exploração florestal e sustentabilidade - andrea alechandre

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Exploração Florestal e Exploração Florestal e Sustentabilidade Sustentabilidade Andréa Alechandre Andréa Alechandre Eng. Agrônoma, M.Sc. Eng. Agrônoma, M.Sc. Professora Professora DCA, PZ DCA, PZ/ UFAC UFAC Estudante Estudante NAEA/UFPA NAEA/UFPA [email protected] [email protected] ACADEMIA AMAZÔNICA ACADEMIA AMAZÔNICA Tópicos Especiais: Teoria e Prática para a Construção de uma Tópicos Especiais: Teoria e Prática para a Construção de uma Amazônia Sustentável” Amazônia Sustentável” Rio Branco, 26 de novembro de 2007 Rio Branco, 26 de novembro de 2007

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Page 1: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

Exploração Florestal e Exploração Florestal e Sustentabilidade Sustentabilidade

Andréa AlechandreAndréa Alechandre Eng. Agrônoma, M.Sc.Eng. Agrônoma, M.Sc. ProfessoraProfessora DCA, PZDCA, PZ//UFAC UFAC Estudante Estudante NAEA/UFPANAEA/UFPA

[email protected]@yahoo.com.br

ACADEMIA AMAZÔNICAACADEMIA AMAZÔNICA

““ Tópicos Especiais: Teoria e Prática para a Construção de uma Tópicos Especiais: Teoria e Prática para a Construção de uma Amazônia Sustentável”Amazônia Sustentável”

Rio Branco, 26 de novembro de 2007Rio Branco, 26 de novembro de 2007

Page 2: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

• Área florestada no mundo: 40 milhões de Km2 (FAO).

• Floresta Amazônica: 5,5 milhões de Km2.

• Amazônia Brasileira: 3,5 milhões de Km2.

• Desmatamento de florestas nativas no mundo.

Page 3: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

Cerca de 370 milhões de hectares de florestas Cerca de 370 milhões de hectares de florestas nativas no mundo (9% do total) são nativas no mundo (9% do total) são manejadas por comunidades (ITTO, 2007).manejadas por comunidades (ITTO, 2007).

No sudeste da Ásia mais de 30 milhões de No sudeste da Ásia mais de 30 milhões de pessoas dependem da floresta (DE BEER & pessoas dependem da floresta (DE BEER & MCDERMOTT, 1989).MCDERMOTT, 1989).

Efeitos do desmatamento (FEARNSIDE, 2005): Efeitos do desmatamento (FEARNSIDE, 2005):

• Contribui para aumentar o efeito estufa;Contribui para aumentar o efeito estufa;

• Provoca erosão e perda de produtividade dos Provoca erosão e perda de produtividade dos solos;solos;

• Provoca mudanças no regime hidrológico; Provoca mudanças no regime hidrológico;

• Perda de biodiversidade.Perda de biodiversidade.

Page 4: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

Em quanto tempo Em quanto tempo podem ocorrer podem ocorrer transformações transformações

drásticas na drásticas na paisagem?paisagem?

Page 5: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

85% floresta em 194585% floresta em 1945

6% floresta em6% floresta em 19901990

Mata Atlântica no Sul da Bahia

EXEMPLO CLÁSSICO NO EXEMPLO CLÁSSICO NO BRASILBRASIL

Dupont & Addad, 1997 Dupont & Addad, 1997

Page 6: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

Porém como assegurar o desenvolvimento Porém como assegurar o desenvolvimento sustentável para uma região que vem sendo sustentável para uma região que vem sendo espoliada há séculos e que não conhece espoliada há séculos e que não conhece nenhum programa de desenvolvimento nenhum programa de desenvolvimento voltado para atender as demandas das suas voltado para atender as demandas das suas populações? populações?

Page 7: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

Como será a Amazônia daqui a 50 Como será a Amazônia daqui a 50 anos?anos?

Depende da Estratégia de Desenvolvimento dasDepende da Estratégia de Desenvolvimento das

POLÍTICAS PÚBLICAS POLÍTICAS PÚBLICAS

Amazônia: Amazônia: mosaicos de ecossistemas mosaicos de ecossistemas naturais e antrópicos naturais e antrópicos

Page 8: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

Alternativas econômicas ao desflorestamento:Alternativas econômicas ao desflorestamento:

• a comercialização de produtos florestais certificados;a comercialização de produtos florestais certificados;

• o pagamento de serviços ambientais a comunidades o pagamento de serviços ambientais a comunidades rurais; rurais;

• a implantação de Sistemas Agroflorestais;... a implantação de Sistemas Agroflorestais;...

Fearnside (2005) propõe a repressão através de Fearnside (2005) propõe a repressão através de procedimentos de licenciamento, monitoramento e procedimentos de licenciamento, monitoramento e multas como estratégias para desacelerar o multas como estratégias para desacelerar o desmatamento na Amazônia. desmatamento na Amazônia.

É necessária a promoção de políticas públicas que É necessária a promoção de políticas públicas que promova, ao mesmo tempo, o desenvolvimento promova, ao mesmo tempo, o desenvolvimento regional e a conservação dos recursos florestais regional e a conservação dos recursos florestais naturais.naturais.

Page 9: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

Desafio:Desafio:identificar atividades produtivasidentificar atividades produtivassustentáveis para a produção sustentáveis para a produção familiar e a produção em escala.familiar e a produção em escala.

Page 10: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

Atividades sustentáveis: roçado, mata, Atividades sustentáveis: roçado, mata, pasto, capoeirapasto, capoeira

Gestão em várias escalasGestão em várias escalas

Page 11: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

Uma alternativa: Uma alternativa: COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS

FLORESTAISFLORESTAIS

• MadeireirosMadeireiros• Não madeireirosNão madeireiros• Serviços ambientaisServiços ambientais

EhringhausEhringhaus

Page 12: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

É possível conciliar a É possível conciliar a conservação dos recursos conservação dos recursos naturais com a melhoria naturais com a melhoria da qualidade de vida das da qualidade de vida das populações tradicionaispopulações tradicionais??

Capacitação para gestão dos Capacitação para gestão dos seus recursos.seus recursos.

Neoextrativismo: extrativismo Neoextrativismo: extrativismo com tecnologia respeitando o com tecnologia respeitando o modo de vida das populações modo de vida das populações tradicionais.tradicionais.

Valorização dos produtos Valorização dos produtos florestais: preços justos.florestais: preços justos.

Compensação por serviços Compensação por serviços ambientais (conservação das ambientais (conservação das florestas, água, solos, manejo florestas, água, solos, manejo florestal, reflorestamento).florestal, reflorestamento).

Page 13: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

REPRESENTAÇÃO DE UMA COLOCAÇÃOREPRESENTAÇÃO DE UMA COLOCAÇÃO UNIDADE DE MANEJO FAMILIAR DO SERINGAL – 300 a 700 hectares UNIDADE DE MANEJO FAMILIAR DO SERINGAL – 300 a 700 hectares

Usos da Terra nos Usos da Terra nos Seringais do AcreSeringais do Acre

EXTRATIVISMO: 90 a 95% da área da EXTRATIVISMO: 90 a 95% da área da Colocação – manejo de fauna e floraColocação – manejo de fauna e flora

AGROPECUÁRIA: 5 a 10% da área AGROPECUÁRIA: 5 a 10% da área – culturas anuais e perenes, – culturas anuais e perenes,

criação de animais domésticoscriação de animais domésticos

Estrada Estrada de seringade seringa

1 hectare floresta = + 150 espécies arbóreas1 hectare floresta = + 150 espécies arbóreas

Paradoxo: riqueza da biodiversidade x pobreza Paradoxo: riqueza da biodiversidade x pobreza das famílias extrativistasdas famílias extrativistas

Amazônia: famílias pobres conservam florestas ricas!Amazônia: famílias pobres conservam florestas ricas!

Page 14: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

1 hectare floresta = 100 a 200 tC1 hectare floresta = 100 a 200 tC

1 família maneja 270 a 630 ha de floresta1 família maneja 270 a 630 ha de floresta

1 família conserva 27 a 126 mil tC1 família conserva 27 a 126 mil tC

Valor do C conservado por família na Resex: Valor do C conservado por família na Resex:

US$ 270 a 1.260 mil/ColocaçãoUS$ 270 a 1.260 mil/Colocação

R$ 540.000 a 2.520.000/ColocaçãoR$ 540.000 a 2.520.000/Colocação

Quem pagará? X Quem fará a gestão do dinheiro?Quem pagará? X Quem fará a gestão do dinheiro?

Quantificando Carbono X DinheiroQuantificando Carbono X Dinheiro

RECM estoca 90-180 mi tC que “valem” US$ 0,9-1,8 Bi

Page 15: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

alimentosalimentos4 espécies/ha4 espécies/ha

R$ 400-488/ha/anoR$ 400-488/ha/ano

remédiosremédios16-19 espécies/ha16-19 espécies/ha

~R$ 275/ha/ano~R$ 275/ha/ano

cascascascas4 espécies/ha4 espécies/ha

R$150-200/ha/anoR$150-200/ha/ano

sementessementes4-5 espécies/ha4-5 espécies/ha

R$450-662/ha/anoR$450-662/ha/ano

borrachaborracha1 espécie1 espécie

R$ 25-50/ha/anoR$ 25-50/ha/ano

madeiramadeira2-3 espécies/ha2-3 espécies/ha

R$28-110/haR$28-110/ha

Valor Total POTENCIALValor Total POTENCIAL30 espécies30 espécies

R$1.325-1.788/ha/anoR$1.325-1.788/ha/ano

Valor Total ATUAL Valor Total ATUAL 2 espécies2 espécies

R$175-200/ha/anoR$175-200/ha/ano

(Ehringhaus, 1999)(Ehringhaus, 1999)

Valor Econômico Potencial dos Produtos Valor Econômico Potencial dos Produtos FlorestaisFlorestais

Page 16: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

USOS DA IMAGEM DA USOS DA IMAGEM DA SUSTENTABILIDADESUSTENTABILIDADE

LINHA EKOS – NATURA (Imagens retiradas do site www.natura.com.br)

Page 17: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

Imagens do site www.aveda.comImagens do site www.aveda.com

USOS DA IMAGEM DA USOS DA IMAGEM DA SUSTENTABILIDADESUSTENTABILIDADE

Page 18: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

Os PFNM’s são todos os produtos biológicos que Os PFNM’s são todos os produtos biológicos que se extraem de florestas naturais para uso humano, se extraem de florestas naturais para uso humano, incluindo alimentos, remédios, resinas, látex, incluindo alimentos, remédios, resinas, látex, corantes, forragem e fibras, vida silvestre corantes, forragem e fibras, vida silvestre (produtos e animais vivos), lenha, junco, bambu e (produtos e animais vivos), lenha, junco, bambu e carvão vegetal (Fox,1995). carvão vegetal (Fox,1995).

UMA DEFINIÇÃO DE PRODUTOS UMA DEFINIÇÃO DE PRODUTOS FLORESTAIS NÃO MADEIREIROS (PFNM)FLORESTAIS NÃO MADEIREIROS (PFNM)

Page 19: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

Cadeias produtivas não consolidadas Legislação não adequada Dependência de instituições externas (OGs e ONGs) Identificação de mercados que valorizem o manejo Padronização Regularidade de fornecimento Organização de comunidades Intermediários/preços/distâncias Higiene/qualidade do produto Volume ofertado x volume necessário Capacitação de recursos humanos Condições de escoamento Distância dos grandes centros consumidores

LIMITAÇÕES DOS PFNMsLIMITAÇÕES DOS PFNMs

Page 20: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

Demanda crescente por ativos da biodiversidade Demanda crescente por ativos da biodiversidade amazônica.amazônica.

Relação cultural das populações tradicionais com Relação cultural das populações tradicionais com a floresta.a floresta.

Baixo investimento comparado ao PFM: pode Baixo investimento comparado ao PFM: pode alcançar um maior número de famílias.alcançar um maior número de famílias.

Menor impacto sobre as florestas.Menor impacto sobre as florestas. Alta diversidade de produtos.Alta diversidade de produtos. Nichos de mercado específicos.Nichos de mercado específicos. Apoio institucional (OGs e ONGs).Apoio institucional (OGs e ONGs). Uso da imagem de sustentabilidade / Uso da imagem de sustentabilidade /

biodiversidade / cultura.biodiversidade / cultura.

VANTAGENS DOS PFNMsVANTAGENS DOS PFNMs

Page 21: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

CESTA DE PRODUTOS CESTA DE PRODUTOS MANEJADOS DE FORMA MANEJADOS DE FORMA SUSTENTÁVEL POR SUSTENTÁVEL POR COMUNIDADES LOCAISCOMUNIDADES LOCAIS

Page 22: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

Guerreiros Masai

Quênia, África

EXEMPLO DE MANEJO SUSTENTÁVELEXEMPLO DE MANEJO SUSTENTÁVEL

Page 23: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

Vivem da criação de gado.Vivem da criação de gado.

Alimentam-se de uma mistura de leite e Alimentam-se de uma mistura de leite e sangue do gado.sangue do gado.

Raramente comem a carne.Raramente comem a carne.

O sangue é retirado do mesmo animal O sangue é retirado do mesmo animal todos os meses por um buraco feito com todos os meses por um buraco feito com uma flecha no seu pescoço.uma flecha no seu pescoço.

Depois o ferimento é cuidadosamente Depois o ferimento é cuidadosamente tratado.tratado.

Page 24: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

PRODUTOS FLORESTAIS NÃO MADEIREIROS POTENCIAIS PARA MANEJO FLORESTAL COMUNITÁRIO NO ESTADO DO ACRE

Page 25: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

artesanalubim

UsosPFNMs Potenciais para a Regional do Baixo Acre

alimentar, medicinal, cosméticopatauá

alimentar, cosméticoaçaíartesanato, reflorestamentosementes florestais (30

spp.)

medicinal, cosméticojatobáindustrial, artesanalseringueiraalimentarcastanha-do-brasilmedicinal, cosméticoóleo de copaíba

Área: 1,4 milhões de Área: 1,4 milhões de hectares (10% do estado) hectares (10% do estado) (ZEE, 2001)(ZEE, 2001)

População: 40 mil População: 40 mil habitantes (7% do habitantes (7% do estado) (IBGE, 2000)estado) (IBGE, 2000)

Page 26: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

óleo de copaíba, jatobá, sementes florestais, açaí, patauá, ubim, seringa, jarinaAlto Acre

óleo de copaíba, andiroba, castanha, jatobá, mulateiro, sangue de grado, açaí, buriti, seringa

Baixo Acre

óleo de copaíba, jarina, murmuru, sementes florestais, andiroba de ramaPurus

óleo de copaíba, murmuru, sementes florestais, açaí, andiroba, fibras (cipó-titica, ambé), andiroba de rama

Tarauacá-Envira

óleo de copaíba, piassava, murmuru, fibras (titica, ambé), unha-de-gato, buriti, açaí Juruá

Produtos Florestais Não Madeireiros Potenciais

Regional de Desenvolviment

o

RESUMO DOS PFNMs POTENCIAIS POR REGIONAL RESUMO DOS PFNMs POTENCIAIS POR REGIONAL DE DESENVOLVIMENTO DO ESTADO DO ACREDE DESENVOLVIMENTO DO ESTADO DO ACRE

Page 27: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

711788N. de PFNMs (Tot. = 18)

1     unha-de-gato2     ubim2     seringueira3     sementes florestais1     sangue de grado1     piassava5     patauá5     óleo de copaíba3     murmuru1     mulateiro de várzea2     jatobá1     jarina2     fibras (titica, ambe)1     castanha-do-brasil2     buriti2     andiroba-de-rama2     andiroba5     açaí

N. de Regionai

sAlto AcreBaixo

AcrePuru

sTarauacá-

EnviraJuru

áPFNMs Potenciais

Page 28: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

Reserva Extrativista Chico MendesReserva Extrativista Chico Mendes

• 45 seringais45 seringais

• +970 mil hectares+970 mil hectares

• +1.800 famílias+1.800 famílias

Reserva Extrativista Reserva Extrativista Chico MendesChico Mendes

BR 317Xapuri

BrasiléiaAssis Brasil

Epitaciolândia

BR 317

Page 29: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

ÁREAS DE ATUAÇÃOÁREAS DE ATUAÇÃO24 seringais na Resex Chico Mendes e 3 seringais 24 seringais na Resex Chico Mendes e 3 seringais na área de entorno: cerca de 300 famíliasna área de entorno: cerca de 300 famílias

Seringais de Seringais de Xapuri – copaíbaXapuri – copaíba

Seringais de Seringais de Brasiléia – copaíbaBrasiléia – copaíba

Seringais de Seringais de Brasiléia – palmeirasBrasiléia – palmeiras

Área de entorno – Área de entorno – copaíba e palmeirascopaíba e palmeiras

Page 30: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

REPRESENTAÇÃO DE UMA COLOCAÇÃOREPRESENTAÇÃO DE UMA COLOCAÇÃO UNIDADE DE MANEJO FAMILIAR DO SERINGAL – 300 a 700 hectares UNIDADE DE MANEJO FAMILIAR DO SERINGAL – 300 a 700 hectares

Usos da Terra nos Usos da Terra nos Seringais do AcreSeringais do Acre

EXTRATIVISMO: 90 a 95% da área da EXTRATIVISMO: 90 a 95% da área da Colocação – manejo de fauna e floraColocação – manejo de fauna e flora

AGROPECUÁRIA: 5 a 10% da área AGROPECUÁRIA: 5 a 10% da área – culturas anuais e perenes, – culturas anuais e perenes,

criação de animais domésticoscriação de animais domésticos

Estrada Estrada de seringade seringa

Desenho: Mônica de los Rios

Page 31: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

ÓLEO DE COPAÍBA • É um produto que sai pronto da árvore.

• Conhecido pelas comunidades locais (seringueiros, colonos, índios, ribeirinhos).

• Bom preço.

• Não perecível (não estraga).

• Pouco volume: facilita transporte a grandes distâncias; fácil armazenamento.

• Método de extração simples.

• Baixo custo para o manejo: material para extração custa cerca de R$ 120,00.

• Pode ser coletado em qualquer época do ano.

Page 32: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

PREÇO DO ÓLEO DE COPAÍBA NO MERCADO -ACREPREÇO DO ÓLEO DE COPAÍBA NO MERCADO -ACRE

•Produto não manejado – extraído com moto-serra ou machado (foto ao lado) – geralmente causa a morte da árvore.

•Sem autorização do IBAMA (sem Plano de Manejo) – produto clandestino que pode ser apreendido.

•Sem garantia de pureza.

Preço pago a granel pela indústria: R$ 4,00 a R$7,00 por litro de óleo (com embalagem + frete) – comércio ilegal

Preço para o produtor pelo atravessador: R$ 2,00 a R$ 4,00 por litro de óleo

•Produto manejado de forma sustentável – com uso de trado e com descanso da árvore (foto ao lado) – não prejudica a planta.

•Da mesma árvore podem ser feitas várias retiradas de óleo.

•Com autorização do IBAMA (com Plano de Manejo aprovado).

•Óleo classificado: óleo claro para indústria de medicamentos e óleo escuro para indústria de sabonete e cremes.

•Com garantia de pureza – laudo de análise fornecido pela UFAC.

•Gera receita para o Estado.

Preço pago a granel pela indústria para a cooperativa: R$ 20 a R$25,00 por quilo de óleo (com embalagem + frete + impostos)

Preço para o produtor pela cooperativa: R$ 15,00 por quilo de óleo

SITUAÇÃO 1:

SITUAÇÃO 2:

Óleos escuros

Óleos claros

Page 33: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

Derrubada de copaíba Derrubada de copaíba em roçadoem roçado

Copaíba furada Copaíba furada com motosserracom motosserra

Copaíba mortaCopaíba morta

Métodos de extração tradicional – produz alto impacto para populações de baixa densidade

Page 34: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

Árvore manejada de forma Árvore manejada de forma sustentável – com uso de sustentável – com uso de trado – comunidades trado – comunidades capacitadas.capacitadas.

Com autorização do IBAMA Com autorização do IBAMA (Plano de Manejo).(Plano de Manejo).

POR QUE COMPRAR ÓLEO DE COPAÍBA DE POR QUE COMPRAR ÓLEO DE COPAÍBA DE MANEJO SUSTENTÁVEL?MANEJO SUSTENTÁVEL?

Contribui para conservação Contribui para conservação de florestas.de florestas.

Gera renda adicional para Gera renda adicional para as famílias extrativistas.as famílias extrativistas.

Page 35: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

Com garantia de pureza: compromisso do produtor, treinamento e extração acompanhado por técnico e laudo de análise fornecido pela UFAC (amostragem).

Produto com origem e com história.Produto com origem e com história.

Óleo classificado: óleo fino para indústria de Óleo classificado: óleo fino para indústria de medicamentos e óleo grosso para indústria de cosméticos medicamentos e óleo grosso para indústria de cosméticos e de tintas.e de tintas.

POR QUE COMPRAR ÓLEO DE COPAÍBA DE POR QUE COMPRAR ÓLEO DE COPAÍBA DE MANEJO SUSTENTÁVEL?MANEJO SUSTENTÁVEL?

Page 36: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

Passos para a extração sustentável do óleo de copaíba

Material de extração: - 01 trado de 3/4“ de 1,20 m de comprimento; - mangueira de borracha de 3/4“ de 1,50 m de comprimento Vasilhame plástico de 20 litros com funil de engate; Garrafas de 2 litros; - 20 cm cano de PVC de 1/2“; - 01 tampa de PVC de 1/2“; - 01 tarraxa (para fazer rosca)- 01 serra para cano; - 01 lima triangular para amolar o trado

Passos para a extração:1) Com o trado se faz um orifício (buraco) no tronco da árvore a uma altura adequada para facilitar o esforço físico.

2) Quando o óleo é encontrado no tronco, o cano ligado à mangueira e ao vasilhame, deve ser colocado no buraco. A mangueira com o vasilhame pode ficar um ou dois dias na árvore para ser aproveitado todo o óleo.

Page 37: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

3) Caso o óleo não seja encontrado podem ser feitos mais uns 3 furos em alturas e posições diferentes no tronco. E se mesmo assim não sair óleo, deve ser colocado no buraco mais baixo a garrafa PET ligada ao cano e à mangueira por 3 ou 4 dias. Muitas vezes o óleo sai aos poucos e pode ser colhido por vários dias.

4) Os buracos abertos no tronco que não deram óleo, devem ser fechados com “rolhas” feitas de galhos.

5) Após a retirada do óleo o cano deve ser fechado com uma tampa de PVC.

6) Depois de três anos, a tampa pode ser retirada com um alicate para uma nova coleta de óleo.

Depois de 3 anos é feita nova coleta

Fechamento do cano com uma tampa

Abertura de um orifício no tronco com trado

Page 38: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

Copaíba derrubada pelo vento – Copaíba derrubada pelo vento – RESEX Chico Mendes, Xapuri, 2004RESEX Chico Mendes, Xapuri, 2004

Page 39: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

Recepção, pesagem e identificação da origem do óleo de copaíba oriundo da RESEX Chico Mendes

Page 40: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

A1-1A1-1: cor clara : cor clara baixa turbidez baixa turbidez baixa baixa viscosidade viscosidade

A1-2A1-2: cor clara : cor clara baixa turbidez baixa turbidez média viscosidade média viscosidade

A1-3A1-3: cor clara : cor clara baixa turbidez baixa turbidez alta viscosidade alta viscosidade

A2-1A2-1: cor amarela : cor amarela baixa turbidez baixa turbidez baixa baixa viscosidade viscosidade

A2-2A2-2: cor amarela; : cor amarela; baixa turbidez baixa turbidez média média viscosidade viscosidade

A2-3A2-3: cor amarela : cor amarela baixa turbidez baixa turbidez alta alta viscosidadeviscosidade

A3-1A3-1: cor : cor vermelha baixa vermelha baixa turbidez turbidez baixa viscosidade baixa viscosidade

A3-2A3-2: cor : cor vermelha baixa vermelha baixa turbidez turbidez média viscosidade média viscosidade

A3-3A3-3: cor : cor vermelha baixa vermelha baixa turbidez turbidez alta viscosidadealta viscosidade

A2-1A2-1: cor opaca : cor opaca alta turbidez alta turbidez baixa viscosidade baixa viscosidade

A2-2A2-2: cor opaca : cor opaca alta turbidez alta turbidez média média viscosidade viscosidade

A2-3A2-3: cor opaca : cor opaca alta turbidez alta turbidez alta viscosidade alta viscosidade

GRUPO A1GRUPO A1 GRUPO A4GRUPO A4GRUPO A3GRUPO A3GRUPO A2GRUPO A2

CLASSIFICAÇÃO DO ÓLEO DE COPAÍBA (CLASSIFICAÇÃO DO ÓLEO DE COPAÍBA (CopaiferaCopaifera spp.) spp.) QUANTO A COR, VISCOSIDADE (“grossura” do óleo) E TURBIDEZ QUANTO A COR, VISCOSIDADE (“grossura” do óleo) E TURBIDEZ

(transparência)(transparência)

Page 41: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre
Page 42: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

SANGUE DE GRADO SANGUE DE GRADO

((Croton lechleri - EuforbiáceaCroton lechleri - Euforbiácea))

Usos:

Gastrite, Úlceras, Aumenta a imunidade, Cicatrizante.

Produto muito Produto muito procuradoprocurado

R$ 30-50,00 por R$ 30-50,00 por litrolitro

Page 43: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

PIAÇAVAPIAÇAVA

((Aphandra natalia- PalmaeAphandra natalia- Palmae))

Usos:

Fabricação industrial da vassouras.

Acre importa fibras do Amazonas e Bahia

Produto com Produto com mercado garantidomercado garantido

R$ 1,80-2,30 por kg R$ 1,80-2,30 por kg fibrafibra

Page 44: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

ANDIROBA DE RAMAANDIROBA DE RAMA

(Fevillea cordifolia(Fevillea cordifolia- - CucurbitaceaeCucurbitaceae))

Uso:

Biodiesel: 60% de óleo do endosperma

Produto com Produto com mercado potencialmercado potencial

R$ 25,00/saca 20 kgR$ 25,00/saca 20 kg

Page 45: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre
Page 46: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

Larva do sure Rinostomus barbirotis e patauá (Oenocarpus bataua)

Page 47: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre
Page 48: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre
Page 49: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

Desmatamento de florestas naturais de 2000 a Desmatamento de florestas naturais de 2000 a 2005. Em hectares por ano.2005. Em hectares por ano.

• Brasil lidera o ranking dos 140 países que mais desmataram florestas nativas, responsável por:

• 42% do desmatamento mundial e por

• 70% do desmatamento realizado na América do Sul.

Estudo da FAO “Avaliação dos recursos florestais mundiais em 2005”: Estudo da FAO “Avaliação dos recursos florestais mundiais em 2005”: www.fao.org/docrep/007/ae156e/AE156E02.htmwww.fao.org/docrep/007/ae156e/AE156E02.htm

Page 50: Exploração Florestal e Sustentabilidade - Andrea Alechandre

FIMFIM