito de levando ainda mais o nível da

) do Rio Grande ão SUl.

TRANSCRIÇõES 7

sua produção pecuária e acrescendo-a da produção agrícola . Prejudicial também aos agricultores, por não lhes facultar um meio fácil de obtenção de matéria orgânica para regeneração do solo e intensificação de seu cultivo.""

Todos os viajantes que têm percorrido o sul do país pasmam-se com essa aberrante dualidade econômica e social. Para muitos, isto não representava senão uma fase, transitória talvez, na evolução do povoamento. Subestimando a fôrça dos fatôres culturais e dos interêsses imediatos em jôgo, julgavam êsses visitantes que tal anomalia não poderia subsistir por muito tempo . Delgado de Carvalho, por exemplo, avançou na sua previsão: "mais les jours de cette déli­mitation si tranchée sont comptés, car la culture des champs est à l'ordre du jour dans tout le Rio Grande. ••

Por um lado, verifica-se que assim não aconteceu. Não se deslocou a pequena agricultura n no sentido de associar-se à criação de gado, resultando também na produção de pastos artificiais e forragens em geral. Todavia, um outro tipo de atividade agrícola invade cada vez mais as zonas pastoris: a monocultura de arroz irrigado. Em sua maioria, porém, os rizicultores não trabalham em terras próprias e sim arrendadas ou trabalhadas sob o regime de parceria. Têm sido êles, muitas vêzes, adventícios às zonas de pastoreio, caudatários de um nôvo ciclo que muito se desenvolveu neste último quarto de século . Mas, o mais impor­tante é que essa atividade não surgiu em decorrência da necessidade de se expandir a pecuária ou de contribuir para seu aprimoramento.

O fazendeiro, especialmente o da Campanha, procura apenas, ante a valori­zação do produto, tirar lucro direto ou indireto, de terras de que eventualmente possa dispor, sem restrição ao pastoreio. A inteira dissociação com que se dedi­cam às duas atividades está bem evidenciada no modo como uma sucede à outra na mesma área. Constróem-se as "taipas", pequenos diques que cercam as "arrozeiras" inundadas, e planta-se o arroz, um ou vários anos em cada local. Realizada a última colheita, o terreno cobre-se, naturalmente, de pastagens que o gado passa a ocupar, não havendo obrigação alguma para o lavrador de entre­gá-lo com pastos especialmente cultivados. Também quando as terras de cultivo são próprias, o rizicultor simplesmente aproveita as arrozeiras em pousio para pasto eventual do gado que possui.

Esta modalidade de lavoura exige terrenos planos e água abundante. Por isso o maior desenvolvimento da atividade agrícola rizicultora deu-se no litoral da lagoa dos Patos e, principalmente, na Depressão Central. Na Campanha, tal atividade é mais recente e ·alcança áreas relativamente menores. Note-se que nos campos do Planalto ela é quase inexistente . Em grande parte é por êsse motivo que encontramos uma população rural mais densa do que na Campanha ou nos campos do Planalto em certo trecho daquelas dv.as primeiras regiões Oitoral da lagoa dos Patos e Depressão Central) . Pela mesma razão nota-se, entre 1940 e 1950, que a população rural nas mesmas duas regiões sofreu um acréscimo sensivelmente maior que a da Campanha. Nesta, ao contrário, não só o aumento foi geralmente pequeno, como também em alguns municípios houve decréscimo de população.

Mas não foi a ·rizicultura a única lavoura a penetrar na região pastoril . Graças às grandes campanhas movidas pelos órgãos governamentais, a triticul­tura se desenvolve em alguns municípios de campos como Caçapava do Sul, Bajé e Pinheiro Machado . Mas quase todo o trigo do Brasil é ainda produzido em solos primitivamente florestais. Quanto ao cultivo do trigo em terras de campo, releva notar que assim como a cultura do arroz, êle está ainda dissociado da produção pecuária. Se um ou outro lavrador utiliza o estrume do gado para adubar o campo a ser semeado, isso não quer significar, entretanto, que se siga ao trigo uma cultura forrageira destinada a melhorar a nutrição do gado.

É muito difícil concluir se a nova fase tritícola que apenas começa a se instaurar nos campos rio-grandenses poderá romper a estrutura dominante. Mas é significativo o fato de que entre os vanguardeiros dessa nova fase estejam os

.. Nate-se que, quanto a êste aspecto, também a colonização no Pampa argentino nito se mostrou satisfatória, do ponto de vista econômico e social para os lavradores, porquanto o tipo de exploraçito por a rrendamento ou par parceria induz a métodos extensivos de trabalho e à. 1nstab1lidade dos colonos. Veja-se: José de Ollveira Marques e F. P. Assis Figueiredo - Organi­zação àa Col<mização na República Argentina.

'10 C. M. Delgado de Carvalho - L e Brésit Mériàional, pp. 411 e 412 . n Empregamos a expressão "pequena agricu.ltura", para caracterizar a exploraçito agrícola

pollcultora diferente do tipo plantation.

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8 BOLETIM GEOGRAFICO

teu to-brasileiros do pequeno núcleo Friedenau, em Hulha Negra, perto de Bajé. Pensa-se, em vista disso, em estabelecer pequenos agricultores nessa região a fim de cultivar os campos . l!:stes núcleos de triticultores consistiriam, então, uma réplica dos núcleos de pequenos agricultores açorianos estabelecidos no campo e envolvidos pelo latifúndio pastoril. Seria ir contra a vontade dos criadores, quebrar a orientação tradicional do Rio Grande em matéria de colonização . Porquanto, até os dias atuais, a legislação sôbre povoamento pressupôs o esta­belecimento de pequenas propriedades apenas nas terras florestais .

Já tivemos oportunidade de assinalar que o povoamento nas matas do Rio Grande do Sul fêz-se sempre à base da pequena propriedade, explorada direta­mente pelo colono e sua família . No Sul, pois, colono significa pequeno proprie­tário agricultor em terras de mata; corresponde, em situação econômica e social, ao que em São Paulo se chama o "sitiante" .

Observação importante a se ter em mente, é que não se encontra no Brasil, talvez nem mesmo em Santa Catarina, uma tão grande área na qual compacta­mente se constituiu o domínio da pequena propriedade . Não se observa aqui, por exemplo, nada de semelhante com o que se verificou na marcha da frente pioneira em São Paulo, onde a grande e a pequena propriedade encontrando o seu lugar em áreas contíguas, estabeleceu-se uma larga variedade de tipos sociais . Nas terras de mata do Rio Grande do Sul, não importando qual tenha sido o agente colonizador - o império, a província, o estado, o município, ou o parti­cular - nem tão pouco interessando qual tenha sido a natureza étnica do povoamento - alemão, italiano ou misto - a propriedade agrícola é uma só : o lote colonial . .,. ,

Com o çentro de expansão nas chamadas "sedes" das colônias, origem de muitas cidades -atuais, os povoadores iam penetrando pelas "picadas" e ocupando seus lotes. O progresso do povoamento acompanhava o progre§so das demarca­ções, que só terminavam onde terminava a mata. Atacando a mata, derrubando-a e cultivando ao máximo os lotes, seja em relêvo suave, seja nas vertentes íngre­mes, o resultado final do traball1o dêstes pequenos agricultores é aquela paisagem que Denis nos diz dar a impressão da mais completa posse da terra pelo homem .

Havendo necessidade constante de vias para o transporte dos produtos colo­niais, desenvolveu-se então uma rêde numerosa de caminhos vicinais e estradas de rodagem. Na sua origem, geralmente planejada pelo agente colonizador, êsses caminhos nada têm de comum com aquêles trilhos, indecisos como um rio diva­gante, que originaram as estradas nos campos. Quase sempre são êles um dos limites comuns às propriedades que servem. As condições econômicas exigiram, posteriormente, uma rêde rodoviária mais importante nas regiões coloniais, sendo numerosas as vilas que surgiram nos cruzamentos.

Os lotes primitivamente tinham área variável em tôrno de 35 ha (1600 braças de fundo por 100 de frente) , mas desde que nos fins do século passado começou a colonização estadual em grandes extensões, ficou definitivamente consagrado o padrão de 25 ha. Dêste modo, as atuais propriedades derivam-se por agluti­nação ou por fracionamento, dêsses lotes .

Considerando uma família média de colonos com cinco pessoas, não é difícil avaliar que, teoricamente, a densidade de população rural nas regiões coloniais é da ordem de vinte habitantes por quilômetro quadrado. Mas, na realidade, encontramos atualmente diferenças entre diversas áreas, diferenças que oscilam desde 14-15 até 60, ou mais habitantes por quilômetro quadrado (Vide o "Mapa de Densidade da População Rural em 1950") .

A evolução do povoamento nas zonas originàriamente florestais mostra-nos­até que ponto são importantes os métodos agrícolas adotados pelos colonos nas características atuais da distribuição da população .

Leo Waibel em seus Princípios da Colonização Européia no Sul do Brasil expõe-nos muito bem como os sistemas agrícolas se ligam teoricamente à evo­lução do povoamento . Do sistema mais primitivo, o da rotação de terras, certos colonos evoluíram para o sistema intensivo de rotação de culturas associado à criação de gado -estabulado. Esta evolução estêve na razão direta das possibili­dades de se romper o isolamento inicial, o qual, como vimos, afligiu a maior parte dos colonos. Na maioria dos casos, a persistência das dificuldades de contacto com os mercados, contribuindo para dificultar o progresso econômico,

.o Veja -se, do autor : A colonização n o muni ctpío de Santa Rosa, estado do Rio Grande: do Sul .

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TRANSCRI Ç õES 9

causou uma longa permanência no sistema primit ivo . Atingindo por vêzes mais de uma geração, tal isolamento determinou uma queda no padrão cultural do imigrante .

Dêste modo, na maior parte da zona agrícola o sistema mais usual entre os colonos é o da rotação de terras, ainda que seja um sistema melhor que o da rotação de terras prhnitiva do tipo "roça". Sendo um processo extensivo de cult ivo, a área da propriedade não é aproveitada integralmente, o que, é óbvio, diminui a capacidade de população por área . Apenas em alguns trechos relati­vamente pequenos os agricultores evoluíram para o sistema mais racional, segundo o qual, aplicando adubo ao solo, consegue tornar mais intensiva a utili­zação da terra. Isto se verifica especialmente nas zonas de povoamento mais antigo.

Em algumas áreas, em que os colonos não chegaram a adotar a rotação de culturas associada à criaçãõ de gado, verifica-se, entretanto, grande progresso com o desenvolvimento especializado de certos produtos; é o caso, por exemplo, da zona viti-vinicultora da região italiana antiga e da zona produtora de fumo em tôrno de Santa Cruz do Sul.

Nos lugares em que se atingiu o estágio mais adiantado, geralmente as con­dições topográficás são favoráveis: assim acontece em certos patamares e nos vales mais largos da Encosta ou nas regiões mais suaves ao sopé da mesma. A possibilidade de se obter uma produção elevada facilitou a subdivisão dos antigos lotes coloniais em parcelas bem menores . De modo geral, como vimos, tôda a região agrícola da Encosta e do Planalto apresenta áreas médias de propriedade bem baixas, mas a influência dos vales da Encosta é muito bem percebida quando se verificam os valores apresentados por vários municípios dessa região . Os municípios coloniais do Baixo Taquari, por exemplo, apresen­tavam, em 1950, áreas médias de propriedade inferiores a 20 ha. A tendência, como se depreende pelo exame dos dados de 1940 e 1950, é para a diminuição da área média dos estabelecimentos agrícolas na maior parte dos municípios da Encosta Inferior . A fragmentação das propriedades chegou, em certos casos, a limites extremos. Valverde assinala o exemplo da zona de Dois Irmãos, na antiga colônia de São Leopoldo, onde os primitivos lotes coloniais ficaram redu­zidos a verdadeiras faixas de 55 metros de frente por 3 520 de fundo . 73

Concomitantemente, como não poderia deixar de ser, é nesses lugares que a população rural apresenta as densidades mais elevadas do estado. No vale do Taquari, na região viti-vinicultora da Encosta Superior, por exemplo, os distritos apresentavam, em 1950, mais de 40 habitantes por quilômetro quadrado, chegando mesmo a 65 hab/ km" (distrito de Carlos Barbosa, no município de Garibaldi) . Em vários outros pontos pode-se observar valores dessa ordem, correspondendo à .Predominância de um estágio agricultura! mais elevado (vide "Mapa de Den­sidade da População Rural") .

Mas, como vimos, o sistema mais generalizado é o da rotação de terras melhorada, que se denuncia a miúde na paisagem pelas capoeiras que ocupam as áreas não cultivadas. Torna-se necessário frisar que o gado não é inexistente em propriedades dêste gênero. Apenas os agricultores mais pobres não dispõem de duas ou três cabeças de bovinos ou eqüinos . Mas, seja por ignorância, seja por falta de quantidade suficiente, o colono não aduba o solo. O trecho cultivado, não recebendo adubo, necessita estar em constante rotação. Por êste motivo, abaixo de um certo padrão fundiário, a agricultor não pode subsistir econômica­mente . A fragmentação por herança não poderá, então, atingir os limites pos­síveis nos casos em que se aplicam métodos intensivos. É a razão por que as famílias previdentes garantem a posse da "colônia" a um só filho, adquirindo, para os demais, lotes em regiões mais distantes, ainda em desbravamento.

As famílias dos colonos são numerosas e é êste o meio mais fácil de obter a mão-de-obra necessária para as inúmeras t arefas na propriedade. É fato muito comentado o de, em tão breve espaço, a descendência dos imigrantes ter a tingido, no Sul do Brasil, cifras consideráveis. Acresce que as condições reinantes nas zonas agrícolas sendo melhores - maior grau de instrução, alimentação mais farta e variada do que entre a baixa camada da população dos campos,

73 Or lan do Va lverde - Exrursão à R egião Colonia l Antiga do R io Gr ande do Sul, p . 492 .

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10 BOLETIM GEOGRAFICO

há grandes diferenças quanto ao índice de mortalidade, especialmente a morta­lida<;e inf~ntil . "' A probabilidade . de morte no primeiro ano de idade por mil nascidos vryos, de 1946 a 1950, f01 , na Campanha, de 101,5 no Litoral de 104,8, na Depressao Central de 82,76, enquanto que nas zonas coloniais antigas variou de 54,8 a 55,8; no noroeste (parte do Alto Uruguai), a zona colonial mais nova foi de 38,5 . · '

O que interessa notar é que nas zonas de campo, especialmente as da cam­panha, Depressão Central, Serras do Sudeste e Litoral, o excedente populacional via de regra, transforma-se no proletariado urbano . '

Mas os descendentes dos colonos mantêm-se de preferência colonos. Quando não é mais possível econômicamente a subdivisão da propriedade nas regiões mais antigas, passam êles a constituir a nova vanguarda do povoamento e se deslocam para as zonas pioneiras distantes . Escasseando as terras virgens no Alto Uruguai, avolumam a corrente que se dirige para o oeste de Santa Catarina e, mais recentemente, para o oeste do Paraná.

Segundo os resultados do censo de 1940 existiam 14 800 rio-grandenses no Paraná e 76 394 em Santa Catarina . Mas, é preciso que se note, nesta época é que começa. o surto principal de emigração dos rio-grandenses para o oeste daqueles d01s estados . Os resultados do censo de 1950, se accessíveis, revelariam certamente, número espantosamente elevado . '

Como se depreende, pela observação no terreno e pela interpretação dos dad.os de densid.ade demográfica, o :padrão de capacidade populacional das regiões agncolas do R1o Grande do Sul e, em grande parte, condicionado pelo nível cul~ural ~o colono que muitas vêzes ainda se mantém na prática de um sistema agr:cola madequado. Observa-se que em certos municípios ou distritos a pÓpu­laçao rural aumentou relativamente pouco e, até mesmo, diminuiu entre 1940 e 1950 . E o mais interessante é que nesses mesmos municípios se verificou um aumen~, por insignificante que fôsse, na área média de propriedade . Sucede que apos longos anos de contínua rotação de terras, o solo já não dá produção com pensadora . O colono vende o lote ao vizinho, que necessita ampliar o âmbito de seu rodízio, e, juntamente com a família, se retira para as terras novas da zona pioneira . Lamentável é que se chegue a esta situação em regiões onde o povoamento se iniciou há sessenta anos, ou menos. O que nos leva a concluir que, persistindo os processos rotineiros, em três gerações uma família torna-se pioneira na mata virgem por duas vêzes : os netos voltam ao mesmo ponto social e econômico de que partiram os avós.

Esta diminuição de população, diga-se de passagem, não é generalizada nas áreas agrícolas do estado, bem pelo contrário, tem ocorrido em algumas áreas da Encosta Ocidental, nos municípios de General Vargas, Jaguari, São Pedro do Sul e distritos vizinhos. A tendência geral nas áreas de povoamento mais antigo é a tendência para o pequeno aumento relativo na população rural, o que poderá ser verificado se fizermos o cálculo porcentual da diferença de 1940 para 1950.

O sintoma mais sério, contudo, da necessidade de aumento da área disponível para atender a um ciclo cada vez crescente na rotação de terras, é a tendência para o crescimento da área média de propriedade . De 1940 a 1950 registraram-se modificações da seguinte ordem: Jaguari, de 56 para 69 ha; São Pedro do Sul, de 62 para 74,8 ha ."" Na zona ao norte do Taquari, considerada a mais atrasada da região italiana antiga verificam-se diferenças menores : Antônio Prado de 39 para 39,5 ha; Veranópolis de 40 para 41 ha. No Alto Jacuí e no Alto Ijuí; zonas de Planalto, onde o povoamento é pouco mais recente que nas anteriores, assi­nalam-se os exemplos dos municípios de Caràzinho (49 para 54,1 ha) e Ijuí (37 para 41 ha) .

O Alto Uruguai é a região de ocupação mais recente, onde ainda são nítidas, em alguns trechos, as características de zona pioneira. Os maiores aumentos de população por município, verificados no estado, registram-se nesta zona. No grupamento constituído pelos municípios de Erexim, Marcelino Ramos, Sarandi, Iraí, Palmeira das Missões, Três Passos. e Santa Rosa verificou-se de 1940 para

"' " A n atalidade e a mortalidade infantll no estado do .Rio Grande do Sul", e "Análises dos dados sôbre mortalidade no estado do Rio Grande do Sul" . Estudos demográficos ns. 53 e 56 do Laboratório de Estatística do ffiGE - CNE .

"" O município de Genera l Vargas (202 para 149 h a.) não serve de exemplo, porquanto sofreu desmembramento, entre aquêles anos, do distrito de Umbu que a presenta grandes propriedades de criação .

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I C O

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TRANSCRIÇOES 11

1950 um acréscimo total da ordem de 201600 habitantes . Como as terras são ainda novas, a produção é a mais elevada do estado, mas nas zonas desbravadas há mais de uma dezena de anos já vão surgindo os retângulos de vegetação secundária, sinal de que a rotação de terras dilata, progressivamente, o seu domínio cultural. Uma pequena minoria dêsses agricultores é constituída por imigrantes ; a maior parte, "já o dissemos, descende dos colonos das regiões mais antigas. Persistem, pois, no mesmo hábito, a que foram levados seus antepas­sados, .de exaurir lentamente o solo, mas não adubá-lo .

Tal como o fazendeiro é avêsso a entrosar a agricultura com a pecuária, também em sua maior parte os colonos recalcitram em associar a criação às suas culturas em benefício das mesmas . Poder-se-á alegar que é falta de capital, o que é na verdade uma razão importante . Mas, sucede que muitos não só na nova como na velha região colonial preferem inverter êste capital no aumento da área disponível para ampliar o ciclo de rotação, do mesmo modo que muitos fazendeiros mais abastados; podendo, preferem aumentar sua fazenda e dispor de mais campo para aliviar a lotação dos pastos ou aumentar o rebanho .

Apesar dêste aspecto negativo da colonização em que, aliás, o Rio Grande do Sul se equipara aos outros dois estados sulinos, o povoamento nas terras de mata, encarado em seu conjunto, aí está com tôda a sua vitalidade, seu dina­mismo, sua pujança econômica . Esta vitalidade e esta pujança econômica, criando uma variedade de interêsses artesanais, industriais e comerciais expres­sam-se muito bem pelas características da população urbana.

Na sua maior parte as cidades, bem como muitas vilas, das regiões coloniais originaram-se de núcleos :P,lanejados pelos demarcadores das terras . Mas a circulação intensa entre as 'linhas" de lotes, o intercâmbio comercial que natu­ralmente floresce em uma região de povoamento denso, a necessidade de um local em que se façam os contactos sociais e, ainda mais, a capela exigida pelo espírito religioso dos colonos, protestantes ou católicos, são os principais fatôres que determinam a formação dos numerosos povoados na zona colonial. Normal­mente um colono pode ir, a pé, ao povoado próximo e voltar quer numa manhã quer numa tarde. Ora, essas condições não existem nas zonas pastoris, dai a ausência normal de pequenos povoados no espaço entre as grandes cidades, muito distanciadas umas das outras . Tais povoados, quando existem, correspon­dem, como assinalamos, a estações das ferrovias que cortam estas regiões. em vários sentidos. (Vide "Mapa de Distribuição da População em 1950" ) .

A existência de numerosos povoados nas zonas agrícolas realça os contrastes com as zonas pastoris . Muitas vêzes êstes povoados se tornam mais irp.portantes e assumem a categoria de vila ou de cidade . Neste caso surge então um distrito ou um município e pela rêde dos distritos e municípios pode-se acompanhar a intensidade do povoamento nas zonas florestais. Enquanto as unidades admi_. nistrativas das zonas de campo se tornaram estáveis, há muitos decênios, as das zonas de mata, enquanto se vai processando o povoamento estão em contínua c~iparidade.

Ao lado da atividade comercial, quase tôdas estas vilas e cidades desen­volvem um artesanato e uma indústria variada, para atender as necessidades dos colonos . Assim é que as cidades mais antigas tornaram-se centros industriais importantes e distinguem-se em população sôbre as demais . Tais são: São Leopoldo, Nôvo Hamburgo, Caxias do Sul, etc . (Vide "Mapa de Distribuição da População em 1950" ) . Mas embora comumente numerosos, os núcleos urbanos da região em aprêço, não se salientam pelo seu tamanho. O exemplo mais carac­terístico é o do vale do Taquari, onde há verdadeiro rosário de cidades e vilas entre uma população rural densa; mas nenhuma assume particular importância . No Alto-Uruguai, onde, pode-se dizer, o povoamento em grande parte ainda não se consolidou, já são numerosas as vilas, mas lá o crescimento da população tem sido predominantemente rural .

Apesar dos numerosos grupamentos urbanos, raríssimos municípios das zonas agrícolas chegam a apresentar uma população urbana superior a 25 % do total. As exceções correspondem às três mencionadas cidades em que o desenvolvimento industrial é maior . Na campanha, geralmente os valores da população urbana são superiores e em muitos municípios ela chega a representar 40, 50 e até mais de 60 % do total. Acresce que êstes valores, na Campanha, indicam quase somente a população das sedes municipais, porquanto são raras e insignificantes as vilas nessa zona, como, de resto, na maior parte das áreas de campo. Essa concen­tração da população em grandes cidades, de um lado, e a multiplicação dos

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12 BOLETIM GEOGRAFICO

pequenos aglomerados urbanos, focos de atividade artesanal e industrial, de outro, estão sempre a refletir, como a distribuição da população rural, o con­traste econômico-social entre as duas regiões do estado.

CONCLUSÃO

Sem deixar de reconhecer que a justaposição de dois tipos diversos de povoamento e de estrutura agrária condicionada pela distribuição do campo e da mata não é exclusiva do Rio Grande do Sul, podemos afirmar que, em nenhuma parte do Brasil êle se apresenta tão nítida e as duas estruturas tão diferenciadas. Por esta razão, não é difícil estabelecer para o território rio­-grandense uma divisão regional em que às zonas geográficas naturais, corres­pondem geralmente características culturais homogêneas. Combinando a distri­buição dos dois grandes tipos de vegetação - mata e campo - com as feições morfológicas principais, assinalamos a existência de doze zonas naturais, as quais também se individualizam quanto ao tipo de aproveitamento da terra e de estrutura econômica. 76

Destas zonas, cinco apenas se constituíram em terras de mata, as da Encosta (Encosta Inferior, Encosta Superior e Encosta Ocidental) , bem como as do Alto Uruguai e Alto J acuí. Infelizmente, o critério geral seguido não permitiu que figurassem isoladas as pequenas áreas florestais da parte oriental das Serras de Sudeste, mas a área por elas ocupadas é pequena, em relação ao conjunto . Estas cinco zonas correspondentes às áreas de mata abrangem um total apro­ximado de 70 000 km2

'17, o que representa muito pouco, cêrca de 26%, diante dos 267 456 km" do território estadual. Mesmo se acrescido das áreas agrícolas que não nos foi possível enquadrar e que não devem ultrapassar 15 000 km' , êsse total é pequeno em comparação com o das zonas de campo.

Somente ao fazer essa distinção entre as zonas agrícolas de mata, densa­mente ocupadas, e as áreas de campo, esparsamente povoadas, é que se pode compreender a grande diferença demográfica a que aludimos, de início, entre o Rio Grande do Sul e o estado de São Paulo, no que diz respeito ao quadro rural.

No Rio Grande do Sul, os adensamentos rurais elevados ficam condicionados a 85 000 km", ou pouco mais. Aí se registram altos índices de crescimento de população, mesmo nas áreas de ocupação mais antiga, salvo raras exceções. No restante do estado, nota-se, quando muito, um crescimento moderado da população rural, tendendo para uma estabilização. Desta forma, persistindo a dualidade econômico-social ela impõe ao Rio Grande um contraste demográfico que se tem acentuado progressivamente. Por outro lado, as perspectivas demo­gráficas para o estado são pouco favoráveis, pois o aumento que se pode esperar não estará em proporção à área do território. Pràticamente todo o seu território está ocupado e já cessou, ·em extensão, o progresso do povoamento. As duas frações rio-grandenses continuam ainda bem individulizadas pelos dois extre­mos de estrutura agrária, sem mostras visíveis de tendência à atenuação dos contrastes atuais.

O fazendeiro, herdeiro da tradição pastoril do fim do Brasil-Colônia e de todo o conteúdo social que ela implica, sempre considerou os imigrantes e seus descendentes como indivíduos que devessem desbravar as matas e não se radicar, como intrusos, em seus domínios. Seria apenas a incompatibidade étnica, tão co­mum em casos análogos, o único fator a determinar esta oposição? Pelo que vimos, não. Mais do que o imigrante, o que o luso-brasileiro via no europeu recém- --chegado era o agricultor, para quem não havia mais terras de campo onde se estabelecer; e êle não podei-ia vir roubar, com suas lavouras, o espaço destinado ao gado _ O mais interessante, justamente, é que o colono, por sua vez, passou a considerar o campo impróprio para seus labôres e, de preferência, dedicou-se a métodos extensivos de cultivo nos solos de mata. Em grande número de casos, a sistema de exploração agrícola estabelecido pelos colonos é tão insatisfatório quanto o método de criação adotado pela maior . parte dos fazendeiros. Após alguns decênios de ocupação agrícola, o desgaste produzido no solo pelas práticas

10 Tendo em vista possibilitar o manuseio de dados estatlsticos, fO'l'am os limites dessas zonas adaptados à dl visão distrl tal.

77 Vide t abela anexa.

inadequadas de cultivo É produtivo será necessáric áreas originàriamente m1

Ainda que se conside apropriados ao cultivo, o das duas formas econôm' a persistência da tradiçãc tes geográficos diversos e

Album Comemorativo do do Sul: 522 páginas, ilu Alegre, 1950.

Almeida, Fernando F . M "Relêvo de "cuestas" na t du Congres International

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Carneiro, Fernando "História da imignção r ano VI, n.0 69, agôsto de de Geografia .

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.co

:ie artesanal e industrial, de o da população rural, o con­tado.

io de dois tipos diversos de pela distribuição do campo e 11, podemos afirmar que, em tida e as duas estruturas tão belecer para o território rio­, geográficas naturais, corres­gêneas . Combinando a distri­ta e campo - com as feições l doze zonas naturais, as quais proveitamento da terra e de

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11m crescimento moderado da ) . Desta forma, persistindo a 1de um contraste demográfico ·o lado, as perspectivas demo­• aumento que se pode esperar ~icamente todo o seu território !SSo do povoamento . As duas lividulizadas pelos dois extre­le tendência à atenuação dos

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Em grande número de casos, os colonos é tão insatisfatório ·. parte dos fazendeiros. Após roduzido no solo pelas práticas

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TRANSCRIÇõES 13

inadequadas de cultivo é tal, em certos lugares, que para torná-lo novamente produtivo será necessário tanto trabalho e tanto dinheiro quanto para cultivar áreas originàriamente menos férteis de campo natural.

Ainda que se considere o fato de, em muitos lugares, os campos não serem apropriados ao cultivo, o que conduziu à permanência desta separação tão rígida das duas formas econômicas, não foi a imposição dos fatôres naturais, mas sim a persistência da tradição cultural: um conformismo condicionado pelos ambien­tes geográficos diversos e não uma forma de determinismo .

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Pellanda, Ernesto A colonização germânica no Rio Grande do Sul: 194 páginas, ilustrações. Repar­tição de Estatística do Estado do Rio Grande do Sul, Livraria do Globo, Pôrto Alegre, 1925.

Pimentel, Fortunato O Rio Grande do Sul e suas riquezas: 729 páginas, ilustrações. Livraria Conti­nente, Pôrto Alegre, s/ cl. Pôrto, Aurélio O trabalho alemão no Rio Grande do Sul : 274 páginas, ilustrações. Estabeleci­mento Gráfico Santa Teresinha, Pôrto Alegre, 1934.

Prado Jr., Caio Formação do Brasil Contemporâneo-Colônia: 2.a edição, 388 páginas . Editôra Brasiliense Ltda., São Paulo, 1945.

Prado Jr., Caio História Econômica do Brasil: 318 páginas . Editôra Brasiliense Ltda., São Paulo, 1945.

Rambo, Balduíno "A estrutura da Serra nas bacias do Caí e do rio dos Sinos": in Anais do 2.° Con. gresso Rio-Grandense de História e Geografia, vol. I, pp. 89-110, Pôrto Alegre, 1937.

Rambo, Balduíno A fisionomia do Rio Grande do Sul- Ensaio de monografia natural : 360 pági­nas, ilustrações. Imprensa Oficial, Pôrto Alegre, 1942.

Rodrigues, José Honório O Continente do Rio Grande: 81 páginas, ilustrações . Edição São José, Rio, 1954 .

Saint-Hilaire, Augusto de Viagem ao Rio Grande do Sul (1820-1821) : Tradução de Leonam de Azeredo Pena, 295 páginas. Ariel Editôra Ltda., Rio de Janeiro, 1935.

Seidler, Carl Dez anos no Brasil: Tradução e notas do Gal. Bertoldo Klinger, 320 páginas, edi­ção da Livraria Martins, São Paulo, 1951.

Sena Sobrinho, Mariano "As Estiagens na Faixa de Fronteira": in Orientação Econômica e Financeira, ano VIII, n.0 96, pp. 31-38, Pôrto Alegre, julho de 1951 .

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18 BOLETIM GEOGRAFICO

Serviço Nacional do Recenseamento VI Recenseamento Geral do Brasil - Censo Demográfico, Estado do Rio Grande do Sul : seleção dos principais dados, IBGE, Rio de Janeiro, 1952 .

Serviço Nacional do Recenseamento VI Recenseamento Geral do Brasil- Censo Demográfico, Estado de São Paulo : Seleção dos Principais dados, IBGE, Rio de Janeiro, 1952 .

Setzer, José "Origem das terras pretas de Bajé": in Aspectos da Geogr afia Rio-Grandense, pp. 3-29, ilustrações, edição do Conselho Nacional de Geografia, Rio de Janeiro, 1954 . .

Simch, Francisco Rodolfo "Os Campos do Estado": in Revista do Instituto Históri co e Geográfico do Rio Grande do Sul, III e IV t rimestres, 1925, p. 151, Pôrto Alegre, 1925 .

Simões, Ruth Matos Almeida "Produção de uva no Rio Grande do Sul": in Aspectos da Geografia Rio-Gran ­dense, pp. 207-224, ilustrações, edição do Conselho Nacional de Geografia, Rio de Janeiro, 1954 . ·

Smith, Herbert H . Do Rio de Janeiro a Cuiabá : 372 páginas, Companhia Melhoramentos de São Paulo, 1922 .

Spalding, Walter "Freguesias, vigararias, curatos e varas, da fundação do Rio Grande à Repú­blica": in Anais do III Congresso Sul-Rio-Grandense de História e Geografia, 3.0 vol., pp. 1 441-1454, 1940 .. Spalding, Walter Pecuária, Charques e Charqueadores no Rio Grande do Sul: 20 páginas . Im­prensa Oficial, Pôrto Alegre; 1944 . Tonnelat (E .) L'expansion allemande hors d'Europe : 277 páginas . Librairie Armand Colin, Paris, 1908 .

Truda, F . de Leonardo "A colonização alemã no Rio Grande do Sul": separata da Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, II trimestre, ano X, 147 páginas. Tipografia do Centro, Pôrto Alegre, 1930 .

Valderde, Orlando "Excursão à região colonial antiga do Rio Grande do Sul": in Revista Brasileira de Geografia, ano 4, n.o. 4, pp. 477-534, Conselho Nacional de Geografia, Rio de Janeiro, 1948 .

Waibel, Leo "Princípios da Colonização Européia no Sul do Brasil": in Revista Brasileira de Geografia, ano XI, n .o 2, pp. 159-222, Conselho Nacional de Geografia, Rio de Janeiro, 1949 . ·

Waibel, Leo "O que aprendi no Brasil" : in Revista Brasileira de Geografia, ano XII, n .o 3, pp. 419-428, Conselho Nacional de Geografia, Rio de Janeiro, 1950.

Walle, Paul Au Brésil-État de Rio Grande dO Sul : 40 páginas, ilustrações . Librai'rie Orien­tale et Americaine, E. Guilmoto ed., Paris, 1912 .

Werneck Sodré, Nelson "A Região das Missões": in Boletim Geográfico, ano VIII, n.o 94, janeiro de 1951, pp. 1204-1213, Conselho Nacional de Geografia, Rio de Janeiro . Willems, Emílio "A emancipação econômica das colônias germânicas no Brasil": in Revista de Imigração e Colonização, ano III, n .0 1, abril de 1942, pp. 71-88 .

Willems, Emílio A aculturação dos aler. alemães e seus descend liana, Cia. Editôra Naci

Cavalcanti Bernardes, 1 Cultura e Prod'llção de . Congresso Brasileiro de

Lima, Miguel Alves de Reconhecimento Geogrc Campanha Nacional de .

Simões, Ruth Matos Aln Notas sôbre o clima do , Sul) . Trabalho apresen em Pôrto Alegre, em m:

"Carta Geográfica do Es Organizada pelo major 2.0 tenente Alfredo Vida Pôrto Alegre, 1891.

"Carta Geral do Estado Organizada pela Secre1 1: 750 000, edição da Livr: "Das Rio Grande do Su Geogr., Pôrto Alegre ("H grafia do Centro, Pôrto

"Esbôço Geológico do Ri1 Geografia. Esc. 1: 2 000 Ql

"Karte der Kolonien in de 1:500 000, Lith. Aust . .

"Mapa da Zona Norte do Resumo dos trabalhos dE viação organizado pelo J Anexo do relatório da S( do Sul, 1921 .

"Mapa do Município de c "Mapa do Município de 1

"Mapa do Município de 1: 100 000, 1939 .

"Mapa do Município de f

"Planta do Município de

"Planta do Município de "Planta Parcial dos Muni Cópia em ozalide do origJ Estado do Rio Grande do

Várias plantas de colônia Rio Grande do Sul. TipoJ

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eco

gráfico, Estado do Rio Grande le Janeiro, 1952.

Jgráfico, Estado de São Paulo: co, 1952 .

da Geografia Rio-Grandense, de Geogr~fia , Rio de Janeiro,

Histórico e Geográfico do Rio :>ôrto Alegre, 1925.

1ectos da Geografia Rio-Gran­LO Nacional de Geografia, Rio

>anhia Melhoramentos de São

lação do Rio Grande à Repú­lense de História e Geografia,

znde do Sul: 20 páginas. Im-

inas. Librairie Armand Colin,

;parata da Revista do Instituto trimestre, ano X, 147 páginas .

~ do Sul": in Revista Brasileira Nacional de Geografia, Rio de

rasil": in Revista Brasileira de Nacional de Geografia, Rio de

t de Geografia, ano XII, n.o 3, > de Janeiro, 1950.

LS, ilustrações. Librairie Orien-

1, ano VIII, n.o 94, janeiro de rafia, Rio de Janeiro.

ticas no Brasil": in Revista de 1942, pp. 71-88 .

TRANSCRIÇõES 19

Willems, Emílio A aculturação dos alemães no Brasil - Estudo antropológico dos imigrantes alemães e seus descendentes no Brasil: 609 páginas ilustradas . Coleção Brasi­liana, Cia. Editôra Nacional, São Paulo, 1946 .

INÉDITOS

Cavalcanti Bernardes, Lysia Maria Cultura e Prod'llção de Arroz no Sul do Brasil : - Trabalho apresentado ao XI Congresso Brasileiro de Geografia, reunido em Pôrto Alegre, em maio de 1954 .

Lima, Miguel Alves de Reconhecimento Geográfico no Rio Grande do Sul: Relatório apresentado à Campanha Nacional de Educação Rural, Ministério da Educação e Cultura, 1953.

Simões, Ruth Matos Almeida Notas sôbre o clima do Sul do Brasil (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) . Trabalho apresentado ao XI Congresso Brasileiro de Geografia, reunido em Pôrto Alegre, em maio de 1954 .

MAPAS CONSULTADOS

"Carta Geográfica do Estado Federal do Rio Grande do Sul" Organizada pelo major de artilharia João Cândido Jacques e desenhada pelo 2.0 tenente Alfredo Vidal: Escala 1:1545 925, editada por Joaquim Alves Leite , Pôrto Alegre, 1891 .

"Carta Geral do Estado do Rio Grande do Sul" Organizada pela Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio. Escala 1: 750 000, edição da Livraria do Globo, Pôrto Alegre, 1941 . "Das Rio Grande do Sul der Kolonisten 1924", escala 1:1 500 000, Lib. Zeller e Geogr., Pôrto Alegre ("Hundert Jahre Deutschtum in Rio Grande do Sul, Tipo­grafia do Centro, Pôrto Alegre, 1924) .

"Esbôço Geológico do Rio Grande do Sul", organizado pelo Serviço Estadual de Geografia. Esc. 1: 2 000 000, s/ data .

"Karte der Kolonien in Staate Rio Grande do Sul", pelo Dr. Jannasch, escala de 1: 500 000, Lith. Aust. Leopold Kraarz, Berlin, 1898 .

"Mapa da Zona Norte do Estado" Resumo dos trabalhos de colonização até 1920 com o esquema de um plano de viação organizado pelo Eng. C. Tôrres Gonçalves. Escala de 1:2 000 000, 1921 . Anexo do relatório da Secretaria das Obras Públicas do Estado do Rio Grande do Sul, 1921 .

"Mapa do Município de Caçapava", escala 1:200 000, data provável, 1936 .

"Mapa do Município de Estrêla", escala 1:100 000, 1922 .

"Mapa do Município de Santa Maria", organizado por Floriano Dias, escala 1: 100 000, 1939 o

"Mapa do Município de Santa Cruz", escala 1:80 000, 1922 .

"Planta do Município de Garibaldi", escala 1:75 000, s/ data .

"Planta do Município de Santa Rosa", escala 1:100 000, Santa Rosa, 1931.

"Planta Parcial dos Municípios de Iraí e Sarandi" Cópia em ozalide do original existente na Diretoria de Terras e Colonização do Estado do Rio Grande do Sul, escala 1: 100 000, Pôrto Alegre, s/ data .

Várias plantas de colônias alemães publicadas in Hundert Jahre Deutschtum in Rio Grande do Sul . Tipografia do Centro, Pôrto Alegre 1924).

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20 BOLETIM GEOGRAFICO

ANEXO I

Estado do Rio Grande do Sul

População por zonas

MUNICÍPIO População

ZONA E Dislrito urbana e suburba'na

- - - ------ --· - - ·-·- ----·---·-·-· - ---

I ENCOSTA INFERIOR

Arroio do Meio . . . .... . .... Arroio do Meio 1 450 Cana barro 468

Cachoeira do Sul. ... Agudo 527 Dona Francisca 687 Marupiara 214 R f stinga Sêca 918

Caí. ...... . . ...... . . . ... Cal 3 361 Azevedo 461 Feliz 8~6 Nova Palmira 331 Nova Petrópolis 471 Portão 411 S'ão José do Hortênsia 373

Candelária .. ... ..... . ..... .. Candelária 1 689 Botucaraí 220

Encantado . . . . . . . . . . . . . . . . . Encantado 2 127 Relvado 268

Estrêla . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Estrêla 3 781 Corvo 305 Languiru 186 Roca Sales 1 lll Teutônia 373

Gravata!. .................. Glorinha 263 Morungava 228

Lajeado· . ... ....... ... . .. .. .. Lajeado 5 126 Boqueirão do Leãn 350 Canudos 130 Cruzeiro do Sul 949 Fão 258 Marques de Sousa 318 Progresso 293 Santa Clara do Su 1 542 Sério 183

Montenegro .... ............. Montenegro 8 123 Barão 248 Bom Principio 626 Brochier 255 Harmonia 283 Maratá 389 Pareci Nôvo 449 Poço das Antas 255 São Salvador 428 São Vendelino ze8 Tupandi 231

Nôvo Hamburgo . . ... . . . .. . Nôvo Hamburgo 19 604 Hamburgo Velho 598 Lomba Grande 468

População Área rural

- - ---·- · ----

12 371 256 8 355 238

4 982 210 9 835 380 8 437 534

11 981 723

3 055 84 5 101 271 7 037 253 3 716 166 6 836 204 3 700 248 4 455 144

15 918 613 4 459 281 6 522 177 4 264 133

4 549 141 4 250 119 3 897 67 8 343 149 4 030 109 7 31 7 239 3 282 192

5 743 173 2 875 90 4 183 140 5 180 11 9 4 135 175 4 559 178 4 277 237 4 208 149 4 401 134 8 830 357 3 421 143 2 236 90 4 074 I3e 2 657 80 3 465 117 2 094 60 3 839 136 3 434 73 2 242 104 2 508 69 4 356 67

955 26 3 466 133

Densidade rmal

---·

48,32 35,11

23,72 25,88 15,80 16,57

36,37 18,82 ~7,81

22,39 33,51 14,92 30,94

25,97 15,87

36,85 32,06

32,26 35,71 58,16 55,99 36,97

30,62 17,09

33,20 31,94 29,88 43,53 23,63 25,61 18,05 28,24 32,84

24,73 23,9"2 24,84 29,96 33,59 29,62 34,90 28,23 47,04 21,56 36,35

6:J,Ol 36,73 26,06

ZONA E MUNICÍPIO

OSório.

Rio Pardo .....

Santa Cruz do Sul.

Santa Maria .. ..

Sal! to Antônio da Patrulha . .

São Leopoldo .. .. . . ... .

Sobradinho ............. . .

Taquara ......... . ..... . .. .

Taquari .

Tôrres ............. , . . . . . . .

Venâncio Aires .... . ..... . . .

ZONA I. ...... .. .. .. .. . .

(

J ! 1 I I

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:co TRAN SCR IÇÕES 21

o Sul MUNICÍPIO População Po4Julação Área Densidade

ZflNA E Distrito urbana e suburbana rural rural

- - ------------------- --------

pulação População Área Densidade

tana e burbana

rural r·ural

0!16rio .... . . . . · · · · · Cornelius 153 4 931 166 29,70 Itati 175 4 851 314 15,45 Maquiné 626 8 084 235 34,40

-- - ·-·-·-·-· - ---- - ·--- Marquês do Erva! 219 3 982 286 13,92

Rio Pardo . . ..... . . . .. . . Passo db Sobrado 558 3 871 140 27,65

Santa Cruz do Sul. . . . . . .. Santa Cruz do Sul I 13 161 9 540 243 39,26 Erveiros 173 6 481 265 24,46

1 450 12 371 256 48,32 Monte Alverne 366 7 817 345 22,66 468 8 355 238 35,11 Sete Léguas 117 5 015 261 19,21

527 4 982 210 23,72 687 9 835 380 25,88 214 8 437 534 15,80

' Sinimbu 5' 4 8 709 280 31,10

i Teresa 8<::3 9 440 336 28,10 Tronibudo 5~8 6 891 304 22,67

918 11 981 723 16,57 Santa Maria . ............. . Camobi 535 8 086 173 46,74

3 361 3 055 84 36,37 Eilvcira Martins 450 3 215 187 17,19

461 5 101 271 18,82 8~6 7 037 253 ~7 ,8 1

331 3 716 166 22,39 471 6 836 204 33,51 411 3 700 248 14,92 373 4 455 144 30,94

Sa'nto Antônio da Patrulha . Santo Ant:ônio da Patrulha 2 108 14 414 441 32,68

I Cara á 606 11 135 351 31,72 Ente pelado 502 4 700 63 74,60 Mir11guaia 249 5 196 162 32,07 Pinhfirinho 679 11 025 229 48,14 Riozinho 537 7 211 259 27,84

1 689 15 918 613 25,97 Rolante 1 369 7 561 270 28,00 220 4 459 281 15,87

2 127 6 522 177 36,85 268 4 264 133 32,06

3 781 4 549 141 32,26

São Leopoldo ...... São LPopoldo 18 380 7 414 142 52,21 Arar i cá 374 2 332 70 33,31 ,Campo Bom 3 069 1 .')88 49 32,41

' Dois Irmãos 1 129 4 278 194 22,05

305 4 250 119 35,71 Estância Velha 1 783 1 715 41 41,83

186 3 897 67 58,16 Esteio 9 718 941 - -1 111 8 343 149 55,99 Guianuba 2 192 4 468 113 47,87

373 4 030 109 36,97 Ivo ti 507 3 584 11 7 30,63

263 7 317 239 30,62 228 3 282 192 17,09

5 126 5 743 173 33,20 350 2 875 90 31,94

130 4 183 140 29,88

I Joaneta 288 2 474 122 20,2S Santa Maria do Erva] 265 4 825 134 36,01 Sapiranga 2 470 1 807 124 14,57

Sobradinho ..... . ... . . .. . . .. Sobradinho 1 686 15 489 713 21,72 Arroio do Tigre 352 7 385 412 17,92

949 5 180 119 43,53 Lbarama 333 6 676 369 18,09

258 4 135 .175 23,63

318 4 559 178 25,61

293 4 277 237 18,05 542 4 208 149 28,24

183 4 401 134 32,84

Taquara ....... .. . : ..... .. Taquara 7 274 6 768 197 34,36 Gramado 1 663 6 986 188 37,16 Igrejinha 860 1 787 67 26,67 Padilha 251 9 226 172 53,64 Parobé 566 4 096 122 33,57

8 123 8 830 357 24,73 Santa Cristina 187 4 673 118 39,60 248 3 421 143 23,92 Três Coroas 959 6 289 205 30,68 626 2 236 90 24,84

255 4 074 13r 29,96

283 2 687 80 33,59

389 3 465 117 29,62 449 2 094 60 34,90

255 3 839 136 28,23 428 3 434 73 47,04

Taquari .... .. ....... . . Bom Retiro do Sul 1 840 5 615 97 57,89 Paverama 872 5 OS8 175 29,07 Taba i 197 3 212 107 30,02

Tôrres .... .. ... . . . . ...... . . Guananases 507 7 009, 263 26,65 Morro Azul 430 5 467 207 26,41 Pirataba 503 6 836~ 238 28,72

2e8 2 242 104 21,56 Venâncio Aires ... . .. .. . ... Venâncio Aires 2 895 16 157 354 45,64 231 2 508 69 36,35 Deodoro 236 6 693 289 23,16

19 604 4 356 67 6:J,01 Mariante 556 4 868 207 23,52

598 955 26 36,73

468 3 466 133 26,06 ZONA I. . . .. . .. . . . .... .. 148 243 561 761 19 833 28,32

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22 BOLETIM GEOGRAFICO

MUNICÍPIO População

ZO NA E Distrite urbana e suburbana

--- -----·--·· -· - ·-- ---------- -----

II ENCOSTA SUPERIOR

Antônio Prado .... . . . . . . . . . . Antônio Prado 1 972 Nova Roma 351

Bento Gonçalves. . . . . . . . . . Bento Gonçalves 6 920 Monte Belo 277 Pinto Bandeira 249 Santa Teresa 288

Canela ......... .... . C:~nela 3 872 Caxias do Sul. . .. . . . . ... Caxiar do Sul 31 561

Ana Rech 642 Galópolis 1 785 Santa Lúcia do Piraí 374 Rão Marcos 1 282 Sêca 159

Encantado .............. .. .. Anta Gorda 355 Àrvorezinha 371 Ilópolis 509 Putinga 639

Fru roupilha ................ Fat roupilha 2 503 Caruara 100 Jânsen 131 Nova Milano 175

Fllirea da Cunha .... Flôres da Cunha 1 526 Nova Pádua 233 Otávio Rocha 88

Garibaldi . ...... . . .. . .. .. . . Garibaldi 3 635 Carlos Barbosa 919 Coronel Pilar 279 Daltro Filho 360

Guaporé ........ . . . . . . . . . . . . Guaporé 3 860 Casca 515 Dois Lajeados 658 Evangelista 228 Maria 316 Montauri 178 Muçum 985 Oeat~ 318 São Domingos do Sul 246 Serafina Correia 942 Vespasiano Correia 211

Nova Prata .. . .. . . . . . . . . . . . Nova Prata 2 216 Alelxandre de Gusmão 228 Guabiju 284 Nova Araçá 248 Parai 292 Protásio Alves 184 São Jorge 252 Silva Pais 543

Soledade ........ ... ..... .. Camargo 419 Maurício Cardoso 241

Veranópolis ....... . . . . . . . . . . Veranópolis 2 637 Cotiporã 760 Fagundes V areia 405

ZONA 11. .. .. .. . ·· ··· · ·· · 78 721

Popula{ão Área rural

-- ·-----

5964 319 2 814 134

10 657 247 2 823 87 2 167 97 1 552 47 5 191 179 8 1.88 176 2 029 64 3164 190 2 932 211 4 147 298 2 331 133 5 379 199 4 619 186 3 907 127 5271 211 2390 68 3 196 73 2 045 125 2 185 71 4 442 2116 1 740 105 2 297 104 4 211 116 4 520 69 2 823 90 4 489 97 5 966 253 5 746 256 3 056 151 2 735 !50 3 250 199 2 204 139 4 211 129 3 512 166 2 944 161 3 281 205 4 489 118 4504 215 2 301 276 1 796 -2 540 223 2 213 -2854 130 2 649 308 3 831 170 4 705 392 7 012 474 9 753 323 3 323 178 3 668 216

200 01 6 8 861

Densidade rural

--·--·

18,70 21,00 43,15 32,45 22,34 33,02 29,00 46,52 31,70 16,65 13,90 13,92 17,53 27,03 24,83 30,76 24,98 35,15 43,78 16,36 30,77 21,56 16,57 29,09 36,30 65,51 31,37 46,28 23,58 22,45 20,24 18,23 16,33 15,86 32,64 21,16 18,29 16,00 38,04 20,95 8,34

-11,39 -21,95 21,62 22,54 12,00 14,79 30,20 18,67 16,98

22,57

ZONA E MUNICÍPIO

III ENCOSTA OCIDENTAL

General Vargas ............. .

Jaguari .

Santiago . . .. São Francisco de Assis ...

São Pedro do Sul. . Tupanciretã .

ZONA 111 .

IV ALTO URUGUAI

Caràzinbo . Cruz Alta .

Erexim .

Getúlio Vargas ......... . .

Ijuí. .. . . .

Iraí. ........ .. .. .

Lagoa Vermelha ........... .

l: I I E A Á E c G E p Q s s G c E F r, Ij A D D Ir A C: F: Pl R & Vi v • B: C! C! Ih M Pé

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f" IC O

'opulação urbana e I População :uburbana rural

Área Densidade

rural

------·--- ·--' ·-----·-----··

1 972 5964 319 18,70 351 2 814 134 21,00

6 920 10 657 247 43,15 277 2 823 87 32,45 249 2 167 97 22,34 288 1 552 47 33,02

3 872 5 191 179 29,00 31 561 8 188 176 16,52

642 2 029 64 31,70 1 785 3 164 190 16,65

374 2 932 211 13,90 1 282 4 147 298 13,92

159 2 331 133 17,53 355 5 379 199 27,03 371 4 619 186 24,83 509 3 907 127 30,76 639 5271 211 24,98

2 503 2390 68 35,15 100 3 196 73 43,78 131 2 045 125 16,36 175 2 185 71 30,77

1 526 4442 2116 21,56 233 1 740 105 16,57 88 2 297 104 29,09

3 635 4 211 ll6 36,30 919 4 520 69 65,51 279 2 823 90 31,37 360 4 489 97 46,28

3 860 5 966 253 23,58 515 5 746 256 22,45 658 3 056 151 20,24 228 2 735 150 18,23 316 3 250 199 16,33 178 2204 139 15,86 985 4 211 129 32,64 318 3 512 166 21,16 246 2 944 161 18,29 942 3 281 205 16,00 211 4 489 118 38,04

2 216 4504 215 20,95 228 2 301 276 8,34 284 1 796 - -248 2 540 223 11,39 292 2 213 - -184 2 854 130 21,95 252 2 649 308 21,62 543 3 831 170 22,54 419 4 705 392 12,00 241 7 012 474 14,79

2 637 9 753 323 30,20 760 3 323 178 18,67 405 3 668 216 16,98

78 721 I 200 016 I 8 861 I 22,57

TRANSCRIÇõES 23

MUNICÍPIO População População Área Densidade ZONA E Distrito urbana e suburbana rural rural

------··- ----·--------- ---- -------- - ---UI ENCOSTA OCIDENTAL

General Vargas . . . . ......... Clara 617 1 646 104 15,83 Ma h 809 4 927 221 22,29 .

Jaguari .... ..... . ········ Jaguari 2 898 3 871 234 16,54 Ijucapirama 76 4 146 184 22,53 Nova E~perança 329 4 455 232 19,20 Taquarixim 68 2 894 284 10,19

Santiago ..... Ernesto Alves 136 4 149 144 28,81 São Francisco de Assis. . ... Beluno 116 3 109 670 4,64

Toroquá 77 6 544 523 12,51 São Pedro do Sul. . ·· · ···· São Pedro do Sul 2 453 12 240 883 13,86 Tupanciretã .... ..... Toropi 247 6 257 459 13,63

ZONA 111 ........ ... . .. . 7 826 54 238 3 938 13,77

lV ALTO URUGUAI

Caràzinho . .. . ... ... . .. Almirante Tamandaré 120 7 346 613 11,98 Cruz Alta . . . . . . . . . . . . . . . Panambi 2 409 7 553 476 15,87

Pejuçara 306 3 008 321 9,37 Erexim ...... ... . .......... Erexim 14 418 11 099 500 22,20

Aratiba 556 21 895 771 28,-lO Áurea 489 3 394 184 18,45 Barão de Cotejipe 1 714 4 823 237 20,35 Carlos Gomes 219 4 323 143 30,23 Gaurama 1 789 5 923 209 28,34 Erva! Grande 322 12 699 - -Paulo Bento 207 5 123 233 21,99 Quatro Irmãos 844 8 847 867 10,20 São Valentim 382 11 454 732 15,65 Severiano de Almeida 260 8 749 291 30,07

Getúlio Vargas .. .. .......... Getúlio Vargas 2 838 9 681 673 . 14,38 Charrua 116 4 647 365 12,73 Erebango 1 084 2 390 201 11,89 Floriano Peixoto 123 3 025 - -Ipiranga 266 2600 - -

Ijuí. ............ ..... Ijuí 8 652 19 123 1 277 14,97 Ajuricaba 266 9 626 585 16,45 Doutor Bozano 78 4 621 - -Doutor Pestana 476 6 667 307 21,72

Iraí. ........... ..... ...... Iraí 2 425 3 129 141 22,19 . Alpestre 553 2 334 1ll 21,03 Caiçara 349 5 429 218 24,90 Farinha 153 4 044 192 13,66 Planalto 1 165 2 516 145 17,35 Rio dos 1ndios 103 3 920 220 17,82 Saltinho 110 6 695 193 34,69 Vicente Dutra 42.8 4 606 277 16,63 Volta Grande - - W4 -

Lagoa Vermelha ......... . . . Barracão 443 5 649 398 14,19 Cacique Doble. 716 9 765 319 30,61 Caseiros 243 4 185 274 15,27 Ibiaçá 631 4 461 - -Machadinho 395 8 982 328 27,38 Paim Filho 984 3 498 - -

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24 BOLETIM GEOGRAFICO

MUNICÍPIO População População Área Densidade Z.(J.NA E Dístrito urbana e suburbana rural rural ZOHA E MUNICÍPIO

- --- ---Sananduva 1 891 7 464 755 15,79 São João da Urtiga 533 2 427 314 18,87 Cruz Alta .......... . .. . . .. São José do Ouro 598 5 096 393 12,97

Marceiino Ramos . . .... . . . . .. Marcelino 3 012 6 275 300 20,92 Maximiano de Almeida 694 5 293 231 22,91 Passo Fundo ... . .... . . . . . . . . Viadutos 1 148 8 466 312 27,13

Palmeida das Missões .... .. .. Erva! Sêco 342 5 715 428 11,48 Frederico Westphalen 2 156 8 028 871 18,85

Soledade . .. .. .

Palmitinho 269 8 990 - -Rodeio Bonito 274 7 355 - - ZONA V . ... Seberi 1 031 9 483 654 25,75

Passo Fundo .. .. ... .. . . ..... Água Santa 228 7 044 391 18,02 Sertão 1 528 6 779 281 24,12

VI CAMPOS DO NORDESTE

Ta pejara 1 453 6 199 271 22,87 Santa RoSd ........... ..... s~nta Rosa 4 816 16 958 593 28,60

Alecrim 117 11 320 326 34,72

Aparados da Serra ..... . ... . Lagoa Vermelha ... . ... . ... . .

Campina 165 6 962 282 24,69 Horizontina 654 15 050 480 31,35 Pôrto Lucenr 1304 7 432 288 25,81 Santo Cristo 620 9 851 372 26,48 São Francisco de Paula .. .. . . Três de Maio 1 362 10 976 400 27,44 Tucunduva 273 11 085 450 24,63 Tuparendi 658 9800 365 26,85 Ubiretarna 209 10 400 493 21,10

Santo Ângelo .... .. . . .. .. .. . Entre Ijuís 385 10 354 766 13,52 Independência 163 7 966 518 15,38 Inhacorá 313 8 118 - -São José do Inhaorá 447 3 337 688 16,65

São Luís Gonzaga ... ... .... . Cêrro Largo 1 327 8509 561 15,17 Guarani das Missões 619 4 391 226 19,43

Vacaria .. .... . . .......... . . .

Pôrto Xavier 551 10 343 518 19,97 Roque Gonzalez 308 7 640 432 17,69

Sarandi. .. . . .. . : . ... ...... .. Sarandi 2 258 11 244 1 201 13,14 Baitaca 182 4 532 - -Constantina 373 7 268 660 11,01 Nonoai 782 18 057 1 096 22,05 Ronda Alta 396 6 108 - -Rondina 575 3 870 514 7,53

Três Passos .... . .. . ,. .. . .... Três Passos 1 636 12 545 263 47,70 Alto Uruguai 364 14 714 439 33,52 Campo Nôvo 385 16 408 556 29,51

ZONA VI. ... . . ... .. ... ..

Criciurnal 2 267 14 678 493 29,77 Ivagaci 307 6 645 209 31,71! Redentora 140 18 168 918 19,79

VII CAMPOS DO CENTRO

Santo Augusto 602 6 110 690 8,86 Tenente Portela 1 220 15 619 870 17,95

Caràzinho .. . ......... . . .. . Cruz Alta ...... . .... . . . . .. .

ZONA IV ........ ... . .. .. 87 567 668 301 32 843 20, 3 5

V ALTO JACUf Júlio de Castilhos ..

Caràzinho ... ... .. . . . . . .. . ... Cochinho 174 4 377 291 15,04 Colorado 439 5 979 346 17,28 Não-Me-Toque 1 092 6 872 465 14,78 Selbach 325 4 191 231 18,14 Palmeira das Missões .. .... . Tapera 1 285 5 049 277 18,23

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IC O

•pulaçã o População Área Densidal

·bana e burbana rural rural

- - ---

1 891 7 464 755 15,7 533 2 427 314 18,8 598 5 096 393 12,9

3 012 6 275 300 20,9 694 5 293 231 22,9

1 148 8 466 312 27,1 342 5 715 428 11,4

2 156 8 028 871 18.~

269 8 990 - -274 7 355 - -

1 031 9 483 654 25,i 228 7 044 391 18,(

1 528 6 779 281 24,1 1 453 6 199 271 22,~

4 816 16 958 593 28,! 117 11 320 326 34,i 165 6 962 282 24,! 654 15 050 480 31,1

1 304 7 432 . 288 25,! 620 9 851 372 26,'

1 362 10 976 400 27,' 273 11 085 450 24,! 658 9 800 365 26,! 209 10 400 493 21,: 385 10 354 766 13,i 163 7 966 518 15,: 313 8 118 - -447 3 337 688 16,1

1 327 8 509 561 15, 619 4 391 226 19,• 551 10 343 518 19,' 308 7 640 432 17,1

2 258 11 244 1 201 13, 182 4 532 - -373 7 268 660 11,• 782 18 057 1 096 22,1

396 6 108 - -575 3 870 514 7,

1 636 12 545 263 47, 364 14 714 439 33, 385 16 408 556 29,

2 267 14 678 493 29, 307 6 645 209 31, 140 18 168 918 19, 602 6 110 690 8,

1 220 15 619 870 17,

87 567 668 301 32 843 20,

174 4 377 291 15, 439 5 979 346 17,

1 092 6 872 465 14, 325 4 191 231 18,

1 285 5 049 277 18,

2

o

9 6 5

35

04 8 8 4 3

ZO.NA E MUNIC ÍPIO

Cruz Alta .... . .. . ... . ....

Passo Fundo .... ... .........

Soledade ............ . . ... . . .

ZONA V .... . . ....... .. ..

VI CAMPOS DO NORDESTE

Aparados da Serra .. . .. .. ... Lagoa Vermelha ........ . .. . .

São Francisco de Paula ......

Vacaria .. . .... .. ...... .... . .

ZONA VI ...............

'III CAMPOS DO CENTRO

Caràzinho .. . . .... ... . . . .. Cruz Alta ..................

Júlio de Castilhos . . . . . . ...

Palmeira das Missões .......

TRANSCRIÇOES

População Distrito urbana e

suburbana

Alfredo Brenner 152 Ibirubá 1 166 Quinze de Novembro 290 F.rnestina 193 Maraú 1 565 Espumoso 1 251

7 932

Aparados da Serra 2 325 Lago:1 Vermelha 4 197 André da Rocha 125 Clemente Argôlo 384

1 Ibiraiaras 338 São Francisco de Paula 2 621 Cazuza Ferreira 454 Criúva 305 E letra 120 Jaquirana 536 Juá 116 Oliva 195 Rincão dos Kroeff 58 Tainhas 229 Vacaria 5 516 Coxilha Grande 172 Esmeralda 361 Esteira 222 Ipê 499 Ituim 137 Korf 156 Muitos Capões 209 Pinhal da Serra 229 Segrêdo 243

19 747

Cacàzinho 11 740 Cruz Alta 19 375 Cadeado - 159 Santa Bárbara do Sul 938 S1nta Clara do Ingai 149 Júlio de Castilhos 3 287 Ivorá 24f\ Nova Palma 441 Pinhal Grande 182 Quevedos 102 Palmeira das Miseões 3 076 Cair é 164 Condor 359

25

População Área Densidade ru ral rural

- ------ -·---

5 427 317 17,12 3 737 124 30,14 3 032 142 21,35 7 386 460 16,06

10 037 464 21,63 8 996 538 16,72

65 083 3 655 17,81

13 334 3 668 3,64 8 274 1 517 5 45 1 884 335 5,62 6 014 843 7,13 4 033 255 15,82 3 035 354 8,57 5 885 788 7,47 4 672 587 7,96 2 508 355 7,06 5 168 1 866 3,78 1 901 728 5,30 1 956 - -1 885 - -9 266 1 490 6,22 4 589 1 215 3,78 1 623 722 2,25 3 085 1 131 2,73 5204 516 10,09 3 133 148 21,17 1 747 529 3,30 4 349 552 7,88 1 280 405 3,16 4 378 531\ 8,17 4590 499 9,20

103 793 19 039 5,45

7 138 701 10,18 4 612 2 168 2,13 2 338 585 4,00 3 065 956 3,21 7 005 1 021 6,86 4 336 1 646 2,63 4 443 549 8,09 3 528 272 12,97 4 993 586 8,52 3 060 571 5,36

25 406 1 913 13,28 7 492 578 12,96 5 355 925 5,79

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26 BOLETIM GEOGRAFICO

MUNICÍPIO População População Área Densidade ZONA E MUMICÍPIO ZONA E Distrilo urbana e subu(bana rural rural

----------~-- -· ------- ---·-· -·-~·-· ·---- ----- --·-·-- -·--·- -· ·-------·-Livramento . L

Passo Fundo .... .. .......... Passo Fundo 24 395 11 546 1 329 8,69 p

Ametista l93 7 857 522 15,05 Quaraí .. . . . . . . . . . . . . Q Ciríaco 324 3 134 353 8,88 Rosário do Sul R

-Coxilha 1 129 4 162 583 7,14 São Borja . Si Trinta e Cinco 221 6 514 252 25,85 &ão Gabriel .... Si

Santa Maria .. Sã() Martinho 323 5 4.36 994 5,47 A S<>ledade ... Soledade 4 082 3 005 1 341 13,71 Sl

Barros Cassai 247 10 249 487 21,05 T Depósito 152 6 636 v Fontoura Xavier 205 12 765 482 26,48 Uruguaiatia . ........ .. u Ibirllpuitã 171 8 739 B Jaculzinho 240 10994 2 219 11,95 Lagoão 34 7 296 ZONA IX . .. ..........

Tu nas 197 8 233 Tupanciretã .. Tupanciretã 5 047 3 158 1 149 2,74 X SERRAS DE SUDESTE

Jari 356 4 887 1 705 2,87 Arroio Grande .... Al Jóia 236 5 008 782 6,40 A•

ZOtiA VIl. ............... 77 770 202 390 24 669 8\20 oi

Caçapava do Sul. C: S<

VIII CAMPOS DAS MISSÕES Camaq!'ã . C:

AI

Santiago . ... Santiag(l 9 469 13 641 2 944 4,63 Canguçu . . . . . . . . . . . . n

c. Flórida 317 3 588 905 3,96 FI

Santo Ângelo .. .......... Santo Ângelo 13 573 12 492 776 16,10 Encruzílhada do Sul .. E1 Catuipe 1 178 6 746 400 16,87 AI Coimbra 3 124 1 001 3,12 D Jiruá 1 617 9 833 877 11,21 Erva!. .... El São Miguel das Missões 291 9664 1 341 7,21 B:

São Borja .. Garruchos 682 3 758 860 4,37 Gualba .. B: São Francisco de Assis .. São Francisco de Assis 2 926 5 387 1 117 4,82 M

Manuel Viana 995 3 735 1 446 2,58 SE São Luis Gonzaga . . ... São Luis Gonzaga 7 767 14 551 2800 5,20 Jaguarão .. Ja

Caibaté 451 6311 242 26,08 . . . . . . . . . . . . .

Lavras do Sul . • • • • o • • • • • Li Missioneiros 293 1 971 382 5,16 Pelotas ........ PE São Nicolau 663 7 957 1 077 7,39 C:

ZONA VIII. 40 222 102 758 16 168 6,36 DI

Pinheiro Machado .. Pi Pe

IX CAMPANHA Piratini . Pi São Jerônimo . B!

Alegrete . Alegrete 19 560 18 997 6 574 2,89 São Lourenço do Sul. .. Sã

Bc Passo Nôvo 559 4 310 1 288 3,35 Tapes . Ta

Bajé ............. Bajé 34 525 10 522 1 889 5,57 ·· · ···· · ·· C i

Aceguá 172 7 502 2 244 3,34 V a Hulha Negra 726 5 184 583 8,89 José Otávio 587 3 908 937 4,17 ZONA X. Seiva! 315 1 482 1 431 1,04

Cacequi .. Cace qui 5 699 2 786 705 3,\l5 XI DEPRESSÃO CENTRAL Saicã 1 047 2 736 984 2,78

Dom Pedrito . Dom Pedrito 11 124 11 540 4 235 2,72 Bom Jesus do Triunfo .... Bo Torquato Severo 653 2390 864 2,77 Co

Itaqui .. . . . . . . . . . . . . . Itaqui 8 814 2 691 1 159 2,32 Pa Maçambará 336 7 321 3 901 1,88 Pô

Lavras do Sul. ............ Ibaré 317 4177 1 270 3,29 Cacequi ....... .. .. . . UI

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FICO TRANSCRIÇõES 27

,opulação População I Área I Densidade urbana e rural uburbana rura l

MUMICÍPIO População População

Área Densidade

ZONA E Distrito urbana e rural rural suburbana

- ---------- - -------- ---· --·-·- ------·-- -·-- ·- ·- · -~-- - ---Livramento . . . . . . . . . Livramento 29 099 10 085 6 092 1,66

24 395 11 546 1 329 8,69 193 7 857 522 15,05 324 3 134 353 8,88

1 129 4 162 583 7,14 221 6 514 252 25,85 323 5 4.36 994 5,47

4 082 3 005 1 341 13,71 247 10 249 487 21,05 152 6 636 - -

Pampeiro 1 014 8 213 850 9,66 Quarai.. Quaraí 7 358 8 168 3 008 2,72 Rosário do 5ul ... . . . .. Rosário do Sul 11 992 16 057 4 466 3 60 São Borja . .. .......... . .... São Borja 11 829 22 566 6 230 3,62 bão Gabriel ...... ... , . ... S~o Gabriel 14 384 9 882 1 819 . 15,43

Azevedo Sodré 290 1 886 389 4,85 Suspiro 163 3 623 963 3,77 Tiaraju 305 4 303 1 486 2,90 Vacacaí 425 3 205 1 456 2,20

205 12 765 482 26,48 171 8 739 - -

Uruguaiana . . . . . . . . . .... .. . Uruguaiana 32 639 14 209 5 623 2,53 Barra do Quaraí 687 1 238 956 1,29

240 10 994 2 219 11,95 34 7 296 ZONA IX .. . . .. . 194 619 188 987 61 402 3,08

197 8 233 5 047 3 158 1 149 2,74 X SERRAS DE SUDE:STE

356 4 887 1 705 2,87 236 5 008 782 6,40

Arroio Grande .. . . ..... .. . Arroio Grande 3104 7 346 1 888 3,89 Açoriana 298 2 586 697 3,71

17 170 202 390 24 669 8,20 Olimpo 2 703 1 553 437 3,55

Caçapava do Sul . · r · • • • · • • Caçapava do Sul 3 876 19 891 3 180 6,26 Santana da Boa Vista 799 8 656 1 412 6,13

Camaqllã .. ........ .. .. · .. Camaquã 3 436 27 631 2 179 12,68 Arambaré 1 196 2 923 533 5,48

9 469 13 641 2 944 4,63 317 3 588 905 3,96

13 573 12 492 776 16,10 1 178 6 746 400 16,87

3 124 1 001 3,12 1 617 9 833 877 11,21

291 9664 1 341 7,21 682 3 758 860 4,37

2 926 5 387 1 117 4,82 995 3 735 1 446 2,58

7 767 14 551 2800 5,20 451 6311 242 26,08 293 1 971 382 5,16 663 7 957 1 077 7,39

Canguçu . · ··· · .. . .. Canguçu 2 438 47 177 3 293 14,33 Cenito 1 508 1 462 203 7,20 Freire 172 5 450 271 20,11

Encruzilhada do Sul. . . . . . .. Encruzilhada do Sul 3 216 20 205 3 429 5,89 Amaral Ferrador 551 7 460 848 8,80 Dom Feliciano 594 9 043 801 11,29

Erva!. ........... ········ Erva! 1 149 6 994 2 551 2,74 Basilio 297 1 476 277 5,33

Guaiba . .. . ... .. .. .... Barra do Ribeiro 2 540 2 647 412 6,42 Mariana Pimentel 275 2 121 138 15,37 Sertão de Santana 223 2 582 268 9,63

Jaguarão .. . . .. . Jaguarão 9 382 6 873 2 140 3,21 Lavras do Sul. . .. . .. . . Lavras do Sul 2 566 5 075 1 329 3,82 Pelotas . ..... . ..... .. ... .... Pelotas 78 014 169 120 1,41

Capão do Leão 2 089 25 168 1 513 16,63

40 222 102 758 16 168 6,36 Dunas 1 760 20 441 1 359 15,04

Pinheiro Machado. . . . . . ... Pinheiro Machado 2 007 '9 322 2 249 4,14 Pedras Altas 636 2 250 947 2,38

Piratini . . ... Piratini 838 20 181 3 393 5,95 São Jerônimo . .... . . Barão do Triunfo 194 13 724 1 219 11,26

19 560 18 997 6 574 2,89 559 4 310 1 288 3,35

34 525 10 522 1 889 5,57 172 7502 2 244 3,34 726 5 184 583 8,89

São Lourenço do Sul .. São Lourenço do Sul 4 427 2 390 548 4,36 Boqueirão 416 24 243 1 751 13,85

Tapes ..... ... ... ... Tapes 2 966 6 140 1 062 5,78 Cêrro Grande 167 5 918 182 32,52 Vasconcelos 396 7984 552 14,46

587 3 908 937 4,17 315 1 482 1 431 1,04

ZONA X . . ...... 134 233 327 081 41 181 7,94

5 699 2 786 705 3,!l5 1 047 2 736 984 2,78

XI DEPRESSÃO CENTRAL

11 124 11 540 4 235 2,72 653 2 390 864 2,77

Bom Jesus do Triunfo .... . .. Bom Jesus do Triunfo 2 175 2 038 157 12,98 ., Costa da Cadeia 821 1 692 162 10,44

8 814 2 691 1 159 2,32 Passo Raso 567 2 409 201 11,99 336 7 321 3 901 1,88 Pôrto Batista 587 2 370 313 7,57 317 4 177 1 270 3,29 Cacequi .... . ..... .. . . Umbu 590 1 966 774 2,54

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28 BOLETIM GEOGRAFICO

MUNICÍPIO População População

Área DPnsidade

ZONA E Distrito urbana e rural rural suburbana - - -- ---- --------

Cachoeira do Sul.. ...... .. . Cachoeira do Sul 23 270 24 449 3 707 6,60 Cêrro Branco 758 8 052 426 18,90

Canoas ...... . . ..... . .. .... Canoas '

19 152 1 542 125 12,34 Niterói 14 480 855 - .. Santa Rita 112 3 685 239 15,42

General Câmara. .... ... ..... General Câmara 2 852 3 058 266 11,50 Meios 215 2 979 416 7,16 Santo Amaro do :Sul 466 2 721 364 7,48

General Vargas ..... . ... . .. . General Vargas 1 223 5 848 1 028 5,69 Gravata!. .. . . . ... . . . . .... ... Grava tal 3 437 13 326 442 30,15 Guaíba ...... . . .. .. . . . .... Guaiba 4 214 5 620 1 094 5,14

Bom Retiro do Guaiba 429 2 145 - -Rio Pardo . . ..... .. . . .. . Rio Pardo 8 322 7 162 393 18,22

B3xiga i 415 3 997 288 13,88 Capivarita 597 8 643 1 785 4,84 Rincão d'El Rei 422 6 052 526 11,51

Santa Maria .... .. ..... . . . . Santa Maria 44 949 - 579 12,09 Arroio do Só 482 4 249 491 8,65 Bôca do Monte 515 7 001 - -Dilermando de Aguiar 650 7 110 1 038 6,85

São Jerônimo ....... . . · ···· · São Jerônimo 2 848 5 473 312 17,54 Arroio dos Ratos ~ 10 379 1 253 ~14 3,99 Butiá 8 638 7 332 1 398 5,24

São Sepé .. . ... . ...... .. . ... São Sepé 2 359 14 776 2 441 6,05 Formigueiro 307 7 849 716 10,96

Taquari . . . . . .. . . .... .... ... . Taquari 3 529 7 531 362 20,80 Viamão . ..... . .. . . . .. . . . . ... Viamão 1 909 10 935 863 12,67

Itapuã ~ 311 7 799 969 8,05 i

ZONA XI. . ... . .. . .. . ... .. 1161 980 191 917 22 189 8,65 j

XII LITORAL

Osório . . ......... . .. .. ..... Osório 2 960 7 149 600 11,92 Emílio Méier 944 5 765 759 7,60 Tramandai 2 169 1 060 249 4,26

Rio Grande ......... . ... .. .. Rio Grande 63 235 - 99. o Cassino 507 1 645 401 4',10 Pôrto Nôvo 1 093 5 131 500 10,26 Quinta 741 2 277 414 5,50 Taim 374 2 912 1 203 2,42

Santa Vitória do Palmar ..... Santa Vitória do Palmar 5 807 7 947 4 419 1,80 Xuí 413 1 001 355 2,82

São José do Norte .... .... .. São José do Norte 1 473 5 397 348 15,51 Bojuru 117 2 406 499 4,82 Estreito 47 2 191 387 5,66 Mostarda:· 312 10 311 2 700 3,82

Tôrres . .. ....... ... . .. . .. .. . Tôrres 3 027 7 074 263 26,90

ZONA XII ... ..... .... 83 219 62 266 13 196 4,72

Totais das Zonas . ... . . . ... 1 042 079 2 728 591 266 974 10,22

PÔRTO ALEGRE.. .... 379 901 14 250 482 29,56

TOTAL GERAL.. .... 1 421 980 2 742 841 267 456 10,26

N'OTA - A população dos distritos recém-criados cuja área não pôde ser mjldida por falta de elementos, foi incluída na daqueles de que foram desmembrados.

Áreas

ZONAS

Zonas: I+IHIII+IV+V ... .. .

Zonas: VI+VIHVIII+IX+X-t

Munic!pio de Pôrto Alegre* ... .

TOTAL DO ESTADO .. . .

* O município de Pôrto Ale mente neste quadro a fim de que

A fotografia é um ex fotografado. Envie a :;;;ossuir, devidamente

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FICO

População População Área

Densidade urbana e rural rural ;uburbana --- ---- ----

23 270 24 449 3 707 6,60 758 8 052 426 18,90

19 152 1 542 125 12,34 14 480 855 - ..

112 3 685 239 15,42 2 852 3 058 266 11,50

215 2 979 416 7,16 466 2 721 364 7,48

1 223 5 848 1 028 5,69 3 437 13 326 442 30,15 4 214 5 620 1 094 5,14

429 2 14 5 - -8 322 7 162 393 18,22

i 415 3 997 288 13,88 597 8 643 1 785 4,84 422 6 052 526 11,51

44 949 - 579 12,09 482 4 249 491 8,65 515 7 001 - -650 7 110 1 038 6,85

2 848 5473 312 17,54 ~ 10 379 1 253 i.l14 3,99

8 638 7 332 1 398 5,24 2 359 14 776 2 441 6,05

307 7 849 716 10,96 3 529 7 531 362 20,80 1 909 10 935 863 12,67

1 311 7 799 969 8,05 i

~161 980 191 917 22 189 8,65 J

2 960 7 149 600 11,92 944 5 765 759 7,60

2 169 1 060 249 4,26 63 235 - 99 o

507 1 645 401 4,10 1 093 5 131 500 10,26

741 2 277 414 5,50 374 2 912 1 203 2,42

5 807 7 947 4 419 1,80 413 1 001 355 2,82

1 473 5 397 348 15,51 117 2 406 499 4,82 47 2 191 387 5,66

312 10 311 2 700 3,82 3 027 7 074 263 26,90

83 219 62 266 13 196 4,72

042 079 2 728 591 266 974 10,22

379 901 14 250 482 29,56

421 980 2 742 841 267 456 10,26

l pôde ser m!ldida por falta de elementos, foi

TRANSCRIÇÕES 29

ANEXO II

Estado do Rio Gr ande do Sul

áreas e População - Agrupamento das Zonas

POPULAÇÃO · POPULAÇÃO ÁR EA URBANA E RURAL

SUBURBANA ZONAS

/ % % Total % Total total do Total total do (km2) total do

estado estado estado · --- - ---· ---·

Zonas: I+II+III+IV+V ...... 330 289 23,22 l 549 399 56,49 69130 25,85

Zonas: VI+ VII+ VIII+ IX+ X+ XI+ XII 711 790 50,06 1179 192 42,99 197 844 73,97

Munic!pio de Pôrto Alegre* ...... . ... . . 379 901 26,72 14 250 0,52 482 0,18

TOTAL DO ESTADO . •. . . ....... . 1 421 980 100,00 2 742 841 100,00 267 456 100,00

* O município de Pôrto Alegre faz parte da zona XI (Depressão Central). Preferimos apresentá-lo isolada-mente neste quadr~ a fim de que sua população urb[lna não exagerasse os reeultados p1rciais por zona.

~ A fotografia é um excelente documento geográfico, desde que se saiba exatamente o local fotografado. Envie ao Conselho Nacional de Geografia as fotografias panorâmicas que ;;;ossuir, devidamente legendadas.

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A Noção de Gênero de Vida e ·seu Valor Atual*

MAX SORRE

(Primeiro artigo)

Trinta e sete anos se passaram desde que Vidal de La Blache, em dois artigos da revista Annales de Géographie, dava direito de cidadania a esta noção funda­mental de gênero de vida, pela qual Ratzel, na Alemanha, tinha demonstrado interêsse. É notável que ela não tenha sido, desde êste tempo, o objeto de alguma elaboração crítica. Os etnógrafos, em tôda a superfície do globo acumularam materiais para o conhecimento dos gêneros de vida . ·

Os geógrafos nas suas monografias regionais trouxeram contribuição de grande valor à sua descrição, sobretudo na Europa Ocidental .

Uma espécie de embaraço subsiste; alguns, pensando que se trata de noção insuficientemente determinada e preferindo calar a respeito, outros sentindo dificuldade de o introduzir nas suas construções, outros enfim julgando que. próprio ao estudo dos agrupamentos mais ou menos marcados de arcaísmo, ela não encontra emprêgo na descrição do mundo moderno .

Aliás, nenhum desenvolvimento sistemático nessas reliquiae editadas por Emm. de Martonne sob o título de Principes de géographie humaine: (Princípios de Geografia Humana) : não se imagina, no entanto, que uma definição dos gêneros de vida não tenha encontrado lugar na obra definitiva, tão subjacente é a noção a todos os seus desenvolvimentos.

Nada impede retomar o pensamento de Vidal de La Blache, no ponto onde· êle o deixou no fim do seu segundo artigo, e dêle fazer objeto de reflexão escla­recendo-o à luz das aquisições novas da etnografia e da sociologia . 1

I - O CONTEúDO DA NOÇAO DO GÉNERO DE VIDA

Éste complexo de atividades habituais características de um grupo humano e ligado ao sustento de sua vida vamos analisá-lo, acrescentando somente aos· exemplos de Vidal de La Blache algumas formas mais modernas.

Os elementos dos gêneros de vida - A noção do gênero de vida, é extrema­mente rica, pois abraça a maioria, se não a totalidade das atividades do grupO' e mesmo dos indivíduos .

É preciso chegar a um estágio adiantado de cultura para assistir a uma espécie de libertação .

Éstes elementos materiais e espirituais são, no sentido exato da palavra,. técnicos, processos transmitidos pela tradição e graças aos quais os homens se­asseguram uma posse sôbre os elementos naturais.

Técnicas de energia, técnicas de produção das matérias-primas, da maqui­naria, são sempre técnicos, como as instituições que mantêm a coesão do grupo, assegurando sua perenidade .

Criações do gênio humano: a pressão do meio estimula, orienta êste gênio, mas é preciso sempre pensar no poder criador .

• Fonte: Ann ales de Géographie - Bulletin de La Societé de G éographte - julllet-septembre 1948 - n .o - LVII. • année. Traduçlí.o de Maria Cecilia de Queiroz Lacerda.

1 :É indl.spensável reler os dois artigos de P . Vidal de La mache, "Os gêneros de. vida na geografia humana" (Anais de Geografia, XX, 1911, pp , 193-212 e 289-304). Eu utll!zei am­plamente Daryll C. Forde, Habitat, Economy and Society, A Geographical Introdluctio.n to Ethnology, Londres, 1934, um vol. in 8.0 , XIV - 500 pp.

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·seu Valor Atual*

MAX SORRE

de La Blache, em dois artigos !idadania a esta noção funda­Llemanha, tinha demonstrado ste tempo, o objeto de alguma 'erfície do globo acumularam 1. s trouxeram contribuição de :1. Ocidental . nsando que se trata de noção ~ a respeito, outros sentindo , outros enfim julgando que, os marcados de arcaísmo, ela )derno . nessas reliquiae editadas por •graphie humaine: (Princípios anto, que uma definição dos bra definitiva, tão subjacente

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TRANSCRIÇÕES 31

Três territórios no mundo apresentam conjunto de condições comparáveis, a Colúmbia Britânica, o litoral meridional da América do Sul no Pacífico e a Ta·smânia.

No primeiro, unicamente culturas ricas e variadas foram criadas. Os alaculoofs e os yaghans do Chile meridional representam os restos mise­

ráveis dos grupos mais atrasados da humanidade. E os tasmanianos estavam ainda em grau inferior de civilização. A indolência mental e a insuficiência de previsão tão freqüentemente atribuídas aos fueguinos teriam aparecido como características ainda mais marcantes dêstes povos, segundo Daryll Forde . •

A aptidão original ou adquirida que às vêzes pode ser perdida ao utilizar as possibilidades do meio, está no fundo de tudo.

Não é abuso considerar, ao menos inicialmente, um gênero de vida, como uma combinação de técnicas. A prática do nomadismo pastoril supõe conhecidos os métodos de criação, de adestramento dos animais domésticos, a castração compreendida, de sua utilização para a nutrição - trato, fabricação dos produtos lácteos -, ou para o transporte - uso da sela, da albarda, da carroça e dos diferentes modos de atrelar -, da fabricação de vestimentas e da tenda . Os métodos variam com o clima, com a natureza do cheptel (contrato pecuário) , com a topografia, a extensão, a proximidade das pastagens sazonais e a expansão dos deslocamentos que ela implica. Aos nossos olhos, sua eficácia apóia-se no conhecimento empiricamente adquirido das propriedades do meio vivo ou inerte.

Não é assim que os homens entenderam durante muito tempo. A distinção, familiar aos nossos espíritos, do natural e do sobrenatural, não é conquista muito antiga . Também, cada técnica material é desdobrada de uma técnica religiosa ou mágica; não temos aqui de escolher entre as duas palavras.

O primitivo abate sua prêsa por meio da flecha, da pedra ou da lança; de que ajuda não lhe servem estas rezas, estas representações para-estatais onde vemos os primeiros balbuciamentos da arte e que tinham sem dúvida objeto utilitário? Em outro estágio de civilização, todos os ritos de fecundidade, do qual fazem parte os da água, pertencem à descrição dos gêneros de vida, tanto quanto ao uso do pau de escavar, da enxada, do arado ."

Quando nos tempos precolombianos, o índio enterrava uma cabeça de peixe num buraco onde havia depositado um grão de milho, nós interpretamos êste gesto como a origem das adubações azotadas: tem certamente outra significação . Pastôres e agricultores conheceram os ritos da água. Sabe-se qual o uso que Joleund fêz para a cronologia saariana, destas figuras rupestres por êle assim interpretadas.

Associados às mais delicadas práticas do enxêrto, usos que nós achamos obscenos, porque perdemos o sentido do sagrado, nos vieram do mais longínquo passado do Oriente por intermédio dos agrônomos cartagineses e de seus copistas árabes.• ·

Citaremos êstes ritos, estas procissões e estas orações pelas quais o camponês católico chama a chuva celeste sôbre seus campos sedentos?

Estas ações se verificam sob o mesmo título no gênero de vida . Quando então o definimos, não o devemos mutilar: ao lado dos elementos materiais mais fàcilmente accessíveis, os elementos espirituais têm o seu lugar.

E naturalmente os elementos sociais: a constituição do gênero de vida é inconcebível fora da atmosfera de uma sociedade organizada .

Desempenho dos elementos do gênero de vida, seu ajustamento

A observação de gêneros de vida complexos sugere distinções que já apa­recem quando se consideram formas mais simples . Nem todos os traços têm a mesma significação, quanto ao seu desempenho, nem quanto à sua idade sendo êste último ponto de vista provisoriamente afastado. Uns são a base mesma do gênero de vida, são criadores ou organizadores; outros têm função de conser-

• D . C. Forde, ob. clt., pp. 69 e seguinte. • A. G. Haudricourt e L . Hedln, O homem e as plantas cuLtivadas (Collectlon "Géographle

humalne", de P. Deffontalnes), Paris, 1943, reuniram alguns dados sôbre os ritos da fecundidade . • Ibn. el Awam, escritor espanhol, autor do Livre de l'agriculture, ver'dadelramente Inspi­

rado na agricultura nabateana pela qual êle se prende às fontes antigas; menciona um rito da fecundidade (analógico) referente ao enxêrto .

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32 BOLETIM GEOGRAFICO

vação, de fixação. Pode-se descrever quem tem função antagônica, de limitação . Enfim, acham-se grupos cuja utilidade não aparece imediatamente; êstes são elementos relictuais .

Estas dist inções devem entender-se com os temperamentos necessários . Elas clareiam o funcionamento do gênero de vida e não têm valor absoluto e nítido .

Os gêneros de vida agrícolas, os mais antigos, prestam-se à definição dos traços - criadores ou organizadores .

A escolha das plantas de cultura, o material instrumental, a maneira de os grãos serem confiados à terra, podem ser olhados como técnicas fundamentais em volta das quais todo gênero de vida se organiza.

Sua associação reveste notável estabilidade nas áreas climáticas extensas : ligação dos tubérculos ou de um cereal de grão pesado como o milho, como o pau de plantar nas regiões florestais intertropicais, associação dos pequenos grãos do tipo millet com a enxada nas terras leves do Sudão ou do Decão, submersão dos solos e repicagem do arroz nas regiões de monção, triagem : trigo, arado e boi nos campos da Eurásia temperada .

Outros elementos, como as estruturas sociais, a organização do trabalho, têm de preferência desempenho fixador.

Se quisermos compreender a natureza e a ação dêstes elementos fixadores , nós nos dirigiremos de preferência a formas muito evoluídas, como os gêneros de vida baseados numa combinação de agricultura de cereais, com criação seden­tária num meio social que repousa sôbre forte estrutura de aldeia com dificul­dades coletivas.

É certo que o modo de habitat, a estrutura agrária - partilha e forma dos campos - o tipo de propriedade e de explotação inscrevem no solo, em traços materiais, o funcionamento do gênero de vida.

A divisão dos solos contribui para imobilizar o grupo agrícola nos seus costumes.

Não vemos em que ponto o fracionamento e a dispersão das parcelas obstam a substituição de um tipo de explotação moderna por outro de explotação antiga?

Éstes últimos traços que representaram desempenho fixador no gênero de vida antigo subsistem no nôvo como traços antagônicos.

Encontraríamos outros exemplos na descrição dos gêneros de vida baseados na criação.

Se as grandes tribos de pastôres nômades da escarpa estépica e desértica da Eurásia tiram dos seus animais domésticos o máximo proveito, um bom número de criadores sedentários, que são ao mesmo tempo agricultores (índia), ou mesmo criadores nômades (África Austral e Oriental) utiliza mal suas mana­das de bois e de vacas para alimentação e para transporte . • As prescrições religiosas as atrapalham: desde que as proibições desapareçam o grupo retoma a liberdade de utilização de seus animais (hotentotes) .

A religião representava fator de limitação . Os ritos, práticas que foram ligadas a certos modos de atividade de um

grupo, podem persistir quando as formas de existência que lhes serviram de suporte desaparecem.

Seu sentido perdeu-se . Os jakoutes que se tornaram criadores de renas conservam parte do material de que se serviam para os cavalos - a sela, por exemplo . As pesquisas dos arqueólogos russos no Altaí· oriental revelaram ritos funerários que perpetuavam a lembranças da mudança do animal doméstico, as máscaras de renas de ouro colocadas nos crânios de cavalos. Nos nossos campos, as tradições populares evocavam estados muito antigos contemporâneos de nossas origens no seio de populações rurais. Tudo isto se acaba com nossa civilização rural tradicional e os elementos relictuais desaparecem.

Um equilíbrio entre êstes elementos de ordens diferentes acabou por esta­belecer-se e êste equilíbrio assegura a coesão interna do gênero de vida, penhor da perenidade, que é uma de suas características essenciais .

Gêneros de vida e meios geográficos - Reteremos aqui apenas algumas conseqüências das relações gerais estabelecidas por Vida! de La Blache. Con­juntos de técnicas, os gêneros de vida são formas ativas de adaptação do grupo humano ao meio geográfico.

5 D . c . Forde, obra citada, cap . XIV, bibliografia na p . 483 .

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p. 483 .

TRANSCRIÇÕES 33

De sua especialização e de sua estabilidade dependem a especialização e a estabilidade dêles, seu êxito de duração. Suas mudanças locais se traduzem pelas suas variantes.

Nos povos submetidos à pressão de um meio muito especializado, desértico ou ártico, e cujos caracteres não variem quase nada, de um ano para outro, a direção imprimida pelas influências exteriores não muda: os gêneros de vida estão sempre orientados da mesma maneira. Há meios menos caracterizados, franjas onde prevalece ora um grupo de condições, ora outro: assim a margem das estepes, seja do lado dos climas úmidos seja do lado do deserto.

Para condições marginais, gêneros de vida marginais. Um período de sêca prolongada e muito severa transforma o grupo de criadores nômades em um bando de coletores levados pela perda de seu rebanho, ao mais baixo nível de vida, transforma o criador sedentário em nômade, ao menos por algum tempo . Antes que se tenha começado a lhe trazer algum alívio com os trabalhos de irrigação, os habitantes do Ceará (Nordeste do Brasil) conheciam os efeitos dos períodos sem chuvas.

A deserção das aldeias à margem do deserto de Thar durante as grandes sêcas foi há muito tempo assinalada .

Os esquimós oferecem um dos melhores exemplos de fidelidade com a qual o gênero de vida reflete mudanças do meio. Povo estranho, que segundo a expressão de Diammond Jenness, escolheu para habitar o meio das neves e dos gelos quase perpétuos .

Sua cultura é ao mesmo tempo uma das mais extensas e uma das mais especializadas no mundo, adaptada às condições do arquipélago ártico americano. O Velho Continente não apresenta nada de comparável. E, entretanto, Daryll Forde repara que sua uniformidade não deve dissimular suas variantes .

Elementos da cultura encontram-se em tôda a área ocupada pelos esquimós e estão ausentes dos territórios onde nomadizam os índios do caribu .

O arpão e o caiaque apenas faltam no extremo norte-oeste. Mas o trenó puxado por cães, a casa de neve ou igloo, os métodos de caça no gêlo desapa­recem ao mesmo tempo em direção do sudeste e do sudoeste, progressivamente. E nestas duas direções, vêem-se aparecer, à margem subártica da área, formas especiais de caiaque e com grande barco, l'umiak, todo o equipamento necessário à caça de grandes cetáceos em alto mar. Enfim, sôbre os barren grounds os viajantes descreveram esquimós do caribu, cujo modo de existência representa alteração profunda em relação ao conjunto do grupo. Tôdas estas mudanças Jao material e os hábitos expriinem as variações do gênero de vida em relação com o que se poderia chamar de matizes da degradação ártica do meio físico . •

Contentamo-nos com estas observações: sôbre o outro aspecto das relações entre o gênero de vida e o meio - o do poder modificador do primeiro - tendo sido suficientemente tratado não temos que insistir. Nós o assinalamos no seu lugar lógico. Nós o reencontraremos .

A marca do gênero de vida sôbre os homens

A marca colocada pelo gênero de vida ao mesmo tempo no grupo e nos indivíduos, é outro fator de sua conservação . :Jtle se mostra capaz, numa larga escala, de modelar ao mesmo tempo sua aparência física e sua estrutura mental . Vidal de La Blache disse aí o essencial •: "Os gêneros de vida têm autonomia que se apega à pessoa humana e a segue . Não é sàmente o beduíno e o felá que se consideram de tipos diferentes, é o pastor valáquio, é o cultivador búlgaro, é até, nas nossas costas, o marinheiro e o camponês. A alma de uns parece formada de metal diferente da dos outros".

Estas opbsições explodem quando se acham em conflito para a conquista do espaço; a do cultivador sedentário e a do pastor nômade é um dos pontos com uns da história e da geografia .

Seria fácil prolõngar quase indefinidamente a lista dos exemplos.

o Os mais recentes trabalhos de conjunto dados a geógrafos sôbre as sociedades esquimós são os d e Zimmermann, no tomo III da Geographie Universelle de P . Vida! de la Blache e L. Gallois, p. 258 e seguinte (1933), de D . C. Forde, obra citada cap. VIII com bibl!ografia p . 478 (1934) e de P. George, As regiões polares (Collection Armand Colln), Paris, 1946, pp . 139-156.

• P. Vida! de La Blache, artigo citado, p. 304.

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34 BOLETIM GEOGRÁFICO

A idéia a reter é a de persistência da característica . É sensível quando os grupos estão territorialmente justapostos, mais notável, quem sabe, ainda, quando estão superpostos. Nos planaltos da Africa oriental, "bakitara", "banyankolé", "massa!", vivem no meio de populações agrícolas mantendo a individualidade de seu gênero de vida. • Afastaram deliberadamente as possibilidades econômicas que se lhes ofereciam para acantonar na criação nômade dos bois.

Sua existência mostra a que ponto um gênero de vida tradicional pode restringir o uso de um território mais rico em virtualidades. Não menos nítida, a oposição dos "peuls" com os agricultores sudaneses no meio dos quais êles se confundiram .

A conservação de seu tipo étnico em vastas extensões é um dos fatos mais impressionantes da geografia humana da Africa.

A a$ão do. gênero de vida se exerce sôbre o tipo somático. Se se opõe que a diferenciação física dos "massa!" e dos "peuls" é de origem longínqua, pois são invasores e conhecemos algumas das suas etapas, afasta-se somente a solução do problema.

Há na prática do gênero de vida elementos capazes de agir sôbre ·o tipo físico, o modo de alimentação, a natureza e o grau do exercício: ignoramos como esta ação se inscreve no patrimônio hereditário e, de característica indi­vidual, torna-se característica étnica .

Mas a formação de um patrimônio psíquico, graças à linguagem, às tradições, aos ritos, é um fato indiscutível.

O indivíduo é prisioneiro de seu grupo, de suas restrições, de suas antipatias, de seus ódios.

O fato mais complexo e mais fácil de observar e de explicar à luz das dis­tinções colocadas mais alto entre as funções dos diferentes elementos do gênero de vida .

Os gêneros de vida assim definidos são susceptíveis de classificação? Agrupam-se geralmente tomando como ponto de partida o modo de atividade dominante.

~oje, que renunciamos ao dogma da sucessão dos estados de cultura, pare­ceria imprudente arriscar uma classificação genética. Acredito que é preciso ficar no uso corrente sem outra preocupação de precisão.

II - A EVOLUÇAO DOS Gf:NEROS DE VIDA

. Uma definição dos gêneros de vida como a que acaba de ser esboçada, dá das coisas, apenas uma visão incompleta e mutilada.

·. f:ste complexo de hábitos, para ter interêsse geográfico, deve apresentar um mínimo de duração, de estabilidade, sem o que não se poderia aproveitá-lo .

Mas duração e estabilidade não significam imobilidade . O gênero de vida nasce, transforma-se, expande-se - e quando chegou a

êste grau de maturidade é que nós o caracterizamos. Daí a necessidade de evocar um aspecto complementar, não contraditório,

o da evolução. Será ocasião de fazer um progresso no conhecimento dos gêneros de vida. Vida! de La Blache mostrou muito bem de que combinações nascem seus

germes, a favor de que circunstâncias êstes se organizam e se enraízam. Sem repetir o que êle escreveu e que deve ser olhado como definitivamente

'3.dquirido, podemos tentar um passo a · mais na análise. · Exemplo dos esquimós - Retomamos por tema de reflexão êstes esquimós

a propósito dos quais etnógrafos e arqueólogos têm há trinta anos acumulado trabalhos . •

8 Sôbre os povos pastôres d a Africa oriental, já se citou D . C . Forde. :i!: justo men­cionar os trabalhos, infelizmente interrompidos de uma maneira precoce, de Scaetta. Sôbre os "peuls", o artigo de J . Blache, "A questão pastoral na Africa ocidental" (Anais d e Geografia, LI, 1942 pp, 26-44 ) •

• Ver os trabalhos citados na nota 1. , Completar com : Problems ot Polar Research (Amerlcan Geogr . Soe., Special publ. n .• 7) .

New York, 1928 (Diammond Jenness, Ethnological problems o! Arctic America, pp. 167-176; Knud Rasmussen, Task s for j uture research in Esktmo culture, pp, 177-188; Waldemar Bo­goras, Ethnographic problems oj Eurasian Arcttc, pp. 182-208), e, m ais recentemente T. Mat­t hlasen, The archeology o j t h e Thule Dist rict (Geog. Tldskrlft, XLVII, 1944-1945, pp , 43-72).

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culture, pp. 177-188; Waldema.r Bo­~-208 ), e, mais recentemente T . Ma.t­ldskrift, X LVII, 1944-1945, pp . 43-72) .

T RAN SCRIÇõ E S 35

As origens e as transformações de sua cultura apresentam problemas difíceis, mas cujo enunciado está cheio de significação aos olhos dos geógrafos .

os arqueólogos encontraram vestígio de três civilizações antigas, da qual é difícil imaginar as relações cronológicas, a dita de Thulé, a do cabo Dorset e a das ilhas e das margens do mar de Bering . ·

A cultura de Thulé ocupa posição geográfica central em relação às duas outras .

Segundo os t rabalhos de Holtved t razidos por Matthiasen, a superposição no distrito de Thulé seria a seguinte: Dorset (X século), Thulé (caçadores mari­nhos espalhados por tôda a costa ártica do Canadá, X-XII séculos), Inugsu~ (caçadores de baleias, XIV-XV séculos, Ruin Island (em relação com o Alasca, XIV séculos) , esquimó moderno . Thulé teria sido uma região central, centro da irradiação cuj a civilização sucedia a uma cultura mais antiga .

Quanto aos esquimós das barren grounds, longe de representarem a sobre­vivência de um grupo em via de adaptação, não ainda acostumado às condições árticas, ser iam uma tribo em via de regressão : t reinados na perseguição do caribu, ter iam virado as costas ao mar e perdido todos os elementos de sua cultura ligados às condições litorais .

Que, há mais de dez séculos, os esquimós sejam um povo em via de migração, como o sabiam os velhos autores, é fato indiscutível ; mas o sentido de seus deslocamentos ao longo das costas setentrionais do Canadá fica contestada.

As relações atuais entre a ala sudoeste e a ala sudeste da cultura esquimó são reconhecidas (posse do grande barco de mar) . Mas como explicar o desa­parecimento dos traços comuns, subárticos, no domínio da cultura do Thulé?

.E sobretudo quais são as relações exatas da cultura de Thulé com a de Bering? O movimento se fêz de este para oeste ou inversamente?

É certo que os gêneros de vida ~os esquimós resultam de uma evolução quase milenar, com inflexões segundo as mudanças de clima . As grandes linhas estão ainda incertas .

Isto que retemos, são os temas que se cruzam nas discussões dos arqueólogos : influência das mudanças de meio, importância do material instrumental, função possível dos transportes de cultura, contaminações de uma cultura, a sua vizinha, margem extensa de adaptação indo da vocação marítima à vida de pesca ou à caça do caribu. Éstes são os temas que encont ramos sempre quando estudamos sistemàticamente a evolução dos gêneros de vida .

Evolução de origem interna - O primeiro problema a examinar consiste em saber em que medida um gênero de vida é suscetível de evoluir para uma maneira de necessidade interior sem nenhuma espécie de impulso vindo do exterior .

Tal questão não aparecerá arbitrária se se refletir, de um lado, no que dissemos acima, da fôrça dos elementos fixadores ou conservadores e, de outro lado, neste poder de inércia do qual Vidal de La Blache falou tantas vêzes .

Não parece duvidoso que os gêneros de vida possam evoluir espontâneamente . Uma invenção modificando o material instrumental, a do arado, da piroga

oscilante, pode ter efeito de alcance considerável, qualquer que seja o estágio de cultura onde nos colocamos .

Os progressos das primeiras civilizações foram progressos das ferramentas ; permitiram uso melhor da fôrça dos homens e de seus auxiliares .

Sem dúvida não foram sempre adotados sem resistência, pois a derrogação do hábito é um delito .

Mas não se explicaria a transformação das sociedades mais antigas se se recusasse admitir que ela r esulta da totalização das invenções no interior do grupo .

Dois outros fatôres precoces de t ransformação residem no crescimento demo­gráfico e no progresso de uma organização social que permita a , divisão. do trabalho . O primeiro faz planar sôbre os homens uma ameaça constante pelo desequilíbrio que provoca ent re as necessidades e os recursos .

Os primitivos, mais freqüentemente do que se acredita, procuraram fazer frente a isto por uma limitação voluntária da natalidade, sobretudo quando as condições do meio são muito severas .

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36 BOLETIM GEOGRAFICO

Mas foram forçados também a procurar novos recursos. A divisão do tra­balho, logo que reveste formas menos rudimentares do que a que se estabelece no interior da família, termina numa especialização das castas, em uma sepa­ração das ocupações agrícolas e industriais. 10

Deve-se ver aí o princípio da distinção dos dois grandes grupos de gêneros de vida: mas, no período inicial, a separação não é geográfica, ela é de ordem sociológica . Tudo aquilo que se refere à alimentação fica no primeiro plano.

Com o tempo, a separação dos dois grupos de ocupações, agrícolas e indus­triais, vai-se acentuando: os segundos tomam importância crescente, absorvem quantidade de energia humana cada vez maior.

Como sua produção não é mais consumida no lugar, sua autonomia aumenta. Novos gêneros de vida começam a se desprender da indiferenciação primitiva . Têm caráter misto . Tôdas as vêzes que os trabalhos agrícolas não bastam

para empregar tôda a atividade do grupo, ou a sustentar sua existência, sempre que há um resto disponível de energia, permanente ou estacionária, sempre que o excesso de produção pode ser trocado, as condições de sua aparição estão reunidas.

O espetáculo de nossas sociedades ocidentais, com suas distinções definidas, nos leva a esquecer o socorro levado ao mundo rural no passado por pequenas indústrias no centro, dispersadas nos campos.

O camponês era, segundo as horas e segundo as estações, um operário ou um agricultor . Tudo isto não está abolido; as monografias regionais nos fizeram conhecer esta associação do trabalho dos campos com o da pequena oficina, segundo modalidades muito variadas .

A renda, a tecelagem, a malharia sobretudo, mas também o trabalho dos metais (serralharia) e o da madeira prosperaram muito tempo nas aldeias da Picardia, do Vimeu, da Champagne, no Jura, no Maciço Central ou nos Pirineus. Sob o efeito da concentração industrial, os caracteres desta simbiose se alteram. n

O importante para nós era ver como os gêneros de vida, associando tipos de ocupação tão diferentes, puderam se formar.

Não é difícil conceber como a separação pôde fazer-se: ela, porém, não arrastou, necessàriamente, uma segregação geográfica, pois a usina podia, subs­tituindo-se a oficina, ficar no meio dos campos .

Algumas conseqüências desta evolução - No entanto, com os progressos da indústria e também com os das cidades, dos quais falaremos além, modos de existência fundados unicamente em ocupações industriais conquistaram sua inde­pendência diante da cultura do solo e localizaram-se segundo suas próprias leis.

Na sua formação e no seu progresso, o adiantamento das técnicas instru­mentais, dominado há um século e meio pelo progresso científico, desempenhou função dominante. ·

A preparação da máquina de vapor tal qual sai das mãos de J . Watt, depois de t rês quartos de séculos de tent ativa, inaugura nova era na história dos gêneros de vida . Triunfo do espírito que faz explodir os velhos quadros .

Êstes novos modos de existência não têm todos os traços que emprestávamos aos antigos e teremos que voltar a êste ponto importante , Insistimos somente em que, nos gêneros antigos de vida, a atividade do grupo envolve a satisfação do conjunto das necessidades, compreendidos tanto a alimentação quanto a ferramenta, o abrigo e roupas .

Há já muito tempo que a camponesa em nosso país, não tece mais a lã, nem o linho .

Ela não assa mais seu pão . Chegou um momento em que a diferenciação dos gêneros de vida, fun dada

sôbre a especialização profissional - dir-se-ia, de boa vontade o desmembra­mento dos gêneros de vida -, traduziu-se por um empobrecimento das ativi­dades do grupo, ao menos em certo sentido . Ao mesmo tempo, êle perdeu qual­quer coisa de sua autonomia, ficou mais dependente dos grupos que praticam atividades complementares .. A noção mesma do gênero de vida t ransforma-se.

10 No q u e cancem e aos efeltos da divisão de trabalho, ver R . Thurnwald, A economia prim itiva, t r ad . f rancesa. P aris, 1937, 390 pp .

u Não se pode d ar bibl!ografia sôbre êstes gêneros de vida mistos dos quais muitos fizeram objeto de descrições pormenorizadas nas monografias geográficas .

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FICO

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TRANSCRIÇÕES 37

Evolução por adaptação a um nôvo nível - O que foi dito dos esquimós permite passar ràpidamente pelos efeitos das mudanças de meio. Impelido para fora de seu território, pela necessidade ou pela fôrça, um grupo humano leva consigo seu gênero de vida.

Mas pode encontrar incompatibilidade entre seus hábitos e o meio onde passa a permanecer. Usos novos impõem-se. Para que serviria aos esquimós, imigrando em direção ao sudeste, as práticas da caça de espreita nas margens onde não há camada fina de gêlo anual perfurada de orifícios de respiração para as focas?

Esta ação do meio não tem caráter de necessidade, no sentido que o grupo htimano nunca possa se adaptar e perecer. Têm, não obstante, grande fôrça dominadora. · Ela nos coloca diante de problemas muito gerais. Acabamos de examinar deslocamentos de grupos, migrações geográficas conduzindo um povo de um meio bioclimático a outro.

Mas, desde o aparecimento do homo sapiens na Terra, a distribuição dos climas mudou, afetando a repartição das grandes massas de vegetação.

Discute-se sôbre a cronologia destas variações, sôbre o seu caráter cíclico e a amplitude de suas oscilações. Sua realidade não é duvidosa. Nossa espécie assistiu ao recuso das geleiras e tôdas as mudanças plúvio-térmicas que se se­guiram.

Os gêneros de vida primitivo sofreram o contragolpe dêstes acontecimentos. A arqueologia pré-histórica nos traz, sôbre isto, alguma luz, sem responder

a tôdas as questões. Pois; enfim, se se pode conceber que um grupo humano ficou fixado num território, cujo aspecto se transformava, adaptando seu gênero de vida a condições novas, pode-se também conceber que êle seguiu estas con­dições no seu deslocamento ·em latitude.

A semelhança entre o material das civilizações primitivas sob nossas latitudes e o das povoações atuais da Antártica sugeriram aos nossos predecessores a hipótese de uma continuidade à qual renunciamos.

Introdução de novos elementos - Outras influências exteriores na qual os deslocamentos do meio físico intervêm. Invasores bastante numerosos para impor sua lei podem introduzir novos hábitos sem suprimir o velho fundo cultural.

Os gêneros de vida da Europa Ocidental, se aí praticarmos um corte, revelam uma superposição de aluviões com penetrações em profundidade.

O substrato de nossa vida rural remonta a tempos muito afastados. Celtas, latinos, germanos modelaram êste fundo primitivo. Elementos novos

- técnicas de atrelagem, por exemplo - desempenharam a função de fermento . O resultado é um sincretismo onde todos os elementos parecem determinar

uns e outros. Pura ilusão. A introdução de um elemento numa região basta para perturbar um velho

gênero de vida e dar-lhe um nôvo dinamismo . Os índios da prairie eram, na época pré-:colombiana, caçadores de búfalos . No século XVI os europeus trouxeram o cavalo e êste naturalizou-se

ràpidamente. · O povo das planícies tornou-se então um povo de cavaleiros. :Êle conservou

seu gênero de vida, mas com traços novos devido à mobilidade aumentada, à possibilidade de explorar territórios mais vastos, de transportar material mais pesado e mais rico, ao lon~o dos deslocamentos sazonais .

o cavalo é um sinal de riqueza, o objeto das competições. Sua posse conferiu aos "blackfeet" e outros grupos caçadores superioridade

decisiva sôbre os agricultores que tinham impelido suas çulturas até várias centenas de milhas além do Mississipi e que desde então se deslocam para este. 1!l

Esta introdução pode-se fazer por contaminação entre grupos vizinhos e não se percebe isso senão no fim de certo tempo.

No Extremo-Oriente, os europeus não ficaram mediocremente surpreendidos quando tiveram de medir a massa dos produtos atirados no mercado, por camponeses indígenas, que tinham cultivado nos seus jardins, ao lado das plan­tas alimentícias tradicionais, as espécies importadas das regiões longínquas pela cultura de plantações.

,_. Sôbre os índios das planícies ver Clark Wissler, The injluence oj the horse in the development of Plain Culture (American Anthropologist, XVI, 1914, pp. 1-25) .

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38 BOLETIM GEOGRAFICO

l!:les verificaram o melhoramento dos gêneros de vida dos nativos. ' 3

Retomaremos mais adiante o exemplo da agricultura sudanesa, enriquecida pela adoção dos vegetais americanos desde o século XVI .

Assinalaremos somente aqui que, em alguns distritos da zona da Guiné, sobressai-se uma evolução análoga à da Insulíndia.

As contaminações podem ir até a adoção total de um gênero de vida . É o caso dos paleasiáticos dos quais alguns adotaram os costumes dos esquimós .

Origem única ou múltipla dos gêneros de vida -Chegando a êste ·ponto, o geógrafo se pergunta se é sempre possível fixar a origem dos elementos dos gêneros de vida e seus encaminhamentos . l!:Ie se volta para os etnógrafos, de posse dos métodos experimentados e cuja disciplina acaba de conhecer um florescimento magnífico.

Mas, em muitos casos, êstes param também diante desta questão: um ele­mento cultural determinado pode aparecer espontâneamente sob a pressão de necessidades semelhantes em pontos afastados (convergência) ou então, deve-se, para explicar as similitudes, recorrer à hipótese de um transporte? Cada um responde segundo suas tendências e a escola a que pertence."

De nossa parte, julgamos imprudente dar uma resposta geral e afastar propositalmente uma possibilidade de explicação. Quando, nesta área imensa de agricultura da Eurásia, encontramos nas duas alas na China e no Oriente mediterrâneo técnicas de _água totalmente comparáveis, podemos pensar que bombas elevatórias do mesmo tipo, processos parecidos, puderam ser inventados em vários lugares."' A irrigação foi descoberta na América pré-colombiana inde-pendentemente de qualquer imitação. ·

A possibilidade de um transporte na Eurásia fica aberta ; não é indispensável invocá-la. .

PROBLEMAS DE LIMITAÇAO

Vemos que esta evolução, cujos mecanismos acabamos de pesquisar, em alguns casos, pára; que grupos humanos se cristalizam no seu modo de exis­tência e desaparecem em vez de mudarem .

Os nômades mostram muitas vêzes uma falta de plasticidade, de flexibili­dade surpreendente. Entendemos os verdadeiros nômades e não as tribos que, nas zonas marginais, praticam gêneros de vida igualmente marginais. O pro­blema de sua sedentarização estendeu-se a todos os povos coloniais.

A Rússia soviética tenta no Kazakstan e na Baixa-Kirghizie uma experiência de grande envergadura. "O nomadismo desaparece ràpidamente, não sem que a mudança do gênero de vida modifique profundamente os hábitos e até o equi­líbrio vital das tribos "kazakhes" (P. George)."'

Freqüentemente se descreveu o desaparecimento de grupos indígenas por incapacidade i:le modificar seu gênero de vida à chegada dos brancos . A sobre­vivência dos esquimós da costa oriental da Groenlândia; a recompensa de um magnífico esfôrço do govêrno dinamarquês. A incapacidade de evolução encon­tra-se mesmo nos povos agricultores dos quais, entretanto, no curso dos séculos, os gêneros de vida. foram transformados pela introdução de novas plantas de cultura.

Todos os expertos concordam na dificuldade de melhorar a agricultura chi­nesa com as precauções com as quais um material de cultura do tipo europeu deve ser introduzido no Sudão.

Esta limitação resulta da especialização e da estreita coesão de um gênero de vida adaptado ao meio .

Mas parece que a fator dominante deve ser freqüentemente procurado na marca profunda colocada por êle no grupo humano tomado incapaz de libertar-se do seu instrumento .17

,. Ch. Robequaln, "Problêmes de Colonlsatlon pans les Indes néerlandalses" (Annales de Géographie, L, 1941, pp. 37-57 e 114-136) .

" Ragnar Numelln deu um resumo em flnês destas discussões no Diffusionsproblemet i ku!turtorskningen ( T.erra, geogratiska siillskapets i Finland Tidskrijt, Vuoslk LVII, 1945, pp, 20-35), com o essencial da bibliografia e um bom resumo em francês (pp. 34-35).

13 J. Slon, expôs o problema na Asia das Monções, 1.• parte, p , 49 . a P. George, URSS (Colletclon Orbls), Paris, 1947 p . 474 . 11 O fim dêste estudo será publicado no próximo número .

Resenha e Opin

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distritos da zona da Guiné, a. 11 de um gênero de vida. É o n os costumes dos esquimós . ~-Chegando a êste ·ponto, o

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I.ÇAO

i acabamos de pesquisar, em ;alizam no seu modo de exis-

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discussões no Di/lusionsprobZemet i anã Tíàskríft, Vuoslk LVII, 1945, mo em francês (pp. 34-35) . • parte, p . 49 .

474. .mero.

Resenha e Opiniões

O Problema F erro viário

O meu interêsse pelo assunto re­sulta de dois motivos: primeiro, a minha especialização no transporte ferroviário, tendo sofrido em minha própria carne muitas das mazelas que todos sabemos; segundo, o aspecto es­candaloso do problema ferroviário, um dos mais sérios que o país apresenta; escandaloso quanto à questão orça­mentária, que está sempre servindo ao debate, e quanto à questão qualidade de serviço. Quanto ao primeiro deficit está se refletindo no conjunto de deficits de maneira alarmante: vemos não apenas o seu vulto mas, princi­palmente, sua projeção. O aumento do deficit se apresenta, em bilhões: 10 bilhões, em 1958; 15, em 1959; 21, em 1960; 37, em 1961, e, segundo estima­tivas, 50 bilhões em 1962 . l!:ste deficit, porém, é recente. Começou em 1945 . Em 1950, foi de apenas 2 bilhões; para chegar, em 1962, à previsão de 50 bi­lhões. A previsão possível, com os da­dos informativos sôbre a projeçãp para 1970, é ,qualquer coisa de arrasar o orçamento da República. l!:sses aspec­tos, por sua gravidade, certamente não escapam aos cuidados de todos os interessados.

O outro aspecto, que escapa a quem não seja especialista no assunto, está na questão da qualidade do serviço. Sôbre êle, cada um de nós tem deze­nas de exemplos a citar. Tenho docu­mentos com u~ sem número dêsses exemplos. Extraí, porém, apenas êste, que foi mencionado num congresso realizado em Anápolis: . . . "um ca­minhão transporta a saca de cereal, de Anápolis a São Paulo, em 4 dias, por 82 cruzeiros; o trem, em 3 a 4 meses, por 106 cruzeiros, fora os car­retos de embarque e desembarque". As conclusões disto são desalentadoras : parece que o transporte ferroviário é caro, obsoleto, condenado a desapare­cer. É interessante, porém, examinar êsse problema mais profundamente. O transporte ferroviário é antigo e tem sido muito estudado em todo o mundo: existem alguns dados para ser aferido

NELSON WERNECK SoDRÉ

o seu rendimento. Admite-se que o custo do transporte ferroviário, acima de duzentos quilômetros, é mais barato que o rodoviário. l!:ste é um dado pro­vado pela experiência, em condições normais de concorrência. A nossa rea­lidade contrasta com êsse índice. Po­derei citar um exemplo, entre muitos : numa das rêdes ferroviárias brasileiras, a do Nordeste, em 1956, era mais eco­nômico o transporte acima de 60 qui­lômetros, em 1957, somente acima de 420 quilômetros, em 1958, era mais caro a qualquer distância. Eis o dado da experiência desmentido pelo dado da realidade. Há, portanto, qualquer coisa enfêrma no parque ferroviário brasi­leiro.

Outro dado provado pela experiên­cia é a proporção entre o custo do transporte nas grandes distâncias. Esta proporção é representada pelos índices seguintes: navio ·= 1; trem = 3; cami­nhão = 9; avião = 15. O rodoviário é três vêzes mais caro que o ferroviário.

Terceiro dado é o da utilização do combustível. Utilizando óleo diesel, é possível deslocar em locomotiva, 125 toneladas/quilômetro, e apenas 30 to­neladas/ caminhão. Isso nos mostra a distorção do transporte brasileiro, com a supremacia absoluta no uso do ca­minhão a grandes distâncias.

Alguns dados informativos a res­peito do problema ferroviário no mun­do permitem entender o problema. A primeira série de dados se refere a países de grande extensão territorial, do tipo do Brasil, e prova que o nosso lugar, quanto ao transporte ferroviário, é muito modesto :

Estados Unidos ... .. .... . URSS ... .. ..... ..... . Canadá . . ............. . . índia ... . ............ . . . Argentina .. ..... ....... . Austrália .............. .. . BRASIL ......... .... .

350000 km 125 000 km 74000 km 56 000 km 44000 km 43 000 km 38 000 km

Os dados relativos à extensão, em parte, são ilusórios, entretanto a aná­lise qualitativa nos mostraria que a

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40 BOLETIM GEOGRAFICO

extensão é um dado bruto; se verifi­carmos dados relativos à qualidade, veremos que o lugar que ocupamos é muito mais modesto.

Estabelecemos duas escalas: a pri­meira relativa ao número de quilôme­tros de ferrovia por km•, de área para cada país de área determinada. Por êsse índice chega-se à conclusão de que o lugar do Brasil é modestíssimo :

Extensão relativa : Número dé km de ferrovia por

1 000 km2 de área: Inglaterra .............. 125 Iugoslávia . . .. .......... 102 Polônia . . . . . . . . . . . . . . . . . 90 Itália . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55 Portugal . . . . . . . . . . . . . . . . 38 Es~a~ha . . . . . . . . . . . . . . . . 26 Grec1a . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 Turquia . . . . . . . . . . . . . . . . 10 BRASIL .... . . . . .. ... 5 Mas não se diga que êsse,s países

são mais antigos na construção ferro­viária. Na área da América, o quadro é pouco mais .ou menos êste :

Estados Unidos . .. . , . . . . . 36 Argentina . . . . . . . . . . . . . . . 16 México . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 Chile . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 Canadá . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 Se confrontarmos a extensão fer­

roviária de cada país com a sua popu­lação, veremos que a nossa posição é ainda modesta. O número de quilôme­tros de ferrovia por 1 000 habitantes é o seguinte:

Canadá .. .. .... .. .. . .... 4,1 Argentina . . . . . . . . . . . . . . . 2,1 Estados Unidos . . . . . . . . . . 2,0 Chile . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,0 México . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,7 Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,5

Apresentamos, como se vê, uma visível e enorme deficiência em ferro­vias. Isso significa que o Brasil precisa de ferrovias. Mas, se precisa, caberá discutir o outro aspecto: se a ferrovia está superada, como resolver o pro­blema? Será verdade que o transporte ferroviário é obsoleto, caro e condenado ao desaparecimento? vemos aparências e dados reais. Quais os dados negati­vos? O descalabro ferroviário brasileiro está entre êles, com realce. Mas há outros. O índice teórico da superiori­dade do transporte ferroviário apenas acima de 200 quilômetros parece que, no caso brasileiro, condena a ferrovia ,

uma vez que a faixa desbravada, numa economia voltada para o litoral, é estreita e raramente ultrapassa 200 quilômetros. A dedução é que se rara­mente a faixa desenvolvida ultrapassa essa distância, não há lugar para o transporte ferroviário. Em países de­senvolvidos, como os Estados Unidos, vemos uma política de arrancamento de trilhos, por outro lado, e isso tam­bém parece condenar o transporte fer­roviário .

Os Estados Unidos arrancaram 66 mil quilômetros de trilhos, ou seja, o dôbro de tôda a rêde ferroviária bra­sileira, e 15% da própria rêde ameri­cana, entre 1916 e 1960. No Brasil, des­de a organização da Rêde Ferroviária Federal, a política de supressão de ramais deficitários exige o arranca­mente da ordem de 7 mil quilômetros, ou seja, 20 % do total. Só na Leopoldina existem 632 quilômetros condenados.

Mas vemos, por outro lado, que a crise não é apenas brasileira. Os acon­tecimentos argentinos fizeram com que os jornais informassem do efeito da crise ferroviária, ali refletido no aspec­to deficitário do orçamento. Em con­traste, vemos a Alemanha, emergida de uma luta militar tremenda, em que o seu parque ferroviário foi duramente atingido, dedicar-se inteiramente ao reaparelhamento de sua rêde ferroviá­ria. o Japão também. Vemos a URSS com 90% de sua carga transportada por ferrovia. Uma estatística feita por técnicos reunidos em organização espe­cializada nos mostra que 80% das fer­rovias do mundo apresentam lucro; 1% apresenta equilíbrio; 10% apresen­tam dejicit moderado; 6% apresentam grandes deficits; 3% apresentam de­ficits alarmantes. São 22 as nações que possuem ferrovias com superavit. Isso

. parece provar que a ferrovia não está superada. O necessário é que ela opere sem deficit. A conclusão é, portanto, de que há lugar para a ferrovia nos transportes. A ferrovia pode operar em condições rentáveis.

Vejamos qual a situação do parque ferroviário brasileiro. Foi construído, como se sabe, para atender a uma si­tuação econômica diferente daquela que o Brasil apresenta hoje. As altera­ções é que tornaram inadequado êsse parque. A economia brasileira antiga era a de exportação, de base agrícola, que originava as áreas produtoras que ficavam próximas ao litoral, servidas pelo transporte marítimo. O cresci­mento extensivo, e a necessidade de trazer a produção ao litoral originou as

estradas, com o internao rio das mesmas, resultano persão, pois as áreas pr4 distanciadas geogràficam outras. A construção da~ em regra, pouco dispend' notar que o investimento Brasil, absorvia capitais brasileiros, sob diverso; princípio, sob a garanti: como no caso da São I Por outro lado, as realiz: que foram feitos magníJ nharia da época, hoje SE tam como trambolhos J mais interessante é a S~ way, uma grande realiza1 época, que hoje proporei< estrangulamento das lir. ções admiráveis da épo4 hoje completamente ina4 o transporte ferroviário.

Tudo isso resultou ei nentes antiquadas, enver cemente. Êsse aspecto ref neira interessante no lad problema. Os "Planos d€ .pertavam, no Brasil, gr: em certas épocas, antes tornarem oficiais. Antes, tos de estudos de • divE particularmente engenh€ grandes engenheiros. R um dêsses planos tratav ção de uma ferrovia en Manaus, paralela ao r construção que não foi pois seria incompatível mento de qualquer país, do solo e o vulto das ot cujos aspectos econômico foram estimados, pois SE uma ferrovia competir cc zonas em vazão. Outra f Santarém a Cuiabá.

Depois do ministéri rico, os "Planos de Vi: naram oficiais . O es~ planos estava na ênfas4 problema viação e no es4 problema transporte. O ção comprovava que o tava grandes obstáculos natureza de seus acident Ora, quanto aos acident' a técnica oferece condiç posição de qualquer obst~ da França e da Itália , confrontados com os At acidentes orográficos sãc !ações do terreno. O que estudo meramente viató problema era de naturez: assim, só poderia merece

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~I C O

z que a faixa desbravada, numa . ia voltada para o litoral, é . e raramente ultrapassa 200 ~tros. A dedução é que se rara­a faixa desenvolvida ultrapassa .stância, não há lugar para o 1rte ferroviário. Em países de­idos, como os Estados Unidos, uma política de arrancamento ws, por outro lado, e isso tam­. rece condenar o transporte fer­>. Estados Unidos arrancaram 66

ilômetros de trilhos, ou seja, o je tôda a rêde ferroviária bra-e 15% da própria rêde ameri­ntre 1916 e 1960. No Brasil, des­rganização da Rêde Ferroviária l, a política de supressão de

deficitários exige o arranca­da ordem de 7 mil quilômetros, , 20% do total. Só na Leopoldina 1 632 quilômetros condenados. .s vemos, por outro lado, que a ão é apenas brasileira. Os acon­:ttos argentinos fizeram com que 1ais informassem do efeito da Jrroviária, ali refletido no aspec­.citário do orçamento. Em con-

vemos a Alemanha, emergida :1. luta militar tremenda, em que >arque ferroviário foi duramente lo, dedicar-se inteiramente ao elhamento de sua rêde ferroviá­Japão também. Vemos a URSS

O% de sua carga transportada ~rovia. Uma estatística feita por 1s reunidos em organização espe­da nos mostra que 80% das fer­do mundo apresentam lucro; 1% nta equilíbrio; 10% apresen­~ficit moderado; 6% apresentam !S deficits; 3% apresentam de­Llarmantes. São 22 as nações que m ferrovias com superavit. Isso provar que a ferrovia não está

da. O necessário é que ela opere ejicit. A conclusão é, portanto, l há lugar para a ferrovia nos ortes. A ferrovia pode operar em ões rentáveis. jamos qual a situação do parque .ário brasileiro. Foi construído, se sabe, para atender a uma si­' econômica diferente daquela Brasil apresenta hoje. As altera-

que tornaram inadequado êsse l. A economia brasileira antiga de exportação, de base agrícola, ·iginava as áreas produtoras que m próximas ao litoral, servidas ;ransporte marítimo. O cresci-

extensivo, e a necessidade de a produção ao litoral originou as

RESENHA E OPINIÕES 41

estradas, com o internamento necessá­rio das mesmas, resultando na sua dis­persão, pois as áreas produtoras eram distanciadas geogràficamente umas das outras. A construção das ferrovias foi, em regra, pouco dispendiosa, e é de se notar que o investimento ferroviário no Brasil, absorvia capitais estrangeiros e brasileiros, sob diversos regimes. A princípio, sob a garantia de juros -, como no caso da São Paulo Railway. Por outro lado, as realizações técnicas, que foram feitos magníficos da enge­nharia da época, hoje se nos apresen­tam como trambolhos ferroviários. A mais interessante é a São Paulo Rail­way, uma grande realização técnica da época, que hoje proporciona verdadeiro estrangulamento das linhas. Realiza­ções admiráveis da época, assim, são hoje completamente inadequadas para o transporte ferroviário.

Tudo isso resultou em vias perma­nentes antiquadas, envelhecidas preco­cemente. i!:sse aspecto reflete-se de ma­neira interessante no lado subjetivo do problema. Os "Planos de Viação" des­pertavam, no Brasil, grande interêsse em certas épocas, antes e depois de se tornarem oficiais. Antes, foram proje­tos de estudos de • diversos técnicos, particularmente engenheiros, e alguns grandes engenheiros. Recorda-se que um dêsses planos tratava da constru­ção de uma ferrovia entre Macapá e Manaus, paralela ao rio Amazonas, construção que não foi orçada nunca, pois seria incompatível com o orça­mento de qualquer país, pela natureza do solo e o vulto das obras de arte, e cujos aspectos econômicos também não foram estimados, pois seria impossível uma ferrovia competir com o rio Ama­zonas em vazão. Outra ferrovia ligaria Santarém a Cuiabá.

Depois do ministério José Amé­rica, os "Planos de Viação: se tor­naram oficiais. O essencial dêsses planos estava na ênfase colocada no problema viação e no esquecimento do problema transporte. O problema via­ção comprovava que o país apresen­tava grandes obstáculos à viação pela natureza de seus acidentes orográficos. Ora, quanto aos acidentes orográficos, a técnica oferece condições de trans­posição de qualquer obstáculo: os casos da França e da Itália são exemplos: confrontados com os Alpes, os nossos acidentes orográficos são meras ondu­lações do terreno. O que havia era um estudo meramente viatório, quando o problema era de natureza econômica e, assim, só poderia merecer uma análise

objetiva à base do seu estudo econô­mico .

Surge, no nosso tempo, uma nova estrutura econômica no país, e o par­que ferroviário envelhecido, contrasta com ela .e vai passando para o Estado, que vai tomando conta dêsse velho parque, sem escândalos, sem protestos, até que, em 1957, cria-se a Rêde Fer­roviária Federal, que agrupou, na épo­ca, a maior parte das linhas brasileiras . Hoje, pràticamente, não existe ferrovia particular no Brasil. Somente a estrada do Amapá é particular. A Paulista, que era a penúltima passou à propriedade do estado de São Paulo .

A Rêde aparece, então, como uma grande emprêsa. Na relação das em­prêsas que operam no Brasil é a pri­meira. Mas com uma herança trágica, que continua a absorver tudo aquilo que produzimos. Em 15 anos o Brasil inverteu no parque ferroviário 427 bi­lhões de cruzeiros: 52 % para cobrir deficits, e 48 % para investimentos. Não é uma quantia insignificante. A con­corrência entre os diversos tipos de transporte já nos mostrava uma de- , formação total do quadro: em 1940, a ferrovia transportava 62% da carga e a rodovia 34%. Em 1959 inverteram-se os lugares: a rodovia transportou 58% e a ferrovia 37%. Os outros transportes variavam de 4% a 5% .

O parque ferroviário que aquela grande emprêsa herdou apresenta enorme diversidade de problemas: o das vias permanentes; o da tração, e só êste item daria matéria para uma conferência; o dos meios de transporte, vagões e seus problemas de construção; o das bitolas, pois continuamos a cons­truir e vamos ter que continuar. Há, também, problemas gravíssimos sob o aspecto político, como o da supressão de ramais, sem esquecer as questões técnicas de padronização; e as dos fre­tes; e as dos salários. Sôbre a parte mais velha da Rêde Ferroviária e sôbre o conflito oriundo da concorrência ina­dequada entre o transporte ferroviário e o rodoviário, possuímos alguns dados, como índice de escândalos: o trans­porte efetuado pelas estradas que a seguir citaremos poderiam ser feitos pelo seguinte número de caminhões:

São Luís-Teresina . . . . 31 caminhões Bahia-Minas Gerais . . . 23 " Madeira-Mamoré . . . . . 19 Central do Piauí . . . . . 8 Bragança . . . . . . . . . . . . . 5

Em alguns casos, mesmo se o usuá­rio aceitar um frete mais alto, a receita

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42 BOLETIM GEOGRAFICO

não dará para cobrir a despesa com o pessoal e com o combustível. A receita atual, em outros, não cobre a despesa do combustível das locomotivas. São estradas absolutamente condenadas. Não há como investir nelas para me­lhorar as vias permanentes, ou na compra de material. Seria um êrro do ponto de vista econômico .

Mas o problema essencial da fer­rovia, visto sob o ângulo do transporte, que é aquêle sob o qual deve realmente ser visto, está na densidade do tráfego econômico. Tôda ferrovia deve ser vista sob êsse ângulo, salvo nos casos espe­cialíssimos em que o Estado deseja chamar a si o investimento oneroso e deficitário, visando a um outro obje­tivo: desenvolver determinada região, por interêsse estratégico etc. Do ponto de vista transporte, não. Dêste ponto de vista, a densidade de tráfego eco­nênnico é o elemento essencial. E o índice aceito nos meios internacionais é que o mínimo de densidade de trá­fego econômico está em meio milhão de toneladas/quilômetro úteis por qui­lômetro de linha. Abaixo disso não terá a ferrovia condições econômica de ex­ploração, normalmente.

:ÊSse índice é superado por grande parte das ferrovias do mundo, o que prova que o transporte ferroviário tem o seu lugar. Dados de• outros países provam esta afirmação. Ei-los:

Rússia . . . . . . . . . . . . . . . . 10,41 Estados Unidos . . . . . . . 3,07 Alemanha . . . . . . . . . . . . 1,60 Canadá . . . . . . . . . . . . . . 1,51 França . . . . . . . . . . . . . . . 1,08 Iugoslávia . . . . . . . . . . . . 1,01 Inglaterra . . . . . . . . . . . . 1,00 Índia . . . . . . . . . . . . . . . . 0,84 Itália . . . . . . . . . . . . . . . 0,65 Turquia . . . . . . . . . . . . . . 0,64 BRASIL . . . . . . . . . . . . . . 0,28 No Brasil: 280 mil toneladas/ qui­

lômetro por quilômetro de linha, em um ano, a metade do índice mínimo, portanto, como dado do conjunto de sua rêde ferroviária. Das 38 ferrovias da Rêde Ferroviária Federal, apenas 6, com 18% do total das nossas linhas, estão acima do índice citado. São as seguintes:

Santos-Jundiaí . . . . . . . 4,89 Vitória-Minas . . . . . . . . 2,79 Sorocabana . . . . . . . . . . 1,26 Central do Brasil . . . . . 1,13 Amapá . . . . . . . . . . . . . . . 0,81 Teresa Cristina . . . . . . . 0,51 É interessante verificar que destas

seis ferrovias, três são especializadas:

Vitória-Minas, Amapá e Teresa Cris­tina. Especializadas em determinado transporte homogêneo; transporte en­tre os extremos da linha: recolhem o minério no princípio da linha e o levam ao fim da linha. Não servem, no meio da linha, a uma variedade de mercadorias. As outras três estradas estão localizadas na zona mais desen­volvida do país. Dessas seis ferrovias , quatro são deficitárias: a Santos-Jun­-diaí apresentou, em 1960, um deficit de 434 milhões de cruzeiros; a Sorocabana, de um bilhão e 436 milhões; a Central do Brasil de 5 bilhões e 142 milhões, e a Teresa Cristina, de 146 milhões. Esta última tem, hoje, orçamento equi­librado. É interessante verificar que aqui não consta a Companhia Paulista. Pelos cálculos, esta companhia apro­ximava-se do limite operacional, em têrmos de emprêsa privada, quando sofreu a encampação. ·

Tôdas estas estradas, pois, menos duas, são deficitárias. Para verificar, nutn rápido confronto, a importância dêstes dados, podemos comparar a França com São Paulo. A França pos­sui o dôbro da área de São Paulo, e movimenta 200 milhões de toneladas/ /ano, e São Paulo, com a rêde ferro­viária melhor do Brasil, movimenta, apenas, 10 milhões .

Mas há uma diferença a notar quanto ao transporte ferroviário , no que diz respeito às deficiências:

- a de não poder transportar, e - a de não ter o que transportar . A primeira depende, em parte, em

têrmos relativos, das próprias ferro­vias; mas a segunda, não. Elas não podem criar o que transportar, apesar de estarem em condições de oferecer o transporte. A densidade de tráfego econômico, depende, portanto, da exis­tência de mercadoria a transportar. E esta é uma condição eliminatória .

O que falta, então, no Brasil, é uma política de transporte. Uma polí­tica situada no conjunto da política econômica, evidentemente, como parte dela; que resultante da política econô­mica geral do país. Dentro desta polí­tica se situaria a função das ferrovias , não apenas em relação à produção mas também aos outros meios de transporte. Neste plano, as ferrovias deveriam ser situadas, não apenas isoladamente, como emprêsas industriais e comer­ciais estanques, mas tornadas rentáveis sem isolá-las do conjunto econômico das áreas a que servem. Isto não exis­te, entretanto. Temos o exemplo inte­ressante da Companhia Paulista, que

desenvolveu as suas um plano, isto é, est: terística pioneira da substituída por uma métrica ; depois sub bitola 1,60 m, e dep eletrificada. A Corr teve também outra pois ligou o prolon~ linhas a uma ativida pena que êste plano t tilizado, por motivos pêlo tratar. Mas é urr ciso ligar o transpo zona a que serve e, d• temos de fixar um I tema ferroviário, veri des e dando preferi mento aos grandes grandes mercados. Fc perspectiva para o p brasileiro. Além disso, as atividades compler ferrovias, que lhes pt ou eliminar, os dejic estrada Santos-Jundi: oleoduto. Vamos ter e rovias que operam in rias; nas que operan e até nas que operam viário complementar. causa, em cada caso de uma saída para a Finalmente, é preciso política que regule o t bustível, pois que que estranha que as ferre mam carvão. Assistim companheiro e ilustre ral Macedo Soares, esquecimento do carv: guir uma política: se 'veitar o carvão, é : tenha reflexos na 1= ria: se a orientação elétrica, é preciso ser f coerente. É necessár: agrária, uma política para poder fixar uma 1 portes. É preciso tam tarifas, política de : gerencial, e não polítit mo. É preciso colocar emprêsas de caracte1 os técnicos. É preciso o transporte ferroviár tância do transporte st haver uma subsidiár suburbanos, que utiliz a via permanente, mal dições operacionais ir ligadas de transporte tância.

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Minas, Amapá e Teresa Cris­specializadas em determinado rte homogêneo; transporte en­~xtremos da linha : recolhem o

no princípio da linha e o 1.0 fim da linha. Não servem, , da linha, a uma variedade de Jrias. As outras três estradas 'calizadas na zona mais desen­do país. Dessas seis ferrovias,

3ão deficitárias: a Santos-Jun­·esentou, em 1960, um deficit de 1ões de cruzeiros; a Sorocabana, Jilhão e 436 milhões; a Central ;il de 5 bilhões e 142 milhões, resa Cristina, de 146 milhões. .ima tem, hoje, orçamento equi-

É interessante verificar que o consta a companhia Paulista. Uculos, esta companhia apro­·Se do limite operacional, em de emprêsa privada, quando

L encampação. · as estas estradas, pois, menos í.o deficitárias. Para verificar, pido confronto, a importância dados, podemos comparar a com São Paulo. A França pos­ôbro da área de São Paulo, e nta 200 milhões de toneladas; São Paulo, com a rêde ferro­

melhor do Brasil, movimenta, 10 milhões.

: há uma diferença a notar ao transporte ferroviário , no respeito às deficiências:

L de não poder transportar, e L de não ter o que transportar . rimeira depende, em parte, em relativos, das próprias ferro­as a segunda, não. Elas não c:riar o que transportar, apesar rem em condições de oferecer porte. A densidade de tráfego .co, depende, portanto, da exis­te mercadoria a transportar. E tma condição eliminatória . tue falta, então, no Brasil, é lítica de transporte. Uma polí­llada no conjunto da política .ca, evidentemente, como parte te resultante da política econô­ral do país. Dentro desta polí­ütuaria a função das ferrovias , nas em relação à produção mas aos outros meios de transporte.

lano, as ferrovias deveriam ser :, não apenas isoladamente, nprêsas industriais e comer­anques, mas tornadas rentáveis lá-las do conjunto econômico LS a que servem. Isto não exis­~tanto. Temos o exemplo inte-

da Companhia Paulista, que

RESENHA E OPINiõES 43

desenvolveu as suas linhas dentro de um plano, isto é, estabeleceu a carac­terística pioneira da rodovia, depois substituída por uma estrada de bitola métrica; depois substituída pela de bitola 1,60 m, e depois, pela ferrovia eletrificada. A Companhia Paulista teve também outra função pioneira, pois ligou o prolongamento de suas linhas a uma atividade colonial. E foi pena que êste plano tivesse ficado inu­tilizado, por motivos que não vem a pêlo tratar. Mas é um exemplo. É pre­ciso ligar o transporte ferroviário à zona a que serve e, de qualquer forma, temos de fixar um plano para o sis­tema ferroviário, verificando priorida­des e dando preferência no investi­mento aos grandes troncos ligando grandes mercados. Fora disso não há perspectiva para o parque ferroviário brasileiro. Além disso, devemos estudar as atividades complementares para as ferrovias, que lhes permitam atenuar, ou eliminar, os deficits. É o caso da estrada Santos-Jundiaí, que opera um oleoduto. Vamos ter exemplos nas fer­rovias que operam instalações portuá­rias; nas que operam em mineração, e até nas que operam transporte rodo­viário complementar. Seja qual fôr a causa, em cada caso haverá o estudo de uma saída para atenuar o deficit . Finalmente, é preciso obedecer a uma política que regule o emprêgo do com­bustível, pois que quem produz carvão estranha que as ferrovias não consu­mam carvão. Assistimos, aqui, o nosso companheiro e ilustre técnico, o gene­ral Macedo Soares, lamentar isso, o esquecimento do carvão. É preciso se­guir uma política: se quisermos apro­veitar o carvão, é preciso que isso tenha reflexos na política ferroviá­ria: se a orientação é para a tração elétrica, é preciso ser feita numa forma coerente. É necessária uma política agrária, uma política de mineração, para poder fixar uma política de trans­portes. É preciso também política de tarifas, política de salários, política gerencial, e não política de empreguis­mo. É preciso colocar na gerência das emprêsas de características técnicas, os técnicos. É preciso, ainda, separar o transporte ferroviário a grande dis­tância do transporte suburbano: poderá haver uma subsidiária nos serviços suburbanos, que utilize, por convênio, a via permanente, mas que te,nha con­dições operacionais inteiramente des­ligadas de transporte a grande dis­tância.

É preciso que o govêrno regule os vínculos entre as grandes emprêsas estatais, pois há coisas singulares neste terreno. Por exemplo: a Companhia Siderúrgica Nacional é uma emprêsa estatal que apresenta lucros; dá divi­dendos; a Rêde Ferroviária Federal é uma emprêsa estatal que tem um de­jicit escandaloso; uma de suas estra­das, a Central do Brasil, contribui com uma grande parcela dêsse dejicit, e grande parte do seu d.ejicit é devido a tarifas de privilégio concedidas à Com­panhia Siderúrgica Nacional : o deficit da Central do Brasil foi superior a 11 bilhões de cruzeiros, em 1961; dêsse total, 1 bilhão e seiscentos milhões

·resultaram da tarifa preferencial con­cedida a Volta Redonda. Não parece justo que uma emprêsa apresente lucro, fazendo com que outra apresente de­ficit, sendo ambas do Estado. O Insti­tuto Brasileiro do Café, igualmente, poderia proporcionar às ferrovias do Estado o transporte do café que se destina à armazenagem. o· pôrto de Paranaguá recebe 7 sacas de café por caminhão para cada saca que recebe por trem. Parece que, se não há urgên­cia, cabe a , preferência ao transporte ferroviário.

Mas não é apenas o transporte ferroviário que é subsidiado no Brasil. Todos o são. O marítimo é altamente subsidiado; o rodoviário também é, e até pouco tempo, pela política cambial.

É preciso um planejamento dentro dos têrmos econômicos: uniformização, sob critérios econômicos das bitolas : sistema para as interligações e cone­xões com os portos, permitindo as manobras no tempo e no espaço ; a supressão das desigualdade entre a tração e os vagões, que permitirá aten­der aos deficits de transporte, ate­nuando-os em alguns casos, e em ou­tros, eliminando-os. Finalmente, a revisão e atualização do Regulamento Geral de Transportes permitirá às fer­rovias atenderem melhor aos usuários, e encarar o problema renda de maneira diferente. Ésse regulamento, apesar do nome, é lei. Não pode, portanto, ser alterado por portaria, nem fica ao arbí­trio da emprêsa ferroviária, da rodo­viária, nem do ministro, nem do go­vêrno, estabelecer uma política de transporte que desobedeça às prescri­ções do Regulamento. Isso leverla à barra dos tribunais os usuários preju­dicados, os quais fatalmente teriam ganho de causa. Sem política econô­mica não há política de transportes.

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Divisão do Estado da Guanabara em Municípios*

Meus senhores, não vou fazer pro­priamente uma conferência, nem tam­pouco uma palestra. Vou fazer uma exposição despretensiosa sôbre um pro­blema, que, a meu ver, é fundamental para o estado da Guanabara. É uma ameaça que paira sôbre o estado da Guanabara de, em 1963, por meio de um plebiscito, ser dividido em muni­cípios o que significará uma modifica­ção completa na estrutura político-ad­ministrativa do estado, e de conseqüên­cias político-econômicas imprevisíveis para seu futuro .

Quando se debateu esta questão na Assembléia Constituinte, fiquei alar­mado com o rumo que o problema seguia. De um lado algumas correntes queriam criar no estado um município único, que ficaria em posição subposta ao estado, sob o ponto de vista territo­rial e jurisdicional, apenas com uma distribuição de competência adminis­trativa que seria dificílima de ser aten­dida, . conforme vamos verificar, em seguida .

Sugeri, então, que além de uma definição do que se devia entender por município, fôsse o problema da divisão adiado até 1963.

Quanto à definição de município permaneceu somente um artigo, o de número 52, que diz: "A divisão do es­tado em municípios será condicionada às peculiaridades da região, às condi­ções geo-econômicas, demográficas e financeiras e às possibilidades de ma­nutenção dos serviços públicos muni­cipais".

Essa a conceituação do município dentro de uma concepção moderna, que corresponde, afinal, ao sentido que lhe deu a Constituição, ao exigir para a organização do município o autogovêr-

TEMÍS'l10CLES CAVALCANTI

no e auto-administração bem como a existência de recursos para viver com independência.

Portanto, condições elementares e não respeitadas na maioria dos muni-' cípios brasileiros, é que essa unidade, tenha condições de vida própria, finan­ceiras e também uma população apta a se autodeterminar e criar uma situa­ção de vida econômica e administrativa adequada à prosperidade do homem que vive naquela área.

No meio daquela batalha parla­mentar lembrei-me de uma solução protelatória e que permitisse um estudo mais acurado do problema, que feliz­mente foi aprovada e consignada no "Ato Constitucional das Disposições Transitórias", artigo 8.o parágrafo úni­co, cujos têrmos são os seguintes:

"Art. 8.0 - Dentro de 3 (três) me• ses depois de promulgada a constitui­ção, será criada uma comissão com­posta de 4 (quatro) deputados, indi­cados pelo presidente da Assembléia com aprovação do plenário, igualmente representadas a maioria e minoria, e de 4 (quatro) técnicos, designados pelo governador, para realizar estudos sôbre a organização municipal do estado .

"Art. 9.0 - No dia 21 de abril de 1963, realizar-se-á um plebiscito para decidir, qualquer que seja o parecer da comissão, sôbre a divisão municipal, dêle podendo participar todos os elei-tores inscritos . -

Parágrafo único- No prazo de um mês após a apuração dos resultados do plebiscito, a Assembléia tomará as pro­vidências necessárias ao pleno cumpri­mento da deliberação popular".

Em cumprimento desta determina­ção foi constituída uma comissão dos seguintes deputados: deputado Aliomar

* Extraído de Carta Mensal, órgão do Conselho Técnica da Confederação Nacional do Comércio e da Administração Nacional do Serviço Social do Comércio - março - 1962 - Ano VII - n.• 84 .

Baleeiro, e eu, representa ria; Saldanha Coelho e V: na, representando a min técnicos, designados pelo g estado, os Drs. Prado 1 Xavier e Fábio C'arneiro c

Nossa primeira pre< criar uma comissão de e~ eu convidado para presidi­aluno nosso, muito con: Casa, o Sr. Roberto Dann• mos também uma secção tação, que foi igualmente um funcionário da bibliote bléia.

Essa comissão foi ass alguns técnicos e element estado, e começou imed trabalhar e a reunir matt -se a seguir, a iniciativa levantamento completo s dições do estado da Gu todos os aspectos e pontm pudessem interessar ao e~ téria.

A preocupação da cc de não ter nenhuma idt bida sôbre os resultados 1 chegar. Eu, pessoalmente lho, e os representantes d não trabalham como o obj municípios ou não. Não preocupação final. Nos i de reunião é que começa: sar no assunto. Por enqm de fazer um levantament· extraordinária utilidade I: estado, e para todos qua· realmente, conhecer as estado.

Estamos começando niões com pessoas espe• diversos assuntos de a economia de estado etc., .a a conferência do profE Acióli Borges sôbre est mobilidade social no est nabara. Será uma explic~ tação de um estudo feito Latino Americano de Pes< sôbre estratificação e mo· no estado. Inclusive, se um mapa da população < transformações sucessiv: num período determinad•

Vamos começar por : vir os antigos prefeitos ; quérito o mais completo chegarmos às nossas coJ

A primeira dificuldat tramos, foi, sem dúvida, ção do critério a adot: êsse levantamento, sob o das áreas admirristrativa:

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Guanabara * s

TEMÍSTOCLES CAVALCANTI

.to-administração bem como a ia de recursos para viver com jência. ;anto, condições elementares e >eitadas na maioria dos muni-' rasileiros, é que essa unidade, mdições de vida própria, finan-também uma população apta

odeterminar e criar uma situa­ida econômica e administrativa a à prosperidade do homem ! naquela área. meio daquela batalha paria-lembrei-me de uma solução

ória e que permitisse um estudo urado do problema, que feliz­:oi aprovada e consignada no onstitucional das Disposições irias", artigo 8.0 parágrafo úni­s têrmos são os seguintes: ;. s.o - Dentro de 3 (três) me~ >is de promulgada a Constitui­.·á criada uma comissão com­e 4 (quatro) deputados, indi­elo presidente da Assembléia ·ovação do plenário, igualmente ttadas a maioria e minoria, e tatro) técnicos, designados pelo dor, para realizar estudos sôbre ização municipal do estado . ;. 9.o - No dia 21 de abril de alizar-se-á um plebiscito para qualquer que seja o parecer da o, sôbre a divisão municipal, jendo participar todos os elei­scritos. ágrafo único- No prazo de um is a apuração dos resultados do ;o, a Assembléia tomará as pro­LS necessárias ao pleno cumpri­da deliberação popular". cumprimento desta determina­constituída uma comissão dos

!S deputados: deputado Aliomar

icnico da Confederação Nacional do Comércio - março - 1962 - Ano VII

RESENHA E OPINiõES 45

Baleeiro, e eu, representando a maio­ria; Saldanha Coelho e Valdemar Via­na, representando a minoria, e como técnicos, designados pelo governador do estado, os Drs. Prado Kelly, Rafael Xavier e Fábio Carneiro de Mendonça.

Nossa primeira preocupação foi criar uma comissão de estudos, tendo eu convidado para presidi-la um antigo aluno nosso, muito conhecido desta Casa, o Sr. Roberto Dannemann. Cria­mos também uma secção de documen­tação, que foi igualmente presidida por um funcionário da biblioteca da Assem­bléia .

Essa comissão foi assessorada por alguns técnicos e elementos do próprio estado, e começou imediatamente a trabalhar e a reunir material. Tomou­-se a seguir, a iniciativa de fazer um levantamento completo sôbre as con­dições do estado da Guanabara, sob todos os aspectos e pontos de vista que pudessem interessar ao estudo da ma­téria.

A preocupação da comissão foi a de não ter nenhuma idéia preconce­bida sôbre os resultados a que terá de chegar. Eu, pessoalmente, não traba­lho, e os representantes dessa comissão não trabalham como o objetivo de criar municípios ou não. Não têm qualquer preocupação final. Nos últimos meses de reunião é que começaremos a pen­sar no assunto. Por enquanto tratamos de fazer um levantamento que será de extraordinária utilidade para o próprio estado, e para todos quantos queiram, realmente, conhecer as condições do estadQ.

Estamos começando a fazer reu­niões com pessoas especializadas em diversos assuntos de administração, economia de estado etc., .a começar com a conferência do professor Pompeu Acióli Borges sôbre estratificação e mobilidade social no estado da Gua­nabara. Será uma explicação da adap­tação de um estudo feito pelo "Centro Latino Americano de Pesquisas Sociais" sôbre estratificação e mobilidade social no estado. Inclusive, será preparado um mapa da população do estado e as transformações sucessivas que sofre num período determinado.

Vamos começar por aí; vamos ou­vir os antigos prefeitos; fazer um in­quérito o mais completo possível para chegarmos às nossas conclusões.

A primeira dificuldade que encon­tramos, foi, sem dúvida, a determina­ção do critério a adotar para fazer êsse levantamento, sob o ponto de vista das áreas administrativas no estado.

Como todos sabem, o estado da Guanabara, antigo Distrito Federal, é um verdadeiro caos sob o ponto de vista da divisão administrativa.

Existem, por exemplo, 35 circuns­crições fiscais; 15 inspetorias fiscais mercantis etc. Não há coincidência, em absoluto, na divisão administrativa do estado. Qualquer levantamento será, portanto, extremamente difícil .

Depois do debate dos técnicos re­solveu-se tomar como base a última divisão feita para a divisão judiciária do estado, que tomou como ponto de partida a população coletada no último recenseamento, levando em considera­ção os elementos adiante mencionados .

Tomou-se como ponto de partida, a população residente em 1.0 de setem­bro de 1960, coletada pelo último recen­seamento geral do Brasil. Foram con­sultadas, na elaboração dos estudos, as cartas geográficas do Departamento de Geografia e Estatística do estado, e os documentos cadastrais do Serviço de Coleta da Secretaria-Geral do Conse­lho Nacional de Estatística. Valeu-se ainda o Serviço Nacional de Recensea­mento de informações obtidas no De­partamento de Concessões e no Depar­tamento de Trânsito do estado, e de dados estruturais da divisão adminis­trativa, fiscal e policial do estado. Como subsídio, cotejaram-se informações di­vulgadas através de roteiros de ampla aceitação, como as do Guia R ex .

Os estudos realizados pelo Serviço Nacional de Recenseamento obedece­ram, em relação a cada circunscrição aos seguintes critérios:

1) Equivalência de população; 2) Facilidade de acesso entre as

localidades; · 3) Concomitância de vias de trans­

porte (interligação de localidades e pontos de entroncamento) ;

4) Reunião da área total de cada localidade sob designação aceita no consenso público (bairros, estações fer­roviárias etc.), a fim de facilitar sua identificação.

Procurou-se ainda examinar os as­pectos relacionados à equivalência de área territorial e de receita tributária. Tais elementos exigem investigação mais aprofundada, e poderão ser objeto, se oportuno, de estudo da subcomissão, em colaboração com órgãos competen­tes do estado.

Os trabalhos elaborados pelo Ser­viço Nacional de Recenseamento liga­ram-se ao campo da organização judi­ciária, mais ampla do que a concer-

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46 BOLETIM GEOGRáFICO

nente à divisão administrativa do es­tado, porquanto a esta se sobrepõe.

Na administração Alim Pedro, quando se cogitou de dividir o então Distrito Federal em subprefeituras, o Serviço Nacional de Recenseamento forneceu cópia da divisão dos setores censitários e dos efetivos da população dos mesmos, com base nos instrumentos de coleta do censo demográfico de 1950.

Tomou-se como base essa divisão porque facilitava o nosso trabalho, pois já estava feito num mapa do estado o levantamento aerofotogramétrico, que simplificava bastante o trabalho inicial. Não sei, porém, até onde poderemos manter essa divisão. Entretanto está tudo sendo ajustado a essa divisão ter­ritorial .

O segundo ponto a ser examinado foi o levantamento dos aspectos demo­gráficos, culturais e políticos do estado.

Os aspectos demográficos esten­dem-se pela população presente e resi­dente no estado, segundo a ·densidade demográfica, especificando a área e população:

A) ASPECTOS DEMOGRAFICOS

A1) População presente e população residente.

A2) Densidade demográfica, especifi­cando área e população.

A3) Crescimento demográfico . A4) População presente segundo as

principais características indivi­duais (sexo, idade, côr, religião, estado conjugal, nítcionalidade e situação no domicílio).

A5) Distribuição da população segun­do os quadros urbano, suburbano e rural .

A6) Distribuição da população segundo o ramo de atividade principal.

A7) População em idade econômica­mente ativa .

AS) Composição da família nos qua­dros urbano, suburbano e rural .

A9) Estudo sôbre as favelas (1960).

B) ASPECTOS CULTURAIS

B1) índice de alfabetização. Desenvol-vimento.

B2) Nível de instrução. B3) índices de escolaridade. B4) Ensino público e particular. Distri­

buição da rêde escolar . B5) Ensino pré-primário, primário e

preliminar. Distribuição. B6) Ensino médio, por nível e natureza

do curso. B7) Ensino superior, por nível e natu­

reza do curso .

C) ASPECTOS POLíTICOS

C1) Número e distribuição dos eleito­res.

C2) Estimativa do número de pessoas alfabetizadas de 18 anos e mais, no período 1960/1965.

C3) índices eleitorais prováveis .

É nessa base que estão sendo feitos os estudos demográficos, que aliás já estão bem adiantados, porque o IBGE, até 1960 já dispõe dos dados essenciais.

Quanto aos aspectos culturais, são as bases de alfabetização, níveis de instrução, escolaridade e ensino públi­co e particular; distribuição da rêde escolar; ensino pré-primário; primário e preliminar; distribuição, ensino mé­dio; por nível e natureza do curso; ensino superior, idem, idem, idem.

A Secretaria da Educação já pro­cedeu a um levantamento completo do ensino primário, com todo o plano de educação, dados estatísticos, freqüên­cia etc.

Finalmente, temos o aspecto polí­tico, indicando o número e distribuição de eleitores; estimativa do número de pessoas alfabetizadas -de 18 anos ou mais, no período de 1960/1965; índices eleitorais prováveis.

Isso é muito importante sob o ponto de vista da divisão do estado em municípios, porque em grande parte o problema tem que se basear na popu­lação e nas condições desta para exer­cer o direito político, porque o muni­cípio, hoje, é uma unidade política, e tem que participar do voto .

Outro problema que muito nos preocupa é o levantamento dos servi­ços existentes no estado, que focaliza-remos um pouco mais adiante. '

:Êsses serviços compreendem não somente os de execução direta do es­tado, mas também aquêles que são exe­cutados por particulares, autorizados pelo estado. O levantamento dêsses ser­viços pelas diversas áreas também ·é importante, 'para conhecer-se a possi­bilidade do desenvolvimento das diver­sas zonas do estado .

Como última etapa temos de veri­ficar os recursos financeiros. :Êsse, o ponto fundamental e mais difícil. O município dispõe, atualmente, antes da reforma que está em votação no Con­gresso Nacional, de dois impostos, que são: impôsto predial e impôsto terri­torial e de localização. :Êsses, os prin­cipais impostos, são cobrados nas áreas mais desenvolvidas, mais ricas.

O que existe no estac bara é uma diferença sàmente de densidade mas especialmente de con dessas populações. Os I comparativos feitos ent1 predial, já não digo na zo apenas na zona suburban traram a enorme diferent

Pode-se dizer que o in cobrado em Copacabana 1 índice das condições loc então no estado, se dividi mais municípios, áreas err receita fiscal extremame Umas extremamente pob extremamente ricas. Na bana seria extremamen arrecadação .

Mesmo se se transfer: territorial para uma ár teríamos grandes dificul' pão se poderia lançar o i torial em bases muito el seria antieconômico.

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Não sabemos exatamt êsses índices, mas, incon1 na base dos tributos, não gar a um pensamento qu sôbre a matéria com rel: municípios.

A divisão do estado E vai acarretar também, p1 ticos dos mais graves. Ha, mente aumento nas despe nistrações municipais ; h~ a dificuldade de propag: e problemas políticos qUE tidos dentro do estado, diversas áreas completarr tes, e haverá evidentemt maior influência em detE po político, o que mer1 exame para verificar se conveniência nessa divi uns municípios complet~ nados por alguns polítit outros dominados por pa1 tamente contrários.

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ASPECTOS POLíTICOS

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.imativa do número de pessoas :tbetizadas de 18 anos e mais, período 1960/ 1965.

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essa base que estão sendo feitos :los demográficos, que aliás já ~m adiantados, porque o IBGE, 1 já dispõe dos dados essenciais . mto aos aspectos culturais, são s de alfabetização, níveis de ~o, escolaridade e ensino públi­uticular ; distribuição da rêde

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·acional, de dois impostos, que pôsto predial e impôsto terri­de localização. ftsses, os prin­tpostos, são cobrados nas áreas :envolvidas, mais ricas.

e

RESENHA E OPINiõES 47

O que existe no estado da Guana­bara é uma diferença enorme, não somente de densidade demográfica, mas especialmente de condições de vida dessas populações. Os levantamentos comparativos feitos entre o impôsto predial, já não digo na zona rural, mas apenas na zona suburbana, já demons­traram a enorme diferença que existe.

Pode-se dizer que o impôsto predial cobrado em Copacabana representa um índice das condições locais. Teríamos então no estado, se dividido em dois ou mais municípios, áreas em condições de receita fiscal extremamente variáveis. Umas extremamente pobres e outras extremamente ricas. Na zona subur­bana seria extremamente escassa a arrecadação .

Mesmo se se transferisse o impôsto territorial para uma área municipal teríamos grandes dificuldades, porque :p.ão se poderia lançar o impôsto terri­torial em bases muito elevadas, o que seria antieconômico.

O que existe, na realidade, é uma arrecadação muito diferente nas diver­sas zonas do estado. Ter-se-ia .de fazer uma redistribuição dêsses recursos nas áreas mais pobres .

Talvez seja êste o problema fun­damental; ·o ponto sensível na divisão territorial do estado da Guanabara.

Não sabemos exatamente quais são êsses índices, mas, incontestàvelmente, na base dos tributos, não é difícil che­gar a um pensamento quase definitivo sôbre a matéria com relação a alguns municípios.

A divisão do estado em municípios vai acarretar também, problemas poli­ticos dos mais graves. Haverá evidente­mente aumento nas despesas das admi­nistrações municipais; haverá também a dificuldade de propaganda política, e problemas políticos que vão ser sen­tidos dentro do estado, dividido em diversas áreas completamente diferen­tes, e haverá evidentemente zonas de maior influência em determinado gru­po político, o que merece cuidadoso exame para verificar se há realmente conveniência nessa divisão. Teremos uns municípios completamente domi­nados por alguns políticos, enquanto outros dominados por partidos comple­tamente contrários .

O levantamento das últimas elei­ções pode orientar uma previsão das conseqüências políticas dessa divisão.

Um dos problemas mais difíceis e que representará grande dificuldade na

divisão do estado em municípios é o problema dos serviços públicos; nota­damente o de saber quais os serviços públicos que caberiam nos municípios, caso êsses fôssem criados.

~ sabido que os serviços públicos de eletricidade, água, transportes, es­gôto, e outros, em sua maioria são organizados pelo estado e executados diretamente pelo estado. Quais seriam os resultados dessa divisão? O que caberia, afinal, nessa partilha, aos mu­nicípios? Existe, é verdade, o prece­dente de São Paulo. Seria o caso de examinarmos as conseqüências daquela divisão .

Segundo informações que tenho, sob o ponto de vista da administração municipal e da execução dos serviços, a solução não foi muito boa. São Paulo possui, além de tudo, serviços que são executados na capital diretamente pelo estado, como, por exemplo, o serviço de abastecimento de água. O transporte coletivo da capital é municipal, e é um serviço organizado por uma emprêsa mista, a CMTC, e os resultados são também duvidosos, deficitários perma­nentemente. E a política invadiria tudo completamente .

Vamos tomar como base o levanta­mentos dos serviços público, feito pela Associação Internacional dos Municí­pios da América Latina. Vamos verifi­car quais os serviços públicos que po­derão ficar a cargo do município, no caso de que sejam criados .

Não creio que, como estão êsses serviços organizados, possam os mes­mos ser entregues aos municípios. O serviço de transportes, por exemplo.

Mas é um problema técnico que merecerá a atenção da comissão e será examinado separadamente .

Entretanto, no meio de tôda essa dificuldade, estamos procurando levar o problema municipal para terreno um · pouco diferente do que é geralmente tratado no Brasil, e fazer um estudo para verificar se é possível, dentro dos limites da Constituição Federal, criar outros tipos de municípios, que aten­dam melhor a uma concepção mais técnica, mais administrativa, e menos política - a autonomia municipal.

Imagino, por exemplo, a possibili­dade de criarmos numa área mais de­senvolvida do estado da Guanabara um tipo de município, a exemplo dos mais adiantados do oeste americano, que são organizados sôbre bases técni­cas, e obedecem a uma orientação moderna, atualizada, em que o plane-

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48 BOLETIM GEOGRAFICO

jamento tem uma parte muito impor­tante, restringindo o poder e a compe­tência das Câmaras de Vereadores.

Penso que um estado organizado nessa base poderá, em último recurso, caso um plebiscito não seja orientado por uma solução demagógica, talvez seja uma solução que resolva, em parte, o problema.

O Dr. Prado Kelly formulou alguns quesitos muito interessantes, que tal­vez fôsse útil distribuir a outras pessoas interessadas no problema, que pode­riam responder a êsse questionário. Os quesitos são os seguintes:

1.a questão - Como definir os li­mites da autonomia política, adminis­trativa e financeira dos municípios em face da Constituição Federal?

2.a questão - Como consideraram os estados, em suas Constituições e leis orgânicas, êsses princípios?

3.a questão - Atendendo às pe­culiaridades da Guanabara, quais se­riam as matérias ou serviços da com­petência municipal? Ou quais os cri­térios para identificá-los?

4.a questão - A competência as­sim definida chegaria a justificar uma organização municipal, levando-se em conta a circunstância de que presente­mente serviços de natureza local estão confiados aos poderes públicos esta­duais? Quais as vantagens e inconve­nientes de uma organização estadual descentralizada, simplesmente admi­nistrativa, ou de uma organização mu­nicipal?

Com êsse estudo encaminharemos o problema para uma solução mais objetiva, deixando de lado aquelas fór­mulas puramente teóricas da autono­mia municipal do autogovêrno, auto­-organização e auto-administração dos municípios .

Por outro lado, formularemos ou­tras questões, que também vou subme­ter a pessoas interessadas no assunto, e que são as seguintes:

I -No caso particular da Guana­bara - quais os serviços que deverão ser estaduais - dadas as peculiaridades do estado - e quais os resíduos que devem caber ao(s) município(s) se for (em) criado (s)?

II - Dados os têrmos da Consti­tuição Federal, poderão ser organizados municípios fora dos padrões comuns dos municípios brasileiros? Quais as exigências mínimas e as possibilidades

de estruturas novas adequadas à área de grande densidade demográfica e condições de vida peculiares (Copaca­bana ) ou de densidade e de vida rural ou suburbanas caracteríSticas (Campo Grande, Santa Cruz etc.) ?

III - Estudos comparados - quais os elementos que pode oferecer .

Estêve aqui, há aproximadamente dois anos, o professor inglês Maddick, que fêz uma volta pelos países subde­senvolvidos e estudou as organizações municipais. Estêve em São Paulo, no Paraná, Minas Gerais e no Nordeste .

Depois, em uma mesa redonda or­ganizada aqui no Rio de Janeiro, onde se debateu o problema, uma das coisas que êle achava estranho entre nós era a confusão que existia entre uma mes­ma administração da área rural e urbana. Não compreendia como se po­deria ter um município com área ur­bana e outra rural, administradas pelo mesmo prefeito e pela mesma Câmara de Vereadores. Na sua opinião cada uma dessas áreas devia ter uma admi­nistração própria, com características distintas uma da outra . '

O problema, como se vê, tem múl­tiplos aspectos extremamente compli­cados. Não temos ainda nenhum ele­mento para fazer afirmações. Temos uma experiência das administrações regionais, que têm forma um pouco empírica, pois foram feitas por decre­tos, de maneira que não podem modi­ficar a estrutura da organização admi­nistrativa porque não se pode alterar a competência das autoridades, sendo o administrador regional apenas um co­ordenador com funções que lhe são atribuídas por decreto .

A solução das administrações re­gionais talvez seja uma experiência, que, se der resultado, convencerá a po­pulação do estado da Guanabara de que o problema não deve ser tratado dentro de um espírito puramente polí­tico, mas atendendo realmente à neces­sidade de uma coordenação dos pro­blemas dos estados dentro de uma ati­vidade com um .

O problema do município tem sido tratado, no Brasil, com certas deforma­ções. Porque afinal o município é uma parte da administração do estado; o município é um serviço público do es­tado, apenas descentralizado. São ser­viços locais, mas é o estado quem orga­niza o município.

Em São Paulo o estado faz mais do que isto; despende com os muni-

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•roblema não deve ser tratado le um espírito puramente polí­s atendendo realmente à neces­ie uma coordenação dos pro­:los estados dentro de uma ati­:omum . roblema do município tem sido no Brasil, com certas deforma­rque afinal o município é uma :t administração do estado; o io é um serviço público do es­•enas descentralizado. São ser­:ais, mas é o estado quem orga­nunicípio. São Paulo o estado faz mais isto ; despende com os muni-

RESENHA E OPINiõES 49

cípios importâncias vultosíssimas. Qua­se que a prosperidade dos municípios em São Paulo se deve à iniciativa do govêrno central por meio de auxílio .

Mesmo nos Estados Unidos a sub­venção do govêrno central é que cons­titui a base fundamental dos recursos financeiros dós municípios.

No meu entender, o município tem realmente expressão administrativa da maior importância, mas o seu sentido tem sido deformado por um movimento demagógico, por falta de preparo téc­nico e administrativo, e por falta de uma educação política indispensável para que o município possa prosperar.

O prefeito é o chefe da adminis­tração municipal; é o elemento que está mais em contacto com o cidadão que vive em município. É êle que deve for­necer os elementos fundamentais para dar a êsse homem os meios de vida, o que êle necessita diàriamente para uma vida digna, e isso exige um preparo ou

uma técnica que nos grandes países como a Inglaterra e os EE. UU . foi o segrêdo do sucesso das administrações municipais .

Portanto, meus senhores, todo o cuidado será pouco no trato dêsse as­sunto, que não deve ter solução preci­pitada. Essa divisão virá dificultar a solução dos grandes problemas do es­tado da Guanabara, que apenas inicia sua vida. O estado tem condições de vida para prosperar, mas tudo depende da orientação da administração, e em grande parte, o problema dos municí­pios é que vai resolver qual será o fu­turo dêste estado .

Mais uma vez e agora como pre­sidente da Comissão Mista encarregada de fazer os estudos apelo para os emi­nentes colegas no sentido de que refli­tam e tragam sua colaboração para a solução dêsse problema que considero, em 1962, o problema número 1 do es­tado da Guanabara .

~ Anualmente o Conselho Nacional de Geografia realiza um concurso de monografias de aspectos geográficos municipais, com direito a prêmios. Concorra com os seus estudos geográficos, seus levantamentos, sua documentação.

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Implantação Industrial no B·rasil Sudeste

'Grupo de t r abalho da Divisão de Geografia - Redação de Pedro Pin­chas Geiger .

No segundo trimestre do ano de 1961 foram iniciados os trabalhos do Grupo de Geografia das Indústrias da Divisão de Geografia, sob a orientação geral do Prof. Michel Rochefort . Pro­pôs-se como tema geral ao grupo em questão descobrir as formas de implan­tação dos tipos de centros industriais nas diferentes regiões e analisar os problemas da organização interna do espaço, no interior dos centros indus­triais .

Inicialmente foi considerado mais interessante restringir o trabalho a uma grande região do país, na qual pu­dessem ser aplicados métodos variados de pesquisa necessária à compreensão mais profunda da sua geografia das in­dústrias. Foi escolhida a região conhe­cida como Sudeste do Brasil, que abrange os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Guanabara, Minas Gerais e Espírito Santo, ou seja, aquela em que se registra maior parte da ativida­de industrial brasileira . Posteriormen­te o trabalho deverá ser estendido às outras regiões do país .

Para a região Sudeste do Brasil, o estudo · da geografia das indústrias desdobrou-s'e em duas parte: a primei­ra consistiu num levantamento de da­dos estatísticos, segundo os municípios, através de documentos publicados pelo Conselho Nacional de Estatística e de informações obtidas junto aos agentes municipais de estatistica, para serem transformados em cartogramas, co­brindo a região mencionada; a segun­da consistiu em realizar uma pesquisa direta, um estudo-pilôto, com trabalho · de campo focalizando um dos centros industriais da região Sudeste, expe­riência que deverá ser seguida em ou­tras áreas da região . A escolha para a primeira pesquisa direta recaiu sôbre Juiz de Fora, tradicional centro têxtil de Minas Gerais, tendo sido efetuados os trabalhos de campo em junho de 1961.

Os estudos realizados à base dos dados estatísticos reunidos. já permti­ram caracterizar os diversos tipos de centros industriais, como se verá adiante assim como, delimitar comple­xos e regiões industriais. É evidente que uma série das conclusões decorren­tes da observação direta de Juiz de Fora pode ser estendida a outros cen­t ros industriais pertencentes ao mesmo t ipo . Também parece claro que nova pesquisa direta deverá selecionar, co­mo objeto, um centro industrial per­tencente a outro tipo, ou tôda uma re­gião industrial. '

A) ESTUDO DA REGIÃO SUDESTE Em primeiro lugar, tratou-se de

distinguir as categorias dos centros in­dustriais pela sua grandeza, recorren­do-se à quantidade da mão-de-obra empregada. O critério, naturalmente, está sujeito a críticas e logo surgem questões como: por que não utilizar o valor da produção para determinar a maior ou menor importância do cen­tro? ou então a energia consumida, o volume físico da produção, o capital aplicado, etc.?

Na verdade, quando não se trata de uma pesquisa direta, mediante in- . quéritos nos estabelecimentos que per­mitam revelar as particularidades de cada caso, é difícil comparar, com exa­tidão e sempre, as dimensões dos cen­tros industriais, principalmente quando êstes englobam variados gêneros de indústrias . Exem:Plificando, mil pes­soas ocupadas na indústria têxtil em determinado município não significam a mesma dimensão industrial de mil pessoas ocupadas na indústria química em outro município . Mesmo quando a comparação se faz para um mesmo gê­nero de indústria, nem sempre a quan­tidade da mão-de-obra traduz exata­mente o grau de importância do cen­tro: uma tecelagem moderna empre­gando menos braços pode produzir muito mais e representar um empreen­dimento de grande vulto, enquanto uma tecelagem obsoleta que ocupa mais gente, produz menos .

Outros critérios, que mão-de-obra, apresentarr. seus defeitos . Veja-se o c do valor da produção: em gar, na verdade, o que o: tísticos indicam é o custo acrescido de uma porcen· pelo empresário, o total SI nado de valor da produçã estabelecimento mal Iot apresente custos mais ele' dução, poderá figurar con rior a outro, de mesma melhor localizado; em se como êste valor de prod pender de fatôres tais corr pio, o custo da matéria-]: -se evidente que os dado diversos gêneros de indú~ comparáveis . Ainda maí mesmo gênero de indústri da qualidade dos produt dentemente da dimensão c menta, poderá motivar d valor da produção . Teria sante obter-se para cad segundo os gêneros das inc nas o valor adicionado p mação industrial. Infelizn não se pôde dispor de tai

Também o emprêgo d consumo de energia elétric quado para se comparar g. dústrias diferentes ; o me ao volume físico -da produ te para um mesmo gênerc ressante comparar o volun ção de um município com aí não se verificam as dis das, de ano a ano, motiva fiação, e que surgem quar. pulam dados de valor da J entanto, as publicações est apresentam êstes dados c1 freqüência que os de vale ção. ll:stes últimos, evident' sar de todos os senões, se: como escala de comparai produtos dos diversos gêne; tria do que o volume da 1 pressa em metros quadrad' dos, em unidades para veí1 neladas para aço, etc.

Continua a pergunta: dos critérios. oferece soluç para a mensuração da ativ trial, por que a preferênci -de-obra? Uma resposta E que a estatística do pess deve ser, pelo menos, a n na. Os empresários ocul mente, mais informações nanças ou sôbre a produ1

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B·rasil Sudeste

estudos realizados à base dos estatísticos reunidos. já permti­racterizar os diversos tipos de

industriais, como se verá assim como, delimitar comple­

regiões industriais. É evidente a série das conclusões decorreu-observação direta de Juiz de

>de ser estendida a outros cen­lustriais pertencentes ao mesmo ·ambém parece claro que nova :1. direta deverá selecionar, co­eto, um centro industrial per­e a outro tipo, ou tôda uma re­dustrial. •

TUDO DA REGIÃO SUDESTE primeiro lugar, tratou-se de

1ir as categorias dos centros in­is pela sua grandeza, recorren-3. quantidade da mão-de-obra ada . O critério, naturalmente, jeito a críticas e logo surgem s como: por que não utilizar o .a produção para determinar a ou menor importância do cen­. então a energia consumida, o

físico da produção, o capital o, etc.? verdade, quando não se trata

l pesquisa direta, mediante in- . s nos estabelecimentos que per­revelar as particularidades de

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menos braços pode produzir nais e representar um empreen­o de grande vulto, enquanto uma em obsoleta que ocupa mais produz menos.

RESENHA E OPINIÕES 51

Outros critérios, que não os da mão-de-obra, apresentam também os seus defeitos . Veja-se o caso do exame do valor da produção: em primeiro lu­gar, na verdade, o que os dados esta­tísticos indicam é o custo da produção, acrescido de uma porcentagem fixada pelo empresário, o total sendo denomi­nado de valor da produção. Assim, um estabelecimento mal localizado, que apresente custos mais elevados de pro­dução, poderá figurar com valor supe­rior a outro, de mesmas dimensões, melhor localizado; em segundo lugar, como êste valor de produção vai de­pender de fatôres tais como, por exem­plo, o custo da matéria-prima, torna­-se evidente que os dados relativos a diversos gêneros de indústria não são comparáveis. Ainda mais, para um mesmo gênero de indústria, a variação da qualidade dos produtos, indepen­dentemente da dimensão do estabeleci­mento, poderá motivar diferenças no valor da produção. Teria sido interes­sante obter-se para cada município, segundo os gêneros das indústrias, ape­nas o valor adicionado pela transfor­mação industrial. Infelizmente, porém, não se pôde dispor de tais dados .

Também o emprêgo dos índices de consumo de energia elétrica não é ade­quado para se comparar gêneros de in­dústrias diferentes; o mesmo, quanto ao volume físico -da produção. Somen­te para um mesmo gênero, seria inte­ressante comparar o volume da produ­ção de um município com o de outro; aí não se verificam as distorções rápi­das, de ano a ano, motivadas pela in­flação, e que surgem quando se mani­pulam dados de valor da produção. No entanto, as publicações estatísticas não apresentam êstes dados com a mesma freqüência que os de valor da produ­ção. Éstes últimos, evidentemente, ape­sar de todos os senões, servem melhor como escala de comparação entre os produtos dos diversos gêneros de indús­tria do que o volume da produção ex­pressa em metros quadrados para teci­dos, em unidades para veículos, em to­neladas para aço, etc.

Continua a pergunta: se nenhum dos critérios. oferece solução completa para a mensuração da atividade indus­trial, por que a preferência pela mão­-de-obra? Uma resposta simples diria que a estatística do pessoal ocupado deve ser, pelo menos, a mais fidedig­na . Os empresários ocultam, certa­mente, mais informações sôbre as fi­nanças ou sôbre a produção do esta-

belecimento do que sôbre o número de pessoas empregadas. Porém, existem outras fortes razões: a observação da mão-de-obra envolve outras questões da geografia humana, pois relaciona diretamente a geografia das indústrias com outros setores da geografia, como sejam o da população e o dos serviços,

· e, quase sempre, com a geografia ur­bana.

No que diz respeito à organização do espaço das áreas industrializadas, tem ela muito a ver com a questão da moradia dos operários, técnicos e ad­ministradores, com os problemas de seus abastecimentos, circulação, etc. A população industrial representa parce­la apreciável do total de habitantes de numerosas cidades, como a de São Paulo, por exemplo, e, ao mesmo tem­po, constitui um mercado ponderável. Dêste modo, quando se representam as dimensões da atividade industrial pela quantidade da mão-de-obra, trata-se, não apenas, de ilustrar, um aspecto econômico mas também de sugerir uma série de implicações de ordem geográ­fica .

I - CENTROS INDUSTRIAIS

Um dos primeiros trabalhos da equipe de geografia das indústrias foi relacionar os centros industriais da re­gião Sudeste do Brasil, anotando-se a quantidade de pessoas nêles ocupadas em 1958 . (Provisoriamente, os centros industriais correspondem aos muni­cípios) .

Um gráfico de dispersão permitiu distinguir sete categorias:

1 - Centros com mais de 100 000 pessoas ocupadas nas in­dústrias, representados pelas duas metrópoles de São Paulo e do Rio de Janeiro .

2 - Centros de iO 000 a 100 000 pessoas ocupadas nas indústrias, figurando nesta categoria:

a) os grandes subúrbios in­dustriais da cidade de São Paulo, como Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul . É interessante verificar que o Rio de Janeiro não conta com subúr­bios industriais, tão importantes, aparecendo apenas Niterói como centro de tal categoria:

b) as grandes cidades, algu­mas tradicionais centros indus­triais, como Juiz de Fora, Soroca­ba, Petrópolis e outras. A lista

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52 BOLETIM GEOGRÁFICO

dêste grupo contém a já menciona­da Niterói, Belo Horizonte, Santos, Jundiaí e Campinas ;

c) um nôvo centro industrial planejado e especializado : Volta Redonda . Nota-se que os centros industriais destas primeiras cate­gorias aparecem em dois agrupa­mentos, um em tôrno do Rio de Janeiro, outro em tôrno de São Paulo, figurando isolado Belo Ho­rizonte .

3 - Centros de 4 000 a 10 000 pessoas. Nesta categoria figuram .

a) subúrbios ou satélites das grandes metrópoles, como Moji das Cruzes ou Nova Iguaçu ;

b). um ou outro importante centro regional, como Ribeirão Prêto ;

c) algum centro industrial tradicional, como o de Nova Fri­burgo, ou, por vêzes, rejuvenescido, como o de Taubaté;

d) centros da zona metalúr­gica de Minas Gerais como João Monlevade e Coronel Fabriciano . Campos figura nesta categoria de­vido à importância de suas usinas açucareiras .

4 - Centros de 2 200 a 4 000 pessoas .

5 - Centros de 1 200 a 2 200 pessoas .

6 - Centros de 850 a 1 200 pessoas .

7 - Centros de 250 a 850 pes­soas . A distribuição no cartograma mos­

tra o ·agrupamento dos centros mais importantes (até a 4.a categoria) .

a) em tôrno de São Paulo; b) num eixo que se estende

de São Paulo para noroeste, pas­sando por Campinas, Limeira e Ri­beirão Prêto .

c) no eixo do vale do Pa­raíba;

d) em tôrno do Rio · de Ja­neiro ;

e) no eixo - Juiz de Fora; f) num eixo oeste-leste, de

Divinópolis e Coronel Fabriciano, com centro em Belo Horizonte.

II - A DISTRIBUIÇÃO DA MÃO-DE­-OBRA SEGUNDO O GÊNERO

DAS INDúSTRIAS Foram utilizados os dados do vo­

lume Produção Industrial do Conselho Nacional de Estatística relativos ao ano

de 1958 na organização de um carta­grama . Para cada município, foram desenhados símbolos correspondentes aos gêneros de indústrias, de tamanho proporcional à quantidade de pessoas ocupadas; uma série de gêneros foi reunida sob a denominação de "diver­sos" . Em alguns casos, quando a área dos municípios era muito pequena e a quantidade da mão-de-obra numerosa, foram somados os dados de municípios contíguos. Assim, por exemplo, os da­dos daqueles localizados em tôrno do de São Paulo, respectivamente, os dos municípios situados ao sul, a leste, ao norte e a oeste da metrópole, e que constituem verdadeiros subúrbios da capital paulista, foram reunidos em quatro grupos.

Neste cartograma, salta logo à vis­ta a desproporção entre as duas enor­mes concentrações correspondentes às áreas metropolitanas de São Paulo e do Rio de Janeiro e os demais centros industriais . Aparece nítida a superio­ridade do pólo constituído por São Paulo em todos os gêneros de in­dústria.

Reconhece-se também, de imedia­to, a possibilidade de dividir a grande região em duas outras separadas pelo vazio representado pelo sul de Minas e suas adjacências: uma integrada pe­lo estado de São Paulo e o chamado Triângulo Mineiro; a outra composta pela Guanabara, estado do Rio de Ja­neiro, zona da mata de Minas Gerais, zona de Belo Horizonte e alguns mu­nicípios do Espírito Santo. Um eixo de centros industriais une os dois conjun­tos pelo vale do Paraíba .

Na região que contém o grande pólo paulista, esboça-se uma faixa de centros industriais que se estende de Santos para noroeste, ao longo das principais vias de comunicação, pas­sando por Campinas, Limeira e Ribei­rão Prêto . Esta faixa constitui-se de um tronco entre Santos e Campinas, apresentando depois ramificações la­terais . Nela se verifica certa densida­de de centros industriais, situados ao longo das linhas de transporte , obser­vando-se a gradual diminuiçã.o da ati­vidade industrial a partir da cidade de São Paulo para o interior .

Na região que engloba o Rio de Ja­neiro, há maior dispersão e, ao longo dos grandes eixos de circulação, não existe densidade semelhante à obser­vada na região de São Paulo . Assim, a existência de uma relativa concentra­ção em tôrno de Belo Horizonte, suge-

R ESI

re, mesmo, o reconhecimento d região independente, para a á1 tuada à volta da capital mineir

1 -A REGIÃO DO ESTAI SÃO PAULO - É fácil verificai os limites do estado de Minas cem como fronteira viva, no 1 do contraste que se observa entrt zio industrial dêste estado e a trialização de São Paulo.

No setor paulista distingue-1 área, em tôrno da capital, cuja ça se manifesta pelos centros s: e por aquêles que contornam o São Paulo . Alguns municípios indústria têxtil tradicional à q somaram estabelecimentos das fases industriais . Na direção d do Paraíba, a irradiação recente dústrias a partir da cidade de Sã lo se propaga até Taubaté, em 1

industriais relativamente impor1 Taubaté aparece, então, como 1 te de uma organização industria melhança de São Paulo, em , acentua o realce das indústrias siderúrgicas, mecânica, de com e montagem, química e farmac e de minerais não metálicos .

A presença esporádica, em 1 ro, da indústria de construção f tagem, e da mecânica, deve eo gada ao fato de ser êste municí1 portante entroncamento ferrovi:

No eixo da Companhia Paul Estradas de Ferro formaram-s trds com uma organização que ser bem mais semelhante à c Paulo. Nota-se também que a tria de alimentos e bebidas assu lêvo nesta área e também nc nicípios limítrofes . Nesta zona, dústria mecânica aparece aind vigor, podendo-se estabelecer-I: limite em São Carlos, numa se~ de diminuição progressiva a pa Campinas - Piracicaba - Lim1 indústria têxtil toma grande n Americana, completando-se con vestuário em Limeira .

Na direção de Sorocaba, no predomínio evidente do ramo que ainda aparece como o mf portante, do ponto de vista da rr -obra. l\ estas indústrias, jun as metalurgicas, em ordem desc: te, a partir de Sorocaba e em a Campinas, passando por Itu e

Quanto à indústria química macêutica, pode-se notar sua i ção, a partir de São Paulo. mas : do para zonas cuja evoluÇão inc é recente .

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: na organização de um carta-Para cada município, foram

tdos símbolos correspondentes teros de indústrias, de tamanho :ional à quantidade de pessoas as; uma série de gêneros foi 1 sob a denominação de "diver­m alguns casos, quando a área nicípios era muito pequena e a lade da mão-de-obra numerosa, somados os dados de municípios tos. Assim, por exemplo, os da­ctueles localizados em tôrno do Paulo, respectivamente, os dos

pios situados ao sul, a leste, ao ~ a oeste da metrópole, e que 1em verdadeiros subúrbios da

paulista, foram reunidos em grupos. ;te cartograma, salta logo à vis­)Sproporção entre as duas enor­•ncentrações correspondentes às metropolitanas de São Paulo e de Janeiro e os demais centros

·iais . Aparece nítida a superio-do pólo constituído por São

em todos os gêneros de in-

conhece-se também, de imedia­•ossibilidade de dividir a grande em duas outras separadas pelo

~epresentado pelo sul de Minas adjacências: uma integrada pe­.do de São Paulo e o chamado ulo Mineiro; a outra composta uanabara, estado do Rio de Ja­zona da mata de Minas Gerais, le Belo Horizonte e alguns mu­s do Espírito Santo. Um eixo de ~ industriais une os dois conjun­.o vale do Paraíba. . região que contém o grande aulista, esboça-se uma faixa de ~ industriais que se estende de

para noroeste, ao longo das )ais vias de comunicação, pas­por Campinas, Limeira e Ribei­:êto . Esta faixa constitui-se de :mco entre Santos e Campinas, ntando depois ramificações la-

Nela se verifica certa densida­centros industriais, situados ao

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la região de São Paulo. Assim, a 1cia de uma relativa concentra­a tôrno de Belo Horizonte, suge-

RESENHA E OPINIÕES 53

re, mesmo, o reconhecimento de uma região independente, para a área si­tuada à volta da capital mineira .

1 - A REGIÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO - É fácil verificar como os limites do estado de Minas apare­cem como fronteira viva, no sentido do contraste que se observa entre o va­zio industrial dêste estado e a indus­trialização de São Paulo.

No setor paulista distingue-se uma área, em tôrno da capital, cuja pujan­ça se manifesta pelos centros satélites e por aquêles que contornam o grande São Paulo. Alguns municípios têm a indústria têxtil tradicional à qual se somaram estabelecimentos das novas fases industriais . Na direção do vale do Paraíba, a irradiação recente de in­dústrias a partir da cidade de São Pau­lo se propaga até Taubaté, em centros industriais relativamente importantes. Taubaté aparece, então, como o limi­te de uma organização industrial à se­melhança de São Paulo, em que se acentua o realce das indústrias têxteis siderúrgicas, mecânica, de construção e montagem, química e farmacêutica, e de minerais não metálicos .

A presença esporádica, em Cruzei­ro, da indústria de construção e mon­tagem, e da mecânica, deve estar li­gada ao fato de ser êste município im­portante entroncamento ferroviário .

No eixo da Companhia Paulista de Estradas de Ferro formaram-se cen­trds com uma organização que parece ser bem mais semelhante à de São Paulo . Nota-se também que a indús­tria de alimentos e bebidas assume re­lêvo nesta área e também nos mu­nicípios limítrofes . Nesta zona, a in­dústria mecânica aparece ainda com vigor, podendo-se estabelecer-lhe um limite em São Carlos, numa seqüência de diminuição progressiva a partir de Campinas - Piracicaba - Limeira . A indústria têxtil toma grande vulto em Americana, completando-se com a de vestuário em Limeira .

Na direção de Sorocaba, nota-se o predomínio evidente do ramo têxtil, que ainda aparece como o mais im­portante, do ponto de vista da mão-de­-obra . A estas indústrias, juntam-se as metalúrgicas, em ordem descrescen­te, a partir de Sorocaba e em direção a Campinas, passando por Itu e Salto .

Quanto à indústria química e far­macêutica, pode-se notar sua irradia­ção, a partir de São Paulo, mas seguin­do para zonas cuja evolução industrial é recente .

O ramo da Estrada de Ferro Mo­jiana apresenta certa continuidade de centros, onde as indústrias compare­cem de maneira bastante diversificada, porém com importância relativa menor.

Quanto a Santos, notamos predo­minância do setor alimentos, enquan­to a indústria química de Cubatão es­tabelece 'uma ponte de ligação com a organização metropolitana de São Paulo .

A oeste da linha Botucatu-Jaú e a noroeste de Ribeirão Prêto, a região do estado de São Paulo apresenta sensível modificação na sua fisionomia, carac­terizada pela queda de importância do gênero têxtil e pelo domínio amplo da indústria de alimentos. Certamente, êste aspecto se relaciona a uma fase histórica distinta, quando da ocupa­ção do território, e à instalação de in­dústrias de beneficiamento de produtos agrícolas à retaguarda de zonas, que, até bem pouco tempo, eram pioneiras .

Os centros industriais no oeste de São Paulo alinham-se em três eixos, a partir de Bauru, que correspondem às linhas de comunicação que seguem a orientação dos espgiões; salientam­-se entre êles Lins, Araçatuba e An­dradina, Marília e Tupã; Assis e Pre­sidente Prudente . No extremo ociden­tal a presença da indústria madeirei­ra é constante . Bauru porta de en­trada desta região apresenta fisiono­mia particular, com suas importantes indústrias têxtil e de construção e montagem .

Um vazio situa-se entre a linha da E . F . Noroeste do Brasil e a linha de centros industriais que vai de Arara­quara a Barretos, caracterizada pela indústria de alimentos. Barretos é centro frigorífico de carne.

2 - A REGIÃO FLUMINENSE-MI­NEIRA - Na área metropolitana do estado da Guanabara observa-se certo equilíbrio na representação de vários gêneros de indústria, repetido de certa forma nos centros fluminenses que fa­zem parte desta área, como Nova ·Igua­çu, São Gonçalo, Niterói e Duque de Caxias.

Distinguem-se dois eixos que irra­diam desta concentração maior : um dirige-se para o vale do Paraíba e ou­tro segue pela estrada União e Indús­tria até Juiz de Fora. Os centros que formam os eixos irradiantes da Gua­nabara, diferentemente do que acon­tece em São Paulo, não se apresentam semelhantes à organização do centro principal .

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54 BOLETIM GEOGRÁFICO

No eixo do vale do Paraíba, salien­ta-se a indústria metalúrgica de Volta Redonda, presente também nos muní­cípios de Barra do Piraí, Mendes, Vas­souras e Resende. Nota-se, neste eixo, certa constância no aparecimento do setor de indústria de bebidas e ali­mentos .

O eixo Majé-Petrópolis-Juiz de Fora apresenta êstes centros com fi­sionomia idêntica, caracterizada pelo realce do setor têxtil e pela repetição de outros gêneros de indústrias, me­nos importantes, como seja os de ali­mentos, metalurgia .

Esta fisionomia, aliás, repete-se nos principais centros da zona da ma­ta, como Cataguases, Leopoldina. Além Paraíba e no de Nova Friburgo, assim como em Barbacena e São João d'El Rei . Dêstes todos é Juiz de Fora o cen­tro mais importante .

No sul de Minas os pequenos cen­tros de Itajubá e Alfenas conservam igualmente a mencionada fisionomia. Nesta área observa-se forte dispersão de pequenos centros e, como já foi di­to, no conjunto a atividade industrial aí pouco significa; distinguem-se dos outros, Poços de Caldas, Varginha e Três Corações .

A indústria têxtil apresenta tam­bém uma área de localização situada em tôrno de Belo Horizonte . Ao nor­te e oeste desta cidade, ainda se re­conhece um trecho caracterizado por centros têxteis como Diamantina, Cur­velo, Pará de Minas; no entanto, ou­tro trecho ao longo de um eixo les­te-oeste, de que Belo Horizonte é centro, apresenta esta atividade têx­til conjugada ou superada pela ativi­dade metalúrgica. Além disso salien­tam-se grandes centros puramente me­talúrgicos, como Coronel Fabriciano, resultando desta forma uma área de iorte concentração desta atividade in­dustrial.

Na zona da antiga mineração, apa­rece com realce a indústria extrativa mineral, enquanto em Conselheiro La­faiete, assume maior importância a in­dústria de construção e montagem de material de transporte .

Na região fluminense-mineira, ou­tra zona é constituída pelo norte do es­tado do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Governador Valadares. Nesta apa­recem pequenos centros têxteis acom­panhados de outras atividades indus­triais conforme o trecho considerado no norte do estado do Rio de Janeiro, Yerifica-se o predomínio amplo da in-

dústria de alimentos (usina de açú­car); e, em Colatina e Governador Valadares, o da indústria madeireira.

III - A HIERARQUIA DOS CENTROS INDUSTRIAIS

Inicialmente foi feita a análise da estrutura dos centros industriais. Pa­ra cada centro, foram agrupados os es­tabelecimentos, segundo as dimensões e segundo os gêneros de indústria. As class~s dos estabelecimentos, seguindo padroes do Conselho Nacional de Esta­tística, foram as seguintes: a) de 1 a 10 pessoas ocupadas; b) de 11 a 50; c) de 51 a 100; d) de 101 a 250; e) de 251 a 500; f) de mais de 500. Organi­zaram-se gráficos onde, para cada classe, aparece a quantidade de esta­belecimentos, diferenciados por côr segundo o gênero das indústrias. '

O exame dos gráficos permitiu dis­tinguir diversos padrões que servem de base para uma classificação dos cen-tros nêles representados . ·

Seis principais categorias hierár­quicas foram realçadas, dando-se valor hierárquico maior ou menor aos cen­tros, do ponto de vista da estrutura in­dustrial, segundo a maior ou menor importância dos grandes estabeleci­mentos.

Obtidas as categorias, foram elas representadas num cartograma por símbolos distintos, cuja dimensão é proporcional à mão-de-obra total do município. Côres foram empregadas para distinguir subcategorias .

A observação dêste cartograma le­va às seguintes reflexões:

1 - A categoria hierárquica mais elevada (1.0 ) parece corresponder a centros onde o setor industrial repre­senta a principal atividade econômi­ca local, a segunda equivale a centros onde a atividade industrial é dominan­te, porém, acompanhada pelo desen­volvimento do setor terciário; na ter­ceira categoria é ampla a predominân­cia, em número dos pequenos estabele­cimentos, mantendo-se, entretanto, a presença dos grandes . Observa-se a in­clusão, nesta categoria, das cidades mais importantes da região, caracte­rizadas pelo maior realce do setor ter­ciário. Em relação às cidades muito grandes, nota-se que, com a tendên­cia à industrialização na periferia, formam-se, à sua volta, centros de maior hierarquia do ponto de vista da estrutura industrial. As categorias in­feriores a 3° correspondem a centros

industriais nos quais vão des1 d? progressivamente os granc dws estabelecimentos.

2 - A distribuição dos cE ~undo ll;S categorias permite , areas diferenciadas .

a) - No estado de São Inicialmente, pode-se dividir dade em duas partes separ uma ~inha Barretos-Ar~raquar -Ourmhos. A ocidente dom centros de baixa hierarquia · conce?tra-se a esmagador~ das figuras de hierarquia su.r , Na metade oriental observ area alongada, formada esser te de figuras de categoria 2 centrada em tôrno da região lo-Campinas. Esta mancha e de maneira contínua desde o José dos Campos Jacareí · Cr~~es e Santos, ~ Sorocaba: ~OJiguaçu e Araras ao norté ClCaba, a ~. A maior figur ponde a Sao Paulo, superior de Campinas, ambas de cat1 ~ e~ifica-se certa semelhança • J SIÇaO dOS diversos centros, em ambas; centros de categoria pam-se em tôrno dos de cat, As figuras de categoria 3 corrE em geral a cidades mais imp mais antigas; as de categoria bam centros industriais mais (como Santo André São Caeta tros rejuvenescidos' pela indu ção (Moji das Cruzes) e cent gos estagnados (Sorocaba)

É interessante observar· qu riferia desta área comparec mando um cêrco, pequenos c• categoria 1, como Pôrto Feli quea~a, Iracemápolis, Mojigt racaia e Caçapava. O único cE portante, Mauá encontra-se n• mesmo da referida área.

A partir desta mancha fi categorias 2 e 3, que dimÍm gressivamente de tamanho ramificações em vários sentid distingue-se uma linha sinuos guintes centros de categoria 3 çu~13nga, .são .Carlos, Araraqu: beirao Preto, mfletindo para J para NW Botucatu, Mineiros e Bauru; a E- os centros d< Pa~aíb~, em que os de catego mais Importantes, como T1 Cruzeiro; na Sorocabana, 2 centros de hierarquia 2 em I Tatuí.

. Centros de hierarquia inf· qmrem suas maiores propor

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ia de alimentos (usina de açú­e, em Colatina e Governador

lares, o da indústria madeireira .

· A HIERARQUIA DOS CENTROS INDUSTRIAIS

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lr diversos padrões que servem de para uma classificação dos cen-têles representados. · eis principais categorias hierár­; foram realçadas, dando-se valor ~quico maior .ou menor aos cen­io ponto de vista da estrutura in­ia!, segundo a maior ou menor -tância dos grandes estabeleci­JS. btidas as categorias, foram elas ;entadas num cartograma por •los distintos, cuja dimensão é rcional à mão-de-obra total do :ípio . Côres foram empregadas distinguir subcategorias. observação dêste cartograma !e­seguintes reflexões: - A categoria hierárquica mais

la (l.O) parece corresponder a Js onde o setor indu~trial repre-

a principal atividade econômi­:al, a segunda equivale a centros a atividade industrial é dominan­>rém, acompanhada· pelo desen­lento do setor terciário; na ter­categoria é ampla a predominân­n número dos pequenos estabele­.tos, mantendo-se, entretanto, a 1ça dos grandes . Observa-se a in­'• nesta categoria, das cidades importantes da região, caracte­~s pelo maior realce do setor ter­. Em relação às cidades muito es, nota-se que, com a tendên­t industrialização na periferia, .m-se, à sua volta, centros de hierarquia do ponto de vista da

ura industrial. As categorias in­es a 3° correspondem a centros

RESENHA E OPINiõES 55

industriais nos quais vão desaparecen­do progressivamente os grandes e mé­dios estabelecimentos .

2 - A distribuição dos centros se­gundo as categorias permite distinguir áreas diferenciadas .

a) - No estado de São Paulo -Inicialmente, pode-se dividir esta uni­dade em duas partes, separadas por uma linha Barretos-Araraquara-Bauru­-Ourinhos . A ocidente dominam os centros de baixa hierarquia; a oriente concentra-se a esmagadora maioria das figuras de hierarquia superior .

Na metade oriental observa-se uma área alongada, formada essencialmen­te de figuras de categoria 2 e 3 con­centrada em tôrno da região São Pau­lo-Campinas. Esta mancha estende-se de maneira contínua desde o eixo São José dos Campos, Jacareí, Moji das Cruzes e Santos, a Sorocaba, a oeste, Mojiguaçu e Araras ao norte, e Pira­cicaba, a NW . A maior figura corres­ponde a São Paulo, superior à figura de Campinas, ambas de categoria 3 . Verifica-se certa semelhança·na dispo­sição dos diversos centros, em tôrno de ambas; centros de categoria 2 agru­pam-se em tôrno dos de categoria 3 . As figuras de categoria 3 correspondem em geral a cidades mais importantes; mais antigas ; as de categoria 2 englo­bam centros industriais mais recentes (como Santo André, São Caetano) cen­tros rejuvenescidos pela industrializa­ção (Moji das Cruzes) e centros anti­gos estagnados (Sorocaba).

É interessante observar que, na pe­riferia desta área, comparecem, for­mando um cêrco, pequenos centros de categoria 1, como Pôrto Feliz, Char­queada, Iracemápolis, Mojiguaçu, Pi­racaia e Caçapava. O único centro im­portante, Mauá encontra-se no interior mesmo da referida área.

A partir desta mancha, figuras de categorias 2 e 3, que diminuem pro­gressivamente de tamanho, formam ramificações em vários sentidos: ao N distingue-se uma linha sinuosa dos se­guintes centros de categoria 3 - Pira­çununga, São Carlos, Araraquara e Ri­beirão Prêto, infletindo para Barretos ; para NW Botucatu, Mineiros do Tietê e Bauru; a E- os centros do vale do Paraíba, em que os de categoria 2 são mais importantes, como Taubaté e Cruzeiro ; na Sorocabana, 2 pequenos centros de hierarquia 2 em Itapeva e Tatuí.

Centros de hierarquia inferior ad­quirem suas maiores proporções em

tôrno desta área, estendendo-se até Poços de Caldas, em Minas .

Pode-se distinguir um eixo destas categorias desde Araguari, Uberlân­dia e Uberaba em Minas até Franca e Ribeirão Vermelho no N do estado de São Paulo .

No planalto ocidental paulista, em meio à uniformidade dos centros de categoria inferior nota-se a presença de Andradina, centro de categoria 3, situado numa recente zona pioneira que avança para Mato Grosso . Um centro de categoria 4 aparece em Ara­çatuba pesta mesma faixa . Os maio­res centros de categoria 5 e 6 parecem corresponder a cidades que adquiri­ram posição de centros regionais de certa importância na retaguarda das antigas frentes pioneiras, como Marí­lia, São José do Rio Prêto, Catanduva. Aí se introduziram estabelecimentos industriais de beneficiamento de pro­dutos agrícolas .

b) A região do Rio de Janeiro e seus arredores.

A concentração assume aspecto di­verso do que ocorre em São Paulo ; ve­rifica-se a existência de mancha cons­tituída de centros de categoria 3 in­cluindo Rio de Janeiro, Niteroi, São Gonçalo, Petrópolis e Juiz de Fora que divide duas~ áreas de centros de cate­goria 2. Uma, na direção do vale do Paraíba apresenta-se concentrada, com indústrias pesadas, salientando-se Volta Redonda; a outra mais dispersa estendendo-se de São João d'El Rei a Campos apresenta antigos centros têx­teis e centros de indústria de alimen­tos incluindo-se Barbacena, Catagua­ses, Além Paraíba, São Fidélis .

c) - A região de Belo Horizonte . Caracteriza-se pela quantidade de

centros de categoria 1, fato que se re­laciona com a presença das usinas si­derúrgicas : Belo Horizonte, grande centro regional, é, conforme a regra, centro industrial de categoria 3; à sua volta são numerosos os centros de ca­tegoria 1 e 2, sendo que de categoria 3 aparecem Itabirito e Ponte Nova . Os maiores centros de categoria 1, sem incluir o subúrbio de Contagem, locali­zam-se na direção leste da capital mi­neira, na zona metalúrgica, até Coronel Fabriciano ; nas outras direções os cen­tros de categoria 1 são de dimensões reduzidas - (Caetanópolis, Gouveia , Pará de Minas, Pitangui) . Para oeste passa-se ràpidamente a centros de hierarquia inferior, mas de alguma

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56 BOLETIM GEOGRÁFICO

dimensão, como Divinópolis e Itaúna · Lagoa da Prata é centro de categoria 2'.

d) Outras regiões . No sul de Minas, no Espírito San­

to, no norte de Minas Gerais, o que se observa é a larga dominância dos cen­tros da última categoria, de número 6. No sul de Minas, distinguem-se em categoria mais expressiva: Paraguaçu, Alfenas, Passos, Pratápolis e Varginha : nas outras regiões: Bocaiuva, Governa­dor Valadares, Nanuque, Vitória .

IV- TIPOLOGIA DOS CENTROS

A classificação dos centros in­dustriais segundo tipos, pressupõe um conhecimento analítico profundo dês­tes centros . A caracterização de tipo vai considerar as dimensões do centro industrial ; o tamanho dos estabeleci­mentos que exprime a concentracão técnica e que fornecerá, como foi vis­to, uma hierarquia industrial; as di­mensões das emprêsas e sua localiza­ção ou não no centro industrial, assim como a relação entre número de em­prêsas e número de estabelecimentos ; os gêneros de atividades industriais do centro que pode ser especializado ou não em determinado produto; a evolução histórica do centro industrial e mesmo a forma de sua organização do espaço.

Sem a pesquisa direta, é difícil reunir todos êstes elementos necessá­rios ao conhecimento dos centros in­dustriais, para uma classificação com­plexa em tipos. O Grupo de Geografia das Indústrias, por exemplo, não con­seguiu reunir, através da pesquisa bi­bliográfica, material suficiente para o estudo das origens do capital dos cen­tros industriais da relação entre · em­prêsas e estabelecimentos e da locali­zação das emprêsas. Apenas, no estu­do-pilôto de Juiz de Fora a pesquisa direta permitiu seguir por êstes cami­nhos . No entanto, reunindo a análise dos centros industriais quanto à ca­tegoria hierárquica, à análise dêstes centros, quanto aos gêneros de produ­ção, foi possível esboçar uma primeira classificação, simples, de tipos de cen­tro .

J á foi visto o processo de análise da categoria hierárquica ; quanto à análise do tipo procedeu-se da seguin­te forma: calculou-se a porcentagem da mão-de-obra empregada no gênero da indústria mais numerosa de cada centro sôbre a mão-de-obra total do centro . Quando esta porcentagem era

superior a 50% o centro foi considerado de monoindústria; os centros mono­industriais se dividiam em 3 catego­rias segundo a porcentagem fôsse maior que 90 %, maior que 75% ou me­nor que 75 %. Em oposição aos cen­tros de monoinqústria, têm-se os cen­tros de polindústria. Ainda se verifi­cou o caso de gêneros de indústria aproximados (por exemplo, têxteis e vestuário) monopolizarem a maioria da mão-de-obra e se designaram tais centros de mono grupos .

Organizou-se um cartograma da tipologia dos centros . :t!:stes estão re­presentados por símbolos de acôrdo com a hierarquia, tal como no carta­grama anteriormente comentado; do mesmo modo, a dimensão dos símbolos reflete a quantidade total da mão-de­-obra empregada. Os símbolos levam côres indicativas das categorias segun­do se trata de centros monoindustriais ou polindustriais .

O cartograma, como os anteriores salienta a distinção existente entre ;_ região pa~lista e a fluminense-mi­n~ira.

1 - Na região paulista, a polin­dústria domina francamente, tanto na parte oriental, caracterizada pelos grandes núcleos industriais, quanto no planalto ocidental, e nos principais centros do Triângulo Mineiro. É inte­ressante notar que até mesmo os cen­tJ.:OS de categoria hierárquica 3, 2 e 1 sao, na sua maioria, polindustriais. A região da metrópole paulistana, com seus satélites e subúrbios forma com a de Campinas um núcleo compacto de centros poindústriais, entre os quais se salientam Santo André, Guarulhos, Mauá, Moji das Cruzes, Jundiaí e ou­tros .

A monoindústria na região paulista corresponde sobretudo a algumas anti­gas cidades industriais, como Sorocaba, Jaú, Mojiguaçu; já Americana é um núcleo nôvo, de monoindústria têxtil ; no vale do Paraíba, onde existem ve­lhos centros, a monoindústria também é freqüente ; já no planalto ocidental, ela ocorre nos menores dos pequenos centros .

2 - Na região fluminense-mineira, ao contrário da paulista, a maioria dos centros é da categoria das monoin­dústrias . A área metropolitana do Rio de Janeiro, incluídos os centros de Ni­terói e São Gonçalo, é de polindús­tria; envolvem-na, porém, centros em sua maioria monoindustriais. Perten­cem a esta categoria os velhos centros

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dimensão, como Divinópolis e Itaúna; Lagoa da Prata é centro de categoria 2.

d) Outras regiões . No sul de Minas, no Espírito San­

to, no norte de Minas Gerais, o que se observa é a larga dominância dos cen­tros da última categoria, de número 6. No sul de Minas, distinguem-se em categoria mais expressiva: Paraguaçu, Alfenas, Passos, Pratápolis e Varginha : nas outras regiões: Bocaiuva, Governa­dor Valadares, Nanuque, Vitória.

IV - TIPOLOGIA DOS CENTROS

A classificação dos centros in­dustriais segundo tipos, pressupÕe um conhecimento analítico profundo dês­tes centros. A caracterização de tipo vai considerar as dimensões do centro industrial; o tamanho dos estabeleci­mentos que exprime a concentração técnica e que fornecerá, como foi vis­to, uma hierarquia industrial; as di­mensões das emprêsas e sua localiza­ção ou não no centro industrial, assim como a relação entre número de em­prêsas e número de · estabelecimentos; os gêneros de atividades industriais do centro que pode ser especializado ou não em determinado produto; a evolução histórica do centro industrial e mesmo a forma de sua organização do espaço.

Sem a pesquisa direta, é difícil reunir todos êstes elementos necessá­rios ao conhecimento dos centros in­dustriais, para uma classificação com­plexa em tipos. o Grupo de Geografia das Indústrias, por exemplo, não con­seguiu reunir, através da pesquisa bi­bliográfica, material suficiente para o estudo das origens do capital dos cen­tros industriais da relação entre em­prêsas e estabelecimentos e da locali­zação das emprêsas . Apenas, no estu­do-pilôto de Juiz de Fora a pesquisa direta permitiu seguir por êstes cami­nhos. No entanto, reunindo a análise dos centros industriais quanto à ca­tegoria hierárquica, à análise dê.stes centros, quanto aos gêneros de produ­ção, foi possível esboçar uma primeira classificação, simples, de tipos de cen­tro.

Já foi visto o processo de análise da categoria hierárquica; quanto à análise do tipo procedeu-se da seguin­te forma: calculou-se a porcentagem da mão-de-obra empregada no gênero da indústria mais numerosa de cada centro sôbre a mão-de-obra total do centro . Quando esta porcentagem era

superior a 50 % o centro foi considerado de monoindústria ; os centros mono­industriais se dividiam em 3 catego­rias segundo a porcentagem fôsse maior que 90 %, maior que 75% ou me­nor que 75 %. Em oposição aos cen­tros de monoinctústria, têm-se os cen­tros de polindústria. Ainda se verifi­cou o caso de gêneros de indústria aproximados (por exemplo, têxteis e vestuário) monopolizarem a maioria da mão-de-obra e se designaram tais centros de monogrupos.

Organizou-se um cartograma da tipologia dos centros. l!:stes estão re­presentados por símbolos de acôrdo com a hierarquia, tal como no carta­grama anteriormente comentado; do mesmo modo, a dimensão dos símbolos reflete a quantidade total da mão-de­-obra empregada . Os símbolos levam côres indicativas das categorias segun­do se trata de centros monoindustriais ou polindustriais.

O cartograma, como os anteriores, salienta a distinção existente entre a região pa~lista e a fluminense-mi­n~ira.

1 - Na região paulista, a polin­dústria domina francamente, tanto na parte oriental, caracterizada pelos grandes núcleos industriais, quanto no planalto ocidental, e nos principais centros do Triângulo Mineiro. É inte­ressante notar que até mesmo os cen­tros de categoria hierárquica 3, 2 e 1 são, na sua maioria, polindustriais. A região da metrópole paulistana, com seus satélites e subúrbios forma com a de Campinas um núcleo compacto de centros poindústriais, entre os quais se salientam Santo André, Guarulhos, Mauá, Moji das Cruzes, Jundiaí e ou­tros .

A monoindústria na região paulista corresponde sobretudo a algumas anti­gas cidades industriais, como Sorocaba, Jaú, Mojiguaçu; já Americana é um núcleo nôvo, de monoindústria têxtil; no vale do Paraíba, onde existem ve­lhos centros, a monoindústria também é freqüente; já no planalto ocidental, ela ocorre nos menores dos pequenos centros .

2 - Na região fluminense-mineira, ao contrário da paulista, a maioria dos centros é da .categoria das monoin­dústrias . A área metropolitana do Rio de Janeiro , incluídos os centros de Ni­terói e São Gonçalo, é de polindús­tria; envolvem-na, porém, centros em sua maioria monoindustriais. Perten­cem a esta categoria os velhos centros

BRASIL SUDESTE

REGIÕES, COMPLEXOS E CENTROS

INDUSTRIAIS

1958

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RESENHA E OPINIÕES 57

têxteis (de hierarquia 3) como Petró­polis, Juiz de Fora, Nova Friburgo, e outros de hierarquia superior (2) como São João d'El Rei, Barbacena, Cata­guases, Além Paraíba, bem como de agroindústria, de Campos e São Fidé­lis . No vale do Paraíba, são monoin­dustriais Barra Mansa e, mais inten­samente, Volta Redonda . Também os centros mais importantes do sul de Mi­nas são monoindustriais.

A tipologia dos centros em tôrno de Belo Horizonte se assemelha à que caracteriza a região industrial centra­lizada pelo estado da Guanabara : a polindústria ocorre na· capital mi­neira, no seu subúrbio de Contagem e em mais alguns centros de alta hierar­quia devido à combinação de ativida­des têxteis e siderúrgicas. Esta man­cha é penetrada e envolvida por cen­tros relativamente grandes muitos dos quais de hierarquia superior (1) , de ti­po monoindustrial. A monoindústria é intensa nos centros siderúrgicos, me­nos intensa nos velhos centros têxteis.

Observa-se de maneira geral a li­gação da polindústria com os cen­tros urbanos mais importantes . Quan­do ocorre nos núcleos menores, póde significar maior centralidade dos mes­mos, dentro de suas regiões, possivel­mente graças à existência de diversi­ficação na atividade industrial .

Na monoindústria, a categoria cor­respondente aos 90 % parece ocorrer em importantes centros de industriali­zação recente, com forte especializa­ção e em centros muito pequenos, onde, às vêzes, esta categoria exprime a presença de um único gênero de in­dústria.

Quanto aos tipos correspondentes a 75 % e 50%, relacionam-se, geral­mente, a núcleos mais antigos, sobre­tudo têxteis, ou a velhos centros em fase de rejuvenescimento .

V - EVOLUÇAO DOS CENTROS INDUSTRIAIS

Uma primeira apreciação sôbre a evolução dos centros industriais foi realizada com o exame do ritmo de crescimento dos mesmos entre 1940 e 1958, com base na quantidade de mão­-de-obra empregada. Foram utilizados dados censitários de 1940 e 1950 e os de Registro Industrial de 1958. Estabele­ceram-se curvas de evolução para os· diversos centros e, de acôrdo com o ta­manho de cada um e a curvatura de seus gráficos foram êles classificados

num determinado padrão de evolução . Em alguns casos, como o de São Paulo e o de Volta Redonda, foi observado grande crescimento, em aceleração. Em outros, registrou-se respectivamen­te pequeno crescimento contínuo, esta­bilidade ou decadência . Centros hou­ve, também, que acusaram estágio ini­cial de decadência seguido de rejuve­nescimento, ou, ao contrário, uma fase de declínio sucedendo a outra de ex­pansão .

í:stes diferentes padrões de evolu­ção dos centros industriais figuram em um dos cartogramas organizados pelo Grupo de Trabalho. Nêle, círculos de tamanho variável, segundo a mão-de­-obra empregada, foram coloridos de acôrdo com o modo de evolução de ca­da centro .

Chama a atenção, em primeiro lu­gar, o eixo que segue desde a área me­tropolitana de São Paulo, na direção de noroeste, até Ribeirão Prêto . Cons­tituem-no grandes centros alguns em forte crescimento com aceleração, ou­tros apenas em crescimento com ace­leração. Nota-se em tôrno dos centros maiores a localização de outros carac­terizados por um crescimento modera­do ou de pequeno crescimento .

~ste aspecto é muito nítido no ali­nhamento que se estende de São Paulo a Limeira . Mais além, aparecem al­guns centros em decadência como Ara­raquara. É interessante observar que o alinhamento acima corresponde à zo­na compacta de centros polindus­triais de hierarquia 3 ou superior . Em tôrno dêste eixo existe uma série de pequenos centros estáveis ou decaden­tes, porém, a seu lado, surge um gru­pamento importante de centros maio­res em decadência, na área de Soro­caba . Na direção do vale do Paraíba, observam-se centros estáveis entre 1940 e 1950, que passaram a crescer fortemente no período de 1950-58, com irradiação do ·movimento industrial que partiu de São Paulo e dos quais o melhor exemplo é Taubaté . No planal­to ocidental paulista, a importância de Bauru, como capital regional, reflete­-se também em seu crescimento indus­trial. Alguns pequenos centros neste setor assinalam expansão recente, ou­tros, estabilidade, e outros mais, deca­dência. Isto se relaciona com o benefi­ciamento de produtos agrícolas locais ; os centros regionais mais importantes, com exceção de poucos (Marília por exemplo) , acusam crescimento .

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58 BOLETIM GEOGRAFICO

A área metropolitana da Guana­bara apresenta-se bem diversa da área de São Paulo. A cidade do Rio de Ja­neiro registra ligeiro crescimento en­tre 1950 e 1958 . Depois de sensível crescimento entre 1940 e 1950 Niterói declinou . Expansão contínua se obser­va, contudo, nas novas áreas industriais da periferia da aglomeração, em Ca­xias e Nova Iguaçu. São Gonçalo, ao contrário, encontra-se estagnada .

O crescimento verificado no vale do Paraíba também é intenso entre Barra do Piraí e Barra Mansa, já atin­gindo Resende e Cruzeiro. Não obstan­te, tanto os pequenos centros da zona serrana, a exemplo de Mendes, quanto os grandes centros tradicionais de mo­noindústria entre os quais, Petrópolis ou Juiz de Fora, encontram-se estag­nados ou em decadência . Esta é a si­tuação geral na zona da mata, no sul de Minas, em Campos, Cachoeiro do Itapemirim e Vitória . O mesmo se ob­serva em Nanuque e Governador Va­ladares. Na área situada entre Juiz de Fora e Belo Horizonte. Barbacena, São João d'El Rei e Conselheiro Lafaiete passaram de centros estáveis a deca­dentes.

Na região de Belo Horizonte d~s­põem-se os centros, como vimos acima, segundo dois eixos que se cruzam na capital mineira. o eixo norte-sul, de Curvelo a Conselheiro Lafaiete, apre­senta centros menores dos quais alguns têxteis, em sua maioria estáveis ou de­cadentes . O eixo leste-oeste, de Coro­nel Fabriciano a Lagoa da Prata é constituído por centros maiores, todos em franco crescimento . Alguns dentre êles, encontravam-se em decadência ou estagnados no período 1940-1950 e foram posteriormente rejuvenescidos com a implantação da indústria meta­lúrgica que é o elemento dinamizador nesta área. A própria Belo Horizonte e principalmente, Contagem acusam c~escimento no período focalizado .

Em conclusão verifica-se uma si­tuação dinâmica no tão falado eixo montado sôbre a área metropolitana de São Paulo, com reflexos para o '.'ale do Paraíba . O mesmo se verifica no trecho situado em tôrno de Volta Re­donda e nos subúrbios setentrionais do Rio de Janeiro bem como no eixo les­te-oeste que passa sôbre Belo Hori­zonte.

VI- ESTUDO PARTICULAR DE CADA Gl!:NERO DE INDúSTRIA

Foi necessário realizar em separa­do uma série de observações para cada gênero de indústria, o que decorreu, entre outras razões, do fato de o esta­belecimento médio dos centros indus­triais só ter sentido quando efetuado para determinada indústria .

Além disso, o mapeamento de um gênero de atividade industrial isola­damente permite a compreensão fácil da localização geográfica do mesmo, dos problemas de localização da ma­téria-prima ou dos mercados .

Veja-se, por exemplo, o caso da in­dústria metalúrgica. Está concentrada em três áreas importantes: a primeira localiza-se em tôrno de São Paulo; ou­tra envolve a área do Rio de Janeiro e a de Volta Redonda enquanto a últi­ma se situa na zona metalúrgica da região de Belo Horizonte. O número de pessoas ocupadas foi dividido para cada centro pelo de estabelecimentos obtendo-se, assim, a "média" do pes­soal ocupada por estabelecimento. Ve­rifica-se, por exemplo, que embora a cidade de· São Paulo possua a maior quantidade de pessoas ocupadas na in­dústria metalúrgica esta, no entanto, encontra-se dispersa em numerosos es­tabelecimentos em sua maioria peque­nos Nos subúrbios e satélites da me­tróPole paulistana registam-se médias mais elevadas por estabelecimento. Volta Redonda, por sua vez, apresenta tantas pessoas ocupadas na metalurgia quanto o Rio de Janeiro, porém, nest~ , a média é de 11 a 50 por estabeleci­mento e naquela, mais de 2 500 .

Mapas idênticos para outros gêne­ros de indústria, foram elaborados pelo Grupo de Trabalho. A indústria têxtil por exemplo, caracteriza-se pela sua maior difusão pela média elevada de pessoal ocupado em pequenos e anti­gos centros e pela média relati':_amente baixa de seu principal núcleo, Sao ~au­lo, ou de um centro nôvo como Ame­ricana .

VII - OUTROS ESTUDOS

O estudo das relações dos centros industriais com as diversas regiões do Brasil e com os países estrangeiros, através da origem dos capitais, da cir­culação da matéria-prima ou das mer­cadorias elaboradas, ou, então, pela origem da mão-de-obra, foi mais difícil de ser realizado, e a pesquisa a êle

R

relativa ainda não se acha t O problema consistiu na fal mentos bibliográficos e na < de se dar um sentido quanti tatístico, às informações ge1 níveis. Além disso, na pesqu ta, tais informações não for~ para todos os municípios, o < impossível a organização de mas para o conjunto da reg te. O programa do Grupo d< prevê, com base na pesquisa a efeito, a seleção dos princ tros ou a tipos de centros I messa de questionários mai~ sos com o propósito de mel recer as relações dos centr triais com as regiões geogr: pecto essencial da geografia · trias. Quanto ao estudo da ção interna dos centros i faz-se ainda mais necessária sa direta, a qual já foi inicia< de Fora.

VIII - SíNTESE GEOGB COMPLEXOS INDUSTRIA GióES INDUSTRIAIS, CE

INDUSTRIAIS

Na região Sudeste do Br: guem-se dois complexos i: expressão definida por Charc Types de Complexes Industr sendo de áreas nas quais se : estabelecimentos industriais, dos, a presença de uns, atr tros, onde o volume da pro1 quire grandes proporções e o a indústria de base ou de be1 dução.

A aglomeração de São P: os seus centros satélites, c1 principal complexo brasileirt urbano. É mais importante J

me da produção, variedade dE e fôrça de expansão.

A aglomeração do Rio d constitui complexo de tipo ur tuário. A indústria da const: val, pioneira nesta área, reJ tempos atuais .

Volta Redonda constitui de outro complexo industrial na política de independência ca nacional; uma série de E mentos vêm-se integrando J do vale do Paraíba, de Barr~ a Crtizeiro .

A zona metalúrgica int Belo Horizonte - Contagen talvez, a designação de com

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. FICO

l:STUDO PARTICULAR DE CADA Gli:NERO DE INDúSTRIA

>i necessário realizar em separa­.a série de observações para cada > de indústria, o que decorreu, outras razões, do fato de o esta­nento médio dos centros indus­só ter sentido quando efetuado ieterminada indústria . ém disso, o mapeamento de um > de atividade industrial isola­tte permite a compreensão fácil ~alização geográfica do mesmo, mblemas de localização da ma­>rima ou dos mercados . !ja-se, por exemplo, o caso da in­\ metalúrgica . Está concentrada !s áreas importantes : a primeira a-se em tôrno de São Paulo; ou­.volve a área do Rio de Jan~iro Volta Redonda enquanto a últi­situa na zona metalúrgica da de Belo Horizonte . O número

:soas ocupadas foi dividido para ~entro pelo de estabelecimentos lo-se, assim, a "média" do pes­mpada por estabelecimento. V e­se, por exemplo, que embora a

de· São Paulo possua a maior dade de pessoas ocupadas na in­L metalúrgica esta, no entanto, ;ra-se dispersa em numerosos es­~imentos em sua maioria peque­Tos subúrbios e satélites da me­~ paulistana registam-se médias elevadas por estabelecimento .

Redonda, por sua vez, apresenta pessoas ocupadas na metalurgia

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Lpas idênticos para outros gêne­indústria, foram elaborados pelo de Trabalho . A indústria têxtil

:emplo, caracteriza-se pela sua difusão, pela média elevada de l ocupado em pequenos e anti­ltros e pela média relativamente ie seu principal núcleo, São ~au­de um centro nôvo como Aine-

V"II - OUTROS ESTUDOS

estudo das relações dos centros :iais com as diversas regiões do e com os países estrangeiros,

> da origem dos capitais, da cir­> da matéria-prima ou das mer­LS elaboradas, ou, então, pela da mão-de-obra, foi mais difícil realizado, e a pesquisa a êle

RESENHA E OPINiõES 59

relativa ainda não se acha terminada. O problema consistiu na falta de ele­mentos bibliográficos e na dificuldade de se dar um sentido quantitativo, es­tatístico, às informações gerais dispo­níveis . Além disso, na pesquisa indire­ta, tais informações não foram obtidas para todos os municípios, o que tornou impossível a organização de cartogra­mas para o conjunto da região Sudes­te. O programa do Grupo de Trabalho prevê, com base na pesquisa, já levada a efeito, a seleção dos principais cen­tros ou a tipos de centros para a re­messa de questionários mais minucio­sos com o propósito de melhor escla­recer as relações dos centros indus­triais com as regiões geográficas, , as­pecto essencial da geografia das indús­trias . Quanto ao estudo da organiza­ção interna dos centros industriais, faz-se ainda mais necessária a pesqui­sa direta, a qual já foi iniciada em Juiz de Fora .

VIII - SíNTESE GEOGRAFICA : COMPLEXOS INDUSTRIAIS, RE­GiõES INDUSTRIAIS, CENTROS

INDUSTRIAIS

Na região Sudeste do Brasil distin­guem-se dois complexos industriais, expressão definida por Chardonnet, em Types de Complexes Industriels, como sendo de áreas nas quais se acumulam estabelecimentos industriais, interliga­dos, a presença de uns, atraindo ou­tros, onde o volume da produção ad­quire grandes proporções e onde existe a indústria de base ou de bens de pro­dução.

A aglomeração de São Paulo, mais os seus centros satélites, constitui o principal complexo brasileiro de tipo urbano. É mais importante pelo volu­me da produção, variedade de produtos e fôrça de expansão .

A aglomeração do Rio de Janeiro constitui complexo de tipo urbano-por­tuário . A indústria da construção na­val, pioneira nesta área, renasce nos tempos atuais.

Volta Redonda constitui o germe de outro complexo industrial, fundado na política de independência econômi­ca nacional ; uma série de estabeleci­mentos vêm-se integrando no trecho do vale do Paraíba, de Barra do Piraí a Cruzeiro.

A zona metalúrgica incluindo-se Belo Horizonte - Contagem merece, talvez, a designação de complexo in-

dustrial que seria de base física, rela­cionado à ocorrência do minério de ferro.

A região industrial significa uma extensão territorial e relativamente ampla na qual se difundiram impor­tantes atividades industriais; compre­ende uma densidade de centros indus­triais e caracteriza-se por tipos de centros industriais .

Ao lado do complexo industrial de São Paulo, observa-se um~ região in­dustrial estendendo-se de Jundiaí a Piracicaba e Araras, tendo Campinas como principal centro urbano ; nesta região se encontram grandes centros de polindústria', sendo notável o se­tor da indústria mecânica . Trata-se de uma área em grande expansão eco­nômica . Ao sul desta região, outro tre­cho de influência paulistana, que in­t eressa os centros de Sorocaba, Itu, Salto e outros, contém centros têxteis, se encontra pouco dinamizado e não se organizou em região. A projeção do complexo de São Paulo se estende tam­bém pelo vale do Paraíba a Taubaté, com tendência à estruturação de ou­tra região em tôrno da atividade in­dustrial. li:ste trecho do vale apresen­ta velhos têxteis, mas a nova indús­tria penetra na região e já Taubaté é centro de .polindústria .

Ao norte do complexo da Guana­bara, uma região geográfica que en­globa áreas fluminenses e mineiras ca­racteriza-se pelos centros monoindus­triais têxteis como Juiz de Fora, Pe­trópolis, Nova Friburgo, Leopoldina, Cataguases, Majé e outros . São cen­tros estáveis ou decadentes ; nesta área não se chegou a estruturar uma região industrial.

Centros industriais são centros urbanos nos quais se localizaram esta­belecimentos industriais, ou que se cria­ram em tôrno de uma ou de várias fá­bricas. Podem aparecer isolados no in­terior de região agrícola. Centros indus­triais importantes são representados por capitais regionais do interior de S . Paulo, como Ribeirão Prêto, Bauru . A oeste da região industrial de Campi­nas, esboça-se a formação de outra re­gião industrial de centros polindus­triais, como São Carlos, Ribeirão Prêto, Araraquara .

No oeste de São Paulo os peque­nos centros industriais localizados nas principais cidades são polindustriais, ao contrário do que se verifica na maioria dos casos do território do "ve­lho" Sudeste mineiro-fluminense .

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60 BOLETIM GEOGRAFICO

B - O ESTUDO DIRETO DE JUIZ DE FORA

A pesquisa de campo em Juiz de Fora consistiu em:

a ) descrição e obtenção de informações nos estabelecimentos e emprêsas industriais;

b) coleta de dados bibliográ­ficos, históricos e estatísticos em fontes locais;

c) obtenção de informações a respeito da população obreira nos sindicatos e outras instituições que funcionam localmente;

d) estudo da organização in­terna do centro urbano em relação à atividade industrial.

1 - A pesquisa a fábricas e sedes de emprêsas procurou foc~lizar a ori­gem dos capitais, a relaçao entre es­tabelecimentos e emprêsas e o histó­rico dos mesmos. Estendeu-se à ori­gem da maquinaria e às possibili~a­des de sua renovação com base na In­dústria mecânica brasileira. Deteve-se nos problemas de ener~i~ e á~ua, no fornecimento das matenas-pnmas e seu transporte. Considerou o nível téc­nico da indústria, os mercados e o transporte dos produtos . Cuidou, tam­bém dos assuntos referentes à mão-de­-obra, no que diz respei~o à residê~­cia, qualificação, _n~turahdade , e assi­duidade dos o per anos .

Observou-se a localização da in­dústria no centro urbano, e a constru­ção dos estabelecim~~tos indust_ri~is, a existência de escritonos comerciais em outro enderêço ou em outras cidades, bem como a possível relação com esta­belecimentos situados em outras loca­lidades.

2 - As informações concernentes à mão-de-obra seriam controladas pelos dados obtidos no sindicatos_ e no SESI. Também se visou. à obtençao ~e informações sôbre possiVel desempre­go ou carência de mão-de-obra, bem como sôbre o número de pessoas tra­balhando por família, etc .

3 _ Informações sôbre emprêsas e estabelecimentos foram colig!da~ em instituições locais, como a Agencia de Estatística e o Centro Industrial de Juiz de Fora .

4 - Quanto à organização interna da cidade, foram reunidos eleme~tos relativos à circulação de passageiros de bondes ônibus e trens suburbanos; dados sôb~e as ligações interdistritais

por ônibus e trens e mesmo as que se fazem com municípios vizinhos à vida industrial de Juiz de Fora, como é o caso de Matias Barbosa. E~tu~ou-se também o problema da vanaçao do preço dos terrenos na área de .Juiz de Fora e os relativos aos serviços da cidade.

5 - Entrevistas foram obtidas com personalidade~ locais, anti~o~ morado­res intelectuais ou empresanos para a obtenção de documentos hi~tóricos . e informações sôbre a evoluçao da CI­dade.

Atualmente, o material recolhidc;> por ocasião da pesquisa de campo esta sendo elaborado com o fim de prepa­rar-se uma monografia sôbre o cen­tro industrial de Juiz de Fora. No en­tanto, já se podem j~ntar a~gumas im­pressões às observaçoes realizadas com base nos estudos gerais sôbre o Sudeste do Brasil e, assim, apresentar uma pri­meira caracterização de Juiz de Fora como tipo de centro industrial .

A estreita relação que existiu entre a evolução da cidade de Juiz de Fora e a instalação de indústria na mesma pode ser compreendida quando se. v~­rifica a localização da grande mawna dos estabelecimentos, inclusive amplas construções fabris, na parte central da cidade que hoje abriga mais de cem mil habitantes. Por outro lado, a au­sência de maior concentração indus­trial em áreas periféricas de Juiz de Fora' mostra o amortecimento do pro­cesso industrial nesta aglomeração.

A indústria atual de Juiz de Fora resultou, antes de tudo de um esfô~ço de sua burguesia. A esmagadora m!l~o­ria das emprêsas pertence a famillas locais que as fundaram e as sedes das mêsmas encontram-se em Juiz de Fora. A introdução da indústria nos fins do século passado, faz parte d_aql!-ele P!O­cesso de disseminaçao de fabncas tex­teis em que se empolgavam brasileiros progressistas da época . A figura de um pioneiro como Bernardo Ma~.ca;e­nhas representou, no plano mineiro, algo como Mauá no_ Rio de Ja~ei:o . En­contrando condiçoes favoraveis em Juiz de Fora, o processo. industri~l to­mou vulto, interessando a burguesia lo­cal em crescimento .

Entre as condições favoráveis, que levavam Juiz de Fora a se salien~ar extraordinàriamente como centro 1n- 1 dustrial numa determinada época, fi­guravam a instalação da primei~a usi­na hidrelétrica do Brasil, aproveltan~o uma queda do rio Paraibuna; a sua h-

gaQãO com o Rio de Ja meira grande estrada União e Indústria, logo gação ferroviária; a int mentos estrangeiros, in' trabalhar na construçã nas oficinas do materia: pois para constituir u:m cola . Ao lado na tradi< têxtil, outros gêneros in senvolveram relacionad da entrada de eleme como as cervejarias, o indústrias mecânicas . .

Os impulsos de que atingiram o Brasil meiras décadas do séct nados com as crises ec diais que afetaram a ag portação, tiveram em grande expressão. De ros de indústria a de : gem sobressai pela mai capital · e pelo núme ocupadas, conferindo a ção monoindustrial. N de Fora, de certo mod1 gem das fases mais n cesso industrial do Br: atual caracteriza-se no de concentração em ce1 se pode deduzir das obE dem geral sôbre o Bras: sentadas anteriormente de São Paulo, do vale ( Belo Horizonte as que, registram maior crescir trialização caminha sô vestimentas realizados grupos nacionais, estr: iniciativa estatal. Juiz não interessou fortemeJ pos. Além disso, outro jôgo; o esfôrço estatal l trou-se na região de sua capital planejada, não contou com o estír mento tão importante r nômica moderna. Outn teriormente favoráveif existir persistindo a p1 local de produção de 1 e centro industrial em sofrer deficiência no s e a evolução das comm tro lado, tirou-lhe o minai de excelente estl

Não significam tod: derações que Juiz de Fo tro inerte, decadente. dos pelo setor têxtil m ra mundial permitiram sões para modernizaçã

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FICO

ibus e trens e mesmo as que se com municípios vizinhos à vida ial de Juiz de Fora, como é o e Matias Barbosa. Estudou-se n o problema da variação do los terrenos na área de Juiz de ! os relativos aos serviços da

- Entrevistas foram obtidas com :tlidades locais, antigos morado­;electuais ou empresários para a io de documentos históricos e ações sôbre a evolução da ci-

mlmente, o material recolhido tsião da pesquisa de campo está elaborado com o fim de prepa­uma monografia sôbre o cen­.ustrial de Juiz de Fora. No en­já se podem juntar algumas im­~s às observações realizadas com lS estudos gerais sôbre o Sudeste sil e, assim, apresentar uma pri­caracterização de Juiz de Fora ipo de centro industrial . ~streita relação que existiu entre tção da cidade de Juiz de Fora e :tlação de indústria na mesma er compreendida quando se ve­:t localização da grande maioria ;abelecimentos, inclusive amplas 1ções fabris, na parte central da que hoje abriga mais de cem

.bitantes. Por outro lado, a au-de maior concentração indus­

~m áreas periféricas de Juiz de nostra o amortecimento do pro­.ndustrial nesta aglomeração . indústria atual de Juiz de Fora ·U, antes de tudo de um esfôrço burguesia. A esmagadora maio-

s emprêsas pertence a famílias que as fundaram e as sedes das .s encontram-se em Juiz de Fora . Jdução da indústria nos fins do passado, faz parte daquele pro­le disseminação de fábricas têx-1 que se empolgavam brasileiros ssistas da época . A figura de um ·o como Bernardo Mascare­representou, no plano mineiro, •mo Mauá no Rio de Janeiro. En­ndo condições favoráveis em e Fora, o processo industrial to­tilto, interessando à burguesia lo­. crescimento . ttre as condições favoráveis , que m Juiz de Fora a se salientar rdinàriamente como centro in- ' tl numa determinada época, fi­<m a instalação da primeira usi­lrelétrica do Brasil, aproveitando ueda do rio Paraibuna; a sua li-

RESENHA E OPINIOES 61

gação com o Rio de Janeiro pela pri­meira grande estrada carroçável, a União e Indústria, logo seguida pela li­gação ferroviária ; a introdução de ele­mentos estrangeiros, inicialmente para trabalhar na construção da rodovia e nas oficinas do material rodoviário, de­pois para constituir uma colônia agrí­cola . Ao lado na tradicional indústria

4 têxtil, outros gêneros industriais se de­senvolveram relacionados à influência da entrada de elementos europeus, como as cervejarias, os curtumes, as indústrias mecânicas . .

Os impulsos de industrialização que atingiram o Brasil nas duas pri­meiras décadas do século XX, relacio­nados com as crises econômicas mun­diais que afetaram a agricultura de ex­portação, tiveram em Juiz de Fora grande expressão . De todos os gêne­ros de indústria a de fiação e tecela­gem sobressai pela maior aplicação de capital e pelo número de pessoas ocupadas, conferindo ao centro a fei­ção monoindustrial. No entanto, Juiz de Fora, de certo modo, ficou à mar­gem das fases mais recentes do pro­cesso industrial do Brasil. O período atual caracteriza-se no país pela gran­de concentração em certas áreas, como se pode deduzir das observações de or­dem geral sôbre o Brasil Sudeste apre­sentadas anteriormente. São as regiões de São Paulo, do vale do Paraíba e de Belo Horizonte as que, na fase atual, registram maior crescimento. A indus­trialização caminha sôbre pesados in­vestimentos realizados por poderosos grupos nacionais, estrangeiros ou da iniciativa estatal. Juiz de Fora ainda não interessou fortemente a êstes gru­pos. Além disso, outro fator entrou em jôgo; o esfôrço estatal mineiro concen­trou-se na região de Belo Horizonte, sua capital planejada, e Juiz de Fora não contou com o estímulo oficial ele­mento tão importante na evolução eco­nômica moderna. Outras condições an­teriormente favoráveis deixaram de existir persistindo a pequena emprêsa local de produção de energia elétrica, e centro industrial em estudo passou a sofrer deficiência no setor da energia e a evolução das comunicações por ou­tro lado, tirou-lhe o caráter de ter­minal de excelente estrada .

Não significam todavia estas consi­derações que Juiz de Fora seja um cen­tro inerte, decadente. Os lucros obti­dos pelo setor têxtil na segunda guer­ra mundial permitiram algumas inver­sões para modernização de estabeleci-

mentos . No entanto, em relação ao passado e ao ritmo de desenvolvimen­to dos demais centros industriais do Brasil, Juiz de Fora não conseguiu manter sua posição .

A burguesia industrial local não consegue dar-lhe maior impulso, não se registrando, a não ser excepcional­mente a entrada de novos capitais . Aliás, com exceção dos bancos oficiais, não existe um sistema bancário que fi­nancie a longo prazo aos elementos lo­cais os investimentos industriais que se tornam necessários . Centro mono'­industrial têxtil Juiz de Fora, possui, em grande parte, instalações obsoletas ; a modernização da maquinaria de fia­ção é especialmente onerosa porque de­pende de importação do estrangeiro . Estabelece-se o círculo vicioso: por ser obsoleta, a indústria é menos lucrati­va; por ser menos lucrativa, ela não se moderniza. Ela também não se re­nova pela transferência de capitais pa­ra grandes centros urbanos, atraídos pela especulação imobiliária.

Um aspecto a ser mencionado é o da difusão do emprêgo de fios iutifi­ciais em Juiz de Fora . Com a segunda guerra mundial, fechados os mercados fornecedores estrangeiros, multiplica­ram-se os pequenos estabelecimentos de malharia e meias . A tradicional indústria de meias, ligada à coloniza­ção européia, acusou recentemente grande incremento . No entanto, esta indústria vai-se subordinando a São Paulo que lhe fornece fios artificiais e máquinas.

Assim, em Juiz de Fora, cidade sempre ligada ao Rio de Janeiro, sob todos os aspectos, pois mesmo as gran­des fábricas têm na metrópole carioca escritórios de vendas observa-se agora, no setor industrial, a influência cres­cente da gigantesca metrópole paulis­ta . A penetração toma outras formas : capitais paulistas já começam a obser­var estabelecimentos em Juiz de Fora, tecelagens, como malharias . Sente-se que neste campo, Juiz de Fora está evo­luindo e se manterá como centro im­portante .

Quanto às funções de relações, Juiz de Fora constituiu-se como centro re­gional de primeira categoria (vide tra­balhos do Grupo de Geografia Urbana) e, tomando consciência de sua gran­deza como cidade, elementos represen­tativos da população local, para que ela não seja ultrapassada no que diz respeito à atividade industrial, promo-

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62 BOLETIM GEOGR A FICO

veram verdadeira campanha neste sen­tido . · Com a interligação dos sistemas elétricos, o problema de· energia se re­solve; terrenos pouco utilizados nos arrabaldes são apontados para desa­propriação e posterior instalação . de centros satélites ; são solicitadas me­lhorias para as estradas que ligam Juiz de Fora com a zona da mata, assim como, lutam as classes dirigentes pela abertura de nova rodovia para o sul de Minas, onde a influência da cidade pouco penetra .

Pode ser previsto um rejuvenesci­mento industrial para Juiz de Fora, dentro do atual processo de dissemina­ção das indústrias, partindo dos gran­des centros já congestionados em pro­cura de locais apropriados à consti­tuição de satélites . caso, isto venha a ocorrer, Juiz de Fora, se modificará como tipo de centro industrial e suas ligações, ao que parece, não se mante­rão tão fortes com o Rio de Janeiro, devido à maior participação de São Paulo .

A organização do espaço no cen­tro industrial também acusa transfor­mações recentes, seja pela instalação de novos estabelecimentos, na atual periferia da cidade, seja pela transfe­rência de antigas fábricas, ora em mo­dernização . Já a tecelagem Bernardo Mascarenhas admite a possibilidade de sair do centro da cidade, onde a ativi­dade terciária, exigindo sempr.e mais espaço, já foi responsável pelo apare­cimento de edifícios de muitos an­dares .

Atualmente, predomina ainda a lo­calização de grande número de esta­belecimentos fabris nas partes mais centrais da cidade . A mão-de-obra ocupada nestas indústrias espalha-se por todo o conjunto urbano. Já as áreas de localização industrial periféri­ca têm a sua mão-de-obra mais con­centrada à sua volta . Um incremento da atividade industrial em Juiz de Fo­ra, com a formação de centros satéli­tes em sua periferia (fala-se na insta­lação de uma "cidade industrial", na saída para Belo Horizonte, onde exis­tem alargamentos amplos no vale) le­vanta problemas quanto à instalação de serviços e à construção de bairros operários . As condições do quadro fí ­sico local são elementos muito impor­tantes para o planejamento da orga­nização racional de quadro urbano .

É pois, evidente, o valor da geo­grafia das indústrias para a compre­ensão dos problemas regionais e locais, para servir de base a planejamentos futuros, para orientar medidas no sen­tido de favorecer a expansão econômi­ca, ou melhor, promover a organiza­ção do espaço. No caso de Juiz de Fo­ra, por exemplo, parece clara a neces­sidade que tem o tradicional centro de uma ajuda impulsionadora vinda de fora ; no estágio atual de seu desenvol­vimento, os capitais locais não conse­guem mais imprimir aquêle dinamis­mo industrial digno de suas tradições passadas.

Assim, a geografia das industrias pode ser um ramo vivo da moderna geografia .

AOS EDITORES : :i:ste "Boletim" não faz publicidade remunerada, entretanto, registará ou comentará as contribuições sôbre geografia ou de lnterêsse geográfico que sejam enviadas ao Conselho Nacional de Geografia, concorrendo dêsse modo para mais ampla dllusão de bibliografia referente à ceografla brasllelra.

Contribuição ao

1 - Movimen to de un

-

o

Para um observador e1 P' pode ser visto por duas

a ) Primeiro, no inte:

Terra se desloca de P ao 1 tervalo de tempo dt .

-+ -+ Assim PQ = W A r d;

b) Neste intervalo de Q mas o ponto P'. Então a partícula descreveu apa para êste observador con

• . -+ acrese1mo aparente drG.

Assim QP' = dt·G onde locamento absoluto da pai

• Continuação do número

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FICO

ualmente, predomina ainda a Io­ão de grande número de esta­lentos fabris nas partes mais .s da cidade. A mão-de-obra .a nestas indústrias espalha-se do o conjunto urbano . Já as le localização industrial periféri­L a sua mão-de-obra mais con­ia à sua volta. Um incremento jdade industrial em Juiz de Fo-1 a formação de centros satéli-sua periferia (fala-se na insta­

le uma "cidade industrial", na >ara Belo Horizonte, onde exis­ugamentos amplos no vale) !e­problemas quanto à instalação riços e à construção de bairros os . As condições do quadro fi­:al são elementos muito impor­para o planejamento da orga­' racional de quadro urbano . ;>ois, evidente, o valor da geo-· das indústrias para a compre­los problemas regionais e locais, ervir de base a planejamentos , para orientar medidas no sen­favorecer a expansão econômi-melhor, promover a organiza­espaço. No caso de Juiz de Fo­exemplo, parece clara a neces-

que tem o tradicional centro de juda impulsionadora vinda de o estágio atual de seu desenvol­l, os capitais locais não conse­nais imprimir aquêle dinamis­ustrial digno de suas tradições LS.

im, a geografia das industrias !r um ramo vivo da moderna. ia.

.de remunerada, entretanto, reglstará t de lnterêsse geográfico que sejam 'rrendo dêsse modo para mais ampla lira.

Contribuição ao Ensino

Notas de Meteorologia *

Pro f . LÍN'l10N FERREIRA DE BARROS

1 -Movimento de uma partícula na superfície da Terra .

-- Seja uma partícula deslocando-se no espaço de tempo dt, do ponto P ao ponto P' na superfície da Terra. w

~

r

o

-- \

dro. x P Q ~; \ ~

~

Consideremos 2 referências uma centrada no ponto O (centro da. Terra) , e outra no ponto P, acompanhando o movimento de rotação da Terra .

--+ Seja W a velocidade angular da

Terra em tôrno de seu eixo. Considera--+

-se W constante . Considera-se também a Terra com a forma esférica . Para um observador em O, a partícula no ins­tante considerado dt se deslocará de P

--+ a P', ou seja, o raio vetor r da partícula neste intervalo de tempo dt sofrerá um

--+ acréscimo dr.

--+ PP' = dr

Para um observador em P, o deslocamento da partícula em direção ao ponto P' pode ser visto por duas etapas :

a) Primeiro, no intervalo dt a partícula devido unicamente à rotação da --+

Terra se desloca de P ao ponto Q, correspondente ao giro do raio vetor r no in-tervalo de tempo dt .

--+ --+ Assim PQ = W 1\ r dt

b) Neste intervalo de tempo dt, a partícula no entanto atingiu não o ponto Q mas o ponto P'. Então para o observador em P, neste intervalo de tempo dt, a partícula descreveu aparentemente a trajetória QP'. Ou seja, tudo se passou para êste observador como se o raio vetor tivesse sofrido no instante dt o

-+ acréscimo aparente dr •.

-+

Assim QP' = dr. onde e índice a significa aparente. Em conseqüência, o des­locamento absoluto da partícula para um observador em O será:

...... ...... .......:. -+ dr = W 1\ r X dt + dr -4> -+ ...... ...... dr = W 1\ r+ dr - -dt dt

* Continuação do número anterior.

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64 BOLETIM GEOGRAFICO

Escrevendo

onde o índice a significa que o valor diferenciação se refere ao referencial fixo na superfície terrestre, vem:

~

dr

dt (1 )

"Esta expressão vale para qualquer quantidade vetorial que pode ser apresentada por um elemento de linha dirigido, e vale pois para qualquer quantidade ve­

~

torial A." Então, pode-se escrever : ...

dA (2) dt

~

sejam: Vab velocidade absoluta da partícula deslocando-se na superfície da Terra (velocidade em relação ao referencial fixo no centro da Terra) .

~ v = Velocidade relativa da partícula em relação a um referencial fixo na superfície terrestre .

~

r raio vetor desta partícula.

Pela expressão (1) temos: 4 4 4 ~

v.b = v+ w 1\ r

Diferenciando esta expressão vem: ~ ~ ~ ~

d Vab dV d (W 1\ r) -;Jt =di+ di

mas por (2) vem:

4 ~ ~

d (W 1\ r w~ 1\ dr uma vez que W = constante dt = dt

e por (1) vem:

~ dr ~ dr ~ ~ ~ ~ J W 1\ dt = W 1\ [ ( dt )a + W 1\ r

~ 4 dr ~ ~ ~ ~ 4 W 1\ - = W 1\ V + W 1\ (W 1\ r)

dt

(3)

(4)

(5)

(6)

c

Levando êsses resulta

chamando ( ,zv ) dt a

~

= f'r

~

d Vab 4

dt = a acE

~

a =

Nesta expressão, chan ~ 4

2 W 1\ V de aceleraç , 4 ~ ~

W 1\ (W 1\ r ) de ac€

2 - Fôrça dejlectora

A aceleração de Coriól yet~rial) a desviar uma p a d1reçao da velocidade V

No hêmisfério norte c para a direita da trajetÓri:

3- Ventos

Em meteorologia defin Para o estabeleciment1

dinâmico da atmosfera t1 que atuam sôbre uma par·

I) Gravidade real. II) Fôrça de gradie

a) horizontal b) vertical.

Ill) Fôrças decorren1 a) F.ôrça centrí1 b) Conservação c) Conservação d) Fôrça de Cor

IV) Fôrça centrífug~ partícula (esta c

V) Atrito .

Dentro da definição de u_m estado de equilíbrio vE tiCula em repouso relativo 1

da Terra. Deveria pois agir onde r é o raio vetor da par efetuado pela Terra, tendeJ menta, em relação ao pon a partícula tenderá a se ~ ~ ... W 1\ (W 1\ r) aplicada ao

Assim, pode-se para sir

uma fôrça centrífuga da or

3- 32 789

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. FICO

.ção se refere ao referencial fixo

'\ r (1 )

1etorial que pode ser apresentada ls para qualquer quantidade ve-

--+ '\A (2)

L deslocando-se na superfície da . o referencial fixo no centro da

em relação a um referencial fixo

--+ (\ r)

--+ \v

--+ te W constante

--+ --+ J + W 1\ r

--+ --+ (W 1\ r)

--+ --+ 1\ (W 1\ r )

(3)

(4)

(5)

/

(6)

I CONTRIBUIÇãO AO ENSINO

Levando êsses resultados (5) e (6) em (4) vem : --+

r1 v.b

chamando (<IV ) dt a

--+

dt

--+ = ('r

--+

( d y ) --+ --+ --+ --+ --+ --+ --+ dt a + W 1\ V + W 1\ V + W 1\ (lV 1\ r)

aceleração aparente ou relativa e

d v --+ dt ab = a = aceleração absoluta vem:

--+ --+ --+ . --+ --+ --+ --+ a = Or + 2 W 1\ V + W 1\ (W 1\ 1·)

Nesta expressão, chama-se ao têrmo --+ --+

2 W 1\ V de aceleração de Coriólis; e ' --+ --+ --+

W 1\ (W 1\ r) de aceleração centrípeta.

65

(7 )

2 - Fôrça deflectora ou desviante oriunda da aceleração de Coriólis .

A aceleração de Coriólis tende (em conseqüência da definição de um produto vetorial) a desviar uma partícula em movimento, sempre em direção ortogonal à direção da velocidade V da partícula.

No hemisfério norte, o sentido de deslocamento oriundo desta aceleração, é para a direita da trajetória. No hemisfério sul é para a esquerda.

3 - Ventos

Em meteorologia define-se vento como qualquer movimento horizontal de ar. Para o estabelecimento dos diversos tipos-padrão de vento, para um estudo

dinâmico da atmosfera, torna-se preciso discutir primeiro as seguintes fôrças que atuam sôbre uma partícula de ar que se desloca:

I) Gravidade real. Il) Fôrça de gradiente de pressão:

a) horizontal b) vertical.

III) Fôrças decorrentes da rotação da Terra: a) Fôrça centrífuga. b) c·onservação do momento angular. c) Conservação da vorticidade. d) Fôrça de Coriólis.

IV) Fôrça centrífuga - oriunda da curvatura da trajetória relativa da partícula (esta curvatura se relaciona à curvatura das isóbaras) .

V) Atrito.

Dentro da definição de vento, as partículas consideradas deverão apresentar um estado de equilíbrio vertical, na atmosfera. · Consideremos agora uma par­tícula em repouso relativo na superfície terrestre . Ela acompanha pois a rotação

--+ --+ --+ da Terra . Deveria pois agir sôbre ela uma aceleração centrípeta = w 1\ (W 1\ r ) , onde r é o raio vetor da partícula. Não havendo, a partícula devido ào movimento efetuado pela Terra, tenderá em cada instante conservar o seu estado de movi­mento, em relação ao ponto na superfície terrestre onde a partícula repousa, a partícula tenderá a se deslocar em sentido contrário à fôrça centrípeta --+ --+ -+ W 1\ (W 1\ r) aplicada ao ponto .

Assim, pode-se para simplificação, convencionar que sôbre a partícula agirá --+ -+ -+

uma fôrça centrífuga da ordem de - W 1\ (W 1\ r) .

3- 32 789

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66 BOLETIM GEOGRÁFICO

Na realidade, considerando a mais somente o campo gravitacional terrestre, sôbre a partícula estarão, agindo 2 fôrças principais: a fôrça centrífuga e a fôrça de gravidade real. Para a partícula se manter em repouso será preciso que a resultante destas duas fôrças seja ortogonal à_..superfície terrestre.

Pois em caso contrário, a partícula seria acelerada em direção ao equador (ver figuras) .

Assim, para .haver repouso relativo, será necessário que a forma da Terra não seja mais esférica.

A curvatura da superfície terrestre neste caso deve ser tal que seja ortogonal ao vetor resultante da soma: fôrça gravidade real no local + fôrça centrífuga da partícula girando com a Terra.

Sob a ação desta resultante a partícula ficará colada ao chão. A esta re­sultante chama-se fôrça de gravidade aparente.

Assím a forma real da Terra é tal que ela se apresenta achatada nos pólos .

o - --::: W,.,lWArJ p

;/ -~ ,. l.tJ

E quo dor

P = partícula em repouso na superfície terrestre. -+

/

g. = fôrça de gravidade real atuando sôbre a partícula. -+ F. = fôrça centrífuga da partícula.

-+

superfície terrestre

g = fôrça de gravidade aparente, atuando sôbre a partícula.

O valor de g . pode ser calculado . É da ordem g = 980,621 (1-0,00264 cos 2 cp) cm/seg2

onde cp é a latitude local, em graus . -+ .....

O ângulo entre g e g. é muito pequeno. É igual a 700" para latitudes de 45°, ao nível do mar.

Para o caso da partícula em repouso na atmosfera a uma altitude qualquer acima do solo vê-se que a fôrça de gravidade aparente atuando sôbre a partícula deve estar equilibrada pela fôrça do gradiente vertical de pressão .

O mesmo fato deve-se verificar com as partículas de ar que se deslocam horizontalmente constituindo um vento. Assim a fôrça de gravidade aparente deve estar equilibrada pela fôrça do gradiente vertical de pressão.

Das fôrças restantes que atuam sôbre a partícula, podem ser desprezadas para o estabelecimento dos 4 tipos-padrão de ventos, as duas seguintes fôrças relativas à: ·

conservação do movimento angular e conservação da vorticidade

Chamamos a atenção para o seguinte fato. Quando o deslocamento de uma partícula de ar fôr ao longo de um meri­

diano e atingir grande extensão, é necessário levar em conta estas duas últimas

CON

fôr~as as quais passam a te advmdos em tais deslocame·

Após a discussão dos 4 t Do exposto até o presen a) b) c) d)

Fôrça de gradiente Fôrça de Coriólis Fôrça centrífuga ~el Atrito .

a) Fôrça de gradiente

Vam?s ~dmitir que a pre, uma vanaçao contínua.

Con~ideremos um sistem: com o eixo dos z orientado s

Seja um cubo elementar dv == dx dy dz == volume do

o ,---

Sôbre a face A, de super1 a esta pressão será:

Sôbre a face A' da mesm~

A fôrça F 'x relativa a es

Fx' = p

A fôrça resultante Rx atu dos x será:

Rx = Fx -F

A aceleração a. ~elativa :

J Gz =-

Sejaz_n as .duas fôrças Fy e ortogonais e es~e eixo, fôrças atuando também sôbre estas c

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'FICO

o campo gravitacional terrestre , .ncipais: a fôrça centrífuga e a manter em repouso será preciso 1al à superfície terrestre . ~celerada em direção ao equador

tecessário que a forma da Terra

so deve ser tal que seja ortogonal al no local + fôrça centrífuga da

cará colada ao chão . A esta re­

se apresenta achatada nos pólos .

superfíc ie esférico / fc

superfície terrestre

/

Equador

;errestre.

re a partícula.

sôbre a partícula.

!m y :! , us .

1al a 700" para latitudes de 45°, ao

t.mosfera a uma altitude qualquer parente atuando sôbre a partícula ~ vertical de pressão. >articulas de ar que se deslocam a a fôrça de gravidade aparente vertical de pressão. partícula, podem ser desprezadas ventos, as duas seguintes fôrças

().

de ar fôr ao longo de um meri­levar em conta estas duas últimas

CONTRIBUIÇÃO AO ENSINO 61

fôrças as quais passam a ter grande importância na explicação dos fenômehOS' advindos em tais deslocamentos .

Após a discussão dos 4 tipos fundamentais de ventos voltaremos ao assunto . Do exposto até o presente se conclui que restam 4 fôrças a considerar:

a) Fôrça de gradiente de pressão horizontal. b) Fôrça de Coriólis . c) Fôrça centrífuga relativa à curvatura das isóbaras . d) Atrito .

a) Fôrça de gradiente de pres$ão horizontal = G

Vamos admitir que a pressão ao longo de uma superfície horizontal apresente uma variação contínua .

Consideremos um sistema de eixos ortogonais x, y , z, na superfície terrestre, com o eixo dos z orientado segundo ·a vertical.

Seja um cubo elementar de ar dx, dy, dz, de massa m = pdv = ~-tdxdydz onde dv = dx dy dz = volume do cubo. P = densidade .

F~

dz , ,

F'

dy dll

O X '1

Sôbre a face A, de superfície dy dz, age uma pressão P, a fôrça Fx relativa a esta pressão será:

Fx = p. dy dz

Sôbre a face A' da mesma superficie, age uma pressão p' igual a p + ~ dx ax A fôrça F'x relativa a esta pressão será :

Fx' = p' dy dz = ( p + ~ = dy) dy dz

A fôrça resultante Rx atuando sôbre o elemento de volume, ao longo do eixo dos x será:

Rx = Fx - F' x = pdy dz - ( p + ~ : rlx ) dy dz

a P R x = - - dx dy dz a x ~

A aceleração a. r.elativa a esta fôrça (fôrça por unidade de massa) será:

Rx ' Rx 1 a P O::r: =- = ---

m p ax "-Y t. Z P a x

Sejam as duas fôrças Fy e F'y que atuam segundo o eixo dos y nas duas faces ortogonais e êste eixo, fôrças estas relativas à pressão p ao mesmo nível ainda atuando também sôbre estas duas faces.

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68 BOLETIM OEOGRAFICO

A resultante Ry destas duas fôrças Fy e F'y será, usando o mesmo processo de cálculo:

iJ p R y = - - dx dy dz

iJ y

A aceleração a. ao largo do eixo dos y relativa a esta resultante será: 1 iJ p

Ou=- ;a; A aceleração ao longo da vertical (eixo dos z) será nula em conseqüência da

definição do vento a qual exige que-- a P =aceleração de gravidade aparente. p iJ z

o gradiente horizontal de pressão a~ será a soma do gradiente horizontal de pressão ao longo do eixo dos x (X) e dos y (Gy).

Gh = ~m + G! = ~(~ ;r+ (~:r aP ou G - - - sendo n a direção normal às isóbaras.

h- iJ n A fôrça de gradiente horizontal, por unidade de massa, será:

G = - __!_ ~ P iJ n

Exemplo: Seja a seguinte distribuição de pressão:

1011mb

1014 mb

A fôrça de gradiente de pressão (média) nesta região será: G = _ .!_ !l P = _1 _ 3mb

p !l n 1 293 200kat

..a :uo-a b ' . --- gcm --- anes 0,001293 2 l07cm

sendo P = 1 293 gr/lt. em condições normais de pressão e temperatura . Obs : A dedução dêste gradiente pode ser vista em Hewson-Longley .

. , O exemplo acima foi aproveitado de uma apostila do capitão Pais de Barros, do curso de 1955.

b) A ação deflectora âa aceleração de Goriólis já foi estudada . c) Fôrça centrífuga. Quando a massa de ar em movimento (vento) se desloca descrevendo uma

trajetória relativa curvilínea, surge uma fôrça centrífuga t. atuando sôbre as partículas de ar em movimento. O módulo desta fôrça centrífuga pode ser calculado:

lf2 1!.1 =-;

d) Atrito

onde V apresenta as velocidades tangenciais da partícula. e r é o raio de curvatura da trajetória relativa descrita .

Para as camadas de ar próximas da superfície terrestre, surge opondo-se ao deslocamento da partícula, a fôrça de atrito.

Esta fôrça de atrito varia com a natureza da superfície, é menor no mar que em terra e nesta é maior em terrenos acidentados que em planos. É maior também, em locais cobertos de vegetação.

CON1

A mais, esta fôrça decre desprezível. É pràticamente n desd_e que se tome o regime poss1vel para velocidades não

4 - Tipos de vento

O vento real é o vento anteriormente.

Em determinados casos al ? Ve:fltO resultante aproxima< tdeazs de vento

a) Vento bárico, oriund<

I

G =F O C= O te= O A = O

(G = grad (C = fôrça (fe = fôrç

(A = atrit<

O ':ento ~árico surge com de pa~ti.cula fosse acima do ní' se venf!car em locais de isób~ desprez1vel (proximidades do 1

b) Vento geostrófico, ori'

I G =F O c =F o

t te = O A = O

c' = G após um período ir q.ue ~u~ge em níveis superiores t1ea Isobaras com grande raio

o. escoamento de uma par das forças em jôgo, continuo 1

De. fato, seja uma partícul uma força G (gradiente horizo

Sain?o do repouso, inicialn de pressao, deslocando-se em 1

se desloque adquirindo uma ve:

uma_ fôrça desviante cuja acelE partiCula, ortogonalmente par ponto P2).

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FICO

' será, usando o mesmo processo

fz

1tiva a esta resultante será:

z) será nula em conseqüência da

:eleração de gravidade aparente.

a soma do gradiente horizontal (G. ).

~ + (~)2 a Y

:'>haras.

ade de massa, será:

~ressão :

""' 1011 mb

' 1014 mb

.1esta região será : 3mb

200ktn

::uo..:J báries 107cm e pressão é temperatura . vista em Hewson-Longley. postila do capitão Pais de Barros,

>riólis já foi estudada .

nto) se desloca descrevendo uma . centrífuga t. atuando sôbre as desta fôrça centrífuga pode ser

:idades tangenciais da partícula. a trajetória relativa descrita .

ície terrestre, surge opondo-se ao

L da superfície, é menor no mar ientados que em planos. É maior

CONTRIBUIÇÃO AO ENSINO 69

A mais, esta fôrça decresce com a altitude e acima de 500m já se torna desprezível . É pràticamente nula acima de 1 000 m. Tal decréscimo se compreende desde que se tome o regime de escoamento de ar como sendo lamelar o que é possível para velocidade_s não muito grandes, ou seja na ausência de turbilhões.

4 - Tipos de vento

O vento real é o vento resultante da ação de tôdas as fôrças discutidas anteriormente .

Em determinados casos algumas destas fôrças se tornam desprezíveis, sendo o vento resultante aproximadamente equivalente a um dos segtUintes modelos ideais de vento

a ) Vento bárico, oriundo das seguintes condições :

1

G .,t= O (G = gradiente horizontal de pressão) C = O (C = fôrça de Coriólis) te = O (fc = fôrça centrífuga relativa) A = O (A = atrito.)

O vento bárico surge como se a Terra não tivesse rotação e o escoamento de partícula fôsse acima do nível de 1500m (A= O) . É assim um vento que poderia se verificar em locais de isóbaras com grande raio de curvatura e onde C fôsse desprezível (proximidades do equador .)

b) Vento geostrófico, oriundo das seguintes condições : G .,t= O c .,t= o te = O A = O

C = G após um período inicial ·de deslocamento das partículas. É um vento que surge em níveis superiores a 500 m quando as isóbaras são retas. (Na prá­tica isóbaras com grande raio de curvatura dão vento próximo do geostrófico) .

O escoamento de uma partícula neste regime de ventos é após o equilíbrio das fôrças em jôgo, contínüo e paralelo às isóbaras.

De fato, seja uma partícula no ponto p , em nosso hemisfério solicitado por uma fôrça G (gradiente horizontal de pressão) em um campo de pressão .

1013mb

t:. 1014mb )

Saindo do repouso, inicialmente ela irá se acelerar no sentido do gradiente de pressão, deslocando-se em direção à região de menor pressão, mas logo que . ~

se desloque adquirindo uma velocidade v, nesta direção, sôbre a partícula agirá ~ ~

uma fôrça desviante cuja aceleração é igual a 2 W /\ v,. Tal fôrça desviará a partícula, ortogonalmente para a esquerda de sua trajetória (partícula no ponto P2 ) . '

------------------------1 013mb R G

< ~P2 1014mb

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70 BOLETIM GEOGRAFICO

A partícula se deslocará conseqüentemente segundo a resultante R destas duas fôrças, acelerando-se . Mas à proporção que o movimento se efetua a resul­tante P tenderá a se tornar ortogonal a G (ou seja paralela à isóbara) e decres­cerá à proporção que o ângulo dos vetores G e C crescer (partícula no ponto P3 ) Mesmo assim a velocidade da partícula continuará a crescer (aceleração >F 0 ) .

Haverá um instante (P4) em que as duas fôrças G e C se oporão, terminando a resultante:,R por se anular.

------------- 1013mb

1013mb

Nesta ocasião a partícula seguirá uma trajetória paralela à isóbara em dire­ção de sua velocidade V, que passa a ser constante.

Cálculo do módulo de V após a partícula adquirir uma trajetória retilínea. Seja a densidade da partícula .

O módulo da fôrça deflectora (Coriólis) agindo sôbre a partícula neste instante é:

P 2V w sen q>

onde q> é a latitude em graus do lugar, respectivamente V e W módulos de velocidade da partícula e da velocidade angular da Terra .

W = 1 dia2 s~deral = 7,292 X lO ... seg-'

Esta fôrça deve-se igualar à fôrça do gradiente horizontal de pressão. Cha­mando de G o módulo desta fôrça vem :

G = p 2 VW sen "'

V= G p :6 W ~en "'

Esta é a velocidade do vento que deve resultar do equilíbrio das duas fôrças em jôgo.

Êste vento, assim definido, se denomina de vento geostrófico . Seja 0,5 cen­tibares a diferença de pressão entre dois pontos distantes H km, então:

G = i} centibares 1 km

v= n,.'l Hp2 sena

Dêste resultado, considerando pràticamente constante em uma superfície horizontal, vê-se que o vento geostrófico é inversamente proporcional à distância entre as isóbaras.

Há casos onde as isóbaras são retas convergentes . O vento geostrófico em tais circunstâncias escoará como se estivesse escoando dentro de um funil, sendo o regime de escoamento feito sem que haj a vazamento de partículas para fora das isóbaras.

c

Neste caso à proporçi apresentará maior v-elociC

Tal propriedade é um

I

~

ou seja a quantidade que :

Assim a característicE mento . O vento não apre,

d) VENTO

{g: g te ?'= O A = O

As três fôrças G, C e É uma conseqüência d

níveis superiores a 500 m

~

!p ,o

G __...-/

1010mb

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.FICO

segundo a resultante R destas ~ o movimento se efetua a resul­eja paralela à isóbara) e decres­~ crescer (partícula no ponto P3 ) ará a crescer (aceleração # 0 ) . rças G e C se oporão, terminando

__ lOI3mb

_1013mb

tória paralela à isóbara em dire­nte. dquirir uma traj etária retilínea.

---1013mb

--- ao 14 mb

agindo sôbre a partícula neste

ectivamente V e W módulos de r da Terra .

2 X 10-"seg-1

ente horizontal de pressão . Cha-

<p

ltar do equilíbrio das duas fôrças

vento geostrófico . Seja 0,5 cen­s distantes H km, então:

1 km

e constante em uma superfície samente proporcional à distância

rgentes . O vento geostrófico em :oando dentro de um funil, sendo .zamento de partículas para fora

CONTRIBUI Ç ÃO AO ENSINO 71

Neste caso à proporção que as isóbaras se aproximarem, o vento geostrófico apresentará maior v,elocidade .

Tal propriedade é uma conseqüência da definição de vento geostrófico .

HI

-v,

lsóbaro

Se considerar mos uma área limi­tada por duas isóbaras contíguas e duas secções transversais, vemos que a quan­tidade de partículas que penetram nesta área .por uma das serções é igual à das

0 b que saem da área pela outra secção no

-.-~1 o 0 5 m mesmo intervalo de tempo. 1'

ti~

Assim, na figura ao lado o fluxo que passa por AB é igual V, H ,. O que passa por CD é igual a H . v •.

I ;:. V2 Onde v, = velocidade ao atraves-

JOIO mb

sar a secção AB. v. = a velocidade ao atravessar a

secção CD .

5mb mas V , = H t P 2W sen 'P

5 mb V2 = H2 p 2Wsen "'

V , H,= V2 H2

ou seja a quantidade que sai da área ABCD é igual à que penetra. Assim a característica importante do vento geostrófico está no seu escoa­

mento . O vento não apresenta "divergência" e nem "convergência" .

d) VENTO CICLOSTRóFICO OU DE GRADIENTE

l G # O C .,;. b te # O A = O

As três fôrças G, C e te equilibrando-se : É uma conseqüência da curvatura das isóbaras e se verifica na prática em

níveis superiores a 500 m de altura .

f:\ u~

'!,o ,o

1010mb

Quando uma se desloéa em um cam­po de pressão com isóbaxas em curva­tura (por exemplo isóbaras concêntri­cas) a partícula inicialmente se desloca da região de maior pressão para a de menor, ao longo do gradiente horizontal de pressão .

Seja. uma região de anticiclone em nosso hemisfério. A partícula se desloca do centro para a periferia, impelida pelo gradi~nte de pressão G (ver figura).

Ao se deslocar a partícula adquire automàticamente uma. velocidade de Vo segundo a direção do gradiente (G) .

Após adquirir esta velocidade v. sôbre ela agirá a fôrça deflectora da Terra (Coriólis) , acelerando a partícula para a esquerda de sua trajetória .

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72 BOLETIM GEOGRAFICO

Após alguns instantes a partícula apresentará uma velocidade V, cujo ângulo com a direção do gradiente horizontal de pressão na nova posição da partícula, aumentá, pois o gradiente de pressão será sempre ortogonal às isóbaras.

Assim a partícula se desloca do centro para a periferia apresentando uma componente gue a desvia de sua trajetória inicial sôbre um raio de curvatura das isóbaras, bem como, em cada nova posição o gradiente de pressão G apre­senta-se com uma direção sempre ao longo do raio de curvatura que passa sôbre a partícula e a partícula adquire velocidades cujos ângulos formados em relação ao raio de curvatura que passa sôbre a partícula, aumentam. Conseqüentemente, aos poucos, a partícula irá descrever uma trajetória curvilínea que tende a ser concêntrica com as isóbaras. (Ver figura seguinte).

101omb

Concomitantemente, com esta trajetória curvilínea traçada pela partícula advém uma fôrça centrífuga, dificultando o movimento .

No caso presente, esta fôrça centrífuga irá ter uma direção coincidente com a fôrça do gradiente de pressão horizontal.

Assim a velocidade resultante irá crescendo até que estas duas fôrças sejam equilibradas pela fôrça desviante de Coriólis.

~ ~

l!:ste fato só acontecerá quando o vetor velocidade V fôr ortogonal a G. ~

A partir dêste momento V será constante em módulo Cálculo de

~

Cálculo de IV I Seja r o raio de curvatura das isóbaras

C= p 2 WV sen"'

V2 fc = P-

r

G = Fôrça gradiente de pressão

"' latitude local em graus. /

C= fc + G

V2 p 2 W V sen "' p - + G

r

'

Desta relação pode-se tirar V (módulo da velocidade tangencial de desloca­mento da partícula) .

No caso de ciclone em nosso hemisfério, a partícula inicialmente irá se des­locar em direção ao centro impelida pela fôrça do gradiente de pressão hori-zontal G J

CONT

Conseqüentemente, irá ac

tantemente surgirá uma ace: esquerda. Aos poucos a part: descrever uma trajetória cur,

Ao mesmo · tempo, em co atuar uma fôrça centrífuga (j

A velocidade da partícul~ cular a G, quando a fôrça de te fôr de sentido oposto ao de uma trajetória curvilínea, co: em módulo, tal que

A

v--

É o vento prox1mo à SUl A "i= O, ou seja, é oriundo das

I G >i= O c "i= o jc -o A >i= O

G >i= O

:3 c "i= o jc -1= O A >i= O

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lFIC O

rá uma velocidade V, cujo ângulo ão na nova posição da partícula, Lpre ortogonal às isóbaras. ra a periferia apresentando uma . cial sôbre um raio de curvatura , o gradiente de pressão G apre­. ·aio de curvatura que passa sôbre tjos ângulos formados em relação :t, aumentam. Conseqüentemente, etória curvilínea que tende a ser nte).

/

\. J / ~~/.' ·L '~ , f:; li~ vz , ,_c:;"::~- \

I V, C,->1 G~

1010mb

:urvilínea traçada pela partícula ovimento . ter uma direção coincidente com

1 até que estas duas fôrças sejam

--+ --+ :tde V fôr ortogonal a G.

nódulo <.

"'

! pressão

?;raus.

+G

velocidade tangencial de desloca-

partícula inicialmente irá se des­(a do gradiente de pressão hori-

CONTRIBUIÇÃO AO ENSINO 73

Conseqüentemente, irá adquirir uma velocidade V nesta direção . Concomi-. --+ --+

tantemente surgirá uma aceleração 2 W 1\ v que desviará a partícula para a esquerda . Aos poucos a partícula, sob a ação destas duas fôrças (G e C) irá descrever uma trajetória curvilínea que tenderá a ser concêntrica às isóbaras .

Ao mesmo · tempo, em conseqüência desta trajetória, sôbre a partícula irá atuar uma fôrça centrífuga <te) oposta à fôrça G .

A velocidade da partícula cresce e atingirá um máximo ficando perpendi­cular a G, quando a fôrça desviante C (Coriólis) acrescida da fôrça centrífuga te fôr de sentido oposto ao de G. A partir dêste instante, a partícula descreverá uma trajetória curvilínea, concêntrica às isóbaras e com velocidade constante em módulo, tal que

G =te+ C.

A

o~ \G

G

v

c.

d) VENTO REAL

É o vento próximo à superfície terrestre. Surge quando se tem o atrito A =1= O, ou seja, é oriundo das seguintes condições : l G ~ O c =I= o

te ,_, O A =I= O

G =1= O

s < c =I= o te =1= O A =I= O

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74 BOLETIM GEOGRAFICO

. No 1.0 caso te~emo~ um vento real oriundo de um campo de isóbaras cujo raw de curvatura e mmto grande, o que faz te tornar-se desprezível (/c ,_ O ) .

Vr = vento real Vg ~ vento geostrófico A = Atrito de partícula de ar P R C + A C = fôrça de Coriólis

Neste caso, as isóbaras sendo pràti­camente retas, o vento real pode ser obtido de considerações iguais feitas para o vento geostrófico.

G

p

A partícula P se desloca inicialmen- R te segundo a direção de G .

1013mb

Aos ~oucos _vai sendo _desviado pela aceleração de Coriólis, concomitante­mente . agmdo sobre ~ partlcula retardando-a em seu movimento surge a fôrça de atnt_o A de sentido _?POsto a V. (Velocidade de deslocamento) . Assim, à proporçao que crescer o angulo entre V e G, a resultante R da soma das fôrcas C e A crescerá tendendo a se igualar e opor a G . -

Quando G e R se igualarem, a resultante de tôdas as fôrcas atuantes será nula e a pàrtícula neste momento adquirirá uma velocidade · "v constante com direção que corta as isóbaras .

Dentro dêste regime de ventos, as partículas de ar que se deslocam 1rao furar as isóbaras em direção da região de menor pressão. o valor de v pode ser calculado da expressão G = C + A .

No segundo tipo de vento real as isóbaras apresentam curvaturas sensíveis ou formam círculos concêntricos .

Dentro das condições

l ~ E g A =F O

vem para um anticiclone, em nosso hemisfério, de acôrdo com a figura ao lado . G +te= C+ A Expressão que permite calcular Vr em módulo.

Para um ciclone, em nosso hemisfério, temos: G =C+ A+ te

1005m b

Conseqüências: O vento real tem trajetória oblíqua às isóbaras, deslocando-se o ar de fato de uma região de alta pressão para uma de baixa pressão.

CON~

5) - . Sejam dois centros de latitude, com os mesmos raio mesmo valor .

A velocidade do vento ci ciclone .

:Este fato surge da obser1 C = te + G aplicável G = te + C aplicável

Devido às condições esta· expressões para regiões comp:

Conseqüentemente, para maior valor no anticiclone qu

Sejam dois pontos situad distância do centro e entre is nestes pontos é proporcional dois pontos, a variação de V cidade de V pode ser consider no ciClone que no anticiclone, ciclone que no ciclone .

Entretanto dois fatos se anticiclones.

1. o ~ De modo geral os a apresentando maior raio de nores. É óbvio que nos referi pois anticiclones migratórios.

:Este f a to serve para dim: diminuindo o valor de Cepo.

2.o - Há um limite máx Por isso o valor de G não poc

Tais fatos explicam porq1 nos anticiclones . Já nos cicl muito grandes (ciclones trop aumenta, a mais quanto me descreverão as partículas e a

As fôrças assim irão cor dades (exemplo - tornado).

A tabela a seguir transc1 Meteorologia para Pilôtos pul de Aeronáutica Civil - forne pressão, um ciclonal e outro

Velocidade do vento em 1

40° de

QU ILÔMETRO S ENTRE ISÓBARAS ES PAÇADAS

DE 2 MILIBARES

1 000 .......... . . . ... . . ... . 900.... . ..... ...... .. . . 800 .. ...... .......... . 700 .... . .. .. ... . .. ..... . 600 ... . 500 ......... . . ..... . 400 ..... ........... . 300 ....... o • • • •• ••• •

200 ........... .. 100 ... . 50 ... .

NOTA - (1) Limite superior.

(R a

3C

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~FICO

> de um campo de isóbaras cujo tornar-se desprezível (/c ,..., O ) .

G

- lOI3mb I .__

--- ..... ............. ___ IP

·ação de Coriólis, concomitante­m seu movimento surge a fôrça de de deslocamento). Assim, à resultante R da soma das fôrças ,... .J,

le tôdas as fôrças atuantes será ma velocidade · V constante com

las de ar que se deslocam irão 1or pressão . o valor de V pode

apresentam curvaturas sensíveis

:ie acôrdo com a figura ao lado .

;:

R

)!Íqua às isóbaras, deslocando-se uma de baixa pressão.

CONTRIBUIÇÃO AO ENSINO 75

5) - . Sejam dois centros de pressão, um ciclônico, outro anticiclônico, à mesma latitude, com os mesmos raios de curvatura e igual separação entre isóbaras do mesmo valor .

A velocidade do vento ciclostrófico no anticiclone terá maior valor que no ciclone .

:Este fato surge da observação das fórmulas: C= te + G aplicável aos ventos de um anticiclone, e G = te + C aplicável aos ventos de um ciclone .

Devido às condições estabelecidas, G tem o mesmo valor absoluto nas duas expressões para regiões compreendidas entre isóbaras de mesmo valor .

Conseqüentemente, para pontos a uma mesma distância do centro G terá maior valor no anticiclone que no ciclone pois C = G - te para o ciclone.

Sejam dois pontos situados um no ciclone e outro no anticiclone, à mesma distância do centro e entre isóbaras do mesmo valor. A velocidade V dos ventos nestes pontos é proporcional a C e G . Como G tem valor absoluto igual nos dois pontos, a variação de V fica pràticamente relacionada a C . Assim a velo­cidade de V pode ser considerada neste caso, proporcional a C . Como C é menor no ciclone que no anticiclone, conclui-se que a velocidade V será maior no anti­ciclone que no ciclone.

Entretanto dois fatos servem para abrandar a velocidade dos ventos nos anticiclones.

1.0 ___, De modo geral os anticiclones abrangem maior extensão de superfície, apresentando maior raio de curvatura enquanto os ciclones em média são me­nores. É óbvio que nos referimos aos grandes anticiclones semifixos e excluímos pois anticiclones migratórios.

:Este fato serve para diminuir o efeito da fôrça centrífuga nos anticiclones, diminuindo o valor de C e por conseguinte de V;

2.0 - Há um limite máximo para o gradiente de pressão nos anticiclones. Por isso o valor de G não púde apresentar valores muito elevados.

Tais fatos explicam porque em realidade, os ventos mais fortes não ocorrem nos anticiclones . Já nos ciclones, o gradiente de pressão pode atingir valores muito grandes (ciclones tropicais e furações) . Em conseqüência o valor de C aumenta, a mais quanto menor extensão apresenta menor raio de curvatura, descreverão as partículas e assim maior fôrça centrífuga apresentarão .

As fôrças assim irão contribuir para a partícula adquirir grandes veloci­dades (exemplo - tornado).

A tabela a seguir transcrita das páginas 86 e 87 do Boletim Técnico n .0 7 Meteorologia para Pilôtos publicação do Ministério da Aeronáutica - Diretoria de Aeronáutica Civil - fornece uma relação entre os ventos em dois centros de pressão, um ciclonal e outro anticiclonal, situados na mesma faixa latitudinal.

Velocidade do vento em quilômetros por hora, a 500 metros de altitude, 40° de latitude de 1 013,2 milibares

QUILÔMETROS ENTRE CICLONES ANTICICLONES

ISÓBARAS ESPAÇADAS (Raio em quilômetros) lsóbaras (Raio em quilômetros)

DE 2 MILIBARES retas 300 750 750 500

·---- - ---·--- - ·---- - ---- · - - - --1 000 ... ..................... 6,2 6,4 6,6 7,0 7,0

900 ... . . . .. . ... ... . ....... . ' 6,9 7,1 7,3 7,6 7,7 800 ...... . .. ............... 9,7 8,0 8,2 8,6 8,7 700 .. . .... . .. ... .. . . . .. . . . . 8,7 9,1 9,4 9,8 10,0 600 . . ............. . .. ... . 9,9 10,6 11,0 11,5 11,7 500 . . . .......... .. .... ... .. 11,8 12,6 13,2 14,1 14,4 400 ........ .... . . 14,3 15,6 16,5 17,8 18,4 300 ............... . ..... . 18,6 - 20,4 22,0 24,4 26,0 200 ......... . ..... . .... 26,1 29,5 33,0 38,9 45,1 100 ......... .......... 45,9 54,6 65,9 (1) (1) 50 ......... ... . ....... • .. 76,0 95,6 131,8 (1) (1)

--- ---- ---

NOTA - (1) Limite superior.

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76 BOLETIM GEOGRAFIOO

CICLONES AN'TICICLONES QUJLÔMETROS ENTRE ISOBARAS ESPAÇADAS (Raio em quilômetros) ls6baras (Raio em quilômetros)

DE 3 MILIBARES retas 300 750 750 500

-----------1 500 ........... . . ..... 6,2 6,4 6,6 7,0 7,0 1 400 ........... .. .... .. . .... 6,6 6,9 7,1 7,4 7,5 1 300 .. .. ......... .... . . ..... 7,1 7,4 7,6 8,0 8,1 1 200 .. . ..... .. ... ... . ....... 7,6 8,0 8,2 8,6 8,7 1 100 . . . . . . ' . ' . . . .. .. . ... ... 8,3 8,7 9,0 9,4 9,4 1 000 .. .. .. . . ... ..... ....... 9,0 9,6 9,9 10,4 10,5

900 .. ... ... ..... . . . . . . . . . 9,9 10,6 11,0 11,5 11,7 800 . ..... . . . .. .... ..... 11,0 11,8 12,4 13,1 13,4 700 .. . ........ .... 12,5 13,6 14,1 15,1 15,6 600 ... · ....... 14,3 15,6 16,5 17,8 18,4 500 . .......... . . .... .... . .. 16,9 18,5 19,8 21 ,6 22,7 400 ...... ... ..... .. . . 20,6 22,7 24,7 27,7 30,2 300 . . ............ ... ...... . 26,1 29,5 33,0 38,9 45,1 200 ...... . ... . ....... ...... 36,3 42,4 49,4 67,4 (1) 100 ............. ........... 61 ,5 76,1 98,8 (1) (1) 50 .... .. ... ... . ........ ... 99,6 130,4 197,7 (1) (1)

NOTA - (I) Limite superior .

É claro que entre os dois centros surgirá uma região onde as isóbaras apre­sentarão curvatura pràticamente nula, podendo ser consideradas retas . O vento correspondente a esta região está tabelado na coluna "Isóbaras retas". ~ Lembramos que a disposição dos ventos, provoca uma ascensão do ar nos ciclones e uma tendência a descer nos anticiclones . ,

Assim os ciclones agem como bombas impulsionadoras de ar para níveis mais altos, enquanto os anticiclones tendem a espalhar o ar para níveis mais baixos .

Chamamos a tenção para o fato de os deslocamentos de grande percurso na atmosfera apresentarem-se quase horizontais; os ciclones surgem pois como cir­culação de efeito mais locaL

6) - Matemàticamente, a restrição para o gradiente de pressão em um anti­ciclone pode ser · deduzida, quando se consideram as equações do vento ciclos­trófico aplicáveis respectivamente a um ciclone e a um anticiclone .

Resolvendo estas equações que são trinômios do segundo grau teremos:

V = - .!..!:.. + _/!:..!: + !... G para um ciclone • 2-"4 tp

V = !:..!_ + _jtz r2 r " 2 -14 - ;G para um anticiclone

onde 1 é o parâmetro de Coriólis l=~Wsentp

Mas na primeira expressão o sinal negativo antes do radical deve ser des­prezado, pois quando G = O deveremos ter v. - O também, para que o resul­tado tenha significado físico, o que só será possível para

l r {p r 2 r V. = 2 + ~4 + -; G (1)

Na segunda expressão (caso do anticiclone) pelo mesmo raciocínio vê-se que para que o resultado tenha significado físico será preciso que :

l r ... Jl2 r2 r V., = 2 - 1 4 - -; G t2 )

(Nesta equação V. = O ' O máximo de v • . possível

sob o radical na equação (2)

vê-se, assim, que matemàtica1 limite de valor . Ou seja par:

Se o movimento em um jôgo (G, C, fc) então, o grad restrições (segundo a express

Assim, se o gradiente de 1 próximo do limite estabelecid· deve-se tornar progressivam para pontos mais próximos d< ção 3, onde íl e l são consi• faixa latitudinal .

Na prática, êste fato é ve1 de fato nunca se encontran anticiclones .

7) -Modificação da direção

o ângulo agudo a forn seqüência do atrito, é aproxir a = 10° sôbre os oceanos, qua a = 4QO ou mais sôbre os ter

Em planícies e terrenos r Num corte vertical a c O seguinte esquema forn

segundo Sverre Pettersse~. à p

lsóbt

. Baixo

,...,.:::

+ 6~ 1 90om

O esquema é para o hemi trada ao solo . O vetor superf em superfíci-e', em um ponto 1

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AN'TICICLONES ls6baras (Raio em quilômetros)

retas 750 500

- - -------

6,6 7,0 7,0 7,1 7,4 7,5 7,6 8,0 8,1 8,2 8,6 8,7 9,0 9,4 9,4 9,9 10,4 10,5

11,0 11,5 11,7 12,4 13,1 13,4 14,1 15,1 15,6 16,5 17,8 18,4 19,8 21 ,6 22,7 24,7 27,7 30,2 33,0 38,9 45,1 49,4 67,4 (1) 98,8 (1) (1)

197,7 (1) (I)

a região onde as isóbaras apre­ser consideradas retas . O vento :oluna "Isóbaras retas" . ovoca uma ascensão do ar nos 'nes. ulsionadoras de ar para níveis espalhar o ar para níveis mais

amentos de grande percurso na , ciclones surgem pois como cir-

diente de pressão em um anti­m as equações do vento ciclos­e a um anticiclone.

•S do segundo grau teremos :

L um ciclone

1 um anticiclone

antes do radical deve ser des­- O também, para que o resul­:vel para

"-G '

(I)

pelo mesmo raciocínio vê-se que erá preciso que :

!_G <p

12 )

CONTRIBUIÇAO AO ENSINO 77

(Nesta equação V o = O quando G = 0 ) O máximo de v. possível para um anticiclone será obtido quando a expressão

sob o radical na equação (2) se anular ou seja : 1 12 r -G=-"' 4

• <pl2 1' e seJa que G = - 4-13)

vê-se, assim, que matemàticamente o gradiente em um anticiclone apresenta um limite de valor . Ou seja para um anticiclone :

/2 1'

G< "'4 (·!)

Se o movimento em um anticiclone obedece ao equilíbrio das fôrças em jôgo (G, C, fc ) então, o gradiente de pressão horizontal estará sujeito a certas restrições (segundo a expressão anterior) . ·

Assim, se o gradiente de pressão em pontos bem distantes do centro, fôr bem próximo do limite estabelecido acima (equação 3), então o gradiente de pressão deve-se tornar progressivamente mnor à proporção qu r diminui (ou sej a para pontos mais próximos do centro). Esta conclusão pode ser obtida da equa­ção 3, onde í' e l são considerados constantes para pontos em uma mesma faixa latitudinal.

Na prática, êste fato é verificado quando se observam cartas sinópt icas, onde de fato nunca se encontram grandes valores para G na região central dos anticiclones .

7 ) - Modificação da direção do vento pelo atrito

O ângulo agudo a formado pela direção do vento e as isóbaras, em con­seqüência do atrito, é aproximadamente, junto à superfície, da ordem de : a = 10° sôbre os oceanos, quando apresentam uma superfície líquida calma . a = 400 ou mais sôbre os terrenos acidentados .

Em planícies e terrenos menos acidentados a varia de 10° a 40°. Num corte vertical a decresce com a altitude . O seguinte esquema fornece alguns valores dêste ângulo com a altitÜde,

segundo Sverre Petterssep., à p. 163, fig. 67 do !ivro Introducción a la Met eorologia.

lsóbora~ '\o\

v

Baixa Pressão 1ooomb

" 6oo "' · o,.,. ~ vperf1cie ,... .l~S ,

1 900m.

------------------------------1005mb Alto Pressão

O esquema é para o hemisfério sul. A distribuição das isóbaras é a regis­trada ao solo . O vetor superfície corresponde à direção e velocidade do vento em superfíci-E!', em um ponto dentro da região considerada . Os demais vetores

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78 BOLETIM GEOGRáFICO

(300, 600 e 900) correspondem à distribuição da velocidade (em direção e módulo) ao longo de uma vertical passando sôbr«:: o ponto considerado no solo .

A curva obtida é em realidade uma espiral, que já foi calculada por Ekman. É chamada de "espiral de Ekman". .

Pela observação da curva vê-se que os ventos crescem com a altitude e mudam de direção. Pelos cálculos de Ekman a partir de 1 000 m os ventos passam a decrescer em módulos pouca coisa. Para maiores pormenores sôbre o assunto ler a p. 76- do cap. X da obra Dynamic Meteorology, de Haurwitz - ou Secção VI, cap. 9, p. 453 de Handbook ot Meteorology, de Berry, Bollay & Beers .

8) - Ventos de superfície

Assim são chamados os ventos medidos a 6 m acima do solo. O ideal seria que todos os anemômetros fôssem instalados a 6 m acima do solo para regis­trarem êste vento. Na prática êles são instalados devido às circunstâncias entre 6 e 15 m de altura. Os ventos de superfície são muito importantes para o pilôto durante o pouso e a decolagem.

"Sôbre uma superfície de terra, êstes ventos poderão ter sua velocidade redu­zida até 50% da velocidade do vento de gradiente, porém sôbre uma superfície de água calma, essa redução será aproximadamente de 10%" . ·

9) - Nível de gradiente

É assim chamado .o nível onde o atrito não mais atua, e o vento sopra para­lelamente às isóbaras.

10) - Lei de Buys Ballot

"No hemisfério sul, olhando-se na direção em que sopra o vento, a área de baixa pressão ficará à direita e a de alta à esquerda, no hemisfério norte sucede o inverso".

Esta lei surge da observação da direção dos tipos-padrão de ventos. Cha­mamos a atenção para latitudes próximas ao equador, onde a fôrça de coriólis se torna desprezível (pois sen P o com p = o ) , onde esta lei não será mais válida, sendo aplicável para ventos em latitudes superiores a 20°, o mesmo acon­tecendo com a equação do vento geostrófico.

1) A VARIAÇÃO DO VENTO GEOSTRóFICO COM A ALTURA

Até um determinado nível (nível de gradiente), a variação do vento com a altura segue a espiral de Ekman.

Esta espiral está calculada, baseando-se no fato de G se manter cons­tante em módulo com a altura.

O próprio vento geostrófico estabelecido para níveis mais altos leva êste fato em consideração.

Na realidade pode surgir com a altitude um gradiente horizontal de tem­peratura na atmosfera.

Em tal circunstância, o gradiente horizontal de pressão G irá sofrer uma modificação, a qual irá alterar o valor da velocidade do vento bem como irá influenciar a direção do vento modificando-a.

A variação de G com a altitude se compreende da seguinte maneira: Seja a equação hidrostática dp = - g~ dz aplicável a uma coluna de ar. Substituindo nesta equação o valor de ~ fornecido pela equação do estado pm .

P = RT vem.

dp =- ;:;:· - dz onde T é a temperatura média desta coluna de ar de altura

z e pressão p em sua base. dp pgm. dz =- RT

D. P =- pgm ou D. z RT (1) onde D.P e D.Z são acréscimos finitos dados respecti-

vamente a p e z.

CON1

Por esta expressão, vê-st

a T . Conseqüentemente quar se a atmosfera local se apr, de pressão ao longo de uma se obter uma variação em p.

Ao contrário, se a temper 6 P serão maiores, havendo D. z para a pressão em intervalos

Sejam dois pontos em c isóbara P. na superfície, no titudes diferentes.

A coluna atmosférica sô uma temperatura média ma sôbre o ponto mais afastado •

Uma distribuição de teiJ freqüência nas camadas infeJ

Admitamos para o caso 3 km.

No solo a distribuição de Admitindo a validade d:

cal a pressão se distribuirá t

v

CORTE V~RTICAL

REGIÃO BAIXA PRESSAO

EM ALTITUOE

N

o

ISÓBARAS

AR FR IO

SUL r

v;; 7<01!9\(41 < , (CQ W&;J

As linhas P., P,, P • ... P,. rE No solo o gradiente horizon isóbara P •.

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elocidade (em direção e módulo) ) considerado no solo . }Ue já foi calculada por Ekman.

crescem com a altitude e mudam de 1 000 m os ventos passam a :es pormenores sôbre o assunto ·ology, de Haurwitz - ou Secção .e Berry, Bollay & Beers .

m acima do solo. O ideal seria 6 m acima do solo para regis­

s devido às circunstâncias entre muito importantes para o pilôto

)Oderão ter sua velocidade redu­ite, porém sôbre uma superfície mte de 10%" . ·

~ais atua, e o vento sopra para-

m que sopra o vento, a área de :rda, no hemisfério norte sucede

; tipos-padrão de ventos . Cha­uador, onde a fôrça de Coriólis l ) , onde esta lei não-será mais mperiores a 20°, o mesmo acon-

IFICO COM A ALTURA

te), a variação do vento com a

o fato de G se manter cons-

níveis mais altos leva êste fato

1 gradiente horizontal de tem­

I de pressão G irá sofrer uma .:idade do vento bem como irá

tde da seguinte maneira: licável a uma coluna de ar . ·necido pela equação do estado

ia desta coluna de ar de altura

·éscimos finitos dados respecti-

CONTRIBUI ÇÃ O AO ENSINO 79

Por esta expressão, vê-se que a relação 6 v é inversamente proporcional 6 z

a T . Conseqüentemente quanto maior T menor valor terá esta relação . Assim, se a atmosfera local se apresentar quente, ela apresentará pequena variação de pressão ao longo de uma vertical, exigindo-se intervalos muito grandes para se obter uma variação em p .

Ao contrário, se a temperatura da atmosfera local fôr pequena os valores de 6 P serão maiores, havendo ao longo de uma vertical uma grande variação 6 z para a pressão em intervalos verticais relativamente pequenos.

Sejam dois pontos em duas regiões vizinhas, situados sôbre uma mesma isóbara Po na superfície, no hemisfério sul . Consideremos êstes pontos em la­titudes diferentes .

A coluna atmosférica sôbre o ponto mais próximo do equador apresenta uma temperatura média mais elevada que a registrada para a coluna de ar sôbre o ponto mais afastado do equador .

Uma distribuição de temperatura desta forma pode ser encontrada com freqüência nas camadas inferiores da troposfera.

Admitamos para o caso essa distribuição de temperatura até o nível de 3 km .

No solo a distribuição de pressão é da seguinte forma . . Admitindo a validade da expressão (1), vê-se que para um corte verti­

cal a pressão se distribuirá da seguinte forma :

v

V; VETOR VENTO

CORTE V t RTICAL

REGIÃO BAIXA PRESSAO

EM ALTITUDE

AR FRIO

SU L ...........,.

N o NO RTE

p"

PB

~Pt

> lC)JICiX\P lAti P , QPQ CQI4Qtit»40P<« O JhCh\( Act>Jt\ .,....,...,: o NO RT E SOLO n

Corte vertical

As linhas P., P1, P • ... P,. representam isóbaras . No solo o gradiente horizontal de pressão tem componente nula ao longo da isóbara P •.

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80 BOLETIM GEOGRAFICO

A proporção que a altura aumenta, aumenta também a componente G,. do gradiente horizontal de pressão na direção da isóbara P. de superfície . (A quantidade d~ isóbaras atravessadas horizontalmente em um mesmo percurso aumenta com a altitude) .

Assim a fôrça inicial motriz do movimento de uma partícula de ar em um nível qualquer pode ser . imaginada como sendo a soma do gradiente de pres­são G registrado ao solo mais a componente G,. dêste gradiente ao nível consi­derado ; ou vetorialmente .

Por conseguinte, o vento geostrófico que irá resultar da atuação desta fôrça G. (fôrça de gradiente horizontal de pressão resultante) apresenta uma dii­reção que varia com o valor de G,..

N

Notação :

ISciBARA EM SUPERFÍCIE -.....,.,

I

G = gradiente horizontal de pressão.

c

v

G,. = componente do gradiente horizontal paralelo à isóbara de su-perfície.

C fôrça de Coriólis. t. = fôrça centrífuga . V = vento resultante em altitude .

Assim a nível n, uma partícula P de ar será impelida inicialmente pelo gradiente G,.

Esta partícula, irá descrever uma trajetória sob a ação desta fôrça G, e das demais fôrças (Coriólis e centrífuga) , adquirindo um regime de escoamen­to segundo o equilíbrio destas fôrças em cada nível .

É claro que abaixo do nível de gradiente terão que ser levadas em conta as fôrças externas (atrito e viscosidade), que atuam sôbre a partícula.

Próximo ao solo, até o nível de gradiente, o vento real ao longo de uma vertical apresentará uma variação segundo a espiral de Ekman.

Após o nível de gradiente, com o aumento da altitude, a componente G n cresce e a velocidade resultante também. O ângulo formado entre êste vento e o de superfície cresce também. A um nível de 3 km o vento resultante poderá apresentar uma direção quase ortogonal à registrada para o vento real no solo .

CONT

A figura abaixo foi obtida velocidades nos diversos nível~

Os números O, 1, 2, 3 . . . l que corresponde o vetor. · ·

NOJ;

OESTE o

2 p

SUl

Êstes níveis numerados d1 sões P., P,, P. . . . P10, as qu 1 X 103

, 3 X 103, 4 X 103

••• :

Neste hodógrafo nota-se Ekman, inicia-se o vento geosi

Nota-se também a mudan a altura. A 3 km a direçãó d ao solo.

ALTA Po PRESSAO

P,

P. --+,.-c--

v: VENTO DE SUPERFÍCI E

OISTRIBUIÇÃO DE ISÓBARAS DE SUPER~ÍCIE

I

Se a atmosfera apresentar exemplo visto, uma sondagem do balão de SW-S, para SE, < crescente de velocidade após o

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FICO

;a também a componente G,. do a isóbara P. de superfície . (A mente em um mesmo percurso

de uma partícula de ar em um a soma do gradiente de pres­dêste gradiente ao nível consi-

resultar da atuação desta fôrça resultante) apresenta uma dii-

p

JG" c

~

\v

al paralelo à isóbara de su-

lrá impelida inicialmente pelo

sob a ação desta fôrça G r e ·indo um regime de escoamen­ivel. rão que ser levadas em conta uam sôbre a partícula. 1 vento real ao longo de uma 1iral de Ekman. da altitude, a componente G,. o formado entre êste vento e o km o vento resultante poderá strada para o vento real no

CONTRIBUIÇAO AO ENSINO 81

A figura abaixo foi obtida pela construção do hodógrafo da distribuição das velocidades nos diversos níveis.

Os números O, 1, 2, 3 . .. 10, nas extremidades dos vetores indicam o nível a que corresponde o vetor. · ·

NORTE

OESTE o LESTE

SUL

Êstes níveis numerados de O a 10 se relacionam respectivamente às pres­sões P., P,, P • .. . P,., as quais, correspondem respectivamente aos níveis O, 1 X 103

, 3 X 103, 4 X 103

• • • 10 X 103 pés de altitude Neste hodógrafo nota-se que a 2 500 pés, com o término da espiral de

Ekman, inicia-se o vento geostrófico. Nota-se também a mudança gradativa de direção do vento geostrófico com

a altura. A 3 km a direção dêste vento é quase ortogonal ao vento real junto ao solo.

V1

{f

P,

P.

~

V' VENTO DE SUPERFÍCI E

OISTRIBUICÃO DE ISÔ BARAS DE SUPERFÍCIE

REGIÃO BAIXA PRESSÃO EM ALTITUDE

p,

SOLO

CO RTE VERTICAL

P,

P,

REGIÃO OLTA PRESS.!:O E,_, ALTITUDE

AR QUENTE

P,

Se a atmosfera apresentar distribuição de pressão e temperatura segundo o exemplo visto, uma sondagem com balão-pilôto irá acusar um desvio contínuo do balão de SW-S, para SE, durante a sua ascensão, bem como um aumento crescente de velocidade após o nível de gradiente.

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82 BOLETIM GEOGRAFICO

A modificação do vento com a altitude em função de um gradiente horizon­tal de temperatura em altitude pode da mesma forma ser estabelecida consi­derando um corte vertical, cortando isóbaras também em superfície.

o

v

c CENTRO ALTA

PRESSÃO MASSA· FRIA

V: VELOCIDADE DO VENTO EM SUPERFÍCIE

DISTRIBUIÇÃO DAS ISóBARAS EM SUPERFICIE

N

1

Neste caso, o vento de superfície sopra quase ortogonalmente ao corte CD considerado, em direção ao leitor (ou seja vento de W-NW soprando para E.-SE) .

O gradiente horizontal de pressão no solo tem a direção sul.

A componente horizontal do gradiente de pressão nesta direção aumenta com a altitude .

O valor do gradiente horizontal de pres­são aumenta com a altitude, o que implica num aumento da velocidale do vento para E .

Seja uma massa de ar frio que emigra em direção ao equador ; ela constitui um centro de alta.

A atmosfera a norte apresentará tempera­tura média mais quente . A distribuição das pressões ao longo do corte vertical DC obeae­cerá ainda à expressão (1) do item 1. A figura abaixo mostra esta distribuição .

Nesta distribuição de temperaturas e isó­baras, existe, no solo, um gradiente horizontal de pressão em direção ao norte . O gradiente horizontal de pressão diminui com a altura, até certo nível onde se anula . A seguir, para níveis mais altos o gradiente horizontal de pressão muda de sentido e passa a crescer .

Em decorrência, os ventos por sua vez se­rão influenciados por esta variação do gran­diente horizontal de pressão .

Assim, no solo o vento sopra de E-SE . À proporção que a altitude aumenta, o vento

Ar A-r--------------------------------------------------frio

NORTE D

quente

CORTE VERTICAL

(DIST . ISóBARAS)

CONT

diminui de intensidade de aci junto com o mesmo. Após en com sentido contrário ao verif ção do gradiente) .

O vento passa assim, a se a altura .

Estas considerações serven rem na direção dos ventos ao J perturbação atmosférica come ocasiões podem-se obter ventos em altitude.

Observamos que uma distJ exemplo acima, é possível exist polar fria ao sul. 3)

A distribuição normal de · féria sul apresenta uma regiã equador e uma região de ba

pólo). Em conseqüência desta di:

pecto idêntico ao da fig. 9 . E em níveis mais altos passarão a 4)

Seja a região compreendia altitudes em que se distribui a

Esta região apresenta ter região equJLtorial.

Assim, nesta faixa da atn direção pólo-equador, ao longo

Admitindo-se aplicável a e desenvolvidas nos itens anteric soprar de W; aumentando de i1 que nestas camadas mais baix: minuir gradativamente, ocasim tos de W. 5) Vetor "SHEAR"

O vetor diferença entre o ' e o vetor velocidade dêste veni shear (o têrmo shear não trad ginar êste vetor como oriundo d contíguas de um fluído viscoso

A direção dêste vetor sheal e 81 do 1.0 item, será paralela i figura da pág . 81 o vetor shear pág. 79 tem direção aproximao

6) VENTO TERMAL

O módulo dêste vetor shear do item (1) e a equação do ver

J à p p à z

diferenciando com respeito a :

à ( 1 à p) à ( a-; pi)"; =a-; .

Diferenciando (1) com res.t:

/z (

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I. FICO

função de um gradiente horizon­la forma ser estabelecida consi­.ambém em superfície. so, o vento de superfície sopra 1almente ao corte CD considerado, o leitor (ou seja vento de W-NW ·a E-SE) . nte horizontal de .pressão no solo .o sul. nente horizontal do gradiente de . direção aumenta com a altitude. do gradiente horizontal de pres­. com a altitude, o que implica o da velocidale do vento para E . L massa de ar frio que emigra em quador; ela constitui um centro

·era a norte apresentará tempera­mais quente. A distribuição das ongo do corte vertical DC obe{le­expressão ( 1) do item 1. A figura a esta distribuição. ;tribuição de temperaturas e isó-no solo, um gradiente horizontal

n direção ao norte. O gradiente ~ pressão diminui com a altura, ·el onde se anula. A seguir, para altos o gradiente horizontal de 1. de sentido e passa a crescer. rrência, os ventos por sua vez se­ados por esta variação do gran­ntal de pressão . o solo o vento sopra de E-SE . A 1e a altitude aumenta, o vento

~ Ar -----------f rio

~ G~SUL

- - ) /) -= /# :::///=:.)/)# r. ' :::::-///:--///

CONTRIBUIÇAO AO ENSINO 83

diminui de intensidade de acôrdo com o gradiente de pressão, para se anular junto com o mesmo. Após em níveis mais altos o vento geostrófico irá surgir com sentido contrário ao verificado no solo (conseqüência: mudança de orienta­ção do gradiente) .

O vento passa assim, a soprar de W-NW, aumentando de intensidade com a altura.

Estas considerações servem em parte para explicar as mudanças que ocor­rem na direção dos ventos ao longo de um corte vertical, em uma região de uma perturbação atmosférica como seja na presença de uma frente fria. Em tais ocasiões podem-se obter ventos em superfície quase em sentido oposto aos ventos em altitude.

Observamos que uma distribuição de temperatura na atmosfera como a do exemplo acima, é possível existir, independentemente da presença de uma massa polar fria ao sul. 3)

A distribuição normal de temperatura encontrada na troposfera no hemis­fério sul apresenta uma região de alta temperatura (em média) próximo ao equador e uma região de baixa temperatura (em média em direção ao sul

pólo). Em conseqüência desta distribuição de temperaturas as isóbaras terão as­

pecto idêntico ao da fig. 9. E dentro desta distribuição de isóbaras os ventos em níveis mais altos passarão a soprar vindos de oeste, crescendo com a altitude. 4)

Seja a r.egião compreendida na estratosfera e troposfera pelo conjunto de altitudes em que se distribui a tropopausa . ,

Esta região apresenta temperatura média menos fria nos pólos que na região equ_íLtorial.

Assim, nesta faixa da atmosfera existe um gradiente de temperatura na direção pólo-equador, ao longo de um meridiano .

Admitindo-se aplicável a esta faixa da atmosfera as mesmas considerações desenvolvidas nos itens anteriores, pode-se concluir que: os ventos tenderão a soprar de W; aumentando de intensidade com a altitude na troposfera, ao passo que nestas camadas mais baixas da estratosfera o gradiente de pressão irá di­minuir gradativamente, ocasionando assim diminuição na intensidde dos ven­tos de W. 5) Vetor "SHEAR"

O vetor diferença entre o vetor velocidade do vento gra,diente em um nível e o vetor velocidade dêste vento em um nível mais baixo, é chamado de vetor shear (o têrmo shear não traduzido do inglês surge pela possibilidade de ima­ginar êste vetor como oriundo de fôrças tangenciais (shear) entre duas camadas contíguas de um fluído viscoso em regime lamelar) .

A direção dêste vetor shear como se pode deduzir das figuras das págs. 79 ~ 81 do 1.0 item, será paralela às isotermas de temperaturas médias do ar . Pela figura da pág. 81 o vetor shear tem a direção W-E e a isoterma pela figura da pág. 79 tem direção aproximadamente idêntica .

6) VENTO TERMAL

O módulo dêste vetor shear poderá ser calculado, utilizando a expressão do item (1) e a equação do vento geostrófico (pois considera-se t. - 0),

l a p gm --- =-- (expressao 1) P a z R'l'

diferenciando com respeito a x .

a ( 1 a P) a ( 1 a P) a ( gm ) ã""; P a x = a-; P -;;--; = a-; - R'l' -

Diferenciando (1) com respeito a y

a ( 1 a P) a a '1' a-; P ay = RT2 ay

g a T = RT2 a;;

(1)

(1.)

(2)

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84 BOLETIM GEOGRAFICO

A equação do vento geostrófico em eixos ortogonais (X, y , z> com z eixo a x a y

vertical e, a z = u, ~ = V fica

1 a P lv =---

P a X

' a P I u = - - - onde l = 2W sen y P a Y

_ · Pm Substituindo P pela equaçao do estado P = R 'l ' vem

ou seja v R a P - = ----'1 ' l Pm a x

u R 1 a P = - ---7' lpmay

l v = RT ~ P m a X

lu=- RT ~ prn a y

Diferenciando estas duas expressões em relação a z vem

a ( v) R a ( 1 a P) ~ "T = ~~ P a; a ( u) R a ( 1 a P) ~ T ·= - ~i); P ay

Substituindo (1 ) e (2) em (3) e (4) vem:

/z ( ~) /z ( ~' )

" 1 a T

a 1 a T = - TT2ãY

Integrando estas expressões entre os níveis z. e z vem :

V Vo a 1z 1 a T T' = '"T + T T2 a-; az

0 Zo

u Uo a ( z 1 a T T = To - T J Zo '1 '2 ay dz

(3)

(4)

(5)

(6)

onde u. e v. são as componentes- do vento geostrófico nível de altura z •.

e T. a temperatura, ao

Reorganizando os tê r mos : T a T ( z l a T

v = T o Vo + - l - J Zo 'J'2 a X dz

T aT l z l a T u = T o Uo l Zo '}'2 a y dz

Algumas simplificações podem ser feitas . Consideremos duas camadas de fluxo de ar bem

para outra, a diferença de temperatura é pequena . Neste caso a relação de temperaturas registradas

ser considerada pràticamente unitária .

Assim '1' To "'

1

próximas onde, de uma

nas duas camadas, pode

CONTI

Além disso, pode-se tomar espessura z-z., e admitindo ~

(

as seguintes equações simplifit

V =

u =

ou :

v -

u- V

Assim o 2.0 membro destas do módulo do vetor shear .

A êste valor chama-se de horizontal de temperatura .

Pelas expressões 6 e 7 vê­um nível z., pode-.se obter o val cimo do vento termal nesta cal

Sem fazer simplificações, o: tituem a "componente do vent

Para uma camada de espt componente vento termal se re

a z c. . u, = - "i'1Ç,_ -

a z a V, = l 'l'rn-

7) REGRA APLICAVEL AO Vl

- O vento termal tem pràtiC! observação das figuras 2 e 5 c hemisfério sopra paralelamente geostrófico em tôrno de uma l sua direita a região de baixa tE

Exemplo: Seja uma distribl

3 .. 320 30 0 280 I I

I I --;------,---!--~-1005 m~

---:------'--1 r--1 006 mb

._lL ' --;-- -----:--i-1

- -t-1

- 1001mb

--;-----T-----,--f---100 8 mb

I

ISOTÉRMAS

ISÔBARAS

I

Vo VEN TO GEOSTRÓFICO NO TÔPO DA ESP IRA L

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ortogonais (x, y, z) com z eixo

Pm RT vem

!ação a z vem

-a P) a x

( 1 a P) P a Y

T X

laT ' 2 a Y

z. e z vem:

~ dz it X

(3)

(4 )

(!i)

I T , () - dz 6 I y

ostrófico e T. a temperatura, ao

a T dz : a x

a T · -- dz ' a Y

(SJ

(IJ)

ar bem próximas onde, de uma tuena. stradas nas duas camadas, pode

CONTRIBUIÇÃO AO ENSINO 85

Além disso, pode-se tomar T como temperatura média da camada de ar de espessura z-z., e admitindo a T e ~ constantes em relação a z, obtêm-se

a x a y as seguintes equações simplificadas.

ou:

g a T V = Vo + - - (z - zo)

l T à X

u = Uo - ..!!._ a T l T ay (z-zo)

V- Vo =...!!.._a T l '1 ' i); (z - zo)

g il T u- Uo = - - - fz - zo)

l T a y

(6)

(7)

Assim o 2.0 membro destas equações fornece com boa aproximação o valor do módulo do vetor shear .

A êste valor chama-se de vento termal por estar relacionado ao gradiente horizontal de temperatura.

Pelas expressões 6 e 7 vê-se que, sabido o valor do vento geostrófico em um nível z., pode-se obter o valor do vento em um nível z mais alto, pelo acrés­cimo do vento termal nesta camada, ao valor do vento em z •.

Sem fazer simplificações, os dois últimos têrmos das expressões 5 e 6 cons­tituem a "componente do vento termal" ao nível z.

Para uma camada de espessura finita z, com temperatura média Tm, a componente vento termal se reduz:

a z à Tm . u,= -l Tm dY

à z à Tm V,= l 'I'm---;;-;;-

ao longo do eixo dos x .

ao longo do eixo dos y .

7) REGRA APLICAVEL AO VENTO TERMAL

-O vento termal tem pràticamente a direção e sentido do vetor shear . Pela observação das figuras 2 e 5 do 1.0 item vê-se que o vento termal em nosso hemisfério sopra paralelamente às isotermas, da mesma maneira que o vento geostrófico em tôrno de uma região de baixa pressão ou seja, conservando à sua direita a região de baixa temperatura .

Exemplo: Seja uma distribuição de isóbaras em superfície

,.. I I

32~ 30 9 289 I I

~~--_,-----+----~--IOO > m~ I

-;-----l----1 I I V r-1006mb

,_l_Q__ I

-;-----...c_---+1----_.;'_ 1007mb

-r-----i-----.,.-----'f-- I 00 8 m b

I

ISOTÉRMAS

ISÔBARAS

I

v : VENTO GEOSTRÓFICO NO TOPO DA ESPIRAL DE EI<MAN. o

'319mb

~"' v~~ A!: GI ÃO ALTA TEMPERATURA

ISÓ BARAS AO NiVEL DE I km

REG IÃO BAIXA TEMPE RATURA

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86 BOLETIM GEOGRAFICO

Ao nível de 1 km por exemplo devido ao gradiente horizontal de temi)eratura surgirá uma componente vento termal v, paralela às isotermas. Conseqüente­mente o vento geostrófico resultante (V), pode ser imaginado neste nível como oriundo do vento geostrófico v. mais o vento termal v,.

v t

v

v o

As isóbaras nestes níveis deverão apresentar direção paralela ao vento geostrófico resultante .

Na prática, em previsões, nos Estados Unidos da América do Norte, é costume considerar o vento termal entre o nível do gradiente (tôpo espiral de Ekman ) e o 1

nível de 3 km . Assim, pela distribuição das i.sóbaras de superfície,

sabe-se qual será o vento geostrófico ao nível de gra­diente . Pela distribuição das temperaturas médias sate­-se qual o gradiente de temperatura e portanto o valor do vento termal. Com tais dados pode-se obter o vento geostrófico provável e o n ível de 3 km .

9) VENTO HORÁRIO e VENTO ANTI-HORÁRIO

No exemplo do item (1) fig. da página 79, o hodógrafo obtido para as ve­locidades, surge como se fôsse construído por um raio vetor girando em sentido contrário aos ponteiros do relógio, como uma continuação da espiral de Ekman .

Neste caso o vento médio do solo até o nível considerado (3 km) parece girar contra os ponteiros do relógio. Um balão pilôto descrevia uma trajetória igual à do hodógrafo . Dizemos então, que temos um vento anti-horário com a altura Wind back em inglês . Quando ao contrário, o vento médio com a altura descreve uma trajetória após atingir o nível de gradiente, em sentido contrário ao da espiral de Ekman e portanto, com mesmo sentido de rotação que os pon­teiros do relógio dizemos que temos um vento-horário Wind veer .

O exemplo visto no item 7. figuras da página anterior, fornece um vento­-horário . O hodógrafo dêste vento deverá ter a seguinte forma:

/ORIENTAÇÃO DAS ISOBARAS EM SUPERFÍCIE

8

o

CONTE

Pela observação do sentido tende a sofrer da seguinte ma:

1.0 ) No caso de um vente a superfície e o nível mais alt mais fria .

O que permite escrever a ~ Se temos vento anti-horár

uma advecção de ar quente. Para o hemisfério norte, a

superfície (vento equador) e v 2.0 ) No caso de vento sul 1

norte (mesma distribuição de i~ entre o solo e o nível consider Ekman .

De fato, as isóbaras em su

REGIÃO DE ALTA TEMPERATURA

REGIÃO DE ALTA PRESSÃO

BAIXA

O gradiente horizontal de pre direção do vento em altitude, cc

N

1 v

V2

I

G:- - -- ­n

O hodógrafo das velocidade~ terior.

Então, no caso de vento rea ao norte, o vento médio entre vemos que a tendência do ar se mais quente. Neste caso vale a

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adiente horizontal de temi)eratura raleia às isotermas. Conseqüente­te ser imaginado neste nível como termal v .. s níveis deverão apresentar direção ~ostrófico resultante. previsões, nos Estados Unidos da costume considerar o vento termal liente (tôpo espiral de Ekman) e o 1

ibuição das isóbaras de superfície, vento geostrófico ao nível de gra­ção das temperaturas médias sa'be­je de temperatura e portanto o al. Com tais dados pode-se obter •rovável e o nível de 3 km .

ARIO

~. o hodógrafo obtido para as ve­um raio vetor girando em sentido ~ontinuação da espiral de Ekman . nível considerado (3 km) parece \o pilôto descrevia uma trajetória 1os um vento anti-horário com a ·ário, o vento médio com a altura le gradiente, em sentido contrário 10 sentido de rotação que os pon­-horário Wind veer. gina anterior, fornece um vento­

a seguinte forma:

EM SUPERFÍCIE

/~7~8

__...;

_.........

CONTRIBUIÇÃO AO ENSINO 87

'\ I

Pela observação do sentido do vento médio, vê-e que êle no hemisfério sul tende a sofrer da seguinte maneira :

1.0 ) No caso de um vento norte em superfície vê-se o vento médio entre a superfície e o nível mais alto (3 km) . Sopra da região mais quente para a mais fria .

O que permite escrever a seguinte regra: Se temos vento anti-horário (Wind back) , com a altura, é porque existe

uma advecção de ar quente. Para o hemisfério norte, a advecção de ar quente existe para vento sul em

superfície (vento equador) e vento horário com altura . 2.0 ) No caso de vento sul em superfície, com região de alta temperatura ao

norte (mesma distribuição de isóbaras vistos na fig. da pág . 79) , o vento médio entre o solo e o nível considerado irá ser horário acima do tôpo da espiral de Ekman .

De fato, as isóbaras em superfície serão:

REGIÃO DE ALTA TEMPERATURA

REGIÃO DE ALTA PRESSÃO

v

N

L REGIAO DE BAIXA

PRESS~O

V: VENTO REAL G: GRADIENTE HORIZONTAL DE .PRESSÃO

REGiÃO DE BAIXA TEMPERATURA

o gradiente horizontal de pressão resultante, irá apresentar modificação na direção do vento em altitude, como pode ser visto .pela figura abaixo .

N

1

V2

C2

C 1 G

G­n aR

NOTAÇÃO:

G = Gradiente horizontal de pressão na super­ficie

C1 = Fôrça de Coriólis

V1 = Velocidade resultante (velocidade vento • real)

Gn = Componente de gradiente horizontal de pressão, em função do gradiente horizon­tal de temperatura

Ga = Gradiente horizontal resultante

Co = Fôrça de Coriólis equilibrando Ga

V. = Velocidade do vento resultante do equilí­brio · Go = Gn (é o vento geostrófico em altitude acima do nível de gradiente)

O hodógrafo das velocidades apresentará o aspecto da figura da página an­terior.

Então, no caso de vento real em superfície com região de alta temperatura ao norte, o vento médio entre o solo e o nível de 3 km será horário . Assim vemos que a tendência do ar será de escoar em altitude da região fria para a mais quente. Neste caso vale a seguinte regra:

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88 BOLETIM GEOGRAFICO

"Se temos vento horário com a altura, é porque existe uma advecção de ar frio ."

Então, no caso de uma sondagem com balão-pilôto, a trajetória dêste no ar, servirá para indicar advecção de ar frio ou quente em altitudes conforme fôr a direção do vento em superfície.

Para o hemisfério norte vale a seguinte regra: Com vento norte em superfície e vento anti-horário em altitude, existe

uma advecção de ar frio.

1) - A circulação geral da atmosfera terrestre

Até o momento do curso foram discutidos os fundamentos físicos que poderão acarretar os deslocamentos de ar na atmosfera. Assim foram discutidas as fôrças possíveis que atuam sôbre uma partícula do fluído atmosférico . Tam­bém foi focalizada a distribuição de temperaturas na atmosfera terrestre bem como o problema da insolação da superfície terrestre.

De tudo isso ficou assentado a idéia de uma determinada distribuição de isóbaras e isotermas na superfície terrestre, distribuição essa sujeita a modifi­cações conforme a estação do ano e as perturbações no próprio fluído atmos­férico. No presente momento iremos procurar estabelecer com os dados obtidos até agora, um esquema geral dentro do qual a atmosfera circula de modo a suprir o deficit de calor na superfície terrestre na faixa latitudinal próxima dos pólos .

Sabe-se que na metade da área compreendida entre as latitudes de 300N e 30°S, a Terra recebe um total aproximado de 6, 21 x 10'-'gcal sec-1 em média durante um ano .

Entre 30° de latitude e os pólos, a Terra perde para o espaço aproximada­mente, em média, por ano energia igual àquela recebida na faixa equatorial.

O balanço desta energia sôbre a superfície terrestre é feito pela atmosfera . O ar em contacto com o solo mais aquecido, adquire calor e inicia um movi­mento convectivo a grande escala, subindo na faixa equatorial . Após, pelo alto, dirige-se em direção aos pólos, onde irradiará energia para o chão, esfriando-se e emprestando energia à superfície.

Próximo ao solo, nos pólos, o ar em excesso iniciará um movimento em direção ao equador para suprir o dejicit de ar eriado naquela região . Se não houvesse o movimento de rotação terrestre, assim se efetuaria o transporte de calor, ou seja: haveria uma circulação meridiana (ao longo de um meridiano) ou circulação termal (oriunda unicamente de aquecimento da Terra no equador e esfriamento nos pólos). Entretanto, com o giro da Terra e a ação da fôrça de gravidade, a partícula !le ar, ao deslocar-se iniciará uma trajetória curvilínea . Conseqüentemente surgirão fluxos de ar descrevendo pràticamente curvaturas concêntricas.

Em conjunto o ar em movimento irá girar como se fizesse parte de grandes células cilíndricas distribuídas em latitudes diferentes. O modêlo dêste conjunto de células recebeu o nome de circulação principal ou geral. Dentro dêste modêlo, grande parte do ar que se desloca do equador em direção aos pólos não chega ao destino diretamente. · Uma boa percentagem retorna ao meio da viagem.

2) - Cons~rvação do momento angular

Vr = wr• = constante onde r = distância da partícula ao eixo de rotação V = velocidade tangencial da partícula

. w = velocidade angular.

Se uma partícula se deslocar sempre na atmosfera de modo a conservar 1 r I = constante, sôbre ela agirá a fôrça de Coriólis desviando-a .

Mas se ela se deslocar variando sua distância ao eixo de rotação da Terra, o seu movimento relativo poderá ser atribuído a duas causas: 1.a a aceleração de Coriólis; e 2.a a fôrça resultante da conservação do momento angular. A par­tícula terá a sua velocidade tangencial de rotação em tôrno do eixo da Terra, aumentada . ou diminuída conforme r diminui ou aumenta respectivamente, em módulo. -

CONTR

Quando uma partícula de próximo à superfície terrestre, de Coriólis irá atuar desviando-< tória, conforme o hemisfério em apresentará variação em r, devi do momento angular, a velocida bém e em sentido inverso à var

Caso o deslocamento seja d Automàticamente o valor de w a sua velocidade de rotação err: irá apresentar uma velocidade pontos da superfície terrestre, 1 adiantar-se em seu movimento na superfície terrestre, de mesr observador fixo ao solo, o apaJ de NW. É óbvio que neste deslo da rotação da Terra, enquanto diente de pressão existente.

Caso o deslocamento seja d em módulo. Automàticamente < apresentará velocidade de rota superfície por onde passa.

Como resultado, a partícul: em tôrno do eixo terrestre.

Para um observador fixo a< este contra êle, ou seja, surg_irá tando para W .

O resultado será um vento 1 Neste vento a compoente E

nente sul surge devido ao grad

3) -Movimento em direção ao:

Conjugando a fôrça deflect momento angular, pode-se comi camentos de ar, na superfície t1

Lembramos entretanto que a latitude) é desprezível. Em mente nula. A sua intensidade

Na faixa latitudinal entre 2 camente obedece à lei de conse

Uma partícula que iniciar saindo do equador, irá sob a inflt e sob a ação da fôrça de Corió deflecção gradativa em sua dire de latitude, o movimento resulta1 um desvio de 90° em relação à

De tudo isso, pode-se concl1 do equador passa a circular ao faixa deverão dominar ventos d advindo do equador. E:ste acúm alta pressão em superfície dent:

Conseqüê

Uma partícula que inicie un rompe a traj etária para os pólo:

4) -Movimento em direção ao

Uma partícula que se deslo< um gradiente horizontal de pres: original. Quando atingir as pr<

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AFICO

;>orque existe uma advecção de ar

1alão-pilôto, a trajetória dêste no ou quente em altitudes conforme

regra: anti-horário em altitude, existe

e

idos os fundamentos físicos que ~tmosfera. Assim foram discutidas :cula do fluído atmosférico. Tam­turas na atmosfera terrestre bem .errestre. uma determinada distribuição de listribuição essa sujeita a modifi­.rbações no próprio fluído atmos-estabelecer com os dados obtidos

I a atmosfera circula de modo a tre na faixa latitudinal próxima

. dida entre as latitudes de 300N e e 6, 21 x 10'-'gcal sec-1 em média

perde para o espaço aproximada­ela recebida na faixa equatorial. l terrestre é feito pela atmosfera . adquire calor e inicia um movi­faixa equatorial. Após, pelo alto, energia para o chão, esfriando-se

~esso iniciará um movimento em :tr eriado naquela região. Se não ssim se efetuaria o transporte de ana (ao longo de um meridiano) aquecimento da Terra no equador giro da Terra e a ação da fôrça iniciará uma trajetória curvilínea . :revendo pràticamente curvaturas

como se fizesse parte de grandes :erentes. O modêlo dêste conjunto ;>al ou geral. Dentro dêste modêlo, ~ em direção aos pólos não chega

viagem.

o de rotação

atmosfera de modo a conservar !oriólis desviando-a. 1cia ao eixo de rotação da Terra, > a duas causas : 1.a. a aceleração :tção do momento angular. A par­iação em tôrno do eixo da Terra, ou aumenta respectivamen~, em

CONTRIBUIÇAO AO ENSINO 89

Quando uma partícula de ar fôr, por um gradiente de pressão, impelida, próximo à superfície terrestre, a se mover ao longo de um meridiano, a fôrça de Coriólis irá atuar desviando-o para a esquerda ou para a direita de sua traje­tória, conforme o hemisfério em que se desloque. Mas ao se deslocar, a partícula apresentará variação em r, devido à forma da Terra. Por isso, pela conservação do momento angular, a velocidade angular de rotação da partícula variará tam­bém e em sentido inverso à variação de r .

Caso o deslocamento seja do equador para o pólo, o valor de r decrescerá . Automàticamente o valor de w aumentará. Assim a partícula terá aumentada a sua velocidade de rotação em relação ao eixo da terra. Em decorrência, ela irá apresentar uma velocidade de rotação maior do que a registrada para os pontos da superfície terrestre, por onde passa. Dêste modo, a partícula deverá adiantar-se em seu movimento de rotação deixando para trás os pontos fixos na superfície terrestre, de mesma latitude que ela. O resultado será, para um observador fixo ao solo, o aparecimento de ventos como se estivessem vindos de NW. É óbvio que neste deslocamento, a componente de W surge Unicamente da rotação da Terra, enquanto a componente de direção sul é oriundo do gra­diente de pressão existente.

Caso o deslocamento seja do pólo para o equador, o valor de r aumentará em módulo . Automàticamente o valor de w decrescerá . Neste caso a partícula apresentará velocidade de rotação em tôrno do eixo terrestre, inferior à da superfície por onde passa.

Como resultado, a partícula será ultrapassada pela superfície na rotação em tôrno do eixo terrestre .

Para um observador fixo ao solo, êle terá a impressão da partícula vir de este contra êle, ou seja, surg:irá um vento em superfície com componente apon­tando para W.

O resultado será um vento de SE. Neste vento a compoente E surge devido à rotação da Terra e a compo­

nente sul surge devido ao gradiente de pressão existente .

3) -Movimento em direção ao pólo

Conjugando a fôrça deflectora de Coriólis e a oriunda da conservação do momento angular, pode-se compreender a trajetória relativa dos grandes deslo­camentos de ar, na superfície terrestre.

Lembramos entretanto que próximo ao equador o valor de sen cp (onde cp é a latitude) é desprezível. Em conseqüência, a fôrça de Coriólis fica pràtica­mente nula. A sua intensidade é mais sentida após maiores de 200 .

Na faixa latitudinal entre 20°N e 20°S, o desvio do ar em movimento pràti-camente obedece à lei de conservação do momento angular. ·

Uma partícula que iniciar um deslocamento ao longo de um meridiano, saindo do equador, irá sob a influência da !ei da conservação do momento angular e sob a ação da fôrça de Coriólis (já para maiores latitudes) apresentar uma deflecção gradativa em sua direção Quando a partícula chegar próxima dos 30° de latitude, o movimento resultante será de tal ordem que a partícula apresentará um desvio de goo em relação à direção inicial.

De tudo isso, pode-se concluir que próximo à latitude de 3oo, o ar advindo do equador passa a circular ao longo dos paralelos e deve-se esperar que nesta faixa deverão dominar ventos de W. Há assim nesta região um acúmulo de ar advindo do equador . Êste acúmulo de ar explica a presença de uma região de alta pressão em superfície dentro desta faixa latitudinal .

Conseqüência imediata dêste tato:

Uma partícula que inicie um deslocamento ao longo de um meridiano inter­rompe a trajetória para os pólos em latitudes próximas de 30°.

4) - Movimento em direção ao equador

Uma partícula que se deslocar do pólo em direção ao equador obedecendo a um gradiente horizontal de pressão, será gradativamente desviada de sua direção original. Quando atingir as proximidades de 7oo de latitude, a direção obtida

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90 BOLETIM GEOGRAFICO

será pràticamente ortogonal à direção inicial; a partícula se apresenta pois com direção E .

Da mesma forma se ela se deslocar da faixa latitudinal de 30o de latitude em direção ao equador, ela será desviada gradativamente, atingindo ao equador a direção E .

5 ) - Aplicação da conservação do momento angular em um movimento de des­cida ou de subida

Sendo wr• = constante, onde r é a distância ao eixo da rotação, pode-se concluir :

"Na atmosfera, quando uma partícula de ar subir a níveis mais altos e por­tanto r aumentar, automàticame,nte w decrescerá ;

Se a partícula descer a níveis inferiores, e portanto r decrscer, w auto­màticamente crescerá" .

Conseqüências:

a) Quando uma partícula realizar movimento de descida, ela se adiantará para este em relação a um observador fixo ao solo e inicialmente na vertical que passava pela partícula (pois w da partícula cresce) .

b) Quando uma partícula realizar um movimento de subida, ela irá se atrasar para W em relação a um observador fixo ao solo e inicialmente na ver­tical que passava pela partícula; ou seja para o observador a partícula se apre­sentará como vindo de este.

2

MOVIMENTO DE SUBIDA

6) -Radiação de energia para o espaço

I MOVIMENTO DE DESCIDA

ESTE

O ar que por aquecimento sobe nas proximidades do equador, inicia em alti­tude um movimento em direção aos pólos (movimento de convecção a grande escala) .

Êste ar em seu trajeto para os pólos, apresenta intensa radiação de energia para o espaço, esfriando-se gradativmente, vai aos poucos, tornando-se mais denso. Com isso adquire uma componente de descida, passando a níveis mais baixos . Pràticamente, próximo à latitude de 30° já se apresenta bem próximo ao solo, devido ao intenso resfriamento sofrido .

Da mesma forma, próximo aos pólos, o ar que chega em altitude, perde energia por irradiação para o espaço e desce, sendo ;;t descida agravada pelo contacto com camadas mais frias que lhe ficam abaixo.

De modo geral, a irradiação de energia para o espaço do próprio ar é sentida nitidamente a pouca distância do chão.

Em latitudes médias, segundo Rossby, a 2 ou 3 km acima do nível do mar, a perda por irradiação em um nível fixo é de ordem provável de 1 a 2°0 por dia. (p. 510 - Handbook ot Meteorology - secção VII) .

7 ) - A importância do calor latente

Nas regiões onde o ar apresenta forte componente ascensional e a massa de ar apresenta umidade relativa suficiente para atingir o ponto de saturação durante a subida, o calor latente de ar na transformação do vapor d'água em estado líquido . assume grande importância. ·

CONTR

A energia despendida nesta Êste aquecendo-se, tem diminu A massa de ar recebe mais imp

Dêste modo a perda de irr. sentida nesta região enquanto calor latente .

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8) - Ci7:_culação geral ou princ;

Caso a Terra não rodasse et dional. O ar se elevaria por dil torial), surgindo um gradiente tude. O ar acima dêste nível e haver um excesso de ar, o gue 1 em superfície, na calota polar,

ESQUEMA DE CIR /

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a partícula se apresenta pois com

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CONTRIBUIÇAO AO ENSINO 91

A energia despendida nesta transformação serve para aquecer a ar vizinho . Êste aquecendo-se, tem diminuída a sua densidade de ar nos níveis vizinhos . A massa de ar recebe mais impulso deslocando-se para níveis mais altos.

Dêste modo a perda de irradiação do ar em níveis mais alto deixa de ser sentida nesta região enquanto h6uver transformações com desprendimento de calor latente.

Conforme veremos adiante a faixa latitudinal próxima ao equador e a das latitudes próximas a 600 apresentam estas características (região de nebulosi­dade quase permanente).

8 ) - Ci1;culação geral ou principal da atmosfera

Caso a Terra não rodasse em tôrno de seu eixo, a circulação seria tipo meri­dional . o ar se elevaria por dilatação na faixa aquecida da Terra (faixa equa­torial), surgindo um gradiente horizontal de pressão após algum nível em alti­tude . O ar acima dêste nível escoaria para os pólos . Nos pólos terminaria por haver um excesso de ar, o gue resultaria em um gradiente horizontal de pressão em superfície, na calota polar, se deslocasse em direção ao equador .

ESQUEMA DE CIRCULAÇÃO MERIDIONAL EM /

C E LU LAS, SEGUNDO ROS S BY

EQUADOR

CONVENÇAO

~{SISTEMA OI! N UVEifS- CUMULIFORMI!S ~ REGIÃO DE

~ GRANDE CONVECÇAO

~ FRENTE POLAR COM NEBULOSIDADE FORTE

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W DIREÇÃO DE OESTE

E DIREÇÃO O E ESTE

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92 BOLETIM GEOGRÁFICO

Haveria dentro dêste esquema uma compensação de energia na superfície terrestre realizando-se um movimento de convecção e grande escala na atmosfera.

O giro da Terra entretanto, secciona êste grande movimento de convecção: a) Surgem nitidamente, nos dois hemisférios entre o equador e as latitudes de 30°, duas grandes cédulas cilíndricas onde o ar se movimenta obedecendo a um sistema de convecção .

Nesta célula, o ar se aquece em sua trajetória inferior, em direção ao equa­dor, enquanto se eleva gradàtivamente e após a fase de liberação do calor latente, se desloca em altitude e em direção ao pólo, adquirindo pela radiação de energia para o espaço, um movimento de descida .

É claro que a trajetória obedece à lei da conservação do momento angular . Esta célula será chamada de n.0 1 (figura da página anterior ) .

b) O movimento de convecção iniciado, concomitantemente, em superfície, na calota polar, irá se apresentar em uma célula . Esta célula será chamada de n.o 3 (figura da página anterior) .

Nesta célula, o ar frio gue se desloca em direção ao equador, se aquece gra­dativamente em contacto com a superfície.

Assim aos poucos apresentará uma componente ascensional, devendo retornar em níveis mais altos na latitude de 60° (depois discutiremos êste pormenor) .

Nesta célula também o ar se deslocará obedecendo à lei da conservação do momento angular . O ar em altitude retorna ao pólo apresentando forte com­ponente de W .

c ) - Comportamento dos ventos na faixa latitudinal de 30o a 6oo em cada hemisfério

A observação do movimento da Terra acusa uma constância em sua veloci­dade de rotação . A atmosfera terrestre acompanha a Terra em sua rotação em tôrno do eixo .

Quando uma partícula de ar se desloca de uma latitude para outra, ela carrega com ela a quantidade de momento angular inicial.

Se por exemplo, o deslocamento foi do pólo para o equador a quantidade de momei).to existente na partícula será menor que a registrada para o ar em latitudes menores. A partícula em movimento irá deslocár-se para oeste .

Generalizemos êste fato para uma massa de ar que se desloque em super-fície, do pólo para o equador . ·

Esta massa irá, aos poucos, ·adquirindo uma componente para oeste . Neste deslocamento ela irá passar sôbre pontos na superfície terrestre que apresentam maior velocidade de rotação em tôrno do eixo terrestre . Conseqüentemente devido a esta diferença dé velocidades, haverá um atrito . Em virtude dêste atrito as camadas de ar em contacto com o solo terão o seu movimento de rotação acelerado . A superfície terrestre, contribuindo assim com a fôrça, de atrito, deverá ter a sua quantidade de momento arigular diminuída.

Dentro destas considerações, caso todo o vento de superfície se deslocasse do pólo para o equador, a atmosfera terrestre teria um ganho constante de quantidade de momento angular, enquanto a velocidade de rotação da Terra deveria gradativamente diminuir . Em realidade, entre as latitudes de 30° e 600 a atmosfera apresenta ventos com direção contrária à das considerações acima, ou seja ventos do equador para os pólos . Éste fato pode justificar a constância da velocidade de rotação da Terra . De fato : enquanto a superfície terrestre perde para a atmosfera uma quantidade de momento angular nos deslocamentos dos ventos superficiais vindos dos pólos e com componente para oeste (ventos registrados ao solo para as células 1 e 3), a superfície terrestre recupera esta perda nos ventos de componentes para este registrados entre as latitudes de 300 e 60°, em cada hemisfério, com direção para os pólos . _

d) Da mesma forma, o ar que circula em ·altitude do equador para os pólos, levando em conta o efeito da viscosidade e a conservação do momento angular inicial, não deverá apresentar um escoamento contínuo no mesmo sentido . Devem existir zonas onde a perda de quantidade de momento por viscosidade na trajetória para os pólos (perda para as camadas inferiores) deverá ser compensada pelo ganho de quantidade equivalente em ar que venha dos pólos . Em realidade na região compreendida pela faixa latitudinal de 30° e 60° (nos dois hemisférios) em altitude, os ventos sopram com pouca intensi­dade do pólo para o equador, embora com direção para W.

CONTR

Aqui, a componente de W É turbilhões de eixo vertical que : tas, Rossby admitiu que nesta f~ ventos de W (fortes, próximo l tudes, e direção ao equador) .

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9) - Discussão dos ventos de l

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Isto se pode compreender: maior momento angular, o que para esta partícula .

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Como o equilíbrio das fôrça cada vez mais em direção ao acúmulo de partícula dentro da' diente horizontal de pressão cc realidade, o excesso dessa fôrç deslocamentos nesta faixa em ventos de W em altitude na cc equador, vão perdendo calor pm friamento do ar que circula, o c espessura e passando a níveis 1

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Célula n .o 3 - Os ventos d calor para o espaço e entrar e1 lhe ficam imediatamente abaixo . e diminuirão de espessura, desce

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AFICO

fensação de energia na superfície cção e grande escala na atmosfera. grande movimento de convecção: entre o equador e as latitudes de r se movimenta obedecendo a um

ória inferior, em direção ao equa-fase de liberação do calor latente,

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!onservação do momento angular . página anterior) .

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.ireção ao equador, se aquece gra­

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CONTRIBUIÇAç> AO ENSINO 93

Aqui, a componente de W é explicada por Rossby como sendo originada em turbilhões de eixo vertical que surgiram antes. Dentro das considerações expos­tas, Rossby admitiu que nesta faixa latitudinal de 3,0° a 60° deveriam predominar ventos de W (fortes, próximo ao solo, em direção aos pólos, e fracos em alti­tudes, e direção ao equador) .

Êste conjunto de ventos formará a célula n .o 2 da circulação geral. Assim obtém-se o seguinte esquema para a circulação geral (ver figura 2) .

9) -Discussão dos ventos de W em altitude

Célula n.o 1 - Nesta célula, devido à radiação de calor para o espaço, êstes ventos adquirem componente de descida. Pelo que foi exposto no item 5, êstes ventos, na descida, deverão adquirir maior velocidade . Registram-se, então, pequenos turbilhões de eixos verticais. Do rodopio de uma massa de ar dentro dêstes turbilhões, pode resultar um deslocamento de uma parcela de ar na faixa latitudinal de 3oo ou para o norte ou para o sul (transferência do momento angular).

Assim o ramo de ar descendente na extremidade oposta ao equador, das células n.o i, deverá apresentar uma bifurcação com ar dirigindo-se de volta ao equador ou deslocando-se para os pólos.

Célula n.0 2- Na latitude de 60o, os ventos de W, em superfície, da célula 2 irão se encontrar com os ventos de E, em superfície da célula n.0 3. Sendo aquêles mais quentes, êles irão subir por cima dos ventos de E.

Apresentando os ventos de W boa taxa de umidade, êles irão ao ascenderem­-se atingir o ponto de saturação da massa de ar. Com a condensação do vapor d'água existente, surgirão nuvens e mesmo chuvas. Êste encontro .de ventos quase diametralmente opostos, foi batizado como "Frente Polar" (Artica para hemisfério norte e Antártica para o sul) .

Neste encontro um fato importante acontecerá "o calor latente desprendido na condensação do vapor d'água, é suficiente para aquecer a massa de ar vizinha" .

Assim o ar quente de W adquire maior impulso para níveis mais altos. O que vinha do pólo, já apresentando uma ligeira componente ascensional, irá em parte, com a queda da chuva mais quente, se aquecer aumentando assim a sua componente ascensional. Dinâmicamente, com o embate dos ventos quentes de W, o ar de este será obrigado em parte a retornar ao pólo, ascendendo-se na Frente Polar. ·

De qualquer forma, com desprendimento de calor latente, o ar adquire maiores velocidades, devendo surgir turbilhões de eixo vertical que irão permitir o impulso do ar para outras latitudes .

Isto se pode compreender : num turbilhão, uma partícula pode adquirir maior momento angular, o que irá resultar num excesso de fôrça centrífuga para esta partícula .

Haverá assim tendência de a partícula afastar-se do eixo de rotação da Terra, ou seja de dirigir-se para o equador.

Como o equilíbrio das fôrças em jôgo não se realiza, a partícula se afasta cada vez mais em direção ao equador (se houvesse do lado do equador um acúmulo de partícula dentro daquelas condições, terminaria por surgir um gra­diente horizontal de pressão, compensando o excesso de fôrça centrífuga . Em realidade, o excesso dessa fôrça é pequeno, o que explica a morosidade dos deslocamentos nesta faixa em altitude. Êstes fatos explicam a presença dos ventos de W em altitude na célula 2. Êstes ventos durante o trajeto para o equador, vão perdendo calor por radiação para o espaço. Disto resulta um res­friamento do ar que circula, o qual tornando-se mais denso vai diminuindo de espessura e passando a níveis mais baixos, já próximo à latitude de 30o.

Nesta região, êste conjunto de ar pelas mesmas razões expostas para a célula 1, se bifurca em dois ramos, um dirigindo-se para o equador e outro regressando ao pólo, ambos pela superfície. -

Célula n.o 3 - Os ventos de W que se dirigem para os pólos, irão perder calor para o espaço e entrar em contacto com camadas de ar mais frias que lhe ficam imediatamente abaixo . Dentro desta situação, ràpidamente se esfriarão e diminuirão de espessura, descendo .

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94 BOLETIM GEOGRAFICO

10) - Distribuição de um {lradiente de pressão compatível com a circulação

O ar que desce na latitude de 30o se subdivide, espalhando-se em dois ramos -o que s~ desloca para o pólo, como vento de W, exige um gradiente de pressão naquela direção. De fato assim acontece, entre 300 de latitude e 60o pràtica­mente a pressão cai continuamente .

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É claro que o deslocamento do ar ém superfície para latitudes maiores nesta faixa, uma vez iniciado, não se interrompe em conseqüência das fôrças de atrito. que permitem o ar furar as isóbaras (vento real) .

Entre o equador e a latitude de 3oo, o deslocamento dos ventos existentes em superfície, exige uma queda de pressão em direção ao equador . Em realidade assim se verifica. A faixa equatorial surge como uma região de baixa pressão .

Nas calotas polares até a latitude de 6oo' a pressão deve aumentar em direção ao pólo, os ventos em superfície soprarão de E .

Dentro desta distribuição de pressões e de ventos, deverá surgir na faixa:. latitudinal de 30° um grande centro de alta pressão . Da mesma forma nos pólos . Na faixa latitudinal de 6oo deverá surgir uma região de baixa pressão .

11) - O esquema geral da circulação atmosférica, idealizado por Rossby (figura da página 91), serve para explicar em grande parte, o comportamento e a loca­lização dos ventos na superfície terrestre . :t!:ste esquema entretanto, apresenta uma série de modificações.

Por exemplo, a distribuição dos continentes, com maior superfície no hemis­fério norte, estendendo-se bem próximo do pólo Norte, irá provocar intensa modi­ficação na distribuição das pressões.

Em realidade a célula n.o 1 se f raciona em grandes anticiclones . Basta observar a distribuição média das pressões (isóbaras) e ventos em superfície, para o mundo, registrada em qualquer livro didático de Meteorologia; ou então, observar as figuras da pág. 81 da apostila n.0 7 procurando visualizar mental­mente, a distribuição do vento real em função da distribuição das isóbaras.

No hemisfério norte, durante o inverno europeu, os anticiclones pertencentes à célula n.0 1 da circulação geral, se estabelecem sôbre os eontinentes. A mais, surge também, sôbre o oceano Pacífico, próximo ao litoral dos Estados Unidos da América do Norte, um grande anticiclone, o qual pode mesmo ser interpretado como uma continuação da zona de altas pressões, localizada sôbre o continente americano (faixa de 30° de latitude) .

CONTR

Nesta época, na faixa latit centros ciclonais. Durante êste presença de um anticiclone, fie: mais frias ou seja, na Sibéria .

Com esta posição do antic norte, a frente polar ártica n para o sul em alguns lugares .

Há ainda outro anticiclone entre as latitudes de 6oo a 70o,

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No hemisfério sul, o seccio. faz segundo a distribuição dos nentes neste hemisfério, dá car tantes daquele seccionamento Pacífico Sul) . ·

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12) - Zonas climáticas em fun

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Assim, sob o regime dêstes terrestre.

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A.FICO

) compatível com a circulação

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CONTRIBUIÇAO AO ENSINO 95

Nesta época, na faixa latitudinal de 60°, sôbre os oceanos, surgem grandes centros ciclonais. Durante êste período, sôbre a calota polar não se registra a presença de um anticiclone, ficando o mesmo deslocado para as regiões vizinhas mais frias ou seja, na Sibéria .

Com esta posição do anticiclone polar, que seria a célula 3 no hemisfério norte, a frente polar ártica não apresenta disposição zona!, penetrando mais para o sul em alguns lugares.

Há ainda outro anticiclone de menor escala dentro da calota polar, situado entre as latitudes de 6oo a 70°, a NW do Canadá . ·

No hemisfério norte, durante o verão europeu, os anticiclones de grande extensão se firmam nos oceanos, na faixa latitudinal entre 30o e 40°; sôbre os continentes surgem nesta faixa, grandes centros de baixa pressão, destacando-se pela grande extensão e intensidade o situado sôbre a índia e Asia .

O anticiclone na calota polar nesta época apresenta limite mais regular. Uma zona de baixa pressão surge pràticamente em tôda a faixa de 600 de latitude.

No hemisfério sul, o seccionamento da célula n.o 1 da circulação ,geral, se faz segundo a distribuição dos continentes. Entretanto, a disposição dos conti­nentes neste hemisfério, dá caráter de semipermanência aos anticiclones, resul­tantes daquele seccionamento (anticiclones semifixos: do Atlântico Sul e do Pacifico Sul) . ·

Esta quase fixação dêstes centros se explica neste hemisfério pela maior regularidade da superfície terrestre: predominância da superfície líquida e estrei­tamento dos continentes para sul, com término dos mesmos a grande distância do pólo; e na calota polar, uma superfície gelada mais uniforme, com o conti­nente antártico terminM!do, grosso modo, em tôrno do paralelo de 70o de latitude.

Assim durante o verão surge à latitude de 200 a 30°, uma faixa de alta pressão, formando grandes centros de altas nos oceanos, e zonas menores de baixa pressão sôbre os continentes (América, Africa e Austrália) .

Devido àquela disposição dos continentes, a região de alta pressão na lati­tude de 30o se apresenta com maior extensão.

A faixa de baixa préssão próxima a 60° se apresenta mais uniforme. A calota polar apresenta-se com um grande anticiclone bem definido. Du­

rante o inverno, a modificação nítida do quadro acima se verifica na faixa 4e altas pressões a 30o de latitude que se uniformiza estendendo-se aos continentes . Advertimos que tais quadros de distribuição de pressões representam uma gene­ralização de situações médias .

12) - Zonas climáticas em junção da circulação geral

A região dos ventos ascensionais da célula n.o 1, se caracteriza por uma grande atividade intensa de convecção, em conseqüência daqueles ventos de SE e E (alísios) se apresentarem com grande teor de umidade. A massa de ar que ascende nesta região é convectivamente instável. Assim sob o domínio dos ventos alísios, surge na faixa equatorial uma região de grande nebulosidade e chuvas. Esta faixa de chuvas acompanha a região de maior insolação dos raios solares (deslocamento do equador térmico) .

Os aguaceiros à tarde caracterizam esta região (onde dominam grandes cumulos .. nimbos) .

A região onde dominarem os ventos descendentes na latitude 30° (ventos de NW e W vindos do equador, ou seja contra-alísios) será uma região de clima árido ou semi-árido.

l!:stes ventos se apresentam com baixo teor de umidade relativa, e por serem descendentes, apresentam tendências de absorverem cada vez mais vapor d'água, em vez de condensá-lo .

Assim, sob o regime dêstes ventos, haverá intensa evaporação da superfície terrestre.

Na região em tôrno de 55° ou 600 de latitude o ar se apresenta em movi­mento ascensional. Aí, o ar quente e relativamente úmido de W (vindo do equador) irá subir sôbre o ar frio, sêco, de este (vindo do pólo) .

O ar que sobe, deverá após certo percurso atingir o ponto de saturação, iniciando-se uma convecção, a qual será continuamente alimentada pelo fluxo contínuo de ar .

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96 BOLETIM GEOGRAFICO

A liberação quase contínua do calor latente da condensação irá permitir vigoroso desenvolvimento de ascensão de ar nesta região. Surgirão, assim gran­des precipitações dêste ar que sobe sôbre o ar frio .

Também esta região se caracteriza por um aumento da temperatura do lado do equador onde dominam os ventos de W e uma queda rápida de temperatura do lado do pólo onde dominam os ventos de este.

As isotermas tanto de um lado quanto de outro apresentam os mesmos aspectos de formato ou seja, as curvaturas que ao acaso, surgirem nas isotermas, estarão de acôrdo com a forma da frente polar .

Esta zona de transição, constantemente destruída e refeita, é susceptível de deslocamentos, assemelhando-se a um embate do ar frio polar com o ar quente subtropical, foi por êste asJ?ecto denominado pelos meteorologistas modernos de zona da frente polar (aspectos de uma frente de batalha) .

As regiões polares, são caracterizadas principalmente pelo ar descendente que deixou grande parte de sua densidade na ascensão frontal polar . Dêste modo dominam nesta região ventos frios e secos, o que permite o aparecimento de um clima árido ou semi-árido (região das estepes) .

13) - íl:ste esquema geral da circulação continuamente, apresenta modificação de estrutura, uma vez que êle nem sempre realiza o total equilíbrio de energia entre a faixa equatorial mais aquecida da Terra e ·as demais calot~s polares . Assim periodicamente se registram extravasamentos de ar polar em superfície rompendo a zona frontal polar . 1!:stes extravasamentos se fazem sob a forma de grandes anticiclones de ar frio polar, que emigram em direção do equador . 1!:les se verificam quando se registra na região polar de onde advêm, um excesso de ar, permitindo assim o aparecimento de um gradiente horizontal de pressão favorável a êstes deslocamentos.

Os anticiclones migratórios se deslocam para o equador . De modo geral, ao atingirem as latitudes menores, em tôrno de 200 (hemisfério sul), êles se dis­solvem, integrando-se assim nos ventos da célula 1.

Tais deslocamentos representam uma compensação rápida de energia pólo­-equador, e quando se realizam acarretam grandes modificações na estrutura das células números 1 e 2. Em geral nestas ocasiões os grandes anticiclones da célula n.o 1 se seccionam em outros menores.

No avanço dêstes anticiclones para o equador, os ventos mais quentes das células números 1 ou 2 são obrigados a subir sôbre o ar frio polar que emigra. Há · assim a formação de uma frente móvel, que recebe ainda a denominação de frente polar. ·

A região sob o domínio desta frente ficará sob forte nebulosidade e chuvas, quando não sob o regime de tempestades.

O deslocamento e a localização destas frentes móveis são de importância capital para a aviação .

1) - Circulação secundária

Em meteorologia denomina-se circulação secundária ao conjunto dos grandes anticiclones e ciclones que fazem parte do esquema geral ou principal da cir­culação atmosférica, acrescido de qualquer outro sistema de circulação fechada ou de altas e baixas pressões de qualquer espécie, que apareçam nas cartas sinópticas de tempo .

Assim o estudo da circulação secundária se detém em análise de minúcia de um determinado sistema de ventos e pressões registrado nas cartas sinópticas .

Por exemplo, o estudo do anticiclone semifixo do Atlântico Sul deve ser focalizado na circulação secundária .

2) - Circulação terciária

Sob êste título ficam englobados os fenômenos locais de pequena escala que representam circulações ou disturbios dentro da circulação secundária.

Assim fazem parte da circulação terciária os ventos glaciais, a brisa marinha, o terra!, os ventos de toehn, brisa de montanha e de vale, as trovoadas, as tem­pestades, os tornados, etc.

CONTR

Os ventos glaciais, a brisa : mecanismo idêntico. o ar se e~ para a região mais quente, devf em sentido contrário.

a) No efeito de toehn, o a: por um gradiente horizontal de desta expansão êle irá se esfriE saturação. Assim a partir de de ao solo. íl:stes nevoeiros irão se J

Destas nuvens poderão surgir pr

/ /

Assim na meia encosta do lad náutico aplicado em meteorologü nebulosidade, podendo conformE c~mtínua (o que acontece quan umidade) . /

Sôbre o ápice da montanha apresenta com forte componentE metro aproximadamente acima fluxo atmosférico pela presença regime contínuo, deve-se esperar Tudo se passa como se fôsse o ca uma tubulação: quando a mesr aumenta.

.__,. VELOCIDADE 00 VENTO

/ LINH4 DE FLUXO

/SUPERFÍCIE

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Surge assim, a barlavento un efeito, no caso de um fluxo de a dade do ar. Assim V1 ~ 2V.

íl:ste efeito pode ser sentido : da montanha. É óbvio que a moJ pois em caso contrário, o fluxo d encosta.

No caso de um ar estável o ligeiramente aumentada. '

. Para maiores pormenores ler: Votle, et a L'Aviation Légere-LivrE

4-32789

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mte da condensação irá permitir esta região. Surgirão, assim gran­~ frio. l aumento da temperatura do lado lima queda rápida de temperatura este. de outro apresentam os mesmos ao acaso, surgirem nas isotermas,

.r . ~struída e refeita, é susceptível de do ar frio polar com o ar quente

>elos meteorologistas modernos de de batalha) .

ncipalmente pelo ar descendente 1a ascensão frontal polar. Dêste :os, o que permite o aparecimento stepes) .

. nuamente, apresenta modificação :tliza o total equilíbrio de energia !rra e .as demais calot~s polares. nentos de ar polar em superfície ~sarnentos se fazem sob a forma emigram em direção do equador. polar de onde advêm, um excesso rt gradiente horizontal de pressão

1ra o equador. De modo geral, ao 200 (hemisfério sul) , êles se dis­ula 1. pensação rápida de energia pólo­·andes modificações na estrutura :asiões os grandes anticiclones da

tdor, os ventos mais quentes das ;ôbre o ar frio polar que emigra. 1ue recebe ainda a denominação

sob forte nebulosidade e chuvas,

mtes móveis são de importância

cundária ao conjunto dos grandes [Uema geral ou principal da cir­ro sistema de circulação fechada ;pécie, que apareçam nas cartas

;e detém em análise de minúcia : registrado nas cartas sinópticas . lifixo do Atlântico Sul deve ser

nos locais de pequena escala que a circulação secundária. ; ventos glaciais, a brisa marinha, , e de vale, as trovoadas, as tem-

C O N T R I B U IÇ A O A O E N S IN O 97

Os ventos glaciais, a brisa marinha, o terra! se estabelecem dentro de mn mecanismo idêntico. O ar se escoa em níveis mais baixos da região mais fria para a região mais quente, devendo surgir em níveis mais alto em fluxo de ar em sentido contrário.

a) No efeito de toehn, o ar ao subir uma encosta de montanha, impelido por um gradiente horizontal de pressão, irá sofrer expansão adiabática. Dentro desta expansão êle irá se esfriar gradativamente, podendo atingir o ponto de saturação. Assim a partir de determinada altura irão surgir nevoeiros próximos ao solo . :l!:stes nevoeiros irão se prolongar em altitude em nuvens cumuliformes . Destas nuvens poderão surgir precipitações .

/ /

~

o •uvt.S CUNUUfO. NES

'!1!J1!!/!!j NEVOEIROS E PRECIPilltÇÔts

111111/llllll '"""'"fÓO

__... OlREÇA.O 00 VEH TO

Assim na meia encosta do lado que sopra o vento ou seja a uarlavento (têrmo náutico aplicado em meteorologia) a atmosfera se apresenta úmida e com forte nebulosidade, podendo conforme fôr a situação reinante, surgir precipitação cgntínua (o que acontece quando o fluxo de ar apresentar grande teor de umidade). /

Sôbre o ápice da montanha ou no rebôrdo do planalto, o vento ainda se apresenta com forte componente vertical que pode ser sentida até um quilô­metro aproximadamente acima da montanha. Devido ao estrangulamento do fluxo atmosférico pela presença de obstáculo (montanha), admitindo-se um regime contínuo, deve-se esperar que a velocidade a barlavento deva aumentar. Tudo se passa como se fôsse o caso de um escoamento contínuo de um fluxo em uma tubulação : quando a mesma se estrangula a velocidade de escoamento aumenta.

---9' VELOCIDADE 00 VENTO

/LINHA OE FLUX:?

/SUPERFÍCIE

v - • - • -

Surge assim, a barlavento um aumento da :velocidade do fluxo de ar. :l!:ste efeito, no caso de um fluxo de ar instável, duplica aproximadamente a veloci­dade do ar. Assim V, ~ 2V.

:l!:ste efeito pode ser sentido até aproximadamente 1 200 m acima da crista da montanha. É óbvio que a montanha precisa ter uma extensão considerável, pois em caso contrário, o fluxo de ar deverá contorná-la, em vez de subir pela encosta.

No caso de um ar estável, o efeito é mais abrandado, sendo a velocidade ligeiramente aumentada.

Para maiores pormenores ler: Météorologie et Aérologie Appliquées au Vol a Voile, et a L'Aviation Légere-Livre 11-M. Vermot-Gauchy, pp. 122-128.

4- 32 789

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98 B O LETIM GEOGRAFICO

Após ultrapassar a crista da montanha, o ar irá adquirir movimento des­cendente. Dentro dêste movimento, a velocidade decresce sensivelmente. O ar por sua vez vai-se aquecendo adiabàticamnte, comprimindo-se ao passar para níveis mais baixos . .

Assim, neste lado da montanha, após a crista, as nuvens se dissipam. O ar à proporção que desce a encosta, torna-se cada vez mais quente e sêco.

A evaporação no solo por sua vez é mais intensa. Esta encosta diz-se que está a sotavento. Os ventos quentes assim formados a sotavento chama-se de ventos joehn

(joehn nome dado aos ventos quentes formados por êste processo nos Alpes) . b) Brisa de terra (terra! ) surge durante a noite, quando a superfície ter­

restre próximo ao litoral se apresenta mais fria que o mar vizinho. A sua inten­sidade é menor do que a brisa do mar; o terra! faz-se sentir até uma altura de cento e poucos metros.

A brisa do mar (viração) surge durante o dia, quando o mar vizinho apre­sentar temperatura inferior ao continente . Neste caso o ar mais frio do mar sopra em direção à terra e apresenta maior intensidade do que o terral. A viração pode ser sentida até uns quinhentos metros de altura .

A penetração da brisa do mar no continente é fraca, podendo atingir alguns quilômetros .

c) - Brisa de montanha e de vale

Durante o dia a insola_ção é pràticamente a mesma ao sopé de uma mon­tanha como em tôda a extensão da mesma . ASsim o ar próximo à superfície terestre será aquec.ido igualmente por contacto .

Dentro de um mesmo nível de altitude, o ar mais próximo à encosta será mais aquecido por contacto que o ar mais distante.

Conseqüentemente o ar em contacto com encosta fica mais leve que o bloco de ar imediatamente acima na vertical . Como resultado, êste ar mais leve se desloca para os níveis superiores, surgindo o vento de vale. Próximo às encostas durante o dia há assim uma lâmina de ar de pouca espessura deslocando-se continuamente em direção ao alto.

====~~> DIR EÇÃO DO VE-NTO DURANTE' O DIA

DIREÇÃO DO VENTO DURANTE A NOIT E

Durante a noite, admitindo um resfriamento igual para a superfície, o ar em contacto com a mesma irá se esfriar. Esfriando-se, êste ar torna-se mais denso. Estando o ar em encosta, e por ser mais pesado que o bloco de ar do mesmo nível o ar em contacto com a encosta passa a se deslocar para os níveis inferiores. Surge assim uma brisa de montanha que pode atingir várias cen­tenas de metros de espessura e desenvolver grandes velocidades de escoamento. Há registros de 45 nós para os casos extremos.

CONTE

d ) Ventos de gravidade

Nas proxi:tp.idades de plan: denso, pela açao da gravidade dades, embora o fluxo apresen't

3 ) - Circulação de monção

~ão deslocamentos de ven1 contmentes e os oceanos vizinl geral.

D_urante o verão, a insolaçã1 pressao no~ con.tinentes, enquar apresenta mferwr à dos conti" ventos mais frios. ·

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Sur,gem a~sim os ventos tiP< A c~rcl}l~çao de monção maü

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No Brasil, surge também dl de Vet:J-to tipo monção. Sôbre a r' aquecid~, se instala um grande co?yergir os ventos dos anticiclo aliSIOs do hemisfério norte irão l ventos N_ <?U NW. Tais ventos ba a superficie quente do continente contmuas e fortes.

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l ) Rotação da Terra e rotação c

a) <? planêta Terra gira em Cç>nsideremos duas pessoas A

em pe, a observarem os séus res1 Dentro desta condição as dua cabeça para baixo e os relógios d'

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Podemos pois afirmar.' "~a.ra um observador· em pé

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RAFIC O

o ar írà adquirir movimento des­.dade decresce sensivelmente. O ar te, comprimindo-se ao passar para

crista, as nuvens se dissipam. :na-se cada vez mais quente e sêco. ,ensa .

tavento chama-se de ventos toehn 'l.dos por êste processo nos Alpes) . ;e a noite, quando a superfície ter­:ia que o mar vizinho. A sua inten­;erral faz-se sentir até uma altura

o dia, quando o mar vizinho apre­Neste caso o ar mais frio do mar )r intensidade do que o terral. A metros de altura.

nte é fraca, podendo atingir alguns

Ge a mesma ao sopé de uma mon­. ASsim o ar próximo à superfície to . o ar mais próximo à encosta será stante . encosta fica mais leve que o bloco

.no resultado, êste ar mais leve se vento de vale. Próximo às encostas de pouca espessura deslocando-se

EÇÁO DO VE·NTO DURANTE O DIA

EÇÁO DO VENTO DURANTE A NOITE

ento igual para a superfície, o ar sfriando-se, êste ar torna-se mais nais pesado que o bloco de ar do passa a se deslocar para os níveis nha que pode atingir várias cen­randes velocidades de escoamento.

CONTRIBUIÇAO AO ENSINO 99

d) Ventos de gravidade

Nas proximidades de planaltos muito frios, o ar frio escoa por ser mais denso, pel~ ação da gravidade, pelas encostas, podendo adquirir grandes veloci­dades, embora o fluxo apresente pouca espessura.

3) - Circulação de monção

São deslocamentos de ventos a grande escala, entre a parte central dos continentes e os oceanos vizinhos, que podem alterar o esquema da circulação geral .

Durante o verão, a insolação permite o desenvolvimento de centros de baixa pressão nos continentes, enquanto nos oceanos vizinhos, onde a temperatura se apresenta inferior à dos continentes, surge uma região de alta pressão com ventos mais frios .

Conforme fôr o desenvolvimento e a intensidade do centro térmico de baixa pressão no continente, passarão a afluir continuamente para lá os ventos dos anticiclones vizinhos.

Surgem assim os ventos tipo monção. A circulação de monção mais acentuada se verifica na índia, durante o verão

do hemisfério norte. O continente asiático se apresenta nesta época com grande centro de baixa

pressão. Os alísios do anticiclone semifixo, do oceano indico, no hemisfério sul, ao atingirem a faixa equatorial, são desviados gradativamente para lá, indo para a índia como ventos de sul a sudoeste . Tais ventos carregando muito umidade, adquirida durante o grande trajeto sôbre o oceano, irão propiciar ao entrar em contacto com a superfície quente do continente, grandes chuvas de convecção e tempestades que caracterizam o clima daquele período .

Êstes ventos podem ser sentidos até uma altura de 4 000 metros . A moção de verão é mais forte do que a de inverno.

No Brasil, surge também, durante o verão do hemisfério sul, uma espécie de vento tipo monção. Sôbre a região central do continente sul-americano, mais aquecida, se instala um grande centro de baixa pressão. Para êste centro irão convergir os ventos dos anticiclones vizinhos: oceanos Pacífico e Atlântico. Os alísios do hemisfério norte irão atravessar o equador e se dirigir para lá, como ventos N ou NW . Tais ventos bastante úmidos, irão ao entrar em contacto com a superfície quente do continente, dar chuvas de convecção. Estas chuvas serão contínuas e fortes .

Grande parte das chuvas de verão ocorridas na parte norte e meio-norte do Brasil é devido a êste tipo de vento.

Durante o inverno em cada hemisfério, com o resfriamento dos continentes, surgem sôbre êstes, centros de alta pressão. O maior e mais desenvolvido se instala no continente asiático, durante o inverno no hemisfério norte. Os ventos dêste anticiclone irão extravasar para o equador - corrente de alísios . '

Êstes ventos frios e secos irão dominar na índia até nma altura de 1 500 metros e são chamados de monção de inverno, pois representam o deslocamento em grande escala de ventos do centro do continente asiático para o oceano indico.

A monção de inverno tem pois menor intensidade . No Braw isso não se verifica.

1) Rotação da Terra e rotação do plano do horizonte

a) O planêta Terra gira em tôrno de seus eixo de oeste para este. Consideremos duas pessoas A e B, uma no pólo Norte e outra no pólo Sul,

em pé, a observarem os seus respectivos relógios. • Dentro desta condição as duas pessoas estarão em relação uma à outra, de

cabeça para baixo e os relógios de costas um para o outro. Para um observador C no espaço, distante da Terra, em pé em relação à

pessoa A que se acha de pé no pólo Norte, o giro da Terra se efetua em sentido contrário ao giro dos ponteiros do relógio de A; enquanto, em relação ao relógio de B (pessoa no pólo Sul), a Terra gira segundo os ponteiros dêste relógio.

Podemos pois afirmar: "Para um observador em pé no hemisfério norte, a Terra gira em sentido

contrário ao giro dos ponteiros de seu relógio.

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100 BOLETIM GEOGRAFICO

Para um observador em pé, no hemisfério sul, a Terra gira no mesmo sentido que os ponteiros de seu relógio".

Em outras palavras: Tudo se passa, no hemisfério norte, como se a Terra sob os pés de uma

pessoa, girasse em sentido contrário ao giro dos ponteiros dos relógios de lá. Para o hemisfério sul, como se a Terra sob os pés de uma pessoa girasse

segundo o giro dos ponteiros dos relógios de cá. b) Consideremos a superfície da Terra compreendida pela linha do hori­

zonte relativo a um ponto M na superfície. Para simplificação de linguagem chamemos esta superfície de P. H. (plano

horizonte) se o ponto M fôr um dos pólos, a P . H. irá em 24 horas, fazer um giro completo em tôrno da vertical passando por M. A proporção que. o ponto A se afastar do pólo, a velocidade de giro de P . H. em tôrno da vertical passando por M diminui. Esta velocidade tende a zero à proporção que o ponto M tender para o equador.

Uma maneira de se demonstrar êste fato está no movimento livre de um pêndulo.

De fato, toma-se um pêndulo cujo fio de suspensão seja de grande extensão de modo a atenuar a influência de torções transmitidas ao fio em seu ponto de fixação.

Um pêndulo nestas condições deverá manter constante a direção de seu plano de oscilação.

Fixemos o pêndulo em um ponto M. Admitindo-se o giro de P. H. em tôrno da vertical passando por M, deve-se esperar para um observador fixo ao chão, próximo a M, que, aparentemente, o plano de oscilação do pêndulo irá girar em tôrno da vertical passando por M.

A experiência confirma esta hipótese. A velocidade rotação do plano de oscilação de um pêndulo em tôrno da vertical diminui à proporção que se apro­xima do equador.

A latitude de 300, o tempo de duração para· realizar um giro completo em tôrno da vertical, é de 48 horas, ~rtquanto nos pólos é de 24 horas.

Sabe-se que o tempo para uma volta completa é igual a 24 horas, divididos pelo seno da latitude do local.

É claro que para um observador rto chão, o giro do plano de oscilação do pêndulo será aparentemente, em sentido contrário ao giro do P.H .

Para simplificação de linguagem chamaremos P. H. de superfície contida pelo plano de horizonte passando por M.

Assim em vez de falarmos em giro do P. H. poderemos falar em rotação do plano de horizonte em M.

Nesta nova linguagem _podemos afirmar: no hemisfério norte a rotação do plano do horizonte em tôrno da vertical, se faz no sentido contrário ao giro dos ponteiros do relógio; no hemisfério sul, no mesmo sentido.

2) · Movimento ciclonal e anticiclonal ' ,

Um movimento na superfície terrestre pode ser comparado ao giro dos ventos dentro de um ciclone ou dentro de um anticiclone correspondente ao hemisfério em que se der o movimento. Se o movimento fôr idêntico ao comportamento dos ventos em um ciclone, diremos que o movimento é ciclonal ou ciclônico; se fôr idêntico ao dos ventos em um anticiclone, diremos que o movimento é antici­clonal ou anticiclônico.

Assim, a rotação do plano de horizonte em tôrno da vertical, tanto no hemisfério norte quanto no· sul, é ciclonal.

Pois no hemisfério norte o giro dos ventos é:

No hemisfério sul, o giro dos ventos é:

para o ciclone

para o ciclone

para o anticiclone

para o anticiclone

CONTJ

As~ii? a rotação do plano do relogw no hemisfério nort observadores em cada hemisfér

3) Deslocamento de uma colu

Consideremos uma coluna em repouso, esta coluna descr similar ao da própria superfíci

Em conseqüência das cond de 3:r apresenta um giro em tô ~ertt.ca~ em que gira o plano , e POIS Igual à do plano de hori em tôrno da vertical é ciclônic,

3A) Consideremos esta coluna

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que se aproxima do equador. A coluna de ar irá se deslo'

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Assim a coluna de ar ao ch ciclônico em tôrno da vertical r local.

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Jr: r NORTE Ycj' \ Jf y v~ • I I

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RAFICO

, sul, a Terra gira no mesmo sentído

no se a Terra sob os pés de uma ios ponteiros dos relógios de lá.

sob os pés de uma pessoa girasse cá. compreendida pela linha do hori-

nos esta superfície de P. H. (plano a P. H. irá em 24 horas, fazer um por M. A proporção que. o ponto A

>.H. em tôrno da vertical passando à proporção que o ponto M tender

to está no movimento livre de um

suspensão seja de grande extensão transmitidas ao fio em seu ponto

tanter constante a direção de seu

ni tindo-se o giro de P. H. em tôrno para um observador fixo ao chão, •

~ oscilação do pêndulo irá girar em

A velocidade rotação do plano de 1 diminui à proporção que se apro-

~ara · realizar um giro completo em os pólos é de 24 horas. npleta é igual a 24 horas, divididos

.o, o giro do plano de oscilação do ttrário ao giro do P. H. Lremos P .H. de superfície contida

. H. poderemos falar em rotação do

no hemisfério norte a rotação do 'az no sentido contrário ao giro dos 1esmo sentido.

ie ser comparado ao giro dos ventos .clone correspondente ao hemisfério fôr idêntico ao comportamento dos

ento é ciclonal ou ciclônico; se fôr !iremos que o movimento é antici-

e em tôrno da vertical, tanto no

a o one

para o ciclone

para o anticiclone

para o anticiclone

CONTRIBUIÇÃO AO ENSINO 101

Assim a rotação do plano do horizonte é contrária ao giro dos ponteiros do relógio no hemisfério norte, e no mesmo sentido no hemisfério sul (para observadores em cada hemisfério) .

3) Deslocamento de uma coluna de ar

Consideremos uma coluna cilíndrica e vertical de ar em repouso. Estando em repouso, esta coluna descreve em tôrno do eixo da Terra um movimento similar ao da própria superfície terrestre em que repousa.

Em conseqüência das condições discutidas nos itens anteriores, esta coluna de ar apresenta um giro em tôrno de seu eixo de simetria, ou seja em tôrno da vertical em que gira o plano do horizonte. A velocidade de giro desta coluna é pois igual à do plano de horizonte em tôrrio da vertical. O giro desta coluna em tôrno da vertical é ciclônico.

3A) Consideremos esta coluna no hemisfério sul.

Imaginemos que ela realize um deslocamento ao longo de um meridiano. a) Seja um deslocamento do pólo para o equador. Sabemos que o plano do horizonte gira mais lentamente à proporção em

que se aproxima do equador. A coluna de ar irá se deslocar de uma região onde o giro do plano de hori­

zonte em tôrno da vertical ~ maior, para uma região onde o giro do plano de horizonte local é menor. A velocidade de rotação da coluna de ar em tôrno da vertical tenderá a se manter.

Assim a coluna de ar ao chegar ao nôvo destino deverá apresentar um giro ciclônico em tôrno da vertical maior que o giro ciclônico do plano do horizonte local .

Haverá assim da parte da coluna de ar em relação à superfície onde chegou, um excesso de rotação em tôrno da vertical. A massa de ar assim irá apre­sentar em relação aos pontos fixos na superfície um movimento ciclonal em tôrno da vertical, pois irá apresentar uma velocidade de giro maior .

)?:7 t NORTE

, Jf c .7 I ' Jf o.l' vo~ jf I v • I

I / ____ .,.

Alelc~Dl \ I ' //

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""' v o

v,

PROJEÇÃO DA VERTICAL EM SUPERFÍCIE

LOC'AL DE ORIGEM

LOCAL DE CHEGADA

TRAJETORIA DE UM P ONTO NOS PLANOS

DE HORIZONTE EM O E EM I

TRAJETÓRIA REAL DOS PONTOS A , B ,C,D

DA COLUNA DE AR APÓS IN ICIADO O DESLOCAMENTO PARA O NORTE

VETOR VELOCIDADE

VELOCIDADE DE ROTAÇÃO DO PLANO DE / HORIZONTE NA ORIGEM O

VELOCIDADE DE ROTAÇÃO DO •PLANO DE HORIZONTE EM I

Assim à proporção que a coluna de ar se desloca para o equador, as partí­culas à esquerda (dando as costas para o fluxo) irão se adiantar em seu movimento.

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102 BOLETIM GEOGRAFICO

Dois casos podem-se dar: I - As partículas em relação à superfície terrestre poderão descrever uma

trajetória retilínea, na qual as partículas à esquerda mais e mais se adiantarão em relação às da direita. ,Surge assim uma linha de atrito (shear).

l NORTE

o

' ' ' \

I i X

LINHA DE ATRITO

I TRAJETO R IAS DESCRI TAS

PROJECAO DA VERTI C A L

NA SUPERFÍCIE

O L O C A L DE O R I G E M

LOCAL DECHEGADA

n - A tendência em geral será das fôrças de atrito em superfície e outros fatôres, dificultarem o desenvolvimento de uma linha de atrito (shear) - caso I. Com isso, o fluxo de ar tende a se manter com velocidade uniforme através de uma secção ortogonal ao fluxo ou seja o fluxo se encurva ciclônicamente como é visto na figura . Conseqüência: em geral uma massa de ar em nosso hemis­fério ao se deslocar em direção ao equador, adquire movimento ciclonal.

b) Seja um deslocamento do equador em direção ao pólo. A massa irá sair de uma região onde a velocidade de rotação do plano de

horizonte em tôrno da vertical é pequena, deslocando-se para regiões onde a velocidade de rotação do plano de horizonte é maior.

i NORTE

v,

~ \

' '

T

... ' TRAJETQR14 DE UM PONTO DO

PL4NO DE HORIZONTE ...

TRAJETÓRIA D4 M4SSA DE AR

LINHA DE SHE4R

'\ V0 VETOR VELOCIDADE DE ROTAÇÃO

DO PLANO DE HORIZONTE EN O

'\ V 1 VETOR VELOCIDADE DE ROTAÇÃO

DO PLANO DE HORIZONTE EM I

O POSIÇÃO INICIAL

PDS IÇAO DE CHEGADA

CONTI

. AA~sim ao . chegar ao seu d c1clo~ICa em 'tôrno da vertica rotaçao do plano de horizonte 1

. Em virtude disso o ar irá se flc31-ndo para trás em relação ac a. estes pontos, as partículas do tiCulas à direita (dando as cos1 da esquerda.

o •

' :.>--v,

/ .. I ,.

Dois fatos poderão verificar­I -:- As partículas poderão m

uma lmha de shear . II - O fluxo devido a fôrças

menta uniforme ao longo de un: Neste caso as partículas des _.Conseqüência: em geral um~

locar em direção ao pólo, adqui:

T NORTE

r t r r o

A

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~AFIO O

~ terrestre poderão descrever uma querda mais e mais se adiantarão nha de atrito (shear) .

LINHA DE ATRITO

I TRAJ.ETOR IAS DESCRI TAS

PROJECAO DA VERTICAL

NA SUPERFÍCIE

L O C A L DE O R I G E M

LOCAL OECHEGAOA

s de atrito em superfície e outros , linha de atrito (shear) -caso I. m velocidade uniforme através de > se encurva ciclônicamente como na massa de ar em nosso hemis­quire movimento ciclonal .

L direção ao pólo . elocidade de rotação do plano de eslocando-se para regiões onde a maior.

' TRAJETQRIA DE UM PONTO 00

PLANO DE HORIZONTE

TRAJETÓRIA DA MASSA DE AR

LINHA DE SHEAR

Vo VETOR VELOCIDADE DE ROTAÇ.\0

00 PLANO DE HORIZONTE EM O

V 1 VETOR VELOCIDADE DE ROTAÇtO

DO PLANO DE HORIZONTE EM I

POSIÇÃO INICIAL

POSIÇAÕ DE CHEGADA

CONTRIBUIÇAO AO ENSINO 103

Assim ao . chegar ao seu destino, a massa de ar apresentará uma rotação ciclônica em "tôrno da vertical, bastante inferior em velocidade ciclônica de rotação do plano de horizonte no local.

Em virtude disso o ar irá se retardar em seu movimento em tôrno da vertical, ficando para trás em relação aos pontos fixos na superfície terrestre . Em relação a êstes pontos, as partículas do fluxo sofrerão o seguinte deslocamento: as par­tículas à direita (dando as costas para o fluxo) irão se adiantar em relação às da esquerda .

'

o •

·,~ lll / ' _, ~ v,

", \ \! \ ~ / ' / ' / - / ~ ....

v1

Vo

i NORTE

Dois fatos poderão verificar-se :

! \ TRAJETÓRIA DA I/I ASSA DE AR

• PROJEÇA-0 DA VERTICAL NA SUPERFÍCIE

~'-- TRAJETÓRIA DE UM PONTO

DO PLA~O DE HORIZONTE

O POSIÇAO DE ORIGEM

POSIÇA•O DE CHEGADA

V o

v,

VELOCIDADE 'DE ROTAÇÃO DO

PLANO DE HORIZONTE EM TÔRNO DE O

VELOCIDADE DE ROTAÇAO DO

PLANO DE HORizONTE EM

TÔRNO DE I

I - As partículas poderão manter as trajetórias retilíneas, desenvolvendo-se uma linha de shear.

II - O fluxo devido a fôrças exteriores, mantém-se com velocidade de escoa­mento uniforme ao longo de uma secção ortogonal à linha de fluxo.

Neste caso as partículas descreve~o trajetória curvilínea anticiclônica . .,Conseqüência: em geral uma massa de ar, em nosso hemisfério, ao se des­

locar em direção ao pólo, adquire movimento anticiclônico .

rrlr l NORTE

I

I l i i o

A

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I I l I o

B

i TRAJETÓRIA

o POSIÇÃO I NICIAL

POSIÇÃO DE CHEGADA

LINHA DE SHEAR

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104 BOLETIM GEOGRAFICO

3B) - Se o deslocamento se realizar no hemisfério norte, o resultado será: a) deslocamento do pólo em direção ao equador: I - Pode-se desenvolver uma linha de shear apresentando as partículas a

trajetória da figura . -II - As partículas podem adquirir curvatura anticiclônica . b) Deslocamento em direção ao equador: I - Pode-se desenvolver uma linha de shear, apresentando-se as trajetórias

das partícula's segundo a figura . II - Pode-se desenvolver uma curvatura ciclônica, apresentando as traje­

tórias das partículas segundo a figura.

o o

1 J l ~NORTE TRAJETÓRIA

O POSIÇA-0 INICIAL

PO SIÇAO DE CHEGADA

A B ·. L IN H A DE S H E A R

41 - Pelo item anterior viu-se que, no hemisfério sul, a massa de ar ao deslo­car-se para o equador tenderá a adquirir uma rotação ciclônica, enquanto aquela que se deslocar para os pólos tenderá a adquirir rotação anticiclônica.

Êstes efeitos podem ser diminuídos conforme a massa de ar em sua traje­tória aumentar ou diminuir de espessura, o que se pode verificar caso haja convergência ou divergência horizontal.

EQUADOR

C TRAJETÓRIA CICLÔNICA

A TRAJETÓRIA ANTICICLÔNICA

I ~ POLO

Sabe-se pela validade da equação da continuidade do fluído atmosférico que as correntes horizontais convergentes podem aumentar a espessura da massa de ar: enquanto as correntes horizontais divergentes podem diminuir a espessura da massa de ar.

Também se sabe que dentro destas condições uma massa de ar adquire em relação à Terra rotação ciclônica quando diminui de espessura, e rotação anti­ciclônica quando aumenta de espessura.

Disso se conc!ui que a trajetória ciclônica em um deslocamento para o equador pode ser abrandada caso haja convergência horizontal (aumento de espessura da massa), enquanto, a trajetória anticiclônica em um deslocamento para os pólos pode ser diminuída, caso haja divergência horizontal da massa (diminuição de espessura). 5) - O mecanismo- visto no item 3, também pode ser tratado com outra conceituação .

Assim, pode-se considerar a circulação em um instante considerado da massa de ar ao longo de uma curva fechadá cujo centro fique na vertical em tôrno da qual roda o plano do horizonte.

CONTE

Sendo ds um elemento da tícula pertencente à curva, a c

Calcula-se a velocidade iru em tôrno do centro (vertical) pelo processo acima (circulaçí

Ao dôbro desta velocidade Dentro desta conceituação

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Em estudos dinâmicos da grande realce .

6) -O mecanismo visto noite portamento de certos deslocarr.

Existem dois casos a consi a) Quando o deslocament'

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Neste caso (correntes de ; rápida, que as fôrças de atrit exc~sso _ou deficiência de rotaç a d1reçao do deslocamento, irá

Por exemplo, no hemisfério daquelas direções exigidas (E-·

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sfério norte, o resultado será: equador: hear apresentando as partículas a

ura anticiclônica.

ear, apresentando-se as trajetórias

. ciclônica, apresentando as traje-

r TRAJETÓRIA

O POSIÇAO INICIIIL

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féria sul, a massa de ar ao deslo­rotação ciclônica, enquanto aquela :·ir rotação an ticiclônica. rme a massa de ar em sua traje­

que se pode verificar caso haja

I "' C TRAJETORIA CICLONICA

' " A TRAJETORIA ANTICICLONICA

.nuidade do fluído atmosférico que aumentar a espessura da massa

~entes podem diminuir a espessura

;ões uma massa de ar adquire em inui de espessura, e rotação anti-

lca em um deslocamento para o 'ergência horizontal (aumento de mticiclônica em um deslocamento divergência horizontal da massa

•ém pode ser tratado com outra

um instante considerado da massa :entro fique na vertical em tôrno

CONTRIBUIÇAO AO ENSINO 105

Sendo ds um elemento da curva e V a velocidade tangencial de cada par­tícula pertencente à curva, a circulação por definição será V. ds.

Calcula-se a velocidade instantânea de rotação das partículas consideradas em tôrno do centro (vertical) da curva estabelecida; o cálculo pode ser feito pelo processo acima (circulação) .

Ao dôbro desta velocidade angular achada chama-se de vorticidade. Dentro desta conceituação e do que foi vL:>to no item anterior vê-se que a

prqpriedade da massa de ar conservar durante o deslocamento a sua vorticidade inicial (dôbro da velocidade rotação do plano de horizonte), acarreta o desen­volvimento de uma curvatura ou de uma linha de shear.

A fôrça decorrente desta propriedade ~ conservação da vorticidade - não foi levada em consideração no estabelecimento dos tipos-padrão de ventos na apostila n.0 14 . Somente agora achamos oportuno tocar no assunto, se bem que superficialmente.

Em estudos dinâmicos da atmosfera, a circulação acima definida assume grande realce . 6) - O mecanismo visto no item 3 serve para explicar satisfatoriamente o com­portamento de certos deslocamentos de massa de ar verificados na atmosfera .

Existem dois casos a considerar: a) Quando o deslocamento de uma massa de ar de uma latitude para outra

fôr feito em forma de um extravasamento lento e suave, dificilmente se esta­belecerá um movimento em curvatura ciclônica ou anticiclônica conforme a dire­ção do movimento. A- tendência em geral é de formar uma linha de shear. Mesmo assim devido à ação de fôrças exteriores às vêzes a linha de shear não chega a se estabelecer.

b) Quando a massa de ar se apresenta em correntes de este ou de oeste, qualquer extravasamento de ar para latitudes diferentes irá provocar um deslo­camento curvilíneo no ar extravasado, de acôrdo com o que foi visto no item 5.

Neste caso (correntes de ·este ou de oeste) e mudança de latitude é tão rápida, que as fôrças de atrito não têm tempo suficiente para agir. Assim o excesso ou deficiência de rotação pela da conservação da vorticidade, conforme a direção do deslocamento, irá produzir deslocamento ciclônico ou anticiclônico.

Por exemplo, no hemisfério sul, o ar próximo a 60° de latitude circula dentro daquelas direções exigidas (E-W pràticamente).

Se a corrente se deslocar para o equador, a corrente irá inicialmente se encurvar ciclônicamente (item 6) .

Caso ela se desloque para os pólos, irá encurvar-se anticiclônicamente (item 6).

c) Admitamos inicialmente uma estreita massa de ar deslocar-se para este . Se esta massa fôr desviada por solicitação de um binário de fôrças quaisquer em direção ao pólo, ela seguirá a seguinte trajetória.

E OUA DOR o

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4 5

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SUL

Da posição O a 1 - trajetória descrita pelo impulso inicial resultante (binário de fôrça) • Da posição 1 a 2 - trajetória anticiclônica pela conservação da vorticidade. Da posição 2 a 3 - a trajetória ciclônica. tende a se anular (pois a partícula. faz um retôrno

de latitudes) . Da posição 3 a 4 - Este retôrno se acentua, passando a trajetória. a ciclônica . Da posição 4 a 5 - A curvatura ciclônica tende a se anular (pois o movimento se efetua em

direção ao pólo) • Da poSição 5 a 6 --: Repetem-se novamente os mesmos tatos .

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106 BOLETIM GEOGRAFICO

Pelo visto, a tendência será do aparecimento de trajetórias sinusoidais, apre­sentando-se o fluxo em grande movimento ondulante. Em realidade esta ondu­lação apresenta comprimento de onda de grande extensão.

Assim, para o hemisfério norte, durante o inverno naquele hemisfério, nas camadas mais altas da troposfera, nos ventos de oeste, e para as velocidades predominantes neste vento, o comprimento de onda verificado em tais desloca­mentos é da ordem de 5 000 km (tais comprimentos coincidem plenamente com a distribuição dos centros semifixos de altas pressões da faixa latitudinal, que representam um seccionamento da circulação geral celular, ideal) .

d) Admitamos que tenhamos unicamente uma estreita massa de ar deslo­cando-se para W . Ventos de E da frente pode por exemplo, neste caso, havendo uma solicitação para o equador em conseqüência de um binário de fôrÇas apli­cando à massa, esta iniciará um deslocamento para latitudes menores, adqui­rindo movimento ciclônico, encurvando-se e voltando para este. Trajetória de 1 a 2 .

tEQUAOOR

Nesta trajetória ela adquire à proporção que atravessa as latitudes, movi­mento ciclônico cada vez mais intenso.

Assim, quando o fluxo atingir a posição 2 êle apresentará curvatura sufi­ciente para prosseguir em seu movimento ciclônico devendo assim retornar a uma trajetória original .

i NORTE o

2

Da mesma forma se êle fôr desviado inicialmente em direção ao pólo, adquirindo movimento an­ticiclônico, êle irá prosseguir neste movimento acentuando a sua cur­vatura anticiclônica (conseqüência da conservação da vorticidade) .

Nesta trajetória o fluxo adquire, à proporção que atravessa as la­titudes, movimento ciclônico cada ve2'1 mais in tenso .

Assim, ao atingir a posição 2, o fluxo apresentará uma curvatura anticiclônica suficiente para conti­nuar o movimento. O fluxo retorna­rá asim à sua trajetória original.

Devido à continuidade do fluxo vindo de este deve-se esperar que o bloco de ar que se desviou em curvatura, em vez de se integrar novamente na traje-

I CONT ,

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Os esquemas vistos no iteJ cado nos ventos frios de E da cimento de vórtices ciclônicos ,

Da mesma fornia, pode-se pressões e 3oo de latitude, em anticiclônicos em correntes de

Em análises de cartas sin< ventos de este os quais tende1 os pólos ou para o equador, en

"As dimensões dêstes turb este, e êles concordam razoà' referidos antes" (anticiclones Handbook of Meteorology.

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Os vales de alta pressão pressão, enquanto as cristas < um centro de alta pressão.

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iFIC O

) de trajetórias sinusoidais, apre­ulante. Em realidade esta ondu­le extensão. inverno naquele hemisfério, nas de oeste, e para as velocidades

onda verificado em tais desloca­mtos coincidem plenamente com -ressões da faixa latitudinal, que ~era! celular, ideal) . uma estreita massa de ar deslo­;:~or exemplo, neste caso, havendo ia de um binário de fôrças apli­' para latitudes menores, adqui­•ltando para este. Trajetória de

I EQUADOR

--- ~POLO

ue atravessa as latitudes, movi­

êle apresentará curvatura sufi­':mico devendo assim retornar a

Da mesma forma se êle fôr !SViado inicialmente em direção I pólo, adquirindO llÍOVimento an­!iC!ÔniCO, êle irá prosseguir neste ovimento acentuando a sua cur­.tura anticiclônica (conseqüência ~ conservação da vorticidade) . Nesta trajetória o fluxo adquire, proporção que atravessa as la­

;udes, movimento ciclônico cada ·Zi mais intenso. Assim, ao atingir a posição 2, o 1xo apresentará uma curvatura tticiclônica suficiente para conti­tar o movimento. O fluxo retorna-asim à sua trajetória original.

ste deve-se esperar que o bloco ;e integrar novamente na traje-

CONTRIBUIÇAO AO ENSINO 107

tória inicial, irá unicamente fechar o circuito formando um vórtice, assim, prà­ticamente ao atingir a posiç.ão 4 êle continua a circular em curvatura.

Os esquemas vistos no item 8 servem para explicar o seccionamento verifi­cado nos ventos frios de E da frente polar, seccionamento que permite o apare­cimento de vórtices ciclônicos.

Da mesma forma, pode-se relacionar o seccionamento do cinturão de altas pressões e 30° de latitude, em grandes anticiclones, com a formação de vórtices anticiclônicos em co~rentes de este que são desviadas para o equador.

Em análises de cartas sinópticas, chega-se à conclusão da instabilidade dos ventos de este os quais tendem a se seccionar conforme sejam solicitados para os pólos ou para o equador, em turbilhões ciclônicos ou anticiclônicos.

"As dimensões dêstes turbilhões aumentam com a velocidade dos ventos de este, e êles concordam razoàvelmente com as dimensões dos centros de ação referidos antes" (anticiclones semifixos sôbre os oceanos). Rossby, p. 517 -Handbook ot Meteorology.

É óbvio que os ventos ao adquirirem trajetórias sinusoidais irão exigir uma distribuição de um campo de pressão igual, ou seja as isóbaras deverão apresen­tar-se segundo aquelas curvaturas dos ventos. A distribuição das regiões de altas e baixas pressões da mesma forma.

Assim a distribuição de pressões na figura será, para o nosso hemisfério. Numa distribuição de um campo de pressão, o traçado das isóbaras, inter­

pretando as mesmas como sendo curvas de nível, J)oderá apresentar regiões em superfície cuja distribuição de pressão em um conjunto se assemelha a um vale. Calha de 'baixa pressão (ou Trough) enquanto surgirão locais cuja distribuição de pressão em um conjunto se asseme!ha a uma crista - crista de alta pressão.

1NORTE

ESTE

~TRAJETÓRIA DO FLUXO DE AR

Os vales de alta pressão se localizam em geral separando centros de alta pressão, enquanto as cristas de alta parecem irradiar-se da parte central de um centro de alta pressão.

São de grande interêsse para a aviação a localização das calhas de pressão. Pois dentro da dinâmica estabelecida, os ventos que se aproximam do talvegue de pressão, poderão dêste lado do talvegue, por convergência horizontal, adquirir uma componente ascensionalJ enquanto do outro lado os ventos que se afastam, poderão por divergência horizontal, adquirir uma componente de descida.

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108 BOLETIM GEOGRAFICO

I Se tal fato sé verificar, na reg1ao onde dominarem os ventos convergentes,

poderão na ascensão dinâmica dêste vento desenvolver-se nuvens e mesmo pre­cipitações . Ao contrário, na faixa sob o regime de divergência, as nuvens ten­derão a se dissipar, limpando-se o céu.

Sabe-se que um avanço de uma massa polar em direção ao equador, cria perturbações de ressonância a grandes distâncias (várias centenas de quilôme­tros) . Uma das conseqüências no nosso hemisfério é o seccionamento do anti­ciclone semifixo do Atlântico sul. Nesta espécie de estilhaçamento dêste centro de ação, surgirão sob o Brasil menores centros de alta pressão separados por zonas de baixa pressão em forma de vale. Tais zonas recebem a denominação de "calhas induzidas" (lnduced trough) .

( tSÓ8AR ..

I CAL HA OE PRESSÃO

I

I I CRISTA OE PRE SS AO

I I

Com o deslocamento da frente polar os sistemas de pressão irão deslocar-se . O reflexo dêste deslocamento pode ser verificado no deslocamento das isó­

baras acusados nas cartas sinópticas que representam as situações de tempo em sucessão. Assim, com o desloca.mento dêste sistema de ·pressão, as regiões que ficarem sob o domínio de uma calha de pressão, onde se pode registrar uma convergência dos ventos, poderão apresentar forte nebulosidade e chuvas . Estas chuvas e nebulosidades podem cobrir várias dezenas de quilômetros em superfície.

Com o deslocamento dos sistemas, a faixa de chuva e nebulosidade varrerá a superfície segundo o deslocamento efetuado.

Quando o deslocamento do Induced trough se faz do oceano em direção ao continente, à altura do litoral leste do Brasil, diremos que temos uma "onda de leste" (E'asterly waves) .

Tais ondas formam verdadeira cortina de chuvas que penetram pelo conti­nente a dentro. Não ultrapassam em geral um deslocamento de 150 km, pois antes começam a perder intensidade, dissolvendo-se.

Nas cartas sinópticas são marcadas por uma barra contínua sôbre o talvegue de pressão, a presença de chuva em um dos trechos, geralmente.

(Continua no próximo número)

:tste " Boletim", a "Revista Brasileira de Geografia" e as obras da "Biblioteca Geográfica Brasileira" encontram-se à venda nas principais livrarias do país e na Secretaria Geral do Conselho Nacional de Geografia - Avenida Beira-Mar, 436 - Edifício Iguaçu - Rio de de Janeiro, D.F.

Noticiário

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEO( E ESTATíSTICA

"CONFER:tl:NCIAS DO PROF. JEAN T - Nos dias 31 de julho e 1 e 3 de professor J . Tricart , diretor do Centro grafia Aplicada de Estrasburgo e presl comissão de Geomorfologia Aplicada fêz conferências, sôbre "Tendências 1 Geomorfologia", realizadas no audl IBGE.

As conferências, foram públicas cendo às mesmas, além dos geógrafos professôres e técnicos de Geografia, folog!a e de Geologia, como Albert9 mego, José de Andrade Ramos, Jorge Salomão Serebrenick e outros .

Na primeira conferência o profe. cat tratou, em particular, da evo: Geomorfologla baseada na morfogê: mát!ca e suas relações com outras Mostrou como a base doutrinária ! zada, principalmente por W. M . Davi! senta hoje, destltuida de fuJ cientifico . A Geomorfologia moderna vos métodos de pesquisa, tais, como, lho· em laboratório, exame de fotograf!: fora o trabalho no terreno . Os novos .geomorfológ!cos modificaram tambén !ações da Geombrfolog!a, com outras Pelo seu objeto especifico telaciona-st mente à Geologia como ainda à Fis!c na, à Geofisica, à Sedimentologia e : gia. Porém, é a Geomorfologia que est s!ção avançada, pois, são os fenô':'E morfológicos que comandam os fenon pecificos das outras ciências.

Na segunda conferência a profess< tratou dos métodos modernos da Geon que sl!.o: a anál!se cinemática e os in genéticos .

A análise dinâmica tem por obj nhecer a natureza dos processos e d n!smos que modificam os aspectos • terrestre e, precisam a maneira e as nas quais êles operam. Fundament, análise no conhecimento dos fenõmen• quimicos e biológicos.

A análise c!nemát!ca tem por obj constituição da evolução do relêvo e minação da velocidade da mesma. En: consiste em acrescentar o fator temp lise dinâmica. Em relação aos !nvent nétlcos a Geomorfologia deve estabe in ven t.Írio de todo o relêvo terrestre -lo em dia, acompanhando sempre o dos novos conceitos. Tal Inventário, fundamental necessária a todos os E tas que estJdam as ciências da Ter recorrem à Geomorfolog!a aplicada. temente a Geomorfolog!a estabeleceu ceitos metodológicos que permitem 1 çã de tal inventário, sob a forma 1 geomorfológicos que correspondam à: tes exigências:

a) elementos de descrição de b) identificação da natureza

fológica de todos os elementos; c) datar as formas do relêv:

guindo, principalmente as vivas, que continuam a se desenvolver, • hereditárias de um passado mal!

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I ominarem os ventos convergentes, ;envolver-se nuvens e mesmo pre­le de divergência, as nuvens ten-

olar em direção ao equador, cria ~ias (várias centenas de quilôme­>fério é o seccionamento do anti­ie de estilhaçamento dêste centro os de alta pressão separados por Lis zonas recebem a denominação

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ntinua no próximo número)

' e as obras da "Biblioteca Geográfica lvrarias do país e na Secretaria Geral L-Mar, 436 - Edifício Iguaçu - Rio de

Not iciário

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATíSTICA

I "CONFER11:NCIAS DO PROF. JEAN TRICART" - Nos dias 31 de julho e 1 e 3 de agôsto, o professor J . Tricart, diretor do Centro de Geo­grafia Apl!cada de Estrasburgo e preslden te da Comissão de Geomorfologla Apl!cada da UGI,­fêz conferências, sôbre "Tendências Atuais da Geomorfologia", realizadas no auditório do IBGE .

As conferências, foram públ!cas compare­cendo às mesmas, além dos geógrafos do CNG, professôres e técnicos de Geografia, Geomor­fologia e de Geologia, como Alberto R. La­mego, José de Andrade Ramos, Jorge' Stamato, Salomão Serebrenlck e outros.

Na primeira conferência o professor Tri­cat tratou, em particular, da evolução da Geomorfologia baseada na morfogênese cl!­mática e suas relações com outras ciências . Mostrou como a base doutrinária sistemati­zada, principalmente por W . M. Da vis se apre­senta hoje, destituída de fundamento cientifico. A Geomorfologia moderna exige no­vos métodos de pesquisa , tais, como, o traba­lho· em laboratório, exame de fotografias aéreas, fora o trabalho no terreno. Os novos conceitos geomorfológicos modificaram também as re­lações da Geombrfologia, com outras ciências . Pelo seu objeto especifico 'relaciona-se não sà­mente à Geologia como ainda à Física Moder­na, à Geofísica, à Sedimentologia e à P edolo­gla. Porém, é a Geomorfologia que está em po­sição avançada, pois, são os fenômenos geo­morfológicos que comandam os fenômenos es­pecíficos das• outras ciências.

Na segunda conferência o professor Tricart tratou dos métodos modernos da Geomorfologla que são: a anál!se cinemática e os inventários genéticos.

A análise dinã.mica tem por objeto reco­nhecer a natureza dos processos e dos meca­nismos que modificam os aspectos da crosta terrestre e, precisam a maneira e as condições nas quais êles operam . Fundamenta -se essa anál!se no conhecimento dos fenômenos físicos, químicos e biológicos.

A análise cinemática tem por objeto a re­constituição da evolução do relêvo e a deter­minação da velocidade da mesma. Em resumo, consiste em acrescentar o fator tempo à aná­l!se dinâmica. Em relação aos inventários ge­néticos, a Geomorfologia deve estabelecer um · inventário de todo o relêvo terrestre e mantê­-lo em dia, acompanhando sempre o progresso dos novos conceitos. Tal Inventário, é a base fundamental, necessária a todos os especial!s­tas que estudam as ciências da Terra e que l'ecorrem à Geomorfologia apl!cada. Só recen­temente a Geomorfologia estabeleceu seus con­ceitos metodológicos que permitem a reallza­çã de tal inventário, sob a fqrma de mapas geomorfológicos que correspondam às seguin­tes exigências:

a) elementos de descrição do relêvo; b) identificação da natureza geomor­

fológica de todos os elementos; c) datar as formas do relêvo, distin­

guindo, principalmente as vivas, aquelas que continuam a se desenvolver, as formas hereditárias de um passado mais ou me-

nos antigo, sejam os testemunhos ou as formas que estão sendo submetidas a uma readaptação mais ou menos intensa e mais ou menos rápida .

Na terceira conferência o professor J . Trl­cart tratou das aplicações da Geomorfologla .

A Geomorfologla moderna é suscetível de Importantes apl!cabllldades nas quais, os ris­cos de perda de Investimentos e da vida hu­mana podem ser evitados. É freqüente obser­var-se, em alguma parte do mundo catástrofes que ceifam dezenas ou centenas de pessoas.

As apl!cabllldades da Geomorfologia são de dois tipos: Indiretas e diretas.

As diretas são decorrentes da Influência das propriedades da superficle de contacto que constitui o melo morfológico. Como exemplos mostrou o conferencista como a Geomorfologla poderia auxiliar outras ciências, concorrendo assim para economia de trabalho e de Investi­mentos. Mostrou a importância da Geomorfo­logla na Geologja Estrutural para a procura de minérios. A Geomorfologla pode ajudá-Ia na fase de prospecçã.o, fase esta que consiste em definir as estruturas, em examinar a dis­posição das camadas, que pOdem conter ma­térias minerais explotávels. Geralmente as es­truturas aparecem mal na superfície terrestre. Os estudos geomorfológlcos é que darão as Indicações necessárias, isto é, onde procurar essas estruturas. Como exemplos, citou, entre outros, os estudos geomorfológicos real!zados na Sibéria Ocidental, onde foi indicada uma série de estruturas que apresentaram lnterêsse para a prospecção petrolifera. Essas estruturas foram, em seguida, reconhecidas pela Geofísica e depois foram feitas sondagens. Na Alsã.cla, foram feitos estudos geomorfológlcos para a procura das águas subterrâneas .

Ainda como apl!cabllldade indireta de­monstrou a importância da Geomorfologia na Pedologia .

A morfogênese é um fator essencial da pedogênese. os solos estão em dependência es­treita dos fenômenos geomorfológicos. É a Geomorfologla que orienta para elucidar as condições em que se exerce a influência da l!tologia e dos fatôres cl!máticos . Os pedó­logos devem saber reconhecer com exatidão os diferentes tipos de meios geomorfológ!cos, sua distribuição e certos processos genéticos que agem sôbre os solos. Contribui para a Pedo­logla com a solução ou com elementos de so­lução, para problemas especificamente pedo­lóglcos l!gados aos fenômenos geomorfológlcos, fornecendo-lhes ainda, bases lnsubstltuivels para a Cartografia de solos. É por êste motivo que a direção dos serviços agrícolas do antigo ministério da França de Além Mar, havia de­cidido que, os estudos pedológlcos sempre fõs­sem precedidos de um estudo geomorfológlco.

Nas aplicabilidades diretas da Geomorfo­logla, mostrou o professor Trlcart, como a Geo­morfologla ajuda o técnico, fornecendo-lhe conhecimentos Indispensáveis às suas decisões. Citou a Importância da Geomorfologla nas prospecções mineiras, cujos minérios se apre­sentam sob aluviões (ouro, diamante, cassite­rita, certos minerais radioativos e ,aluviões (carapaça ferruginosa e bauxita), cujas indl-

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110 BOLETIM GEOGRAFICO

cações de onde procurar são determlnadàs por ela e não pela Geologia Estrutural. Falou ain­da o conferencista da sua Importância nas obras públicas, seja para Indicar o traçado das estradas, seja para escolher local apropriado para a construção de aeródromos e de Instala ­ções industriais. Finalizando salientou a im­portância da Geomorfologia nas obras hidráuli­cas, seja para a produção de energia, seja para a irrigação.

Concluindo, mostrou a necessidade de um trabalho de equipe, pois, um pesquisador iso­lado não consegue abranger tudo. Esclareceu ainda que, o geomorfólogo deve permanecer dentro do seu campo (estudo da superfície terrestre e de sua cUnâmica), não penetrando no objeto de outras ciências como, por exem­plo no da Pedologia ou da Geologia. Quando o geomorfólogo faz um estudo para satisfazer necessidades do pedólogo ou do geólogo, êle não executa o trabalho dos mesmos e sim, apresenta elementos geomorfológlcos necessá­rios aos respectivos especialistas. Assim sendo, a Geomorfologla estará equipada para executar sua tarefa - a da humanidade de hoje salva­guardar as riquezas naturais e utillzá..-las me­lhor na luta contra a miséria e a fome.

CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA

I CONGRESSO BRASILEIRO DE CARTO­GRAFIA - De 4 a 10 de novembro reuniram­-se em Salvador, Bahia, as maiores autorida­des brasileiras em assuntos cartográficos, para tratarem do problema do mapeamento e dos assuntos com êle relacionados. Tiveram êsses especialistas nacionais, com o concurso de con­ceituados mestres estrangeiros, ensejo de estu­dar e discutir numerosissimos temas geodési­cos, astronômicos, geofisicos, fotogramétrlcos, topográficos, cadastrais, hidrográficos, de car­tografia aeronáutica.

ll:nfase especial foi dada aos problemas do ensino, quanto à formação ao adestramento, à especialização e ao aperfeiçoamento profissio­nais, bem assim aos relacionados com a pes­quisa científica e tecnológica. Não menor atenção foi dispensada às cartas especiais (geo­lógicas, floristicas, de solos, etc.) , notadamen­te no que se refere ao inventário, à proteção e à exploração dos recursos naturais.

Patrocinadores: Ao conclave, promovido pela Sociedade Brasileira de Cartografia e organizado pela Escola Politécnica da Uni­versidade da Bahia e que tem o patrocinlo do Instituto Pan-Amerlcano de Geografia e His­tórica (IPGH), do govêmo cr'o estado da Ba­hia, da prefeitura municipal de Salvador, da CAPES, do CNPQ, da Diretoria do Ensino Su­perior e COSUPI-MEC, do Instituto Mllltar de Engenharia e da Diretoria de Pesquisas Tecnológicas do Ministério da Guerra, con­tando ainda com a cooperação do COMTA e do Banco Nacional de Minas Gerais S/ A, acorre­ram numerosas delegações estaduais e tôdas as instituições públicas, privadas e culturais vinculadas à Cartografia.

Procuraram os cartógrafos patriclos as so­luções mais consentâneas com sua técnica e com os lnterêsses nacionais preconizando, ao final , as medidas mais indicadas para inten­sificação do mapeamento nacional e para a Inadiável utlllzação de cartas e mapas nos pla­nejamentos nacional e regionais, numa to­mada de consciência do lmportant!sslmo pro­blema cartográfico nacional. Por isto, e para 11. dinamização imperiosissima do mapeamento do nosso território, um dos nossos problemas

de base, a celebração do I Congresso Brasileiro de Cartografia ofereceu a maior oportunidade, nêle podendo o govêrno recolher Inspiração e orientação para a instituição duma adequada política cartográfica nacional.

CONTRATO CELEBRADO ENTRE O INS­TITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATíSTICA (CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA) E A GEOFOTO S/ A. PARA EXECUÇÃO DO LEVANTAMENTO AEROFOTO­GRAFICO DE UMA AREA DE 25 000 KM • NA CHAPADA DIAMANTINA, ESTADO DA BAHIA - É a seguinte a integra do documento firma-do pelo CNG e aquela firma: ·

"Aos vinte e nove (29) dias do mês de setembro de 1962, na Av. Franklln Roosevelt, n.o 166, nesta cidade, no Instituto Brasileiro de Geografia e Estat!stica ( Conselho Nacional de Geografia), daqui por diante denominado IDGE-CNG, representado pelo seu presidente Dr. José Joaquim de Sá Freire Alvlm, com­pareceu a firma Geofoto S / A., daqui por dian­te denominada Geofoto, firma brasileira, com sede à Av. Churchlll, 129 (cento e vinte nove), 9.0 (nono) andar, na cidade do Rio de Ja­neiro, estado da Guanabara, representada nes­te ato, por seu diretor vice-presidente, enge­nheiro Placldino Machado Fagundes, conforme documento exibido, para contratar o levanta­mento aerofotográfico de uma área de cêrca de 25 000 km2 na Chapada Diamantina, estado da Bahia, conforme autorização constante do processo CNG-4 842/ 62 e de acôrdo com as se­guintes cláusulas :

Cláusula primeira - Objeto do contrato

A Geofoto realizará a cobertura aerofoto­gráflca da área objeto dêste contrato, a qual fica compreendida entre os paralelos de 10° e 11 o e os meridianos de 39° e 41 o. Para faci­lidade de execução do serviço, fica a área total subdividida em duas quadriculas de 1° x 1° que constituirão unidades de trabalho para todos os fins. O vôo fotográfico obedecerá ao plano e às especificações elaboradas pela Dl­visão de Cartografia do IBGE-CNG, segundo os quais as faixas fotográficas se dispõem em di­reção leste-oeste, tendo .o comprimento neces­sário para cobrir, com segurança, a extensão de 1. 0 na zona compreendida entre os para­lelos limites . As faixas serão compostas de fo­tografias tomadas com câmara Supergrande­Angular do tipo Wild RC-9, apresentando uma superposição longitudinal de 80% de sua di­mensão na direção do vôo. Para garantir a perfel ta cobertura total da área por pares de fotografias que permitam a observação este­reoscóplca sem solução de continuidade, as faixas apresentarão uma superposição lateral nunca Inferior a 25 % (vinte e cinco por cento) de sua largura. Haverá, também, cinco (5) faixas transversais no sentido norte-sul , sendo 3 (três) situadas nos extremos de cada quadricula, de forma a superpor-se às últimas fotografias de cada fai­xa e 2 (duas) a meia distância das extremas. Estas faixas terão a superposição longitudinal de 60% (sessenta por cento). Em caso de revôos, êstes terão, no minlmo a extensão correspondente a 30 (trinta), apoian­do-se nas faixas tvansversals . Todos os vôos serão realizados com ausência de nuvens, bruma ou outras condições meteo­rológicas que in validem as aerofotograflas para levantamento de carta topográfica pelo método estereofotogramétrico. As fotografias serão tomadas da altura de 6 300 metros acima do nivel médio do terreno, de

forma a garantir-lhe a escala média d• As aerofotografias não terão incllnaç• res de 3° e a deriva não será mal< os filmes a serem empregados serãc topográfica a serem fornecidos pelo n Uma vez expostos, serão êsses filme sados dentro dos requisitos da técnic do a garantir-lhes as qualidades 1 para sua utilização, não só na confe• principalmente, no levantamento de c: gráfica pelo método estereofotogramét negativos obtidos, devidamente nurr codificados de acôrdo com o sistem~ pelo conselho, serão obtidas cópias por contacto, em prensas convencion: empregados papéis fotográficos, sendo teria! fornecido também pelo IBGE-C Uma vez confeccionadas as primeir por contacto de cada rôlo de filme serão montadas em faixas e estas, juntos correspondentes a uma quad 1o x 1o para dar origem aos foto-ind diante a redução de cada conjunt< escala média de 1 : 200 000 . Os foto- ir rão preparados para entrega ao ffiGE · cebendo o acabamento que venha a 1 minado pela Divisão de Cartografia .

Cláusula segunda - Material a entre aceitação

A Geofoto entregará ao IBGE-CNG rolos de filmes negativos, duas coleçó pias, por contacto, de cada aerofot um foto-indice de cada quadricula d e o seu negativo. O IDGE-CNG pod! de aceitar qualquer porção de filme q juizo exclusivo, não atenda aos pr contraste, nitidez ou transparência n aos trabalhos ulteriores de restituiçã• fotogramétrica. Da mesma forma poderá rejeitar c• contacto que, a seu juizo, não sirva! feitura de mosaicos aerofotográficos . quer hipótese, e sem nenhum ônus para o IBGE-CNG, a Geofoto se obr fazer os trabalhos recusados, a flm der aos padrões e especificações est: pelo mesmo IBGE·C~G.

Cláusula terceira - Material torne IBGE-CNG

o IBGE-CNG obriga-se a fornecer os materiais: todos os filmes virgens n à cobertura aerofotográfica. bem corr péis fotográficos utlllzados no preparo pias por contacto e ·de foto-indice~. demais materiais e despesas correrao ta exclusiva da Geofoto e estão inc preço contratado. o IBGE-CNG, outrossim, fornecerá ! uma câmara RC-9, para tomada de fias aéreas, responsablllzando-se ess: nhia pela sua conservação e restlt IBGE-CNG, em perfeito estado de mente, após concluidos os trabalhO! f! c os .

Cláusula quarta - Preço

Pelos serviços especificados na cláu meira e pela entrega do material pr cláusula segunda, será paga à Geofot< tia de Cr$ 170,00 (cento e setenta • por quilômetro quadrado de superf~ grafada no total de quatro .milhões e e cinqüenta mil cruzeiros, de acôrd proposta da Geofoto, vencedora da preços . Dêsse total, o IBGE-CNG ot pagar à Geofoto tão-somente a quant milhões e quinhentos mil cruzeiros, ma estipulada na cláusula seguinte

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1se, a celebração do I Congresso Brasllelro artografla ofereceu a maior opor tunidade, podendo o govêrno recolher Inspiração e tação para a Instituição duma adequada .ca cartográfica nacional.

* ONTRATO CELEBRADO ENTRE O INS­TO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E .TfSTICA (CONSELHO NACIONAL DE JRAFIA) E A GEOFOTO S/ A. PARA lUÇAO DO LEVANTAMENTO AEROFOTO­'ICO DE UMA AREA DE 25 000 KM 2 NA 'ADA DIAMANTINA, ESTADO DA BAHIA a seguinte a íntegra do documento firma-lo CNG e aquela firma: · \os vinte e nove (29) dias do mês de bro de 1962, na Av. Franklln Roosevelt, 6, nesta cidade, no Instituto Brasllelro de 'afia e Estatística ( Conselho Nacional de afia), daqui por diante denominado ·CNG, representado pelo seu presidente osé JoaqUim de Sá Freire Alvlm, com­lU a firma Geofoto S / A., daqui por dlan­nomlnada Geofoto, firma brasllelra, com • Av. Churchll!, 129 (cento e vinte nove), wno) andar, na cidade do Rio de Ja-estado da Guanabara, representada nes­

>, por seu diretor vice-presidente, enge­' Placldlno Machado Fagundes, conforme tento exibido, para contratar o levanta-

aerofotográflco de uma área de cêrca 000 km2 na Chapada Diamantina, estado .hla, conforme autorização constante do so CNG-4 842/ 62 e de acôrdo com as se­s clã usuias:

:la primeira - Objeto do contrato

Geofoto realizará a cobertura aerofoto­• da área objeto dêste contrato, a qual >mpreendlda entre os paralelos de 10o e os meridianos de 39° e 41o. Para facl­de execução do serviço, fica a área total ldlda em duas quadrículas de 1o x 1o onstltulrão unidades de trabalho para os fins. O vôo fotográfico obedecerá ao e às especificações elaboradas pela Dl­te Cartografia do IBGE-CNG, segundo os ts faixas fotográficas se dispõem em dl­.este-oeste, tendo o comprimento neces­>ara cobrir, com segurança, a extensão na zona compreendida entre os para­mites. As faixas serão compostas de fo­lS tomadas com câmara Supergrande­r do tipo Wlld RC-9, apresentando uma >slção longitudinal de 80% de sua dl-' na direção do vôo. Para garantir a • cobertura total da área por pares de rias que permitam a observação este­lca sem solução de continuidade, as apresentarão uma superposição lateral Inferior a 25 % (vinte e cinco por cento) largura. também, cinco (5) faixas transversais

~Ido norte-sul , sendo 3 (três) situadas .remos de cada quadrícula, de forma a r-se às últimas fotografias de cada fal­(duas) a meia distância das extremas.

lixas terão a superposição longitudinal (sessenta por cento) .

o de revôos, êstes terão, no mínimo a > correspondente a 30 (trinta), apolan­as faixas tmnsversa!s. >S vôos serão realizados com ausência ms, bruma ou outras condições meteo­;; que Invalidem as aerofotograflas para nento de carta topográfica pelo método >togramétrlco. :raflas serão tomadas da altura de 6 300 acima do nível médio do terreno, de

NOTICIARIO 111

forma a garantir-lhe a escala média de 1:70 000. As aerofotograflas não terão Inclinações maio­res de 3° e a deriva não será maior de 5°. Os fllmes a serem empregados serão de base topográfica a serem fornecidos pelo IBGE-CNG. Uma vez expostos, serão êsses fllmes proces­sados dentro dos requisitos da técnica de mo­do a garantir-lhes as qualidades requeridas para sua utilização, não só na confecção mas, principalmente, no levantamento de carta topo­gráfica pelo método estereofotogramétrlco. Dos negativos obtidos, devidamente numerados e codificados de acôrdo com o sistema adotado pelo Conselho, serão obtidas cópias positivas, por contacto, em prensas convencionais, sendo empregados papéis fotográficos, sendo êste ma­terial fornecido também pelo ffiGE-CNG . Uma vez confeccionadas as primeiras cópias por contacto de cada rôlo de fllme negativo, serão montadas em faixas e estas, em con­juntos correspondentes a uma quadrícUla de 1o x 1° para dar origem aos foto-índices, me­diante a redução de cada conjunto para a escala média d.e 1 :200 000 . Os foto-índices se­rão preparados para entrega ao IBGE-CNG, re­cebendo o acabamento que venha a ser deter­minado pela Divisão de Cartografia .

Cláusula segunda - Material a entregar e sua aceitação

A Geofoto entregará ao mGE-CNG todos os rolos de fllmes negativos, duas coleções de có­pias, por contacto, de cada aerofotograf!a e um foto-índice de cada quadrícula de 1° x 1o e o seu negativo. O mGE-CNG poderá deixar de aceitar qualquer porção de filme que, a seu juizo exclusivo, não atenda aos padrões de contraste, nitidez ou transparência necessários aos trabalhos ulteriores de restituição estereo­fotogramétrlca. Da mesma forma poderá rejeita r cópias por contacto que, a seu juizo, não sirvam para a feitura de mosaicos aerofotográflcos . Em qual­quer hipótese, e sem nenhum ônus adicional para o IBGE-CNG, a Geofoto se obriga a re­fazer os trabalhos recusados, a fim de aten­der aos p~drões e especificações estabelecidos pelo mesmo IBGE-C~G.

Cláusula terceira - Material fornecido pelo IBGE-CNG

O IBGE-CNG obriga-se a fornecer os seguintes materiais: todos os filmes virgens necessários à cobertura aerofotográfica. bem como os pa­péis fotográficos utlllzados no preparo das có­pias por contacto e ·de foto-!ndlces. Todos os demais materiais e despesas correrão por con­ta exclusiva da Geofoto e estão Incluídos no preço contratado . O IBGE-CNG, outrossim, fornecerá à Geo!oto uma câmara RC-9, para tomada de fotogra­fias aéreas, responsabilizando-se essa compa­nhia pela sua conservação e restituição ao IBGE-CNG, em perfeito estado de funciona­mento, após concluídos os trabalhos fotográ­ficos.

Cláusula quarta - Preço

Pelos serviços especificados na cláusula pri­meira e pela entrega do material previsto na cláusula segunda, será paga à Geofoto a quan­tia de Cr$ 170,00 (cento e setenta cruzeiros) por quilômetro quadrado de superfície foto­grafada no total de quatro ,milhões e duzentos e cinqüenta mil cruzeiros, de acôrdo com a proposta da Geofoto, vencedora da coleta de preços . Dêsse total, o IBGE-CNG obriga-se a pagar à Geo!oto tão-somente a quantia de dois mllhões e quinhentos mil cruzeiros, pela for­ma estipUlada na cláusula seguinte (quinta).

O saldo de um mllhão e setecentos e cinqüen­ta m!l cruzeiros (Cr$ 1 750 000,00) será pago, nas mesmas condições e bases convencionadas neste contrato, pelo govêrno norte-americano, por Intermédio da Missão Norte-Americana, de Cooperação Econômica e Técnica do Brasil (USAID-Agency for International Develop­ment, Department of State), conforme do­cumento (ordem de compra 67/ 63), firmado por êsse Departamento de Estado, em 23 de agôsto do corrente ano, nesta cidade, e de cujo teor têm ciência as partes contratantes.

Cláusula quinta - Forma de pagamento

O total de dois milhões e quinhentos mil cru­zeiros (Cr$ 2 500 000,00) de responsabilidade do IBGE-CNG, será pago da seguinte forma: a) Quinhentos mil cruzeiros (Cr$ 500 000,00) na data em que fôr obtida pela Geofoto a licen­ça referida na cláusula sexta, a fim de que essa Sociedade possa fazer face às despesas com a montagem da câmara, translado do avião e estada na base de operações até a to­mada das primeiras fotografias; b) quinhentos mil cruzeiros ao sere171 entregues ao ffiGE-CNG e por êle aceitos, os rolos de filmes negativos correspóndentes a cada uma das quadrícUlas de Jo x 1°, descritas neste contrato, somando a· importãncla relativa às duas quadriculas um mllhâo de cruzeiros; c) quinhentos mil­cruzeiros, quando forem entregues ao ffiGE­-CNG e pelo mesmo aceitas duas caleções de cópias, por contacto, de cada aerofotografla, bem como o foto-índice de cada uma das qua­driculas de 1o x 1o, descritas neste contrato, no total parcial de hum mllhão de cruzeiros, para as duas quadrículas . Essas importâncias serão pagas à Geo!oto na Tesouraria do Conselho Nacional de Geografia (IBGE) e mediante a apresentação prévia dos comprovantes necessários para o seu processa­mento na contabllldade do mesmo Conselho .

Cláusula sexta - Prazos

Os serviços objeto da cláusula primeira serão iniciados na data da licença para a realização do aerolevantamento obtida pela Geofoto da Diretoria do Serviço Geográfico do Exército (DSGE), e serão concluídos dentro do prazo que as condições atmosféricas da região per­mitirem. Em qualquer hipótese, porém, não poderá a sua conclusão exceder o prazo de um (1) ano, a contar daquela data de li­cença. A Geofoto obrigar-se-á a manter na área, durante tôda a estação favorável. um avião pronto para aproveitar tôda e qualquer oportunidade que se ofereça para tomada de fotografias aéreas.

Cláusula sétima - Alterações

Qualquer alteração do presente contrato só se­rá válida quando convencionada, entre as par­tes contratantes, por escrito.

Cláusula oitava - Rescislío

Além das hipóteses legais que compulsoriamen­te determinam a rescisão contratual , o presen­te contrato será considerado rescindido de ple­no direito, independentemente de interpela­ção judicial ou extrajudicial, pelo Inadimple­mento de qualquer de suas cláusUlas, fican­do a parte infratora sujeita às cominações le­gais, sem prejuízo da perda da caução ofe­recida.

Cláusula nona - Fôro

Fica eleito e convencionado entre as partes contratantes, o fôro da cidade do Rio de Ja­neiro, estado da Guanabara, para a solução de

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quaisquer l!tig!os e ações decorrentes do pre­sente contrato, com expressa renúncia. de qualquer outro fôro para o mesmo fim.

Cláusula décima· - Empenho

As despesas decorrentes da execução dês te con­trato correrão por parte do CNG, à conta da seguinte verba do orçamento vigente para o exercic!o de 1962: 1-5-14 - Custeio, Serviço de Terceiros - '"Outros Sérv!ços Contratuais".

Cláusula décima-primeira - Caução

A caução de centro e trinta mil cruzeiros (Cr$ 130 000,00) feita pela Geofoto no Banco do Brasil S/ A . , como prova o documento junto, e que só poderá ser levantada mediante au­torização do presidente do IBGE, reverterá em favor do IBGE-CNG, em caso de Inadimple­mento pela Geofoto de- quaisquer condições contratuais, eem prejuizo do disposto na cláu­sula de rescisão.

Cláusula décima-segunda

O presente contrato, após assinado, será sub­metido na forma da lei pelo IBGE-CNG à Re­cebedorla Federal do Estado da Guanabara, pa. ra os fins de fiscalização do Impôs to do sêlo . E, por estarem de acôrdo, assinam êste con­trato em três (3) vias, na presença de duas testem unhas.

José Joaquim de Sá Freire Alvim . - Pla­cidino Machado Fagundes . Testemunhas : Wal­dir da Costa Godolphim - Alvaro de Oliveira .

PROFESSOR PIERRE GEORGE - Aprovei­tando a vinda do professor Plerre George ao Bras!l, em missão da Universidade da Bahia, o Conselho Nacional de Geografia convidou-o a fazer conferências e a participar de pequenas excursões visando a transmitir aos geógrafos do CNG experiências técnicas e Inovações me­todológicas, especialmente no campo da geo­grafia urbana, das Indústrias e da população. Ao mesmo tempo ·procurou obter sua apre­ciação sôbre os trabalhos em andamento na Divisão de Geografia, e assuas sugestões p ar a futuras pesquisas .

Através de visitas a várias zonas desta ci­dade bem como a organismos que têm a seu cargo o planejamento urbanistlco, foi propor­cionada ao visitante a oportunidade de me­lhor conhecer o Rio de Janeiro e problemas mais prementes no campo da sua especiali­dade.

O professor Plerre George , além de pro­fessor da Sorbona, de Paris, e do Instituto de Estudos Politlcos, é vice-presidente do Centro

·de Pesquisas de Urbanismo e presidente da Co­missão de Planejamento Urbano do Comissaria­do Geral do Planejamento da Capital Fra ncesa. Tem publicado vários livros, salientando-se: La Région Parisienne, Précis de Géographie Ur­baine, Questions de Géographie et de la Po­pulation, La Ville, La Campagne, Précis de Géographie Economique, Géographie Urbaine e URSS, Haute Asie et lran .

• MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA

FACULDADE NACIONAL DE FILOSOFIA

TRABALHO SOBRE GEOGRAFIA AGRA­RIA - Sob a orientação da professôra Maria do Carmo Galvão vem sendo levado a efeito pelos alunos do curso de Geografia da Facul­dade Nacional de F!losof!a, Interessante traba-

lho de pesquisas sôbre problemas de estrutura agrária, suas Implicações regionais e distribui­ção de terras.

Os universitários que participam das pes­quisas funcionam por equipes com responsabi­lidade em parte da área a ser estudada. Em seguida, após concluidos os trabalhos de equi­pe apresentam cada um, uma monografia na qual são apontadas sugestões ou observações que possam melhorar as condições de habita­ção da zona rural, abrangendo a região de Ja­carepaguá, Campo Grande, que podem abas­tecer o mercado do Rio de Janeiro . A pesquisa deverá estar conclu!da em meados de 1963 .

Conforme a abalizada opinião da coorde­nadora das pesquisas, o trabalho, além de ser­vir como exercic!o prático e estágio para os futuros professOres de Geografia poderá trazer, também, Inúmeros beneficios ao próprio esta­do, possibilitando a adoção de medidas que visem a fazer terminar ou diminuir o êxodo gradativo dos lavradores "que vivem na maio­ria das vêzes em áreas arrendadas a curto prazo e desenvolvendo uma cultura Itinerante".

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA

PESQUISAS DE RECURSOS NATURAIS NO CONTINENTE AMERICANO - O Centro Pan­-Amerlcano de Aperfeiçoamento para Pesquisas de Recursos Naturais (CEPERN), conforme In­formação do Sr. Renato Costa Lima, ministro da Agricultura, terá, em breve, através do au­mento em dôbro das dlsponlb!lldades finan­ceiras, sua capacidade de trabalho ampliada significativamente, não só em sentido quan­titativo como, também, qualitativo .

Além do grande Incentivo às pesquisas dos recursos naturais em geral , do continente ame­ricano, será fornecido ainda todo o apolo téc­nico necessário a fim de que possa ser au­mentado o número de alunos bras!le!ros ma­triculados naquele centro de estudos tendo em vista a falta no Bras!l de técnicos especiali­zados nesse mister .

Essa Informação foi colhida junto ao se­nhor Costa Lima pelo general argentino Victor Hosklng, presidente do Instituto Pan-Ameri­cano de Geografia e Hts·tórla com sede na Ar­gentina .

O general Victor Hosklng visitou as Insta­lações do CEPERN, no Rio, junto ao Serviço Florestal (Jardim Botânico) com função, en­tre outras, de preparar técnicos especializados para estudos e pesquisas em determinadas zo­nas ou paises, bem como comprovar os meios mais racionais de explorá-los . São as seguintes as matérias de especialização: Estudo do Solo, Recursos Florestais, Geologia, Hidrologia, Fo­to-Interpretação e Planificação .

• MINISTÉRIO DAS lítELAÇõES EXTERI ORES

DEMARCAÇÃO DE FRONTEIRAS - Foram concluidos os trabalhos de demarcação da fronteira do Brasil com a Colômbia a cargo do general Bandeira Coelho, chefe da Comis­são Brasileira Demarcadora de Limites, séndo cumprimentado pelo 1.0 ministro Hermes Lima, em nome do Itamaratl e em seu próprio, pelo êxito da missão.

lnsti INSTITUTO HISTóRICO E GE<

BRASILEIRO - Foi comemorado no outubro, do ano corrente, o 124.0

de fundação do Instituto Histórico fico Bras!lelro em sessão magna, pelo embaixador José Carlos de Mac que fêz uso da palavra expressan< tentamento geral pelo aniversário .

Foi feita, em seguida, a lelturl tório pelo 1.0 secretário, engenheh Correia Filho.

O professor Pedro Calmon, ora< da sessão, em seu discurso fêz o neCJ sócios falecidos no decorrer do ano.

INSTITUTO DE GEOGRAFIA E MILITAR DO BRASIL - O Instltut grafia e História M1Jitar do Bras!l c no dia 7 de novembro do ano correJ 51.0 aniversário de fundação .

Falaram na ocasião, o general J re!a e o almirante Perry de Alme!c

SEMINARIO DE GEOGRAFI1

Com a finalidade de articular o Geografia, procurando tornar adequa< namento desta disciplina às ex!gêncl va legislação educacional, a Cam1 Aperfeiçoamento e Difusão do Enslr dárlo Instalou no dia 3 de dezembr< melro Seminário de Geografia para F Secundários".

:@:ste certame foi criado para da elementos interpretativos da Lei de e Bases aos Integrantes do magistéric médio do pais, e visa a proporcionar ! maior soma de conhecimentos. Ideal! professor Gildás!o Amado, diretor d Secundário, foi Inaugurado com a p! professor Antônio Pedro de Sousa Ca bre "A Geografia como Disciplina Fo: Informativa na Escola Secundária".

Uni GUANABARA

ESTRUTURA AGRARIA DO EST GUANABARA - O estado da Guana suas características - extraordinária 1

ção e reduzida área territorial - of pectos peculiares quanto à atividade Os resultados preliminares do censo de 1960, apurados na Guanabara, mu!t, r evelem melhoria nas atividades ag1 estado, em relação ao censo de 1950, confronto com outras •unidades cujos dos já foram divulgados e que possue !ação aproximada à da terra carioca . d istritos censltárlos em qe foi dlvldld< do para a apuração do recenseamento, co partes dessas divisão não foi en um único estabelecimento agrícola áreas compreendem as circunscrições ' cabana, Santa Teresa, Glória, Santo São Cristóvão, Centro e Penha, onde d e urbanização teria extinto os pouc

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pesquisas sôbre problemas de estrutura , suas Implicações regionais e distribui­terras.

universitários que participam das pes­funclonam por equipes com responsabl­em parte da área a ser estudada. Em

após concluídos os trabalhos de equl­esentam cada um, uma monografia na ~o apontadas sugestões ou observações ssam melhorar as condições de habita­zona rural, abrangendo a região de Ja­

:uá, Campo Grande, que podem abas­mercado do Rio de Janeiro. A pesquisa estar concluída em meados de 1963. 1forme a aballzada opinião da coorde­das pesquisas, o trabalho, além de ser­~o exercício prático e estágio para os

professôres de Geografia poderá trazer, l, Inúmeros beneficios ao próprio esta­iSibllltando a adoção de medidas que ~ fazer terminar ou diminuir o êxodo 10 dos lavradores "que vivem na maio­' vêzes em áreas arrendadas a curto desenvolvendo uma cultura Itinerante".

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[INISTtRIO DA AGRICULTURA

QUISAS DE RECURSOS NATURAIS NO TENTE AMERICANO - O Centro Pan­ano de Aperfeiçoamento para Pesquisas trsos Naturais (CEPERN), conforme ln­.o do Sr. Renato Costa Lima, ministro ~ultura, terá, em breve, através do au­em dôbro das disponibilidades flnan­sua capacidade de trabalho ampliada •tlvamente, não só em sentido quan-como, também, qualltatlvo.

~ do grande Incentivo às pesquisas dos naturais em geral, do continente ame­

será fornecido ainda todo o apolo téc­cessárlo a fim de que possa ser au­> o número de alunos brasileiros ma­~s naquele centro de estudos tendo em falta no Brasil de técnicos especlall­

lSSe mister. Informação foi colhida junto ao se­

sta Lima pelo general argentino VIctor presidente do Instituto Pan-Amerl­

Geografla e História com sede na Ar-

•neral VIctor Hosklng visitou as Insta-o CEPERN, no Rio, junto ao Serviço

(Jardim Botânico) com função, en­as, de preparar técnicos especlal!zados udos e pesquisas em determinadas zo­palses, bem como comprovar os meios lonals de explorá-los. São as seguintes ;las de espec!allzação: Estudo do Solo,

Florestais, Geologia, Hidrologia, Fo­>retação e Planificação.

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:RIO DAS RELAÇõES EXTERIORES

ARCAÇAO DE FRONTEIRAS - Foram >s os trabalhos de demarcação da

do Brasil com a Colômbia a cargo a! Bandeira Coelho, chefe da Comls­llelra Demarcadora de Limites, sendo entado peio 1.• ministro Hermes Lima, ' do Itamaratl e em seu próprio, pelo missão.

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Instituições Particulares INSTITUTO HISTóRICO E GEOGRAFICO

BRASILEIRO - Foi comemorado no dia 22 de outubro, do ano corrente, o 124.• aniversário de fundação do Instituto Histórico e Geográ­!lco Brasileiro em sessão magna, presidida pelo embaixador José Carlos de Macedo Soares que fêz uso da palavra expressando o con­tentamento geral pelo aniversário.

Foi feita, em seguida, a leitura do rela­tório pelo 1.0 secretário, engenheiro Vlrglllo Correia Filho.

O professor Pedro Calmon, orador oficial da sessão, em seu discurso fêz o necrológio dos sócios falecidos no decorrer do ano.

* INSTITUTO DE GEOGRAFIA E HISTóRIA

MILITAR DO BRASIL - O Instituto de Geo­grafia e História Militar do Brasil comemorou no dia 7 de novembro do ano corrente, o seu 51. o anl versárlo de fundação.

Falaram na ocasião, o general Jonas Cor­reia e o almirante Perry de Almeida expres-

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• sando o regozijo dos Integrantes do Instituto pelo acontecimento.

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ASSOCIAÇAO DOS GEóGRAFOS BRASI­LEIROS - A Seccão Regional da Associação dos Geógrafos Brasileiros em sua sede social p romoveu a palestra do professor Manuel Cor­reia de Andrade, sôbre a " Migração de nor­destinos para o Maranhão e a ação da Sudene" .

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INSTITUTO DE ARQUEOLOGIA BRASI­LEIRA - Foi Je·vada a efeito, no mês de ou­tubro do ano corrente, no Instituto de Arqueo­logia Brasileira, uma reunião entre seus só­elos e dirigentes para debater o tema "Orga­nização de Museus de Arqueologia" .

· Também, na ocasião, foi discutida a ciên­cia da arqueologia em geral onde foram pres­tadas tôdas as Informações e expllcações aos Interessados naquela matéria.

Certames SEMINARIO DE GEOGRAFIA

Com a flnalldade de articular o ensino da Geografia, procurando tornar adequado o ensi­namento desta dlsclpllna às exigências da no­va legislação educacional, a Campanha de Aperfeiçoamento e Difusão do Ensino Secun­dário Instalou no dia 3 de dezembro, o "Pri­meiro Seminário de Geografia para Professôres Secundários".

~ste cert .. me foi criado para dar maiores elementos Interpretativos da Lei de Diretrizes e Bases aos Integrantes do magistério de nível médio do pais, e visa a proporcionar aos jovens maior soma de conhecimentos. Ideal!zado pelo professor Glldásio Amado, diretor do Ensino Secundário, foi Inaugurado com a palestra do professor Antônio Pedro de Sousa Campos sô­bre "A Geografia como Dlsclpllna Formativa e Informativa na Escola Secundária".

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O professor Antônio Pedro de Sousa Cam­pos falou de tendências e problemas de ensi­no, do enclclopedlsmo, da descontinuidade e da Geografia servindo à História e à Cosmo­grafia.

O temário oficial se divide em cinco pon­tos: 1) objetivos do ensino da Geografia: como · dlsclpl!na formativa e informativa na escola secundária; 2) problemas do planejamento do ensino da Geografia: a seleção do conteúdo, a articulação vertical dos temas e a seriação da matéria 3) articulação horizontal: a Geografia e outras disclpllnas da escola se­cundária; 4) sugestões sôbre o conteúdo : pro­gramas mínimos da dlsclpllna para diferentes séries; 5) bibliografia : os problemas do llvro­-texto; leituras complementares para o aluno blbl!ografla para o professor .

Unidades Federadas GUANABARA

ESTRUTURA AGRARIA DO ESTADO DA GUANABARA - O estado da Guanabara, por suas características - extraordinária urbaniza­ção e reduzida área territorial - oferece as­pectos pecullares quanto à atividade agrária. Os resultados preliminares do censo agrícola de 1960, apurados na Guanabara, multo embora revelem melhoria nas atividades agrárias do estado, em relação ao censo de 1950, fogem a confronto com outras -unidades cujos resulta­dos já foram divulgados e que possuem popu­lação aproximada à da terra carioca . Nos 16 distritos censltárlos em qe foi dividido o esta­do para a apuração do recenseamento, em cin­co partes dessas divisão não foi encontrado um único estabelecimento agr!cola . Essas áreas compreendem as circunscrições de Copa­cabana, Santa Teresa, Glória, Santo Antônio, São Cristóvão, Centro e Penha, onde o surto de urbanização teria extinto os poucos esta-

beleclmentos, lavouras e chácaras ali existentes, alguns, ainda por ocasião do censo de 1950.

Foram encontrados na Guanabara 6 263 estabelecimentos agrícolas em 1960, correspon­dendo a um aumento de 18,9% sôbre o total apurado em 1950, que fôra de 5 266. Cresceu, Igualmente, a área total dessas unidades agrá­rias, que alcançava 41 331 hectares em 1950 e atingiu 42 677 hectares no último censo, numa expansão de 3,3 % . Decresceu a área média dos estabelecimentos de 7,8 hectares para 6,8 ha. A área de lavouras, que compreendia 21 757 hectares em 1950, diminuiu para 21 256 hec­tares em 1960 .

Guaratlba, Jacarepaguá, Campo Grande, Realengo e Santa Cruz, com respectivamente 1 516, 1 327, 1 092, 939, 3 720 estabelecimentos, são as cinco circunscrições que apresentam maior atividade agrária do estado . A maior área corresponde aos estabelecimentos de Ja­carepaguá, que soma 10 495 hectares, sendo 9 924 ha, em áreas de lavoura. A área das

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114 BOLETIM GEOGRAFICO

lavouras de Guaratlba alcança 5 398 hectares . configuram-se, assim, como as duas circuns­crições de mais acentuadas características na estrutura agrária carioca, as de Jacarepaguá e Guaratlba, cujas explorações registraram acréscimo entre os dois últimos censos.

A mão-de-obra agrária no estado passou de 16 541 pessoas em 1950, para 18 937 em 1960 . Em Guaratlba foi recenseado o maior contin­gente, com 4 674 pessoas ocupadas nas lidas agrárias. Seguem: Campo Grande, com 3 730; Jacarepaguá, com 3 488; Realengo, com 2 805 e Santa cruz onde a mão-de-obra diminuiu de 3 402 pesso~s em 1950, para 2 306 no último censo .

Desenvolveu-se razoàvelmente a mecaniza­ção dos trabalhos agrários cariocas, tendo au. mentado o número de tratores - 58 unidades em 1950 e 123 em 196.P. Nos estabelecimentos de Santa Cruz registrou-se expressivo acrésci­mo no número dêsses equipamentos, que era de 32 em 1950, e passou para 86 tratores em 1960 . Percebe-se, assim, que a circunscrição de Santa Cruz retém mais da metade dos tra­tores empregados nas lavouras cariocas, de acôrdo com os resultados preliminares ora dl· vulgados .

* PARANA

SAMBAQUIS NO LITORAL PARANAENSE Pesquisas realizadas em Paranaguá, no lito­

ral paranaense, revelaral!l a existência de ha­bitantes ali há três ou quatro mil anos passa­dos. Encontrou-se um sambaqui a 17 quilôme­tros da praia atual, com 44 metros de compri­mento, 36 de largura e 5,6 de altura máxima, que jamais fôra explorado com fins clentiflcos, e cujas pesquisas revelaram a presença de duas culturas.

A cultura "A" foi encontrada na camada de húmus sem conchas, nos 15 centímetros mais superficiais. É a dos homens que vieram morar no sambaqui já pronto e aban· donado . Foram verificados 20 sepultamen­tos mais de 50 sinais de estacas, fazendo parte provàvelmente de três casas, grande quantidade de pedra lascada ou parcialmente polida, material corante, objetos de osso, vér­tebras de peixes, coqulnhos calcinados etc. A ~ultura "B" foi encontrada logo abaixo da ca­mada de húmus, nos 15 centímetros seguintes, na superfície da camada de conchas. É a dos homens que construíram a última parte do sambaqui propriamente dito . Verificados 12 sepultamentos, alguns sinais de estacas de ca­sas, sinais no chão das casas, com multo car­vão e cinza, fogueiras bem grandes, coqulnhos calcinados e um bom número de Instrumentos de pedra e conchas.

As Importantes descobertas foram conse­qüentes ao trabalho de uma. equipe composta pelo padre Inácio Smlth S . J . e por José Bro­chado, ambos da Universidade do Rio Grande do Sul; padre Alfnedo Rohr S.J., um professor da Universidade de Santa Catarina, um ar­queólogo, três pesquisadores da Universidade do Paraná, uma aluna da Universidade de São Paulo, uma estagiária do Museu Nacional do Rio de Janeiro e um aluno da Universidade do Brasil . Coube ao Centro de Ensino e Pes­quisas Arqueológicas da Faculdade de Flloso- · fia do Estado do Paraná e ao Centro de Aper­feiçoamento do Pessoal de Nivel Superior (Rio) o patrocínio das pesquisas .

Segundo narração do padre Smlth, os habl· tantes do lugar moravam em casas de cinco metros de diâmetro, sendo construídas de es­tacas finas de madeira. Eram casas ovaladas ou circulares e, ao lado destas, parecia e)t!stl­rem pequenas choupanas com menos de dois

metros de diâmetro . Tratava-se de um grupo pacifico, sem armas, sem cerâmica, nem pedra polida, de cuja alimentação quase nada ficou conhecido . Talvez fôssem agricultores Inci­pientes .

A cultura "A" revelou que os mortos eram enterrados nos arredores da casa, em covas rasas, escavadas nas conchas do sambaqui ou na terra, numa profundidade não superior a 20 centimetros .

Os cadáveres eram dei ta dos de costas nas se­pulturas, as mãos geralmente colocadas sôbre o abdômen, as pernas recolhidas como quem se assenta sõbre os calcanhares. Os esquele­tos estavam deitados na posição oeste-leste, com as c.abeças voltadas para o nascente . Jun. to de diversos esqueletos havia presentes ou ofertas: machados grandes e parcialmente po­lidos, peixes, coqulnhos (para uma criança). As pessoas não parecem ter chegado a grande Idade, pois não foi encontrado um só esque­leto de homem Idoso. Também não foram vis­tas ossadas de crianças multo pequenas. A me­nor devia ter m<>rrldo com dez anos de Idade. Não chegamos a uma conclusão sôbre o que faziam os habitantes com os ossos das crian­ças pequenas . O núq1ero grande de esqueletos Indica que o grupo morou naquele lugar du­rante multo tempo. Também poderia ter sido um grupo relativamEnte numeroso, de umas 30 ou 50 pessoas.

Quanto à alimentação daqueles sêres, o padre Smith afirma terem encontrado coqul­nhos calcinados e vértebras de peixes que po­dem ter tido participação na sua mesa . En­tretanto n!í.o deviam comer mariscos, porque não deixaram conchas, nem pareciam te( sido caçadores ou pescadores, porque não aparece. raro ossos de-- animais terrestres ou maritlmos . Não foram encontrados também carv!í.o ou fo­gões, o que poderia Indicar que os restos de comida estariam em outro lugar. Dos Instru­mentos de trabalho, foram vistos numerosíssl· mos e minúsculos machados (com menos de cinco centímetros de comprimento e largura), lascados e não polidos. Também havia alguns machados semlpolldos, de tamanho bem gran­de, que eram encontrados normalmente nas sepulturas ou em outras covas . Foram enume­rados ainda quebra-coqulnhos, grande número de lascas de basalto e um número inflnto de lascas e seixos de quartzo, que tinham sido le­vados para o sambaqui e serviriam para al­guma coisa. Também o ornato era conhecido dêste homem: foi encontrada boa quantidade de matéria corante, com que se pintavam de vermelho e amarelo . E em diversos lugares apareceram vértebras de peixe perfuradas, que tinham servido de contas de colar. Jl:stes habi­tantes, quando se estabeleceram no sambaqui, reviraram suas camadas de conchas às vêzes até um metro de profundidade.

Os homens da cultura "B" eram essen­cialmente comedores de mariscos, ao menos no tempo em que viveram no sambaqui. A falta completa de ossos de peixes parecia lndl· car que não pescavam. Tinham suas casas du­rante muitos anos no sambaqui, como mostra a superposlç!í.o de camadas de conchas esmi­galhadas, misturadas com carvão e cinzas, no lugar das antigas moradias. Dentro destas, e, possivelmente também fora, faziam as suas fo­gueiras para cozinhar os mariscos e os co­qulnhos, também , segundo pareceu . Nas fo­gueiras foram encontrados muitos coquinhos calcinados. As ostras e o berbigão eram então abundantes nos mangues próximos . Depois de comido o conteúdo, jogavam as conchas pelo declive do sambaqui, ao lado das casas. Estas camadas de conchas têm, ali mais de cinco metros de altura. Os mortos eram enterrados ali mesmo, nas conchas . Eram sepultados cui­dadosamente, em covas pequenas e rasas, nu-

ma posição completamente dobrada: sõbre o peito, as mãos por baixo de Jl:ste modo de enterrar é bastante < América do Sul, desde os Andes ato brasileiro . Não conheciam, ao que tu a pedra polida.

Outros sambaquis existem na Paranaguá, semelhantes ao que foi , referidas pesquisas. Alguns estão cavados pela Universidade do Paran

PARA, DISTRITO FEDERAL, MATO GOlAS E MARANHÃO

PLANO DE V ALORIZAÇAO DO '\ CANTINS-ARAGUAIA - A vasta 1 Brasil Central ocupada pelas bacias Tocantins e Araguaia poderá, em brev me levantamento da suas imensas po

COLôMBIA

ABALO SíSMICO - A Colômbia sacudida por abalos sismlcos, de re tensidade. Recentemente, nas cidadi dellin, Cal!, Manizales, Pereira e Ann abalo foi sentido durante um ou do dos. O observatório de São Callxto, d registrou o s!smo, classificando-o n: tu de 6 . Dados oficiais indicam a quatro e cinqüenta e sete da manhl distância de 500 quilômetros de La P:

Se lhe interessa adquirir as 1 sua Secretaria (Avenida Beira-~ derá pronta e satisfatõriament•

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, FICO

de diâmetro. Tratava-se de um grupo '• sem armas, sem cerâmica, nem pedra de cuja alimentação quase nada ficou

.do . Talvez fôssem agricultores inci-

ultura "A" revelou que os mortos eram dos nos arredores da casa, em covas Jscavadas nas conchas do sambaqui ou :a, numa profundidade não superior a ;imetros. 1dáveres eram deitados de costas nas se­IS, as m!l.os geralmente colocadas sôbre •men, as pemas recolhidas como quem mta sôbre os calcanhares. Os esquele­tavam deitados na posição oeste-leste, ; c.abeças voltadas para o nascente. Jun. diversos esqueletos havia presentes ou : machados grandes e parcialmente po­peixes, coquinhos (para uma criança). .soas não parecem ter chegado a grande pois não foi encontrado um só esque­' homem idoso. Também não foram vis­adas de crianças muito pequenas. A me­via ter morrido com dez anos de Idade . .legamos a urna conclusão sôbre o que

os habitantes com os ossos das crian· quenas. O nú~ero grande de esqueletos que o grupo morou naquele lugar du­

muito tempo . Também poderia ter sido upo relatlvamt:.nte numeroso, de urnas 50 pessoas. anta à alimentaç!l.o daqueles sêres, o Smlth afirma terem encontrado coqui­alcinados e vértebras de peixes que po­~r tido participação na sua mesa . En­:o n!l.o deviam comer mariscos, porque olxaram conchas, nem pareciam tet: sido res ou pescadores, porque não aparece. :sos de- animais terrestres ou marítimos. ram encontrados também carv!l.o ou fo. > que poderia indicar que os restos de , estariam em outro lugar . Dos instru· ; de trabalho, foram vistos nurnerosíssi-

minúsculos machados (com menos de Jentímetros de comprimento e largura), •s e não polidos. Também havia alguns jos semipolidos, de tamanho bem gran­te eram encontrados normalmente nas tras ou em outras covas. Foram enume­~inda quebra-coquinhos, grande número las de basalto e um número infinto de e seixos de quartzo, que tinham sido !e­para o sambaqui e serviriam para ai­coisa . Também o ornato era conhecido tomem : foi encontrada boa quantidade ~éria corante, com que se pintavam de :to e amarelo. E em diversos lugares •ram vértebras de peixe perfuradas, que

servido de contas de colar. :t!:stes habi­quando se estabeleceram no sambaqui,

1m suas camadas de conchas às vêzes ' metro de profundidade. homens da cultura "B" eram essen­

tte comedores de mariscos, ao menos tpo em que viveram no sambaqui. A )mpleta de ossos de peixes parecia indi­l n!l.o pescavam. Tinham suas casas du­nuitos anos no sambaqui, como mostra rposiç!l.o de camadas de conchas esmi­IS, misturadas com carv!l.o e cinzas, no tas antigas moradias . Dentro destas, e, .t;nente também fora, faziam as suas !o-

para cozinhar os mariscos e os co­!, também, segundo pareceu. Nas to­

foram encontrados muitos coquinhos ios. As ostras e o berb!gão eram então ntes nos mangues próximos. Depois de o conteúdo, jogavam as conchas pelo

do sambaqui, ao lado das casas. Estas s de conchas têm, ali mais de cinco de altura . Os mortos eram enterrados

mo, nas conchas. Eram sepultados cui­aente, em covas pequenas e rasas, nu-

NOTICIARIO 115

ma posição completamente dobrada: os joelhos sôbre o peito, as m!l.os por baixo dos joelhos. :t!:ste modo de enterrar é bastante comum na América do Sul, desde os Andes até o litoral brasileiro . N!l.o conheciam, ao que tudo Indica, a pedra polida.

outros sambaquis existem na região de Paranaguá, semelhantes ao que foi objeto das referidas pesquisas. Alguns est!l.o sendo es­cavados pela Universidade do Paraná.

-te PARA, DISTRITO FEDERAL, MATO GROSSO,

GOlAS E MARANHÃO

PLANO DE V ALORIZAÇAO DO V ALE TO­CANTINS-ARAGUAIA - A vasta regl!l.o do Brasil Central ocupada pelas bacias dos rios Tocantins e Araguaia poderá, em breve, confor­me levantamento da suas Imensas possibilida-

-te

des econômicas, ser Integrada no sistema ge­ral de desenvolvimento econômico do país. Nesse sentido foi criada a Comissão Interesta­dual dos Vales do Araguaia e Tocantins (CIVAT) com sede em Goiânia, reunindo além do Distrito Federal , os estados de Mato Grosso, Pará, Maranh!l.o e Goiás, unidades federativas diretamente interessadas no plano .

O plano de valorizaç!l.o, urna iniciativa do Sr. Aurélio do Carmo, governador do Pará, ob­jetiva especificamente a feitura de um amplo e minucioso exame dos problemas geo-econômi­cos daquela Importante área do hinterland bra­sileiro e um levantamento total de tôdas as suas riquezas . A CIVAT inclui, ainda, dentro do seu programa de trabalhos, as instalações de usinas hidrelétricas, de uma refinaria de petróleo e urna usina de asfalto. Ser!l.o Igual­mente pesquisadas as camadas do carbonífero superior situadas no extremo norte de Goiás, ao sul do Maranhão e na reg!!l.o de Marabá, no estado do Pará.

Exterior COLOMBIA

ABALO SíSMICO - A Colômbia tem sido sacudida por abalos sísmicos, de regular in­tensidade. Recentemente, nas cidade de Me­dellin, Cali, Manizales, Pereira e Armênia, um abalo foi sentido durante um ou dois segun­dos . O observatório de S!l.o Calixto, de La Paz, registrou o sismo, classificando-o na magni­tude 6 . Dados oficiais indicam a hora de quatro e cinqüenta e sete da manhã, e uma distância de 500 quilômetros de La Paz. Tam-

bém o Observatório S1smológ1co da Universi­dade de Fordham, em Nova York, registrou um terremoto "multo forte", cujo epicentro poderia estar na fronteira da Bolívia, Chile e Argentina, a 6 750 quilômetros ao sul de Nova York . J á os sismógrafos da Universidade de John Carro!, de Cleveland, registraram o fe­nômeno como tendo ocorrido a uns 6 000 qui­lômetros ao sul desta cidade, apontando o lo­cal entre a Bollvla e o Chile. :t!:ste movimento sísmico foi também assinalado pelos sismó­grafos argentinos.

9? Se lhe interessa adquirir as publicações do Conselho Nacional de Geografia, escreva a sua Secretaria (Avenida Beira-Mar, 436 - Edifício Iguaçu - Rio de Janeiro) que o aten­derá pronta e satisfatoriamente.

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Bibliografia e Revista de Revistas

Registros e Comentários Bibliográfieos

Livros

PRINCIPLES OF PHYSICAL GEO­GRAPHY- F . J. Monkhouse, M. A., D. Se. - University o f Lon­don Press Ltd.

O presente livro foi escrito por um mestre da Universidade de South­hampton, Prof. F. J . Monkhouse, e representa vàliosa contribuição para o estudo da Geografia Física, fruto de observações próprias, de colaborações prestadas por diver~as instituiç?es científicas e por conceituados espeCia­-listas bem como de pesquisa bibliográ­fica cuidadosa. Mapas, fotografias e diagramas procuram dar ao 1 eitor compreensão exata dos fenômenos e acidentes descritos .

Em vinte e dois capítulos, o autor encerra as principais subdivisões dêste ramo da ciência geográfica, quais se­jam: o material da crosta terrestre; a estrutura da Terra; vulcanismo; a es­culturação da superficie da Terra; as águas do subsolo; rios e sistemas hi­drográficos; lagos; glaciação ; . ~s t~r­ras desérticas ; costas ; class1f1caçoes geomorfológicas a configuração dos oceanos e mares; as águas dos ocea­nos · clima: características gerais ; tem'peratura ; pressão e ventos; umi­dade e precipitação; tipos de climas; o solo ; vegetação; a vegetação das Ilhas Britânicas .

A Geografia Física encontra-se presente em todos os momentos da vi­da do homem. Defrontamo-nos com seus fenômenos diàriamente, topamos com seus acidentes a cada instante .de nossas atividades nunca será inconse­qüente o seu estudo, mesmo para o lei­go, pois desde os primórdios da evolu­ção, os sêres vivos foram obrigados pelas leis naturais a defenderem-se dos elementos e da agressividade do am­biente, sob pena de pagarem com a própria vida os descuidos e erros come­tidos. E agora, em plena era do jato e da bomba atômica, faz-se mister,

mais do que nunca, estudar a Geogra­fia Física, mais necessário se torna o seu conhecimento, pois seja qual fôr o grau do desenvolvimento da técnica, a condição humana dependerá sempre, diretamente, das relações com os fe­nômenos e acidentes verificados sôbre e sob a crosta do planêta.

Principles of Physical Geography, ora incorporado ao acervo da biblio­teca do Conselho Nacional de Geogra­fia, representa um enriquecimento para a bibliografia dêste ramo da ciência geográfica .

A .S .F .

GEOGRAFIA ECONôMICA E GEO­GRAFIA E ECONOMIA

É a êsses títulos que poderia cor­responder o grande livro do profess~r Umberto Toschi, intitulado Geograjw Econômica . Éste livro faz parte de uma coleção de 20 volumes que constituem o "Tratado de Economia", cuja realiza­ção é garantida pelos professôres G. de Vecchio e C. Arena. O referido livro está dividido em duas partes: Geogra­fia Econômica Geral, pp. 3-385 e Geo­grafia Econômica "Particular", quer diz~r "Regional", pp. 386-418 1

Dêsse modo, no plano do estudo econômico, o trabalho apresenta-se co­mo um manual e como uma geografia universal. A personalidade do autor, e seu conhecimento metodológico pude­ram manifestar-se, mais livremente, na primeira parte . O plano dá idéia bastante precisa da concepção do pro­fesor U. Toschi, acêrca da geografia econômica e da maneira pela qual pre­tende defender o ponto de vista do geógrafo comparado ao dos economi_::;­tas, que têm, alguns, uma concepçao mais concreta e outros, mais abstratas.

Tradução de Olga B . de Lima

1 Umberto Toschi , G eografia Economica ( Trattato italiano di économia, Torlno Unione tipografico, 1959, 862 pp ., 1 índice analítico de 45 pp, 35 flgs.) .

BIBLIOGRAF

A primeira parte apresent! tulo que os trabalhos do Pr, Sorre tornaram familiar, "Os mentos": sucedem-se capítulo~ lados "Necessidades", "Recurso !ações", "Produção", "Fatos Sir (Comércio, Setores Econômico: Geográficos, Regiões e Centros micos) . A segunda parte é con à "Geografia da Economia economia rural e geografia fatôres naturais e demográficc res técnicos e econômicos, aspe tatísticos e cartografia agrár mas de economia e de org2 agrária, tipos geográficos, cria• ça e pesca . A terceira parte : grafia da Economia Industria dreiras e minas, produção e c da energia, localização indust1 dústria da construção. A quar te trata das questões de tram circulação, do movimento com do turismo.

Será, particularmente, ap nesta excelente obra o pensam autor fixando um ponto de vis ereto e já exposto em outros lhos de sua autoria, no que c• à geografia agrária, à cari agrária: e aos três capítulos de à localização das indústria 243-290) .

Nestes, cbm efeito, o pJ Toschi examina e discute, con

ANAIS DO MUSEU PAULISTA mo XV- São Paulo- 196

Esta publicação, que estêve rompida durante dez anos, volt editada pelo Museu Paulista, t1 a lume importantes subsídios 1 estudos da história e da etnogr São Paulo e do Brasil.

Anais do Museu Paulista, ' tomo XV, apresenta o seguinte

REDAÇÃO: "Anais do Muse lista" AFFONSO DE E. TAU:ti Ensaios de história econômica e ceira: Duas Palavras; O mai8 documentário paulista de escrii mercantil e bancário; Um capi' neral estatista ; ANTôNIO M DE MELO CASTRO E ME: ÇA: Memória Econômico-Políti Capitania de S. Paulo ; MARY P

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Bibliográficos

.o que nunca, estudar a Geogra­,ica, mais necessário se torna o J.hecimento, pois seja qual fôr o o desenvolvimento da técnica, a ão humana dependerá sempre, nente, das relações com os fe­os e acidentes verificados sôbre 1 crosta do planêta . ~nciples ot Physical Geography, corporado ao acervo da biblio­) Conselho Nacional de Geogra­epresenta um enriquecimento 1 bibliografia dêste ramo da . geográfica .

A.S.F .

RAFIA ECONôMICA E GEO-GRAFIA E ECONOMIA

a êsses títulos que poderia cor­der o grande livro do professor to Toschi, intitulado Geografia nica. li:ste livro faz parte de uma l de 20 volumes que constituem tado de Economia", cuja realiza­;arantida pelos professôres G. de o e C. Arena. O referido livro .vidido em duas partes: Geogra­mômica Geral, pp. 3-385 e Geo-

Econômica "Particular", quer 'Regional", pp. 386-418 1

sse modo, no plano do estudo 1ico, o trabalho apresenta-se co­l manual e como uma geografia >al. A personalidade do autor, e nhecimento metodológico pude­manifestar-se, mais livremente, meira parte. O plano dá idéia te precisa da concepção do pro­ti . Toschi, acêrca da geografia 1ica e da maneira pela qual pre­defender o ponto de vista do fo comparado ao dos economis­le têm, alguns, uma concepção oncreta e outros, mais abstratas.

Tradução de Olga B. de Lima

mberto Toschl , G eografia Economica :o italiano di économia, Torlno Unlone lco, 1959, 862 pp ., 1 lnd!ce anallt!co p, 35 flgs .) .

BIBLIOGRAFIA E REVISTA DE REVISTAS 117

A primeira parte apresenta um tí­tulo que os trabalhos do Prof. Max Sorre tornaram familiar, "Os funda­mentos": sucedem-se capítulos intitu­lados "Necessidades" "Recursos" "Re­lações", "Produção", '"Fatos Sintéticos" (Comércio, Setores Econômicos, Tipos Geográfiéos, Regiões e Centros Econô­micos). A segunda parte é consagrada à "Geografia da Economia Rural" : economia rural e geografia agrária, fatôres naturais e demográficos, fatô­res técnicos e econômicos, aspectos es­tatísticos e cartografia agrária, for­mas de economia e de organização agrária, tipos geográficos, criação, ca­ça e pesca . A terceira parte: "Geo­grafia da Economia Industrial": pe­dreiras e minas, produção e consumo da energia, localização industrial, in­dústria da construção. A quarta par­te trata das questões de transporte e circulação, do movimento comercial e do turismo .

Será, particularmente, apreciado, nesta excelente obra o pensamento do autor fixando um ponto de vista con­creto e já exposto em outros traba­lhos de sua autoria, no que concerne à geografia agrária, à cartografia agrária· e aos três capítulos dedicados à localização das indústrias (pp. 243-290) .

Nestes, cbm efeito, o professor Toschi examina e discute, como geó-

iC

grafo, os resultados das análises e das construções teóricas dos economistas, do estudo de Francesco Mauro sôbre a sistemática da distribuição da indús­tria italiana em função das formas atuais de organização do trabalho e das relações técnicas, das teorias bem conhecidas de A. Webwer sôbre a lo­calização das indústrias, sem esquecer os trabalhos de Marshall. Confronta métodos de economistas e experiências de geógrafos (R. Blanchard, J . Ma­jorelle, F. Mi.lone, W. Gerling, E . Otremba) . Passando do abstrato ao concreto, ultrapassa as construções teóricas para considerar, pormenoriza­damente, todos os fatôres de localiza­ção e procurar as formas mais corren­tes de combinação, as modalidades pelas quais os fatôres devem ser hie­rarquizados ou neutralizados, nas di­versas conjunturas .

Utilizar-se-á, naturalmente, tam­bém o capítulo regional sôbre a Itá­lia (60 pp.) . O resto do trabalho é, apenas uma visão em que o autor faz afirmações corretas de conjunto, cujo principal mérito reside no sentido dos agrupamentos dos aspectos regionais, demonstrando, de um extremo a outro, o espírito de síntese que orientou a realização dêste livro.

Pierre George

Traduzido do : Annales de Géographie . LXIX Année, n. 0 375 - Set;out - 960 .

Periódicos ANAIS DO MUSEU PAULISTA -To­

mo XV - São Paulo - 1961 .

Esta publicação, que estêve inter­rompida durante dez anos, volta a ser editada pelo Museu Paulista, trazendo a lume importantes subsídios para os estudos da história e da etnografia de São Paulo e do Brasil .

Anais do Museu Paulista, em seu tomo XV, apresenta o seguinte índice:

REDAÇÃO: "Anais do Museu Pau­lista" AFFONSO DE E . TAUNAY -Ensaios de história econômica e finan­ceira: Duas Palavras; O mais velho documentário paulista de escrituração mercantil e bancário ; Um capitão-ge­neral estatista; ANTôNIO MANUEL DE MELO CASTRO E MENDON­ÇA: Memória Econômico-Política · da Capitania de S. Paulo; MARY P. DAS-

COMB: Cartas ao Dr. Horace Manley Lane ; CORNÉLIO SCHMIDT: Diário de uma viagem pelo sertão de São Pau­lo, realizada em 1904.

BULLETIN DE L' ASSOCIATION DE GÉOGRAPHES FRANÇAIS - N.0

299-300- Mai-Juin 1961.

É o seguinte. o sumário do interes­sante periódico editado pela Associa­ção de Geógrafos Franceses: Séance du 6 mai 19'61: Mme. Y . BARBAZA -AZÉMA : Paysage rural et structure agraire du littoral nord-catalan au début du XVIIIe. siêcle . . - R . ERA­QUE: Le modelé du plateau nivernais. - Séance du 3· juin 1961: J . DRESCH: Plaines et "Eglab" de Mauritanie. -Communication écrite: H . ELHAl : Eléments d'interprétation du relief en­tre la Dives et la Seine (Normandie) .

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118 BOLETIM GEOGRAFICO

LA TERRE ET LA VIE - Revue d'Éco­logie Appliquée - Année 1962 -Edité par la Societé Nationale de Protection de la Nature et d'Ac­climatation de France - N.o 1 -Janvier-Mars.

A ecologia aplicada, ciência de uti­lidade imediata, embora relativamente nova, é apreciada no presente periódi-

co francês através de estudos e arti­gos de especialistas pertencentes às mais idôneas instituições científicas da Europa.

Os trabalhos publicados nesta re­vista são acompanhados de farta ori­entação bibliográfica. Sumário: Actes de la Réserve de Camargue, n.0 32; La Vie de la Société; Bibliographie.

Contribuição LIMITES E FRONTEIRAS DO BRASIL

HELENYR COUTINHO Blbl!otecárla do CNG

~ste trabalho foi realizado, ape­nas, com os recursos bibliográficos da biblioteca do CNG.

Uma observação, porém, é neces­sária. o número de chamada, ao lado esquerdo da citação bibliográfica, sig­nifica haver seu correspondente nas estantes. Por outro lado, a ausência revela pesquisa realizada em fontes do acervo sem, contudo, garantir sua existência no mesmo .

Separamos as pesquisas nas áreas Internacionais e Interestaduais. Isso para facilitar a pesquisa ao estudioso .

Consideramos, todavia, incomple­to o levantamento . Muita causa ainda existe, notadamente no tocante à par­te periódica. ~ de nosso interêsse e sa­tisfação continuar pesquisando . Se não completarmos o trabalho, dada sua natureza, te-lo-emas, pelo menos, am­pliado . Nosso desejo é dar o máximo, para o máximo realizarem os estu­diosos.

A parte de legislação ora apresen­tada, foi-nos gentilmente encaminha­da pela chefe da Secção de Referên­cia Legislativa do Ministério da Justi­ça, Srta. Elza Fontoura, atendendo à solicitação por nós formulada.

LIMITES INTERNACIONAIS DO BRASIL

770 - fab787 - A171 . AOCIOLY, Hildebrando Pompeu­

Limites do Brasil: a fronteira com o Paraguay. São Paulo /etc./ Companhia editora nacional, 1938. - 149 p. maps. 18 em. (Bibliothe­ca pedagogica brasileira. Série 5a.: Brasiliana, v. 131).

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riores .... Accordo relativo : tocollo de instrucções para minação de fronteira entre sil e a Guyana Hollandeza de Janeiro, Imprensa n: 1932.

9p. 21,5cm. (Collecção d internacionaes, n. 40) .

770 - fab784 - B823. BRASIL. Ministerio das relaçõe

riores. . .. A convenção c

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~FICO

mcês através de estudos e arti­le especialistas pertencentes às idôneas instituições científicas da 1a. s trabalhos publicados nesta re­são acompanhados de farta ori­ão bibliográfica. Sumário: Actes Réserve de Camargue, n.0 32; La ~ la Société; Bibliographie .

AR, Brás Dias de - Geografia mazônica: nas Fronteiras do orte. . (In "Anais do X Congresso rasileiro de Geografia", vol. I, 149, p. 395-416, 1 mapa e 7 figs.) .

. fab- A282. AR, Brás Dias de - ... Nas fron­iras da Venezuela e Guianas bri­. nica e neerlandesa . . . Rio de meiro, Serv. gráf. do IBGE, 1943.

182 p . maps. 26,5 em.

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21 p. 23 em. (Brasil . Minis­rio das relações exteriores. Sec­~o de publicações, 3) .

. fab- A663 . 'JO JORGE, Arthur Guimarães -. Introdução às obras do barão , Rio Branco. /Rio de Janeiro/. inistério das relações exteriores, 945/.

211 p. 24 em.

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368 p. 23,5 em.

fab- A991 . BUJA, Joaquim Maria 'Nascentes ! • • • Questão territorial com a ~publica Argentina . Limites do ~asil com a Guyana Franceza e .gleza ... Rio de Janeiro, Com pa­lia editora fluminense, 1891-92.

2v. 22 em.

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9p. 21 ,5cm. (Collecção de actos internacionaes, n. 40) .

770 - fab784 - B823. BRASIL . Ministerio das relações exte­

riores. . .. A convenção comple-

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17p. 23cm. (Brasil . Ministério das relações exteriores. Secção de publicações. /n.o 7) .

770 - fab755 - B823 . BRASIL. Ministério das relações exte­

riores - . .. Convenção especial e complementar de limites e tratado geral de limites entre o Brasil e a Gran-Bretanha (relativamente á linha divisoria entre o Brasil e a Guyana britannica) ... Rio de Ja­neiro, Imprensa nacional, 1929.

llp. 24cm. (Collecção de actos internacionaes, n. 11) •

770 - fab752 - B823. BRASIL . Ministério das relações exte­

riores - ... Limites Brasil-Colom­bia . Rio de Janeiro, Leuzinger, s.a., 1937 .

15p. il. 26,5cm .

770 - fab756 - B823. BRASIL. Ministério das relações exte­

riores - ... Limites Brasil-Surina­me . Belém, Officinas graphicas do Instituto Lauro Sodré, 1939.

24p. il. 27cm.

770 - fab787 - B823. BRASIL. Ministério das relações exte­

riores - ... Protocollo e instrucções entre o Brasil e o Paraguay para a demarcação e caracterização da fronteira Brasil-Paraguay (e no­tas complementares) ... Rio de Ja­neiro, Imprensa nacional, 1932 .

12p. 21,5cm. (Collecção de actos internacionaes, n .0 44) .

770 - fab766 - B823 . BRASIL. Ministério das relações exte­

riores - Protocollos entre o Brasil e a Bolívia, firmados a 3 de sep­tembro de 1952 (ed. reservada) . Rio -de Janeiro, Imprensa nacional, 1926.

35p. map. (desd.) 34cm .

770 - fab752 - B823. BRASIL. Ministério das relações exte­

riores - ... Tratado de limites e navegação fluvial entre o Brasil e a Colombia ... Rio de Janeiro, Im­prensa nacional, 1930 .

5p. 24cm. (Collecção de actos internacionaes, n.0 22) .

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120 BOLETIM GEOGRAFICO

770 - fab764 - B823. BRASIL. Ministério das relações exte­

riores- O tratado de 8 de septem­bro de 1909 entre os Estados Uni­dos do Brasil e a Republica do Pe­rú, completando a determinação das fronteiras entre os dois paizes e estabelecendo principias ge­raes. . . Rio de Janeiro, Imprensa nacional, 1910.

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770 - fab - C735. Commissão Internacional de Juriscon­

sultos .... Limites do Brasil e actos relativos ás suas fronteiras . Tra­balhos das commissões demarca­doras, informação de 30 de junho de 1915 acompanhada de documen­tos. Rio de Janeiro, Imprensa na­cional, 1917.

229p. il. 24cm .

770 - fab764 - C733 . Comissão mixta brasileiro-peruana

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/ 316/p. il. 24cm.

770 - fac- C749. Conferencia de limites interestaduaes.

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Fronte ira Brasil-Venezuela (In "Revista brasileira

grafia", ano VI, n .o 2, p. 2L

Fronteira peruana . (In "Revista brasileira

grafia", ano VII, n.o 2, p . :

Fronteiras internacionais. (In "Revista brasileira

grafia", ano III, n.o 3, p. ~

Fronteiras sul-americanas. (In "Revista brasileira

grafia", ano III, n.o 3, p. 6!

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BIBLIOGRAFIA E REVISTA DE REVIS ·TAS 121

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38p. 22cm.

770 - fac - F598. FLEMING, Thiers - ... Pelo Brasil

unido; limites in terestad uaes ... Rio de Janeiro, / Officinas graphi­cas da Livraria Alves/ 1933 .

48p. 25cm.

770 - fab - F676. FONSECA HERMES, João Severiano

da -Limites do Brasil; descripção geographica da linha divisaria ... /Rio de Janeiro, graphica Laem­mert limitada/ 1940.

135p. 25cm.

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Não temos, nesta biblioteca es­ta referência bibliográfica .

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tre-mémoire présenté par la gou­vernement de sa Majesté Britanni­que a sa Maj esté I e Roi d'Italie dans da qualité d'arbitre ... ;s.l., s.e. 19 I

24p. 24 mapas, 75,5cm. Escala: 1: 2 000 000.

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122 BOLETIM GEOGRAFICO

IDIASQUEZ, Eduardo - Linea geodé­sica Madera-Yavary.

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ultimas tratados de limites ' te internacional do Jag1 ;s.l., s.e., 1929?/

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770 - p- P644 . PIMENTA DA CUNHA, Arnald

Pela unidade da patria ... de Janeiro, Inspectoria fe1 obras contra as seccas, 194

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430p. 2 maps. 27cm.

/ Frontiêres du Brésil et de la Guyane Anglaise, question soumise à l'arbitrage de S . M. le roi l'Ita­lie/. Second mémoire . . . . . . Pa­ris, A . Lahure / 1905?)

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81p. 27cm .

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12p. map. ils .

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770 - fab R484. RIBEIRO, João - ... As nossas fron­

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151p. mapas. 23cm.

770- fab757- B585. RIO BRANCO, José Maria da Silva Pa­

ranhos, barão do - Frontiêres en­tre Ie Brésil et Ia Guyane Fran­caise. Second mémoire présenté par Ies Etats Unis du Brésil au Gouvernement de Ia Confédération Suisse. Arbitre . . . . . . Berne, Im­primerie Staempfli & cie., 1899 .

5v. fase ., tabs., mapas (alg. color. desd. 26 em. e atlas (86 ma­pas).

Bibliografia no fim.

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124 BOLETIM GEOGRAFICO

770 - fab784 - R585. RIO BRANCO, José Maria da Silva Pa­

ranhos, barão do - Questão de li­mites entre o Brasil e a Republica Argentina, submetida á decisão ar­bitral do presidente Cleveland, dos Estados Unidos da America, 1894/ / New York/s.e . / 1894.

6v. maps. 27cm. Bibliografia no fim.

770 - fab784- R585. RIO BRANCO, José Maria da Silva Pa­

ranhos, barão do - . . . Questões de limites . Republica Argentina . Rio de Janeiro/ Ministério das re­lações exteriores /1945/

255p. 24cm. (Obras do barão do Rio Branco 1) .

Bibliografia e notas no fim.

770 - fab755 - R585. RIO BRANCO, José Maria da Silva Pa­

ranhos, barão do - . .. Questões de limites: Guiana britânica . / Rio de Janeiro/ Ministério das relações exteriores, / 1945/.

181p. maps. 23,5cm (Obras do barão do Rio Branco, II) .

Bibliografia no fim .

RODRIGUES PEREIRA, Renato Bar­bosa - O barão do Rio Branco e o traçado das fronteiras do Brasil .

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Com resumo em francês, espa­nhol, inglês, alemão, italiano e es­peranto.

770 - fac - R756. ROQUETTE-PINTO, Edgard - Limites

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14p. 24cm.

SAGARNAGA, Elias- Recuerdos de la Campana del Acre de 1903: mis notas de viaje. La ·Paz, 1909.

194p.

784-770 - fab- S211 . SANCHEZ, Zacarias -La frontera ar­

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154p. map. 22,5cm. Sentença arbitral sôbre a pen­

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grafia", ano VII, n.0 2, p. ~

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grafia", ano VII, n.o 2, p .

Tratado de 1890 . (In "Revista brasileira

grafia", ano VII, n.0 2, p.

Tratado de 1907 . (In "Revista brasileira

grafia", ano VII, n .0 2, p.

Tratado de 8 de setembro (In "Revista brasileira

grafia", ano VII, n.0 2, p. ~

Tratado de 30 de outubro (In "Revista brasileira

grafia", ano VII/ n.o 2, p.

Tratado de Tordesilhas. (In "Revista brasileira

grafia", ano VII, n.o 2, p.

Tratado de Paz e de Limi" (In "Revista brasileira

grafia", ano VII, n.0 2, p.

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Map. and ills.

LIMITES E FRONTEIRAS DO BRASIL

"REFER~NCIAS LEGISLATIVAS"

Limites Internacionais :

Decreto n .0 1 783, de 14 de julho de 1856 . Promulga a Convenção rela­tiva ao ajuste de limites entre o Imperio do Brasil e a Republica do Paraguay.

Col. Leis do Brasil, 1856, p. 340.

Decreto n .0 2 726, de 12 de janeiro de 1861. Promulga o Tratado de limi­tes e navegação fluvial celebrado entre o Brasil e a Republica da Ve­nezuela, em 5 de maio de 1859.

Col. Leis do Brasil, 1861, p. 43/ 49 .

Decreto n.o 4 911 , de 27 de março de 1872. Promulga o Tratado de limi­tes entre o Imperio do Brasil e a Republica do Paraguay.

Col. Leis do Brasil, 1872, p. 109--112.

/

Lei n.o 2 583, de 12 de junho de 1875. Approva o Accôrdo celebrado pelos Governos do Brazil e do Perú em 11 de fevereiro de 1874, acerca de limites entre o Imperio e aquella Republica e cessão mutua de terri­torios .

Col. Leis do Brasil, 1875, p. 21-22 .

Decreto n .0 6 034, de 20 de novembro de 1875 . Promulga o Accôrdo sôbre cessão mutua de territorios, cele­brado entre o Brazil e a Republica do Perú, em 11 de fevereiro de 1874.

Col. Leis do Brasil, 1875, v. 2, p. 794-6 .

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126 BOLETI~ _GEOGRAFICO

Decreto n.0 9 563, de março de 1886. Promulga o Tratado para o reco­nhecimento dos rios Paperi-guassu e Santo Antonio, Chapecó ou Pe­piri-guassu e Chopin ou Santo An­tonio-guassu e do territorio que os separa e está em litigio entre o Brazil e a República Argentina .

Cols. Leis do Brasil, 1886, p. 111-122.

Decreto n.0 10 423, de 5 de novembro de 1889. Promulga o Tratado para a prompta solução da questão de li­mites pendente entre o Brazil e a Republica Argentina.

Col. Leis do Brasil, 1889, v. li, p. 659-63.

Decreto (PL) n.0 474, de 8 de dezembro de 1897. Approva o Tratado de ar­bitramento para a fixação das fronteiras do Brazil e da Guyana Franceza, celebrado em 10 de abril de 1897 entre a Republica dos Es­tados Unidos do Brasil e a Repu­blica Franceza.

Col. Leis do Brasil, 1897, p. 27.

Decreto n.0 2 967, de 8 de agosto de 1898. Manda executar o Tratado de 10 de abril de 1897, que sub­mette a arbitramento a questão de limites entre o Brazil e a Guyana Franceza.

Col. Leis do Brasil, 1898, p. 667.

Decreto n.0 3 667, de 31 de maio de 1900. Manda executar o Tratado concluido em 6 de outubro de 1898, entre o . Brazil e a Republica Ar­gentina e que completa o estabele­cimento da linha divisaria dos dois paizes.

Col. Leis do Brasil, 1900, p. 648-651.

Decreto (PL) n.0 824, de 27 de de­zembro de 1901. Approva o Trata­do que submette a arbitramento a questão de limites entre os Estados Unidos do Brazil e a Guyana In­gle2;a, firmado em Londres em 6 de novembro de 1901.

Col. Leis do Brasil, 1901, p. 53.

Decreto (PL) n.0 1 310, de 28 de de­zembro de 1904. Approva o Trata­do de limites entre as Republicas do Brazil e do Ecuador, concluido em 6 de maio de 1904.

Cols. Leis do Brasil, 1904, p. 167. .. • PL: Poder Legislativo.

Decreto n.o 5 531, de 18 de maio de 1905. Manda executar o Tratado de limites concluido no Rio de Ja­neiro entre o Brazil e o Ecuador, em 6 de maio de 1904.

Col. Leis do Brasil, 1905, p. 211-14.

Decreto (PL) n.0 1 659, de 25 de junho de 1907. Approva o Tratado con­cluido em 5 de maio de 1906, esta­belecendo a fronteira entre o Bra­zil e a Colonia de Surinam ~

Co I. Leis do Brasil, 1907, p. 35.

Decreto (PL) n.0 1 721, de 16 de se­tembro de 1907. Approva o Proto­coi.Io contendo instrucções sobre o reconhecimento do rio Verde e suas cabeceiras.

Col. Leis do Brasil, v. I, p. 86.

Decreto (PL) n.0 1 768, de 6 de no­vembro de 1907. Approva os dous Protocollos assignados em Caracas a 9 de dezembro de 1905, com o fim de ultimar a demarcação das fron­teiras determinadas no Tratado de 5 de maio pe 1859, entre o Brazil e Venezuela.

Col. Leis do Brasil, 1907, p. 115.

Decreto (PL) n.o 1 866, de 9 de setem­bro e 1908. Approva o Tratado de limites e navegação e os protocol­los de · modus vivendi sobre nave-

, gação e commercio pelo rio Içá ou Putumayo, firmado em Bogotá, em 24 de abril de 1907.

Col. Leis do Brasil, 1908, p. 36.

Decreto n.o 6 934, de 30-4-1908. Man­da executar o Tratado de limites e navegação celebrado em Bogotá, aos 24 de abril de 1907, entre -o Brazil e a Colombia.

Col. Leis do Brasil, 1908, v. I, p. 487.

" Decreto n.0 7 133, de 24 de setembro de 1908 . Manda executar o Tratado concluido em 5 de maio de 1906, es­tabelecendo a fronteira entre o Brazil e a Colonia de Surinam.

Col. Leis do Brasil, 1908, p. 1102-04 .

• PL: POder Legislativo.

BIBLIOGRAF

Decreto (PL) n.0 2 246, de 26 de 1910. Approva o Trat: cluido no Rio de Janeiro, outubro de 1900, entre o B Republica Oriental do 1 modificando a suas front Lagoa Mirim e no rio Ja! estabelecendo princípios commercio e navegação ne ragens.

Col. Leis do Brasil, 191

Decreto (PL) n.0 2 249, de 29 de 1910. Approva o TratE cluido no Rio de Janeiro, septembro de 1909, entre e o Perú, completando a , nação das fronteiras entre paizes e estabelecendo p geraes sobre os seu comr navegação na bacia do Arr

Col. Leis do Brasil, 191

Decreto n.0 7 975, de 2 de maio Promulga o Tratado conci Rio de Janeiro, a 8 de se de 1909, entre o Brazil e completando a determina fronteiras entre os dous estabelecendo principias ge bre o seu commercio e na na bacia do Amazonas.

Col. Leis do Brasil, 670-77.

Decreto n .0 7 992, de 11 de 1

1910. Promulga o Tratac cluido no Rio de Janeiro e: outubro de 1909, entre o : a Republica Oriental do l modificando as suas frontt Lagoa Mirim e no rio Jag estabelecendo principias geJ ra o commercio e navegaç sas paragens .

Cols. Leis do Brasil, l 692-99 .

Decreto (PL) n.0 2 609, de 28 dt de 1912. Approva a CoJ Comnlementar do Tratado • tes, de 6 de outubro de 189 o Brazil e a Republica Ar1 assignada em Buenos Ayres outubro de 1910.

Col. Leis do Brasil, 1912

Decreto (PL) n.o 2 812, de 23 d bro de 1913 . Approva a Cm entre o Brazil e a Republica tal do Uruguay, assignac ta Capital, a 7 de maio modificando no arroio de

• PL : Poder Legislativo.

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FICO

) n.o 5 531, de 18 de maio de 15. Manda executar o Tratado limites concluído no Rio de Ja­ro entre o Brazil e o Ecuador, 6 de maio de 1904. • Col. Leis do Brasil, 1905, p,

-14.

, (PL) n.0 1 659, de 25 de junho 1907. Approva o Tratado con­ido em 5 de maio de 1906, esta­ecendo a fronteira entre o Bra­e a Colonia de Surinam ·. Col. Leis do Brasil, 1907, p. 35.

(PL) n.o 1 721, de 16 de se­tbro de 1907. Approva o Proto­o contendo instrucções sobre o mhecimento do rio Verde e s cabeceiras. Col. Leis do Brasil, v. I, p . 86.

(PL) n.0 1 768, de 6 de no­lbro de 1907. Approva os dous tocollos assignados em Caracas de dezembro de 1905, com o fim 1ltimar a demarcação das fron­as determinadas no Tratado de e maio de 1859, entre o Brazil enezuela. Col. Leis do Brasil, 1907, p. 115.

(PL) n .0 1 866, de 9 de setem­e 1908. Approva o Tratado de tes e navegação e os protocol­de · modus vivendi sobre nave­io e commercio pelo rio Içá ou 1mayo, firmado em Bogotá, em le abril de 1907. Col. Leis do Brasil, 1908, p. 36 .

n.o 6 934, de 30-4-1908. Man-!Xecutar o Tratado de limites e ~gação celebrado em Bogotá, 24 de abril de 1907, entre ·o

ül e a Colombia. Col. Leis do Brasil, 1908, v. I, ~7.

" n.0 7 133, de 24 de setembro de . Manda executar o Tratado :luido em 5 de maio de 1906, es­lecendo a fronteira entre o ;il e a Colonia de Surinam. Col. Leis do Brasil, 1908, p. :-04.

POder Legisl!ltlvo.

BIBLIOGRAFIA E REVISTA DE REVISTAS 127

Decreto (PL) n.0 2 246, de 26 de abril de 1910. Approva o Tratado con­cluído no Rio de Janeiro, a 30 de outubro de 1900, entre o Brazil e a Republica Oriental do Uruguay, modificando a suas fronteiras na Lagoa Mirim e no rio Jaguarão e estabelecendo princípios para o commercio e navegação nessas pa­ragens.

Col. Leis do Brasil, 1910, p. 19.

Decreto (PL) n.0 2 249, de 29 de abril de 1910. Approva o Tratado con­cluído no Rio de Janeiro, a 8 de septembro de 1909, entre o Brazil e o Perú, completando a determi­nação das fronteiras entre os dous paizes e estabelecendo princípios geraes sobre os seu commercio e navegação na bacia do Amazonas.

Col. Leis do Brasil, 1910, p. 20 .

Decreto n.0 7 975, de 2 de maio de 1910. Promulga o Tratado concluído no Rio de Janeiro, a 8 de septembro de 1909, entre o Brazil e o Perú, completando a determinação das fronteiras entre os dous paizes e estabelecendo princípios geraes so­bre o seu commercio e navegação na bacia do Amazonas .

Col. Leis do Brasil, 1910, p. 670-77.

Decreto n.0 7 992, de 11 de maio de 1910. Promulga o Tratado con­cluído no Rio de Janeiro em 30 de outubro de 1909, entre o Brasil e a Republica Oriental do Uruguay, modificando as suas fronteiras na Lagoa Mirim e no rio Jaguarão e estabelecendo princípios geraes pa­ra o commercio e navegação nes­sas paragens .

Cols. Leis do Brasil, 1910, p. 692-99 .

Decreto (PL) n.0 2 609, de 28 de agosto de 1912. Approva a Convenção Comnlementar do Tratado de limi­tes, de 6 de outubro de 1898, entre o Brazil e a Republica Argentina, assignada em Buenos Ayres, a 4 de outubro de 1910 .

Col. Leis do Brasil, 1912, p. 249.

Decreto (PL) n.0 2 812, de 23 de outu­bro de 1913. Approva a Convenção entre o Brazil e a Republica Orien­tal do Uruguay, assignada nes­ta Capital, a 7 de maio de 1913, modificando no arroio de São Mi-

• PL: Poder Leglslatlvo.

guel, a fronteira estabelecida, pelo Tratado de 15 de maio de 1852 e Accordo de 22 de abril de 1853.

Col. Leis do Brasil, 1913, p. 214.

Decreto n.0 11 042, de 5 de agosto de 1914. Promulga o Segundo Proto­collo assignado em Caracas a 9 de dezembro de 1905 com o fim de ultimar a demarcação das frontei­ras determinadas no Trata do de 5 de maio de 1859, entre o Brazil e a Venezuela .

Col. Leis do Brasil, 1914, p. 282-84.

Decreto n .0 11 087, de 19 de agosto de 1914 . Promulga a Convenção entre o Brazil e a Republica Oriental do Uruguay, modificando, no arroio São Miguel, a fronteira estabeleci­da pelo Tratado de 15 de maio de 1852 e Accordo de 22 de abril de 1853.

Cols. Leis do Brasil, 1914, p. 359-6·2.

Decreto (PL) n.0 3 442, de 27 de de­zembro de 1917, Approva a Con­venção para caracterização da fronteira entre o Brazil e o Uru­guay, assignada em 27 de dezem­bro de 1916.

Col. Leis do Brasil, 1917, p. 219.

Decreto n.0 13 673, de 2 de julho de 1919. Promulga a Convenção para melhor caracterização da frontei­ra entre o Brazil e o Uruguay, as­signada no Rio de Janeiro, em 27 de dezembro de 1916.

Col. Leis do Brasil, 1919, p. 2-6.

Decreto (PL) n.0 5 431, de 10 de ja­neiro de 1928. Approva o Tratado celebrado em 21 de maio de 1927, entre o Brasil e o Paraguay, defi­nindo os limites nos referidos pai­ses, no trecho entre a foz do rio Apa e o desaguadouro da bahia Negra .

Col. Leis do Brasil, 1928, p. 53 .

Decreto (PL) n.0 5 549, de 23 de outu­bro de 1928. Approva a Convenção complementar de limites entre o Brasil e a Argentina.

Col. Leis do Brasil, 1928, p. 172 .

Decreto (PL) n.0 5 646, de 8 de janei­ro de 1929 . Approva a Convenção complementar de limites e o Tra­tado geral de limites entre o Bra­sil e a Guyana Ingleza .

Col. Leis do Brasil, 1929, p. 10.

• PL: Poder Leglslatlvo.

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128 BOLETIM GEOGRAFICO

Decreto (PL) n.o 5 649, de 8 de janeiro de 1929. Approva o Tratado de limi­tes e communicações ferroviarias assignado entre o Brasil e a Bolivia.

Col. Leis do Brasil, 1929, p. 12.

Decreto (PL) n.0 5 655, de 9 de janei­ro de 1929. Approva o Tratado de limites e navegação fluvial entre o Brasil e a Colombia.

Col. Leis do Brasil, 1919, p. 26.

Decreto (PL) n .0 5 664, de 12 de janei­ro de 1929. Approva o Protocollo sobre demarcação da fronteira en­tre o Brasil e a Venezuela .

Cols. Leis do Brasil, 1919, p. 33.

Decreto n.0 18 722, de 30 de abril de 1929. Promulga a Convenção espe­cial e o Tratado geral relativos aos limites entre o Brasil e a Guyana Ingleza firmados em Londres a 22 de abril de 1926. \

D. O . 5-5-1929 .

Decreto n.o 18 838,. de 9 de julho de 1929. Promulga o Tratado de li­mites e communicações ferroviarias entre o Brasil e a Bolivia, firmado a 25-12-28.

D.O. 11-7-1929 .

Decreto n.O 18 905, de 17 de setembro de 1929. Promulga o Protocollo en­tre o Brasil e a Venezuela, assig­nado a 24 de agosto de 1928.

D .0.20-9-29 .

Decreto n.0 19 018, de 3 de dezembro de 1929. Promulga o Tratado de li­mites, entre o Brasil e o Para­guay, complementar do de 1872.

D.O. 5-12-1929.

Decreto n.0 19 104, de 11 de fevereiro de 1930. Promulga o Tratado de limi­tes e navegação fluvial entre o Brasil e a Colombia, firmado a 15 de novembro de 1928.

D.O. 19-2-30.

Decreto n.0 7 541, de 16 de julho de 1941. Promulga a Convenção com­plementar dé limites, entre o Bra­sil e a Argentina, firmada em Bue­nos Aires, a 27 de dezembro de 1927.

D .O . 18-7-1941.1 D .O . 30-7-1!!41. D . O. 4-8-1941. I Retificações D.O. 4-9-1941.1

• PL: Poder Legislativo.

Decreto (PL) n.0 55, de 15 de dezem­bro de 1948. É aprovado o Conve­nio para a Construção da Ponte Internacional Quaraí-Artigas, fir­mado no Quaraí, a 22 de maio de 1947, entre o Brasil e a Republica do Uruguai.

D . C. N. 16-12-48. D.O. 8-10-49 .

Limites Interestaduais

Decreto n.0 297, de 19 de maio de 1843. Fixa provisoriamente os limi­tes da Província do Rio de Janeiro com a de Minas Geraes .

Col. Leis do Brasil, 1843, p. 95 .

Decreto n.0 323, de 23 de setembro de 1843. Designa provisoriamente os limites entre os Províncias de Ser­gipe e Bahia .

Col. Leis do Brasil, 1843, p. 200.

Decreto n.0 773, de 23 de agosto de 1853. Marca os limites das Províncias de Goyaz e do Maranhão .

Col. Leis do Brasil, 1854, p. 45.

Decreto n.0 3 378, de 16 de janeiro de 1865. Fixa provisoriamente os li­mites entre as Províncias do Pa­raná e Santa Catharina .

Col. Leis do Brasil, 1865, p. 11.

Decreto n.0 3 043, de 10 de janeiro de 1863 . Fixa provisoriamente os li­mites da Província do Espírito Santo com a de Minas Geraes na parte comprehendida entre os mu­nicípios de Itapemerim e São Pau­lo do Muriahé.

Col. Leis do Brasil, 1863, p. 2.

Decreto r..0 2 099, de 1.0 de fevereiro de 1873. Determina que a Provín­cia de Sergipe se limitará com a das Alagoas pelo rio São Franc-isco até a sua foz no oceano.

Co!. Leis do Brasil, 1873, p. 8.

Decreto n.o 3 012, de 22 de outubro de 1880. Altera a linha diviso ria das Províncias do Ceará e do Piauhy.

Col. Leis do Brasil, 1880, p. 52.

Decreto (PL) n.0 2 699, de 26 de de­zembro de 1912. Approva o conve­nio celebrado em Bello Horizonte a 18 de dezembro de 1911, entre os Governos dos Estados de Minas

• PL: Poder Legislativo.

BIBLIOGRAF

Geraes e do Espírito Sant solução da questão dos limi pectivos.

Co!. Leis do Brasil 19: p. 296 . '

Decreto (PL) n .0 3 304, de 9 de de 1917 . Publica resolução c gresso Nacional que approv cordo de 20 de outubro de l i mado entre os Estados do e Santa Catharina, estabe os seus limites .

D .O. 4-8-1917.

Decreto (PL) n.0 3 679, de 8 de de 1919. Publica a resolu Congres~o Nacional que apJ convençao celebrada pelos os do Pará e Matto Gross definição de seus limites.

D.O . 10-1-1919.

Decreto (PL) n.0 4 616, de 16 zembro de 1922 . Determ fronteiras entre os Estados Paulo e Paraná .

D.O . 16-12-22.

Decreto n .0 16 595, de 10 de se1 de 1924. Approva os trabal demarcação de limites entre tados do Paraná e Santa C~ na.

D .O. 10-9-1924.

Decreto (GP) n.0 20 137, de 22 nho de 1931 . Institue uma missão especial .para dirir questões de limites interesta'

D.O . 24-6-31.

Decreto (GP) n.o 21 329, de 27 d1 de 1932 . Approva, para toe effeitos, as conclusões do pare general Augustn Ximeno V presidente da Commissão de ~?ados dos Estados de São P· Minas Geraes, sobre os limit: tre esses dois Estados e fixa . nitivamente, a linha divisóri tre os referidos Estados .

D . O . 29-4-1932. D . O. 3-6-32 (Rectif.) .

Decreto (GP) n .0 24 155, de 23 de de 1934. Approva o convenio mites entre os Estados da B~ Minas Geraes .

D.O. 27-4-34 .

• PL: Poder Legislativo. •• GP : Govêrno Provisória.

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o (PL) n.0 55, de 15 de dezem-o de 1948. É aprovado o Conve­J para a Construção da Ponte ternacional Quaraí-Artigas, fir­Ldo no Quaraí, a 22 de maio de 17, entre o Brasil e a Republica Uruguai. D.C.N. 16-12-48. D.O. 8-10-49 .

s Interestaduais

J n.O 297, de 19 de maio de :3 . Fixa provisoriamente os limi­da Província do Rio de Janeiro

n a de Minas Geraes. Col. Leis do Brasil, 1843, p. 95.

J n.o 323, de 23 de setembro de ,3 . Designa provisoriamente os .ites entre os Províncias de Ser­e e Bahia .

Col. Leis do Brasil, 1843, p. 200.

1 n.o 773, de 23 de agosto de 1853. rca os limites das Províncias Goyaz e do Maranhão. Col. Leis do Brasil, 1854, p. 45 .

1 n.o 3 378, de 16 de janeiro de 5. Fixa provisoriamente os li­:es entre as Provindas do Pa­.á e Santa Catharina. Col. Leis do Brasil, 1865, p. 11.

' n.0 3 043, de 10 de janeiro de 3. Fixa provisoriamente os li­es da Província do Espírito tto com a de Minas Geraes na te comprehendida entre os mu­pios de Itapemerim e São Pau­lo Muriahé. Col. Leis do Brasil, 1863, p. 2.

n.o 2 099, de 1.0 de fevereiro 1873 . Determina que a Provin­de Sergipe se limitará com_ a Alagoas pelo rio São Francisco a sua foz no oceano. Co!. Leis do Brasil, 1873, p. 8 .

n.o 3 012, de 22 de outubro de 1. Altera a linha divisaria das rincias do Ceará e do Piauhy. Col. Leis do Brasil, 1880, p. 52.

(PL) n.0 2 699, de 26 de de­bro de 1912. Approva o conve­celebrado em Bello Horizonte a le dezembro de 1911, entre os ernos dos Estados de Minas

: Poder Legislativo.

BIBLIOGRAF.IA. E .REVISTA DE REVISTAS 1G!9;

Geraes e .do Espírito Santo, para solução da questão dos limites res­pectivos.

Col. Leis do Brasil, 1912, v. I, p. 296.

Decreto (PL) n.0 3 304, de 9 de agôsto de 1917. Publica resolução do Con­gresso Nacional que approva o ac­cordo de 20 de outubro de 1916, fir­mado entre os Estados do Paraná e Santa Catharina, estabelecendo os seus limites.

D.O. 4-8-1917.

Decreto (PL) n .o 3 679, de 8 de janeiro de 1919 . Publica a resolução do Congresso Nacional que approva a convenção celebrada pelos Esta­os do Pará e Matto Grosso para definição de seus limites .

D.O . 10-1-1919.

Decreto (PL) n.0 4 616, de 16 de de­zembro de 1922. Determina as fronteiras entre os Estados de São Paulo e Paraná.

D .O . 16-12-22.

Decreto n .0 16 595, de 10 de setembro de 1924. Approva os trabalhos de demarcação de limites entre os Es­tados do Paraná e Santa Cathari­na.

D .O . 10-9-1924 .

Decreto (GP) n.o 20 137, de 22 de ju­nho de 1931. Institue uma com­missão especial .para dirimir as questões de limites interestaduaes .

D .O . 24-6-31.

Decreto (GP) n.0 21 329, de 27 de abril de 1932. Approva, para todos os effeitos, as conclusões do parecer do general August() Ximeno Villeroi, presidente da Commissão de Dele­!!ados dos Estados de São Paulo e Minas Geraes, sobre os limites en­tre esses dois Estados e fixa, defi­nitivamente, a linha divisória en­tre os referidos Estados.

D . O. 29-4-1932 . D . O . 3-6-32 (Rectif.) .

Decreto (GP) n .0 24 155, de 23 de abril de 1934 . Approva o convenio de li­mites entre os Estados da Bahia e Minas Geraes .

D .O . 27-4-34.

• PL: Poder Legislativo . •• GP : Govêrno Provisória.

5- 32 789

Lei n .0 375, de 7 de janeiro de 193.7'.:\ Fica approvado o convênio_ sobre limites, celebrado .em Bello Hori­zonte, a 28 de septembro de 1936, entre os Estados de São Paulo e Minas Geraes, e ratificado, respec­tivamente, pelas Leis, ns. 2 694 e 115, de 3 de novembro do mesmo anno, dos referidos Estados .

D .O. 12-1-1937.

Decreto n .0 3 320, de 29 de maio de . 1941. Homologa o accordo de limi­tes entre os Estados de Minas Ge­raes e Goyaz .

D .O. 2-6-1941. D .O. 27-8-1941 (Rectifi.).

Decreto-lei n.o 3 471 , de 26 de julho de 1941. Homologa o accordo de limites entre os Estados de Minas Geraes e Rio de Janeiro. D.O. 30-7-1941.

Decreto-lei n.0 9 578, de 13 de agosto de 1946. Aprova a linha divisória en­tre os Estados de Pernambuco e de Alagoas .

D.O . 15-8-1946 . (Conclui no próximo número do

"Boletim Geográfico") .

A . P . Questão de limites entre São Pau­lo e Minas Geraes, por A. P. São São Paulo, 1898 .

50p .

776 .2 -- fac -- A485 . AMARAL, Braz do -- Limites do Esta­

do da Bahia. . . Bahia, Imprensa official do estado, 1916-17.

2v. 1 map. desd . 23cm . Conteúdo: v. I -- Bahia-Sergi­

pe. v. 2 -- Bahia-Espírito Santo.

-- Memorial acerca da questão de limites entre a Bahia e Sergipe . Bahia, 1913.

34p.

773.1 -- fac773 .2. AMARAL, José Ribeiró' do-- Limites do

Maranhão com o Piauhy ou a ques­tão de Tutoya; memoria apresen­tada em 30 de septembro de 1902 . . . Maranhão, Imprensa official, 1919.

332p. 23,5cm .

Amazonas-Pará. Questão de li­mites. Manáos, 1916.

270p. 1 mapa.

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130 BOLETIM OEOORAFICO

AMORIM FIGUEIRA, R. de- Amazo­nas versus Matto Grosso. Manáos, 1919 .

48p.

- Limites entre os Estados do Amazonas e Matto Grosso . Rio, 1898 .

24p .

770 - fab - B663. ARAUJO JORGE, Arthur Guimarães -

... Introdução às obras do barão do Rio Branco . /Rio de Janeiro/, Ministério das relações exteriores, /1945/.

21lp. 24cm.-

A propósito do problema da deli­mitação de unidades políticas.

(In "Revista brasileira de geo­grafia" ano V, n.0 4, p. 638) .

ASSIS MOURA, G. de - Questão de limites. Solução do litigio entre Paraná e Santa Catharina. São Paulo, 1910.

22p.

O barão o Rio Branco e o traçado das fronteiras do Brasil.

(In "Revista brasileira de geo­grafia", ano VII, n.o 2, p. 187) .

774 .1 - fac774.2 - B238 . BARBOSA, Ruy- Limites entre o Cea­

rá e o Rio Grande do Norte. (In Barbosa, Ruy. Obras com­

pletas de Rui Barbosa . Rio de Ja­neiro, 1957. 25 em. vol. XXXI, 1904. Tomo V, est.) .

- . .. Limites entre o Ceará e o Rio Grande do Norte : razões fi­naes de ... Rio de J aneiro, Compa­nhia Typographica do Brazil, 1904.

465p. 24cm . Bibliografia no fim .

771 .2 - fac771 - B38. BARBOSA, Ruy - Pretenção do Ama­

zonas ao Territorio do Acre /s.n.t./ 2v. 27cm .

778 .2 - fac778.4- B268 . BARRADAS - ... Questões de limites

entre os Estados de Paraná e de Santa Catharina . Embargos ao accordão . Rio de Janeiro, Typ. e lith. de Olympio de Campos & C ., 1904 .

149p. 22,5cm . Bibliografia no fim.

776 .1- fac776.2- B273. BARRETO, João Pereira - ... Limites

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FICO

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Questão de limites entre o Pará e o Amazonas, o resultado de dili­gencias determinadas pela . . . Be­lém, Officinas graphicas do Insti­tuto Lauro Sodré, 1926 .

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tença do Tribunal arbitral na questão de limites do Tribunal ar­bitral na questão de limites entre os Estados do Espirito Santo e de Minas Geraes o Rio de Janeiro, Ro­drigues & C., 1915 .

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(In "Revista brasileira de geo­grafia", ano VII, n.0 2, p. 189) .

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(In "Revista brasileira de geo­grafia", ano VII, n.o 2, p . 349) .

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completa.

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176p. 22cm .

774.4 - fac- G635 . GONÇALVES MAIA, José - ... Ques­

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345p. 24cm . Herança do Brasil independente .

(In "Revista brasileira de geo­grafia" . ano VII, n.o 2, p. 189) .

I 777 .1 - fac777 .2- H673 . Historico da questão de limites entre

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JANSEN FERREIRA, J . -A barra da Tutoya. Resposta ao livro : Limites entre os estados do Piauhy e do Maranhão . Maranhão, 1908.

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historicas e geographicas sobre os Santa .Catharina, investigações limites do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, etc. Livraria do Glo­bo, 1937 .

20p. 24cm .

778 .1 - fac778 .2- L437 . LEÃO, Ermelindo Agostinho de - . . .

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reito de occupação e conquista ou a Província de Santa Catharina em seos confins com a província do Paraná . Santa Catharina, 1865 .

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21,5cm .

778.2 - fac778 .4 -- L734 . LUZ, Francisco Carlos da - Que

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58p. 21,5cm .

778.2 -- fac778 .4 -- L734 . MACEDO, Antonio Ribeiro

estudo sobre a questão de do Paraná com Santa Cat: por Antonio Ribeiro de Ma< Curityba . Typ . a vapor Schulz / 19 I . ~ 23p. 21,5cm .

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192p.

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pelo Sr. Aureliano Leite, na Ca­ra federal em sessão . . . conten­de limites entre São Paulo e

1as Geraes. . . Rio de Janeiro, pr. nac., 1935. 31p. 23cm . -

.-"

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mineiro". Bello Horizonte, IX, 4, p. 3-87) .

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tites. (In "Revista brasileira de geo­

fia", ano III, n.o 1, p. 114)1•

ti tes Brasil-Argentina . (In "Revista brasileira de geo­

fia", ano II, out. 1940, n.0 4, pp . ·659) . tites Brasil-Equador. (In "Revista brasileira de geo­

fia", ano VII, n.o 2, p. 219) . tites do Estado da Bahia. vol. I. tia-Sergipe. Bahia, 1916 . 532p. 1 mapa.

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488p.

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(In "Revista do Instituto his­torico e geographico do Brasil". Rio, vol. 142, 1920, Rio, 1922, p. 194-253) .

Limites entre o Rio de Janeiro e Minas Gerais.

(In "Revista brasileira de geo­grafia", ano III, n.O 3, p. 695) .

773.1 - fac773 .2 . Limites entre os estados do Piauhy e

do Maranhão; documentos ... The­rezina, Typographia da "Patria", 1907.

356p. 22cm .

Limites entre os Estados do Piauhy e do Maranhão. Therezina, 1907 .

xxviii, 358p.

Limites naturais e limites artifi­ciais.

(In "Revista brasileira de geo­grafia", ano V, n.O 4, p. 639) .

Limites naturais da região amazô­nica em território brasileiro.

(In "Revista brasileira de geo­grafia", ano X, n.0 2, p. 163) .

778.2 . Limites Paraná e Santa Catarina.

1865-1904 . 6 folhetos in 1 v. map. desd.

21,5cm.

778.2 - fac778 .4 -- L734. LUZ, Francisco Carlós da- Questão de

limites entre as Províncias de San­ta Catharina e do Paraná, pelo Dr. Francisco Carlos da Luz . Rio de Janeiro, Typographia de J .A.F. Villas Boas, 1876 .

58p. 21,5cm .

778 .2 - fac778 .4 - L734. MACEDO, Antonio Ribeiro -- Ligeiro

estudo sobre a questão de limites do Paraná com Santa Catharina, por Antonio Ribeiro de Macedo ... Curityba. Typ . a vapor Cezar Schulz /19 I.

- 23p. 21,5cm .

778.2 · -- fac778.4-- M187. MAFRA, Manoel da Silva - Exposição

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778.2 -- fac778.4-- L734 . MAFRA, Manoel da Silva -- Limites

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31p. 21,5cm.

778 .2 -- fac778.4. MAFRA, Manoel da Silva, -- ... Ques­

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208p. 21,5cm.

778. 2 - fac778. 4 - MAFRA, Manoel da Silva - Refutação das allega­ções finaes do Estado do Paraná na acção proposta pelo Estado de Santa Catharina, pelo adv . . . Rio de Janeiro, Typ. Hildebrandt, 1902.

55p. 21,5cm .

MARQUES, G. -- O accordo que deu solução á questão de limites entre os Estados do Paraná e Santa Ca­tharina ...

778.2 -- fac778.2 -- M386 . MARTINS, Romario -- Argumentos e

subsídios sobre a questão de limi­tes entre o Paraná e Santa Catha-= rina, publicado sob a direcção de ... Curityba, Typ. e Lith. a va­por Impressora paranaense, 1902.

234p. 1 mapa. 22cm . --Documentos comprobatorios nos direitos do Paraná na questão de limites com Santa Catharina . Vol. I , Rio, 1915, 170p. -- Vol. II, Rio, 1911, 234p. -- Limites a sueste. Curityba, 1901. 90, XII, 38p. - Limites interestaduaes entre Paraná e Santa Catharina. Breves explicações do mappa historico annexo. Rio, 1910. 28p. 1 mapa.

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pirito Santo . / Espírito Santo? Im­prensa official? I 1939 .

283p. 23,5cm.

777 .1-- fac777.2-- ~827. ~ORAES, Cicero -- A serra dos Aymo­

rés . . . Rio de Janeiro, Papelaria Velho, 1939. · 32p. 23cm .

Conferencia . .. Conclusão : p. 32.

771.3-- fac771.5 · -- ~827. ~ORAES, Prudente José de, pres1den­

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561p. 23cm.

777.1-- fac778.1-- ~827. ~ORAES, Prudente de -- . .. Limites

entre São Pl}ulo e ~inas; memo­ria organizada pelos delegados de São Paulo para ser apresentada ao . árbitro . .. / Rio de Janeiro, s.e, 1920/.

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77.3 -- fac77 .4 -- N822. NORONHA SANTOS, Francisco Agenor

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sil-- .-.. Execução da causa origi­naria n.0 7 (limites entre os Esta­dos de Santa . Catharina e Para­ná) . Petição inicial e razões finaes do Estado de Santa Catharina-, por Epitacio Pessôa .- Rio de Janeiro, Rodrigues & C., 1915 .

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778.2 - fac778 ,4 ~ P475 , PEf:l_SôA, Epitacio, presidente· do -. Bra­

sil - .. . Execução da causa erigi-- naria nP 8 (limites entr-e os Esta­

dos de Santa Catharina .-e .Para­'ná) . Petiçao inicial e razões fi­naes do . Estado .de .Santa Cathari-

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771.3 - fac771. 5 -- P475. PESSôA, Epitacio -- .. ·.A fmnteira

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V. ilust . 18cm . -

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138 BOLETIM OEOORAFICO

Regresso da expedição cientifica que estêve nas regiões limitrofes de vários estados .

(In "Revista brasileira de geo­grafia", ano IV, n .0 4, p . _891).

Relatorio, resoluções e leis . Decreto-lei n .o 2 104, de 3 de

abril de 1940 - Dispõe sôbre o quadro territorial da Republica .

(In "Revista brasileira de geo­grafia", ano li, julho de 1940, n.O 3, p . 503) .

Resolução 62, de 24-7-1939, da As­sembléia Geral do CNG, que "pro­põe um sistema provisório de di­visas interestaduais, determina a organização de um atlas de limites e promove a execução do artigo 184 da Constituição".

(In "Revista brasileira de geo­grafia", ano li, n .o 1, p . 131) .

Revista do Instituto histórico e geo­graphico brasileiro", tomo 85, vol. 139 (1919) . Rio, 1921, p . 81-90?

Bibliografia sôbre limites inte­restaduaes .

Revista trimestral do Instituto his­torico e geographico do Brasil, Rio, XLIII, 1880, parte li, p . 27-114 com mapas .

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ROMERO, Sylvio - A União do Para­ná e Santa Catharina . O estado do Iguassú . Nictheroy, 1916 .

46p .

770 ~f- B823 . RUY BARBOSA - Tribuna parlamen­

tar Republica . (In "Barbosa, Ruy. Obras com­

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(In "Revista do Archlvo pu­blico mineiro". Bello Horizonte, 1904, vol. IX, p. 795-826) .

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19p. 22,5cm .

Santa Catharina-Paraná. Questões de liml tes . Artigos,

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333p. maps. 22cm .

777 .3 - fac777 .4 . SANTOS, Thomaz Delfino dos - Expo­

sição documentada sôbre os limites do Distrito Federal com o EstadQ do Rio de Janeiro, apresentada ...

167p. 27cm .

777 .1 - fac778 .1 - S239 . SÃO PAULO. Arquivo? - ... Divisas

de São Paulo e Minas, 1709-1811. São Paulo, Typ. a vapor Espinola, Siqueira & Comp. 1894 .

188p. 1 est. 23cm .

SEGADAS VIANA, João - Divisão ter­ritorial do Brasil .

(In "Revista brasileira de geo­grafia", ano li, julho de 1940, nú­mero 3, p. 373-406) .

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lho - Pernambuco versus Bahia; protesto e contra· protesto. Memo­rial . . . Recife, Imprensa official, 1927.

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286p. 21,5cm .

774.4 - fac776 .2 - S725. SOUZA, Barros - ... Como solu

a questão da antiga comar São Francisco com a Ba / s .n.t./

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312p. maps .

774 .1 - fac774 .2 - T231 . TAVARES DE LYRA, A. - Quesi

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grafia", ano VII, n .o 2, p . 219)

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19p. 22,5cm .

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212p. 23,5cm. Bibliografia no fim .

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Catharina, apresentado ao mo. Sr. João Luiz Alves ... .. ./ 1. , s. e./1923.

2v. ilust. 22cm . o 2.0 v. constituido por 55 car­

: desdobradas .

BIBLIOGRAFIA E REVISTA DE REVISTAS 139

774.1 ~ fac774 .2 - S729 . SOUZA, Antonio de - .. . Questão de

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286p. 21,5cm .

774 .4- fac776 .2 - S725. SOUZA, Barros - . . . Como solucionar

a questão da antiga comarca do São Francisco com a Bahia .. . / s .n. t./

12p. ilust. 20cm .

SOUZA LIMA, N. J . - Questão de li­mites entre os Estados do Rio de Janeiro e Minas Geraes.

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SOUZA MONTEIRO, B . de - O direito do Espirito Santo. Memorial apre­sentado pelo Estado do Espirito Santo (ao Tribunal Arbitral na questão de limites ... Espirito San­to e Minas Geraes) . Rio, 1914.

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TAVARES ' DE LYRA, A. - Aponta­mentos sobre a questão de limites entre os Estados do Ceará e Rio Grande do Norte . Vol. I . Natal, 1904.

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TOLEDO PIZA, A. de - Éstudos his­toricos. Questões de divisas entre os Estados do Paraná e Santa Ca­tharina .

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Tratado de 1890 . (In "Revista brasileira de geo­

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770 - fab V327 . VARZEA, Affonso - ... Limites meri­

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771.3- fab771 .5-- V517 . VERISSIMO DE MATTOS, José­

Pará e Amazonas ; questão de limi­tes. Rio de Janeiro, Companhia typographica do Brazil, 1899 .

96p. maps. 22cm. Bibliografia no fim .

770- fab- Q5 . VERISSIMO DE MATTOS, José­

Pará e Amazonas ; questão de limi­tes . Rio de Janeiro, Comp. typo­graphica do Brazil, 1859 .

95p. 1 map. 22,5cm .

771.3- fac771 .5 . VIANNA, Arthur Octavio Nobre -

Estudos sobre o Pará. Limites do Estado . . . Relato rio apresenta do em 1.0 de septembro de 1898, ao Sr. governador do Estado do Pa­rá. . . Belém, Imprensa do "Diario Official", 1899-1901.

3v. maps. 22cm . 1.a parte - Limites com o Es­

tado do Amazonas . 2.a parte - Li­mites com o Estado do Matto Grosso .

XAVIER DA VEIGA, J . P. - Minas Geraes e Rio de Janeiro (Questão de limites) .

(In "Revista do Archivo publi­co mineiro" . Bello Horizonte, 1899,

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777.1 - fac777.3 - X. XAVIER DA VEIGA, J. F. - Questão

de limites entre os Estados de Mi­nas Geraes e Rio de Janeiro, rela­torio apresentado ... Cidade de Minas. Imprensa official do Esta­do de Minas, 1899 .

24p. 20cm .

VIEIRA FAZENDA, José - Limites en­tre os Estados do Rio de Janeiro e o Districto Federal .

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.Leis e Resoluções

LEGISLAÇÃO FEDERAL

Integra da Legislação de Interê~se Geográfico

Atos do Poder Legislativo Faço saber que o Congresso Nacional apro­

vou, nos t êrmos do art. 66, item I da Cons­tituição Federal, e eu, Rui Palmeira, Vice-Pre­sidente do Senado Federal, no exercício da Presidência, promulgo o seguinte: ·

DECRETO LEGISLATIVO N.o 13, DE 1962

Aprova o Acõrdo de cooperação entre os Esta­dos Unidos do Brasil e a R epúbltca Italia-

1 na para uso pacifico da energia nuclear.

Art. 1.• - É aprovado o Acôrdo de coope­ração entre os Estados Unidos do Brasil e a República Italiana p ar a u so pacifico da ener­gia nuclear, firmado no Rio de Janeiro, a 6 de setembro d e 1958.

Art. 2.• - :!l:ste decreto legislativo entra­rá em vigor na data de sua publicação, revo­gadas as disposições em contrário .

Senado Federal, 23 de novembro de 1962 . Rm PALMEIRA, VIce-Presidente, no exer­

cício da Presidência .

• Diário Oficial de 28-11-1962.

Faço sàber que o Congresso Nacional aprovou, nos têrmos do a rt. 66, Item I , da Constituição Federal , e eu, Rui Palmeira, Vi­ce-Presidente do Senado Federal , no exercício da Presidência, promulgo o seguinte:

DECRETO LEGISLATIVO N."'- 15, DE 1962

Aprova o texto da resolução WHA 1 243, ado­tado pela XII Assembléia-Geral da Organi­zação Mundial de Saúde, modi ficando os arts. 24 . e 25 da Constituição daquela Agência especializada das Nações .Unidas. '

Art. 1.0 - É a provado o texto da resolu-ção WHA 1 243, adotado p ela XII Assembléia Geral da Organização Mundial de Saúde, mo­difica ndo os arts. 24 e 25 da Constituição daquela Agência especializada das Nações Unidas .

Art. 2 .• - :!l:ste decreto legislativo entra­rá em vigor na d ata de sua publicação, revo­gadas as disposições em contrário .

Senado7ederal, 23 de novembro de 1962 . · RU'I PALMEIRA, Vice-Presidente do Senado

Federal, no exerci cio da Presidência.

·• Diário Oficial de 28-11-1962 .

Atos do Poder Executivo CONSELHO DE MINISTROS

DECRETO N.o 1 483, DE 5 DE NOVEMBRO DE 1962

Cria o Consulado Honorário do Brasil em Ve­rona, Itália .

O Presidente do Conselho de · Ministros, usando da atribuição que lhe confere o art. 18, inciso III, do Ato Adicional e nos têrmos do art. 27, § 1.•, da lei n .• 3 917, de 14 de julho de 1961, decreta : ·

Art. 1.• Fica criado o Consulado Honorá­rio do Brasil em Verona, Itália, com jurisdi­ção local e subordinado ao Consulado Geral em Milão. ·, Art. 2.• O presente decreto entrará em fl­

gor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Bras1!1a, 5 de novembro de 1962; 141.• da Independência e 74.• da República .

HERMES LIMA

DECRETO N.0 1 708, DE 28 DE NOVEMBRO DE 1962

Cria. uma Embaixada do Brast! na República Popular e Democrática Argelina.

O .Presidente do Conselho de Ministros, usando da atribuição que lhe confere o art .

18, Inciso .II do Ate;> Adicional, combinado com o .art. 21, parágrafo único da lei n.• . 3 917, 'de 14 de julho de 1961, d ecreta:

Art. 1.• Fica criada uma Embaixada do Brasil na República Popular e Democrática Ar ­géllna, · com sede em Argel, capital · do pais .

Art. 2 .• :!l:ste decreto entrará em vigor n a data de sua publicação, revogadas as disposi-ções em contrário . ·

Brasilla, 28 de novembro de 1962; 141 .• d a. Independência e 74. 0 da República. .

HERMES LIMA

DECRETO N.0 1 709, DE 28 DE NOVEMBRO DE 1962

Dá · nova redação aos arts. 2.• 4.• do decreto 42 290, de 19 de setembro de 1957 .

O Presidente do Conselho de Ministros, usando da atribuição que lhe confere o ar t. 1.0 , combinado com o Item III do art. 18, do Ato Adicional à Constituição Federal, de­creta:

AM. 1.• Os arts. 2.• e 4.• do decreto nú­mero 42 290, de 19 de setembro de 1957, p as­sam a ter a seguinte redação.

Art. 2.• &estabelecida a flllação de que trata o art . 1.•, será formado o Comité Nacio­nal da União Geodésica e Geofísica Intern a-

BIBLIOGRAFIA

clonal , do qual farão parte as seguinte tltulções: Conselho Nacional de Geogra1 Instituto Brasileiro de Geografia e Estat Diretoria do Serviço Geográfico do Ex Observatório Nacional; Diretoria de Hldrc e Navegação do Ministério da Ma rinha; selho Nacional d e Pesquisas; Academ Ciências; Serviço Nacional de Meteorolo; Mlnlstérlo da Agricul tura; Divisão de do Ministério d a Agricultura; Instituto nográflco de São Paulo e Sociedade Br2 de Cartografia.

Art . 4.• O Instituto Brasileiro de G fia e Estatística deverá prever nos orçamento, a dotação necessária ao paga d a quota anual de adesão do Brasil à e tomará as providências necessárias m ação e funcionamento do Comitê Naclo União Geodésica e Geofisica Internacion

Art . 2.• O presente decreto entrará 1 gor na data de sua publicação, revoga< disposições em contrário .

Brasília, 28 de novembro de 1962; 1! Independência e 74.• da República.

HERMES LIMA João Mangabeira P edro Paulo de Araujo Suza· Amauey Kruel Renato Costa Lima.

DECRETO N.o 1727, DE 28 DE NOVEM DE 1962

Declara públicas, de u so comum, do d< do Estado de Minas Gerais, as águ. cursos denominados Pavão e Pavtfo respect ivamente nos trechos 3Uperia dio e interior.

o Presidente do Conselho de Mll usando d a atribuição que lhe conJ art. 1.• do Ato Adicional à Constitul nos têrmos do art. 5.• do decreto-lei ro 2 281, de 5 de junho de 1940;

Considerando que o edital d e classl: de curso d 'água publicado no D iário de 11 de janeiro de 1962, não suscitou qt: contestação;

O Serviço Central de Documen1 completo, compreendendo Blbllot• do-se êst e à guarda de documen Con selh o qualquer documento q

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~DERAL

ter_ê~se Geográfico

~ gislativo

1ço sàber que o Congresso Nacional lU, nos têrmos do art. 66, Item I, da ltulção · Federal, e eu, Rui Palmeira, V!­!Sldente do Senado Federal, no exercício esidêncla, promulgo o· seguinte:

DECRETO LEGISLATIVO N."'- 15, DE 1962

l o texto da resolução WHA 1 243, ado­~o pela XII Assembléia-Geral da Organi­ção Mundial de Saúde, modificando os ts. 24 . e 25 da Constituição daquela ência especializada das Nações Unidas.

t .· 1.0 - í: aprovado o texto da resolu­

!HA 1 243, adotado pela XII Assembléia da Organização Mundial de Saúde, mo­Ldo os arts. 24 e 25 da · Constituição .a Agência especial!zada das Nações I.

t. 2 .• - :l!;ste decreto legislativo entra­vigor na data de sua publ!cação, revo­as disposições em contrário . nado7ederal, 23 de novembro de 1962. tr PALMEIRA, Vice-Presidente do Senado 1, no exercício da Presidência.

Diário Oficial de 28-11-1962.

ecutivo iso .li do At<;l Adicional ;· combinado com

21, parágrafo único da lei n.• . 3 917, de julho de 1961, decreta: ;, 1.• Fica criada uma Embaixada do na Repúbl!ca Popular e Democrática Ar­. com sede em Argel, capital · do pais . '· 2 .• :l!;ste decreto entrará -em vigor na e sua publ!cação, revogadas as dlsposi­n contrário. •sllia, 28 de novembro de 1962; 141 .• da ndêncla e 74.• da Repúlil!ca. ·

HERMES LIMA

mTO N.o 1 709, DE 28 DE NOVEMBRO DE 1962

1a redação aos arts .. 2.• 4.• do decreto 90, de 19 de setembro de 1957.

Presidente do Conselho de Ministros, da atribuição que lhe confere o a rt .

nblnado com o Item III do art. 18, Adicional à Constituição Federal, de-

1.• Os arts. 2.• e 4.• do decreto nú-2 290, de 19 de setembro de 1957, pas­ter a seguinte redação .

2.• &estabelecida a ·- !111ação de que art. ~-·· será formado o Comité Naclo­Unlão Geodésica e Geoflstca Interna-

BIFLIOGRAl"IA E REVISTA DE REVISTAS 141

clonal, do qual farão parte as seguintes Ins­tituições: Conselho Nacional de Geografia, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística . Diretoria do Serviço Geográfico do Exército; Observatório Naciona l; Diretoria de Hidrografia e Navegação do Ministério da Marinh a; Con­selho Nacional de Pesquisas; Academia de Ciências; Serviço Nacional de Meteorologia do Ministério da Agricultura; DlvisA.o de Aguas do Ministério da Agricultura; Instituto Ocea­nográfico de São Paulo e Sociedade Brasileira de Cartografia .

Art. 4 .• o Instituto Brasileiro de G eogra­fia e Estatística deverá prever nos seus orçamento, a dotação necessária ao pagamento da quota anual de adesão do Brasil à UGGI e tomará as providências necessárias à for­mação e funcionamento do Comitê Nacional da União Geodésica e Geofislca Internacional.

Art. 2.• o presente decreto entrará em vi­gor n a data de sua publ!cação, revogadas as disposições em contrário.

Brasília, 28 de novembro de 1962; 141.• da Independ ência e 74.• da Repúbl!ca.

HERMES LIMA João Mangabeira P edro Paulo de Araujo Suzano Amaury Kruel R enato Costa Lima .

DECRETO N.o 1727, DE 28 DE NOVEMBRO DE 1962

Declara públicas, de uso comum, do domínio do Estado de Minas Gerais, as águas dos cursos denominados Pavão e Pavllo Azul, respectivamente nos trechos superior, mé­dio e inferior.

O Presidente do Conselho de Ministros , usando da a tribuição que lhe confere o art. 1.• do Ato Adicional à ConstituiçA.o, e nos têrmos do art . 5.• do decreto-lei núme­ro 2 281, de 5 de junho de 1940;

Considerando que o edital de classificação de curso d 'água publ!cado no Diário Oficial de 11 de janeiro de 1962, não suscitou qualquer contestação;

Considerando que o Conselho Nacional de Aguas e Energia Elétrica opinou pela classi­ficação constante do mesmo edital, decreta:

Art. 1.• São declaradas públ!cas, de uso comum, do domínio do Estado de Minas Gerais as águas dos cursos denominados P avão e Pa­vão Azul , respectivamente nos trechos superior, médio e Inferior, t ributário do rio Mucuri , pela magem esquerda.

Art . 2. • :l!;ste decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as dispo­sições em contrário.

Brasília, 28 de novembro de 1962; 141.• da Independência e 74 .• da R epública.

HERMES LIMA Celso Gabriel de Rezende Passos.

DECRETO N.0 1 729, DE 28 DE NOVEMBRO DE 1962

D eclara públicas, de u so comum, do domínio do Estado de Goiás, as águas dos rios Im­buruçu, Candieiros e Doce.

O Presidente do Conselho de Ministros , u sando da atribuição que lhe confere o art. 1.0 do Ato Adicional à Constituição e nos têrmos do art. 5.• do d ecreto-lei núme­ro 2 281, de 5 de junho de 1940;

Considerando que os edl tais de classifica ­ção dos cursos d 'águ a , publica dos no Diário Oficial, n ão suscitaram qualquer contestação;

Considerando que o Conselho Nacional de Aguas e Energia Elétrica opinou pelas classifi­cações constantes dos mesmos editais, decreta:

Art. 1.• São declaradas públicas, de uso comum, do domínio do Estado de Goiás as águas dos cursos denominados: Imburuçu, Candieiros e Doce, em tôda a extensão dos mesmos .

Art . 2.• :l!;ste decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposi­ções em contrário.

Brasilla, 28 de novembro de 1962; 141.• da Independência e 74 .• da República.

HERMES LIMA Celso Gabriel de Rezende Passos .

~ o Serviço Central de Documentação Geográfica do Conselho Nacional de Geografia é completo, compreendendo Biblioteca, Mapoteca, Fototeca e Arquivo Corográfico, destinan­do-se êste à guarda de documentos como sejam inéditos e artigos de jornais. Envie ao Conselho qualquer documento que possuir sõbre o território brasileiro.

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