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As designações empregues e a apresentação do material desta publicação não implica a

expressão de qualquer opinião por parte do Secretariado das Nações Unidas e da

UNICRI, relativamente ao ordenamento jurídico de qualquer país, território, cidade ou

áreas ou das suas autoridades, ou relativamente à delimitação das suas fronteiras ou

limites.

Direitos de Autor © UNICRI 2010

Publicação UNICRI

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Índice Prefácio………………………………………………………………………..........1 Agradecimentos........................................................................................................ 2 1. Introdução.............................................................................................................4 2. Revisão de Segurança...........................................................................................6 3. Parcerias............................................................................................................... 10

3.1 A Importância das PPP......................................................................... 10 3.2 Benefícios das PPP................................................................................. 11 3.3 Questões.......................................................................... ....................... 12 3.4 Princípios Básicos das PPP................................................................... 13 3.5 Preparação.............................................................................................. 15

4. Modelo de Desenvolvimento das PPP............................................................... 18 5. Troca de Informação........................................................................................... 24

5.1 Código de Cores..................................................................................... 24 5.2 Confiança e Valores............................................................................... 26

6. Medidas de Segurança......................................................................................... 28 7. Aplicação dos Conceitos das PPP em outros Contextos................................... 31 8. Assistência para as PPP....................................................................................... 32 9. Conclusão............................................................................................................. 33 10. Bibliografia..........................................................................................................34

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1

Prefácio

O terrorismo internacional atingiu proporções tais, que requer uma abordagem mais compreensiva e inovadora para a prevenção efectiva deste flagelo.

Os ataques terroristas, como aqueles contra o sistema de transportes em Madrid

(2004), em Londres (2005) e em Moscovo (2010) e contra hotéis e restaurantes em Bali (2002), em Mumbai (2008) e em Kampala (2010), demonstraram que lugares onde um elevado número de pessoas residem ou se reúnem, são particularmente vulneráveis e são cada vez mais alvos de ataques terroristas.

Considerando a natureza e a dimensão das ameaças terroristas de hoje, é essencial

que consigamos em conjunto, fazer um esforço que deverá envolver os governos, a sociedade civil e o sector privado, para desenvolver contra-medidas eficazes e coordenadas. A acção do Estado por si só, muitas vezes não é suficiente. Os problemas comuns exigem soluções comuns. Nesse sentido, as possíveis barreiras que possam impedir a cooperação entre o sector público e o sector privado devem ser superadas.

A política do contra-terrorismo mais abrangente das Nações Unidas, a Estratégia

Global contra o Terrorismo adoptada em 2006, reconhece a importância do papel das parcerias público-privadas (PPP) no âmbito da luta contra o terrorismo. A Estratégia em particular, incentiva a identificação e partilha de melhores práticas entre as diferentes partes interessadas, no sentido de prever ataques terroristas particularmente, contra os alvos vulneráveis mas também destaca a importância do desenvolvimento de iniciativas das PPP nesta área.

Os governos são os principais responsáveis em proteger os alvos vulneráveis.

Tendo em vista o grande número de alvos possíveis e muitas vezes os escassos recursos públicos existentes, a implementação de estratégias eficazes no combate ao terrorismo, em particular a nível local, podem beneficiar com uma coordenação mais estreita com o sector privado.

O compromisso dos Estados-Membros na implementação da Estratégia Global,

juntamente com o empenho demonstrado pelo sector privado para o reforço das parcerias com os Estados-Membros e o sistema das Nações Unidas, fornece evidências de que as partes interessadas do sector público e privado estão prontos para intensificar a cooperação na área da luta anti-terrorista.

Dentro da Counter Terrorism Implementation Task Force (CTITF) da ONU e em

particular no Working Group on Strengthening the Protection of Vulnerable Targets, a UNICRI tem um papel de liderança na conceptualização e na implementação das PPP. Este manual desenvolvido pelo Centro de Políticas de Segurança Público-Privadas da UNICRI, irá ajudar as partes interessadas a compreender melhor as complexidades da cooperação público-privada, a reduzir as barreiras de comunicação, a criar confiança e reforçar a complementaridade das estratégias de segurança do sector público e privado. Jean-Paul Laborde Presidente, Counter-Terrorism Implementation Task Force Director, Counter-Terrorism Implementation Task Force Department of Political Affairs

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Agradecimentos

Este Handbook é o resultado em termos de ferramentas desenvolvido pelo Centro

de Políticas de Segurança Público-Privadas da UNICRI em Lisboa, Portugal, o qual foi criado para melhorar e promover parcerias público-privadas (PPP) para a protecção de alvos vulneráveis em todo o mundo contra ataques terroristas e outras grandes ameaças à segurança. O Centro foi criado com o apoio do Governo Português e um grupo aberto de organizações do sector público e empresas privadas1.

A UNICRI gostaria de expressar o seu sincero agradecimento ao National

Coordinator for Counterterrorism (NCTb) dos Países Baixos pelas informações e pelos valiosos conhecimentos facultados no desenvolvimento deste Handbook. A este respeito também um agradecimento especial é devido ao Sr. Joris Theunissen, destacado pelo NCTb à UNICRI, pelo seu empenho e dedicação na elaboração deste manual.

Um especial agradecimento vai para a Public-Private Partnership Coalition da

UNICRI, que representa uma rede constituída por cerca de cem entidades governamentais, entidades privadas, académicos e especialistas internacionais, que procuram colectivamente ajudar a criar uma visão comum para reforçar a cooperação de segurança pública-privada. A UNICRI agradece a todos os que participaram nas diferentes reuniões e workshops, que tiveram lugar desde o lançamento do programa das PPP da UNICRI em 2007, pelo seu apoio contínuo, aconselhamento e cooperação2.

Como co-líderes do Working Group on Strengthening the Protection of Vulnerable

Targets da Counter Terrorism Implementation Task Force (CTITF), a UNICRI gostaria de agradecer à Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) e o United Nations Department of Safety and Security (DSS) pela sua contínua colaboração e empenho no Working Group.

Ao mesmo tempo, a UNICRI gostaria de dar um agradecimento especial aos

funcionários da CTITF, pelo magnífico e contínuo apoio às actividades da UNICRI sobre os assuntos da CTITF. 1 No momento desta publicação, o grupo de benfeitores do Centro de Políticas de Segurança Público-Privadas foram as seguintes: Presidência do Conselho de Ministros de Portugal, ADP - Águas de Portugal, Banco BPI, Banco Espírito Santo, Banco Millennium BCP, Caixa Geral de Depósitos, CTT - Correios de Portugal, Galp Energia, Grupo 8, Portugal Telecom, REFER e REN. No momento da publicação, contribuições técnicas foram fornecidas ao Centro pelas seguintes entidades: Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Ministério da Administração Interna de Portugal, Sistema de Segurança Interna de Portugal, Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna de Portugal, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras Português, Autoridade Nacional de Protecção Civil de Portugal, Guarda Nacional Republicana Portuguesa, Polícia Judiciária de Portugal, Polícia de Segurança Pública de Portugal e Thales. Em relação à produção deste Handbook, os seguintes apoiantes do Centro formaram um grupo de trabalho para executar actividades de revisão do conteúdo e para verificar a sua aplicabilidade em um contexto da vida real dentro do ambiente de segurança de Portugal: Presidência do Conselho de Ministros de Portugal, Ministério da Administração Interna de Portugal, Sistema de Segurança Interna, Polícia Judiciária de Portugal, Banco Espirito Santo, CTT - Correios de Portugal, Grupo 8 e REN. O grupo de trabalho reagiu de uma forma muito positiva e encorajadora a respeito do Handbook. 2 No momento da publicação, a Public-Private Partnership Coalition da UNICRI foi composta por associados, representantes e especialistas do sector público e privado da África do Sul, Argélia, Austrália, Bélgica, Bósnia e Herzegovina, Brasil, China, Chipre, Espanha, Estados Unidos da América, Holanda, Indonésia, Israel, Itália, Jamaica, Malásia, México, Noruega, Portugal, Reino Unido, Rússia, Senegal, Suíça e Togo.

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A UNICRI gostaria ainda de manifestar a sua gratidão pelo apoio permanente das organizações parceiras de longa data particularmente, a Action against Terrorism Unit (ATU) da Organization for Security and Co-operation in Europe (OSCE) e ao Comité

Interamericano contra o Terrorismo (CICTE) da Organização dos Estados

Americanos (OEA). Este Handbook foi desenvolvido pelo Security Governance/Counter-Terrorism

Laboratory da UNICRI, sob a supervisão e gestão do Sr. Massimiliano Montanari, Chefe do Centro de Políticas de Segurança Público-Privadas da UNICRI. Estende-se um apreciado agradecimento ao Sr. Brian Powrie, Conselheiro Internacional da UNICRI, e ao Sr. Alexis Franke, Gestor do Projecto das PPP, na medida em que fizeram uma valiosa contribuição na elaboração deste Handbook. Agradecemos da mesma forma à Sra. Alma Pintol, Gestora de Projecto, bem como à Sra. Karen Lowe, Assistente de Projecto, pelas suas valiosas contribuições na finalização deste Handbook. Um apreciado agradecimento é também devido à Sra. Clara Silva da Costa e à Sra. Inês Carvalho, ambas Assistentes de Projecto, pelos seus esforços na elaboração da tradução do Handbook. Por fim, um agradecimento especial ao Sr. Francesco Cappè, Chefe do Security Governance/Counter-Terrorism Laboratory, pelo o seu contínuo apoio e orientação prestada ao longo do trabalho da UNICRI no âmbito das PPP.

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1. Introdução

Em 2007, a UNICRI lançou seu programa de Reforço das Parcerias Público-

Privadas (PPP) para a Protecção de Alvos Vulneráveis, de apoio à Estratégia Global

contra o Terrorismo das Nações Unidas. Neste contexto, a UNICRI opera no âmbito do Working Group on Strengthening the Protection of Vulnerable Targets da CTITF, que é liderado conjuntamente pela UNICRI, a DSS e a INTERPOL. O grupo de trabalho tem por objectivo estabelecer mecanismos adequados para facilitar o desenvolvimento e a partilha de boas práticas para a protecção dos alvos vulneráveis contra ataques terroristas e outras ameaças graves para a segurança.

Para além do programa de trabalho da UNICRI nas PPP, foi criado no Secretariado

Geral da Interpol em Lyon, França, um Centro de Referência para facilitar a partilha dos recursos na a protecção dos alvos vulneráveis. A DSS está a colaborar com as entidades das Nações Unidas e a comunidade de organizações não-governamentais na recolha e análise de dados sobre incidentes relacionados com o terrorismo para identificar ameaças e implementar medidas necessárias de mitigação3.

Em 2009, a UNICRI estabeleceu-se com o apoio do Governo Português e um conjunto de organizações do sector público e empresas do sector privado, o Centro de

Políticas de Segurança Público-Privadas em Lisboa, Portugal. O Centro foi criado para executar trabalhos de sensibilização em diferentes regiões

do mundo, sobre os benefícios das PPP no domínio da segurança e promoção de adopção de práticas inovadoras para a promoção do diálogo e a cooperação entre o sector público e privado4 a nível nacional e local. Através do seu Centro, a UNICRI promove mediante pedido, iniciativas nacionais e locais das PPP como um mecanismo para reforçar as políticas de segurança pública-privadas dentro de contextos específicos. Isto inclui a promoção da troca de modelos de organização e comunicação, a partilha de experiências a partir de diferentes iniciativas das PPP, bem como o desenvolvimento e identificação de ferramentas técnicas e mecanismos que um projecto das PPP pode utilizar para operar de forma eficaz.

No âmbito destas actividades, a UNICRI colabora activamente com diversas

autoridades dos Estados-Membros, com entidades do sector privado e com organizações regionais, como a OSCE e a OEA, para promover o intercâmbio de modelos de cooperação, de conhecimentos e de experiências.

Este Handbook foi desenvolvido após vários workshops organizados pela UNICRI,

reuniões de peritos, análise orientada a objectos e teste de eventos5. Ele foi projectado para ser utilizado por profissionais de segurança das entidades públicas e empresas 3 Para mais informação sobre o Working Group, por favor queira visitar o seguinte site:www.un.org/terrorism/workgroup8.shtml. 4 Ao se referir ao sector privado, a UNICRI incorpora toda a comunidade empresarial, incluindo as cooperativas privadas, as empresas públicas e as organizações sem fins lucrativos. 5 Workshops e reuniões foram organizadas na Itália, Noruega e Portugal, entre 2007 e 2010. Eventos de teste foram realizados no Quénia e no México. O segundo foi organizado em colaboração com a CICTE da OEA. Estas actividades foram implementadas graças ao apoio financeiro providenciado em 2008 pelos Governos da Espanha e dos Estados Unidos da América.

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privadas uma vez que visa oferecer de uma forma sensata e pragmática várias ferramentas e conceitos que podem ser usados para desenvolver ou reforçar as PPP criadas para prevenir ataques terroristas e outras ameaças graves à segurança a nível nacional e/ou local.

Este manual foi desenvolvido para complementar e não substituir quaisquer planos

e/ou regimes existentes a nível nacional ou regional para a protecção de alvos vulneráveis da tipologia “soft” tais como parques, mercados, centros comerciais, estações ferroviárias e rodoviárias, hotéis e locais de diversão, centros culturais, históricos, religiosos e educacionais, assim como empresas multinacionais e centros financeiros, navios de cruzeiro e autocarros de turismo.

Embora o foco deste manual se debruce sobre a protecção de alvos vulneráveis da

tipologia “soft”, a UNICRI não exclui a possibilidade de os intervenientes dos sectores públicos e privados considerarem a importância do conteúdo em outros projectos de segurança, no âmbito das PPP, como os destinados para a protecção das infra-estruturas críticas, incluindo a energia eléctrica e outras formas de energias não-nucleares, redes energéticas, produção de petróleo e de gás, armazenamento e instalações de tubulações, sistemas de transporte e de abastecimento de água6.

6 As informações neste contexto foram obtidas pelo Security Governance/Counter-Terrorism Laboratory da UNICRI, através de actividades envolvendo reuniões e workshops, nas quais os participantes do sector privado, como a Lukoil, generosamente partilharam informações em torno da implementação de iniciativas das PPP no âmbito da protecção de infra-estruturas críticas energéticas.

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2. Revisão de Segurança Para ajudar os leitores a determinar o seu próprio conhecimento ou o conhecimento

da sua organização e/ou eficácia em termos de segurança das PPP, foram compiladas as questões que se seguem. Não é um modelo testado cientificamente mas, pretende ajudar o leitor a rever rápidamente e verificar as suas próprias necessidades de desenvolvimento pessoal e/ou as necessidades da sua organização numa perspectiva de segurança das PPP.

Nesta revisão, por favor indique uma resposta a cada uma das perguntas e no final some os valores registados. A. Compromisso (a organização está empenhada a proteger os seus activos)

1. Os gestores da sua organização têm interesse e envolvimento activo em matérias

de segurança?

□ □ □ □ □ Discordo

1 2 3 4 5 Concordo

2. Tempo e dinheiro são investidos em segurança na sua organização?

□ □ □ □ □ Discordo

1 2 3 4 5 Concordo

B. Cultura (a segurança faz parte da cultura da organização)

3. A segurança é um tópico regularmente discutido nas reuniões e em encontros?

□ □ □ □ □ Discordo

1 2 3 4 5 Concordo

4. O relato de (possíveis) incidentes de segurança faz parte dos procedimentos

operacionais padrão da sua organização?

□ □ □ □ □ Discordo

1 2 3 4 5 Concordo

C. Parcerias (a segurança não é algo para se fazer sozinho)

5. A segurança é vista como uma responsabilidade partilhada entre entidades públicas-privadas e privadas-privadas?

□ □ □ □ □ Discordo

1 2 3 4 5 Concordo

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6. Os investimentos em segurança são feitos e discutidos na senda de um diálogo com as organizações do ramo, os fornecedores de segurança do sector público e/ou organizações vizinhas?

□ □ □ □ □

Discordo 1 2 3 4 5

Concordo

D. Concorrência (entidades públicas e privadas que trabalham em conjunto)

7. Inteligência, informações e orientações necessárias para combater as ameaças à segurança é compartilhada internamente e externamente em uma base regular?

□ □ □ □ □

Discordo 1 2 3 4 5

Concordo

8. O plano para reforçar as medidas de segurança no caso de uma ameaça está em

vigor?

□ □ □ □ □ Discordo

1 2 3 4 5 Concordo

E. Comunicação (as matérias de segurança são discutidas com regularidade)

9. A segurança é vista como uma questão de responsabilidade compartilhada das

partes interessadas e não uma questão de concorrência empresarial e/ou rivalidade?

□ □ □ □ □

Discordo 1 2 3 4 5

Concordo

10. As informações sobre incidentes de segurança são compartilhadas com

parceiros externos para ajudá-los a aprender e a se desenvolverem?

□ □ □ □ □ Discordo

1 2 3 4 5 Concordo

F. Interesse (todo o pessoal demonstra o mesmo interesse em termos de “boa segurança”)

11. A segurança é vista como uma necessidade e uma oportunidade, em vez de um

custo?

□ □ □ □ □ Discordo

1 2 3 4 5 Concordo

12. Todas as pessoas envolvidas contribuem para uma melhor segurança?

□ □ □ □ □ Discordo

1 2 3 4 5 Concordo

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G. Sensibilização ( a segurança está na natureza de cada um) 13. Todos os funcionários entendem a importância de reforçarem a segurança e

compreendem o seu papel na prevenção do crime?

□ □ □ □ □ Discordo

1 2 3 4 5 Concordo

14. Todos sabem onde e como reportarem incidentes de segurança?

□ □ □ □ □ Discordo

1 2 3 4 5 Concordo

H. Envolvimento (os trabalhadores sublinham a importância da segurança)

15. Todos os funcionários se comportam de forma responsável em termos de

segurança e compreendem o seu papel na protecção das pessoas na organização e outros activos?

□ □ □ □ □

Discordo 1 2 3 4 5

Concordo

Quando tiver concluído a sua revisão, anote por favor a sua pontuação na tabela

abaixo. Tabela de Resultados:

Compromisso total de pontos ______ Cultura total de pontos ______ Parcerias total de pontos ______ Concorrência total de pontos ______ Comunicação total de pontos ______ Interesse total de pontos ______ Sensibilização total de pontos ______ Envolvimento total de pontos ______ total de resultados ______

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Agora introduza a pontuação no eixo do círculo do diagrama abaixo e some os pontos. Isto irá fornecer uma visualização de que áreas de segurança podem precisar de ser mais pró-activas.

Capítulo 3 da presente publicação pretende fornecer sugestões sobre como melhorar

o desempenho na área de segurança no Compromisso e na Cultura. Capítulo 4 aborda as questões das Parcerias e da Concorrência e inclui um modelo

desenhado pela UNICRI que pode ser usado para construir parcerias mais eficazes. Capítulo 5 centra-se na Comunicação e em assuntos de Interesse, na medida em que

aborda uma série de questões importantes, incluindo a troca de informações. Finalmente, o Capítulo 6 contém informações que podem ajudar as Parcerias na

medida em que consideraram uma ampla gama de abordagens de segurança complementares para reforçar a Sensibilização e a Participação.

Este exercício, como já mencionado, não foi concebido com teste científico, no

entanto, espera-se que a conclusão do mesmo possa ajudar na identificação das questões de segurança que exigem prioridade em termos de revisão.

2 4

6

8

10

*Critical

TO

Compromisso

Parcerias

Cultura

Concorrência

Comunicação

Interesse

Envolvimento

Sensibilização

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3. Parcerias 3.1 A Importância das PPP

Enquanto os Estados e as autoridades públicas retenham a responsabilidade pela

execução das políticas e medidas de segurança de forma a prevenir e responder a ataques terroristas e outras ameaças graves para a segurança, o valor da participação de representantes do sector privado é cada vez mais reconhecida. Isso exige contudo, o alinhamento dos interesses do sector privado e seu envolvimento no desenvolvimento de estratégias do contra-terrorismo junto com a adopção de directrizes e mecanismos para tornar as parceria possíveis e eficazes.

Parcerias público-privadas sob a forma de acordos ou contratos entre órgãos

públicos de um lado, e as empresas do sector privado por outro, tornaram-se cada vez mais populares, como uma maneira muito eficaz para fornecer uma gama de diferentes serviços. Em relação às questões de segurança, a abordagem das PPP está a provar ser uma estratégia cada vez mais valiosa e eficaz para melhor proteger os alvos vulneráveis da tipologia “soft”.

A importância das PPP num contexto do contra-terrorismo é explicitamente reconhecida na Seção III, Parágrafo 13 da Estratégia Global contra o Terrorismo das Nações Unidas, na medida que incentiva a identificação e partilha de melhores práticas entre as diferentes partes interessadas para evitar ataques terroristas contra alvos particularmente vulneráveis. Também destacou a importância do desenvolvimento das PPP.

Para este fim, a UNICRI realiza pesquisas aplicadas sobre as PPP, no âmbito do

referido Working Group on Strengthening the Protection of Vulnerable Targets da

CTITF. A UNICRI publicou um relatório sobre o seu trabalho neste sentido, em 20097. O relatório identificou os princípios básicos e as experiências em matéria de protecção alvos vulneráveis e desenvolveu um plano de acção para reforçar as PPP em todo o mundo.

Este manual pretende agora apresentar os resultados da pesquisa e análise realizada

pela UNICRI em relação às PPP e destacar aqueles princípios de organização e comunicação, que poderiam ser muito relevantes e úteis ao tentar projectar, desenvolver e implementar as PPP no domínio da segurança.

O que se segue agora é uma breve introdução a uma série de elementos diferentes,

descritos mais detalhadamente no curso desta publicação, que foram projectados para auxiliar na execução de uma PPP.

7 Este relatório está disponível em http://www.un.org/terrorism/workgroup8.shtml

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3.2 Benefícios das PPP

Para que um projecto das PPP possa ser eficaz e sustentável, deve proporcionar benefícios para todas as partes envolvidas. Estes benefícios suportarão o envolvimento e o entusiasmo de todos os participantes.

Porquê é que as PPP são importantes para o sector público?

As PPP são importantes para o sector público por muitas razões, incluindo as seguintes:

� Ajuda a obter o compromisso do sector privado para se tornar parte do processo comunitário na prevenção de ameaças e no planeamento de respostas às emergências.

� A cooperação e utilização conjunta dos recursos para proteger os alvos

vulneráveis da tipologia “soft”, podem significativamente melhorar a segurança e criar um único alvo mais “hard”.

� Fornece uma compreensão das necessidades do sector privado e das suas

capacidades e disponibilidade de recursos. � Ajuda proactivamente a melhorar a comunicação com o sector privado antes de

um incidente. � Dá a oportunidade para discutir e planear uma resposta conjunta e estratégias

de recuperação. Porquê é que as PPP são importantes para o sector privado?

Similarmente, as PPP são importantes para o sector privado por muitas razões,

nomeadamente: � Fornece ao sector privado os contactos do sector público e desenvolve um

entendimento do apoio que pode ser disponibilizado pelo sector público. � Proporciona a oportunidade de explicar e descrever ao sector público porquê a

continuidade dos negócios é a importância para as entidades privadas e para a comunidade.

� Pode trazer incentivos para o sector empresarial no investimento em medidas

preventivas para a redução das ameaças e dos riscos. � Poderá proporcionar a oportunidade de receber informações, apoio e conselhos

adicionais na prevenção da criminalidade. � Pode ajudar a reduzir as responsabilidades e os custos dos seguros. � Cria uma oportunidade de discutir e desenvolver a continuidade dos negócios e

planos de recuperação.

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� Desenvolve um entendimento exacto da capacidade do sector público e dos seus recursos.

� Incentiva a participação do sector privado no estabelecimento das prioridades e

dos objectivos do sector público. 3.3 Questões

Independentemente da estrutura específica, da composição ou da forma que as PPP possam apresentar, as partes interessadas terão, na maioria dos casos, que considerar questões muito semelhantes, como o desenho da estratégia, as propriedades do projecto, a divisão do trabalho, a delegação de responsabilidades, o financiamento e a formação. Eles terão de decidir quem será o responsável pelo projecto e o melhor posicionado para o coordenar e contratar as entidades públicas e privadas de relevo a participar e a contribuir. Posteriormente, terão de definir como as informações serão partilhadas entre os parceiros públicos e privados envolvidos e qual será a importância da formação e dos mecanismos de intercâmbio de conhecimento que serão criados e mantidos.

PPP Liderança e participação

As iniciativas das PPP podem ser aplicadas a diferentes níveis - a nível

internacional/regional, nacional e local. Quando as iniciativas das PPP tem um foco internacional ou regional, normalmente

são coordenadas por uma autoridade do governo central, como um Ministério dos Negócios Estrangeiros, com a missão de promover a defesa dos interesses nacionais no estrangeiro8.

Quando as PPP visam proteger potenciais alvos de ataques terroristas a nível

nacional, a coordenação também muitas vezes envolve uma autoridade central com um papel fulcral9.

8 Um exemplo de tal iniciativa das PPP é o Overseas Security Advisory Council (OSAC), desenvolvida pelo Department of State dos Estados Unidos, o qual promove os conceitos de segurança e reforça a cooperação entre o Department of State e as organizações dos E.U.A operacionalizando a nível mundial. A OSAC focaliza-se sobretudo nos alvos vulneráveis da tipologia “soft” e proporciona um fórum para o intercâmbio das melhores práticas e uma plataforma para o intercâmbio regular e a oportuna troca de informações entre o sector privado e o Department of State, relativas à evolução da segurança no exterior. Informações referentes à criminalidade, o terrorismo e outros factores políticos, económicos e sociais que podem ter impacto sobre o ambiente da segurança global nos países ao redor do globo e é compartilhada através da rede OSAC. 9 O projecto Parcerias, uma iniciativa criada com um foco nacional, foi identificada em Portugal, onde a Presidência do Conselho de Ministros lançou um projecto que une entidades dos sectores públicos e privados, para fornecer um quadro eficaz para o diálogo e para a coordenação. Do lado privado, o grupo é composto por empresas com maior exposição à ameaça do terrorismo, tais como hotéis e centros comerciais, juntamente com os transportes, energias e serviços de correio. Os membros do grupo reúnem-se regularmente e o desenvolvimento de relações pessoais baseia-se na compreensão comum e na confiança, que tem sido uma das chaves para o sucesso da parceria.

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No caso de uma iniciativa local das PPP, um município ou uma autoridade pública local responsável pela segurança é muitas vezes responsável pela gestão das PPP10.

No entanto, a participação activa do sector privado é essencial para realizar de

forma plena qualquer projecto. O envolvimento de outros intervenientes do sector privado, tais como produtores e fornecedores de tecnologia, também podem adicionar um valor significativo. PPP partilha de informações e de interacção

Várias questões em relação à comunicação e partilha de informações têm de ser

orientadas para um projecto das PPP possa ser eficaz. Primeiro de tudo, é necessário adoptar mecanismos, tais como protocolos para facilitar a interacção entre os diferentes agentes envolvidos. Estes mecanismos são, na maioria dos casos relacionados com a troca de informações. Uma formação comum entre o sector público e privado e a transferência de conhecimentos também são muito importantes11. 3.4 Princípios Básicos das PPP

Independentemente da forma que as PPP possam ter, os seguintes princípios

básicos12 e considerações comuns foram identificadas como potencialmente úteis no desenvolvimento dos projectos das PPP para a protecção dos alvos vulneráveis:

� O conceito de que segurança não deverá ser encarada como um custo mas sim

como um investimento, bem como um contributo para a protecção da comunidade, o que também deverá ser promovido.

� Os decisores políticos a todos os níveis deveriam estar cientes do importante

papel que as PPP podem desempenhar na luta contra o terrorismo e nos assuntos de governança da segurança.

� O papel do sector privado não deveria ser limitado ao seu envolvimento em

situações de crise. Medidas para prevenir o terrorismo e reforçar a governança de segurança global também deveriam ser exploradas, e as PPP deveriam ser estabelecidas com antecedência sendo pró-activas em termos de prevenção e/ou impedimento de ataques terroristas.

10

O Projecto Griffin é um exemplo de uma PPP estabelecida a nível local em Londres, na Inglaterra, em Abril de 2004. O projecto é uma joint venture entre a cidade de Londres e as Metropolitan Police Forces. A sua missão é orientar e actualizar os gestores, agentes de segurança e funcionários de grandes organizações do sector público e privado em matérias de segurança, na luta contra o terrorismo e nas questões de prevenção da criminalidade. 11 O Counterterrorism Alert System dos Países Baixos informa os órgãos governamentais e as partes públicas e privadas interessadas sobre o estado de alerta em termos de combate ao terrorismo. O Counterterrorism Alert

System promove o intercâmbio das melhores práticas entre as empresas, tanto a nível local como a nível nacional. Ele também funciona como um fórum nacional, onde os agentes de segurança da comunidade empresarial e representantes de agências de inteligência e policiais se encontram e trocam informações, criando uma forte rede que permite as várias partes interessadas de reagir rápidamente em caso de ameaça. 12 Conforme acima mencionado, a UNICRI publicou um relatório sobre as PPP, destacando os princípios básicos que devem ser tidos em conta na concepção, desenvolvimento e implementação das políticas das PPP, na protecção de alvos vulneráveis contra ataques terroristas. Este relatório está disponível em: http://www.un.org/terrorism/workgroup8.shtml.

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� Deverá existir claras directrizes sobre qual tipo de informação que as autoridades públicas podem partilhar com o sector privado, em conformidade com os regulamentos da protecção de dados. Da mesma forma, normas mínimas deverão ser estabelecidas para a retenção segura destas informações, garantindo assim que todas as partes tenham conhecimento como lidar com as informações correctamente. A partilha de informação dos protocolos entre as entidades públicas e privadas podem ajudar a definir os princípios de partilha de dados no regime da parceria, detalhando o que vai ser trocado, por quem, com quem, qual o fim e qual a garantia. A compreensão comum dos limites de um protocolo deste tipo, bem como perceber quais os seus limites, será fundamental.

� As autoridades públicas deverão fornecer às partes interessadas do sector

privado as informações pertinentes e orientações para ajudá-los na luta contra qualquer ameaça identificada nas instalações que gerem. Em termos de protecção física, os planos de detecção e de gestão de crise, o sector público deverá, quando pertinente, fornecer orientações para o sector privado sobre as medidas de segurança adoptadas ou previstas. Da mesma forma, avaliações de risco realizadas internamente pelo sector privado deverão ser compartilhadas com os relevantes agentes de segurança pública. O sector privado também deverá fornecer às autoridades públicas informações sobre qualquer comportamento suspeito e, em contrapartida, as autoridades públicas deverão fornecer feedback ao sector privado, reforçando assim os canais de comunicação com o objectivo de melhorar a segurança.

� Formação conjunta do pessoal do sector público e privado pode ajudar a

romper as barreiras da comunicação, promovendo uma linguagem comum e reforçando ainda mais a confiança entre os membros das parceria. Os sectores públicos e privados, em grande medida, têm diferentes culturas profissionais e precisam de uma linguagem comum para serem capazes de comunicar de forma eficaz13.

� Os custos e benefícios económicos são factores importantes para determinar a

probabilidade de o sector privado se mostrar interessado e disposto a envolver-se numa PPP. Como normalmente há custos relacionados a curto prazo com a participação das empresas privadas na adopção de medidas que protejam dos alvos terroristas, é importante considerar como fornecer incentivos para que o sector privado possa investir no domínio da segurança. Há uma necessidade de chamar a atenção para os benefícios de longo prazo no investimento da segurança. Deverá ser claramente definido no entanto, que tipo de benefícios, tais como redução de impostos ou seguros que o sector privado pode receber em troca de seu investimento.

13 Um interessante exemplo de mecanismos que facilitam a comunicação entre o sector público e privado está actualmente em vigor na indústria hoteleira em diversos países europeus e no Médio Oriente, onde com certa frequência há reuniões entre o pessoal da segurança dos hotéis e os representantes da força nacional da polícia. Formação sobre como reconhecer actividades suspeitas foram fornecidas pelas autoridades públicas. Em contrapartida, os agentes de segurança dos hotéis contribuem para a avaliação nacional dos riscos, das ameaças e das vulnerabilidades, preenchendo e enviando questionários detalhados sobre o terrorismo, segurança e questões de segurança às autoridades públicas.

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Em termos das políticas das PPP, é importante manter uma certa flexibilidade face à

mudança e à evolução. O processo político terá de ser inovador e assumir novos modelos de cooperação, dado o facto de que os perfis do risco mudarem constantemente com o tempo. 3.5 Preparação

Nesta secção será discutido com mais profundidade o processo de iniciação de uma PPP. Este processo pode ser dividido em três níveis diferentes. O primeiro nível, o nível da metodologia, deve ser considerado em primeiro lugar por todos os potenciais parceiros. Depois de todos os parceiros chegaram a um acordo sobre a metodologia, os valores compartilhados devem ser considerados. Quando há um acordo mútuo sobre os valores partilhados, o nível de pré-requisitos do projecto devem ser discutidos.

1. O nível da metodologia 2. O nível dos valores partilhados 3. O nível dos pré-requisitos

1. O nível da metodologia

Quando o desenvolvimento de um projecto das PPP para a protecção dos alvos

vulneráveis está a ser considerado, deve discutir-se, qual a metodologia a ser adoptada. Os seguintes temas podem ser de utilidade para ajudar os interessados a alcançar um nível comum de entendimento sobre a metodologia:

� Identificar as partes interessadas: Os potenciais interessados deverão ser

contactados e questionados se estão dispostos a aderir ao projecto. Também terá de definir-se quem vai actuar como facilitador/coordenador do projecto das PPP.

� Identificar objectos: Deverá ficar claro quais os locais e objectos que são

abrangidos pelo projecto. Esta é obviamente uma questão sensível e deve portanto, ser classificada como um assunto confidencial para todas as partes envolvidas.

� Linguagem comum: Baseado em torno dos conhecimentos e experiências dos

interessados, o desenvolvimento de uma linguagem comum para que todos os parceiros possam entender, é desejável. No âmbito dos sistemas governamentais, por exemplo, o uso de termos diferentes para o mesmo item, ou um termo para itens diferentes, não é vulgar.

� Orientação aos objectivos: Os parceiros do projecto deverão cuidadosamente e

de forma realista definir o objectivo(s) do projecto das PPP. � Baseados em processos: Mecanismos de cooperação e coordenação no âmbito

das PPP deverão ser preferencialmente baseadas em estruturas pré-definidas e acordadas.

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� Troca de informações: Modalidades e período(s) para a troca de informações deverão ser definidos entre os parceiros. O tema do intercâmbio de informações será abordado no capítulo 5 deste Handbook.

� Exercícios e testes: O desenvolvimento de uma agenda para exercícios e testes

de campo ou de mesa são obviamente desejáveis. � Esclarecer papéis e identificar tarefas: Deverá ser claramente definido quais os

papeis e tarefas específicas que cada indivíduo e que cada organização irá realizar, bem como todas as limitações que podem ser previstas a esse respeito.

� O estado de arte: Procurar optimizar o uso dos recursos, maximizar a eficácia e

evitar a duplicação de esforços. 2. O nível de valores partilhados

Dentro de um projecto das PPP, todos os parceiros devem concordar em identificar

valores comuns e seus significados com antecedência. Os seguintes valores são propostos como exemplos a este respeito mas, obviamente dependendo da cultura, a capacidade e as limitações existentes de outros valores podem ser introduzidos caso for considerado desejável:

� Juntos: Os parceiros das PPP deveriam manter o mesmo status. � Uma abordagem win-win: Deverá haver para todos os parceiros alguma coisa

para "ganhar" com a sua participação no projecto, nomeadamente benefícios para as empresas, por exemplo.

� Proactividade: Qualquer projecto das PPP deverá procurar ter uma abordagem

pró-activa por parte dos parceiros do sector público e privado, com todos os parceiros concordando em aceitar trabalhar, pensar e trocar informações numa base pró-activa.

� Compromisso de longo prazo: É bastante provável que um projecto das PPP

envolva um compromisso a longo prazo. Ao longo do tempo, a confiança e as relações serão reforçadas se a adesão da coligação permanecer o mais consistente possível.

� Responsabilidade partilhada: Uma vez que um projecto das PPP deverá

construir-se baseado na confiança mútua e na responsabilidade, todos os parceiros envolvidos são responsáveis pela maximização das suas contribuições e pelo aumento da eficácia e da eficiência do projecto.

� Flexibilidade: Todos os parceiros deverão ser flexíveis atendendo ao facto de

que as circunstâncias no quadro do terrorismo e da criminalidade se encontrem constantemente em mutação. Os parceiros deverão estar dispostos a redefinir suas posições, caso necessário, e produtivamente discutir as mudanças.

� Construção da confiança: No âmbito de um projecto das PPP, os parceiros

deverão ter confiança mútua, sobretudo porque o intercâmbio efectivo de

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informações sensíveis podem ser de grande importância para o sucesso do projecto.

3. O nível de pré-requisitos

Depois de os parceiros terem subscrito e acordado nos valores partilhados, os

seguintes pré-requisitos podem ser considerados como exemplos. � Caso empresarial: Para o sector privado em particular, os detalhes do projecto

podem ser definidos por exemplo, num formato de caso empresarial. A eficiência dos custos são muito importantes mas, a segurança também deveria ser vista como um investimento e não apenas como um custo adicional.

• Troca de informações: Todos os parceiros, quer do sector público quer do

sector privado, deverão estar preparados para partilhar, sem infringir a lei, informações operacionais e/ou informações à cerca de ameaças para garantir a eficiência do projecto das PPP.

� Confiança: Todos os parceiros deverão estabelecer uma confiança mútua. Se

houver parceiros do sector privado da mesma e/ou indústria concorrente envolvidos, deverão ser consideradas as disposições de forma clara e com certa antecedência para evitar conflitos de interesses.

� A vontade política: Em certos casos, os parceiros políticos podem beneficiar do

apoio e endosso político ao mais elevado nível em relação aos objectivos do projecto.

� Coordenação: Como acima mencionado, um projecto das PPP necessita de uma

coordenação eficaz. � Aplicação dos conhecimentos de especialistas: Desenvolver conhecimento de

especialistas, partilhar experiências, apoiar novos participantes e promover os conceitos das PPP.

� Responsabilidade: Os parceiros são responsáveis e deverão ser questionados a

confirmar o seu compromisso e sua responsabilidade pelo projecto sob uma forma de contrato ou qualquer outra forma de acordo escrito.

� Voluntário: Os interessados deverão juntar-se à parceria voluntariamente - mas

não sem obrigações.

� Contexto jurídico: O projecto e todos os envolvidos deverão, a todo tempo agir sempre em conformidade com as disposições das leis locais, nacionais e internacionais.

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4. Modelo de Desenvolvimento das PPP

Parcerias Público-Privadas não são estabelecidas de um dia para o outro - elas precisam de preparação, manutenção e do envolvimento de todos. Já foram estabelecidas várias PPP relacionadas com a segurança e, portanto, muito pode ser apreendido das suas experiências. Essas experiências, que foram compartilhadas com a UNICRI pelos membros da Public Private Partnerhip Coalition e que foram o objecto de uma investigação mais profunda, incluindo actividades de campo. Isto resultou no desenvolvimento de um modelo de dez elementos para estabelecer uma PPP, com foco na protecção alvos vulneráveis contra possíveis ataques.

� Elemento 1: Determinação da extensão

� Guia: Uma organização principal deverá ser identificada para iniciar, coordenar

e facilitar o processo de acordo com a legislação nacional. Uma administração pública encarregue de um mandato de contra-terrorismo ou de recolha de informação poderá ser a entidade mais adequada para orientar e coordenar as partes interessadas durante o processo.

� Escopo: Em seguida, o escopo do projecto terá de ser acordado. A clarificação

do âmbito do projecto das PPP irá ajudar a identificar um nível adequado das partes interessadas para participar na parceria.

� Foco: Finalmente o foco do projecto tem que ser determinado. Como

mencionado anteriormente, este manual foi concebido para reforçar a protecção de alvos vulneráveis da tipologia “soft”, tais como parques, mercados, centros comerciais, estações ferroviárias e rodoviárias, hotéis e locais de diversão, centros culturais, históricos, religiosos e educacionais, assim como empresas multinacionais e centros financeiros, navios de cruzeiro e autocarros de turismo. Esta não é contudo, uma lista definitiva e as partes interessadas na parceria deverão determinar o foco do projecto.

Quando o escopo do projecto se torna claro, pode ser aconselhável reduzir o foco,

no que respeita ao número de sectores ou locais envolvidos. Tendo as demais partes interessadas envolvidas no processo de decisão poderão, obviamente, prejudicar o desenvolvimento ou retardar a execução do projecto.

� Elemento 2: Determinação dos sites

O Elemento 2 do processo irá ajudar a determinar e a atingir o correcto foco.

Propõe-se definir a localização e/ou o sector do projecto considerando: � Se a localização e/ou o sector são claramente demarcados. � Se a localização e/ou sector contém potenciais alvos para ataques terroristas. � Se a localização e/ou sector já tem uma organização estabelecida para a gestão

de crise. � Se uma avaliação do impacto ou do risco foi recentemente levada a cabo para a

localização e/ou sector.

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Existem várias maneiras de determinar a susceptibilidade de um local, sector ou região e um método é o V ³ System (V ³ = Vitalidade, Vulnerabilidade, Visibilidade):

� Vitalidade:

o Pode-se esperar um elevado numero de vítimas proveniente de um ataque em determinada localidade, sector ou região?

o Um ataque terá um efeito significativo sobre a economia local ou nacional?

o Um símbolo da sociedade poderá ser destruído ou danificado? o É provável que exista um impacto mediático?

� Vulnerabilidade:

o Quão vulnerável é a identificada localidade, sector ou região? o Qual é a extensão e a capacidade dos dispositivos existentes para os

preparativos de segurança? o Qual tipo de resistência tem a localização, sector ou região para

prevenir, reagir ou se recuperar de um ataque terrorista?

� Visibilidade: o Quão visível é o local, sector ou região? o O local, sector ou região contribui efectivamente de alguma forma para

a actividade de combate ao terrorismo ou a uma operação de manutenção da paz, quer a nível local, nacional ou internacional?

o Está associado a pessoas, lugares ou organizações que tenham sido alvos de anteriores ataques terroristas ou crimes?

o O público tem acesso livre ou facilitado? o É fácil de usar a Internet, organizar excursões, fazer estágios, etc. para

recolher informações sobre questões de segurança, por exemplo?

� Elemento 3: Identificação dos parceiros

Em seguida, propõe-se definir quais os parceiros que serão necessários para

completar a iniciativa das PPP. Assim, propõe-se igualmente identificar e pesquisar as formas de cooperação existentes entre entidades públicas e privadas para ajudar a definir as necessidades e prioridades e evitar a duplicação de esforços. As seguintes considerações podem auxiliar o processo de identificação das partes interessadas:

� Sector Público:

o Existe um departamento ou uma pessoa responsável pela coordenação das questões de segurança?

o Quem é responsável pela gestão da informação? o Até que ponto participarão as forças de segurança, normalmente

responsáveis pela prestação de segurança? o Como são as questões de segurança organizadas e geridas a nível

central e local?

� Sector Privado: o Existe uma organização representativa ou uma rede existente? o Se existem muitos sites para uma empresa, há um escritório principal

com maior responsabilidade de gestão?

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o Existe já alguma forma de obrigação, legal ou outra, para participar nas actividades de Segurança?

� Sociedade Civil:

o Os representantes da sociedade civil, por exemplo, centros educacionais, centros religiosos, associações empresariais, etc. poderão reforçar a capacidade da parceria? Se a sociedade civil poderá contribuir activamente para os objectivos do projecto, obviamente poderá ser considerada para se juntar à parceria14.

Posteriormente, propõe-se contactar as pessoas identificadas e determinar as suas

disponibilidades para participar no projecto das PPP. � Elemento 4: Construção da confiança

As partes interessadas deverão reunir-se e acordar trabalhar em conjunto de uma

forma eficaz para atingir os objectivos identificados. Uma reunião entre as partes interessadas poderá determinar:

� O grau de compromisso de cada indivíduo nas PPP. � Os individuais conhecimentos, experiências e necessidades. � Se os indivíduos tem posições que lhes permite tomar decisões importantes ou

se eles têm de requerer autoridade à sua entidade patronal. � Se os indivíduos são os únicos pontos de contacto para a organização ou se

pessoas diferentes podem participar nas reuniões. � Se existe uma visão partilhada sobre os objectivos das PPP e se a importância

de aumentar a resistência a um ataque é conhecida. � Se existe um acordo para partilhar informação e/ou:

o Existem algumas questões organizacionais/culturais ou preocupações sobre a partilha de informações que devam ser abordadas?

o Até que ponto haverá uma partilha de informação considerada classificada/ desclassificada/open source/comerciais sensíveis?

o Que tipo de informação precisa ser artilhada e em que formato? Para começar a construir confiança, têm de se estabelecer acordos abrangentes para

delimitar as funções e as responsabilidades de todos os participantes, para que todas estas sejam bastantes claras. A referência à troca de informações serão descritas no

14 O U.S. Department of Justice - Office of Community Oriented Policing Services desenvolveu um programa chamado Building Private Security/Public Policing Partnerships to Prevent and Respond to Terrorism and Public

Disorder. O programa é baseado no conceito do policiamento comunitário, como uma estratégia orientada na noção de que a interacção e o apoio da comunidade pode ajudar a controlar a criminalidade. O sector privado e membros da comunidade são incentivados a participar activamente no desenvolvimento de estratégias de prevenção, incluindo as destinadas a combater o terrorismo. Esta iniciativa em particular, envolve também o desenvolvimento de recursos de conhecimento e a formação de múltiplas agências.

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próximo capítulo uma vez que podem ser bastantes úteis durante essa quarta etapa do processo.

� Elemento 5: Identificação dos objectivos

A preservação da vida deve ser uma prioridade de qualquer iniciativa.

Secundariamente é importante a protecção da propriedade, bem como o desenvolvimento de estratégias para evitar perdas significativas de receitas, clientes, empresas e/ou reputação. Dependendo do escopo e do foco do projecto das PPP, em certos casos, pode revelar-se benéfica para o desenvolvimento de uma avaliação do impacto ou do risco por forma a identificar as questões prioritárias que em alguns casos, podem ser classificadas como críticas, essenciais ou não essenciais .

As questões podem então ser classificadas quanto à sua vulnerabilidade a cada

potencial ameaça ou perigo: � Altamente vulnerável: As acções empresariais têm um risco maior por serem

alvo de um ataque. � Vulnerável: Pode estar em risco um ataque. � Não vulnerável: É provável que não surja uma ameaça ou perigo.

A tarefa principal deste elemento é determinar em que medida os interesses da

sociedade em geral, e não apenas interesses individuais, possam sofrer com um ataque.

� Elemento 6: Determinação do processo de tomada de decisão

Propõe-se determinar como o processo da tomada de decisão irá funcionar: � Qual é o processo para a tomada de decisões importantes? � Como é que os tomadores de decisões podem ter acesso à informação? � Quem vai decidir a extensão das medidas de segurança a serem tomadas? � Quem autoriza o aumento dos níveis de ameaça?

Quando estas questões forem respondidas, diferentes estratégias e respostas

preventivas de segurança a serem desenvolvidas por cada participante podem ser consideradas. Esclarecer e concordar como estas estratégias poderão produzir um regime de segurança complementar, compreensiva e eficaz na área do foco da parceria. � Elemento 7: Concordância na estratégia da comunicação

Propõe-se desenvolver uma estratégia de comunicação para a parceria. Isso poderá

incluir considerações como por exemplo, quem será designado como representante/porta-voz da parceria e que será comunicado a outras entidades públicas e privadas, incluindo à imprensa e à sociedade civil.

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� Elemento 8: Definir adequadamente as ameaças ou níveis de alerta

Propõe-se também desenvolver ou adoptar um sistema existente para identificar

níveis de ameaça/alerta pré-especificados. Este sistema irá ajudar a determinar quais as medidas de segurança que devem ser tomadas de acordo com as circunstâncias. Além disso, o sistema também ajudará no processo de tomada de decisão, visto que um menu de medidas de segurança pré-determinados para cada nível poderá ser preparado15. Se tal sistema utilizará códigos de cores (vermelho–âmbar–verde) ou outra forma (baixo-médio-alto) é uma questão de escolha. O factor importante será que todos os envolvidos entendam o sistema supra mencionado.

Em cada nível, as acções de todos os parceiros públicos e privados devem ser definidas, tendo em conta por exemplo, as suas responsabilidades, funções, qualificações e experiências. Conforme discutido no Capítulo 6, diferentes tipos de medidas podem ser consideradas, por exemplo, pré-condições de gestão de crise, medidas com o pessoal, medidas de informação e análise, medidas de segurança, medidas de redução de efeito e acções destinadas aos clientes e ao público. Se este processo for o mais aproximado e o mais abrangente, poderá produzir um nível de segurança padrão dos dois ou mais elevados níveis.

O que se segue é uma descrição genérica de uma estrutura elevada: Nível Standard: Cuidado adequado

As medidas estandardizadas/padrão base são sempre aplicadas. Exemplos para um

cuidado adequado inclui a manutenção dos limites e a garantia que os planos de cenário de crise estão correctos.

Categoria 1: Ameaça Baixa

Categoria 1 é projectada para efectivamente aumentar a resistência no caso de uma

ameaça com nível baixo. Isso envolve ter medidas preparadas para que possam ser implementadas eventualmente, num período de tempo prolongado. Elas tendem a ser medidas que não devem ter um impacto muito grande nas operações de negócios ou na sociedade. Exemplos da Categoria 1 incluem medidas a repetição de mensagens de informação do serviço público nos transportes públicos ou na intensificação da monitorização das câmaras de segurança.

Categoria 2: Ameaça moderada

Categoria 2 é projectada para efectivamente aumentar a resistência no caso de uma ameaça moderada. A aplicação das medidas da Categoria 2 pode ser limitada e é improvável que estas sejam mantidas por um período de tempo prolongado. Estas medidas podem ter um grande ou até mesmo significativo impacto sobre as operações comerciais e/ou na sociedade. Exemplos de medidas da Categoria 2 incluem a contratação adicional da segurança privada para guardar locais vulneráveis ou limitar o acesso ao pessoal apenas credenciado.

15 Na sequência dos ataques terroristas em Madrid em Março de 2004, o governo dos Países Baixos desenvolveu Counterterrorism Alert System. Seu objectivo é de actualizar os órgãos governamentais e as partes interessadas do sector público e privado sobre o actual estado de alerta.

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Categoria 3: Ameaça Elevada

Medidas da Categoria 3 são destinadas a aumentar a resistência no caso de ameaça

elevada. É pouco provável que estas medidas tenham que ser mantidas por um período prolongado de tempo mas provavelmente terão um impacto muito significativo nas operações comerciais e/ou na sociedade. Exemplos de medidas da Categoria 3 inclui o desvio de rotas ou a interrupção do fornecimento de gás ou electricidade.

� Elemento 9: Teste e treino

Depois de projectar e desenvolver todos os elementos acima indicados, é

aconselhável realizar cursos de formação e exercícios em torno de diferentes medidas de segurança predispostas para ajudar a confirmar a sua utilidade, racionalidade e eficácia.

O treino regular de todas as partes envolvidas é útil para:

� Testar, avaliar e ajustar a política, a estratégia e os modelos de procedimentos operacionais.

� Aumentar redes e construir relações.

� Testar as deficiências nos planos de segurança.

� Sensibilização.

� Elemento 10: Desenvolvimento

Embora esta etapa não faça parte necessáriamente do processo de criação de uma

PPP, esta oferece uma série de sugestões que podem ser utilizadas para reforçar a parceria:

� Ferramentas: Desenhar uma ferramenta de comunicação que poderá ser baseada no web, que rápidamente alerta os interessados em caso de ameaças emergentes de terrorismo. Isto poderá poupar tempo mas também poderá ser projectado para facilitar a comunicação entre as partes interessadas sobre questões de interesse mútuo. Esta plataforma irá ajudar a manter todos os parceiros informados, actualizados e envolvidos.

� Boas práticas: Certificarem-se que as melhores práticas são identificadas e

registradas para que possam ser compartilhadas com os outros.

� Avaliação do risco: Investigar qual a assistência que estará disponível para reforçar as competências e capacidades da realização das avaliações de riscos16.

� Legislação: Apoio legislativo poderá reforçar a parceria.

16 COUNTERACT (Cluster Of User Networks in Transportation and Energy Relating to Anti-terrorist ACTivities) é um projecto implementado no 6th Framework Programme da Comissão Europeia. O projecto produziu orientações muito úteis para a realização de avaliações do risco em torno das redes de transportes públicos.

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5. Troca de Informação17

Para qualquer pessoa torna-se mais provável partilhar informações com alguém que se confia. A confiança no entanto, tem de ser estabelecida, construída e gerida por certas regras que todas as partes envolvidas concordem.

A partilha de informações sobre as potenciais ameaças contra alvos vulneráveis é

claramente benéfica para os governos e outras entidades do sector público e privado. Se existir um mecanismo através do qual uma entidade poderá apreender conhecimentos, experiências e com os erros e os sucessos dos outros, sem medo de revelar informações sigilosas às empresa concorrentes ou os meios de comunicação, por exemplo, então é provável que todos beneficiem. O governo é obviamente um parceiro fundamental em qualquer destes mecanismos, dada a sua capacidade de recolha de informações e outros recursos de segurança relacionados que este poderá oferecer.

Uma Information Exchange Group (IEG) é construída sobre a confiança

desenvolvida entre os membros participantes, que compartilham informações em reuniões à porta fechada realizada sob uma versão da Chatham House Rules. Através de encontros frente a frente, em confiança, uma comunidade de pessoas relativamente pequena com interesses comuns poderá ser desenvolvida.

A participação é voluntária mas, não sem obrigações e isso poderá ser formalizado

através de um acordo assinado18. Os participantes deverão dar um contributo activo para a sua IEG, com espírito de dar e receber.

Ao ser capaz de falar sobre as vulnerabilidades e incidentes de forma aberta, sob

uma atmosfera de confiança, as organizações públicas e privadas terão uma visão mais abrangente das potenciais ameaças, vulnerabilidades e dependências. Talvez ainda o mais importante será os participantes beneficiarem subsequentemente da resposta colectiva desenvolvida para combater os riscos, ameaças e vulnerabilidades. 5.1 Código de Cores

Em uma IEG, as informações podem ser classificadas de acordo com um código

confidencial da tipologia de um “semáforo”, desde a cor branca, para informações que estão disponíveis publicamente, até ao vermelho para os assuntos de alta confidencialidade. Quem contribui com as informações pode decidir sobre o grau de confidencialidade:

Vermelho: Informação não revelada e restrita apenas aos representantes presentes

na reunião.

17 A questão da troca de informações será explorado neste capítulo, fazendo referência a elementos de um projecto específico que foi lançado no Reino Unido, no entanto, todas as questões, aspectos e elementos discutidos terão de ser considerados em conformidade com a legislação nacional pertinente. Material complementar a este respeito foi recolhido pelo Security Governance/Counter-Terrorism Laboratory da UNICRI através de uma colaboração de organizações do sector privado, incluindo, por exemplo, a Norilsk Nickel. 18 Um exemplo de tal acordo pode ser encontrado em http://www.cpni.gov.uk/Docs/re-20040601-00395.pdf.

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� Partilha: Esta informação só pode ser trocada com determinadas pessoas que tenham sido seleccionadas ou identificadas pelo “dono” da informação. Se a informação é trocada por escrito ou por via electrónica, as modalidades terão de ser feitas de forma a garantir a segurança da informação, incluindo possivelmente a garantia de que a pessoa abordada é identificada e é o único destinatário.

� Questão: Esta é uma informação que se passou para pessoas não autorizadas:

o Poderá colocar vidas em risco. o Poderá seriamente prejudicar as empresas, as instituições ou entidades

governamentais de várias formas. o Poderá seriamente comprometer as relações entre outras empresas, com

os governo, as organizações ou os parceiros.

Âmbar: Divulgação limitada e restrita aos membros da IEG e aqueles dentro das suas organizações, que têm uma "necessidade de saber" a fim de tomar medidas.

� Partilha: A informação é apenas partilhada entre um grupo restrito de pessoas,

por exemplo, participantes em reuniões. Eles são autorizados a partilhar estas informações dentro de sua própria organização quando necessário .

� Questão: Se esta informação for passada a pessoas não autorizadas:

o Poderá todavia prejudicar as empresas, as instituições ou as entidades governamentais, mas com menos consequências caso fosse informação “vermelha”.

o Poderá afectar as relações com outras as empresas, os governos, as organizações ou os parceiros.

Verde: Esta informação pode ser partilhada com um grupo alargado de pessoas,

tanto dentro como fora da IEG, mas a sua publicação em forma impressa ou na Internet não é recomendada.

� Partilha: A informação também é trocada entre um grupo restrito de pessoas.

As informações podem no entanto, ser partilhadas com outras organizações, plataformas de informação ou empregados com cargos relacionados com a segurança. As informações não devem ser trocadas publicamente ou postas em websites públicos.

� Questão: Se esta informação for passada para pessoas não autorizadas pode:

o Resultar em desvantagens menos significantes para uma empresa, instituição ou entidade governamental.

o Danificar o relacionamento com outras empresas, instituições ou entidades governamentais

o Ser publicada pela imprensa. Branco: Circulação sem restrições. � Partilha: Informações que podem ser tornadas públicas sem restrições.

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� Questão: A informação não é classificada como sensível e pode ser conhecida pelo público. A informação pode, caso apropriado ou desejável, ser publicada por meio de fontes abertas, como a Internet e a imprensa.

5.2 Confiança e Valores O objectivo principal da IEG é reforçar a troca de informações sobre as ameaças de

segurança entre as organizações públicas e privadas e assim fornecer um valor acrescentado para ambos os sectores.

As organizações do sector privado valorizam a introspecção que ganham das

informações e dos conhecimentos das organizações governamentais. Estando particularmente interessados em questões como informações sobre as ameaças, o modus operandi, os riscos e desenvolvimentos futuros.

As organizações governamentais/do sector público beneficiam em aprender sobre as

actividades comercias, as suas prioridades, e o que este sector tem para oferecer em termos de reforço da segurança.

Um acordo com a IEG pode, portanto, melhorar significativamente a troca de informações sobre ameaças à segurança. Os pré-requisitos essenciais para a realização deste intercâmbio de informações são a confiança e os valores. Critérios para a construção da confiança:

1. Um ambiente de confiança: Regras e protocolos claramente definidos e

subscritos por todos os participantes, são necessários para a criação de um ambiente confiável. A confiança é construída mais eficazmente em pequenos grupos, como é mais fácil para os participantes conhecerem-se mutuamente.

2. Continuidade: Uma IEG deverá ser claramente posicionada, em termos

políticos e operacionais. Uma IEG deverá ser estabelecida, pelo menos pelo período da duração do projecto e os participantes do projecto deverão ser membros daquela IEG. Um membro permanente reconhecível dá um carácter de continuidade.

3. Uma postura imparcial: Apenas uma imparcial IEG pode actuar como uma

intermediária eficaz entre as diversas organizações envolvidas. A IEG normalmente não é uma organização de decisão política mas, obviamente contribui com inputs substanciais em termos políticos. Portanto, o relacionamento com os diversos departamentos governamentais envolvidos deverá ser organizado de forma eficaz.

A participação em uma IEG deve produzir benefícios para todos os envolvidos. A

polinização cruzada de informações e de ideias entre o sector público e privado tende a proporcionar um valor acrescentado para todos os participantes.

Valores acrescentados são frequentes dependendo de certos factores:

� O presidente é seleccionado a partir do grupo de participantes.

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� Os participantes determinam a estrutura e as agendas para as reuniões. � Inputs relevantes e interessantes por parte dos participantes. � Flexibilidade na resposta e tratamento de perguntas dos participantes. � Quanto mais o grupo trabalha em conjunto, mais os participantes partilharão

informações mais sensíveis.

Critérios para garantir os valores:

1. Valor para cada organização envolvida: Deverá ser possível para todas as

organizações envolvidas obtenham algum tipo de benefício ou valor pela sua participação.

2. Flexibilidade na execução: Os sectores diferem em termos dos problemas que

enfrentam, na sua estrutura e nas suas necessidades e o projecto deverá ser estruturado em conformidade.

3. Foco em todos os aspectos de segurança: Um cenário win/win pode ser criado

pela ampliação do foco da discussão. 4. Desenvolver a função de análise: Pode haver a necessidade de uma análise

profissional de alguma informação partilhada ou discutida. Isso provavelmente poderá ser feito mais eficazmente por uma das organizações governamentais/públicas envolvidas.

5. Recursos financeiros: O projecto irá requerer pelo menos algum apoio

financeiro e mecanismos de financiamento. Estes deverão ser discutidos com antecedência.

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6. Medidas de Segurança Como já foi destacado uma série de vezes, o objectivo principal de uma PPP é

abordar questões de segurança colectivamente e de forma eficaz. Ambos os participantes do sector público e privado podem contribuir com suas próprias experiências, conhecimentos e recursos e fornecer uma plataforma muito capaz para a recolha e o desenvolvimento de abordagens conjunta de governança e de segurança.

Para ajudar a explicar o conceito de segurança, as seguintes informações podem

ajudar uma parceria a considerar mais objectivamente uma ampla gama de questões de segurança complementares.

Medidas de Segurança podem ser classificadas da seguinte forma:

� Gestão de crise pré-condicionada � Medidas para funcionários � Medidas de informação e análise � Resiliência física dos activos � Medidas de redução de efeito � Medidas destinadas para os clientes e para o público

Gestão de crise pré-condicionada

Este tipo de medida descreve os pré-requisitos para a gestão de crise. É

evidentemente importante ter planos e cenários de contingência actualizados e disponíveis.

Exemplos:

- Preparação de treinos e cenários de teste. - Actualizar regularmente os planos de contingência. - Manter padrões de procedimentos operacionais para a gestão de crises. - Nomeação de um oficial(s) de serviço de emergência. - Manter os níveis mínimos de segurança e disponibilidade. - Estar pronto para aumentar as medidas preventivas de segurança na

eventualidade de uma ameaça. - Realização de reuniões regulares com a equipa(s) que gere(m) as crises.

Medidas para funcionários

Estas medidas dizem respeito principalmente à protecção do pessoal e outros recursos humanos.

Exemplos:

- Screening/vetting/credenciamento de todos ou alguns membros do pessoal. - Fornecer informações actualizadas de segurança para o pessoal. - Preparação de directrizes de conduta de segurança para pessoal. - Criação de controlos de acessos e saídas para o pessoal externo, empreiteiros e

funcionários. - Providenciar segurança adicional em áreas particularmente vulneráveis. - Instruir o pessoal a usar/exibir os cartões de identificação com preferência em

todos os momentos.

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- Identificação, registo e verificação do stock. - Informar o pessoal acerca dos estados de alerta e o que lhes é exigido. - Manter o pessoal actualizado sobre as informações relacionadas com a

segurança e os incidentes que ocorram. Medidas de informação e análise

Estes tipos de medidas são destinadas a melhorar a capacidade do processamento e de análise de informações de uma organização. Essas funções são muitas vezes vistas como uma responsabilidade do governo/do sector público mas, hoje em dia é comum outras partes interessadas receberem igualmente informações sensíveis e revelarem ter a capacidade de as analisar. Tais informações poderão, obviamente, ser colocadas à disposição das organizações governamentais/do sector público para ajudar no desenvolvimento de avaliações de ameaças compreensivas a nível local, nacional ou mesmo internacional.

Exemplos:

- Construção de capacidades para a recolha de informações. - Exaustiva investigação e notificação dos incidentes. - Auxiliar a polícia para que as investigações e as conclusões sejam satisfatórias. - Emissão de instruções sobre como reportar e registrar incidentes ou

comportamentos suspeitos. - Obtenção proactiva de informação do pessoal. - Acompanhar e analisar efectivamente os produtos de CFTV. - Contratação de empresas peritas de segurança privada.

Resiliência física dos activos

Estes tipos de medidas são destinadas a aumentar a resiliência física dos activos por meio de alarmes evidentes e secretos, barreiras, pessoal de segurança, câmaras de vigilância e/ou outro equipamento de detecção.

Exemplos: - Contratação de guardas com fardas de segurança. - Instalação/intensificação de câmaras de vigilância. - Colocação de barreiras físicas nos portões de acesso e ao redor dos

perímetros. - Insolação ou limitação do acesso a determinados locais. - Verificação proactiva da entrada de mercadorias e serviços. - Verificação de pessoal e da bagagem dos visitantes.

Medidas de redução de efeito

As medidas de redução de efeito são destinadas a reduzir o impacto de uma ameaça à continuidade de negócios. Isto pode ser conseguido, seguindo certos processos, ou parte deles, fora de serviço, criando desvios ou tendo sítios/processos de suporte em stand-by, por exemplo.

Exemplos: - Bloqueio e manter bloqueado os cofres e as unidades de armazenamento.

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- Criação de desvios longe dos alvos vulneráveis. - Aceleração do esvaziamento ou remoção de lixo. - Implementação de medidas para fortalecimento dos alvos. - Ter planos efectivos de evacuação preparados e testados. - Fazer um lugares de retirada prontos para uso. - Redução do stock das substâncias perigosas.

Medidas destinadas para os clientes e para o público

Estas medidas são destinadas a reduzir os riscos dos não-funcionários, como dos clientes e do público.

Exemplos:

- Regulação dos fluxos pedestres e dos veículos. - Preparação de informação específica para divulgação ao público/clientes. - Supressão de excursões e outros acessos turísticos. - Reforço das placas/posters de sinalização e informação. - Introdução de controles de restrições aos acessos.

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7. Aplicação dos Conceitos das PPP em outros Contextos

Desenvolvimento de Tecnologia

Conforme mencionado nos capítulos anteriores, o objectivo do Handbook é principalmente fornecer orientações e conselhos para a criação de projectos das PPP, envolvendo autoridades públicas e membros do sector privado para a protecção de alvos vulneráveis.

A UNICRI tem no entanto, identificado outras áreas e sectores nos quais as PPP podem ser particularmente eficazes. Aqui nós iremos referenciar um sector, nomeadamente o sector da tecnologia, em que as PPP podem acrescentar valor significativo para a governança da segurança e actividades de combate ao terrorismo.

Os princípios das PPP podem ser aplicados para reunir os utilizadores finais das autoridades públicas e do sector privado e os utilizadores finais com os fornecedores e produtores de tecnologia, para criar plataformas para trocar informações, inovar e melhorar as práticas estabelecidas, explorar o melhor uso da tecnologia e aumentar as oportunidades para a interoperabilidade e partilha de equipamentos. As academias de segurança, os institutos regionais e nacionais de investigação e formação, e outros dentro da comunidade científica também podem contribuir significativamente.

Neste contexto, o Security Governance/Counter-Terrorism Laboratory da UNICRI

tem uma vasta experiência e desde 2009 tem desenvolvido, através de actividades de investigação aplicada, vários workshops e reuniões de peritos uma série de indicações políticas sobre o uso da tecnologia para a protecção de alvos vulneráveis19.

A pesquisa concluiu que os utilizadores finais do sector público e privado bem

como os fornecedores de tecnologia devem empenhar-se com mais regularidade e, dentro do ambiente das PPP, promovendo soluções inovadoras na protecção de alvos vulneráveis.

A pesquisa também destacou a importância da aplicação de modelos de análise custo-benefício nos processos decisórios e a necessidade de maximizar os benefícios legados.

19 Para elaborar mais profundamente esta componente das PPP, a UNICRI tem-se envolvido com as autoridades públicas e com alguns dos maiores produtores de tecnologia no mundo de uma forma frutífera. Além disso, a UNICRI e o Ministério do Interior dos Emirados Árabes Unidos organizou um Simpósio Internacional sobre as medidas de segurança e soluções técnicas para grandes eventos para cidades em expansão em Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos, em Maio de 2009. Mais de 250 participantes, ambos do sector público e do privado participaram no Simpósio, incluindo fornecedores de tecnologia com larga experiência na concepção e desenvolvimento de soluções técnicas para melhorar a gestão da segurança, tais como Microsoft, Motorola, SAAB, Samsung, Siemens e Thales. Outras associações têm direccionado as actividades de pesquisa com contribuições técnicas, tais como ICTS Portugal, Prológica, Rohde & Schwarz, Smiths Detection e Telespazio.

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8. Assistência para as PPP

Este modelo de desenvolvimento para as PPP foi concebido para tentar simplificar a potencial e complexa tarefa da criação de uma Parceria Público-Privada, com intuito de combater o terrorismo e outras ameaças graves para a segurança. Tem por objectivo fornecer um modelo sensível e pragmático, em que destaca os principais componentes no processo de concepção e as principais questões que possam ser encontradas.

O mandato da UNICRI, em termos de assistência para o desenvolvimento da

construção da capacidade das PPP, não se estende às actuais actividades operacionais ou à prestação de inteligência avaliada. No entanto, no âmbito da CTITF, a UNICRI pode:

� Promover conceitos das PPP, sensibilizar sobre o tema e facilitar o estabelecimento das iniciativas das PPP em cooperação com as entidades identificadas no sector público e privado dos Estados Membros em parceria com as organizações regionais;

� Fornecer aconselhamento e assistência a pedido dos Estados Membros, sobre

as PPP em matérias relacionadas com questões organizacionais e de comunicação a nível nacional e/ou local;

� Providenciar treino, suporte e serviços de tutoria nos temas focados para

ajudar a criar sinergias e melhorar as estratégias, respostas e capacidades de segurança pública e privada;

� Interligar iniciativas das PPP para criar oportunidades de intercâmbio de

informações sobre ideias, práticas, experiências e ferramentas promovendo princípios comuns de coerência na sua abordagem.

As informações sobre como obter assistência no âmbito das PPP podem ser

encontradas no PPP website da UNICRI: http://lab.unicri.it/ppp_soft_targets.html.

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9. Conclusão

Durante a preparação deste Handbook, o Centro de Políticas de Segurança

Público-Privadas da UNICRI focou em particular as importantes questões organizacionais e de comunicação que podem contribuir significativamente para melhor estabelecer e implementar um projecto das PPP a nível nacional e/ou local, independentemente da cultura, da capacidade e dos problemas de restrições prevalecentes.

Há, no entanto, em torno da criação de um projecto das PPP, uma série de

considerações políticas, as quais podem também ser muito relevantes e por isso tem que igualmente serem consideradas. Por exemplo, legislação cuidadosamente elaborada pode oferecer apoio às autoridades públicas e às entidades privadas que estão proactivamente e profissionalmente dispostas a partilhar informação relacionada com contra-terrorismo. Além disso, a introdução de organismos públicos ou de estruturas para fornecer aconselhamento sobre a concepção de medidas de protecção e/ou tecnologia, por exemplo, é muitas vezes calorosamente recebida por todos os grupos interessados.

As reduções de impostos e outros benefícios financeiros podem ser oferecidos,

programas de análise custo-benefício, podem ser introduzidos, bem como a redução de prémios de seguro, de forma a compensar aqueles que invistam em matéria de segurança. Tais questões serão mais bem exploradas no futuro.

O Security Governance/Counter-Terrorism Laboratory da UNICRI continuará a

manter actualizado este Handbook para incluir informações emergentes relacionadas com as PPP, identificadas na investigação em curso e nas actividades em teste. Com a ajuda da Public-Private Partnership Coalition que prosseguirá os seus esforços de sensibilização no âmbito das PPP no mundo, a UNICRI continuará a desenvolver as questões que foram introduzidas neste Handbook e produzir outras ferramentas complementares para auxiliar tanto das entidades públicas como do sector empresarial nos seus esforços para salvar vidas e melhorar a protecção dos alvos vulneráveis contra possíveis ataques.

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10. Bibliografia

� “Anti-Terrorism Capacity Building for the Tourism Industry – Mexico”, Inter-

American Committee against Terrorism (CICTE) of the Organization of

American States (OAS), 2007 � “Assessing the Impact of Public-Private Partnerships in the Global South”,

United Nations Research Institute for Social Development (UNRISD) & Copenhagen Business School, 2007

� “Counter Terrorism Alert System”, National Coordinator for Counterterrorism

(NCTb), The Netherlands, 2007

� “Critical Incident Protocol – A Public and Private Partnership”, Michigan State

University, USA, 2000 � “Guidebook on Promoting Good Governance in Public-Private Partnerships”,

United Nations Economic Commission for Europe, 2008

� “Leidraad uitwisseling van gevoelige informatie”, Nationaal Adviescentrum

Vitale Infrastructure (NAVI), The Netherlands, 2009

� “National Tourism Incident Response Plan”, Commonwealth of Australia, 2007

� “NISCC’s Information Exchanges – Example Membership Guidelines”,

National Infrastructure Security Co-ordination Centre (NISCC), United Kingdom, 2004

� “Public-Private Partnerships (PPPs) for the protection of vulnerable targets:

Review of activities and findings”, United Nations Interregional Crime and

Justice Research Institute (UNICRI) within the framework of the Counter

Terrorism Implementation Task Force (CTITF), 2009

� “Toward a European House of Security at Major Events”, United Nations

Interregional Crime and Justice Research Institute (UNICRI), EU-SEC, an ERA-NET project funded under the European Union’s Sixth Framework Programme, 2009

� “United against Cybercrime”, National Infrastructure against Cybercrime

(NICC), the Netherlands, 2008

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Anexo I Durante a elaboração do Handbook, a Public-Private Partnership Coalition da UNICRI foi composta pelos seguintes membros, os quais particularmente agradecemos pelo apoio contínuo e colaboração:

Entity

Name

Position

(at the time of

elaboration)

AIP Congressos Ms. Guida Sequeira Deputy Director

AIP Congressos Ms. Maria João Rocha de Matos

Managing Director

AIP Congressos Mr. Jorge Oliveira Director of Segurex APL - Administration of the Port of Lisbon S.A.

Mr. Miguel Ângelo Taveira Rodrigues

Port Security Officer

ASIS International Mr. Michiel Gen Manager

Banco BPI Mr. Pedro Leal de Faria

Coordinating Director for Security

Banco de Espirito Santo Mr. José Abranches do Amaral

Security Director

Bank of England Mr. Don W. Randall Bestia Risk Consulting Mr. Hans Arve Eide Managing Director

Brazilian Federal Police Mr. Cleber Abreu Borges

Police Commissioner

Caixa Geral de Depósitos Mr. Nuno Bento Security Director

CARRIS Mr. Jorge Nabais Director, Office of Quality and Safety

CARRIS Mr. Nuno Correia Deputy Secretary General

Center for Hemispheric Defense Studies, National Defense University

Mr. Kevin P. Newmeyer

Assistant Professor (Homeland Defense)

CHARON Mr. Fernando André Silva

Chief Executive Officer

CHARON Mr. Paulo Lima Manager Chinese Embassy to Portugal Mr. Hongjun Jin Political Adviser

Comboios de Portugal, CP Mr. Artur Jorge Aguiar Cerejo

Director for Safety and Security

Conselho Nacional Planeamento Civil de Emergência de Portugal (CNPCE)

Ms. Isabel Pais Senior Adviser of the Vice-President

CTT - Correios de Portugal Mr. Isaías F. Teles Security Consultant

CTT – Correios de Portugal Mr. Mário Rodrigues da Silva

Security Director

Department of Foreign Affairs and Trade of Australia

Mr. Stuart Page Assistant Secretary, ICT Planning and Development Branch

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Divisione Investigazioni Generali e Operazioni Speciali (DIGOS)

Mr. Giuseppe Petronzi Director DIGOS Torino

Mr. Juan Carlos Cernuda

Director of Security

Electricity of Cyprus Mr. Constantinos Eliopoulos

Elsag Datamat Mr. Massimo Galluzzi

Senior Adviser - Vice President, Aerospace, Defense & IT Department

Embassy of Senegal to Portugal

Mr. Jean Antoine Diouf

Second Counselor

Empresa Portuguesa das Águas Livres, S.A. -EPAL

Mr. José Fernando Crisóstomo Figueira

Director

Ernst & Young Mr. Glenn C. Schoen Senior Manager / Security Compliance

Estado-Maior General das Forças Armadas de Portugal (EMGFA)

Mr. Antonio Artur Magalhães Cruz

Head of Information and Military Security

European Commission Mr. Pieter De Smet Security Research Project Officer

European Union Police Mission in Bosnia and Herzegovina

Mr. Domenico Paterna Deputy Head of Mission

European Union Police Mission in Bosnia and Herzegovina

Ms. Dijana Stevanovic National Political Officer

Fred Olsen Marine Services Mr. Sigurd Tveito Fleet Manager Cruise

G4S Secure Solutions Mr. Ian Horseman Sewell

Director - Major Events

Galp Energia Mr. Fernando Gonçalves de Moura

Buildings Security Manager

GALP Energia Mr. António do Espírito Santo Dias

Security/Port Terminals

Gasunie Mr. Reinder Woldring Corporate Security Advisor

General Staff of the Armed Forces of Portugal - Center of Information and Military Security (EMGFA – CISMIL)

Mr. Manuel Silva Valente

Head of Military Security Section

Governo Civil de Portugal Mr. Miguel Lemos Rodrigues

Chief of Cabinet

Grupo 8 Mr. José Manuel Morgado Ribeiro

Manager

Homeland Defense Solutions, Inc.

Mr. Harold W. Neil, Jr. Chairman

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ICTS Portugal Mr. Manuel Luis Martins João

General Security Division Director Portugal

IKEA Portugal - Furniture & Decoration Ltd.

Mr. José António Figueiredo Meneses

Safety & Security Manager

Indonesian National Police Mr. Boy Rafli Amar

Police Lieutenant Colonel, Chief of Negotiation of Crisis Response Team (CRT)

Indonesian National Police Mr. Joko Irwanto Police Colonel, Chief of Intelligence

Instituto de Segurança e Defesa/ Universidade Lusíada, Portugal

Mr. João Paulo Caetano Alvelos

Lieutenant Colonel

Inter-American Committee against Terrorism, Organization of American States

Mr. Alejandro Díaz de León

Program Manager

International Security and Counter-terrorism Academy (ISCA)

Mr. Ran Cohen President and Founder

INTERPOL Mr. Musa Assaly Senior Operations Assistant

INTERPOL Mr. Karl Lesjak Assistant Director

INTERPOL Mr. Isaias Trinidad Focal Point, Referral Center Angola

Istituto Superiore sui Sistemi Territoriali per l'Innovazione (SITI)

Mr. Sergio Olivero Head, Security & Safety Research Area

Jamaica Defense Force Mr. Anthony B. Anderson

Major General, Head of the Jamaica Defence Force

Joint Research Center, European Commission

Mr. Alberto Stefanini Contact Agent

Lukoil Mr. Stanislav Izotov Head of Department of Corporate Security

Marriott Hotels International Ltd

Mr. Andy Williams

Regional Director Global Safety and Security: Europe, Middle East, Africa

Marsh & McLennan Companies

Mr. Dan Mead Director of Security-EMEA

Metropolitan Police Service of London

Mr. Jonathan Brady Chief Inspector

Metropolitan Police Service of London

Mr. Nigel Cook Chief Inspector, Counter Terrorism Security Coordinator

Metropolitano de Lisboa Mr. António José Valente

Deputy Director

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Metropolitano de Lisboa Mr. Armando Silva Neves

Director Safety Authority

Microsoft Corporation Mr. Michael A. Foyness

Director of Global Operations

Millennium BCP Mr. Vitor Monteiro Deputy Director Central of the Department of Safety

Millennium BCP Mr. João Nicolau Romão

Coordinating Director

Mind-Alliance Systems Mr. David Kamien CEO and Founder

Mind-Alliance Systems Mr. Stuart Friedman Director Ministry for Foreign Affairs of the Russian Federation

Mr. Andrey A. Alborov

President

Ministry of Commerce, Industry and Tourism - Energy Service of Cyprus

Mr. Ioannis Economides

Industrial Extension Officer, Head of Industry and Environment Group

Ministry of Defense of Algeria

Mr. Laid Mouhri

Ministry of Defense of Algeria

Mr. Djamel Lachouri

Ministry of Foreign Affairs of the Russian Federation

Mr. Mikhail A. Shurgalin

Head of Section

Ministry of Foreign Affairs of the Russian Federation

Mr. Sergei A. Ryabov

Ministry of Interior of the Republic of Srpska

Mr. Uros Pena Director of Police

Ministry of Internal Affairs of Portugal

Mr. Pedro Barreto Adviser to the Minister of Internal Affairs of Portugal

Ministry of Justice of the Netherlands

Mr. Gert de Vries Senior Project Manager National Coordinator for Counterterrorism

MMC Norilsk Nickel Mr. Vladimir V. Zagoskin

Head of Assets Protection Division

MMC Norilsk Nickel Mr. Albert I. Selin Section Head of International Assets Protection

National Agency for Intelligence, Presidency of the Republic of Togo

Mr. Bawubadè Tchekpi Analyst

National Centre for Critical Infrastructure Protection Spanish Ministry of Interior

Mr. Tomás Martín Iñurrieta

Head of the International Service

National Secretariat of Public Security of the Ministry of Justice of Brazil

Mr. Régis André Silveira Limana

General Coordinator of Intelligence

North West Metro Ms. Jennifer Shand Manager Corporate Relations

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Norwegian Business and Industry Security Council

Mr. Arne Røed Simonsen

Norwegian National Police Directorate

Mr. Arne Huuse Police Commissioner

Nottinghamshire County Council, United Kingdom

Mr. Richard A. Hodge

Service Director Community Safety Regeneration and Protection

Office of the Public Prosecutor within the Tribunal of Milan

Mr. Stefano Dambruoso

Prosecutor

Organization for Security and Co-operation in Europe (OSCE)

Mr. Reinhard Uhrig Adviser

Organization for Security and Co-operation in Europe (OSCE)

Mr. Mehdi Knani Programme Officer

Overseas Security Advisory Council (OSAC), United States Department of State

Mr. Todd J. Brown Executive Director

Overseas Security Advisory Council (OSAC), United States Department of State

Mr. Gregorie Bujac Senior Advisor

Pestana Hotels & Resorts Mr. Alastair James Miller

Security Director

Mr. Louis Alexander Director Corporate Security

Police Security Service of Norway

Mr. Roy Stranden Head of Section

Portugal Telecom Mr. Pedro Campos Security Director

Portuguese Foreign Nationals and Borders Service (SEF)

Ms. Luísa Maia Gonçalves

Director

Portuguese Foreign Nationals and Borders Service (SEF)

Ms. Paula Alexandra Galvão de Oliveira da Velha

Inspector

Portuguese Foreign Nationals and Borders Service (SEF)

Ms. Fátima Silva Inspector

Portuguese Institute of Police Sciences and Internal Security

Mr. Paulo Gomes Director

Portuguese Internal Security System

Mr. Jorge Salazar Braga

Representative

Portuguese Judicial Police Mr. José António Santos Lopes

Detective Inspector

Portuguese Judicial Police Mr. Luís Neves Director of National Unity Against Terrorism (UNCT)

Portuguese Judiciary Policy Mr. Hugo Pedro da Silva Ferreira

Detective Inspector

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Portuguese Maritime Authority

Mr. José Fonseca Garcia

Head Maritime Antiterrorism

Portuguese Ministry of Foreign Affairs

Mr. Manuel Federico Silva

Head of the Terrorism, Drugs, Criminality and Corruption Unit

Portuguese Ministry of Foreign Affairs

Ms. Sara Martins Director of Services

Portuguese National Authority of Civil Protection (ANPC)

Mr. José Codeço Deputy National Operational Commander

Portuguese Public Security Police (PSP)

Mr. Luís Fiães Fernandes

Director of the Intelligence Department

Portuguese Public Security Police (PSP)

Ms. Isabel Canelas Chief of Division

Portuguese Republican National Guard (GNR)

Mr. José Miguel de Amaral Costa Barreto

Infantry Major

Presidency of the Council of Ministers of Portugal

Mr. José Caetano Coordinator of the Programme Parcerias

PROSEGUR Mr. José-Luis Rodrigues

Director General

PROSEGUR Mr. Luís Miguel Martins

Sub-Director

PROSEGUR Mr. João Nortadas Pereira

Director for Surveillance Operations

REFER - Rede Ferrovária Nacional de Portugal

Mr. Carlos Matos Carvalho

Head of Security Unit

REN - Portuguese National Grid

Mr. Oscar Ribeiro Adviser to the Board of Directors

REN - Portuguese National Grid

Mr. António João George de Lacerda Nobre

Adviser for Safety and Security

REPSOL Mr. Ricardo Illán Romero

International Corporate Security Manager

Royal Malaysia Police Mr. Abdul Rahman Ibrahim

Assistant Commissioner Police/ Chief Assistant Director (Secretariat)

Russian Embassy in Portugal Mr. Anton Minaev Third Secretary Russian Embassy in Portugal Mr. Ivan Krisyuk Counselor

Sandia National Laboratories, United States Department of Energy

Mr. Norman Jarvis Manager - Transnational Technical Threats

Secretariat of the National Antiterrorist Committee of the Russia Federation

Mr. Oleg M. Zhidkov

Secretary of Public Safety of the State of Jalisco, Mexico

Mr. Luis Carlos Nájera Gutiérrez de Velasco

Secretary-General of Public Safety, Prevention and Social Correction

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SECURITAS Mr. Rui Araújo Business Area Director SECURITAS Mr. Jorge Couto Managing Director SECURITAS Mr. Marcelo Monteiro Head of Department Security Innovation and Technology Consortium Ltd

Mr. Stephen Swain Chief Executive Officer

SONAE Mr. Paulo Garcia Campos

Security Manager

SONAE Mr. José Manuel Rolo de Sousa

Director, Assets Protection

SONAE Mr. Pedro Manuel Gomes Silva

Risk Management Manager

SONAE Mr. António José Possidónio Roberto

Safety and Risk Director

South African Police Service Mr. Rayman Lalla Lieutenant General

Spanish Ministry of Interior Mr. Marceliano Guetierrez Rodriguez

Principal Commissioner

Spanish Ministry of Interior Mr. Juan Denis Ventosa

Head of Service

Starwood Hotels & Resorts Worldwide, Inc.

Mr. Nelson Marin Safety & Security Manager

State Investigation and Protection Agency of Bosnia and Herzegovina

Mr. Amer Veiz Officer, Counter-Terrorist Unit

Temi Group Mr. Risto Haataja Senior Partner

TenneT TSO B.V. Mr. René Marchal Manager Corporate Safety & Security

Thales Mr. João Manuel Pereira Salgueiro

Director de Marketing & Business Development

The NE Group Mr. Spencer Prewett Chief Executive

The Rezidor Hotel Group S.A.

Mr. Paul Moxness Vice President, Corporate Safety and Security

The Walt Disney Company Mr. Paul Kelly Director, Security - Europe, Middle East & Africa

UK Police Headquarters Mr. Richard Stones Business Crime Project Manager

United Nations Counter-Terrorism Implementation Task Force

Ms. Stine Berner UN Counter-Terrorism Implementation Task Force Representative

United Nations Department of Safety and Security

Mr. David Veness Former Under-Secretary General for Safety and Security

UNICRI Mr. Vito Potenza Consultant UNICRI Mr. Alessio Mantica Consultant UNICRI Mr. Federico Ioni Advisor