Extinção dos Dinossauros

A Vida surgiu na Terra há cerca de 3800 M.a. Primeiro surgiram os seres mais básicos e elementares como as células. E a vida foi evoluindo ao longo do tempo até surgirem os mamíferos e o Homem.A Terra possui características muito especiais que possibilitam o aparecimento de vida: a estabilidade terrestre e dos seus elementos biogénicos, forma uma atmosfera respirável, segura, de temperatura constante e ideal para o aparecimento de vida. A existência de água em todos os estados e em abundância permite que os seres prosperem na Terra e que se estabeleçam formando ecossistemas estáveis e sustentáveis. Até hoje, em todo o Universo, não se descobriram condições que possibilitem o surgimento de vida, pelo menos, como a conhecemos.Até hoje, a Terra já passou por diversas épocas, cada uma marcada por uma extinção dos seres que a caracterizavam. Cada extinção teve as suas características, umas mais abruptas e devastadoras, como a do Pérmico, do Cretácico ou do Câmbrico, outras mais suaves.Muitas foram facilmente explicáveis mas outras permanecem até hoje, um verdadeiro mistério.Foi durante a Era Mesozóica, no Período Jurássico e Cretácico, que viveram os dinossauros.Os dinossauros dividiam-se em 5 grupos principais, cada um com as suas fisionomias e com as suas características bióticas. Eram eles que reinavam a Terra caracterizando-se por serem seres grande, répteis e muitos deles predadores inatos. Desenvolveu-se uma cadeia alimentar fantástica entre estes seres, que acabou de um modo súbito e inexplicável, após 160 milhões de anos de vida na Terra.Com o início do estudo da geosfera, descobrem-se vestígios destes maravilhosos seres que povoavam a terra há milhões de anos atrás. Iniciam-se então longos estudos, para determinar a causa da sua extinção, surgindo teorias algo desconexas. Entre as diversas teorias que apesar de terem permanecido muitos anos, como as que apresentavam as razões mais aparentemente correctas, destaca-se a que aponta que os dinossauros foram extintos pelos extra-terrestres que os caçavam exaustivamente, que como se pode compreender foi considerada obsoleta, visto não ter sido provada a presença de seres no Universo extra-Terra. Apresento de seguida três teorias que permaneceram ou permanecem até hoje como as que melhor explicam a extinção destes seres da face da Terra.A teoria que mais tempo esteve de pé, foi a de que há 65 milhões de anos, um asteróide com cerca de 9 km de diâmetro entrou em órbita com a Terra, colidindo com esta. Publicada em 1982, ganhou bastante credibilidade até hoje, à medida que foram descobertos novos indícios à cerca deste caso. Com a investigação de rochas do período Cretácico, foram descobertos vestígios de irídio (substância existente em material cósmico e em zonas vulcânicas) numa gigantesca cratera no México, consolidando-se assim esta teoria.A colisão teria liberto quantidades de energia tão elevadas (cerca de 5 biliões de bombas atómicas usadas em Nagasaki e Hiroshima) que teria levantado uma enorme quantidade de poeira, tapando a luz solar. Deste modo, os raios solares deixariam de incidir sobre a Terra, o que causaria a morte das plantas, impossibilitadas de realizar a fotossíntese, e uma série de mortes em cadeia, primeiro os animais herbívoros, e de seguida os carnívoros que iriam perder o seu alimento e ainda a descida abrupta da temperatura, causada pela ausência de energia solar.No entanto, no ano de 2009, investigadores americanos, descredibilizam esta teoria através da análise de sedimentos na cratera de Chicxulub, no México.A investigadora responsável, Gerta Keller, e uma das principais opositoras a esta teoria, afirma que o asteróide caiu cerca de 300 mil anos antes da extinção em massa dos dinossauros. A geóloga verificou que grande parte dos sedimentos foi depositada muito tempo após o impacto, encontrando-se em estratos mais acima dos referidos, sinais da extinção em massa destes seres. Para refutar esta ideia,

Extinção dos Dinossauros

defensores da teoria afirmam que a incoerência encontrada nos estratos se devia a distúrbios causados, aquando a deposição por um tsunami ou terramoto, resultante do impacto.Para contrariar esta resposta, Gerta Keller, afirma que não observou nenhum tipo de distúrbios na deposição.Os geólogos responsáveis pela investigação dos estratos da cratera do México afirmam também que o impacto do asteróide não foi responsável pela extinção de nenhuma espécie. Para comprovar a ideia, o grupo afirma que encontraram 52 espécies abaixo dos sedimentos do período de impacto, e as mesmas 52 espécies em estratos mais acima. Para Gerta Keller, a extinção deveu-se a fenómenos vulcânicos, que constituem outra das teorias mais fiáveis.Outra teoria aponta o planalto de Deccan, na Índia, como o local onde ocorreram as erupções vulcânicas que teriam causado o fim dos dinossauros.Os geólogos afirmam que as erupções se prolongaram por diversos anos, trazendo à superfície lava com basalto derretido (como acontecera no fim do Período Pérmico).O aquecimento global seria notório, o que causaria a morte de diversas espécies.Os gases e poeiras libertos causariam um fenómeno semelhante ao que foi apresentado na teoria anterior. As poeiras impediriam a entrada de luz solar causando o fim dos seres autotróficos, de seguida os animais herbívoros e finalmente os predadores.Muitos especialistas apontam, para a extinção em massa dos dinossauros, a mesma teoria utilizada para explicar o fim do Período Pérmico. Após as erupções vulcânicas, o aquecimento das águas libertou metano que veio aquecer ainda mais a atmosfera levando ao fim destes seres.Uma outra teoria, afirma que a extinção em massa dos dinossauros se deveu a uma alteração climática súbita. A descida acentuada das temperaturas globais, levou à morte de diversas espécies estenotérmicos (que não suportam grandes variações de temperatura), como os peixes e algumas plantas. As espécies que suportaram esta mudança climática acabam por morrer devido à falta de alimento, causada pela morte de muitas espécies que serviam de sustento à cadeia alimentar de muitos seres (inclusive os dinossauros). A descida de temperatura causou grandes e súbitas inundações, que cercaram os dinossauros e outros seres que não tiveram tempo de migrar.Apesar de ser uma teoria algo aceitável, apresenta diversas lacunas, como por exemplo a falta de uma razão para a descida da temperatura que, muitos especialistas afirmam não ser suficiente para afectar tantas espécies.Para mim, a explicação mais coerente para a extinção dos dinossauros, não se encontra presente em nenhuma teoria em particular mas sim num conjunto de teorias aqui apresentadas. A queda do asteróide no México, não foi, perante a análise do testemunho de paleontólogos, a causa de extinção em massa dos dinossauros, mas é inquestionável, o impacto que teve na Terra. É improvável que um material de tais dimensões e aparentemente mortal, não tenha causado um desequilíbrio no sistema Terra. O impacto causado pelo asteróide poderá ter causado a extinção de algumas espécies e alguma instabilidade na geosfera, que culminou na erupção basáltica da Índia. E foi este fenómeno que iniciou o declínio da espécie Dinosauria. A poeira terá impedido a passagem dos raios solares o que impediu a realização da fotossíntese por parte dos animais autotróficos. Os produtores primários não obteram energia através dos seres autotróficos, e de seguida, alguns predadores (consumidores de 2ª,3ª… ordem) extinguem-se. Por entre esta queda, os dinossauros desaparecem da face da Terra.