extensão e saúde a importância de uma unidade de avaliação geriatrica artigo

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  • 5/26/2018 Extenso e Sade a Importncia de Uma Unidade de Avaliao Geriatrica ARTIGO

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    Extenso e sade: a importncia de uma unidade de avaliao geritrica na recuperao funcional de idosos frgeis

    89Interagir: pensando a extenso, Rio de Janeiro, n. 13, p. 89-94, jan./dez. 2008

    Introduo

    No Brasil, os servios de sade, ainda, ca-

    recem de aes programticas voltadas para osdiversos segmentos etrios da populao, e queatendam, contento, aos princpios de universali-dade, equidade e integralidade.

    No que concerne populao idosa, apesar das

    iniciativas do setor pblico, observa-se que a au-

    sncia de modelos que atendam adequadamente a

    este segmento etrio produz efeitos deletrios sobre

    a sade dos indivduos e do sistema. Por um lado, a

    lentido em se produzir diagnsticos e intervenes

    faz com que as condies mrbidas sejam identifi-

    cadas em nveis mais avanados de gravidade; por

    outro, gera uma demanda reprimida por ateno sade, tornando o sistema disfuncional. Isto orien-

    ta os usurios do servio a buscar solues para os

    seus problemas de sade nas estruturas disponveis

    para um outro tipo de interveno. A superlotao

    dos servios de emergncia com idosos um reflexo

    particularmente visvel.

    O envelhecimento populacional implicamudanas nos diversos setores de ateno. A po-pulao idosa no homognea; mais de 80% dosseus componentes mantm sua independncia e

    autonomia, e podem exercer todas as atividadesprprias para uma pessoa de sua idade.

    Apesar do elevado nmero de idosos saud-veis, o acesso a servios limitado para este grupoetrio. Por outro lado, os menos saudveis utilizamos servios de sade de forma muito mais intensae suas doenas, na maioria das vezes, so crnicas,de longa durao, e requerem equipes de sadequalificadas, exames sofisticados e de alto custo.Ambos, idosos independentes e dependentes, ne-cessitam de assistncia e h, ainda, uma escassez

    de recursos de toda natureza

    1

    .

    Extenso e sade: a importncia de umaunidade de avaliao geritrica na recuperao

    funcional de idosos frgeisExtension activities and health: the importance of ageriatric evaluation unit in the functional recovery of

    frail elderly people

    Relato

    ResumoAs mudanas no perfil demogrfico e epidemiolgi-

    co da populao brasileira mostram a necessidadede se implementar aes voltadas para o segmen-

    to que apresenta dfices capazes de gerar perda aautonomia e independncia. O objetivo deste tra-

    balho apresentar a experincia desenvolvida emuma unidade universitria de ateno ao idoso. Apartir de um modelo de rastreamento de dfices

    funcionais, indivduos suspeitos de serem portado-res de indicadores de fragilidade so submetidos a

    uma avaliao com a finalidade de colher dadospara confirmar a condio e para a formulao de

    um planejamento de intervenes voltadas para a

    reabilitao da capacidade funcional e para o res-gate da autonomia e independncia. As atividadesso realizadas atravs do programa de CuidadoIntegral Pessoa Idosa, da Universidade Aberta da

    Terceira Idade, Sub-Reitoria de Extenso e Culturada Universidade do Estado do Rio de Janeiro (CIPI/

    UnATI/UERJ). O processo estruturado em tornode procedimentos de complexidade crescente: a

    Avaliao Geritrica Ampla, definida como umaavaliao multidisciplinar, em que os mltiplos

    problemas do idoso so dimensionados para quese desenvolva um plano de cuidados tendo comofoco os problemas identificados. Esse programa

    extensionista foi implantado em 1996, tendo setornado um centro de referncia para o idoso fra-

    gilizado e tambm uma unidade de capacitaoprofissional e desenvolvimento de pesquisa no

    campo do envelhecimento humano.Palavras-chaves: idoso, avaliao geritrica,servio de sade

    Maria Anglica S.Sanchez1,Roberto Alves Loureno2

    1Universidade do Estado Rio de JaneiroUniversidade Aberta da Terceira IdadePoliclnica Piquet CarneiroServio de Geriatria Professor Mario [email protected] do Estado Rio de JaneiroUniversidade Aberta da Terceira IdadePoliclnica Piquet CarneiroServio de Geriatria Professor Mario Sayeg

    [email protected]

    rea Temtica: SadeLinha da Extenso: Terceira idade

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    Relato

    Para a maioria que compe o segmento sau-

    dvel da populao idosa so necessrias aes que

    evitem a instalao de quadros mrbidos, o que sig-

    nifica um avano nos programas voltados para a pre-

    veno de doenas e promoo de sade. Algumasiniciativas j fazem parte das aes nas esferas fe-

    derais, estaduais e municipais, como o exemplo das

    campanhas anuais de vacinao, da criao dos cen-

    tros e grupos de convivncia e algumas estratgias

    de prioridade de ateno nas unidades de sade1.

    J para a minoria fragilizada, responsvelpor at 75% dos gastos em sade destinados po-pulao idosa, um conjunto de outras atividadesprecisam ser desenvolvidas. Isto pressupe umareordenao dos servios de sade, voltando-separa um modelo centrado na avaliao da capa-

    cidade funcional, e que possa diminuir o impor-tante estrangulamento no atual sistema de sade,resultante da alta demanda reprimida por atenoambulatorial geritrica 2.

    Nas ltimas dcadas o interesse pelo estudo dafragilidade cresce. O termo fragilidade tem defini-es diversas na literatura. No entanto, entende-seo conceito como uma sndrome que se caracterizapela menor capacidade de se adaptar s condiesadversas o que torna os idosos mais vulnerveis aeventos como quedas, hospitalizao e morte3.

    No h, ainda, na comunidade cientfica,um consenso sobre a melhor forma de se definir otermo fragilidade. Por esta razo, para o desenvol-vimento das atividades no Cuidado Integral Pes-soa idosa, optou-se por avaliar idosos com grandessndromes geritricas que interferem diretamentena capacidade funcional.

    Algumas situaes impedem um manejoadequado deste segmento fragilizado. Uma delasdiz respeito dificuldade de se identificar correta-mente os idosos com risco de adoecer gravemente,os idosos com risco de hospitalizao e os idosos

    susceptveis de perder a sua capacidade de desem-penhar as atividades de vida diria.

    A fragilidade reflete alteraes fisiolgicasda idade que no so especficas de doenas. Ge-ralmente, ela se apresenta na forma de sinais esintomas como fraqueza, fadiga, perda do apetite,desnutrio, desidratao e perda de peso. Porm,sndromes geritricas, tais como, as anormalidadesdo equilbrio e de marcha, o condicionamento f-sico precrio, a confuso mental, a incontinnciafecal e urinria, a depresso, a alta dependncia,as doenas agudas e a hospitalizao so eventos

    relacionados fragilidade como desfecho e comocausa desencadeante4.

    Por esta razo, o processo adequado emprega-do em indivduos suspeitos de fragilizao aquele

    que utiliza um instrumental que permita o diagns-tico no apenas de patologias, mas tambm, quepossa rastrear dfices funcionais em reas fsicas,psicolgicas e cognitivas. Para este rastreamentoso utilizados instrumentos especficos e sensveis,delineados para identificao de riscos de adoe-cimento ou de perda precoce da capacidade fun-cional, subsidiados por uma avaliao abrangenteque possibilite apresentar os principais aspectossociais, fsicos, funcionais e cognitivos que estoexercendo influncia no quadro apresentado2.

    Objetivo

    O propsito do presente trabalho apresentara experincia desenvolvida em uma unidade uni-versitria de ateno ao idoso, com um modelo quebusca, a partir de um procedimento de rastreamen-to, identificar indivduos com indicadores de fragi-lidade, para que sejam submetidos a uma avaliaogeritrica ampla com o objetivo de colher dadosnecessrios para um planejamento de intervenescapaz de reabilitar a capacidade funcional e resgatarao mximo a autonomia e independncia.

    Servio de Geriatria: mtodos de trabalho

    Em 1996, a Universidade Aberta da Terceira

    Idade, um dos maiores programas de extenso da

    Universidade do Estado do Rio de Janeiro, implantou

    o servio de Cuidado Integral Pessoa Idosa (CIPI),

    na Policlnica Piquet Carneiro (PPC), com o objeti-

    vo de prestar assistncia atravs do desenvolvimento

    de um modelo de avaliao funcional abrangente,

    cuja estratgia permitiria estratificar o idoso em n-

    veis de risco de sade, atravs de procedimentos de

    rastreamento de complexidade crescente.

    Definiu-se como populao alvo, indivduoscom 65 anos ou mais com indicadores de fragili-dade, no sendo critrio de excluso a rea progra-mtica de residncia. Tal escolha tem como base aescassez de servios desta natureza determinandoo acesso queles idosos que certamente mais se be-neficiariam desta modalidade de ateno.

    O processo desenvolvido no CIPI recen-temente incorporado s especialidades da PPCcomo Servio de Geriatria Professor Mario Anto-

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    Extenso e sade: a importncia de uma unidade de avaliao geritrica na recuperao funcional de idosos frgeis

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    nio Sayeg a Avaliao Geritrica Ampla de in-divduos idosos sob risco. Ela definida como umaavaliao multidisciplinar em que os mltiplosproblemas do idoso so dimensionados e explica-

    dos, para que se desenvolva um plano de cuidadostendo como foco os problemas identificados.

    Para a implementao do processo de traba-lho foram estudadas algumas metodologias e se-lecionados instrumentos de avaliao funcionalcapazes de aferir o grau de independncia, bemcomo sugerir comprometimentos nas reas do hu-mor e cognio.

    Triagem Funcional do Idoso TFI

    um instrumento que comporta um con-

    junto de informaes, dentre elas, um question-rio resumido com dados scio-demogrficos e demorbidade pr-existente, unido a uma avaliaocomposta por questes objetivas e testes de de-sempenho de onze reas funcionais, quais sejam:viso, audio, continncia, Atividades Bsicas deVida Diria (ABVD) e Atividades Instrumentaisde Vida Diria (AIVD), funo dos braos e per-nas, nutrio, estado mental, distrbios do afeto,ambiente domiclio e apoio social5.

    Agrega-se a esta avaliao outros instrumentos:

    o teste de Atividades Bsicas de Vida Diria6; o teste

    de Atividades Instrumentais de Vida Diria7; a Esca-

    la de Depresso Geritrica8,9;o Mini Exame do Esta-

    do Mental10,11; o teste de equilbrio de marcha12.

    A Consulta Geritrica Simples CGS

    Realizada imediatamente aps a TFI umaconsulta focada nas principais queixas trazidas enos resultados apresentados na avaliao funcio-nal. Conforme as decises da consulta, o idosopode ser encaminhado para uma avaliao maisextensa dos dfices funcionais encontrados.

    A Avaliao Geritrica Ampla AGA

    Destinada aos idosos com indicadores de fragi-lidade uma consulta realizada atravs de uma en-trevista semi-estruturada a qual denominamos Ob-servao Clnica Inicial Multidisciplinar OCIM.Trata-se de uma avaliao do idoso por uma equi-pe composta por assistente social, fisioterapeuta emdico que estabelecem os diagnsticos clnicos,funcionais, cognitivos, e apresentam as principaisimpresses acerca da situao social do idoso.

    Na fase desta avaliao so utilizados outrosinstrumentos que constituem ferramentas impor-tantes para o diagnstico da demncia, dentre osquais destacamos o CAMCOG um teste cog-

    nitivo realizado com os idosos13

    , assim como oInformant Questionnaire in Cognitive Declinein the Elderly (IQCODE) uma entrevista ad-ministrada ao acompanhante, ambos para os casosde suspeita de sndrome demencial14.

    A interveno planejada: a elaborao do

    plano de cuidados

    Ao avaliar a sade e as habilidades funcio-nais, se faz necessrio que toda informao sejaanalisada e sintetizada com o objetivo de detectar

    os problemas, fechar um diagnstico e estabelecera interveno apropriada.

    A reabilitao funcional requer um planeja-mento adequado e um conjunto de metas, que sedesdobra em um plano de cuidados, deve ser alcan-ado durante um perodo estipulado. Tal plano seconstitui em um processo dinmico de tomada dedecises a partir da validao dos dados colhidos, domonitoramento do estado de sade e da avaliaodo progresso do paciente. Isto resulta em um dese-nho dos resultados que se pretende alcanar15,16.

    O plano de cuidados uma importante ferra-

    menta para o acompanhamento do caso, pois alm

    de garantir a continuidade do cuidado, facilita o

    estabelecimento do diagnstico e o tratamento da

    doena, produz um melhor gerenciamento do prog-

    nstico, e pode prevenir o aparecimento de novos

    problemas. Agrega-se a isto a segurana de que todos

    os profissionais envolvidos na ateno a determina-

    do indivduo esto caminhando em direo a mes-

    ma meta, visto que tal instrumento possibilita uma

    comunicao eficaz entre os integrantes da equipe15.

    As atividades de ensino e pesquisa naformao profissional

    Seguindo a lgica do trip ensino-extenso-pesquisa, o programa realiza atividades de ensinodirecionadas para alunos da graduao e ps-gra-duao. Alm de ser campo de treinamento paraalunos do curso de especializao em geriatria egerontologia da UERJ, recebe para treinamentoem servio, profissionais de diversas categorias in-teressados em aperfeioamento no campo do en-velhecimento humano.

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    Relato

    Recentemente, foi inaugurado o Laboratriode Pesquisa em Envelhecimento Humano Ge-ronLab que contou com recursos da FAPERJ eCNPq (CNPq (processo 555087/2006-9 e FA-

    PERJ Processo E-26/171. 469/2006), que em par-ceria com a Faculdade de Cincias Mdicas abrigalinhas de pesquisa na rea de fragilidade, preven-o de quedas, incontinncia urinria e estudo deinstrumentos de avaliao da cognio em idosos.

    Resultados e Discusso

    O Servio de Geriatria, inaugurado h qua-torze anos, tornou-se um centro de referncia parao atendimento do idoso fragilizado. Desde sua inau-gurao, cerca de 4500 idosos foram submetidos a

    procedimentos de seleo, dos quais 3500 foramsubmetidos avaliao geritrica ampla. Atual-mente, cerca de 1200 idosos esto em acompanha-mento e dentre os problemas identificados, destaca-se a sndrome demencial e a depresso, responsveispor aproximadamente 45% dos casos.

    Como centro de capacitao profissional, o

    servio recebeu, ao longo deste perodo, bolsistas de

    extenso, estagirios, residentes e profissionais para

    treinamento em servio que desenvolveram ativida-

    des individuais e em grupo com a populao usuria

    do servio (Tabela 1). Disto resultou uma conside-

    rvel produo acadmica observada na Tabela 2.

    No que concerne pesquisa, o programa jproduziu duas dissertaes de mestrado e sete tesesdoutorado (Quadro ).

    Concluses

    So mltiplos os fatores de risco que deixama populao idosa exposta a condies adversas, oque chama a ateno, cada vez mais, para a imple-mentao de programas capazes de manter a capa-cidade funcional ou, em ltima instncia, viabi-lizar para a famlia um atendimento que permitalidar com as doenas crnicas incapacitantes.

    No trabalho desenvolvido, infere-se que ametodologia utilizada adequada para o rastreio deindicadores de fragilidade, bem como para o diag-nstico e tratamento das sndromes geritricas.

    O modelo de servio criado permite a identi-ficao de idosos com comprometimento da auto-nomia e independncia.

    A integrao de profissionais de educaoem servios multidisciplinares de sade, dentro de

    metas previamente definidas, permite o estabele-cimento de um ambiente adequado para a forma-o de profissionais de sade na rea de envelhe-cimento humano.

    Referncias

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    Tabela 1 Nmero de alunos que passaram por treinamento no Servio de GeriatriaProfessor Mario Antonio Sayeg entre 1997 e 2009.

    Categoriaprofissional Modalidade de ensino

    Bolsista deextenso*

    Estagirio** Residente*** Prtica Curso deespecializao****

    Treinamentoprofessional*****

    Medicina 02 0 26 52 12

    Enfermagem 0 0 0 06 0

    Servio Social 25 10 06 08 03

    Psicologia 08 03 0 10 0

    Fonoaudilogia 0 0 0 05 02

    Fisioterapia 0 0 16 56 0

    Nutrio 0 26 0 0 0

    Total 35 39 48 137 17

    * Alunos da UERJ selecionados para os projetos inscritos no Departamento de Extenso. ** Alunos daUERJ e de outras universidades. *** Profissionais classificados no concurso de residncia do Hospital PedroErnesto. **** Alunos do curso de especializao em geriatria e gerontologia que cumprem carga horriade prtica. ***** Profissionais selecionados para treinamento em servio.

    Abstract

    Changes in demographic and epidemiologicalprofile of the Brazilian population shows theneed to implement actions for the segment that

    shows deficits that can lead to loss of autonomyand independence. The objective of this work is

    to present the experiment conducted in a uni-versity unit for elderly care.Based on a model

    for tracking functional deficits, individuals sus-pected of being carriers of frailty indicators areassessed. The data is gathered so as to confirm

    the condition and to serve as the basis for a planof interventions that aim at the rehabilitation of

    functional capacity and the recover y of autono-my and independence. Activities are undertakenby professionals of the program of Comprehen-sive Care for the Elderly, Universidade da Ter-ceira Idade, Sub-reitoria de Extenso e Culturada Universidade do Estado do Rio de Janeiro

    (CIPI / UnATI / UERJ). The process is structuredaround procedures of increasing complexity:Comprehensive Geriatric Assessment, definedas a multidisciplinary approach, in which themultiple problems of the elderly are sized so thata care plan focusing on the problems identifiedis implemented. This extension program startedin 1996, having become a reference center for

    the frail elderly people and also a unit of profes-sional training and development of research in

    the field of human aging.Keywords:elderly, Geriatric assessment, healthservice

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    Relato

    Tabela 2 Produo acadmica resultante de trabalhos desenvolvidos no Servio de Geriatria ProfessorMario Antonio Sayeg entre 1997 e 2009.

    Produo Quantidade Local

    Artigos publicados em peridicos 01 Textos sobre envelhecimento

    03 Revista de Sade Pblica

    04 Caderno de Sade Pblica

    01 Arquivo de Neuropsiquaitria

    03 Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia

    Captulos de livros 02 Editora UERJ

    Trabalhos apresentados

    04 Reunio de pesquisadores em doena deAlzheimer e desordens relacionadas, 2007

    05 18 Congress of the International Association of

    Gerontology, 200532 Congressos da Sociedade Brasileira de Geriatria e

    Gerontologia

    02 Congressos de Sade Coletiva

    04 Congressos Cientficos HUPE

    01 Reunio Regional da Latin American InitiativeInternational Psychogeriatric Association

    02 American Geriatrics Society 2004 Annual ScientificMeeting, 2004, Las Vegas

    Quadro Dissertaes de mestrado e teses de doutorado defendidas entre os anos de 2002 e 2009.

    Produto Ttulo Autor Orientador

    Tese Validao do Mini-Exame do EstadoMental em uma Populao que procura

    atendimento ambulatorial

    Roberto AlvesLoureno

    Renato Veras IMS

    Tese Validao do Camocog R Emylucy Paradela Claudia Lopes IMS

    Dissertao Estudo da validade e confiabilidade daEscala de Depresso Geritrica - 15 itens

    em um ambulatrio geral

    Emylucy Paradela Renato Veras IMS

    Dissertao Validao operacional do Testedo Desenho do Relgio

    Kelly Cristina Atalia Roberto Loureno FCM

    Dissertao Traduo e Adaptao Transcultural daSeo H do CAMDEX R Simone GarruthSampaio Roberto Loureno FCM

    Dissertao Traduo e Adaptao transcultural doIQCODE

    Maria AnglicaSanchez

    Roberto Loureno FCM

    Dissertao Dados normativos do CAMCOG R emuma populao de baixa escolaridade

    Irene Moreira Jerson Laks e RobertoLoureno FCM

    Dissertao Adaptao transcultural da Seo A doCambridge Examination for Mental

    Disorders of the Eldelrly CAMDEX-R.

    Daniele Lima Roberto Loureno FCM

    Dissertao Fragilidade em idosos brasileiros:perfil de risco de uma populao

    da cidade do Rio de Janeiro

    Mariangela Perez Roberto Loureno FCM