existem diversas doencas que atingem os ossos

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Existem diversas doenças que atingem os ossos, a mais conhecida é a osteoporose, doença grave que se caracteriza pela perda da massa óssea. Não há sintomas que revelem o enfraquecimento do esqueleto, infelizmente as pessoas só descobrem a doença quando fraturam algum osso. Osteogenesis imperfecta, também conhecida como doença dos ossos frágeis, ou de vidro. É uma patologia rara de ordem genética persistindo por toda vida que afeta a quantidade ou qualidade de colágeno nos ossos. Há vários tratamentos, porém não tem a cura. Outra não tanto conhecida é a doença de Paget, no qual áreas dos ossos apresentam um crescimento anormal tornando o osso mais frágil, é um distúrbio que pode afetar qualquer osso, sendo os mais atingidos o fêmur, os ossos do crânio, a tíbia, vértebras e clavículas. Doenças dos ossos de vidro Osteogenesis imperfecta mais conhecida como ossos de vidro é uma doença rara que atinge os ossos por falta da proteína importante para o corpo chamada colágeno. As pessoas que nascem com essa doença têm os ossos extremamente frágeis e estão suscetíveis a qualquer tipo de queda, geralmente quem tem essa patologia seus ossos são deformados em toda a estrutura do corpo afetando a locomoção o prendendo a uma cama ou cadeira de roda. Doenças dos ossos Osteoporose

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Page 1: Existem Diversas Doencas Que Atingem Os Ossos

Existem diversas doenças que atingem os ossos, a mais conhecida é a osteoporose, doença grave que se caracteriza pela perda da massa óssea. Não há sintomas que revelem o enfraquecimento do esqueleto, infelizmente as pessoas só descobrem a doença quando fraturam algum osso. Osteogenesis imperfecta, também conhecida como doença dos ossos  frágeis, ou de vidro. É uma patologia rara de ordem genética persistindo por toda vida que afeta a quantidade ou qualidade de colágeno nos ossos. Há vários tratamentos, porém não tem a cura. Outra não tanto conhecida é a doença de Paget, no qual áreas dos ossos apresentam um crescimento anormal tornando o osso mais frágil, é um distúrbio que pode afetar qualquer osso, sendo os mais atingidos o fêmur, os ossos do crânio, a tíbia, vértebras e clavículas.

Doenças dos ossos de vidro

Osteogenesis imperfecta mais conhecida como ossos de vidro é uma doença rara que atinge os ossos por falta da proteína importante para o corpo chamada colágeno. As pessoas que nascem com essa doença têm os ossos extremamente frágeis e estão suscetíveis a qualquer tipo de queda, geralmente quem tem essa patologia seus ossos são deformados em toda a estrutura do corpo afetando a locomoção o prendendo a uma cama ou cadeira de roda.

Doenças dos ossos Osteoporose

A osteoporose é a descalcificação dos ossos, essa doença atinge na maioria das vezes mulheres na faixa etária de 45 anos. Os ossos ficam mais frágeis se tornando suscetíveis a quedas e a quebra. A principal causa da osteoporose é a falta adequada de cálcio e os principais alimentos que contém cálcio e são de extrema importância tanto em homens quanto mulheres são vegetais de folhas verdes escuras como brócolos, couve e repolho. O leite e seus derivados também são alimentos com grande quantidade de cálcio por isso é muito bom introduzir na alimentação mesmo que forçado o leite para prevenir essa doença mais tarde.

As doenças nos ossos na maioria das vezes não sendo de extrema gravidade o exercício físico como caminhada e uma alimentação adequada como os ricos em cálcio ajuda  e diminuem muito as dores causadas, o importante é

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saber que antes do tratamento vem a prevenção por isso cuide de sua saúde com todos os nutrientes necessários que seu corpo necessita.

OSTEOPOROSE

Osteoporose, que significa osso poroso, é uma doença resultante da perda gradual da substância óssea que ocorre naturalmente com o envelhecimento, em todos os indivíduos. Isso produz fragilidade do osso e aumenta o risco de fraturas, especialmente do quadril, coluna e punho.

Para entender como a osteoporose se desenvolve, é necessário conhecer alguma coisa sobre a estrutura e função do osso.

O esqueleto ósseo é um tecido vivo e complexo; dá suporte aos músculos e proteção a órgãos vitais. Também armazena o cálcio, essencial para numerosas funções orgânicas, incluindo a manutenção da densidade e força dos ossos.

O organismo usa o cálcio dos ossos quando não existe ingestão suficiente ou quando há necessidade adicional, como na gravidez e na lactação, por exemplo.

Durante a vida, os ossos são constantemente formados e reabsorvidos, ou seja,o osso velho é removido e um novo osso é adicionado ao esqueleto. Na infância e adolescência, a adição ocorre mais rapidamente do quea reabsorção e, como resultado, os ossos ficam maiores, mais pesados e mais densos.

A formação permanece mais rápida do que a reabsorção até que o pico de massa óssea (máxima densidade e força do osso) é alcançado, por volta dos 30 a 35 anos. A massa óssea é maior no homem do que na mulher e também é maior na raça negra.

Depois dos 30-35 anos, a reabsorção óssea lentamente começa a exceder a formação. Para a mulher, a perda óssea é muito maior durante os cinco anos seguintes à menopausa, porque a ação protetora do hormônio estrógeno diminui, porém persiste nos anos seguintes. O homem também perde osso, mas numa taxa muito menor.

Após os 70 ano existem outra forma de osteoporose que acomete tanto homens quanto mulheres, a osteoporose senil, própria do envelhecimento.

A osteoporose é um fator de risco para fraturas assim como a hipertensão é risco para infarto do miocárdio ou derrame cerebral; se o osso é mais fraco, um trauma mínimo ou uma queda pode causar uma fratura ou um colapso vertebral.

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Cerca de 20% da população afetada pela osteoporose é masculina. A osteoporose não é, como muitos pensam, um problema exclusivamente feminino. Saiba mais sobre a osteoporose no homem no artigo "O HOMEM E A OSTEOPOROSE".

FIBROMIALGIA

Fibromialgia é uma síndrome, ou um conjunto de sinais (encontrados em exames) e sintomas (reclamações do paciente) sem que haja a ocorrência de uma doença específica. A síndrome da fibromialgia pode ter mais de uma causa. Alguns pesquisadores têm sugerido que ela está relacionada a anormalidades em uma parte sem sonhos do ciclo do sono ou a baixos níveis de serotonina, um químico cerebral que regula o sono e a percepção da dor. Outras teorias tem ligado a fibromialgia a baixos níveis de somatomedina C, um químico relacionado à força e reparação muscular, ou a altos níveis de substância P, um químico envolvido na percepção da dor. Outros têm citado traumas, anormalidades no fluxo sangüíneo nos músculos, infecções virais ou outras infecções como possíveis gatilhos para a fibromialgia. A síndrome da fibromialgia é uma doença controversa, pois alguns médicos não acreditam que ela seja uma doença médica, mas que possa ser um reflexo de problemas psicológicos, estresse ou somatização (ou seja, apresentar sintomas físicos como resultado de um estresse psicológico). Atualmente, não existem provas de causas físicas ou psicológicas, e até que tenhamos uma melhor compreensão do problema, ele permanecerá controverso.

A fibromialgia afeta um número estimado de 3.4 % de mulheres e 0.5% de homens nos Estados Unidos, afetando de 3 a 6 milhões de americanos. Afeta comumente mulheres em idade de maternidade e acima. De fato, algumas estimativas que mais de 7% das mulheres acima de 70 anos sofrem de fibromialgia.

Muitos pacientes com fibromialgia também sofrem de problemas psicológicos como depressão, ansiedade ou desordens ligadas à alimentação, ainda que a relação entre estes permaneça obscura.

ARTRITE - UMA VISÃO GERAL

A artrite é uma doença que compreende a inflamação de uma ou mais articulações (artro se refere à articulação, e itis à inflamação).

A inflamação da articulação é a reação do corpo a diferentes processos de doenças, entre os quais estão a lesão mecânica de uma articulação (incluindo fratura), presença de infecção (geralmente causada por bactérias ou vírus), um

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ataque do próprio corpo às articulações (uma doença auto-imune) ou o desgaste acumulado das articulações.

Normalmente, a inflamação desaparece depois de a lesão ter sido curada, de a doença ter sido tratada ou depois que de a infecção ter sido eliminada pelo sistema imunológico, em algumas ocasiões com a ajuda de antibióticos.

Em algumas lesões e doenças, a inflamação não desaparece ou a destruição produz dor e deformidades prolongados, o que se considera artrite. Há mais de 100 tipos de artrites, com muitas causas diferentes possíveis.

Nos Estados Unidos, a osteoartrite é a variedade mais comum da doença, que resulta geralmente de anos de desgaste acumulado das articulações, e tende a ser apresentada por idosos nas articulações dos quadris, joelhos e dedos.

A gota aparece em pessoas com mais de 40 anos e é causado pela formação de cristais de uréia nas articulações, o que gera inflamação. A gonorréia é uma infecção bacteriana que causa o que se denomina de artrite infecciosa. Os transtornos auto-imunológicos, como a artrite reumatóide, o lupus e o escleroderma, também podem causar artrite. Nestas doenças, algo funciona mal no sistema imunológico e este ataca partes sadias do corpo (como as articulações).

CÂNCER NOS OSSOS

Ossos maduros são feitos de três tipos de tecidos: tecido compacto (a porção dura e externa da maioria dos ossos); tecido poroso (tecido esponjoso de dentro dos ossos que contém marrow, o qual produz células sangüíneas); e tecido subcondral (tecido suave das juntas). Uma camada de cartilagem cobre o tecido subcondral para amortecer o movimento das juntas.

Ossos suportam e protegem órgãos internos, agindo como alavancas e suportes para que os músculos produzam movimento, além de produzir e armazenar células sangüíneas no marrow dos ossos.

SOBRE OS TUMORES NOS OSSOS

Tumores nos ossos podem ser benígnos (não-cancerígenos) ou malignos (cancerígenos). Tumores benígnos nos ossos são mais comuns que malignos. Ambos os tipos podem crescer e comprimir tecidos ósseos saudáveis e absorver ou substituí-los por tecidos anormais. No entanto, tumores benígnos não se alastram e raramente causam risco de vida.

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Cânceres que surgem nos ossos (câncer primário nos ossos) não é a mesma doença que o câncer que se alastra para os ossos vindos de outras partes do corpo (câncer secundário). O tipo de câncer primário nos ossos é raro, com proximadamente 2.500 novos casos diagnosticados a cada ano nos Estados Unidos. Normalmente, ossos são locais para tumores que resultam do avanço (metástase) de câncer em outros órgãos, como seios, pulmões e próstata.

SOBRE OS TIPOS DE CÂNCER NOS OSSOS

O tipo mais comum de câncer ósseo é o osteosarcoma, que se desenvolve em tecidos novos de ossos em crescimento. Outro tipo de câncer, chondrosarcoma, surge em cartilagens.

Evidências sugerem que o Sarcoma de Ewing, outro tipo de câncer ósseo, tem início em tecidos nervosos novos do marrow dos ossos. Osteosarcoma e Sarcoma de Ewing tendem a ocorrem mais freqüentemente em crianças e adolescentes, enquanto o chondrosarcoma ocorre mais seguido em adultos.

SINTOMAS DE CÂNCER NOS OSSOS

Dor é o mais comum sintoma de câncer ósseo. No entanto, sintomas podem variar dependendo do local e tamanho do câncer. Tumores que se desenvolvem perto das juntas podem causar inchaço ou amolecimento na área afetada. Câncer ósseo também pode interfirir nos movimentos e enfraquecer os ossos, ocasionalmente levando a fraturas. Outros sintomas podem incluir fadiga, febre, perda de peso e anemia. Nenhum destes sintomas é um sinal certo de câncer. Eles podeam ainda ser causados por outras condições, menos sérios. É importante sempre consultar um médico.

FATORES DE RISCO

Embora os cientistas não estejam certos do que causa o câncer nos ossos, um número de fatores pode levar uma pessoa a ter mais predisposição.

Este tipo de câncer ocorre mais freqüentemente em crianças e jovens adultos, particularmente aqueles que sofreram tratamentos com radiação ou quimioterapia. Adultos com doença de Paget, uma condição não-cancerígena caracterizada por desenvolvimento anormal de novas células ósseas, podem correr mais riscos de desenvolverem osteosarcoma. Um pequeno número de cânceres ósseos se deve a causas hereditárias. Por exemplo, crianças com retinoblastoma hereditário (um câncer incomum nos olhos) apresentam grande risco de desenvolver osteosarcoma.

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ESPONDILITE ANQUILOSANTE

A espondilite tem a ver com a inflamação de uma ou mais vértebras. É uma doença inflamatória crônica que afeta as articulações entre as vértebras da coluna e entre a coluna e a pélvis, o que leva, finalmente, à fusão das vértebras afetadas ou ao crescimento conjunto das mesmas.

GOTA AGUDA

A gota aguda é o ataque inicial de uma doença metabólica caracterizada por depósitos de ácido úrico nas articulações, que provoca artrite dolorosa, especialmente nas articulações dos pés e das pernas.

SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO

A Síndrome do Túnel do Carpo ocorre quando tendões ou ligamentos do pulso ficam maiores, geralmente após inflamações decorrentes de lesões. O túnel estreito de ossos e ligamentos no pulso aperta os nervos que alcançam os dedos e os músculos na base do dedão. Os primeiros sintomas normalmente aparecem à noite. Os sintomas variam entre dormência, formigamento e ardência nos dedos, especialmente no polegar, médio e indicador; e dificuldade de agarrar ou cerrar o punho, ou largar objetos. Alguns casos de Síndrome do Túnel do Carpo são devido a traumas cumulativos relacionados ao trabalho do pulso. Doenças e condições que predispõem o desenvolvimento da Síndrome do Túnel do Carpo incluem gravidez, diabetes e obesidade.

Epicondilite

 A epicondilite  ou epicondilite lateral, tabme denominada de cotovelo de tenista, é uma inflamação dos tendões do cotovelo, atingindo em especial, os músculos extensores do punho e dos dedos.

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Esta afecção é causada por atividades que exige uso excessivo dos músculos extensores do punho ou dos pronadores do antebraço. Aproximadamente, metade das pessoas que praticam tênis é acometida por esta inflamação, assim como jogadores de squash, basquete, praticantes de esgrima, lançamento de dardo, entre outros. No entanto, a epicondilite pode acometer trabalhadores que realizam suas atividades de forma inadequada, como por exemplo, digitadores ou pessoas que utilizam com muita frequência o computador sem que sejam tomadas as medidas adequadas.

Os sintomas se iniciam com uma leve dor, na maior parte dos casos, localizada na face externa do cotovelo se estendendo pelo antebraço. Caso o esforço repetitivo continue sendo realizado, em especial sobrecarregando a região do antebraço, a área afetada irá tronar-se dolorosa ao toque, podendo ela irradiar até o punho.

O tratamento, geralmente é conservador. É realizado o procedimento cirúrgico apenas quando não houver a remissão através do tratamento fisioterápico e medicamentoso dentro de três meses. O tratamento médico é feito com o uso de antiinflamatórios não hormonais. Também se utiliza a acupuntura, a manipulação da região cervical e do membro superior e infiltração de corticóides. O uso de acessórios que envolvem o antebraço firmando-o, conhecido como brace, pode ser útil no início do tratamento, especialmente em atletas.

A prevenção desta afecção é feita com mudança da técnica dos fundamentos do esporte, no caso de atletas, pois são eles os mais afetados. Outro ponto importante em indivíduos que jogam tênis é o uso da raquete ideal.

ARTRITE REUMATOIDE

Artrite reumatoide é uma doença inflamatória crônica, autoimune, que afeta as membranas sinoviais (fina camada de tecido conjuntivo) de múltiplas articulações (mãos, punhos, cotovelos, joelhos, tornozelos, pés, ombros, coluna cervical) e órgãos internos, como pulmões, coração e rins, dos indivíduos geneticamente predispostos. A progressão do quadro está associada a deformidades e alterações das articulações, que podem comprometer os movimentos.

Não se conhecem as causas da doença, que afeta duas vezes mais as mulheres do que os homens entre 50 e 70 anos, mas pode manifestar-se em ambos os sexos e em qualquer idade. A forma juvenil tem início antes dos 16 anos, acomete número menor de articulações e provoca menos alterações no exame de sangue.

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SintomasNo início, os sintomas podem ser insidiosos e comuns a outras enfermidades ou ocorrer abrupta e simultaneamente. Os mais comuns são rigidez matinal que regride durante o dia, mal-estar, diminuição do apetite, perda de peso, cansaço, febre baixa, inchaço nas juntas das mãos, punhos, joelhos e pés, que se deformam com a evolução da doença.

DiagnósticoO diagnóstico leva em conta os sintomas, o resultado de exames laboratoriais (VHS, proteína C-reativa e fator reumatoide) e por imagem (raios X, ressonância magnética, ultrassonografia articular).

O Colégio Americano de Reumatologia estabeleceu os seguintes critérios que ajudam a nortear o diagnóstico (os quatro primeiros devem estar instalados durante seis semanas pelo menos):

* Rigidez matinal;

* Artrite de três ou mais áreas, com sinais de inflamação;

* Artrite de articulação das mãos ou punhos (pelo menos 1 área com edema);

* Artrite simétrica (a simetria não precisa ser perfeita);

* Nódulos reumatoides;

* Fator reumatoide sérico positivo;

* Alterações radiográficas (erosões ou descalcificações articulares).

TratamentoQuanto mais cedo for diagnosticada a doença e iniciado o tratamento, melhor será o prognóstico. Embora ainda não se conheçam os recursos para a cura definitiva, é possivel obter a remissão dos sintomas, preservar a capacidade funcional e evitar a progressão das deformidades.

Repouso só deve ser indicado em quadros muito dolorosos e por pouco tempo. Atividade física e fisioterapia são importantes para controlar o comprometimento das articulações e a perda da mobilidade.

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O tratamento medicamentoso inclui analgésicos, anti-inflamatórios não esteroides (AINE), cortiscoroides e drogas imunossupressoras, como o metrotrexato e a ciclosporina. Alguns medicamentos mais recentes, desevolvidos através de tecnologias baseadas na biologia molecular, trazem novas possibilidades terapêuticas.

A cirurgia e a colocação de próteses articulares podem representar uma opção de tratamento, nos estágios avançados da doença.

Recomendações* Não tenha medo: artrite reumatoide não é doença contagiosa nem hereditária;

* Lembre que a artrite reumatoide sem tratamento pode ter como consequência a total incapacidade de movimentar-se;

* Não se automedique nem atribua ao envelhecimento sinais que possam ser indicativos da artrite reumatoide. Procure assistência médica.

Hérnia de disco

A coluna vertebral é composta por vértebras, em cujo interior existe um canal por onde passa a medula espinhal ou nervosa. Entre as vértebras cervicais, torácicas e lombares, estão os discos intervertebrais, estruturas em forma de anel, constituídas por tecido cartilaginoso e elástico cuja função é evitar o atrito entre uma vértebra e outra e amortecer o impacto.

Os discos intervertebrais desgastam-se com o tempo e o uso repetitivo, o que facilita a formação de hérnias de disco, ou seja, parte deles sai da posição normal e comprime as raízes nervosas que emergem da coluna. O problema é mais frequente nas regiões lombar e cervical, por serem áreas mais expostas ao movimento e que suportam mais carga.

CausasPredisposição genética é a causa de maior importância para a formação de hérnias discais, seguida do envelhecimento, da pouca atividade física e do tabagismo. Carregar ou levantar muito peso também pode comprometer a integridade do sistema muscular que dá sustentação à coluna vertebral e favorecer o aparecimento de hérnias discais.

SintomasA hérnia de disco pode ser assintomática ou, então, provocar dor de intensidade leve, moderada ou tão forte que chega a ser incapacitante.

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Os sintomas são diversos e estão associados à área em que foi comprimida a raiz nervosa. Os mais comuns são: parestesia (formigamento) com ou sem dor; dor na coluna; na coluna e na perna (e/ou coxa); apenas na perna ou na coxa; na coluna e no braço; apenas no braço.

PrevalênciaA hérnia de disco acomete mais as pessoas entre 30 e 50 anos, o que não quer dizer que crianças, jovens e idosos estejam livres dela. Estudos radiológicos mostram que depois dos 50 anos, 30% da população mundial apresentam alguma forma assintomática desse tipo de afecção na coluna.

DiagnósticoO diagnóstico pode ser feito clinicamente, levando em conta as características dos sintomas e o resultado do exame neurológico. Exames como RX, tomografia e ressonância magnética ajudam a determinar o tamanho da lesão e em que exata região da coluna está localizada.

PrevençãoDesenvolver hábitos saudáveis de vida e que estejam de acordo com as normas básicas estabelecidas pela Ergonomia, tais como: prática regular de atividade física, realização de exercícios de alongamento e de exercícios para fortalecer a musculatura abdominal e paravertebral, e postura corporal correta são medidas importantes para prevenir as doenças da coluna.

TratamentoAs hérnias de disco localizadas na coluna lombar, em geral, respondem bem ao tratamento clínico conservador. O quadro reverte com o uso de analgésicos e antiinflamatórios, se a pessoa fizer um pouco de repouso e sessões de fisioterapia e acupuntura. Em geral, em apenas um mês, 90% dos portadores dessas hérnias estão aptos para reassumir suas atividades rotineiras.

Hérnias de disco na coluna cervical podem surgir diretamente nessa região ou serem provocadas por alteração na curvatura e posicionamento da coluna vertebral durante a crise da hérnia lombar. A escolha do tratamento, se cirúrgico ou não cirúrgico, considera a gravidade dos sintomas e o déficit motor. A cirurgia só é indicada quando o paciente não responde ao tratamento conservador e nos casos de compressão do nervo exercida por parte do disco que extravasou, pois corrigido esse defeito mecânico a dor desaparece completamente.

Recomendação

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* Evite todos os excessos que facilitam a instalação das hérnias de disco: excesso de peso, de bebidas alcoólicas, de exercícios físicos, de cigarro;

* Procure manter a postura correta quando sentado ou em pé;

* Não se esqueça de que vida sedentária é responsável não só pela formação de hérnias de disco, mas por muitos outros problemas de saúde;

* Informe-se sobre o tipo de atividade física indicada para sua faixa de idade;

* Suspenda os exercícios se os sintomas voltarem e procure assistência médica imediatamente;

* Siga as recomendações médicas depois da cirurgia para evitar que nova hérnia se forme naquele local.

Discopatia Degenerativa

A hérnia de disco não é a única patologia do disco intervertebral, embora seja a mais conhecida. O disco intervertebral possui uma função amortecedora, estando, portanto em constante movimento/pressão, o que pode levar ao seu desgaste sendo chamado de degeneração discal ou discopatia degenerativa como é mais conhecida.

 

Essa degeneração do disco geralmente faz parte do processo de envelhecimento do nosso corpo, não representando, portanto uma doença. A grande maioria das pessoas com mais de 50 anos de idade apresentam sinais radiológicos de degeneração discal como diminuição da altura do disco intervertebral e escurecimento do mesmo (desidratação) na Ressonância Magnética, mesmo em muitos daqueles que nunca sofreram de dor nas costas.

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A) Disco desidratado (cor escura) e hérnia discal comprimindo raiz nervosa próxima a canal medular (circulo vermelho)B) Disco sadio (cor branca) C) Medula nervosa com líquorD) Apófise espinhosa (1, 2, 3 e 4) Corpos vertebrais

Entretanto, em um número grande de pessoas essa degeneração pode ser acompanhada de dor. Na discopatia dolorosa não precisa haver ruptura do disco, como na Hérnia de Disco, sendo mais comum a perda da capacidade de amortecimento pela redução na altura e pelo endurecimento das estruturas discais. Dessa forma, a chamada dor ciática, que se irradia para a perna, não é tão freqüente, sendo mais comum a lombalgia (dor na região lombar,) de caráter incomodativo, mas podendo evoluir com crises de dor bastante intensa, e geralmente durando bastante tempo.

Tanto o diagnóstico como o tratamento dessa doença é motivo de discussão, mas, atualmente, vem-se indicando cada vez mais o tratamento cirúrgico nos casos em que as medicações e fisioterapia não alcançam a melhora adequada do quadro doloroso. Diferente da hérnia, na cirurgia da discopatia dolorosa o objetivo maior não é descomprimir o nervo, e sim reconstituir o espaço discal, com técnicas de artrodese ou artroplastia (Prótese discal).

Espondiloartrose

A espondiloartrose é um tipo de artrose que causa uma série de alterações na coluna lombar, cervical ou dorsal, afetando os ossos, ligamentos, disco intervertebral e nervos provocando dor, o que muitas vezes é incapacitante.

Causas da espondiloartrose

A espondiloartrose pode ser causada por:

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Idade;

Genética;

Má postura;

Traumatismo;

Esforço repetitivo;

Lesões desportivas;

Comprometimento dao disco intervertebral;

Desgaste ósseo.

Como identificar a espondiloartrose?

Para identificar a espondiloartrose o ortopedista ou fisioterapeuta podem requisitar os seguintes exames: raios-X, a ressonância magnética ou a tomografia computadorizada. Estes exames geram imagens, que podem facilmente evidenciar os danos na coluna e a sua gravidade.

Na espondiloartrose o disco intervertebral pode ficar deformado causando uma hérnia de disco, e, além disso, os ligamentos da coluna ficam frouxos gerando sintomas típicos da doença.

Sintomas da espondiloartrose

Os sintomas da espondiloartrose são relacionados com o local onde ela está localizada, na cervical, dorsal ou lombar.

Por norma a primeira queixa é a dor nas costas, que piora com os movimentos e tende a regredir ao repouso. Mas pode ocorrer uma dor que irradia para as pernas ou para os braços, se houver comprometimento do sistema nervoso periférico, e há ainda diminuição da força muscular e falta de flexibilidade.

Tratamento para espondiloartrose

O tratamento para a espondiloartrose pode ser feito com fisioterapia. Se a dor for incapacitante ou não regredir com a fisioterapia, pode-se recorrer à cirurgia.

Fisioterapia para espondiloartrose

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Na fisioterapia para a espondiloartose pode-se fazer exercícios para melhorar a postura, usar aparelhos para aliviar a dor e o desconforto, e os alongamentos que vão melhorar o aporte sanguíneo e melhorar a amplitude de movimentos.

Para complementar o tratamento deve-se emagrecer, evitar levantar pesos e fazer grandes esforços para não prejudicar ainda mais a coluna. Massagens terapêuticas e de relaxamento também podem ser úteis assim como a toma de analgésicos e anti-inflamatórios em dias de maior dor.

O trabalho da fisioterapia é capaz de aliviar os sintomas da espondiloartrose, mas trata-se de uma doença progressiva e degenerativa e provavelmente o indivíduo deverá fazer várias sessões de fisioterapia durante a vida.

O que é Espondilolistese?

É um deslizamento de um corpo vertebral no sentido anterior, posterior ou lateral em relação à vértebra de baixo. Este escorregamento para frente de uma vértebra em relação a outra subjacente, ocasiona dor ou sintomatologia de irritação de raiz nervosa.

 

Classificação

A mais aceita é a classificação de Wiltse e Bradford que tem como diferencial a etiologia do escorregamento vertebral. As listeses são divididas em 5 grupos da seguinte forma – Displásica – Anomalia da porção superior do sacro ou do

arco de L5, Ístmica – Lesão do istmo vertebral por fratura de fadiga, Degenerativa – Secundária a processo degenerativo do disco ou articulação

intervertebral posterior, Traumática – Fratura aguda do arco posterior da vértebra, Patológica – Enfermidade óssea que acomete o arco posterior (tumor

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ósseo, etc).

Estes deslizamentos vertebrais foram classificados por Meyerding conforme sua intensidade. Grau I de zero a 25%, Grau II de 25% a 50%, Grau III de 50% a 75% e Grau IV de 75% a 100%. O Grau V seria a pitose vertebral.

Sintomas

Dor Lombar, dor irradiada (dor Ciática), dor nas pernas ao caminhar, formigamento, encurtamento dos músculos posteriores das pernas, perda de força e coordenação dos movimentos e incapacidade de andar.

Causas da Espondilolistese

A espondilolistese degenerativa ocorre em adultos e idosos, pois é provocada pelo desgaste das articulações facetárias, como parte do quadro de degeneração da coluna.

A espondilolistese ístmica ocorre por um defeito das articulações facetárias, que pode ser de natureza congênita ou devido a lesões ocorridas na infância. Como pode ser por uma má-formação congênita, a espondilolistese ístmica é comum na infância e adolescência.

Diagnóstico e exame

Raios-XRessonância Magnética

Tratamento

RMA da Coluna Vertebral

Raquitismo

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O Raquitismo é uma enfermidade que surge após um processo de mutação experimentado pelos ossos infantis, ainda em desenvolvimento, decorrente da ação incorreta de substâncias minerais no campo ósseo. Esta modificação deixa os ossos das crianças mais frouxos e, portanto, frágeis, o que pode causar lesões e deformações.

Causas

Esta doença é mais comum nos países em estágio de desenvolvimento, pois provém da carência de vitamina D, ou porque a pessoa não está suficientemente em contato com o sol ou porque consome uma dieta pobre nesta substância, tendendo normalmente a um processo de desnutrição; a falta de cálcio pode igualmente levar à aquisição do Raquitismo.

Nos adultos esta ausência da vitamina D também ocorre, mas dá origem a outro quadro similar, conhecido como Osteomalacia. Esta substância é fundamental para que o cálcio e o fósforo sejam consumidos adequadamente pela região intestinal. Se este mecanismo não se dá naturalmente, a taxa de cálcio cai e ossos e dentes sofrem mutações na sua forma. Os nervos dos músculos também são afetados, entrando em estágio de intensa excitação.

Pernas arqueadas em um bebê de dois anos por causa do Raquitismo

Apesar da definição comum de raquitismo, há uma outra forma desta enfermidade que está de alguma forma conectada ao cromossomo X, sendo considerada um raquitismo contumaz, que rejeita a vitamina D. No raio-X de um paciente raquítico é possível se observar imagens das pernas arqueadas e do peito em processo de deformação. Modificações cranianas também podem ser vistas, pois resultam em uma ‘cabeça-quadrada’.

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Se não há um tratamento sério, estas mutações são preservadas no estágio adulto. Fenômenos como ossos longos curvos ou com o formato externo para sempre modificados, além da presença de escoliose – as famosas costas vergadas -, são encontrados em indivíduos que não cuidaram adequadamente do raquitismo na infância.

O diagnóstico desta enfermidade pode ser realizado por meio de exames de sangue, nos quais se avaliam os índices de cálcio e de fósforo, bem como os de fosfatasse alcalina. Uma radiografia também é necessária. A biópsia óssea é um procedimento mais incomum, embora indique igualmente a presença ou a ausência de raquitismo.

Sintomas

Os sintomas mais comuns desta doença são ossos dolorosos; afecção dos dentes; fragilidade dos músculos; maior inclinação às lesões ósseas; deformações esqueléticas; problemas no crescimento; baixos índices de cálcio na circulação sanguínea; espasmos dos músculos sem controle algum em todo o organismo; crânio mais frouxo; articulações costocondrais – a costela e sua cartilagem, ou seja, o tecido muscular que a reveste – inchadas; irritação, agitação e muito suor na cabeça; infecções no sistema respiratório, entre outros.

Tratamento e Prevenção

O tratamento do raquitismo, bem como sua prevenção, deve incluir exposição à luz solar e o consumo de alimentos abundantes em vitamina D, cálcio e fosfato, tais como óleo de fígado de bacalhau e óleo de fígado de linguado. A dose apropriada desta vitamina também pode ser obtida através dos suplementos alimentares.

A melhor escolha é a vitamina D3, mais rapidamente consumida pelo organismo que a D2. A American Academy of Pediatrics, instituição dos EUA, prescreve estes suplementos inclusive para bebês com 2 meses de idade, que ingerem tão somente o leite da mãe, até que eles entrem no estágio de alimentação que inclui um mínimo de 500 gramas de leite com adição de vitamina D por dia.

Lordose, Cifose e Escoliose

A coluna vertebral possui três tipos de curvas: a lordose, a cifose e a escoliose . A lordose é presente na coluna cervical e na coluna lombar e a cifose é presente na coluna torácica. A presença dessas duas curvas é NORMAL nesses níveis acima, fazendo parte das curvaturas normais da coluna. Apenas em

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casos em que a lordose e a cifose aparecem em grau aumentado é que são consideradas anormais e devem ser investigadas. A escoliose é sempre uma curva anormal.A lordose é uma curvatura natural da coluna vertebral. Ela está presente na região cervical e lombar, enquanto na região torácica a curvatura normal é a cifose. Essas curvaturas estão presentes em todos os indivíduos normais.

As alterações da lordose são a hipolordose (quando a curva está diminuída) e a hiperlordose (aumento da curva), sendo essa a mais comum. A hiperlordose lombar pode ser gerada por várias causas, desde alterações genéticas a contraturas ou fraqueza muscular, principalmente da musculatura abdominal e dos quadris.

A hipolordose geralmente ocorre em pacientes idosos, com alterações degenerativas nos discos e ligamentos

Existem ainda aumentos e diminuição da lordose, mas dentro da normalidade. Pessoas da raça negra tem na média uma lordose maior que pessoas brancas e as asiáticas tendem a ter uma lordose menor. Outro fato que tende aumentar a lordose é o uso de sapatos com salto alto, sendo reversível após a retirada do sapato.

O tratamento da hiperlordose lombar vai depender da sua causa. Pode variar desde fisioterapia até cirurgia, dependendo do caso.

Artrose

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A osteoartrose, também chamada de artrose, é uma alteração degenerativa das articulações, acometendo com mais frequencia a coluna vertebral, joelhos, mãos e quadris, embora possa acometer qualquer articulação do corpo humano.

Existem dois tipos de artrose: a primária e a secundária. A primária é a que é decorrente do próprio envelhecimento das articulações, sendo mais comuns em pessoas acima de 60 anos de idade. A secundária é decorrente de algum fator que tenha abalado a articulação, como uma fratura ou infecção articular, que irá acelerar o processo de degeneração da junta.O sintoma mais frequente da osteoartrose é a dor articular. Esta dor tende a piorar com os movimentos e com esforços e melhorar com o repouso. Outros sinais e sintomas causados pela artrose são o aumento do tamanho da artriculação, inchaço, e desvios (aparência que a junta está torta).O diagnóstico da artrose é feito com o exame clínico do médico e com exames de imagem, como a Radiografia (raios-X), Tomografia Computadorizada e a Ressonância Magnética. As alterações mais frequentes nestes exames são: diminuição do espaço articular, alterações na própria cartilagem e os osteófitos, chamados também de "bicos de papagaio”. A osteoartrose não possui cura, já que é uma doença degenerativa, que piora com o envelhecimento. Os objetivos são a melhora dos sintomas, principalmente a dor.Existem dois tipos de medicamentos para a artrose: os medicamentos para a dor e os condroprotetores. Os edicamentos para dor são os analgésicos e anti-inflamatórios, que são utilizados para alívio provisório da dor, não tendo nenhum efeito de mudança na evolução da doença.Os condroprotetores são utilizados com o objetivo de diminuir a velocidade de piora da artrose com o envelhecimento. São medicamentos de uso de longo prazo e contínuo, geralmente com custo mais elevado (por volta de R$ 130,00 a 150,00 por mês), o que muitas vezes acaba deixando o tratamento inviável.Existem alguns tipos de cirurgia para artrose. As mais comuns são as artroplastias (próteses) e as artroseses. A cirurgia para colocação de prótese é agressiva, sendo a junta da pessoa trocada por uma junta artificial, melhorando muito os sintomas. As artrodeses são realizadas nas juntas e em pessoas nas quais as próteses não são possíveis de serem colocadas. Nas artrodeses são realizadas fixações das juntas e colocação de enxerto ósseo, ficando a junta sem movimento definitivamente.

O que é Osteomielite?

A Osteomielite é um processo inflamatório agudo ou crônico do tecido ósseo, produzido por bactérias piogênicas (isto é, produtoras de pus). A bactéria responsável varia de acordo com a idade do paciente e o mecanismo da infecção. Esses agentes causadores (bactéria) chegam ao tecido ósseo de

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diferentes maneiras: através de infecções originadas em lesões cirúrgicas ou acidentais; através de partes infectadas do corpo que aumentam a sua área afetada, atingindo os ossos; pelo sangue, que pode trazer infecções de outras partes do corpo.A Osteomielite pode ser de origem hematogênica, isto é, causada por bactérias que se originam de um foco infeccioso afastado do osso, chegando ao mesmo através da circulação sangüínea. Este tipo de Osteomielite ocorre mais comumente em crianças. Os locais dos ossos mais afetados são a metáfise (que é uma região altamente vascularizada nos ossos em crescimento) e a epífise dos ossos longos. Pode também ser devido a uma lesãocontígua ao osso, durante um trauma direto (como exemplo: trauma produzido por um instrumento pontiagudo, fratura exposta, feridas profundas), cirurgia ou a um foco infeccioso junto ao osso. A Osteomielite pode também ser secundáriaa uma doença vascular periférica. Toda Osteomielite começa como infecção aguda. Se não tratada, ou se o tratamentonão for eficaz, evolui, por definição após seis meses, para Osteomielite crônica.

Morfologia

A morfologia da Osteomielite depende do estágio (aguda ou crônica) e localização da infecção. Uma vez localizada no osso, a bactéria prolifera e induz a uma reação inflamatória aguda. São liberadas toxinas e enzimas destrutivas, que reduzem o PH local e a tensão de oxigênio, aumenta a pressão intra óssea e causa a morte celular. O osso afetado sofre necrose dentro das primeiras 48 horas e a bactéria e a inflamação dissemina-se através da coluna óssea, podendo se infiltrar através do sistema Harvesiano para alcançar o periósteo. Nas crianças, o periósteo está frouxamente ligado a córtex, portanto abscessos subperiósteos consideráveis podem se formar, podendo se estender por grande distância ao longo da superfície óssea. O levantamento do periósteo ajuda a reduzir o suprimento sangüíneo para a região afetada, e tanto a supuração como as injúrias isquêmicas podem causar necrose óssea segmentar; os fragmentos de osso necrosados são conhecidos como seqüestros. A rotura do periósteo leva à formação de abscessos nos tecidos moles junto ao osso e à eventual formação de fístulas de drenagem (que drena material purulento para a superfície da pele ou outras estruturas do corpo). Algumas vezes, o seqüestro se fragmenta e forma corpos livres que passam através das fístulas. Nas crianças mais novas, mas raramente nos adultos, a infecção epifisária se estende através da superfície articular ou ao longo da cápsula e inserções tendoligamentares para dentro da cavidade articular, produzindo então Artrite Séptica, o que pode causar extensa destruição da cartilagem hialina e permanente incapacidade.Um processo análogo envolve as vértebras, nas quais a infecção destrói a

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cartilagem e o disco intervertebral, e se estende para as vértebras adjacentes. No fim de algum tempo, surge a resposta do hospedeiro e, após a primeira semana de infecção, células inflamatórias crônicas tornam-se mais numerosas e estimulam a reabsorção óssea osteoclástica, crescimento interno de tecido fibroso e deposição de osso reativo na periferia. Na presença de um seqüestro, o material reativo ou osso lamelar pode ser depositado como uma luva de tecido vivo, conhecido como invólucro, ao redor do segmento de osso desvitalizado.

Como é feito o Diagnostico?

O diagnóstico de osteomielite é feito principalmente através de radiografia (raios-X) e, eventualmente, de tomografia computadorizada, ressonância magnética nuclear ou outras técnicas de diagnóstico por imagem.Descobrir a causa exata da doença é essencial, pois o tratamento varia de acordo com o agente causador. Para isso, utilizam-se amostras de sangue ou da área lesada, onde esses organismos são mais facilmente encontrados.

A Doença de Paget

A doença de Paget é um distúrbio crônico do esqueleto, no qual áreas de ossos apresentam um crescimento anormal, aumentam de tamanho e tornam-se mais frágeis. O distúrbio pode afetar qualquer osso. No entanto, os ossos mais comumente atingidos são: os ossos da pelve, o fêmur, os ossos do crânio, a tíbia, os ossos da coluna vertebral (vértebras), as clavículas e o úmero. Nos Estados Unidos, cerca de 1% dos indivíduos com mais de 40 anos apresentam esse distúrbio, o qual raramente ocorre entre os indivíduos mais novos.

Os homens apresentam uma probabilidade 50% maior de apresentar a doença de Paget do que as mulheres. A doença de Paget é mais comum na Europa (excluindo a Escandinávia), na Austrália e na Nova Zelândia que nas Américas, na África e na Ásia. Ela é particularmente comum na Inglaterra. Em condições normais, as células que destroem o osso velho (osteoclastos) e as células que formam o osso novo (osteoblastos) trabalham em equilíbrio para manter a estrutura e a integridade ósseas.

No caso da doença de Paget, tanto os osteoclastos quanto osteoblastos tornam-se hiperativos em algumas áreas dos ossos e a velocidade do turnover (renovação) dessas áreas aumenta de modo significativo. As áreas hiperativas aumentam de tamanho. No entanto, elas apresentam uma estrutura anormal e, por essa razão, são mais frágeis que as áreas normais. A causa da doença de Paget é desconhecida. Apesar de ela apresentar uma tendência a ocorrer em família, até o momento não foi descoberto qualquer padrão genético específico.

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Algumas evidências sugerem a possibilidade do envolvimento de uma infecção viral.

Sintomas

Geralmente, a doença de Paget é assintomática. Quando o indivíduo apresenta sintomas, como a rigidez articular e a fadiga, eles comumente apresentam um desenvolvimento lento e sutil. O paciente pode apresentar dor, aumento de tamanho e deformidades ósseas. As dores ósseas podem ser profundas, algumas vezes intensas, e pioram à noite. Os ossos que apresentam aumento de tamanho podem comprimir nervos e aumentar a dor. Algumas vezes, a doença de Paget acarreta o desenvolvimento de uma osteoartrite dolorosa nas articulações adjacentes. Os sintomas variam, dependendo de quais os ossos afetados.

O crânio pode aumentar de tamanho fazendo com que as sobrancelhas e a fronte apresentem um aspecto mais proeminente. O indivíduo pode perceber esse aumento de tamanho ao ter que utilizar um chapéu de tamanho maior. Esse aumento dos ossos do crânio pode acarretar perda auditiva devido à lesão do ouvido interno, cefaléia devida à compressão de nervos e dilatação de veias do couro cabeludo devida ao aumento do fluxo sangüíneo ao crânio. As vértebras apresentam aumento de tamanho, enfraquecimento e deformações, acarretando diminuição da estatura.

As vértebras lesadas podem pinçar os nervos da medula espinhal, causando insensibilidade, formigamento, fraqueza ou até paralisia de membros inferiores. Quando os ossos dos quadris ou dos membros inferiores são afetados, o indivíduo pode apresentar arqueamento dos membros e os seus passos tornam- se curtos e titubeantes.

O osso anormal apresenta uma maior probabilidade de fratura. Raramente, ocorre o desenvolvimento de insuficiência cardíaca devido ao aumento do fluxo sangüíneo através do osso anormal, o qual acarreta um maior esforço cardíaco. Em menos de 1% dos indivíduos com doença de Paget, o osso anormal torna-se canceroso.

Diagnóstico e Tratamento

Freqüentemente, a doença de Paget é descoberta por acaso, quando radiografias ou exames laboratoriais são realizados por outras razões. Por outro lado, o diagnóstico pode ser feito baseando- se nos sintomas e no exame físico. A doença pode ser confirmada pela radiografia que revela alterações características do distúrbio, e pela análise da dosagem da concentração sangüínea da fosfatase alcalina, uma enzima envolvida na formação das células ósseas.

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A cintilografia óssea revela quais ossos encontram-se afetados. Um indivíduo com doença de Paget necessita de tratamento somente quando os sintomas causam desconforto ou se o risco de complicações, como a perda autiditiva, a artrite ou a deformidade, é grande. Geralmente, a aspirina, outras drogas antiinflamatórias não-esteróides e analgésicos comuns (p.ex., acetaminofeno) reduzem as dores ósseas.

Se um membro inferior torna-se arqueado, o uso de saltos corretores pode tornar a marcha mais fácil. Algumas vezes, a cirurgia é necessária para aliviar o pinçamento de nervos ou para substituir uma articulação afetada pela artrite. Um bisfosfonato – etidronato, pamidronato ou alendronato – ou a calcitonina podem ser utilizados para retardar a evolução da doença de Paget. Essas drogas são administradas antes da cirurgia, para evitar ou reduzir o sangramento durante a intervenção.

Elas também são prescritas para tratar a dor intensa causada pela doença de Paget, para evitar ou retardar a progressão da fraqueza ou da paralisia (em pacientes que não podem ser submetidos à cirurgia) e como uma tentativa para evitar a artrite, o agravamento da perda auditiva e o aumento da deformidade. O etidronato e o alendronato normalmente são administrados por via oral e o pamidronato, pela via intravenosa. A calcitonina é administrada sob a forma de injeção subcutânea ou intramuscular, podendo também ser administrada sob a forma de um spray nasal.

Osteófitos (Bico de Papagaio)

Mesmo antes de aparecerem os osteófitos marginais, os discos intervertebrais (“amortecedor” entre as vértebras) já envelhecem, desgastando e perdendo suas características normais. Com o desgaste da articulação vertebral (degeneração do disco intervertebral) acontece a instabilidade do segmento da coluna, e assim micromovimentação de forma anormal. Na tentativa de estabilizar e fusionar este nível doente da coluna o corpo humano faz crescer osso. Assim ocorre a formação óssea nas bordas articulares, à frente e/ou para ao lado do disco intervertebral. Esse novo osso é o osteófito marginal, comumente chamado de bico de papagaio.

Nos casos onde existem os osteófitos, provavelmente os discos estão desgastados e há instabilidade do nível. Os sintomas geralmente não são diretamente causados pelo bico de papagaio e sim pelas alterações relacionadas. O principal sintoma associado é dor próxima ao local, podendo ou não apresentar sinais neurológicos dependendo da sua localização.

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Em quadros de dor aguda podem ser usados medicamentos (também em forma de injeções espinhais) ou fisioterapia para corrigir problemas musculares. Para casos crônicos, de longa história de dor, a estabilidade do nível afetado através de artrodese pode ser benéfica.

Osteomalácia

A osteomalácia que é um defeito na mineralização do osso que se apresenta com osteopenia, dor óssea e pseudo fraturas no exame radiológico. Ela está associada a deficiência da vitamina D, normalmente relacionada a má absorção de gordura ou perda de fosfato renal.  Na osteomalácia a hipocalcemia resulta da insuficiente absorção de cálcio e a hipofosfatemia resulta primariamente do hiperparatireoidismo secundário.Diferente da osteoporose, a osteomalácia apresenta hipofosfatemia, hipocalcemia e fosfatase alcalina freqüentemente elevada. Na osteomalácia a hipocalcemia resulta da insuficiente absorção de cálcio e a hipofosfatemia resulta primariamente do hiperparatireoidismo secundário.A suspeita clínica de osteomalácia pode ser confirmada pela dosagem de vitamina D sérica.O sinal de Chvosteck é um sinal indicativo de concentração reduzida de cálcio ionizado.