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ANO II N˚ 9 MAIO DE 2011 www.smarja.com.br A produção nacional de agregados para a construção civil (areia, saibro, brita e cascalho) supera a de minério de ferro, carro-chefe da mineração e um dos garantidores do saldo positi- vo da balança comercial. A informa- ção é do diretor-presidente do Insti- tuto Brasileiro de Mineração (Ibram), Paulo Camillo Vargas Penna. Em 2009, a produção de agrega- dos foi de 481 milhões de toneladas. Segundo o dirigente, a estimativa das empresas de agregados é encerrar o período 2010-2016 com crescimento acumulado de 29%, número que po- de ser ainda melhor em função da Copa do Mundo, das Olimpíadas, das obras do PAC 2. “Tal projeção também encontra respaldo nas perspectivas de investimentos para vencer o enorme Um recente estudo elaborado pelo Instituto Brasileiro de Mine- ração (Ibram) mostra que o mer- cado de agregados (areia e brita) deve crescer em ritmo acelerado nos próximos anos. Somente para o segmento areia, o estudo prevê um aumento da demanda de 23%, no período entre 2011 e 2016. O aquecimento do mercado será garantido pelo incremento dos investimentos nacionais em obras de infraestrutura para a Co- pa do Mundo de 2014 e as Olim- píadas de 2016. O Rio Grande do Sul tem garantidas obras como a Rodovia do Parque, a extensão do metrô, a ampliação do aeroporto, além de outros investimentos do PAC e do setor da construção civil. A partir desse cenário, é possí- vel afirmar que a demanda por areia no Estado poderá duplicar nos próximos anos. Para garantir o fornecimento do minério, a me- lhor alternativa é liberar a minera- ção de areia no Lago Guaíba, se- guindo os critérios da sustentabi- lidade e do controle ambiental exigidos pela legislação. Demanda por areia deve crescer mais de 20% até 2016 déficit brasileiro em habitação” , completa. Na opinião de Paulo Camillo, o setor de agregados enfrenta dificul- dades, como legis- lação ambiental restritiva, obstá- culos para obten- ção e renovação de licenças, exces- so de tributação e informalidade, e precariedade de distribuição nos grandes centros. “É um conjunto que se reveste em grande contrassenso por haver alta demanda reprimida de tais insumos minerais, reconhecidamente vitais e de difícil substituição”, explica. Expansão da mineração de agregados endossa crescimento da economia Paulo Camillo Vargas Penna, diretor-presidente do Ibram DIVULGAÇÃO IBRAM DIVULGAÇÃO

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ANO II N˚ 9 mAIO DE 2011

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A produção nacional de agregados para a construção civil (areia, saibro, brita e cascalho) supera a de minério de ferro, carro-chefe da mineração e um dos garantidores do saldo positi-vo da balança comercial. A informa-ção é do diretor-presidente do Insti-tuto Brasileiro de Mineração (Ibram), Paulo Camillo Vargas Penna.

Em 2009, a produção de agrega-dos foi de 481 milhões de toneladas. Se gun do o dirigente, a estimativa das em presas de agregados é encerrar o período 2010-2016 com crescimento acumulado de 29%, número que po-de ser ainda melhor em função da Co pa do Mundo, das Olimpíadas, das obras do PAC 2. “Tal projeção também encontra respaldo nas perspectivas de investimentos para ven cer o enorme

Um recente estudo elaborado pelo Instituto Brasileiro de Mine-ração (Ibram) mostra que o mer-cado de agregados (areia e brita) deve crescer em ritmo acelerado nos próximos anos. Somente para o segmento areia, o estudo prevê um aumento da demanda de 23%, no período entre 2011 e 2016.

O aquecimento do mercado será garantido pelo incremento dos investimentos nacionais em obras de infraestrutura para a Co-pa do Mundo de 2014 e as Olim-píadas de 2016. O Rio Grande do Sul tem garantidas obras como a Rodovia do Parque, a extensão do metrô, a ampliação do aeroporto, além de outros investimentos do PAC e do setor da construção civil.

A partir desse cenário, é possí-vel afirmar que a demanda por areia no Estado poderá duplicar nos próximos anos. Para garantir o fornecimento do minério, a me-lhor alternativa é liberar a minera-ção de areia no Lago Guaíba, se-guindo os critérios da sustentabi-lidade e do controle ambiental exigidos pela legislação.

Demanda por areia deve crescer mais de 20% até 2016

dé ficit brasileiro em ha bitação” , completa.

Na opinião de Paulo Camillo, o se tor de agregados enfrenta dificul -da des, como legis-lação ambiental res tri tiva, obstá -cu los pa ra obten-ção e re novação de licenças, exces-so de tributação e informalidade, e precariedade de distribuição nos grandes centros. “É um conjunto que se reveste em grande contrassenso por haver alta demanda reprimida de tais insumos minerais, reconhecidamente vitais e de difícil substituição”, explica.

Expansão da mineração de agregados endossa

crescimento da economia

Paulo Camillo Vargas Penna, diretor-presidente do Ibram

Divulgação ibram

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Smarja foi convidada pela Comissão de Economia e Desenvolvimento Sustentável da AL para apresentar suas atividades no setor de mineração de areia

Dados mostram que é possível minerar areia no lago guaíba com sustentabilidade

Dados mostram que é possível minerar areia no lago guaíba com sustentabilidade

Em audiência pública realizada no dia 27 de abril, a Sociedade dos Mineradores de Areia do Rio Jacuí (Smarja) apresentou à Comissão de Economia e Desenvolvimen-to Sustentável da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul informações que comprovam a viabilidade da extração

de areia no Lago Guaíba. “Temos con-dições de contribuir para suprir a demanda futura e ter mais uma fon-te de extração para produção de areia no Estado. Esta é uma inicia-tiva urgente, em razão do cresci-mento da demanda previsto nos próximos anos”, disse o diretor-presidente da empresa, Sandro Alex de Almeida. O dirigente fez o relato das atividades da Smarja aos parlamentares in-tegrantes da Comissão. Os da-dos do Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) desen-

volvido pela Smarja comprovam que minerar areia no Lago Guaí-

ba com sustentabilidade é viável. A reunião foi proposta por Luis

Fernando Schmidt (PT) e presidida por Adilson Troca (PSDB).

ProDução e eDição

jornalista resPonsável Sílvia Lago (mtb 9.721)

rePortagem Sílvia Lagotiragem 600 exemplares

rua júlio de Castilhos, 1.001/801 – Centro – lajeado/rs95.900-000 – 51 3710.2311 – [email protected]

Além de empresá-rios da mineração de areia, diversos setores participaram da au -diên cia, que contou com a presença da Fe- de ração das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), do Sindicato da Indústria da Cons tru ção Civil (Sinduscon-RS), da Secreta-ria Estadual do Meio Ambiente (Sema), da Fundação Estadu-al de Proteção Ambiental Hen rique Luis Roessler (Fepam), além de ambientalistas, representantes de movimentos sociais, imprensa e demais deputados integrantes da Comissão. A maioria das manifestações realizadas durante o debate foi fa-vorável à mineração de areia no Lago Guaíba, desde que res-peitada a legislação ambiental. A exigência do zoneamento do Lago Guaíba, de forma a contemplar todos os seus usos, tam-bém foi opinião unânime entre os participantes.

O diretor-presidente da Smarja Sandro Alex de Almeida salientou que a produção de areia no Rio Grande do Sul – 7,6 milhões de metros cúbicos por ano – deve estar adequada ao possível aumento da demanda previsto para os próximos anos. “Isso sem contar a demanda reprimida existente. O Estado po-derá duplicar o consumo de areia se houver oferta satisfatória do minério”, disse. Além do incremento na produção de areia, a mineração no Lago Guaíba também vai resultar em gastos menores com frete e transporte.

A mineração de areia no Lago Guaíba é aprovada na audiência pública, desde que respeitada a legislação ambiental

marCo Couto / agênCia alrgs

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Areia é fundamental para garantir o desenvolvimento do RS

Sandro Alex de Almeida, diretor-presidente da Smarja, reuniu-se, no dia 28 de abril, com o secretário de Infraestrutura e Logística do Rio Grande do Sul Beto Albuquerque para apresentar as atividades da empresa no setor de mineração de areia. O dirigente também tra-tou sobre o possível aumento da demanda, previsto em razão das obras da Copa do Mundo de 2014 e do Programa de Aceleração do Cresci-mento (PAC), e sobre a possibilidade de minerar areia no Lago Guaí- ba como fonte alternativa de produção do minério.

Beto Albuquerque mostrou-se receptivo às demandas da empresa, salientando que a areia é um produto importante para garantir a ca-pacidade de desenvolvimento do Estado. Para o secretário, a definição de políticas para o setor é fundamental. “Onde há manejo, sustentabi-lidade e regras claras, tudo é feito de forma correta. A proibição pela proibição dá vazão à irregularidade”, afirmou.

Para Beto Albuquerque (D), a areia é indispensável para o desenvolvimento do Rio Grande

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O diretor-presidente da Smarja, Sandro Alex de Almeida, esteve no Congresso nacional, em Brasília, no mês de abril. Ele conversou com deputados federais e senadores da bancada gaúcha. Entre os temas da pauta, a possi bi lidade de crescimen-to da demanda por areia nos próxi-

mos anos e a liberação da mineração de areia no Lago Guaíba. O senador Paulo Paim (PT/RS) recebeu o dirigente e os pleitos da empresa.

Fepam anuncia alternativas de financiamento para zoneamento do Guaíbaniedersberg afirma que é necessário

viabilizar a mineração de areia no lago

O diretor-presidente da Fepam, Carlos Fernando niedersberg, anunciou que dispõe de três opções de fontes de financiamento para a realização do zonea-mento do Lago Guaíba. O anúncio ocorreu na abertu-ra da 47ª Reunião da Câmara Técnica Permanente de Mineração, realizada na sede da Sema, em Porto Ale-gre, no dia 29 de abril.

“Estamos plenamente conscientes da importância de viabilização da mineração no Lago Guaíba. Ela pro-porcionará obras fundamentais para o desenvolvimen-to do País e do Estado”, afirmou. no entanto, ele lem-brou que “isso só é possível se for feito um zoneamen-to do lago, pois não podemos escolher aleatoriamen-te os locais onde se realizará a extração de areia”. niedersberg destacou que é justamente por esse mo-tivo “que há um grande esforço de parte da Fepam para que se possa viabilizar o andamento das obras”.

niedersberg garantiu que o andamento do proces-so ocorrerá no menor prazo possível. “Nenhum trâ-mite burocrático será entrave. Apenas é preciso res-peitar os prazos legais”, concluiu.

Fonte: FEPAM / SEMA

DIvULGAçãO

“Estamos plenamente conscientes da importância de viabilização da mineração no Lago Guaíba. Ela proporcionará obras fundamentais para o desenvolvimento do País e do Estado.”

Carlos Fernando niedersberg, diretor-presidente da fepam

Smarja busca apoio para licenciamento de novas jazidas para mineração de areia

Em encontro que reuniu em presários, prefeitos e repre- sen tantes dos municípios da Região Carbonífera, a di re to- ra-financeira da Smarja, Jus-sara Schelp, conversou com a senadora Ana Amélia Le mos (PP/RS) sobre a im por tância da liberação de novas jazidas para mineração de areia como forma de garantir a capacida-de de desenvolvimento do Rio Grande do Sul nos próximos anos. O minério é matéria-prima indispensá vel para o setor da constru- ção civil e para as obras públicas de infraestrutura. A senadora falou que as portas do seu gabinete em Brasília estão abertas para atender às demandas do Estado, especialmente aquelas que respondam aos interesses dos gaúchos. O encontro foi realizado no dia 6 de maio, durante almoço promovido pela Prefeitura de São Jerônimo.

A Smarja é a primeira empresa de mineração de areia no Rio Gran-de do Sul a elaborar um Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) que aponta para a possibilidade de mineração de areia no Lago Guaí- ba com sustentabilidade. A empresa já entrou com pedido de licen-ciamento junto à Fepam e aguarda parecer técnico para marcar audiên- cia pública, próximo passo para o licenciamento.

otávio beal filho

Ana Amélia Lemos (D) afirmou que as portas do seu gabinete em Brasília estão abertas para as demandas do Estado

Aniversário de General CâmaraA Smarja participou da Festa de General Câmara, even-to realizado entre os dias 28 de abril e 4 de maio, no Centro de Eventos Gilberto Perei ra, em comemoração aos 130 anos do município. Além de divulgar as ativi-dades da empresa, o estande da Smarja divulgou o trabalho artesanal realizado por mulheres de pesca-dores de Santo Amaro do Sul, distrito de General Câ-mara, que criam diversas peças utilizando escamas de peixe. A Smarja, em parceria com a Associação dos veranistas e Amigos de Santo Amaro (Avasa), promo-ve um projeto de educação ambiental e social com as esposas de pescadores, ensinando o aproveitamento de escamas de peixe como matéria-prima para arte-sanato. O curso é coordenado por Olinda Konrath.

Mutirão de limpeza reúne jovens em Santo Amaro

Estande da Smarja mostrou artesanato confeccionado com escamas de peixe

DIvULGAçãO

No dia 7 de maio, a Smarja e o Grupo Ecológico Santo Amaro (GESA) promoveram um mutirão de limpeza nas margens do Rio Jacuí, próximo à Barragem de Amarópolis. O lixo recolhido foi doado à Es-cola Estadual Rio Grande do Sul, da Vila de Santo Amaro, em General Câmara. O material será reciclado e vendido pelos alunos, com o ob-jetivo de angariar fundos para excursão de estudos.

O GESA é formado por cerca de 30 jovens estudantes, filhos de pescadores. Sob a coordenação voluntária de José Ubiratan Chaves, o Bira, realiza atividades esportivas, recreativas e, principalmente, de conscientização ambiental. O grupo conta com a parceria de Otaviano Fischer Júnior, o Fininho, e Domingos Martins Viana, pescadores e moradores da Vila de Santo Amaro, do vereador Helton Barreto, da Associação dos Amigos de Santo Amaro (AASA), da ULBRA São Je-rônimo, do Ministério Público e da Prefeitura de General Câmara e da Colônia de Pescadores Z-5.

Mineração conta com importante ferramenta de segurança e saúdeO Ibram lançou, no dia 12 de abril, o Programa Es -pecial de Segurança e Saúde Ocupacional na Mi neração, o MinerAção. A iniciativa tem por ob jetivo reduzir o número de acidentes de tra ba lho por meio da im-plantação de medidas, co -mo treinamentos e inter-câmbio de boas prá ti cas. Para o diretor-presidente do Ibram, Paulo Camillo vargas Penna, a prioridade é proteger a vida, gerando benefícios para o desenvol-vimento do mercado. “Prevenir acidentes cria um vínculo de responsabilidade social, o que, além de proteger o maior bem da empresa, o trabalhador, é produtivo para o negócio em si. Uma empresa social-mente correta tem funcionários mais motivados. Com uma imagem sólida e sustentável, a companhia vai atrair mais parceiros e angariar maior credibilidade junto à sociedade”, afirmou. O dirigente destacou a necessidade de sensibilizar empresas, sociedade civil e representantes políticos para a importância da se-gurança e saúde do trabalhador, abordando os aspec-tos positivos na prosperidade econômica e na recons-trução da imagem de um setor que é fundamental para a economia nacional.

Sandro Alex de Almeida (D) participou do lançamento do MinerAção

Grupo preocupado com o meio ambiente é formado por filhos de pescadores

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DIvULGAçãO IBRAM

Comitê conclui etapa de lançamento do Plano da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas

O Plano da Bacia Hi-drográfica Taquari-Antas foi lançado na Universida-de de Caxias do Sul (UCS), em Caxias do Sul, em 8 de bril, após evento realizado em Lajeado. Os dois polos funcionam como subsedes do Comitê, que reúne 119 cidades. O presidente do Comitê, engenheiro agrônomo Daniel Schmitz, destacou que o objetivo é harmonizar a qualidade e a quantidade da água existente com os seus diversos usos. O trabalho será executado em dois anos, prevendo as etapas de diagnóstico e enquadramento. A Smar-ja, através do assessor administrativo Nestor Halmenschlager, participa da comissão de acompanhamento do Comitê junto ao Plano da Bacia.

Presidente do Comitê, Daniel Schmitz, destacou desafio coletivo do plano

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