exercícios - teoria geral do processo

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5/25/2018 Exerccios-TeoriaGeralDoProcesso-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/exercicios-teoria-geral-do-processo 1/54 Teor ia Ger al do Pr ocesso

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  • Teoria Geral do Processo

  • Expediente

    Curso de Direito Coletnea de ExercciosCoordenao Nacional do Curso de Direito da Universidade Estcio de S

    Coordenao do ProjetoNcleo de Qualificao e Apoio Didtico-PedaggicoPresidente: Professor Srgio Cavalieri Filho

    Coordenao PedaggicaProf. Tereza MouraProf. Marcelo Machado Lima

    Organizao da ColetneaProfessores da disciplina, sob a coordenao do Prof. Luis Carlos Arajo

    ColaboradoresProf. Antonio Carlos MartinsProf. Liane Linhares IsoldiProf. Luis Carlos de ArajoProf. Maria Carolina AmorimProf. Sava Hoffmann

  • Caro Aluno

    A Metodologia do Caso Concreto, aplicada em nosso Curso de Direito, centrada na articulao entre teoria e prti-ca, com vistas a desenvolver o raciocnio jurdico. Ela abarca o estudo interdisciplinar dos vrios ramos do Direito, permitindo o exerccio constante da pesquisa, a anlise de conceitos, bem como a discusso de suas aplicaes.

    O objetivo preparar os alunos para a busca de resolues criativas a partir do conhecimento acumulado, com a susten-tao por meio de argumentos coerentes e consistentes. Desta forma, acreditamos ser possvel tornar as aulas mais interativas e, conseqentemente, melhorar a qualidade do ensino ofere-cido.

    Na formao dos futuros profissionais, entendemos que no papel do Curso de Direito da Universidade Estcio de S to-somente oferecer contedos de bom nvel. A excelncia do curso ser atingida no momento em que possamos formar pro-fissionais autnomos, crticos e reflexivos.

    Para alcanarmos esse propsito, apresentamos a Cole-tnea de Exerccios, instrumento fundamental da Metodologia do Caso Concreto. Ela contempla a soluo de uma srie de ca-sos prticos a serem desenvolvidos pelo aluno, com auxlio do professor.

    Como regra primeira, necessrio que o aluno adquira o costume de estudar previamente o contedo que ser ministrado pelo professor em sala de aula. Desta forma, ter subsdios para enfrentar e solucionar cada caso proposto. O mais importante no encontrar a soluo correta, mas pesquisar de maneira dis-ciplinada, de forma a adquirir conhecimento sobre o tema.

  • A tentativa de solucionar os casos em momento anterior aula expositiva aumenta consideravelmente a capacidade de compreenso do discente.

    Este, a partir de um pr-entendimento acerca do tema abor-dado, ter melhores condies de no s consolidar seus conheci-mentos, mas tambm dialogar de forma coerente e madura com o professor, criando um ambiente acadmico mais rico e exitoso.

    Alm desse, h outros motivos para a adoo desta Cole-tnea. Um segundo a ser ressaltado o de que o mtodo estimula o desenvolvimento da capacidade investigativa do aluno, incen-tivando-o pesquisa e, conseqentemente, proporcionando-lhe maior grau de independncia intelectual.

    H, ainda, um terceiro motivo a ser mencionado. As constantes mudanas no mundo do conhecimento e, por con-seqncia, no universo jurdico exigem do profissional do Di-reito, no exerccio de suas atividades, enfrentar situaes nas quais os seus conhecimentos tericos acumulados no sero, per si, suficientes para a resoluo das questes prticas a ele confiadas.

    Neste sentido, e tendo como referncia o seu futuro pro-fissional, consideramos imprescindvel que, desde cedo, desen-volva hbitos que aumentem sua potencialidade intelectual e emocional para se relacionar com essa realidade. E isto propor-cionado pela Metodologia do Estudo de Casos.

    No que se refere concepo formal do presente mate-rial, esclarecemos que o contedo programtico da disciplina a ser ministrada durante o perodo foi subdividido em 15 partes, sendo que a cada uma delas chamaremos Semana. Na primeira semana de aula, por exemplo, o professor ministrar o contedo condizente com a Semana n1; na segunda, com a Semana n2, e, assim, sucessivamente.

    O perodo letivo semestral do nosso curso possui 22 se-manas. O fato de termos dividido o programa da disciplina em

  • 15 partes no foi por acaso. Levou-se em considerao no so-mente as aulas que so destinadas aplicao das avaliaes ou os eventuais feriados, mas, principalmente, as necessidades pe-daggicas de cada professor.

    Isto porque o nosso projeto pedaggico reconhece a im-portncia de destinar um tempo extra a ser utilizado pelo profes-sor e a seu critrio nas situaes na qual este perceba a neces-sidade de enfatizar de forma mais intensa uma determinada parte do programa, seja por sua complexidade, seja por ter observado na turma um nvel insuficiente de compreenso.

    Hoje, aps a implantao da metodologia em todo o cur-so no Estado do Rio de Janeiro, por intermdio das Coletneas de Exerccios, possvel observar o resultado positivo deste tra-balho, que agora chega a outras localidades do Brasil. Recente convnio firmado entre as Instituies que figuram nas pginas iniciais deste caderno permitiu a colaborao dos respectivos docentes na feitura deste material disponibilizado aos alunos.

    A certeza que nos acompanha a de que no apenas tor-namos as aulas mais interativas e dialgicas, como se mostra mais ntida a interseo entre os campos da teoria e da prtica no Direito.

    Por todas essas razes, o desempenho e os resultados obti-dos pelo aluno nesta disciplina esto intimamente relacionados ao esforo despendido por ele na realizao das tarefas solicita-das, em conformidade com as orientaes do professor. A aqui-sio do hbito do estudo perene e perseverante no apenas o levar a obter alta performance no decorrer do seu curso, como tambm potencializar suas habilidades e competncias para um aprendizado mais denso e profundo pelo resto de sua vida.

    Lembre-se: na vida acadmica, no h milagres; h estudo com perseverana e determinao. Bom trabalho.

    Coordenao Geral do Curso de Direito

  • Procedimentos para Utilizao das Coletneas de Exerccios

    1. O aluno dever desenvolver pesquisa prvia sobre os temas objeto de estudo de cada semana, envolvendo a legisla-o, a doutrina e a jurisprudncia, e apresentar solues, por meio da resoluo dos casos, preparando-se para debates em sala de aula.

    2. Antes do incio de cada aula, o aluno depositar sobre a mesa do professor o material relativo aos casos pesquisados e pr-resolvidos, para que o docente rubrique e devolva no incio da prpria aula.

    3. Aps a discusso e soluo dos casos em sala de aula, com o professor, o aluno dever aperfeioar o seu trabalho, uti-lizando, necessariamente, citaes de doutrina e/ou jurisprudn-cia pertinentes aos casos.

    4. A entrega tempestiva dos trabalhos ser obrigatria, para efeito de lanamento dos graus respectivos (zero a dois), independentemente do comparecimento do aluno s provas.

    5. At o dia da AV1 e da AV2, respectivamente, o aluno dever entregar o contedo do trabalho relativo s aulas j mi-nistradas, anexando os originais rubricados pelo professor, bem como o aperfeioamento dos mesmos, organizado de forma cro-nolgica, em pasta ou envelope, devidamente identificado, para atribuio de pontuao (zero a dois), que ser somada que for atribuda AV1 e AV2 (zero a oito).

    6. A pontuao relativa Coletnea de Exerccios na AV3 (zero a dois) ser a mdia aritmtica entre os graus atri-

  • budos aos exerccios apresentados at a AV1 e a AV2 (zero a dois).

    7. As AV1, AV2 e AV3 valero at oito pontos e con-tero, no mnimo, trs questes baseadas nos casos constantes da Coletnea de Exerccios.

    Coordenao Geral do Curso de Direito

    Procedimentos para Utilizao das Coletneas de Exerccios

  • Semana 1 Compreenso, autonomia e instrumentalidade do processo; natureza das leis processuais; relaes do direito processual com os outros ramos do direito; finalidade do processo civil, processo penal e do trabalho; leis processuais no tempo e no espao.

    Semana 2Princpios informativos do direito processual; distino entre ao, jurisdio e processo; a informatizao do processo judicial noes gerais.

    Semana 3Jurisdio; conceito, carter substitutivo, finalidades, limitaes e ca-ractersticas; princpios fundamentais; poderes. Distino entre fun-es do Estado; poderes compreendidos na jurisdio; espcies de tutela jurisdicional. Jurisdio contenciosa e voluntria no processo civil e penal; substitutivos da jurisdio; jurisdio de direito e de equidade.

    Semana 4Meios alternativos de soluo de conflitos (arbitragem e a conciliao nos Juizados Especiais Cveis e Criminais); soluo de conflitos traba-lhistas: autodefesa, autocomposio, comisses de conciliao prvia (noes). Do Judicirio Trabalhista: O Poder Judicirio, sua organiza-o, e o Ministrio Pblico.

    Semana 5Estrutura Judiciria Brasileira. As Justias Especiais. Justia Federal. TRF e Juzes Federais. Organizao da Justia Estadual. rgos da Jus-tia Estadual. rgos Especiais das Justias Estaduais. Cmaras Cveis, Juzes de Direito. Juizados Especiais Cveis Estaduais e da Justia Fede-ral. Turmas Recursais.

    Sumrio

  • Semana 6Ao. Conceito. Condies de Legtimo Exerccio da Ao. Condi-es Genricas e Especficas. Especficas Positivas e Negativas.

    Semana 7Processo Civil, Penal e do Trabalho. Compreenso e conceito. Na-tureza jurdica. Relao jurdico-processual e seus sujeitos. O MP no processo civil, penal e do trabalho. Pressupostos processuais de exis-tncia e de validade.

    Semana 8Competncia. Conceito. Natureza Jurdica. Competncia Interna-cional e Interna. Competncia das Justias Especiais. Competncia da Justia Comum Federal e dos Estados.

    Semana 9Competncia. Critrios de Fixao da Competncia. Competncia de Foro. Critrio Territorial. Competncia de Juzo. Critrio Objetivo e Funcional. Incompetncia Relativa e Absoluta.

    Semana 10(Continuao) Competncia. Critrios de Fixao da Competncia. Competncia de Foro. Critrio Territorial. Competncia de Juzo. Cri-trio Objetivo e Funcional. Incompetncia Relativa e Absoluta.

    Semana 11Competncia. Modificaes da Competncia. Preveno. Conexo. Continncia. Prorrogao e Perpetuao. Controle da Competncia e seus Instrumentos: Controle de Ofcio, Exceo de Incompetncia e Conflito de Competncia.

    Semana 12(Continuao) Competncia. Modificaes da Competncia. Preven-o. Conexo. Continncia. Prorrogao e Perpetuao. Controle da Competncia e seus Instrumentos: Controle de Ofcio, Exceo de Incompetncia e Conflito de Competncia.

  • Teoria Geral do Processo

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    Semana 13Partes. Sujeitos do Processo. Sujeitos da Lide (Distino). Capacida-de. Conceito. Capacidade de ser parte e capacidade de estar em Juzo. Conseqncias da falta de capacidade processual.

    Semana 14Processo e Procedimento: Civil, Penal e do Trabalho. Espcies de processo. Espcies de procedimento. A informatizao do processo judicial. Princpios Gerais do Processo e do Procedimento. Garantias Constitucionais Processuais. Atos Atentatrios ao Exerccio da Juris-dio. Formao do processo. Sucesso e substituio processual. Tra-tamento especial ao idoso.

    Semana 15Procedimentos e suas Estruturas. Procedimento Ordinrio, Sumrio e os Especiais. A Converso dos Procedimentos Especiais para o Or-dinrio.

  • Teoria Geral do Processo

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    Semana 1Compreenso, autonomia e instrumentalidade do processo; natureza das leis processuais; relaes do direito processual com os outros ramos do direito; fina-lidade do processo civil, processo penal e do trabalho; leis processuais no tempo e no espao.

    CASO 1

    Na Assemblia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro encontra-se em votao um projeto de lei que visa a limitar o alcance dos procedimentos estabelecidos na lei 11.419, de 19/12/2006, que dispe sobre a informatiza-o do processo judicial, alterando vrios dispositivos, sob o argumento da inexistncia de condies prticas especficas, sobretudo no interior, para atend-los.

    Indaga-se:

    a) A Assemblia Legislativa estadual pode legislar sobre matria pro-cessual? Justifique indicando o dispositivo legal pertinente. Justifi-que a resposta.

    b) E quanto aos procedimentos administrativos de apoio ao processo? Justifique a resposta.

    c) Este projeto seria constitucional? Justifique.

    Pesquisa na doutrina: 1) Ada Pelegrini Grinover, Teoria Geral do Processo, 23 edio. Rio de Janeiro, Malheiros, 2007, p. 114; 2) Ale-xandre Freitas Cmara, Lies de Direito Processual Civil, vol. 1, 14 ed., Ed. Lumen Juris, p. 18. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    CASO 2

    Antenor e Alice, brasileiros, prsperos empresrios do ramo da constru-o civil, casados h cinco anos, apresentam problemas de fertilidade apesar de vrios tratamentos em modernas clnicas especializadas. Decidem ento congelar embries para uma inseminao artificial futura. Ocorre que Ante-nor falece, vtima de um desastre de avio em uma de suas viagens de neg-cios. Viva, Alice procura a clnica para submeter-se fertilizao, porm a clnica, diante da notcia do falecimento de Antenor, se nega a faz-lo. In-dignada, Alice busca amparo para sua pretenso junto ao Poder Judicirio. O

  • Coletnea de Exerccios

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    magistrado, por sua vez, deixa de apreciar a questo alegando que tal situao no encontra amparo legal no ordenamento jurdico brasileiro.

    Indaga-se:

    Agiu de forma correta o magistrado? Por qu? Fundamente.

    Pesquisa na doutrina : 1) Ada Pelegrini Grinover, Teoria Geral do Processo, 23 edio. Rio de Janeiro, Malheiros, 2007, p. 109; 2) Mo-acyr Amaral Santos, Primeiras linhas de Direito Processual Civil, So Paulo: Saraiva, 2007, v. 1, p. 30; 3) Humberto Dalla Bernardina de Pi-nho, Teoria Geral do Processo Civil Contemporneo, 1 ed. Rio de Janei-ro: Lumen Juris. 2007, p. 23. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    CASO 3

    Carlos promoveu ao de conhecimento em face de Antnio. Postula a condenao do ru a pagar a importncia de R$ 10.000,00 (dez mil reais) a ttulo de dano moral. O feito correu at a sentena, que julgou procedente o pedido do autor. Houve recurso, no segundo grau; o relator designado na 2 Cmara Civil constata que o autor foi interditado no curso do processo. Determina, de imediato, a regularizao do feito, com intimao pela im-prensa oficial para no prazo de 10 dias ser eliminado o vcio, conforme art. 515, 4, do CPC.

    A anlise da abordagem histrica do Direito Processual necessria para que possamos entender e valorizar as reformas do Cdigo de Processo Civil, cujo objetivo precpuo garantir expressivo acesso justia.

    Indaga-se:

    a) Quais so as fases de evoluo do Direito Processual? Justifique a resposta.

    b) O que se entende por instrumentalidade do processo? Fundamente a resposta.

    Pesquisa na doutrina: 1) Ada Pellegrini Grinover, Teoria Geral do Processo, 23 edio, Rio de Janeiro: Malheiros, 2007, p. 48; 2) Hum-berto Theodoro Junior, Curso de direito processual civil, 43 ed., Rio de Janeiro, Forense, 2005, v. 1, p. 48; Moacyr Amaral Santos, Primeiras linhas de Direito Processual Civil, So Paulo, Saraiva, 2007, v. 1. pp. 37-62.

  • Teoria Geral do Processo

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    No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema. Consultar tambm Teoria Geral do Processo Ada Pellegrini Gri-

    nover 23 ed., Ed. Malheiros 2007 pp. 47 e 48, e Moacyr Amaral Santos Primeiras linhas de Direito Processual Civil.

    QUESTES OBJETIVAS

    QUESTO 1

    Julgue as alternativas abaixo:

    I) o Direito Processual Civil tem por objeto o estudo das normas jurdi-cas que regem a atividade jurisdicional do Estado;

    II) o Direito Processual Civil ramo do direito pblico; III) obrigaes so medidas estabelecidas pelo Direito, como conse-

    qncia da desobedincia de um imperativo legal; IV) o Direito Processual Civil, como ramo do direito acessrio, subme-

    te-se ao direito material.

    So corretas as alternativas:

    a) I, II e III.b) I e II. c) II, III e IV. d) I, III e IV.

    QUESTO 2

    Quanto interpretao da lei processual indique a alternativa incor-reta:

    a) so mtodos de interpretao da lei processual: literal, sistemtico, histrico, comparativo e teleolgico;

    b) o chamado fenmeno da integrao no encontra previso no orde-namento jurdico brasileiro;

    c) a atividade interpretativa pode ser classificada em declarativa, res-tritiva, extensiva ou ab-rogante;

    d) o mtodo teleolgico objetiva alcanar a finalidade social da norma;

    e) o mtodo comparativo visa a comparar as previses do ordenamento jurdico brasileiro e estrangeiro.

  • Coletnea de Exerccios

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    QUESTO 3

    Assinale a alternativa incorreta:

    a) jurisdio, ao e processo formam a trilogia fundamental do direito processual;

    b) a ao um direito subjetivo e autnomo;c) os Estados e Municpios tm competncia concorrente para legislar

    sobre normas de organizao judiciria;d) o direito processual civil mantm relaes com os demais ramos

    do Direito;e) aplica-se o princpio da territorialidade quanto tratamos da apli-

    cao da lei processual no espao.

    Semana 2Princpios informativos do direito processual; distino entre ao, jurisdio e processo; a informatizao do processo judicial noes gerais.

    CASO 1

    O Direito Processual Civil foi objeto de profundas alteraes recentes; entre elas citamos a Lei 11.277, de 7/2/2006, que criou o artigo 285-A, que estabelece no seu caput: Quando a matria controvertida for unicamente de di-reito e no juzo j houver sido proferida sentena de total improcedncia em outros casos idnticos, poder ser dispensada a citao e proferida sentena, reproduzin-do-se o teor da anteriormente prolatada.

    Indaga-se:

    Este dispositivo ofende os princpios do contraditrio e da ampla defe-sa? Justifique a resposta.

    Pesquisa na doutrina: 1) Cssio Scarpinella Bueno, A nova etapa da reforma do Cdigo de Processo Civil, vol. II, So Paulo, Ed. Saraiva, 2006, p. 55. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    CASO 2

    Antnio Marcos, morador de Petrpolis, dirigia seu veculo em direo ao trabalho, como fazia todas as manhs, quando foi atingido por um poste de

  • Teoria Geral do Processo

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    iluminao pblica que tombou na avenida onde trafegava, devido ao ps-simo estado de conservao. Por conta do acidente, Antnio Marcos restou seriamente lesionado. Decidiu ento ajuizar Ao de Indenizao por danos materiais e morais em face do Municpio de Petrpolis. O juiz na sentena julgou procedente o pedido, pois considerou que o Municpio responsvel pela conservao dos postes de iluminao pblica, condenando-o ao paga-mento de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) a ttulo de indenizao por danos materiais e morais.

    Indaga-se:

    a) Qual o Princpio do Direito Processual Civil que permite um novo julgamento das decises de primeiro grau? Este princpio tem sede constitucional? Justifique a resposta.

    b) Esta sentena, tendo em vista o disposto no artigo 475, I, do Cdigo de Processo Civil, est sujeita chamada reviso obrigatria. Isto constitui ofensa ao chamado Princpio da Igualdade das Partes? Justifique a resposta.

    Pesquisa na doutrina: 1) Ada Pellegrini Grinover, Teoria Geral do Processo, 23 ed., Rio de Janeiro, Malheiros, 2007, pp. 60 e 81. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    CASO 3

    Loureno, funcionrio pblico estadual, foi punido em procedimento administrativo disciplinar com a suspenso de suas atividades por trinta dias. Diante disto, ingressou em juzo pleiteando a anulao da deciso adminis-trativa ao argumento de que no foram garantidos os princpios do contra-ditrio e da ampla defesa esculpidos no artigo 5, LV, da CRFB. Atravs de seu procurador, o Estado defende-se afirmando que esta deciso na esfera administrativa no pode ser modificada, tornando-se, portanto, imutvel, pois operou a chamada coisa julgada administrativa.

    Indaga-se:

    Procede o argumento do procurador? Justifique a resposta.

    Pesquisa na doutrina: 1) Humberto Dalla Bernardina de Pinho, Teo-ria Geral do Processo Civil Contemporneo, 1 ed., Rio de Janeiro, Lumen Juris, 2007, p. 30; 2) Cssio Scarpinella Bueno, Curso Sistematizado de Direito Processual Civil. Teoria Geral do Processo, vol. I, 2 ed., So Pau-lo: Saraiva, 2007, p. 101.

  • Coletnea de Exerccios

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    QUESTES OBJETIVAS

    QUESTO 1

    So princpios informativos do processo:

    a) princpio da concentrao da defesa, da eventualidade e da impug-nao especificada;

    b) princpio da inrcia, da substitutividade e da instrumentalidade c) princpios da identidade fsica do juiz, dos atos processuais e da

    publicidade; d) princpio do impulso oficial, da oralidade, motivao das decises

    judiciais; e) princpio do duplo grau de jurisdio, da simetria e da simplici-

    dade.

    QUESTO 2

    O princpio que impe deveres de moralidade e probidade a todos os que participam do processo chamado de :

    a) princpio do devido processo legal; b) princpio do contraditrio e da ampla defesa; c) princpio da efetividade; d) princpio da lealdade processual;e) princpio da economia processual.

    QUESTO 3

    O juiz livre para apreciar e avaliar as provas produzidas nos autos for-mando o seu convencimento. Tal disposio traduz o princpio:

    a) dispositivo;b) do devido processo legal; c) do juiz natural; d) do livre convencimento motivado;e) da motivao das decises judiciais.

  • Teoria Geral do Processo

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    Semana 3Jurisdio; conceito, carter substitutivo, finalidades, limitaes e caractersticas; princpios fundamentais; poderes. Distino entre funes do Estado; poderes compreendidos na jurisdio; espcies de tutela jurisdicional. Jurisdio conten-ciosa e voluntria no processo civil e penal; substitutivos da jurisdio; jurisdio de direito e de equidade.

    CASO 1

    Cludio e Marlene, aps quinze anos de casados, dois filhos menores, de seis e doze anos, no suportando mais a convivncia comum, resolvem separar-se amigavelmente e buscam, atravs de um mesmo advogado, ampa-ro no Poder Judicirio.

    Indaga-se:

    a) Trata-se de jurisdio voluntria ou contenciosa? Justifique.b) Neste caso est presente o carter substitutivo da jurisdio? Jus-

    tifique.c) Este casal poderia obter a separao por via administrativa nos

    termos da lei? Por qu? Justifique.

    Pesquisa na doutrina: 1) Moacyr Amaral Santos, Primeiras linhas de Direito Processual Civil, So Paulo: Saraiva, 2007, v. 1, pp. 76-80; 2) Athos Gusmo Carneiro, Jurisdio e Competncia, 24 ed., So Paulo, Ed. Malheiros, 2005, pp. 43-47.

    No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    CASO 2

    No condomnio Morada do Sol, localizado no subrbio do Rio de Ja-neiro, reside uma senhora de noventa e dois anos de idade, chamada Au-rora, que apesar de ser proprietria de trs outros pequenos imveis nesta Cidade vive com dificuldades, pois sustenta-se sozinha com o valor da penso do INSS do falecido marido. Doente, gastou suas economias com tratamentos e remdios e com isso deixou de pagar as cotas condominiais durante nove meses. O condomnio, por sua vez, ajuizou ao de cobrana junto ao juzo cvel, que culminou com um pedido de penhora do imvel. O magistrado deixou de terminar a penhora do bem, sob o argumento que tal medida afasta-se do ideal de justia, que deve nortear as decises ema-nadas do Poder Judicirio.

  • Coletnea de Exerccios

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    Indaga-se:

    a) Agiu corretamente o magistrado? Justifique a resposta.b) Trata-se de jurisdio de direito ou de equidade? Fundamente a

    resposta Pesquisa na doutrina: 1) Alexandre Freitas Cmara, Lies de Di-

    reito Processual Civil, vol. I, 24 ed., Ed. Lumen Juris, 2005, pp. 75 e 76. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    CASO 3

    A jurisdio, segundo CHIOVENDA, pode ser definida como a funo estatal que tem por finalidade a atuao da vontade concreta da lei, substi-tuindo a atividade do particular pela interveno do Estado. A doutrina, para facilitar a nossa compreenso, a classifica quanto pretenso em jurisdio cvel e criminal.

    Indaga-se:

    Intercomunicam-se, entretanto, as mesmas repercutindo uma na outra? Justifique indicando os dispositivos legais pertinentes.

    Pesquisa na doutrina: 1) Athos Gusmo de Carneiro, Jurisdio e Competncia, 24 ed., So Paulo: Ed. Malheiros, 2005, p. 28. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    QUESTES OBJETIVAS

    QUESTO 1

    Consideram-se elementos da jurisdio:

    a) parte, objeto e a causa de pedir;b) legitimidade ad causam, o interesse de agir e a possibilidade jurdica

    do pedido;c) jurisdio de direito e de equidade;d) cognitio, vocatio e coercio, juditio e executio;e) nenhuma das alternativas anteriores.

  • Teoria Geral do Processo

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    QUESTO 2

    A jurisdio contenciosa caracteriza-se pela:

    a) ausncia de substitutividade;b) presena de interessados e de um procedimento;c) presena de um conflito de interesses qualificado por uma preten-

    so resistida lide;d) homologao da vontade dos interessados;e) nenhuma das alternativas anteriores.

    QUESTO 3

    Julgue os seguinte itens CERTO (C) ou ERRADO (E) :

    ( ) a jurisdio compreende trs poderes: o de deciso, coero e do-cumentao;

    ( ) jurisdio o meio pelo qual a parte provoca a atividade do Esta-do;

    ( ) a jurisdio atividade preponderantemente estatal, podendo ser delegada ao particular;

    ( ) quanto ao grau em que exercida, pode ser classificada em supe-rior e inferior.

    Consultar: Teoria Geral do Processo Civil Contemporneo. Hum-berto Dalla, pp. 39-46.

    Semana 4Meios alternativos de soluo de conflitos (arbitragem e a conciliao nos Juizados Especiais Cveis e Criminais); soluo de conflitos trabalhistas: au-todefesa, autocomposio, comisses de conciliao prvia (noes). Do Judicirio Trabalhista: O Poder Judicirio, sua organizao, e o Ministrio Pblico.

    CASO 1

    O Projeto de Lei 94/2002 da Cmara dos Deputados regula a chamada mediao paraprocessual. Sabemos que a mediao uma forma alternativa

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    de soluo de conflitos em que o mediador dever estimular os envolvidos a alcanarem um resultado pacfico e que a idia a oportuna e ampla utiliza-o deste instrumento. Diante disto,

    Indaga-se:

    a) Quais so os chamados meios alternativos de pacificao de con-flitos? Justifique a resposta.

    b) Quais so as espcies de mediao existentes? Fundamente a res-posta.

    Pesquisa na doutrina: 1) Cssio Scarpinella Bueno, Curso Sistema-tizado de Direito Processual Civil Teoria Geral do Direito Processual Civil, v. 01, Ed. Saraiva, 2007, pp. 12-15. No deixe de examinar a juris-prudncia sobre o tema.

    CASO 2

    Uma empresa japonesa e outra brasileira celebram um contrato no Ja-po, em 1994, estabelecendo expressamente a clusula arbitral e indicando o foro do Japo como o responsvel para dirimir eventuais controvrsias. No Brasil, a arbitragem s foi regulamentada algum tempo depois pela Lei 9307/96.

    Indaga-se:

    a) Aplicam-se as disposies da lei de arbitragem neste contrato? Fun-damente a resposta.

    b) A arbitragem ofende o chamado princpio do acesso justia, escul-pido no artigo 5, XXXV, da CRFB? Justifique a resposta.

    c) Cabe a reviso pelo Poder Judicirio das decises proferidas no procedimento de arbitragem? Justifique.

    Pesquisa na doutrina: 1) Alexandre Freitas Cmara, Arbitragem, 4 ed., Ed. Lumen Juris, 2005, pp. 9-20. No deixe de examinar a jurispru-dncia sobre o tema.

    CASO 3

    Ana Paula promove ao de indenizao em face da viao Boa via-gem Ltda. por danos materiais perante o juizado especial cvel, requerendo a condenao ao pagamento de R$ 10.000,00 (dez mil reais) por conta de

  • Teoria Geral do Processo

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    uma coliso com seu veculo, ocorrida em 05 de outubro de 2007, enquanto dirigia-se ao trabalho. Frustrada a conciliao na AIJ (Audincia de Ins-truo e Julgamento), a autora apresentou 08 (oito) testemunhas do fato. O magistrado, por sua vez, limitou-se a ouvir apenas 03 (trs) testemunhas, decidindo e proferindo a sentena na prpria audincia de acordo com o ar-tigo da Lei 9099/95.

    Indaga-se:

    a) possvel afirmar que o Juizado Especial Cvel meio facilitador do acesso justia? Justifique a resposta.

    b) Quais so os princpios basilares dos Juizados Especiais Cveis? Fun-damente indicando o dispositivo legal pertinente.

    c) No caso em tela, agiu corretamente o magistrado? Justifique a res-posta.

    Pesquisa na doutrina: Humberto Theodoro Junior, Curso de Direi-to Processual Civil, vol. 1, 47 ed. Ed. Forense, pp. 28-36. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    QUESTES OBJETIVAS

    QUESTO 1

    Quanto arbitragem incorreto afirmar:

    a) clusula compromissria a conveno atravs da qual as partes em um contrato comprometem-se a submeter arbitragem os lit-gios que possam vir a surgir relativamente a tal contrato;

    b) o compromisso arbitral uma conveno celebrada pelas partes que submetem um litgio, envolvendo direito disponvel, arbitragem de uma ou mais pessoas, podendo ser judicial ou extrajudicial;

    c) desnecessrio constar do compromisso arbitral a matria que ser objeto da arbitragem;

    d) se a clusula compromissria nada dispuser sobre a nomeao de rbitros, caber ao juiz, ouvidas as partes, estatuir a respeito;

    e) o compromisso arbitral extrajudicial ser celebrado por escrito particular, assinado por duas testemunhas, ou por instrumento pblico.

  • Coletnea de Exerccios

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    QUESTO 2

    nula a sentena arbitral:

    a) quando for emanada por rbitro escolhido pelas partes;b) quando proferida nos limites da conveno da arbitragem;c) quando for nulo o compromisso;d) quando decidir integralmente todo o litgio submetido arbitra-

    gem;e) nenhuma das alternativas anteriores.

    QUESTO 3

    Quanto aos Juizados Especiais Cveis Estaduais, baseando-se na Lei 9099/95, correto afirmar:

    a) admite-se a reconveno;b) tem competncia para conciliao, processo e julgamento das cau-

    sas cveis de menor complexidade, assim consideradas na forma do artigo 3 da lei 9099/95;

    c) o incapaz pode ser parte no processo institudo pela Lei 9099/95;d) a contestao s poder ser apresentada na forma escrita;e) nenhuma das alternativas anteriores.

    Semana 5Estrutura Judiciria Brasileira. As Justias Especiais. Justia Federal. TRF e Juzes Federais. Organizao da Justia Estadual. rgos da Justia Estadual. rgos Especiais das Justias Estaduais. Cmaras Cveis, Juzes de Direito. Juizados Es-peciais Cveis Estaduais e da Justia Federal. Turmas Recursais.

    CASO 1

    A empresa Tubo S/A deseja impetrar um mandado de segurana contra ato de comisso de licitao da Petrobrs S/A por ter sido inabilitada para o certame. Entende que cumpriu com as exigncias previstas no edital de lici-tao por concorrncia pblica.

  • Teoria Geral do Processo

    25

    Indaga-se:

    Qual o juzo competente para processar e julgar a referida demanda? Justifique a sua resposta.

    Pesquisa na doutrina: 1. Ada Pellegrini Grinover, Teoria Geral do Processo, 23 ed., So Paulo: Malheiros, 2007, p. 246; Humberto Theo-doro Jnior, Curso de Direito Processual Civil, vol. I, Editora Forense, 47 ed., Rio de Janeiro, 2007, p. 178. No deixe de examinar a jurispru-dncia sobre o tema.

    CASO 2

    Joo, empregado da empresa Cimento S/A, sofreu um acidente de tra-balho. Com o intuito de receber o benefcio previdencirio auxlio-acidente e pleitear danos morais e materiais, decidiu demandar em face do INSS (Ins-tituto Nacional do Seguro Social) e do seu empregador. Tendo em vista as modificaes trazidas pela EC n 45/04.

    Indaga-se:

    possvel a cumulao dos referidos pedidos em uma mesma demanda? Justifique sua resposta:

    Pesquisa na doutrina: 1) Humberto Theodoro Jnior, Curso de Direito Processual Civil, vol. I, Editora Forense, 47 ed., Rio de Janei-ro, 2007, pp. 410-414. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    CASO 3

    Maria, residente e domiciliada em Casimiro de Abreu, deseja mover uma ao em face do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), uma vez que a predita autarquia federal se negou a lhe conceder a aposentadoria sob o fundamento de que no tinha preenchido os requisitos constitucionais e legais.

    Indaga-se:

    Qual o juzo competente para apreciar tal demanda? Justifique sua resposta.

  • Coletnea de Exerccios

    26

    Pesquisa na doutrina: 1) Humberto Theodoro Jnior, Curso de Direi-to Processual Civil, vol. I, Editora Forense, 47 ed., Rio de Janeiro, 2007, p. 185. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    QUESTES OBJETIVAS

    QUESTO 1

    Compete ao Supremo Tribunal Federal:

    a) processar e julgar, originariamente nos crimes comuns, os Governa-dores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsa-bilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justia dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municpios e os do Minis-trio Pblico da Unio que oficiem perante tribunais;

    b) processar e julgar, originariamente nas infraes penais comuns, o Presidente da Repblica, o Vice-Presidente, os membros do Con-gresso Nacional, seus prprios Ministros e o Procurador-Geral da Repblica;

    c) julgar, em recurso ordinrio, os mandados de segurana decididos em nica instncia pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territrios, quando denegatria a deciso;

    d) julgar, em recurso especial, as causas decididas, em nica ou ltima instncia, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territrios, quando a deciso recor-rida contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigncia, julgar vlido ato de governo local contestado em face de lei federal ou der a lei federal interpretao divergente da que lhe haja atribudo outro tribunal.

    QUESTO 2

    Compete ao Superior Tribunal de Justia:

    a) processar e julgar, originariamente, a ao direta de inconstitucio-nalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ao decla-ratria de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;

  • Teoria Geral do Processo

    27

    b) processar e julgar, originariamente, a homologao de sentenas estrangeiras e a concesso de exequatur s cartas rogatrias;

    c) julgar, mediante recurso extraordinrio, as causas decididas em nica ou ltima instncia, quando a deciso recorrida contrariar dispositivo desta Constituio; declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal, julgar vlida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituio ou julgar vlida lei local contestada em face de lei federal;

    d) aprovar smula que, a partir de sua publicao na imprensa ofi-cial, ter efeito vinculante em relao aos demais rgos do Poder Judicirio e administrao pblica direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder sua reviso ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.

    QUESTO 3

    Assinale a alternativa incorreta a respeito da competncia dos Tribu-nais Regionais Federais:

    a) processar e julgar, originariamente, os juzes federais da rea de sua jurisdio, includos os da Justia Militar e da Justia do Tra-balho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministrio Pblico da Unio, ressalvada a competncia da Justia Eleitoral;

    b) processar e julgar, originariamente, os mandados de segurana e os habeas data contra ato do prprio Tribunal ou de juiz federal;

    c) processar e julgar, originariamente, os conflitos de competncia entre juzes federais vinculados ao Tribunal e juzos estaduais;

    d) julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juzes federais e pelos juzes estaduais no exerccio da competncia federal da rea de sua jurisdio.

  • Coletnea de Exerccios

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    Semana 6Ao. Conceito. Condies de Legtimo Exerccio da Ao. Condies Genricas e Especficas. Especficas Positivas e Negativas.

    CASO 1

    Mrio alugou seu apart-hotel para Joo durante um perodo de um ano. Passados dois meses da assinatura do contrato de locao, Joo deixou de pa-gar o aluguel e demais encargos locatcios. Com o intuito de rescindir o re-ferido negcio jurdico e reaver o imvel, Mrio props ao de despejo por falta de pagamento cumulada com cobrana em face do locatrio.

    Indaga-se:

    Esto presentes as condies para o legtimo exerccio da ao? Justifi-que a sua resposta.

    Pesquise na doutrina: 1) Ada Pellegrini Grinover e Cndido Rangel Dinamarco, Teoria geral do processo, 23 ed., So Paulo: Malheiros, 2007, p. 274; 2) Humberto Theodoro Junior, Curso de Direito Processual Civil, vol. I, Editora Forense, 47 ed., Rio de Janeiro, 2007, p. 62. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    CASO 2

    O Ministrio Pblico do Estado do Rio de Janeiro props uma ao civil pblica com o intuito de impugnar as novas alquotas do IPVA impostas pelo Governo Estadual. Tendo em vista o disposto na Lei n 7.347/85 e o entendi-mento do Superior Tribunal de Justia sobre o assunto, esto presentes todas as condies para o legtimo exerccio da ao? Justifique a sua resposta.

    Pesquisa na doutrina: 1) Ada Pellegrini Grinover e Cndido Rangel Dinamarco, Teoria geral do processo, 23 ed., So Paulo: Malheiros, 2007, p. 274; Humberto Theodoro Jnior, Curso de Direito Processual Civil, vol. I, Editora Forense, 47 ed., Rio de Janeiro, 2007, p. 63. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

  • Teoria Geral do Processo

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    CASO 3

    Joo props ao de usucapio especial urbano com o intuito de ver de-clarada a aquisio do direito de propriedade de um imvel que mede 350m, sob o fundamento de que no proprietrio de nenhum outro prdio e possui o referido bem por cinco anos ininterruptamente e sem oposio, utilizando-o para a sua moradia. Diante do disposto no art. 183 da CRFB/88 e do art. 9 da Lei n 10.257/01, qual a providncia a ser tomada pelo juiz ao apreciar a petio inicial? Justifique sua resposta.

    Pesquisa na doutrina: 1) Ada Pellegrini Grinover e Candido Rangel Dinamarco, Teoria geral do processo, 23 ed., So Paulo: Malheiros, 2007, p. 274; 2) Humberto Theodoro Jnior, Curso de Direito Processual Civil, vol. I, Editora Forense, 47 ed., Rio de Janeiro, 2007, p. 64. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    CASO 4

    Ado, empregado, com carteira assinada at o presente, promoveu ao em face da Metalrgica Carioca perante a 1 Vara da Justia do Trabalho da comarca da Capital postulando direitos decorrentes de salrios, frias e 13 salrio do ano de 2002. A r contestou o pedido alegando prescrio dos direitos do autor.

    Indaga-se:

    No processo do trabalho cabvel afirmar que ocorre prescrio do di-reito de ao relativo aos crditos resultantes das relaes de trabalho? Jus-tifique sua resposta.

    QUESTES OBJETIVAS

    QUESTO 1

    Quando uma das condies da ao no estiver presente, o juiz de-ver:

    a) determinar que o autor corrija a petio inicial;b) extinguir o processo sem resoluo do mrito;c) corrigir a petio inicial do autor;d) extinguir o processo com resoluo do mrito.

  • Coletnea de Exerccios

    30

    QUESTO 2

    Sobre o direito de ao, incorreto afirmar que:

    a) o reconhecimento da autonomia do direito de ao constitui con-quista definitiva da cincia processual, sendo considerado inde-pendente do direito subjetivo material;

    b) a ausncia de qualquer das condies para o seu regular exerccio importa em perempo;

    c) a teoria da assero aquela segundo a qual a presena das condi-es da ao ser verificada luz das afirmaes feitas pelo deman-dante em sua petio inicial;

    d) a teoria da substanciao pode ser definida como aquela em que o demandante deve provar que as condies da ao esto pre-sentes.

    QUESTO 3

    Sobre a legitimidade das partes, pode-se dizer que:

    a) ser ordinria quando, por autorizao legal, algum vai juzo, em nome prprio, na defesa de interesse alheio;

    b) ser extraordinria e exclusiva quando apenas o legitimado ordi-nrio puder ir a juzo;

    c) ser extraordinria e concorrente quando tanto o legitimado extra-ordinrio quanto o legitimado ordinrio puderem ir a juzo isola-damente ou em conjunto;

    d) ser extraordinria e subsidiria quando o legitimado ordinrio s pode ir a juzo diante da omisso do legitimado extraordinrio em demandar.

    Semana 7Processo Civil, Penal e do Trabalho. Compreenso e conceito. Natureza jurdica. Relao jurdica-processual e seus sujeitos. O MP no processo civil, penal e do trabalho. Pressupostos processuais de existncia e de validade.

  • Teoria Geral do Processo

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    CASO 1

    O Condomnio Copa Estrela promoveu ao de cobrana de cotas condominiais em face do proprietrio da unidade 201, Sra. Maria Amlia. Na contestao, a r sustenta a inadequao de rito, tendo o autor adotado o procedimento ordinrio, afrontando o CPC.

    Indaga-se:

    a) A defesa da r deve ser acolhida pelo juiz. Fundamente a res-posta.

    b) No caso, se o juiz acolher as razes da r, qual a conseqncia pro-cessual resultante. Justifique a resposta.

    Pesquisa na doutrina: Humberto Theodoro Junior, Curso de direi-to processual civil, 47 ed., Rio de Janeiro, Forense, 2007, v. 1, Parte V Processo e Procedimento, p. 374. No deixe de examinar a jurisprudn-cia relacionada ao tema.

    CASO 2

    Pedro Matias requereu, nos termos do art. 1.177, II, do CPC, a inter-dio de seu pai, Luciano, que se encontra, atualmente, em tratamento em clnica psiquitrica.

    Indaga-se:

    a) No caso, qual o procedimento a ser observado? Fundamente a res-posta.

    b) O jurisdicionado pode, livremente, escolher o procedimento a ser adotado para a medida a ser proposta? Fundamente a resposta.

    Pesquisa na doutrina: Humberto Theodoro Junior, Curso de direi-to processual civil, 47 ed., Rio de Janeiro, Forense, 2007, v. 1, Parte V Processo e Procedimento, pp. 375 e 378. No deixe de examinar a juris-prudncia relacionada ao tema.

    CASO 3

    Decoraes Sol Ltda., empresa que atua no segmento de decoraes, com produtos importados, com sede em Vitria, Esprito Santo, notificada, pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, para apresentar guias de impor-

  • Coletnea de Exerccios

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    tao, de um determinado perodo de apurao, do imposto de importao. ngelo Pimenta, agente fiscal do rgo fazendrio, ao visitar a empresa, na data prevista, verifica irregularidades na arrecadao do imposto, notifica o contribuinte para regularizar o pagamento devido ao fisco, no prazo de trinta dias; aps esse perodo, retorna ao estabelecimento, constatando que as pendncias no foram regularizadas. Nesse sentido autua a empresa, apli-cando-lhe sanes fiscais e administrativas, nos termos da legislao aplica-da ao caso.

    Indaga-se:

    a) O procedimento administrativo fiscal est sujeito ao princpio do contraditrio e da ampla defesa? Fundamente a resposta.

    b) Caso a administrao fazendria, em deciso final, mantenha o auto de infrao, qual a medida que o contribuinte poder utilizar? Fundamente a resposta.

    Pesquisa na doutrina: Humberto Theodoro Junior, Curso de direi-to processual civil, 47 ed., Rio de Janeiro, Forense, 2007, v. 1, Parte V Processo e Procedimento, p. 373. No deixe de examinar a jurisprudn-cia relacionada ao tema.

    QUESTES OBJETIVAS

    QUESTO 1

    Nos Juizados Especiais Cveis podem processar-se, entre outras, as se-guintes aes:

    a) apenas causas com valor inferior a 20 salrios mnimos;b) causas de valor inferior a 40 salrios mnimos e questes trabalhis-

    tas de qualquer valor;c) questes envolvendo acidentes de trabalho em que no haja morte

    e aes de alimentos de valor at 40 salrios mnimos;d) aes de despejo para uso prprio e de indenizao por acidentes

    de veculos de via terrestre.

    QUESTO 2

    caso de indeferimento da petio inicial:

    a) a falta de capacidade da parte;b) a inadequao de procedimento;

  • Teoria Geral do Processo

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    c) a falta de capacidade postulatria;d) a cumulao de pedidos.

    Semana 8Competncia. Conceito. Natureza Jurdica. Competncia Internacional e Interna. Competncia das Justias Especiais. Competncia da Justia Comum Federal e dos Estados.

    CASO 1

    Plnio, em frias, decide visitar sua me Aline, que reside em Petrpo-lis. Chegando l, tem conhecimento que o Sr. Waldemar, vizinho de Aline, ao realizar uma manobra com sua picape, bateu no muro da casa da mesma, derrubando-o e causando o desabamento do telhado da garagem sob o qual estava estacionado o carro de sua me. Aborrecido, Plnio procura o vizinho e diante da recusa deste em receb-lo resolve propor uma ao pleiteando a reparao de danos sofridos por sua me.

    Indaga-se:

    a) Em relao s condies exigidas pela lei para o legtimo exerccio da ao, est correta a propositura da ao por Plnio? Fundamente a resposta.

    b) A ao ser proposta perante a Justia Estadual ou Federal? Fun-damente a resposta.

    Pesquisa na doutrina: 1) Humberto Theodoro Jnior, Curso de Processo Civil, 47 ed., vol. 1, Forense, pp. 186-187; 2) Alexandre de Freitas Cmara, Lies de Direito Processual Civil, pp. 128-129, vol. I, 16 ed., Lumen Juris. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    CASO 2

    Jacques, francs e residente em Paris, em frias no Rio de Janeiro, ad-quire um terreno na Barra da Tijuca para construir uma casa. Necessitan-do retornar ao seu pas, deixa seu amigo Denis encarregado de contratar os profissionais necessrios para a elaborao e execuo da obra. Informado pelo amigo que ao visitar o imvel encontrou Severino que alegou ser o pro-

  • Coletnea de Exerccios

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    prietrio, pretende promover adequada ao a fim de ter reconhecido seu direito de propriedade. Sabendo-se que o autor no reside no Brasil e o ru domiciliado em Petrpolis,

    Indaga-se:

    a) A competncia para conhecer da ao reivindicatria pertence autoridade judiciria estrangeira? Fundamente a resposta.

    b) Trata-se de competncia de foro ou de juzo? Por qu? Indique o dispositivo legal.

    Pesquisa na doutrina: 1) Humberto Theodoro Jnior, Curso de Pro-cesso Civil, 47 ed., vol. 1, Forense, pp. 181-184-185 e 190; 2) Alexandre de Freitas Cmara, Lies de Direito Processual Civil, vol. I, 16 ed., pp. 100-101; 3) Cintra, Grinover e Dinamarco, Teoria Geral do Processo, 23 ed., Ed. Malheiros, p. 246. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    CASO 3

    A empresa brasileira Seguro e Vida S/A foi citada por carta rogatria advinda da Justia da Espanha, da Companhia de Resseguros Espanhola, como autora. A causa envolve alegao de descumprimento de obrigao contratual entre a autora e a r.

    Indaga-se:

    a) A jurisdio brasileira seria a competente? Fundamente a res-posta.

    b) Trata-se de competncia exclusiva ou concorrente da justia bra-sileira? Justifique a resposta.

    Pesquisa na doutrina: 1) Humberto Theodoro Jnior, Curso de Pro-cesso Civil, 47 ed., vol. 1, Forense, 2007, p. 181. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    QUESTES OBJETIVAS

    QUESTO 1

    O deslocamento da competncia da justia local para a federal ter lu-gar, sempre:

  • Teoria Geral do Processo

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    a) quando a Unio Federal for intimada para se manifestar em pro-cesso de seu interesse;

    b) quando a matria for de interesse pblico;c) quando a Unio Federal manifestar interesse na soluo da

    demanda;d) quando a Unio Federal for admitida como autora, r, assistente

    ou opoente.

    QUESTO 2

    Assinale a alternativa correta:

    a) determinada a competncia no momento em que a ao pro-posta, sendo irrelevantes as alteraes de competncia em razo da matria ou da hierarquia, diante do princpio do Juzo Natural,

    b) a ao intentada perante Tribunal estrangeiro induz litispen-dncia, obstando a que autoridade judiciria brasileira conhea da mesma causa e das que lhe so conexas,

    c) argi-se, por meio de exceo, a incompetncia relativa e, como preliminar de contestao, a incompetncia absoluta;

    d) so condies da ao a capacidade e legitimidade das partes, o interesse de agir e a possibilidade jurdica do pedido.

    QUESTO 3

    Manoelina, portuguesa, aps viver longo perodo no Brasil, decide vol-tar sua terra natal, para viver ao lado de seu nico irmo. Dois meses aps desembarcar em Portugal, Manoelina veio a falecer vtima de acidente au-tomobilstico. Seu vasto patrimnio constitudo por dois imveis no Rio de Janeiro, cinco na Espanha e trs em Portugal.

    Indique a alternativa correta:

    a) caberia justia portuguesa por trs motivos: a falecida era portu-guesa, deixou bens neste pas e o nico herdeiro reside em Portu-gal;

    b) os herdeiros podem optar entre justia brasileira ou portuguesa, uma vez que a falecida possua bens em ambos os pases;

    c) Seria exclusivamente da justia brasileira, pois somente a autori-dade judiciria brasileira pode decidir acerca da partilha de bens situados em territrio nacional;

  • Coletnea de Exerccios

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    d) Tendo em vista que a maior parte do patrimnio de Manoelina encontra-se na Espanha, a justia deste pas seria competente para processar o inventrio.

    Semana 9Competncia. Critrios de Fixao da Competncia. Competncia de Foro. Cri-trio Territorial. Competncia de Juzo. Critrio Objetivo e Funcional. Incompe-tncia Relativa e Absoluta.

    CASO 1

    Carla, domiciliada na Comarca da Capital (Rio de Janeiro), citada, em ao de cobrana de honorrios promovida por seu advogado, Ataulfo, sob o fundamento que com a mesma celebrou contrato verbal de honorrios que no foram pagos. A ao foi proposta no domiclio do advogado, Co-marca de So Gonalo.

    Indaga-se:

    a) Em relao ao foro em que foi proposta a ao, verifica-se alguma irregularidade? Justifique a resposta.

    b) Qual o procedimento adequado para a citada ao? Fundamente a resposta.

    Pesquisa na doutrina: 1) Humberto Theodoro Jnior, Curso de Pro-cesso Civil, 47 ed., vol. 1, Forense, pp. 190-191; 2) Alexandre de Freitas Cmara, Lies de Direito Processual Civil, pp. 103-104-105, vol. I, 16 ed., Lumen Juris. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    CASO 2

    Dalva, natural de Barbacena-MG, casou-se com Eduardo, natural de Niteri; o casal fixou residncia nesta cidade. Aps alguns anos, Dalva re-torna sua terra natal, para morar com sua irm, separando-se judicialmente de seu marido.

    Indaga-se:

    a) Desejando Eduardo propor ao de divrcio direto, esta dever ser proposta perante a justia especial ou comum? Estadual ou federal? Fundamente a resposta.

  • Teoria Geral do Processo

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    b) Se a ao fosse proposta perante juzo incompetente, em razo do critrio territorial, de que modo Dalva poderia argir a incompe-tncia? Esta alegao esta sujeita a algum prazo ou forma? Funda-mente a resposta.

    c) Segundo o CPC, quais so os critrios de competncia que viola-dos acarretam o vcio da incompetncia absoluta? Fundamente a resposta.

    Pesquisa na doutrina: Humberto Theodoro Jnior, Curso de Pro-cesso Civil, pp. 186-190-191; 2) Alexandre de Freitas Cmara, Lies de Direito Processual Civil, pp. 106-107, vol. I, 14 ed., Lumen Juris. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    CASO 3

    Antonio Carlos ajuizou ao anulatria de contrato de compra e ven-da de um imvel situado na Comarca de Friburgo, em face de Pedro, Silvio e Flvio. A ao foi distribuda para a 2 vara cvel da Comarca de Friburgo. No prazo da resposta, os rus apresentam exceo de incompetncia relati-va, argindo a incompetncia do juzo tendo em vista tratar-se de ao pes-soal, devendo ser ajuizada no domiclio de um dos rus, conforme art. 94, 4, do CPC.

    Indaga-se:

    a) Sendo acolhida a exceo, qual a providncia a ser adotada pelo juiz? Fundamente a resposta.

    b) Havendo divergncia entre dois juzes acerca da competncia para julgamento de uma determinada causa, qual a providncia a ser adotada? Fundamente a resposta.

    Pesquisa na doutrina: 1) Humberto Theodoro Jnior, Curso de Pro-cesso Civil, 47 ed., vol. 1, Forense, pp. 206-207-208; 2) Alexandre de Freitas Cmara, Lies de Direito Processual Civil, vol. I, 16 ed., pp. 106-107-108. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

  • Coletnea de Exerccios

    38

    QUESTES OBJETIVAS

    QUESTO 1

    Segundo o Cdigo de Processo Civil, a incompetncia relativa no po-de ser declarada de ofcio.

    PORQUE no envolve matria de ordem pblica, devendo ser alegada mediante exceo de incompetncia, no prazo legal, sob pena de precluso e prorrogao.

    a) se as duas so verdadeiras e a segunda justifica a primeira;b) se as duas so verdadeiras e a segunda no justifica a primeira;c) se a primeira verdadeira e a segunda falsa;d) se a primeira falsa e a segunda verdadeira.

    QUESTO 2

    A falta de competncia do juzo acarreta:

    a) a extino do processo sem julgamento de mrito;b) a extino do processo com julgamento de mrito;c) a remessa dos autos do processo ao juzo competente;d) no acarreta nenhum efeito em relao ao processo.

    QUESTO 3

    Pelo critrio de competncia Territorial podemos afirmar que no sendo observado:

    a) acarreta sempre a incompetncia absoluta;b) acarreta um vcio que pode ser argido em qualquer tempo;c) acarreta nulidade absoluta;c) pode ser adaptado pelo juiz de ofcio;e) deve ser argido por meio de exceo.

    QUESTO 4

    O prazo para o juiz declarar a incompetncia absoluta:

    a) 15 dias, contados da data do despacho liminar positivo;b) 10 dias, contados da data do despacho liminar positivo;c) antes de proferir a sentena;d) no existe prazo previsto em lei.

  • Teoria Geral do Processo

    39

    Semana 10(Continuao) Competncia. Critrios de Fixao da Competncia. Competncia de Foro. Critrio Territorial. Competncia de Juzo. Critrio Objetivo e Funcional. Incompetncia Relativa e Absoluta.

    CASO 1

    Denise, natural de Juiz de Fora, casou-se com Denlson, natural do Rio de Janeiro; o casal fixou residncia nesta cidade. Aps alguns anos, Denise volta a residir na sua terra natal, para morar com sua irm, separando-se de seu marido.

    Indaga-se:

    a) Desejando Denlson propor ao de separao, esta dever ser pro-posta perante a justia especial ou comum? Estadual ou Federal? Fundamente a resposta.

    b) Se a ao fosse proposta perante juzo incompetente, em razo do critrio territorial, de que modo Denise poderia argir a incompe-tncia? Esta alegao esta sujeita a algum prazo ou forma? Funda-mente a resposta.

    c) Segundo o CPC, quais so os critrios de competncia que vio-lados acarretam o vcio da incompetncia absoluta? Justifique a resposta.

    Pesquisa na doutrina: 1) Humberto Theodoro Jnior, Curso de Pro-cesso Civil, 47 ed., vol. 1, Forense, 2007, pp. 184-217-220. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    CASO 2

    Danbia promoveu ao de investigao de paternidade em face de seu pai Edsio, tendo sido distribuda para a 2 Vara Cvel da Comarca de Petr-polis. Citado, o ru alega em preliminar, na contestao, a incompetncia absoluta do juzo, em conta que o objeto da ao diz respeito matria de competncia de uma das varas de famlia da mesma comarca.

    a) Sendo acolhida a preliminar, qual a providncia a ser adotada pelo juiz? Fundamente a resposta.

  • Coletnea de Exerccios

    40

    b) A incompetncia argida de foro ou de juzo? Justifique a res-posta.

    Pesquisa na doutrina: 1) Humberto Theodoro Jnior, Curso de Pro-cesso Civil, 47 ed., vol. 1, Forense, pp. 427-428; 2) Alexandre de Freitas Cmara, Lies de Direito Processual Civil, vol. I, 16 ed., pp. 344-345. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    CASO 3

    ngelo pretende fazer prova de relao de trabalho, de perodo em que sua carteira de trabalho no estava assinada pelo empregador da poca (ano de 1970), para efeito de alcanar a aposentadoria. O justificante reside na comarca da capital do Estado do Rio de Janeiro.

    Indaga-se:

    a) Qual justia comum a competente? Fundamente a resposta.b) Se o justificante tivesse domiclio na comarca de Sumidouro, que

    rgo do judicirio seria o competente. Fundamente a resposta.

    QUESTES OBJETIVAS

    QUESTO 1

    Relativamente competncia, incorreto afirmar:

    a) d-se a conexo entre duas ou mais aes quando lhes for comum o objeto ou a causa de pedir;

    b) a identidade quanto s partes e causa de pedir, entre duas ou mais aes, aliada ao fato do objeto de uma abranger o das demais, caracteriza a continncia;

    c) a preveno o critrio utilizado para determinar em que juzo ocorrer a reunio de aes conexas, reputando-se prevento, em se tratando de juzos com a mesma competncia territorial, aquele que despachou em primeiro lugar;

    d) a competncia absoluta ser reconhecida pelo juzo desde que argida pelo ru, em sede de preliminar, na contestao.

  • Teoria Geral do Processo

    41

    QUESTO 2

    Proposta em face do Estado do Rio de Janeiro, em Comarca do Interior, ao de reparao de dano moral ali ocorrido, para tal demanda:

    a) a r ter foro privilegiado na Comarca da Capital, devendo o juiz declinar, de ofcio, da competncia;

    b) a r no desfrutar de foro privilegiado nem de juzos privativos na Comarca da Capital;

    c) a r ter foro privilegiado na Comarca da Capital, cujo reconhe-cimento depender da apresentao de exceo declinatria;

    d) a r ter juzos privativos na Comarca da Capital, devendo o juiz declinar, de ofcio, da competncia.

    QUESTO 3

    Assinale a alternativa incorreta. No processo penal determinar a com-petncia jurisdicional:

    a) o lugar da infrao;b) o domiclio ou residncia do ru;c) a natureza da infrao;d) o valor da causa;e) a distribuio, conexo ou continncia.

    Semana 11Competncia. Modificaes da Competncia. Preveno. Conexo. Continncia. Prorrogao e Perpetuao. Controle da Competncia e seus Instrumentos: Con-trole de Ofcio, Exceo de Incompetncia e Conflito de Competncia.

    CASO 1

    Camilo ajuizou ao anulatria de contrato de doao de um imvel situado na Comarca de So Gonalo, em face de Paulo, Severino e Fbio. A ao foi distribuda para a 2 vara cvel da referida Comarca. No prazo da resposta, os rus apresentam exceo de incompetncia relativa, argindo a incompetncia do juzo tendo em vista tratar-se de ao pessoal, devendo ser ajuizada no domiclio de um dos rus, conforme art. 94, 4, CPC.

  • Coletnea de Exerccios

    42

    Indaga-se:

    a) Trata-se de competncia de foro ou de juzo? Fundamente a res-posta.

    b) Sendo acolhida a exceo, qual a providncia a ser adotada pelo juiz? Justifique a resposta.

    c) Havendo divergncia entre dois juzes acerca da competncia para julgamento de uma determinada causa, qual a providncia a ser adotada? Fundamente a resposta.

    Pesquise na doutrina: Athos Gusmo de Carneiro, Jurisdio e Com-petncia, 14 ed., Ed. Saraiva, 2007, p. 264. No deixe de examinar a ju-risprudncia sobre o tema.

    CASO 2

    Mrio Csar promoveu ao em face de Ricardo Marques, na Comarca de Duque de Caxias, narrando como causa de pedir que credor do ru em razo de contrato de prestao de servios, j cumprido pelo autor. No re-cebeu os valores ajustados no pacto. Citado, o ru argiu em preliminar que dois dias aps a sua citao mudou de endereo, passando a residir na Co-marca vizinha de So Joo de Meriti, para onde os autos devero ser remeti-dos, certo que a competncia de foro, de critrio territorial, aplicando-se o disposto no art. 94 do CPC.

    Indaga-se:

    a) A preliminar do ru dever ser acolhida? Fundamente a res-posta.

    b) Qual o significado da Perpetuatio Jurisdicionis? Fundamente a res-posta, indicando os dispositivos legais pertinentes.

    Pesquisa na doutrina: 1) Humberto Theodoro Jnior, Curso de Processo Civil, 47 ed., vol. 1, Forense, 2007, p. 190; 2) Athos Gusmo de Carneiro, Jurisdio e Competncia, 14 ed., Ed. Saraiva, 2007, p. 96.

    No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    CASO 3

    Alexandre requereu perante o Juzo da 1 Vara de rfo e Sucesses, da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, levantamento da interdi-

  • Teoria Geral do Processo

    43

    o de seu filho Anselmo, sujeito curatela de sua me, Maria Isabel, e com ela residente nesta Cidade do Rio de Janeiro. O Ministrio Pblico oficiou no sentido de que o foro competente para conhecer do pedido seria o da Co-marca de Maca-RJ, onde a interdio fora decretada.

    Indaga-se:

    A manifestao do rgo de atuao do Ministrio Pblico est correta? Fundamente a resposta.

    Pesquisa na doutrina: 2) Athos Gusmo de Carneiro, Jurisdio e Competncia, 14 ed., Ed. Saraiva, 2007, p. 137.

    No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    QUESTES OBJETIVAS

    QUESTO 1

    Marque a opo correta:

    a) a ao fundada em direito pessoal e a ao fundada em direito real sobre bens mveis sero propostas, em regra, no foro do domiclio do ru;

    b) a ao fundada em direito pessoal e a ao fundada em direito real sobre bens imveis sero propostas, em regra, no foro do domiclio do ru;

    c) a ao fundada em direito pessoal e a ao fundada em direito real sobre bens mveis sero propostas, em regra, no foro do domiclio do autor;

    d) a ao fundada em direito pessoal e a ao fundada em direito real sobre bens imveis sero propostas, em regra, no foro do domiclio do autor.

    QUESTO 2

    Competncia no processo civil

    I. A incompetncia em razo da hierarquia no precisa ser argida me-diante exceo.

    II. A competncia em razo do valor nunca pode ser derrogada pelas partes.

  • Coletnea de Exerccios

    44

    III. A incompetncia em razo do territrio deve ser argida em preli-minar da contestao.

    IV. A ao que versar sobre imvel situado no Brasil de competncia exclusiva da autoridade judiciria brasileira.

    V. A incompetncia em razo da matria absoluta e deve ser declarada de ofcio pelo juiz.

    a) I, II e III esto corretas.b) I, II e IV esto corretas.c) I, IV e V esto corretas.d) II, III e V esto corretas.

    QUESTO 3

    Assinale a alternativa correta:

    a) determina-se a competncia no momento em que a ao pro-posta, sendo irrelevantes as alteraes de competncia em razo da matria ou da hierarquia, diante do princpio do Juzo Natural;

    b) a ao intentada perante Tribunal estrangeiro induz litispen-dncia, obstando a que autoridade judiciria brasileira conhea da mesma causa e das que lhe so conexas;

    c) argi-se, por meio de exceo, a incompetncia relativa e, como preliminar de contestao, a incompetncia absoluta;

    d) so condies da ao a capacidade e legitimidade das partes, o interesse de agir e a possibilidade jurdica do pedido.

    Semana 12(Continuao) Competncia. Modificaes da Competncia. Preveno. Cone-xo. Continncia. Prorrogao e Perpetuao. Controle da Competncia e seus Instrumentos: Controle de Ofcio, Exceo de Incompetncia e Conflito de Com-petncia.

    CASO 1

    Flvio, alegando inadimplemento contratual, prope demanda no Fo-ro Central da Comarca da Capital. Citados, Armando e Srgio, no prazo da resposta oferecem exceo de incompetncia decorrente de foro de eleio

  • Teoria Geral do Processo

    45

    constante do contrato como sendo a Vara Regional da Barra da Tijuca. O magistrado, ao receber a exceo, determina imediatamente a remessa dos autos para o juzo indicado pelos rus.

    Indaga-se:

    a) A eleio de foro contida no contrato alcana tambm o juzo, sendo ento correta a remessa ordenada pelo juiz? Justifique a res-posta.

    b) Na hiptese de o juiz da Vara Regional da Barra da Tijuca discor-dar da remessa ordenada pelo outro juiz, dever determinar alguma providncia? Fundamente a resposta.

    Pesquisa na doutrina: Humberto Theodoro Jnior, Curso de Proces-so Civil, pp. 217-218 e 222-223; 2) Alexandre de Freitas Cmara, Lies de Direito Processual Civil, pp. 115-116, vol. I, 14 ed., Lumen Juris. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    CASO 2

    Cssio props ao de cobrana, que tramita sob o rito ordinrio em face de Demtrio, na Cidade de So Paulo, perante Justia Estadual de pri-meira instncia. Dois dias aps este prope em face de Cssio, na Cidade de Araraquara, tambm na Justia Estadual de primeira instncia, ao decla-ratria de inexistncia de relao jurdica, na qual questiona a legalidade do crdito cobrado por Cssio em sua ao. A ao de Cssio foi despachada em 1 lugar, enquanto que a de Demtrio, apesar de despachada, posteriormente obteve a citao antes da ao ajuizada por Cssio.

    Indaga-se:

    a) Constata-se a existncia de conexo entre as aes? De que esp-cie? Justifique a resposta.

    b) Sendo possvel a reunio das aes, qual o critrio a ser utilizado para estabelecer o juzo que conhecer de ambas? Fundamente a resposta.

    Pesquisa na doutrina: Humberto Theodoro Jnior, Curso de Proces-so Civil, pp. 205/207; 2) Alexandre de Freitas Cmara, Lies de Direito Processual Civil, pp. 108-109, vol. I, 14 ed., Lumen Juris. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

  • Coletnea de Exerccios

    46

    CASO 3

    Antnio comprou o stio So Jos, na Comarca de Petrpolis, pelo preo de R$ 500.000,00, com rea de 22.000 metros quadrados, para nele instalar uma empresa. Antnio fez constar da escritura de aquisio, com a concordncia do vendedor Benedito, que essa rea a mnima necessria ao estabelecimento de referida empresa. Realizada a compra e venda, com o re-gistro do ttulo no Registro Imobilirio, Antnio constatou, com percia, ao cabo de seis meses aps esse registro, que a rea adquirida s possua 18.000 metros quadrados, o que inviabilizou, parcialmente, o empreendimento de Antnio, que pretende desfazer o negcio. Distribuda a ao perante a 4 Vara Cvel de Friburgo, domiclio do ru, o juiz declina para a Comarca de Petrpolis sob o fundamento do art. 95 do CPC.

    Indaga-se:

    a) Trata-se de ao real ou pessoal? Fundamente a resposta.b) Trata-se de competncia de foro ou de juzo? Por qu? Indique o

    dispositivo legal.

    Pesquisa na doutrina: Humberto Theodoro Jnior, Curso de Proces-so Civil, p. 195/197; 2) Alexandre de Freitas Cmara, Lies de Direito Processual Civil, pp. 98/103, vol. I, 14 ed., Lumen Juris. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    QUESTES OBJETIVAS

    QUESTO 1

    Para uma ao de reintegrao de posse de imvel cuja rea esteja situ-ada em mais de uma comarca, determinar se a competncia:

    a) pela preveno, podendo a ao ser ajuizada em qualquer delas e estendendo-se a competncia sobre a totalidade do imvel;

    b) pelo foro do domiclio do ru, mesmo que no se localize em uma das comarcas onde est situado o imvel;

    c) pelo foro do lugar em que estiver localizada a maior parte da rea do imvel;

    d) pelo foro do lugar em que estiverem localizadas as principais ben-feitorias.

  • Teoria Geral do Processo

    47

    QUESTO 2

    Assinale a opo correta:

    a) as competncias territorial e funcional podem ser modificadas pela conexo e continncia;

    b) d-se a continncia entre duas ou mais aes sempre quando h identidade de partes e de objeto;

    c) a preveno, entre juzos de comarcas distintas, dar-se- em favor do juzo que despachar primeiro a petio inicial;

    d) a conexo ocorrer quando duas ou mais aes tiverem o mesmo objeto ou a mesma causa de pedir.

    QUESTO 3

    Correndo uma ao de consignao em pagamento pelo locatrio e uma outra de despejo, proposta pelo locador, na mesma comarca, em juzos diversos, correto afirmar:

    a) prevento o juzo da causa continente;b) prevento o juzo onde se deu em primeiro lugar a citao

    vlida;c) prevento aquele juzo onde se deu em primeiro lugar o despacho

    de cite-se;d) no h preveno, pois entre as aes inexiste conexo pela de

    pedir remota;e) no h que se falar, neste caso, em preveno de juzo, inexistindo

    conexo pelo objeto ou pela causa de pedir.

    Semana 13Partes. Sujeitos do Processo. Sujeitos da Lide (Distino). Capacidade. Conceito. Capacidade de ser parte e capacidade de estar em Juzo. Conseqncias da falta de capacidade processual.

    CASO 1

    Dois fetos, em litisconsrcio ativo, representados por suas respectivas mes, a primeira, Lcia Pereira, e a segunda Helena Silva, grvidas, cum-

  • Coletnea de Exerccios

    48

    prindo pena na Carceragem Pblica Feminina de So Bernardo do Campo, Estado de So Paulo, propem ao em face do Estado de So Paulo, atravs da Defensoria Pblica, com o objetivo de resguardar o direito de atendimen-to pr-natal. O Juzo da Vara da Infncia e Juventude de So Bernardo no aceitou que a ao fosse proposta em nome do feto, determinando que a ini-cial fosse emendada em nome das mes.

    Indaga-se:

    a) Indique, no caso, os sujeitos do processo e da lide. Fundamente a resposta.

    b) Est correta a deciso do Juzo da Vara da Infncia e Juventude de So Bernardo do Campo? Justifique a resposta.

    Pesquisa na doutrina: Humberto Theodoro Junior, Curso de direito processual civil, 47 ed., Rio de Janeiro, Forense, 2007, v. 1, Parte II Su-jeitos do Processo partes e procuradores, p. 86. No deixe de examinar a jurisprudncia relacionada ao tema.

    CASO 2

    Pedro Henrique, menor de treze anos, rfo de pai e me, move ao de indenizao em face de Jos Antnio, objetivando a condenao deste em danos materiais e morais. Citado, o ru alega, preliminarmente, a incapaci-dade de Pedro para figurar no plo ativo.

    Indaga-se:

    a) No caso, qual a providncia que deve tomar o juiz, para o regular desenvolvimento do processo? Fundamente a resposta.

    b) Qual a conseqncia processual da incapacidade processual do autor para o processo? Fundamente a resposta.

    Pesquisa na doutrina: Humberto Theodoro Junior, Curso de direito processual civil, 47 ed., Rio de Janeiro, Forense, 2007, v. 1, Parte II Su-jeitos do Processo partes e procuradores, p. 89. No deixe de examinar a jurisprudncia relacionada ao tema.

    CASO 3

    Em ao de cobrana de cotas condominiais, ora em fase de execuo, movida pelo Condomnio Comary em face de Nelson de Souza, sustenta

  • Teoria Geral do Processo

    49

    o executado que o Condomnio teve cancelada sua inscrio no Cadastro Nacional de Pessoas Jurdicas da Receita Federal CNPJ e, portanto, a ausncia de personalidade jurdica agrava-se ainda mais por esse fato o que revela a perda da capacidade processual. Nesses termos, requer o executado a suspenso da execuo at a regularizao da inscrio do exeqente no CNPJ, nos termos do art. 265, I, e 791, II, ambos do CPC.

    Indaga-se:

    a) O Condomnio tem capacidade de ser parte? Fundamente a res-posta.

    b) Est correta a tese do executado? Justifique a resposta.

    Pesquisa na doutrina: Marcus Vinicius Rios Gonalves, Novo curso de direito processual civil, 3 ed., vol. 1., Saraiva, 2006, p. 116. No deixe de examinar a jurisprudncia sobre o tema.

    QUESTES OBJETIVAS

    QUESTO 1

    Sobre capacidade processual falso afirmar que:

    a) toda pessoa que se acha no exerccio dos seus direitos tem capaci-dade para estar em juzo;

    b) ao ru preso o juiz dar curador especial;c) o administrador representa apenas passivamente a massa falida;d) verificando a incapacidade processual ou a irregularidade da repre-

    sentao das partes, o juiz, suspendendo o processo, marcar prazo razovel para ser sanado o defeito.

    QUESTO 2

    Sero representados em juzo:

    a) a herana jacente por seu curador;b) o condomnio por sndico residente no prdio;c) o Municpio por um de seus secretrios;d) o Distrito Federal por seu governador.

  • Coletnea de Exerccios

    50

    Semana 14Processo e Procedimento: Civil, Penal e do Trabalho. Espcies de processo. Esp-cies de procedimento. A informatizao do processo judicial. Princpios Gerais do Processo e do Procedimento. Garantias Constitucionais Processuais. Atos Atenta-trios ao Exerccio da Jurisdio. Formao do processo. Sucesso e substituio processual. Tratamento especial ao idoso.

    CASO 1

    Karina Bastos prope ao acidentria em face do INSS, por acidente ocorrido durante atividade laborativa, objetivando a concesso de auxlio-doena, benefcio negado pela Autarquia em processo administrativo. A r na defesa nega a existncia de nexo causal entre o acidente e a atividade profissional desenvolvida pela autora segurada e, ainda, de que a matria foi apreciada definitivamente na esfera administrativa. O Juzo, afinal, julga procedente o pedido, condenando a r ao benefcio pretendido, no valor de R$ 4.200,00 (quatro mil e duzentos reais), desde a citao e, ainda, condena a r indenizao por danos morais, fixados em oito salrios mnimos, pelas conseqncias que o acidente resultou para a autora.

    Indaga-se:

    a) Aps a deciso negativa na esfera administrativa, a autora pode submeter matria ao Judicirio? Fundamente a resposta.

    b) A deciso judicial, no caso, submete-se ao duplo grau de jurisdio obrigatrio? Fundamente a resposta.

    c) A deciso judicial est correta? Justifique a resposta.

    Pesquisa na doutrina: 1) Humberto Theodoro Junior, Curso de di-reito processual civil, 43 ed., Rio de Janeiro, Forense, 2007, v. 1, Parte I Noes Fundamentais princpios informativos do direito processual, p. 28; 2) Luiz Rodrigues Wambier e Outros, Curso avanado de processo civil, vol. 1, teoria geral do processo e processo de conhecimento, 8 ed., So Paulo, RT, 2006: Cap. 3: Princpios processuais, p. 66. No deixe de examinar a jurisprudncia relacionada ao tema.

    CASO 2

    Esplios de Moacyr Colombo e Rosalina Martins Colombo, ambos representados por seu inventariante, inconformados com a deciso do Juiz

  • Teoria Geral do Processo

    51

    que, em ao de conhecimento, sob o rito ordinrio, cassou a gratuidade de justia inicialmente deferida aos autores, recorrem da deciso para o Tribu-nal, para reforma da deciso.

    Indaga-se:

    a) Admite-se a concesso do benefcio da assistncia judiciria a esp-lio, para assegurar o acesso ao Judicirio, previsto no art. 5, LXXIV, da CRFB e na Lei n 1060/50 arts. 2, 4 e 1? Fundamente a resposta.

    b) Poderia, no caso, o juiz cassar o benefcio gratuidade, se antes foi concedido? Fundamente a resposta.

    Pesquisa na doutrina: 1) Humberto Theodoro Junior, Curso de di-reito processual civil, 43 ed., Rio de Janeiro, Forense, 2007, v. 1, Parte I Noes Fundamentais princpios informativos do direito processual. pp. 27-36; 2) Luiz Rodrigues Wambier e Outros, Curso avanado de pro-cesso civil, vol. 1, teoria geral do processo e processo de conhecimento, 8 ed., So Paulo, RT, 2006: Cap. 3: Princpios processuais, p. 66. No deixe de examinar a jurisprudncia relacionada ao tema.

    CASO 3

    O Estado do Rio de Janeiro ajuza execuo fiscal em face de Comesa Comrcio e Importao Ltda, fundada em ttulo executivo extrajudicial, sendo determinada pelo juzo a penhora de 5% do faturamento da empresa. Ocorre que, no obstante a falta de garantia do juzo, a empresa oferece embargos execuo, requerendo a extino da execuo, sob o fundamento de nulidade da inscrio na Dvida Ativa da Fazenda. O juzo, mais uma vez, determina sejam efetuados os depsitos referentes penhora da renda deferida, nos autos do processo de execuo, no prazo de 72 horas, sob pena de no recebimento dos embargos. Consta nos autos que a empresa, mesmo intimada pessoalmente por seu representante legal, no cumpriu a determinao judicial. O juzo, afi-nal, julga extinto o processo sem resoluo de mrito, nos termos do art. 267, IV, do CPC, considerando os artigos 9 e 16, pargrafo 1, da Lei n 6.830/80, condenando, ainda, a empresa ao pagamento das despesas processuais (TJRJ 17 CC. AC n 2007.001.29364, Rel. Des. Camilo Ribeiro Rulire).

    Indaga-se:

    a) A conduta processual da empresa pode ser considerada como ato atentatrio ao exerccio da jurisdio? Fundamente.

    b) Est correta a deciso do juiz? Fundamente.

  • Coletnea de Exerccios

    52

    Pesquisa na doutrina: 1) Humberto Theodoro Junior, Curso de di-reito processual civil, 43 ed., Rio de Janeiro, Forense, 2007, v. 1, p. 96. No deixe de examinar a jurisprudncia relacionada ao tema.

    QUESTES OBJETIVAS

    QUESTO 1

    O princpio regulado pelo art. 132 do CPC diz respeito ao princpio:

    a) da imediatidade, que vincula o juiz da audincia ao subseqente julgamento da lide;

    b) da concentrao em face do liame vinculatrio estabelecido pelo prprio ato de realizao da audincia;

    c) da identidade fsica do juiz, vez que estar em melhores condies de proferir a sentena aquele que tomou as provas;

    d) da oralidade, que consagra os debates orais em audincia culmi-nando pela sentena, no final da audincia.

    QUESTO 2

    Assinale a alternativa que traduz, na esfera da ordem constitucional, a celeridade processual ou da prestao jurisdicional:

    a) o princpio da motivao das decises judiciais;b) o princpio da recorribilidade;c) o princpio do devido processo legal;d) o princpio da razovel durao do processo.

    Semana 15Procedimentos e suas Estruturas. Procedimento Ordinrio, Sumrio e os Especiais. A Converso dos Procedimentos Especiais para o Ordinrio.

    CASO 1

    Sandra prope ao de adjudicao compulsria, pelo rito sumrio, dando causa valor de R$ 4.500,00 (quatro mil e quinhentos reais) em face de Mrcia, objetivando a regularizao da cadeia sucessria dos atos nota-riais relativos ao seu direito ao domnio do bem recebido em doao de Cle-

  • Teoria Geral do Processo

    53

    mentina, dentre os quais se encontra a promessa de cesso, com quitao de preo, feita pela r referida doadora. Mrcia, inconformada com a deciso, proferida em audincia, que indeferiu a converso do rito em ordinrio e a realizao de provas pericial e testemunhal, por ela requeridos, em sua defesa, recorre da deciso para que o tribunal examine a questo.

    Indaga-se:

    a) Est correta a deciso do juiz? Fundamente.b) No caso, em que momento deve a r ter apresentado sua contes-

    tao? Fundamente.

    Pesquisa na doutrina: 1) Humberto Theodoro Junior, Curso de di-reito processual civil, 43 ed., Rio de Janeiro, Forense, 2007, v. 1, p. 375. No deixe de examinar a jurisprudncia relacionada ao tema.

    CASO 2

    Helena promoveu ao de reintegrao de posse em face de Marcelo. O juiz determinou a audincia de justificao prvia da posse. Segue-se que na audincia, aps ouvir as testemunhas arroladas pela autora, o juiz deferiu o mandado de reintegrao, correndo o prazo para oferecer contestao, pre-visto no art. 928 do CPC.

    Indaga-se:

    a) No caso, qual o procedimento adotado por Helena? Justifique a resposta.

    b) Caso o ru apresente contestao, h mudana no rito? Justifique a resposta.

    Pesquisa na doutrina: 1) Humberto Theodoro Junior, Curso de di-reito processual civil, 43 ed., Rio de Janeiro, Forense, 2007, v. 1, p. 375. No deixe de examinar a jurisprudncia relacionada ao tema.

    CASO 3

    Pedro est em vias de propor ao objetivando a condenao de Car-los a lhe pagar a importncia de R$ 7.200,00 (sete mil e duzentos reais), em razo de reforma do telhado da casa de praia de Carlos, que, na poca da en-trega dos servios, ficou satisfeito, no entanto, no cumpriu com a obrigao de pagamento.

  • Coletnea de Exerccios

    54

    Indaga-se:

    a) Pedro para propor a pretendida ao dever valer-se do procedi-mento sumrio ou sumarssimo de que trata a Lei 9.099/95? Justi-fique a resposta.

    b) Quais as caractersticas do procedimento sumarssimo? Fundamente a resposta.

    Pesquisa na doutrina: 1) Humberto Theodoro Junior, Curso de di-reito processual civil, 43 ed., Rio de Janeiro, Forense, 2007, v. 1, p. 382. No deixe de examinar a jurisprudncia relacionada ao tema.

    QUESTES OBJETIVAS

    QUESTO 1

    Assinale a alternativa correta:

    a) admite-se no procedimento sumrio a reconveno;b) admite-se no procedimento sumrio a ao declaratria inciden-

    tal;c) admite-se no procedimento sumrio pedido em favor do ru;d) no procedimento sumrio, permite-se que as testemunhas sejam

    arroladas, em momento posterior propositura da ao.

    QUESTO 2

    Assinale a alternativa correta:

    a) o autor no pode livremente optar por um determinado rito;b) o autor pode livremente adotar o rito que desejar imprimir ao

    proposta;c) o rito sumrio no obrigatrio;d) o rito ordinrio adotado nas aes at o valor de 45 salrios mni-

    mos.