exortada a participar na governação e nas eleições...quente rapidamente lan - çaram uma acção...

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Jornal Comunitário do Município de Cacuaco Director Geraldo Basilua Novembro 2011 Preço 50 kwanzas S ociedade civil local COM VISTA a ter maior participação ao nível das comunidades, os membros da sociedade civil do Município de Cacuaco, participaram recentemente na formação em matérias ligadas á “partici- pação na governação bem como nas eleições. O evento foi organizado pela rede das organizações da sociedade civil de Cacuaco (ROSCC),e con- gregou e vários actores das organizações locais. Pag 08 E xortada a participar na governação e nas eleições

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Page 1: Exortada a participar na governação e nas eleições...quente rapidamente lan - çaram uma acção contra mim. Num espaço onde não havia ... jectivo munir as mulheres das fer -

Jornal Comunitário do Município de Cacuaco Director Geraldo Basilua Novembro 2011 Preço 50 kwanzas

Sociedade civil local

COM VISTA a ter maior participação ao nível das comunidades, os membros da sociedade civil do Município de Cacuaco, participaram recentemente na formação em matérias ligadas á “partici-pação na governação bem como nas eleições.O evento foi organizado pela rede das organizações da sociedade civil de Cacuaco (ROSCC),e con-gregou e vários actores das organizações locais. Pag 08

Exortada a participarna governação e nas eleições

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Os membros das comissões de Moradores das comu-nas de Kicolo e Funda no Município de Cacuaco, be-

neficiaram de uma acção formativa em desenvolvimento comunitário e participação promovida pelo projecto COPACI (Construindo a Participação e a Cidadania) da ONG APRODEC em parceria com as Admi-nistrações das referidas comunas e o projecto Homeless Fund da DW.A sessão teve a du-ração de dois dias, e con-tou com a

participação de cerca de 40 pesso-as em cada comuna e teve como ob-jectivo fornecer ferramentas sobre a participação das comunidades no no processo demelhoramento de condições de vida como forma sustentável das suas comunidades como forma de combater a pobreza e a fome. Na comuna do Kicolo, acto de abertura do seminário ,foi presidi-do pelo Representante do Adminis-trador comunal e chefe da Secreta-ria, Dala que apreciou a iniciativa da APRODEC e pediu melhor empe-nho dos membros da comissões de

Moradores para que seja realmente identificadas as verdadeiras ne-cessidades das comunidades e que estas possam participar na resolu-ção destas.Na Funda, Rosa Janota dias dos Santos, Administradora comunal, falando no acto de abertura do se-minário, enalteceu a importância de parceria com a APRODEC em tra-balhar com as comunidades e exor-tou mais empenho e dedicação aos participantes e que sejam visíveis os resultados desta acção nos seus locais de trabalho.Lutaladio Geraldo, Presidente da

APRODEC disse que a actividade enquadrada se no programa de re-forço de capacidade das comunida-des de Cacuaco. “As acções do gé-nero vão continuar no sentido de fortalecer a resposta comunitária nas questões ligadas á cidadania e á gestão participativa “, concluiu. José Nunes Fuma , membro da co-missão de Moradores do Bairro da Pedreira disse estar satisfeito da formação e prometeu dinamizar juntos dos seus colegas os espaços de participação á nível do bairro de modo a exercitar a cidadania e a democracia á base.

Sociedade

2

Foto A Voz de CacuacoFoto A Voz de Cacuaco

Membros da comissão de moradores de cacuaco

Treinados sobre desenvolvimento comunitário

Administradora comunal da Funda Rosa dos Santos no ato de aber-tura da sessão formativa dos membros da comissão de moradores

Membros das comissões de moradores do Kicolo durante a sessão de formação

A voz de Cacuaco | Notícias

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Notícias | A voz de Cacuaco

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Um dia depois de eu passar quase todo dia de tra-balho de reflexão

e de escrever como manda o nosso trabalho no A Voz de Cacuaco, são quase 19 horas, fiquei muito cansado e ameaçado pelo sono. De-cidi descansar um pouco na minha mesa de trabalho enquanto todos os colegas todos já tinham ido. Faltava - me só desligar o meu com-putador e ir me embora. As 19:30, sai do escritório, logo a vigilância dos jovens marginais que controlavam os meus passos enquietava-me bastante. Voltei novamente ao es-critório, e fui levado num sono profundo; aquele sono reparador que se apoia na fatiga esquecendo que o do movimento suspeito da ol-hada dos delinquentes.Dispertei me e a minha mente levou me a um pas-sado recente, e comecei a vi-sualizar a agressão e a sabo-tagem que foi vítima um dos nossos colegasJosé Miguel pelo grupo de meliantes do bairro novo ; e outro colega Bazolua Pedro, que arriscou um assalto nas imediações do Balumuca.Confiando ao meu bairro, as 22h, sai do escritório para casa, por medida de prudên-cia, fiz me acompanhar de uma vara de quase um met-ro de comprimento e de ma-nipulação fácil; isto é con-siderado como instrumento utilizado pelos artistas mar-ciais para se defender dos hostis.

Tinha percorrido apenas aproximadamente vinte metros, o grupo delin-quente rapidamente lan-çaram uma acção contra mim.Num espaço onde não havia ninguém a quem poderia a gritar socorro, e mesmo se houvesse alguém , não de-veria responder por medo de represália dos assal-tantes.Felizmente, o plano não foi consumado pelos assal-tantes, que, inicialmente mandam um elemento in-tegrante do grupo que en-dereçou me estas palavras: Mó cota, dá só cinquenta , como fazia pouco a estas palavras por já me aper-cebia da intenção dele, insistiu andando atrás de mim e disse “cota, estou te pedir não queres , agora vou te operar…”e graças a minha bengala consegui a reverter o plano deles e que nenhuma das garrafas e facas me atingiu, embora um pelotão de cerca de sete pessoas veio apoiar o assaltante colocado em fr-ente do combate ; Graças a Deus !!! Estes marginais estavam armados de garrafas , facas e chaves fendas dos carros . Recentemente realizou-se uma acção policial, para estancar com os grupos de marginais que deixou muito satisfeito os mora-dores daquela zona que pedem que sejam realiza-das mais vezes este tipo de trabalho.

Geraldo Basilua A minha mão

Delinquência

Nem eu fui poupado

GenéricoPropriedade:APRODEC

(Associação para Promoção do Desenvolvimento

Endógeno das Comunidades de base)

[email protected]

EndereçoRua direita de Cacuaco, Bairro Boa Esperança 3/

KicoloCacuaco/Luanda

[email protected]

00244-919958632/923729800

Nº de RegistoMCS-547/B/2009

DirectorLutaladio Basilua [email protected]

RedacçãoGeraldo BasiluaTeresa NekakaBazolua Pedro

Paginação Bento de Guilherme

ReportagemJulieta JoséVictor Monteiro

Aurora VieiraAfonso TombeMoniz Gaspar eBazolua Pedro

ColaboradorespermanentesBula TavaresGraça Vango

Tomé de AzevedoJosé Tiago

Parceria

ROSCCRede urbana de luta

contra a pobreza de Luanda

Tiragem:1000 exemplaresImpressão: C.A.C./APRO-

DEC

“Entregar a sua armaé um acto de civismo”

Mó cota, dá só cinquenta , como fazia

pouco a estas palavras por já me

apercebia da intenção dele, insistiu

andando atrás de mim e disse “cota,

estou te pedir não queres , agora vou

te operar…”

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O projecto de sensibili-zação e formação de mulheres de Cacuaco, financiado pelo fundo

canadiano através da DW- Angola, implementado nos quatro bairros da comuna do Kicolo (Boa espe-rança, Cawelele, Ndala Muleba e Paraíso) pela Organização huma-nitária APRODEC em parceria com a Repartição Municipal da Saúde de Cacuaco, e teve o principal ob-jectivo munir as mulheres das fer-ramentas para a prevenção e con-trolo das infecções sexualmente transmissíveis , VIH/ Sida, saúde reprodutiva e violência contra a mulher .O projecto que se foca-lizou em palestras , seminários, workshops e contactos interpes-soais, atingiu cerca de 7000 pes-soas.O Inspector Santos, Represen-

tante da Repartição Municipal da Saúde de Cacuaco que falava na abertura do seminário formativo das raparigas – activistas sobre o VIH/Sida , saúde reprodutiva e violência contra a Mulher no âmbito do mesmo projecto enal-teceu a importância das ONGs na sensibilização das populações de Cacuaco e disse que a repartição tudo vai fazer , na medida das suas possibilidades , para apoiar as ini-ciativas locais que visam o bem-estar das populações e o controlo da pandemia da Sida.Na sua disertação no workshop so-bre a violência contra a mulher, e a sua vulnerabilidade ao VIH/Sida e a pobreza, evento que encerrou o projecto , realizado recentemente no salão nobre de Administração Municipal de Cacuaco, Geraldo Basilua, Presidente do Conselho Directivo da referida organização, enalteceu o protagonismo da sua agremiação no desenvolvimento

de Cacuaco, e disse estar sempre disponível em atender as necessi-dades das comunidades. Por outro lado, fazendo a abertura, Manuel Abel, chefe da secretaria de Ad-ministração Municipal de Cacuaco felicitou a iniciativa , encorajou para que sejam intensificadas as campanhas de consciencialização e de controlo da pandemia do VIH / Sida , e por consequente reduzir o índice da vulnerabilidade da mu-lher a pobreza e a violência contra ela. Domingos Maiza Pedro , Director pedagógico da escola compartici-pada 8075-c localizada no bairro Paraíso entrevistado em margem do seminário de treinamento de professores , apreciou as qualida-des dos formadores e incentivam as ONGs a seguir o exemplo de APRODEC porque só nesta maneira que podemos proteger as nossas comunidades das diversas ende-mias tal como o Sida.

Formação

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Texto de Bazolua Pedro

VIH/ Sida Jovens da comuna do Kicolo

sensibilizados sobre prevenção da pandemia

Foto A Voz de Cacuaco

Apreciou as quali-

dades dos forma-

dores e incentivam

as ONGs a seguir o

exemplo de APRO-

DEC porque só

nesta maneira que

podemos proteger

as nossas comuni-

dades das diversas

endemias tal como o

Sida.

Raparigas, no momento da formação

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Notícias | A voz de CacuacoCom

unidade

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A iniciativa de desenvolvi-mento local do bairro da pe-dreira na comuna-sede de

Cacuaco culminou no surgimento de uma organização comunitária de base denominada “Associação Tujijila ”, responsável pela gestão de chafarizes construídos há mais de um ano naquela localidade.Recentemente , dando sequên-cia ao projecto de chafarizes e de combate à pobresa, a comunidade

identificou a necessidade de ter as lavandarias a qual foi lançada a primeira pedra de construção na presença dos parceiros sociais da referida Associação .A iniciativa visa facilitar a comu-nidade que não tem onde lavar as suas roupas, para também gerar rendimento para a própria agremi-ação.Joana José, Moradora da Pedreira há mais de cinco anos, disse ter or-

gulho por ter conseguindo influen-ciar a construção dos chafarizes e das lavandarias que está a ser lan-çado a primeira pedra, enquanto que José Nunes Fuma, um dos ben-eficiários incentiva a sua comuni-dade a mais dinamismo na par-ticipação e na resolução dos seus problemas ao invés de esperar tudo do governo. O agradeceu o apoio financeiro da ONG/ DW através do seu programa PARCIL , de assistên-cia de Administração Municipal de Cacuaco e da EPAL pela colabora-ção e abertura.João Domingos, Coordenador do Programa Parcil / DW procedendo ao lançamento da primeira pedra para a construção das referidas la-vandarias comunitárias, enalteceu a importância da participação das comunidades na resolução dos seus problemas e exortou a comunidade para cuidar o bem adquirido.

Foto A Voz de CacuacoFoto A Voz de Cacuaco

No bairro da Pedreira

Comunidade discote seus problemas

Munícipes participam da acção formativa sobre a mobilização sobre o VIH Sida

Esta iniciativa visa a

facilitar muitas mulheres

que não tem onde lavar

as suas roupas para tam-

bém gerar rendimento

para a própria agremi-

ação

João Domingos, coordenador do PARCIL/DWno acto de lançamento da primeira pedra da lavandaria comunitária

Momentos do planeamento participativo

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Sociedade

Os populares do Bairro Mulundo (conhecido por Caop Prédio) na Comuna da Funda elogiam o pro-

jecto Água para Todos que chegou na sua localidade instalado uma Potabilizadora de água. O equi-pamento que já está em funciona-mento tem por objectivo purificar a água e torna –a potável. Paulo Maria, Morador do referido bairro disse estar satisfeito com a instalação da Potabilizadora naquela zona porque explicou, já não vão cartar água nos locais impróprias como rios e reser-vatórios com péssimas condições higiénicas. “Isto vai reduzir sen-sivelmente o índice elevado de doenças diarreicas tais como a da

cólera e outras.Já Rosa Fernandes, Moradora do Mulundo encontrada no chafariz a carretar água, disse já registou uma melhoria significativa do estado de saúde dos seus filhos. “Desde que deixamos de beber água de tanques, a saúde da min-ha casa melhorou muito, a cólera quase não se fala mais no nosso bairro enquanto nos dias atrás vivíamos sob ameaça de cólera e muito de nós fomos vítimas da tal epidemia devido de água im-própria ”, comentou. Sergio Cahombo, funcionário da Potabilizadora do Mulundo disse estar contente encontrar um em-prego que lhe ajuda a cobrir algu-mas das suas necessidades, mas também ter conhecimento das técnicas químicas do tratamento das águas. Evaristo Epalanga, Presidente da comissão de moradores do Bairro

enalteceu os esforços que a sua comunidade fez para ter a Potabi-lizadora instalada. “È um projecto das comunidades que surgiu para reduzir o surto de cólera que o bairro sofreu a bastante tempo. O sistema atende quatro chafarizes onde os moradores acarretam a água a dez kwanzas por vinte litros ”, acrescentou.

O bairro Mulundo está situado na Comuna da Funda conhecida também por comuna agrícola do Município de Cacuaco , á beira estrada, com uma população esti-mada a 21 557 habitantes e cerca de 2200 crianças fora do sistema de ensino. A principal das popula-ções é agricultura.

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. “È um projecto das

comunidades que surgiu

para reduzir o surto de

cólera que o bairro sof-

reu a bastante tempo. O

sistema atende quatro

chafarizes onde os mora-

dores acarretam a água

a dez kwanzas por vinte

litros ”, acrescentou.

Na comuna da Funda

Bairro Mulundo ganha uma Potabilizadora de Água

Foto A Voz de Cacuaco

Instalações da potabilizadora do bairro do Mulundo

A voz de Cacuaco | Notícias

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Notícias | A voz de Cacuaco

Um grupo de 30 Mulheres, chefes de agregado familiar recebeu recentemente um kit

comercial composto de grades de gasosas do projecto gerador de rendimento e de apoio ás famílias carentes implementado na Comuna de Kicolo pela ONG “Associação dos Naturais e Amigos de Calina”. A acção apoiada pelo Programa de apoio às iniciativas locais da Development Workshop (PARCIL/DW), visa essencialmente minimizar as dificuldades e a pobreza extrema vivida pelas Mulheres, chefes de agregados e sustentadoras das famílias naquela parcela de Cacuaco. Luísa Mateus, Vendedora do mercado de Kicolo e beneficiária do projecto apreciou o projecto que vem para mudar a sua vida porque não sabia mais como sustentar a sua família. Luísa pediu também para

que o projecto abrangesse também outras mulheres pobres dos bairros como paraíso e outros.”Eu recebi quinze grades de gasosa, tenho que saber manobrar o dinheiro e ter lucro para poder pensar outra coisa e restituir o dinheiro alheio”, explicou. Armando Copitule disse que a agremiação que dirige vem mais uma vez mostrar o seu empenho em trabalhar com as comunidades carentes. “Esta primeira fase se estenderá até ás 50 mulheres, e depois de avaliação do empenho destas beneficiárias, continuaremos até nas outras comunidades vulneráveis.Já Para Celso Catumbela, oficial de Desenvolvimento do programa Parcil/DW disse apoiou-se a iniciativa para acudir as situações de extrema pobreza vivida pelos moradores de kicolo sobretudo as mulheres.

Eu recebi quinze grades de gasosa, tenho que saber

manobrar o dinheiro e ter lucro para poder pensar

outra coisa e restituir o dinheiro alheio

Comércio

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Familias com apoiosMulheres organizadas recebem kits comerciais

Foto A Voz de Cacuaco

Manuel Gaspar, Chefe do Centro de Documentação e Informação (CDI)

da Admnistração de Cacuaco

Beneficiárias do projecto geradorde rendimentos e apoio a famílias carentes na comuna do Kicolo

Armando Copitule, presi-dente da ONG ANAC

Luísa Mateus, beneficiáriado projecto

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A 3ªConferencia Munici-pal da Sociedade civil de Cacuaco que se realizou recentemente numa das

salas do Município de Cacuaco quer mais dinamismo e participação efectiva dos Munícipes na determi-nação dos planos e programas por eles destinados.O evento ocorreu sob o lema con-solidando a democracia participati-va e contou com cerca de cem (100) participantes entre eles membros das Ongs, Associações, Igrejas, Movimentos juvenis, sobas e indi-vidualidades locais e convidadas e, a sessão de abertura foi presidida pelo Arquitecto Daniel Kubanza, Administrador Municipal Adjunto para área técnica em representa-ção do titular da pasta, ausente por motivo de agenda.Dois temas foram discutidos pelos participantes:1º O papel da socie-dade civil na consolidação da de-mocracia local com visão às autar-quias, dissertado pela Dra. Eugenia Kossi; e 2º A Sociedade civil e as parcerias público- privadas (Como a ceder aos fundos públicos locais e, monitoramento das metas do milénio) dissertado pelo Sr. Miguel

Quimbenze. Depois de aturadas discussões os participantes concordaram no seguinte:a) As conclusões Ainda não existe uma democracia completa no mundo;Na luz da Constituição Angolana, os sectores que serão alvo de concor-rências nas autarquias locais: edu-cação, saúde, água e saneamento, transporte e telecomunicação, Or-denamento território;As autarquias locais têm as assem-bleias deliberativas que decidem sobre a gestão local;As autarquias promovem a plurali-dade de ideias e o debate que fez com que se conheçam os proble-mas do povo;Nas autarquias locais, os candi-datos independentes como da so-ciedade civil podem candidatar-se para as eleições;Os sectores abrangidos nas parce-rias público – privadas são saúde, educação, infra-estrutura básica e comunicação;As parcerias publico – privadas permitem melhorar o diálogo en-tre o governo e os actores sociais e completam nas acções onde o gov-

erno não chega. b) As recomendações A consolidação da democracia, per-mitindo o entrosamento de todos os actores sociais devendo envolver ate ao nível local;

As redes sociais devem cooperar para criar acções que promovem o bem – estar das comunidades;Os meios de comunicação, as rádios e os jornais comunitários devem ser usados para educar as comu-nidades sobre a sua participação nos espaços tais como as confer-encias, fóruns e CACS;Os actores sociais e membros das Organizações Não governamen-tais devem não somente sensi-bilizar as populações sobre os seus direitos mas também sobre as suas responsabilidades (de-veres);Deve às ONGs e à Administração Municipal promoverem acções que criem cultura de diálogo per-manente entre diferentes actores sociais;As ONGs devem melhorar as suas capacidades de resposta financeira e não depender somente das insti-tuições doadoras para aceder as parcerias público – privadas;Que rede das Organizações da So-ciedade civil promovem acções que asseguram a divulgação das leis sobre o acesso aos fundos publico (utilidade pública), da contratação pública e das parcerias públicas.

Sociedade

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Fotos A Voz de CacuacoA voz de Cacuaco | Notícias

Sociedade civil de Cacuaco quer maiorparticipação na gestão municipal

A consolidação da de-

mocracia, permitindo o

entrosamento de todos os

actores sociais devendo

envolver ate ao nível

local; as redes sociais de-

vem cooperar para criar

acções que promovem o

bem – estar das comuni-

dades

Participantes a terceira conferência munici-pal da sociedade civil de Cacuaco

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Sociedade Notícias | A voz de Cacuaco

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nadora da Província de Malange para o sector social e político, en-alteceu o papel das Organizações Sociedade civil (OSC) como agente eleitor devendo implementar acções de sensibilização ao registo eleitoral. Alice reconheceu tam-bém a importância da Sociedade civil no fortalecimento da democ-racia participativa e apelou os par-ticipantes a mais dinamismo no trabalho produzindo recomenda-ções concretas e propostas que possam contribuir e consolidar o programa do executivo de redução da pobreza no País.Wlademar Sebastião, Coordenador da V CNSC disse estar satisfeito por ter conseguido alcançar os objec-tivos de evento e ter congregados mais de cem individualidades das 15 Províncias de Angola. Sebastião disse ainda que a parceria com o governo local em Malange tem sido boa mas desconfortou-se de ma-neira como se faz a indicação dos Membros da Sociedade Civil nos Conselhos de Auscultação e Con-certação Social (CACS). “Não estou

Foto A Voz de CacuacoFoto A Voz de Cacuaco

Sociedade civilAngolana

na caminhada

de Advocacia social

Na perspectiva de advogar em favor das comuni-dades vulneráveis, a so-ciedade civil angolana

promoveu um ciclo de conferências Municipais e Provinciais em quase todo país que culminou com a re-alização da V Conferencia Nacional da sociedade civil (CNSC) na cidade de Malange. O Evento de três dias onde tiveram presentes os delegados oriundos das quinze das dezoito províncias do país, ocorreu sob lema “Es-treitando relações, fortalecendo parcerias”, e teve como objectivos melhorar a articulação entre as organizações da sociedade civil, e fortalecer a parceria com o gov-erno na implementação dos pro-gramas de redução da pobreza em curso no país.No seu discurso de abertura, Dra. Alice Van Dúnem, vice – gover-

Texto de Geraldo Basilua

de acordo com a regulamentação dos CACS porque não sei quê cri-térios usam – se para representar a sociedade civil. Temos advogar junto da Assembleia Nacional para que representantes tenham legit-imidade e representar verdadeira-mente a Sociedade civil nos CACS”, concluiu.Teresa Jerónimo, Delegada da Província de Malange disse gostar a forma como ocorreram os tra-balhos da Conferência e incentivou os membros dos futuros grupos de coordenação para melhor interagir com as autoridades para que estas prestem atenção ás recomenda-ções saídas das conferências.Enquanto que Bibiana Teresa, Del-

egada da Província do Zaire que participou pela primeira vez, disse estar surpreendida do nível eleva-do de consciência cívica e de mo-bilização da Sociedade civil de An-gola discutindo os problemas que afligem as nossas comunidades.De lembrar que o processo de Conferencias e de fóruns de de-senvolvimento começou a quatro anos atrás por iniciativa da própria das Organizações da Sociedade civ-il no intuito permitir uma melhor articulação entre elas mas também contribuir no fortalecimento da democracia participativa.Prometemos publicar as con-clusões e recomendações saídas desta V CNSC na próxima edição .

Alice Van-dúnem vice-governadora da província de Malanje para o sector social e político no acto da abertura da Vª conferência da sociedade civil

Participantes à plenária da Vª conferência da sociedade civil realizada na província de Malanje

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A voz de Cacuaco | Notícias

Nesta edição, trouxemos alguns artigos da lei 17 /10 do 29 de Julho, lei da organização e do fun-

cionamento dos órgãos de Admin-istração local do Estado publicado no Diário da República, I série – Nº 142, na quinta – feira, dia 29 de Julho de 2010 que apresenta o modo de organização e funciona-mento dos órgãos locais do estado entre eles, o governo provincial e as Administrações Municipais e Comunais e, uma forma da par-ticipação do cidadão na gestão pública.Muitas preocupações chegaram a nossa redacção sobre as questões ligadas ao CACS (Conselho de Aus-cultação e Concertação social), único órgão de apoio consultivo das Administrações locais de Es-tado.Capítulo IV (Organização em espe-

cial)

Secção I(Órgão de Apoio consultivo)Artigo 57º(Conselho Municipal de Ausculta-ção e Concertação Social)1. O Conselho Municipal de Aus-cultação e Concertação Social tem por objectivo apoiar a Administra-ção Municipal na apreciação e na tomada de medidas de natureza política, económica e social , no território do respectivo.2. Para efeito de aplicação do dis-posto no nº1 do presente artigo, o conselho municipal de auscultação e concertação social é ouvido antes da aprovação do programa de de-senvolvimento, do plano de activi-dades e do relatório de execução dos referidos instrumentos.3. O conselho municipal de aus-cultação e concertação social

é presidido pelo Administrador Municipal e integra os seguintes membros:a. Administrador Municipal – Ad-junto; b. Administradores comunais;c. Chefes de Repartições Munici-pais;d. Representantes Municipais dos partidos políticos e de coligações de partidos políticos com assento na assembleia nacional;e. Representantes das autoridades tradicionais;f. Representantes do sector em-presarial público e privado;g. Representantes das Associações de camponeses;h. Representantes das Igrejas re-conhecidas por lei ;i. Representantes das Organiza-ções Não Governamentais;j. Representantes das Associações profissionais;

k. Representantes do Conselho Municipal da Juventude; 4. Os representantes das alíneas e) a K) do número anterior partici-pam até ao limite de três membros por cada entidade representada.5. O Administrador Municipal pode convidar, sempre que achar con-veniente, outras entidades não contempladas no nº3 do presente artigo.6. As competências, a Organização e o funcionamento do Conselho Municipal de Auscultação e Con-certação social são definidos por regulamento interno, aprovado por resolução da Administração Municipal. 7. O Conselho Municipal de Aus-cultação e Concertação social reúne de quatro em quatro meses, em sessão ordinária e, extraordi-nariamente, sempre que o Admin-istrador Municipal o convoque.

A rede das Organizações da Sociedade civil do Município promoveu re-centemente um ciclo de

formação dos seus membros sobre a participação, eleições e cidadania no âmbito do seu programa de ca-pacitação dos actores da sociedade civil local. Quarenta actores de ambos sexos, membros das ONGS, comissões de Moradores e igrejas foram capacitados em mobiliza-ção comunitária, descentralização e desconcentração, participação, eleições e, diagnostico institucio-nal e organizacional. A iniciativa visa a reforçar a capaci-dade operacional das organizações membros da rede de modo a per-mitir melhorar o empenho destas nas comunidades com quem elas trabalham e levar as comunidades a exercer a sua cidadania actualizan-do o seu registo eleitoral e votando conscientemente nas próximas eleições gerais de 2012.Matinda Gloria, Membro da ONG / APRODEC disse estar regozijada

de conhecimento adquirido so-bretudo nas questões ligadas á de-scentralização e desconcentração administrativa e participação, e prometeu tudo fazer para replicar as noções aprendidas juntos das comunidades.

Alberto Sousa, membro da ONG/AEFOTEP apreciou a iniciativa da coordenação da rede e chamou atenção dos participantes a ter mais responsabilidades para os bons resultados sejam alcançados na comunidade entre eles elevado

nível de participação das comuni-dades nos fóruns e CACS. Do seu lado, José Tiago, Coordena-dor da Rede das Organizações da Sociedade civil do Município de Cacuaco enalteceu a importância da Organizações das Organizações da Sociedade civil na mobilização das comunidades e na interacção com o governo local na identifica-ção e resolução dos problemas que afligem as populações.A rede das Organizações da Socie-dade civil de Cacuaco é uma plata-forma constituída das ONGs, OCBs, Igrejas , sindicatos , movimentos juvenis e individualidades, criada em 2005 por iniciativas dos mem-bros de algumas organizações não governamentais de modo a consti-tuir um espaço de partilha de infor-mação e de troca de experiencia no sentido de criar sinergia de acções por elas levadas acabo. Desde en-tão, esta rede tem realizado várias sessões de capacitação e de forma-ção dos membros das organizações membros e não só.

Os seus direitos fundamentais…

Redes sociais recebem formação

sobre participação e eleiçõesFoto A Voz de Cacuaco

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Sociedade Notícias | A voz de Cacuaco

O número elevado de cri-anças fora do sistema de ensino preocupa os ac-tores sociais na comuna

da Funda.No intuito de dar resposta à de-manda dos parentes, a Organiza-ção Não Governamental “AAJJA” lançou recentemente primeira pe-dra de construção de uma escola de ensino geral e de um centro de formação profissional, sucessi-vamente no bairro Mulundo e no CEFA.Juliana Abrantes, formadora pre-sente no acto disse estar pronta a apoiar a sua direcção nas iniciati-vas que aliviam às dificuldades das comunidades, e apelou as mesmas a preservar a obra o que é delas, concluiu. Justina João, aluna e mora-dora do bairro da CEFA disse gostar da inicia-tiva da ONG porque tem muitas crian-ças fora de ensino o bairro precisa mesmo este em-preendimento. Bonifácio Kia-la, Presidente

Foto A Voz de Cacuaco

Crianças fora do sistema de ensino

preocupam actores sociais na Funda

Foto A Voz de Cacuaco

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da ONG/AAJJA disse o número elevado de jovens analfabetos e crianças fora do sistema de ensino motivou a sua organização a di-reccionar as suas acções naquela localidade. ”Isto, creio eu será o primeiro projecto do género em Angola onde os alunos terão out-ros cursos suplementários gra-tuitamente tais como culinária, hotelaria, decoração, informática e hardware. Precisaríamos ter um apoio dos outros parceiros mas por enquanto não temos ninguém que nos apoia”, concluiu. Para o Presidente da Comissão de Moradores do Bairro Mulundo, Evaristo Epalanga , o projecto é bem vindo por que vai minimizar o índice de criança fora do sistema de ensino no bairro que tem cerca de 21 550 habitantes e com a penas 6 salas de aula. Este líder aproveitou ás outras pessoas de boa vontade para também investir no bairro que dirige no sector da educação, da saúde e de apoio aos camponeses.

. ”Isto, creio eu será

o primeiro projecto

do género em An-

gola onde os alunos

terão outros cursos

suplementários

gratuitamente tais

como culinária,

hotelaria, decora-

ção, informática

e hardware. Pre-

cisaríamos ter um

apoio dos outros

parceiros mas por

enquanto não

temos ninguém

que nos apoia”

Evaristo Epalanga presidente da comissão de moradores do bairro Mulundo

Bonifácio Kiala presidente da ONG AAJA

Page 12: Exortada a participar na governação e nas eleições...quente rapidamente lan - çaram uma acção contra mim. Num espaço onde não havia ... jectivo munir as mulheres das fer -

APOIOSFundo canadiano

através da DWCSCF-homeless Fund

GALERIA DE PRESTÍGIO

- Projecto URBIS do DIG- Oxfam Novib através da DW- Development Workshop (DW)

- PAANE(Programa de Apoio aos Actores Não Estatais

do Ministério do Planeamento Financiado Pela União Europeia)

Eugénio José Faria morador do bairro Boa Esperança 3, reconhece os esforço da Administração Munici-pal de Cacuaco desenvolvido ao longo do ano de 2011, visto que observou-se uma melhoria em alguns sectores como a reabilitação e ampliação das estradas principais o nosso interlocutor agradeceu ainda ao Jornal A Voz de Cacuaco por ser um órgão onde permite passar as informações que as comunidades

vivem, o nosso entrevistado pede a Administração Municipal de Cacuaco para que resolva os problemas de ener-gia, agua e delinquência. “Peço também ao comando municipal da policia de Cacuaco para que protejam as co-munidades dos marginais, por causa da quadra festiva que-se a próxima e que deve tomar medidas de sinalização das estradas nas para diminuir os acidentes no período da quadra festiva onde maior parte das pessoas perdem as consciências e vão praticando actos desumano”.

Helena António moradora do bairro Boa Esperança 3 enalteceu a melhoria da estrada dereita de Cacuaco na diminuição dos engarrafamentos e ampliação das faifas de rodagem disse ainda ter agradecido a existência de algumas esquadras moveis nas algumas comunidades, apesar destas serem ainda insuficientes, facto que alegrou-me bastante. Helena pede ainda a Administração Municipal e ao Comando da Polícia de Cacuaco a

reforçarem mais o sistema de segurança neste período das festas; “principalmente colocar muitos agentes da polícia a rondarem nos bairros e colocar iluminação pública nas ruas isto porque muitos jovens e adolescentes formam grupos que aproveitam a prática de delinquência no calar da noite.

HELENA ANTÓNIO

EUGÉNIO JOSÉ FARIAS

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