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Execução Orçamental da Administração Local 2017 Relatório do Conselho das Finanças Públicas n.º 3/2018 abril de 2018

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Execução Orçamental da

Administração Local 2017

Relatório do Conselho das Finanças Públicas

n.º 3/2018

abril de 2018

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Conselho das Finanças Públicas Execução Orçamental da Administração Local 2017 | ii

O Conselho das Finanças Públicas (CFP) é um órgão independente, criado pelo artigo 3.º da

Lei n.º22/2011, de 20 de maio, que procedeu à 5.ª alteração da Lei de Enquadramento

Orçamental (Lei n.º 91/2001, de 20 de agosto, republicada pela Lei n.º 37/2013, de 14 de

junho). A versão final dos Estatutos do CFP foi aprovada pela Lei n.º 54/2011, de 19 de

outubro.

O CFP iniciou a sua atividade em fevereiro de 2012, com a missão de proceder a uma

avaliação independente sobre a consistência, cumprimento e sustentabilidade da política

orçamental, promovendo a sua transparência, de modo a contribuir para a qualidade da

democracia e das decisões de política económica e para o reforço da credibilidade financeira

do Estado.

Este Relatório foi elaborado com base na informação disponível até ao dia 19 de março de 2018.

Encontra-se disponível em www.cfp.pt, na área de publicações, um ficheiro em formato de folha de cálculo contendo os

valores subjacentes a todos os gráficos e quadros do presente relatório.

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Índice

Sumário executivo ........................................................................................................................................ 5

Apresentação ................................................................................................................................................. 6

1 Regras orçamentais na administação local ................................................................................ 8

1.1 Conceito e tipologias .......................................................................................................................... 8

1.2 Regime financeiro das autarquias locais e entidades intermunicipais (lei das

finanças locais) .................................................................................................................................................... 8

2 Execução orçamental da administração local (municíios) na ótica de caixa ............... 14

3 Limite da dívida municipal e situação quanto ao limite ..................................................... 17

4 Despesa por pagar na administração local .............................................................................. 20

Anexos ............................................................................................................................................................ 24

Glossário de conceitos .............................................................................................................................. 35

Lista de abreviaturas .................................................................................................................................. 36

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Índice de Gráficos

Gráfico 1 – Saldo orçamental, contributos para as variações do saldo, receita e despesa dos municípios em

2017 ............................................................................................................................................................................................................. 14

Gráfico 2 – Evolução do Stock de Passivos Não Financeiros e Pagamentos em Atraso (M€) ............................... 20

Gráfico 3 – PMP médio dos municípios, por trimestre, 2015-2017 (n.º de dias) ........................................................ 22

Índice de Quadros

Quadro 1 – Entidades relevantes para efeitos da dívida e para cálculo do limite da dívida total municipal . 10

Quadro 2 – Resumo dos mecanismos de alerta precoce e de recuperação financeira municipal da LFL ....... 12

Quadro 3 – Execução orçamental dos municípios até ao final de 2017 ......................................................................... 15

Quadro 4 – Distribuição dos municípios por escalões tendo em conta o rácio da dívida total em 31.12.2017

....................................................................................................................................................................................................................... 18

Quadro 5 – Distribuição dos municípios tendo em conta os mecanismos previstos em função do rácio da

dívida total, 2016 e 2017..................................................................................................................................................................... 19

Quadro 6 – Despesa por pagar dos municípios ....................................................................................................................... 20

Quadro 7 – Municípios com pagamentos em atraso superiores a 1 M€ no final de 2017 .................................... 21

Quadro 8 – Número de municípios por escalões de PMP, 2015-2017 ........................................................................... 23

Quadro 9 – Regras orçamentais aplicáveis à Administração Local: indicadores, metas, resultados e entidades

responsáveis pela monitorização .................................................................................................................................................... 24

Quadro 10 – Detalhe da execução orçamental dos municípios até final de dezembro de 2017 ........................ 27

Quadro 11 – Pagamentos em atraso nos municípios no final de 2017 .......................................................................... 29

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SUMÁRIO EXECUTIVO

O Conselho das Finanças Públicas inicia a publicação semestral da análise da execução orçamental

na ótica de caixa da Administração Local com o presente Relatório. Pretende-se com esta nova

série de publicações contribuir para a transparência das contas da Administração Local, tal como já

se procede para o conjunto das Administrações Públicas. Por se tratar de um primeiro Relatório

apresentam-se ainda, de forma sumária, as regras orçamentais aplicáveis à administração local.

De acordo com a execução orçamental preliminar em contabilidade pública, o saldo global do

conjunto dos municípios em 2017 (460 M€) reduziu-se em 203 M€ face a 2016. Este

desenvolvimento ocorreu não obstante um crescimento da receita fiscal superior ao previsto no

Orçamento do Estado para 2017 e nos Orçamentos Municipais. O saldo obtido ficou aquém do

previsto pelo Ministério das Finanças no Orçamento do Estado para 2017 para o conjunto da

Administração Local (1020 M€), entretanto revisto insuficientemente em baixa (para 644 M€) em

outubro no âmbito da proposta de Orçamento do Estado para 2018. Tomando como referência os

orçamentos municipais considerados de forma agregada, o aumento da receita total ficou aquém

do previsto, enquanto a despesa ficou muito abaixo das dotações orçamentais aprovadas.

Apresenta-se a distribuição dos municípios em função da regra da dívida, mas não se efetua a

verificação do seu cumprimento atendendo ao enquadramento legal vigente. Com base na

informação constante do Sistema Integrado de Informação das Autarquias Locais, a dívida total

municipal considerada para efeitos do limite legal diminuiu no decurso do ano passado: excluindo

as dívidas não orçamentais e as exceções legalmente previstas para efeitos do respetivo limite

verificou-se uma redução de 493 M€ em 2017. Com base apenas neste indicador, 27 dos 308

municípios encontravam-se acima do limite da dívida total no final de 2017.

A despesa por pagar dos municípios apresentou em 2017 uma melhoria global face a 2016.

Verificou-se uma diminuição de 104 M€ dos passivos não financeiros, uma redução de 73,5 M€ das

contas a pagar, bem como uma redução de 50,6 M€ dos pagamentos em atraso. Não obstante esta

evolução globalmente favorável ocorreram também situações individuais de agravamento, com

três municípios a evidenciarem aumentos superiores a 1 M€ nos pagamentos em atraso.

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APRESENTAÇÃO

De acordo com a Lei de Enquadramento Orçamental (LEO), vertida na Lei n.º 151/2015, de 11 de

setembro, o Conselho das Finanças Públicas (CFP) tem por missão pronunciar-se, entre outras

matérias, sobre o cumprimento das “regras de endividamento das regiões autónomas e das

autarquias locais previstas nas respetivas leis de financiamento”.

De forma semelhante, os Estatutos do CFP, aprovados pela Lei n.º 54/2011, de 19 de outubro,

determinam que nas atribuições do Conselho se incluem a avaliação do cumprimento das regras

orçamentais estabelecidas bem como a situação financeira das regiões autónomas e das autarquias

locais (alíneas b) e e) do artigo 6.º dos Estatutos).

No entanto, nenhuma das leis de finanças subnacionais, que foram objeto de revisão em 2013,

especifica quais as competências do CFP no sentido da prossecução do que se encontra previsto

na LEO ou nos seus Estatutos.

No que respeita à Administração Local (AL) o regime financeiro das autarquias locais e entidades

intermunicipais, aprovado pela Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro (Lei das Finanças Locais – LFL),

apenas menciona o CFP ao prever a sua participação enquanto observador no chamado Conselho

de Coordenação Financeira (CCF).

O CCF, tendo como competências promover a troca de informação entre a Administração Central

e a Administração Local, deveria reunir ordinariamente duas vezes por ano, até 15 de março e 15

de setembro, antes da apresentação do Programa de Estabilidade e da proposta de Lei do

Orçamento do Estado, respetivamente. Porém, este órgão acabou por nunca se reunir de forma

ordinária, apesar de se terem realizado diversas reuniões preparatórias.

Adicionalmente existem dificuldades na obtenção de informação fidedigna e tempestiva para todo

o universo ao qual as regras são aplicáveis. Importa ainda ter em conta as sucessivas alterações

legislativas à LFL por via das leis do Orçamento do Estado com implicações no cálculo das regras.

Tais dificuldades práticas têm-se refletido na operacionalização e monitorização das regras

orçamentais ao nível das finanças subnacionais. O CFP tem vindo a acompanhar a execução

orçamental subnacional na ótica das contas nacionais, mas não se pronuncia relativamente ao

cumprimento das regras de endividamento.

Com o presente Relatório, o CFP inicia a publicação semestral da Execução Orçamental na ótica de

caixa da Administração Local. O segundo relatório, que deverá ser publicado em setembro deste

ano incidirá sobre a execução orçamental no primeiro semestre de 2018.

As referências efetuadas no documento têm caracter indicativo. A responsabilidade pela verificação

do cumprimento de cada uma das regras vigentes é identificada na tabela apresentada no Quadro

9, anexo a este relatório.

O relatório estrutura-se em quatro capítulos. O primeiro capítulo apresenta as regras orçamentais

na Administração Local, sendo um capítulo de enquadramento que servirá de referência a esta linha

de publicações. No segundo capítulo procede-se à análise da execução orçamental dos municípios

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em contabilidade pública (ótica de caixa). No terceiro é efetuada uma avaliação indicativa do

cumprimento dos limites da dívida municipal tendo em consideração as regras em vigor, sendo

que o quarto e último capítulo analisa os passivos e contas pagar com especial enfoque nos

pagamentos em atraso.

A elaboração deste relatório beneficiou de informação e esclarecimentos adicionais prestados pela

Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL) e pelo Fundo de Apoio Municipal (FAM), a quem o CFP

agradece.

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1 REGRAS ORÇAMENTAIS NA ADMINISTAÇÃO LOCAL

1.1 CONCEITO E TIPOLOGIAS

De acordo com o Glossário de termos das Finanças Públicas, publicado pelo CFP (2015), “Uma regra

orçamental é comummente definida como uma "restrição permanente sobre a política orçamental,

expressa através de um indicador resumo do desempenho orçamental".1 Destina-se a ancorar as

expectativas dos agentes económicos, relativamente à postura da política orçamental, à

estabilização económica e à sustentabilidade das finanças públicas. Podem assumir quatro

diferentes tipos, com base no indicador orçamental que restringem: saldo orçamental, dívida,

despesa e receita.”

A LFL, aprovada pela Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro, entrou em vigor a 1 de janeiro de 2014,

nela se prevendo as regras orçamentais numéricas aplicáveis à AL. Tendo em conta a tipologia

apresentada, a Lei integra regras quanto ao equilíbrio do saldo orçamental, quanto à dívida (limite

da dívida total), quanto à despesa (Quadro Plurianual de Programação Orçamental - QPPO

municipal), e quanto à taxa de execução da receita.

1.2 REGIME FINANCEIRO DAS AUTARQUIAS LOCAIS E ENTIDADES INTERMUNICIPAIS (LEI DAS

FINANÇAS LOCAIS)

Saldo orçamental

Equilíbrio global

Os municípios estão sujeitos à regra prevista no n.º 1 do art.º 40.º da LFL/2013, segundo a qual

“[o]s orçamentos das entidades do sector local preveem as receitas necessárias para cobrir todas

as despesas”. Esta regra, de equilíbrio global, estabelece a obrigatoriedade de o orçamento prever

o equilíbrio ou um saldo positivo entre o total das receitas e o total das despesas inscritas. Trata-

se de um princípio similar ao estabelecido pela LEO e que implicaria, caso a execução do orçamento

respeitasse integralmente a previsão para cada ano, a inexistência de compromissos assumidos e

não pagos no final do ano económico.

Equilíbrio corrente

Para além do equilíbrio global, a LFL obriga àquilo a que se pode designar uma regra de ouro das

finanças públicas modificada ao impor o equilíbrio orçamental corrente acrescido do montante das

amortizações (médias) de empréstimos. Em concreto, a LFL obriga a que a receita corrente bruta

cobrada deva ser pelo menos igual à despesa corrente acrescida das amortizações médias de

empréstimos de médio e longo prazos. Num determinado ano este valor pode ser negativo, desde

1 Kopits, G. and S. Symansky (1998), Fiscal Rules, IMF Occasional Paper 162.

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que inferior a 5% das receitas correntes totais, sendo obrigatoriamente compensado no ano

seguinte.

A regra supra referida, embora não revogando explicitamente o princípio de equilíbrio orçamental

que se encontra estabelecido na alínea e) do ponto 3.1.1. do POCAL2, acaba por o efetuar de forma

implícita, pois ao mesmo acresce a obrigatoriedade adicional de as receitas correntes cobrirem, as

amortizações médias de empréstimos, além das despesas da mesma natureza.

Refira-se ainda que esta regra deve ser tida em conta nas diversas fases do ciclo orçamental, ou

seja, tanto na elaboração como nas alterações orçamentais e na execução.

No entanto, na sua aplicação prática coloca-se a questão de como calcular as amortizações médias

para empréstimos já existentes à entrada em vigor da LFL de 2013. Isto porque nesta lei adotou-se

uma disposição transitória no sentido de considerar como amortizações médias de empréstimos o

montante correspondente à divisão do capital em dívida à data da entrada em vigor da lei pelo

número de anos de vida útil remanescente do contrato.

Por forma a responder a estas e a outras dúvidas de natureza metodológica foi entretanto

produzida uma nota técnica do SATAPOCAL3. Note-se, contudo, que, ainda assim, se colocaram

dificuldades de natureza informática atendendo a que o mapa de empréstimos do POCAL, que os

municípios devem reportar à DGAL através do Sistema Integrado de Informação das Autarquias

Locais (SIIAL), não possuía todos os campos necessários ao cálculo da amortização média de

empréstimos. Esta situação levou a DGAL a alterar no último trimestre de 2016 o mapa de

empréstimos a ser reportado.

Dívida

Limite da dívida total municipal

O limite ao endividamento dos municípios constante da LFL consiste num limite quantitativo ao

stock da dívida municipal em termos brutos, isto é, sem dedução/compensação com ativos

financeiros por comparação com um volume de receitas determinado.

Assim, a LFL estabelece que a dívida total de operações orçamentais do município, incluindo a

dívida relevante de entidades participadas pelo município, não pode ultrapassar, em 31 de

dezembro de cada ano, 1,5 vezes a média da receita corrente líquida cobrada nos três exercícios

anteriores. Por exemplo, para cálculo do limite para o ano de 2017, terá de ser apurada a média da

receita corrente líquida cobrada nos exercícios de 2014 a 2016.

A LFL obriga ainda a que:

2 Plano Oficial de Contabilidade das Autarquias Locais, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 54-A/99, de 22 de fevereiro, com as

alterações introduzidas pela Lei n.º 162/99, de 14 de setembro, Decreto-Lei n.º 315/2000, de 2 de dezembro, Decreto-Lei

n.º 84-A/2002, de 5 de abril e pelo artigo 104.º da Lei n.º 60-A/2005, de 30 de dezembro. 3 Subgrupo de Apoio Técnico à Aplicação do POCAL. É constituído por representantes: da Direção-Geral das Autarquias

Locais (DGAL), que coordena; das cinco Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do território

continental; dos serviços competentes em matéria de administração local das Regiões Autónomas dos Açores e Madeira.

Integram ainda o SATAPOCAL, como convidados, representantes do Tribunal de Contas e da Inspeção-Geral de Finanças.

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Sempre que não seja cumprido aquele limite o município deve reduzir no exercício

subsequente pelo menos 10% do montante em excesso até que o mesmo seja cumprido,

sem prejuízo do disposto na LFL quanto a mecanismos de alerta precoce e de recuperação

financeira;

Caso cumpra aquele limite só se possa aumentar, em cada exercício, o valor correspondente

a 20% da margem disponível no início do ano.

O incumprimento destes requisitos é equiparado à ultrapassagem do limite legal de endividamento

para efeito de apuramento de responsabilidade financeira.4

O conceito de endividamento utilizado é mais abrangente do que o da dívida de Maastricht. Para

além da dívida financeira o conceito de dívida total de operações orçamentais inclui ainda a dívida

a fornecedores/comercial, excluindo, no entanto, passivos que resultem de operações

extraorçamentais (e.g. retenção de descontos para a segurança social enquanto entidade patronal).

Além do município, a delimitação de entidades relevantes inclui ainda as entidades participadas

pela autarquia nos seguintes termos:

Quadro 1 – Entidades relevantes para efeitos da dívida e para cálculo do limite da dívida

total municipal

Tipo de entidades Contributo para a dívida total municipal Tratamento da

receita

Serviços municipalizados Dívida resultante de operações orçamentais,

exceto a que esteja simultaneamente

reconhecida contabilisticamente no município

Receita

considerada para

o cálculo, sendo

objeto de

consolidação

Serviços intermunicipalizados Dívida resultante de operações orçamentais,

exceto a que esteja simultaneamente

reconhecida contabilisticamente nos

municípios participantes, “nos termos definidos

em acordo celebrado para o efeito”5

Receita

considerada para

o cálculo, sendo

objeto de

consolidação

Entidades intermunicipais e

entidades associativas

municipais

Independentemente do regime jurídico ao

abrigo do qual tenham sido criadas, de acordo

com “critério a estabelecer pelos seus órgãos

deliberativos, com o acordo das assembleias

municipais respetivas”. Na sua ausência,

proporcionalmente à quota municipal para as

despesas de funcionamento

Receita não

considerada para

o cálculo

Empresas locais e participadas

(exceto às que pertencem ao

sector empresarial do Estado

ou das Regiões Autónomas)

Proporcional à participação do município no

respetivo capital social, caso sejam incumpridas

as regras de equilíbrio de contas aplicáveis

Receita não

considerada para

o cálculo

Cooperativas e as régies

cooperativas (a)

Similar às empresas locais e participadas Receita não

considerada para

o cálculo

4 Nos termos da Lei de Organização e Processo do Tribunal de contas, aprovada pela Lei n.º 98/97, de 26 de agosto, na

sua redação atual. 5 Na prática, tem sido usual a consideração de repartição equitativa da dívida. À data de 31 de dezembro de 2017, existiam

apenas 2 serviços intermunicipalizados (Oeiras e Amadora; Loures e Odivelas).

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Tipo de entidades Contributo para a dívida total municipal Tratamento da

receita

Outras cooperativas e as

fundações

Proporcional à participação do município Receita não

considerada para

o cálculo

Entidades de outra natureza

relativamente às quais se

verifique o controlo, ou sua

presunção, por parte do

município

Pelo montante total Receita não

considerada para

o cálculo

Fonte: Elaboração a partir da redação atual da Lei das Finanças Locais e da Lei n.º 50/2012, de 31 de agosto (regime da atividade

empresarial local). | (a) Em que os municípios possam exercer uma influência dominante nos termos legalmente previstos.

Do exposto resulta que o universo relevante para a dívida total dos municípios é mais abrangente

do que o perímetro da AL em contabilidade nacional, uma vez que inclui entidades fora do âmbito

das Administrações Públicas nas quais a autarquia participa e das quais poderão resultar obrigações

futuras para o município. Importa ainda ter em conta que a receita relevante para o cálculo do

limite de endividamento é calculada na ótica de caixa (contabilidade pública), integrando apenas a

do município e serviços municipalizados ou intermunicipalizados, uma vez que estes funcionam

como um departamento daquele, com autonomia reforçada.

No cálculo do rácio há que ter em conta as exceções previstas na lei. Com efeito existem operações

que não relevam para efeitos do limite da dívida total:

Os empréstimos destinados a financiar a recuperação de infraestruturas municipais

afetadas por situações de calamidade pública.

Os empréstimos destinados ao financiamento da contrapartida nacional de projetos

apoiados por fundos europeus, que passaram a ser excecionados com a alteração da

LFL pela Lei do Orçamento do Estado para 2016.

O montante referente à contribuição do município para o capital do Fundo de Apoio

Municipal, ao abrigo de uma norma que tem vindo a ser anualmente inscrita nas

sucessivas leis do Orçamento do Estado.

Adicionalmente, ao abrigo de uma norma transitória da LFL, a dívida excecionada antes da entrada

em vigor da LFL que tenha colocado os municípios que eram cumpridores acima do atual limite de

endividamento não releva para efeitos de sancionamento embora seja considerada no cálculo.

O rácio encontrado entre o stock da dívida total e a média das receitas indicadas é assim o indicador

que, além de verificar a situação de cumprimento do limite estabelecido, se encontra na base dos

mecanismos de alerta precoce de desvios e de recuperação financeira municipal. A adesão a

qualquer dos mecanismos previstos na LFL é obrigatória ou facultativa consoante o nível de

desequilíbrio financeiro verificado a 31 de dezembro de cada ano (ver o Quadro 2).

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Quadro 2 – Resumo dos mecanismos de alerta precoce e de recuperação financeira

municipal da LFL

Rácio da dívida

total Consequências previstas

Entre 75% e 100% 1. Informação aos membros do Governo responsáveis pelas finanças e

autarquias locais, bem como aos presidentes dos órgãos executivo e

deliberativo dos municípios

Entre 100% e 150% 1. Informação às mesmas entidades do caso anterior

2. Possibilidade de aderir ao saneamento financeiro (contração de

empréstimos)

Entre 150% e 225%

(acima do limite de

endividamento)

1. Informação às mesmas entidades e ao Banco de Portugal

2. Adesão obrigatória a saneamento financeiro (contração de empréstimos)

Entre 225% e 300% 1. Informação às mesmas entidades e ao Banco de Portugal

2. Adesão obrigatória a saneamento financeiro ou voluntária ao FAM

Superior a 300%

(rutura financeira)

1. Informação às mesmas entidades e ao Banco de Portugal

2. Adesão obrigatória ao FAM (recuperação financeira municipal)

Fonte: CFP, com base no disposto na Lei das Finanças Locais.

Notas: O rácio da dívida total é calculado face à média da receita corrente líquida cobrada nos três exercícios anteriores. Existe

ainda a obrigatoriedade de aderir ao saneamento financeiro caso a dívida total do município, deduzida da dívida de empréstimos,

seja superior a 75% da mesma média de receitas considerada para o cálculo do limite da dívida total.

De referir ainda que a monitorização efetuada pela DGAL assenta na informação que lhe é

reportada pelos municípios via SIIAL, ainda que aquele organismo efetue diversas validações para

aumentar a fidedignidade da informação remetida. Assim, o apuramento do endividamento

municipal relativo a 2016 foi publicado no Portal Autárquico em janeiro de 2018, tendo por base

dados relativos à prestação de contas extraídos do SIIAL em novembro.6

Cabe ainda menção à regra adicional de redução de dívida dos municípios que tem vindo a ser

anualmente reiterada desde a Lei do Orçamento do Estado para 2014, que obriga as entidades

integradas no perímetro da AL em contas nacionais a reduzir até ao final do ano a que respeita o

orçamento pelo menos 10% dos pagamentos em atraso com mais de 90 dias registados em

setembro do ano anterior. No caso de incumprimento destas obrigações, haverá lugar a uma

redução no valor das transferências do OE definidas na LFL em montante igual ao da redução em

falta.

Limites de endividamento aplicáveis às freguesias

O recurso por parte das freguesias a endividamento de médio e longo prazo encontra-se vedado

pela LFL. Contudo, estas podem recorrer a receitas creditícias de curto prazo para obviar a

dificuldades de tesouraria, bem como à celebração de contratos de leasing para aquisição de bens

móveis (e.g. viaturas) por um prazo máximo de cinco anos e, de forma análoga, para bens imóveis

desde que suportem os respetivos encargos através de receitas próprias. O acesso ao

endividamento de curto prazo encontra-se limitado a 10% da transferência recebida pela freguesia

6 De acordo com a LFL os documentos de prestação de contas individuais dos municípios são apreciados pelas assembleias

municipais em abril do ano seguinte ao qual se referem.

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proveniente do OE a título da participação destas autarquias nos impostos do Estado, prevista pela

LFL (Fundo de Financiamento das Freguesias - FFF).7

No que respeita à dívida não financeira a LFL, estipula que o total das dívidas orçamentais das

freguesias a terceiros (excluindo as relativas a contratos de empréstimo de curto prazo ou aberturas

de crédito) não pode ultrapassar metade das receitas totais arrecadadas no ano anterior,

estabelecendo-se a obrigação da redução de um décimo do excesso que exista em cada ano

subsequente, disposição similar à prevista para os municípios cuja dívida total excede o respetivo

limite.

Receita

Execução da receita

Dentro dos mecanismos de alerta precoce estabelecidos na LFL dispõe ainda o n.º 3 do art.º 56.º

daquela Lei que, no caso de se registar durante dois anos consecutivos uma taxa de execução da

receita prevista no respetivo orçamento inferior a 85%, são informados os membros do Governo e

os presidentes dos órgãos municipais.

Despesa

Quadro plurianual municipal e tetos de despesa

A LFL determina a apresentação pelos municípios, juntamente com a proposta de orçamento

municipal apresentada após a tomada de posse do órgão executivo orçamental, de uma proposta

de quadro plurianual de programação orçamental (QPPO), em articulação com as Grandes Opções

do Plano (GOP).

O QPPO consubstancia-se na definição de limites para a despesa municipal que deverá incluir

também as projeções quanto ao seu financiamento (receitas, devendo discriminar entre as

cobradas pela autarquia, ou seja, receitas próprias, e as provenientes do OE) numa base móvel que

inclua os quatro anos seguintes, sendo que os limites para o ano seguinte àquele ao que o

orçamento municipal respeita são vinculativos.

Não se conhece informação que permita monitorizar o cumprimento desta regra. Acresce que,

além de o reporte desta informação à DGAL não estar legalmente explicitado, a própria LFL remeteu

a respetiva regulamentação para legislação posterior, o que levou a que muitos municípios

considerassem não estarem reunidas as condições legais e regulamentares para a plena aplicação

do QPPO ao nível municipal.

7 Considerando que, no ano de 2017, o montante global do FFF constante do Mapa XX anexo ao Orçamento do Estado é

de 194,9 M€, o montante máximo possível de ser utilizado pela totalidade das freguesias seria de cerca de 19,5 M€.

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Conselho das Finanças Públicas Execução Orçamental da Administração Local 2017 | 14

2 EXECUÇÃO ORÇAMENTAL DA ADMINISTRAÇÃO LOCAL

(MUNICÍPIOS) NA ÓTICA DE CAIXA

Gráfico 1 – Saldo orçamental, contributos para as variações do saldo, receita e despesa dos

municípios em 2017

Fontes: SIIAL, DGO e cálculos próprios. Data de extração dos dados: 23.02.2018.

Notas: AdL – Administração Local; OM/2017 – Orçamentos Municipais (previsões e dotações corrigidas); OE2017 AdL e Prev. MF

AdL - Previsão do MF subjacente ao OE/2017 relativa ao subsector da Administração Local; VHA - Variação Homóloga Acumulada.

Em 2017, na ótica da contabilidade pública, a execução orçamental provisória dos municípios

aponta para que o subsector da Administração Local tenha penalizado a variação do défice

das Administrações Públicas. O saldo global do conjunto dos municípios até dezembro de 2017

(460 M€) representa uma diminuição de 203 M€ face a 2016, em sentido contrário à melhoria

subjacente ao OE/2017. Para esta variação contribuiu um aumento da despesa (610 M€) superior

ao da receita cobrada (408 M€) – ver Gráfico 1. Este saldo fica aquém quer do previsto no OE/2017

para o conjunto da AL. que era de 1020 M€ (ver Quadro 3), quer da estimativa subjacente ao

OE/2018, que reviu o valor em baixa para 644 M€. Na perspetiva dos orçamentos municipais

(OM/2017) considerados de forma agregada, o aumento da receita também ficou aquém do

previsto. Porém, neste caso, a despesa ficou muito abaixo das dotações orçamentais aprovadas.

Gráfico I - Evolução infra-anual do saldo global da AdL (municípios) Gráfico II - Contributos para a VHA do Saldo face ao previsto (em M€)

Gráfico III - Contributos para a VHA da Receita (p.p.) Gráfico IV - Contributos para a VHA da Despesa (p.p.)

SALDO ORÇAMENTAL

RECEITA DESPESA

662

208 215

167

181

603

441

352

622

552 523

405

460

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1 000

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

M €

2016 2017

24

-451

-183

-610

71

94

242

408

-203

-4 000 -3 000 -2 000 -1 000 0 1 000 2 000

Juros

Despesa de capital

Despesa corrente primária

Despesa efetiva

Transferências

Receita própria não fiscal

Receita própria fiscal

Receita efetiva

Saldo global

OM/2017 OE2017 AdL dezembro 2017 - dezembro 2016

5,6

1,4

- 10,0

- 5,0

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Prev.

MF

AdL

2017

Receita própria fiscal Receita própria não fiscal

Transferências Receita efetiva (vha%)

9,2

0,1

- 4,0

- 2,0

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Prev.

MF

AdL

2017

Despesa corrente primária Despesa de capital

Juros Despesa efetiva (vha%)

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Quadro 3 – Execução orçamental dos municípios até ao final de 2017

Fontes: SIIAL, DGO e cálculos próprios. Data de extração dos dados: 23.02.2018.

Notas e observações:

Execução orçamental: 2016 - 308 municípios (dados provisórios); 2017- dados estimados para 3 municípios (ver metainformação).

n.d.: não disponível.

(a) Previsão do Ministério das Finanças para a Administração Local (inclui municípios e freguesias) na ótica da contabilidade pública

(fonte: dados enviados pela DGO e relatório OE/2017). Esta previsão tem subjacente um impacto nulo das freguesias no saldo do

subsector.

(b) Soma das previsões e dotações corrigidas da receita e da despesa, respetivamente, inscritas nos orçamentos municipais, à data

de extração do reporte de execução orçamental.

(c) Na Síntese da Execução Orçamental a DGO agrega em "Outras receitas correntes" as RNAP, venda de bens e serviços,

rendimentos da propriedade e outras receitas correntes. Nas "Outras receitas de capital" inclui todas as receitas de capital, exceto

as decorrentes de transferências.

(d) 2016: 308 municípios; 2017: 307 municípios (para o município em falta - Mira - foram considerados os dados disponíveis

relativos a set./2017).

(e) Trabalhadores pagos pelos orçamentos municipais objeto de comparticipação pelo Ministério da Educação.

O aumento da receita municipal em 2017 teve por base o acréscimo observado nas receitas

próprias municipais (mais de 4/5 do aumento), em detrimento da receita de transferências.

No seu conjunto, as transferências recebidas pelos municípios aumentaram 71 M€. As

(M€, exceto quando indicado)

Grau Exec.

2016 2017 2017 VH (%)Contributo

VH (p.p.)

Receita corrente 7 224,5 7 065,1 6 781,4 7 151,6 101,2% 5,5 5,1 4,2

Receita Fiscal 2 871,7 2 725,9 2 782,9 3 025,3 111,0% 8,7 3,3 -2,0

Impostos diretos 2 677,7 2 594,9 2 664,1 2 893,1 111,5% 8,6 3,1 -2,6

Imposto Municipal sobre Transmissões (IMT) 649,3 619,3 655,4 852,0 137,6% 30,0 2,7 -5,5

Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) 1 547,5 1 486,3 1 487,9 1 453,8 97,8% -2,3 -0,5 -0,1

Imposto Único de Circulação (IUC) 263,0 247,2 244,5 260,0 105,2% 6,3 0,2 1,1

Derrama 217,0 240,0 275,0 323,8 134,9% 17,7 0,7 -12,7

Impostos indiretos 194,0 131,0 118,8 132,2 100,9% 11,3 0,2 10,3

Transferências Correntes 2 406,5 2 691,3 2 551,5 2 590,6 96,3% 1,5 0,5 5,5

Outros subsectores das AP n.d. 396,1 368,6 359,8 90,8% -2,4 -0,1 7,4

"Outras receitas correntes" (DGO)(c) 1 946,3 1 393,1 1 234,9 1 234,2 88,6% -0,1 0,0 12,8

Receita de capital 759,2 1 426,4 542,3 579,7 40,6% 6,9 0,5 163,0

Transferências de Capital 603,1 1 121,0 426,2 458,3 40,9% 7,5 0,4 163,0

"Outras receitas de capital" (DGO)(c) 156,1 305,4 116,0 121,4 39,8% 4,6 0,1 163,1

Receita Efetiva 7 983,8 8 491,5 7 323,7 7 731,3 91,0% 5,6 5,6 15,9

… da qual receita própria [receita efetiva menos transferências] 4 974,1 4 679,1 4 345,9 4 682,5 100,1% 7,7 4,6 7,7

… da qual receita própria não fiscal 2 102,4 1 953,2 1 563,0 1 657,1 84,8% 6,0 1,3 25,0

… da qual transferências [total de transferências correntes e de capital] 3 009,7 3 812,3 2 977,8 3 048,9 80,0% 2,4 1,0 28,0

Despesa Corrente 5 334,5 6 393,3 5 325,7 5 485,5 85,8% 3,0 2,4 20,0

Despesas com o pessoal 2 539,8 2 419,4 2 252,1 2 319,2 95,9% 3,0 1,0 7,4

Aquisição de bens e serviços 2 190,9 2 847,1 2 171,2 2 210,7 77,6% 1,8 0,6 31,1

Juros e outros encargos 76,7 101,3 100,7 77,1 76,2% -23,4 -0,4 0,6

Transferências correntes 382,5 738,7 599,3 634,7 85,9% 5,9 0,5 23,3

Subsídios 49,8 125,7 76,0 112,3 89,4% 47,9 0,5 65,5

Outras despesas correntes 94,8 161,1 126,5 131,3 81,5% 3,8 0,1 27,4

Despesa de Capital 1 628,9 3 298,9 1 335,7 1 786,3 54,1% 33,7 6,8 147,0

Aquisição de bens de capital 1 493,9 2 856,0 1 053,6 1 474,2 51,6% 39,9 6,3 171,1

Transferências de capital 101,7 406,5 247,6 286,9 70,6% 15,9 0,6 64,2

Outras despesas de capital 33,3 36,5 34,5 25,2 69,1% -26,9 -0,1 5,9

Despesa efetiva 6 963,4 9 692,2 6 661,4 7 271,8 75,0% 9,2 9,2 45,5

Saldo global 1 020,4 -1 200,8 662,2 459,6

Por memória

Transferências [Despesa] 484,2 1 145,2 846,9 921,7 80,5% 8,8 1,0 35,2

Transferências para outros subsectores das AP [Despesa] n.d. 511,3 403,2 430,4 84,2% 6,8 0,4 26,8

Freguesias [Despesa] n.d. 388,3 315,9 339,2 87,4% 7,4 0,3 22,9

Lei das Finanças Locais [Receita] 2 378,7 2 383,4 2 328,0 2 389,7 100,3% 2,7 0,8 2,4

Pessoal ao serviço no final do período (n.º trabalhadores) (d) 117 822 120 371 2,2

Afetos à área da educação 24 111 24 971 3,6

dos quais pagos pelo Ministério da Educação (e) 18 441 19 071 3,4

Outros 93 711 95 400 1,8

AGREGADOS E COMPONENTES

ORÇAMENTAIS DOS MUNICÍPIOS

Previsão

OE/2017

AdL(a)

[DGO]

OM/2017(b)

dezembro

Execução VariaçãoVH implícita

aos OM (%)

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transferências do Estado para os municípios ao abrigo da Lei das Finanças Locais aumentaram

62 M€ (2,7%), próximo do previsto no OE/2017 (2,9%), contribuindo ainda assim para o acréscimo

da receita (em 0,8 p.p.). As transferências da UE acabaram por recuperar no último mês do ano,

terminando com uma variação positiva, embora muito abaixo do previsto.

Nas receitas próprias, a maior diferença verificou-se na receita própria não fiscal. Nas receitas

próprias não fiscais, contribuíram em particular para esta diferença as “outras receitas correntes”

(perspetiva DGO/MF), onde se incluem as vendas de bens e serviços e os rendimentos da

propriedade. Isto apesar de a receita de taxas, multas e outras penalidades ter observado um

acréscimo de 89 M€, dos quais 62 M€ relativos a juros de mora, contribuindo em 0,8 p.p. para a

variação da receita.8 De notar ainda o contributo positivo das vendas de bens de investimento (0,4

p.p.), com especial impacto das vendas do Município de Lisboa, responsável por quase metade do

montante arrecadado.

A evolução positiva da receita fiscal foi sustentada no comportamento favorável do IMT

(quase metade do aumento da receita municipal) e da derrama, dada a diminuição da receita

de IMI. O primeiro, apoiado na dinâmica positiva do mercado imobiliário (aumento de 197 M€;

correspondendo a uma variação homóloga de 30%), ultrapassou o previsto para a totalidade do

ano, contribuindo em 2,7 p.p. para a variação da receita, enquanto a derrama (49 M€, 18%), regista

também uma diferença positiva. Porém, o valor de IMI recebido pelos municípios, principal imposto

local, registou um decréscimo de 34 M€ relativamente a 2016 (-2,3%), abaixo da taxa de variação

implícita ao OE/2017 (4,0%)9, penalizando em 0,5 p.p. a variação da receita.

Na despesa, a maior diferença relativamente ao previsto ocorreu na despesa primária, tanto

ao nível das despesas correntes como das de capital. O OE/2017 tinha implícita uma forte

diminuição da despesa com transferências, tanto correntes como de capital. No entanto, as

transferências para fora das Administrações Públicas (que não consolidam no subsector) sofreram

um aumento (48 M€), ainda que abaixo do aumento considerado nos OM. Outras rubricas da

despesa, como os subsídios e outras despesas correntes, contribuíram em menor grau para as

diferenças observadas.

A despesa primária aumentou 9,7% em 2017, comportamento influenciado pelo crescimento

do investimento municipal e, em menor grau, pelas despesas com pessoal. O maior contributo

para o aumento homólogo da despesa de 610 M€ provém das aquisições de bens de capital

(421 M€; 40%). As despesas com pessoal contribuíram para o crescimento da despesa em 1,0 p.p.,

ou mais 67 M€ comparativamente a 2016. Para esta evolução contribuiu o aumento do número de

trabalhadores municipais ao serviço (2,2%). As aquisições de bens e serviços, bem como os

subsídios pagos e as transferências para outras entidades das AP (e.g. freguesias), também

contribuíram, embora em menor grau, para o aumento da despesa. As duas únicas rubricas da

despesa que verificaram uma diminuição relativamente a 2016 foram os juros (24 M€ ou -24%) e

as outras despesas de capital (9 M€ ou -27%).

8 Para este acréscimo contribuiu de modo significativo a receita de juros de mora de IMI e IMT referentes a anos anteriores

(2005 a 2016). Ver quadro anexo com maior detalhe da execução orçamental dos municípios. 9 De notar que esta ótica difere da ótica de tesouraria da Autoridade Tributária (AT). Por um lado, podem existir valores

saídos da AT no final do mês um que só dão entrada nos municípios no mês m+1. Por outro lado, os valores da AT são

líquidos dos encargos cobrados relativamente à liquidação do imposto, quando em cumprimento do princípio

contabilístico da não compensação os municípios registam o valor do imposto como receita e o valor dos encargos

cobrados como “outra despesa corrente”.

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Conselho das Finanças Públicas Execução Orçamental da Administração Local 2017 | 17

3 LIMITE DA DÍVIDA MUNICIPAL E SITUAÇÃO QUANTO AO LIMITE

Os dados apresentados na presente secção têm por base a informação que a DGAL

disponibiliza ao CFP no âmbito do SIIAL. Esta informação, para além de indicar o teto anual para

a dívida, agrega os dados reportados trimestralmente por cada município naquele sistema de

informação relativamente à sua situação patrimonial e financeira individual (balancete e

endividamento), incluindo ainda a contribuição de entidades participadas para a dívida total

municipal.10 Os dados apresentados são preliminares, por terem em conta dados trimestrais de

execução, e não correspondem ao período de prestação de contas, que no caso dos municípios

deve ser reportado à DGAL até final de abril.11 Acresce ainda que alguns municípios não efetuaram,

à data da extração dos dados, o reporte de todos os elementos necessários nos prazos definidos

por aquela Direção-Geral.12

Atendendo ao exposto, bem como ao enquadramento legal que não atribui ao CFP a aferição

das situações individuais de eventual incumprimento relativamente ao limite da dívida total,

a informação aqui apresentada tem carácter meramente indicativo, cingindo-se à

apresentação da distribuição dos municípios em função da regra da dívida total. Ou seja, não

se trata de avaliar o eventual (in)cumprimento das regras por parte de cada município, mas antes

de acompanhar a evolução do subsector e o resultado da aplicação da regra orçamental definida.

De facto, estas situações apenas podem ser aferidas tendo por base a prestação de contas

municipal e pelas entidades e nos termos previstos pela LFL e demais legislação atinente. Importa

ainda referir que numa aferição de cumprimento se teria ainda de ter em conta as situações que o

legislador entendeu excecionar.

De acordo com os dados provisórios disponíveis, a dívida total considerada para efeitos do

limite legal quanto à dívida municipal terá diminuído em 2017. A dívida total, excluindo as

dívidas não orçamentais e as exceções legalmente previstas para efeitos do respetivo limite,

diminuiu em cerca de 493 M€ (colunas (7) e (8) do Quadro 4). O mesmo se observa se forem tidos

em conta todos os passivos municipais (colunas (5) e (6) do Quadro 4), ou seja, incluindo as dívidas

que o legislador entendeu excecionar. Para esta variação terá contribuído também a redução do

endividamento das entidades participadas pelos municípios.

No final de 2017, de acordo com os dados disponíveis, 27 dos 308 municípios

encontravam-se acima do limite da dívida total. A redução da dívida é transversal a todos os

escalões (Quadro 4).

10 Os dados a que o CFP tem acesso quanto à contribuição destas entidades diz respeito apenas ao montante total

reportado (i.e. não desagregado por entidade). 11 Algumas entidades participadas, mediante o regime jurídico a que estejam sujeitas e dependendo também da sua

natureza jurídica podem apresentar prazos diferentes, pelo que a informação relativa às entidades participadas poderá ser

sujeita a alterações após o período de prestação de contas por parte do município. 12 A LFL/2013 prevê no seu artigo 78.º que o incumprimento dos deveres de informação por parte do município implica a

retenção pela DGAL de 10% do duodécimo corrente do Fundo de Equilíbrio Financeiro (FEF). Nestes casos, o CFP utilizou

a informação mais recente disponível (constando de notas aos quadros apresentados). Assim, ainda que baseada na

informação disponibilizada pela DGAL via SIIAL, os cálculos são da responsabilidade do CFP.

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Quadro 4 – Distribuição dos municípios por escalões tendo em conta o rácio da dívida total

em 31.12.2017

(M€, exceto quando outra unidade é indicada)

Rácio da dívida total

(RDT)

N.º de

municípios

em 31.12.17

População

residente4

(n.º hab.)

Limite

da

dívida

total

2017

(M€)

Dívida total

Dívida total,

incluindo dívidas

não orçamentais e

exceções previstas

na lei1

Dívida total,

excluindo dívidas

não orçamentais e

exceções previstas

na lei2

… da qual

respeitante a

entidades

participadas3

01.01. 17 31.12.17 01.01.17 31.12.17 01.01.17 31.12.17

(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10)

RDT2017 > 3,00 5 63 910 75 204 197 201 194 16 5

2,25 ≤ RDT2017 ≤ 3,00 7 251 555 248 453 431 444 422 8 7

1,50 < RDT2017 < 2,25 15 425 455 381 512 479 496 465 18 17

SITUAÇÕES ACIMA DO

LIMITE DA DÍVIDA

TOTAL (RDT2017>1,50)

27 740 920 704 1 170 1 107 1 141 1 081 42 29

1,00 ≤ RDT2017 ≤ 1,50 32 1 227 257 963 869 805 820 758 85 79

Restantes municípios:

RDT2017 < 1,00 249 8 341 396 8 619 3 404 3 006 3 073 2 700 193 156

SITUAÇÕES NO LIMITE

OU ABAIXO DO LIMITE

DA DÍVIDA TOTAL

(RDT2017≤1,50)

281 9 568 653 9 583 4 273 3 812 3 892 3 459 277 235

TOTAL 308 10 309 573 10 287 5 443 4 919 5 033 4 540 320 264

Identificação das situações acima do limite da dívida total. Municípios com excesso de endividamento no final de 2017:

RDT2017 > 3,00 Cartaxo, Fornos de Algodres, Nordeste, Vila Franca do Campo, Vila Real de Santo António

2,25 ≤ RDT2017 ≤ 3,00 Alfândega da Fé, Aveiro, Fundão, Paços de Ferreira, Portimão, Seia, Vila Nova de Poiares

1,50 < RDT2017< 2,25 Alandroal, Alpiarça, Celorico da Beira, Covilhã, Évora, Freixo de Espada à Cinta, Gondomar, Lamego,

Mourão, Nazaré, Reguengos de Monsaraz, Santa Comba Dão, Santarém, Tabuaço, Tarouca

Fontes: SIIAL, INE e cálculos próprios. | Notas: 1 - Soma de todos os passivos dos municípios e entidades participadas que contam

para o apuramento da dívida total; 2 - Soma das dívidas orçamentais dos municípios e entidades participadas que contam para a

regra da dívida total, deduzida das exceções legais aplicáveis - corresponde ao numerador do "rácio da dívida total"); 3 - Cf. art.º

54.º da LFL/2013; 4 - Estimativa da população residente a 31.12.2016 (INE).

Dados provisórios trimestrais. Data de extração dos dados: 19.03.2018. Dados relativos às receitas que concorrem para o cálculo

do limite correspondem a informação publicada em maio de 2017 pela DGAL. Dados em falta para 11 municípios (Amadora,

Bombarral, Cadaval, Fornos de Algodres, Lagos, Mortágua, Oeiras, Porto, Santa Cruz, Serpa e Vila Flor), tendo-se considerado

informação disponível do trimestre precedente com término a 30.09.2017, à exceção dos Municípios de Cadaval, Mortágua e

Santa Cruz (sem dados disponíveis para 2017 tendo-se considerado informação relativa ao ano anterior quanto à dívida total).

A evolução favorável em 2017 resulta num menor número de municípios que teria de recorrer

a mecanismos de recuperação financeira ou de saneamento financeiro. O número de

municípios em situação de rutura financeira (definida pela LFL como aqueles municípios em que o

rácio da dívida total é superior a 300%) diminuiu de 7 para 5. Dos 308 municípios, 249 (cerca de

4/5) encontram-se em situação de equilíbrio financeiro na ótica da LFL – Quadro 5.

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Conselho das Finanças Públicas Execução Orçamental da Administração Local 2017 | 19

Quadro 5 – Distribuição dos municípios tendo em conta os mecanismos previstos em

função do rácio da dívida total, 2016 e 2017

Nível do "rácio da dívida total"

(RDT) Mecanismo(s) previstos

N.º de municípios1

31.12.2016

(n-1)

31.12.2017

(n)

RDTt > 1,50

> 3 Adesão obrigatória à Recuperação Financeira (FAM)2 7 5

2,25 ≤ RDTt ≤ 3,00 Adesão obrigatória ao Saneamento Financeiro ou à

Recuperação Financeira (FAM); opção cabe ao município 10 7

1,50 < RDTt < 2,25 Adesão obrigatória ao Saneamento Financeiro 14 15

1,00 ≤ RDTt ≤ 1,50 Adesão facultativa ao Saneamento Financeiro 37 32

RDTt < 1,00 Nenhum. Município em equilíbrio nos termos da LFL 240 249

Fontes: Elaboração própria do CFP com base na Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro, na sua redação atual e nos dados do SIIAL (cf.

Quadro 4). | Notas: 1 - O número de municípios indicado no quadro foi calculado com referência apenas ao nível do rácio da

dívida total. Os números são provisórios e referem-se aos municípios que cabem nos intervalos do rácio da dívida total usado

para identificar o mecanismo a que podem ou têm de recorrer. 2 - Fundo de Apoio Municipal (FAM), criado pela Lei n.º 53/2014,

de 25 de agosto, que regulamenta o mecanismo de recuperação financeira municipal.

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Conselho das Finanças Públicas Execução Orçamental da Administração Local 2017 | 20

4 DESPESA POR PAGAR NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL

A despesa por pagar dos municípios apresentou em 2017 uma melhoria global face a 2016,

com diminuição dos passivos não financeiros e das contas a pagar, bem como dos

pagamentos em atraso.13 No decurso de 2017, o stock de pagamentos em atraso manteve-se

praticamente estagnado até abril, com quebras nos meses seguintes (Gráfico 2) resultantes do

pagamento de dívidas anteriormente assumidas por parte de municípios que recorreram ao Fundo

de Apoio Municipal (FAM)14, a empréstimos de saneamento financeiro e, bem assim, à celebração

de acordos de pagamento, sem prejuízo de situações individuais de agravamento. Dentro destas,

destacam-se os Municípios de Macedo de Cavaleiros, Paredes e Penafiel com aumentos superiores

a 1 M€ nos pagamentos em atraso reportados (Quadro 7).

Gráfico 2 – Evolução do Stock de Passivos Não Financeiros e Pagamentos em Atraso (M€)

Passivos Não Financeiros Pagamentos em atraso (dívida vencida > 90 dias)

Fonte: SIIAL. | Cálculos do CFP. Dados revistos e atualizados em 16-03-2018.

Nota: Os dados respeitam à despesa efetiva excluindo transferências para as Administrações Públicas (cf. última linha Quadro 6).

Quadro 6 – Despesa por pagar dos municípios

Fonte: SIIAL. | Cálculos próprios. Dados revistos e atualizados em 16-03-2018.

13 Apesar do acréscimo homólogo de passivos não financeiros e de contas a pagar no que se refere à aquisição de bens

de capital. 14 Alandroal, Aveiro, Cartaxo, Paços de Ferreira, Portimão, Vila Nova de Poiares e Vila Real de Santo António (VRSA).

1 241 1 2781 348 1 322 1 299 1 276 1 242

1 192 1 1581 097 1 119

998

1 101 1 132 1 158 1 169 1 145 1 129 1 1111 068 1 033 1 047 1 018

894

0

200

400

600

800

1 000

1 200

1 400

1 600

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Ano 2016 Ano 2017

233 231 239 239 234223

212202

184 176 172

146

147 146 143 141124 120

102 99 101 104 10696

0

50

100

150

200

250

300

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Ano 2016 Ano 2017

jan-

dez/16

jan-

dez/17Homóloga

Taxa de

variação

homóloga

jan-

dez/16

jan-

dez/17Homóloga

Taxa de

variação

homóloga

jan-

dez/16

jan-

dez/17Homóloga

Taxa de

variação

homóloga

Despesa primária 961,7 858,3 -103,5 -11% 515,8 443,5 -72,3 -14% 136,7 88,5 -48,2 -35%

Despesa corrente Primária 644,0 561,2 -82,8 -13% 333,3 257,8 -75,5 -23% 83,4 54,0 -29,5 -35%

Despesa com Pessoal 85,8 85,0 -0,8 -1% 22,9 21,5 -1,4 -6% 2,9 2,2 -0,7 -23%

dq. Rem. Certas e Perm. 45,5 45,9 0,4 1% 0,4 0,8 0,4 84% 0,0 0,0 0,0 33%

Seg. Social das quais : 39,9 38,9 -1,0 -3% 22,4 20,6 -1,8 -8% 2,9 2,2 -0,6 -22%

Encargos com Saúde 15,2 13,8 -1,4 -9% 14,2 12,9 -1,3 -9% 2,2 1,8 -0,4 -18%

Contrib. de Seg. Social 16,4 14,7 -1,7 -10% 5,1 3,7 -1,4 -28% 0,4 0,0 -0,3 -93%

Outras 8,3 10,4 2,1 25% 3,1 4,0 1,0 32% 0,4 0,4 0,1 21%

Aq. de Bens e Serviços 406,5 371,6 -34,9 -9% 252,7 213,5 -39,1 -15% 68,8 44,1 -24,6 -36%

Transf. Correntes 24,1 17,2 -6,9 -29% 18,2 13,2 -5,0 -28% 6,8 4,2 -2,6 -38%

Para Adm. Públicas 11,1 7,4 -3,7 -33% 8,6 5,9 -2,7 -31% 2,5 1,9 -0,6 -23%

Para fora das Adm. Públicas 13,0 9,8 -3,3 -25% 9,6 7,3 -2,3 -24% 4,3 2,3 -2,0 -47%

Outra despesa Corr. primária 127,6 87,4 -40,2 -32% 39,5 9,6 -29,9 -76% 5,0 3,4 -1,6 -32%

Despesa de Capital 317,7 297,1 -20,6 -6% 182,5 185,7 3,2 2% 53,2 34,5 -18,7 -35%

Aq. de Bens de Capital 207,0 211,0 4,0 2% 156,0 170,5 14,5 9% 46,3 33,7 -12,6 -27%

Transf. Capital 31,8 21,8 -10,0 -31% 20,4 13,5 -6,9 -34% 5,3 0,7 -4,6 -87%

Para Adm. Públicas 11,7 7,2 -4,4 -38% 7,3 5,9 -1,4 -19% 3,5 0,2 -3,2 -93%

Para fora das Adm. Públicas 20,2 14,6 -5,6 -28% 13,1 7,7 -5,5 -42% 1,9 0,5 -1,4 -75%

Outra despesa de capital 78,8 64,2 -14,6 -19% 6,1 1,6 -4,5 -73% 1,6 0,1 -1,5 -95%

Juros 59,3 50,7 -8,6 -14% 29,7 24,4 -5,2 -18% 15,4 9,2 -6,3 -41%

Despesa Efectiva 1 021,0 909,0 -112,0 -11% 545,5 467,9 -77,6 -14% 152,1 97,7 -54,4 -36%

Despesa Efectiva (exclui trf. para AP) 998,3 894,3 -103,9 -10% 529,6 456,1 -73,5 -14% 146,1 95,5 -50,6 -35%

Variação:

D E S P E S A P O R P A G A R D O S M U N I C Í P I O S

PASSIVOS NÃO FINANCEIROS CONTAS A PAGAR PAGAMENTOS EM ATRASO

Stock (acumulado) Variação: Stock (acumulado) Variação: Stock (acumulado)Unidade : milhões de euros, exceto quando

indicado

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Conselho das Finanças Públicas Execução Orçamental da Administração Local 2017 | 21

No Quadro 7 constam os municípios com pagamentos em atraso superiores a um milhão de euros

no final de 2017, bem como o peso dos pagamentos em atraso relativamente à receita efetiva

cobrada líquida naquele ano. Nestes 19 municípios estava concentrada mais de 90% da dívida

vencida e não paga há mais de noventa dias, à data de 31 de dezembro de 2017.

Quadro 7 – Municípios com pagamentos em atraso superiores a 1 M€ no final de 2017

(M€, exceto quando outra unidade é indicada)

MUNICÍPIO

Pagamentos em atraso (PA)

Receita

efetiva 2017

PA31.12.2017

÷

RE2017

31.12.2015 30.06.2016 31.12.2016 30.06.2017 31.12.2017

NAZARÉ 20,2 19,3 17,9 17,4 17,2 12,9 134,1%

PENAFIEL 10,9 10,4 8,3 7,6 11,9 33,2 35,8%

AVEIRO 38,1 35,7 34,7 12,7 9,1 51,5 17,7%

PAÇOS DE FERREIRA 30,3 28,8 27,4 27,1 8,9 23,5 37,9%

VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO 11,0 12,0 9,1 10,2 7,2 19,2 37,4%

CELORICO DA BEIRA 7,0 7,5 6,9 6,6 6,8 8,8 76,8%

SETÚBAL 10,6 8,2 6,9 6,3 6,1 74,4 8,2%

PAREDES 3,3 3,8 1,1 1,5 5,4 39,4 13,8%

ALCOCHETE 5,4 5,1 3,7 3,5 2,5 15,1 16,6%

TABUAÇO 2,3 1,9 2,0 2,0 2,3 7,3 31,6%

TÁBUA 0,9 1,3 1,6 1,6 1,8 9,4 19,5%

OURIQUE 2,3 1,8 2,1 2,4 1,7 9,3 17,9%

VILA DO BISPO 2,3 2,4 2,0 1,9 1,3 10,7 11,7%

PESO DA RÉGUA 1,9 1,8 1,0 1,2 1,1 13,2 8,0%

MOURÃO 1,6 1,5 1,4 1,2 1,1 5,6 19,4%

MACEDO DE CAVALEIROS 0,0 0,0 0,0 0,0 1,1 16,2 6,7%

GOLEGÃ 1,0 0,7 0,8 0,7 1,1 6,0 17,7%

MACHICO 1,5 1,5 1,1 1,1 1,0 9,6 10,6%

MOIMENTA DA BEIRA 0,4 0,9 0,9 1,2 1,0 9,6 10,5%

SUBTOTAL (municípios com

PA>1M€ em 31.12.2017) 151,0 144,5 128,7 106,4 88,6 375,2 23,6%

RESTANTES MUNICÍPIOS 92,1 86,9 23,3 17,3 9,0 7 356,1 0,1%

TOTAL 243,1 231,4 152,1 123,6 97,7 7 731,3 1,3%

Peso municípios com PA>1M€

em 31.12.2017 (% do total) 62,1% 62,5% 84,7% 86,0% 90,8% 4,9% n.a.

Fonte: BIORC/SIIAL. Dados provisórios. | Cálculos próprios. Data de extração dos dados: 16.03.2018.

Nota: No Quadro 11 encontram-se os dados para todos os municípios.

O prazo médio que uma entidade leva a pagar os compromissos assumidos perante

fornecedores é outro indicador usado habitualmente como forma de medir dificuldades de

pagamento. Para os municípios portugueses encontra-se legalmente estabelecida uma fórmula de

cálculo do prazo médio de pagamentos (PMP).15 Nos termos legais, cabe à DGAL publicar em abril

de cada ano o PMP registado por cada uma destas autarquias locais no final do 4.º trimestre do

ano anterior, bem como a lista daquelas que até à primeira metade do mesmo ano registassem um

PMP superior a noventa dias, tendo esta obrigação de ser cumprida até ao final de setembro.

15 Cf. n.º 4 do Despacho n.º 9870/2009, de 13 de abril, do Ministro de Estado e das Finanças conjugado com a alínea c) do

n.º 7 da Resolução do Conselho de Ministros n.º 34/2008, de 22 de fevereiro. Para cada trimestre o prazo de pagamento é

igual à multiplicação do rácio entre a dívida a fornecedores no final desse período e o montante das aquisições de bens e

serviços acumulado nesses três meses por 365 dias. O PMP no final de cada trimestre corresponde à média aritmética dos

prazos de pagamento calculados nos quatro últimos trimestres.

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Posteriormente, o decreto-lei de execução orçamental para 2017 (DL n.º 25/2017, de 3 de março)

veio determinar a divulgação trimestral dos municípios com um PMP superior a sessenta dias.

De acordo com os dados provisórios disponíveis para até ao final de 2017, o PMP de todos

os municípios mantém a tendência de redução observada desde pelo menos 2015. O PMP

médio dos municípios16 no final de 2017 era de, aproximadamente, 38 dias, menos doze dias do

que em 2015 (Gráfico 3).

Gráfico 3 – PMP médio dos municípios, por trimestre, 2015-2017 (n.º de dias)

Fonte: SIIAL. Os valores para 2017 são de natureza preliminar, uma vez que 1817

dos 308 municípios

se encontram com informação em falta ou por validar no sistema relativamente a este ano. Os valores

de 2016 são provisórios. Data de extração dos dados: 16-03-2018. | Cálculos próprios. T = Trimestre.

O número de municípios com um PMP superior a três meses encontra-se em redução desde

2015. O número de municípios com PMP superior a noventa dias (três meses), de acordo com os

dados disponíveis, de natureza ainda preliminar, indicam que este terá decrescido quase um terço

entre 2015 e 2017. Por seu turno, o número de municípios com menores prazos de pagamentos

(inferiores a trinta dias) ter-se-á mantido relativamente estável no mesmo período (Quadro 8).

16 O PMP médio é calculado somando a dívida a fornecedores e as aquisições de todos os municípios, calculando-se o

PMP nos termos descritos na nota 15. 17 Alijó, Angra do Heroísmo, Armamar, Bombarral, Braga, Cabeceiras de Basto, Cadaval, Fornos de Algodres, Lagos, Mondim de

Basto, Oeiras, Ovar, Pampilhosa da Serra, Santa Cruz, Serpa, Sever do Vouga, Trofa e Vila Flor.

65

59

54 50 49

46 45

40 36

32 29

38

-

10

20

30

40

50

60

70

1T 2015 2T 2015 3T 2015 4T 2015 1T 2016 2T 2016 3T 2016 4T 2016 1T 2017 2T 2017 3T 2017 4T 2017

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Quadro 8 – Número de municípios por escalões de PMP, 2015-2017

PMP 2.º semestre

de 2015

1.º semestre

2016

2.º semestre

2016

1.º semestre

2017

2.º semestre

2017

> 1 ano 8 8 9 7 8

> 6 meses mas < 1 ano 20 14 15 8 17

> 90 dias mas < 6 meses 33 27 23 27 19

Subtotal > 90 dias 61 49 47 42 44

< 90 dias 247 259 261 266 264

< 60 dias 222 234 240 251 245

< 30 dias 186 191 188 203 180

TOTAL 308 308 308 308 308

Lista dos municípios com PMP > 6 meses no final do 2.º semestre de 2017

> 1 ano Nazaré, Paços de Ferreira, Portimão, São Vicente, Reguengos de Monsaraz, Celorico

da Beira, Tabuaço e Vila Real de Santo António

> 6 meses mas < 1 ano

Tarouca, Caminha, Aveiro, São João da Pesqueira, Porto Santo, Mourão, Vila do

Bispo, Freixo de Espada à Cinta, Penafiel, Alcochete, Alpiarça, Tomar, Mirandela,

Tábua, Belmonte, Setúbal, Peso da Régua

Lista dos municípios com PMP < 3 dias no final do 2.º semestre de 2017 (n.º dias, valores arredondados):

Ferreira do Zêzere, Calheta (São Jorge), Miranda Do Douro, Vila Franca do Campo (0); Nordeste, Azambuja, Castanheira de

Pêra, Santana, Alfândega da Fé, Santa Cruz das Flores (1); Montijo, Santa Cruz da Graciosa, Murtosa, Lisboa, Vimioso, Velas,

Lajes das Flores, Sabrosa (2); Alcoutim, Anadia, Póvoa do Lanhoso, Pampilhosa da Serra (3).

Fonte: SIIAL. Os valores para 2017 são de natureza preliminar, uma vez que 18 dos 308 municípios se encontram com informação

em falta ou por validar no sistema relativamente a este ano. Os valores de 2016 são provisórios. Data de extração dos dados:

16-03-2018. | Cálculos próprios.

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ANEXOS

Quadro 9 – Regras orçamentais aplicáveis à Administração Local: indicadores, metas, resultados e entidades responsáveis pela monitorização

Regra Orçamental Tipo Previsão legal Indicador(es) Metas Resultados

Entidade

responsável pela

identificação da

situação de

incumprimento

Dívida total Dívida Artigos 52.º e 54.º da LFL Dívida total de operações

orçamentais (DT)

Média da receita

corrente líquida cobrada

nos três exercícios

anteriores (RLC)

Limite da dívida total

(LDT)=1,5×RLC

Rácio da dívida total

(RDT)=DT/RLC

RDT<150%RLC

(em 31-12-t)

Se DT>LDT, redução de 0,1(DT-

LDT) em t+1

Se DT<LDT, ΔDT ≤ 0,2(DT-LDT)

Órgãos próprios do

município

DGAL

Equilíbrio orçamental Saldo Artigo 40.º da LFL Receita corrente bruta

(RCB)

Despesa corrente (DC)

Amortizações médias de

empréstimos de médio e

longo prazos (AME)

RCB ≥ (DC+AME)

Se |RCB-(DC+AME)| > 5%RCB

incumprimento

Se |RCB-(DC+AME)| < 5%RCB

desvio compensado no ano

seguinte.

Órgãos próprios

das autarquias

locais e entidades

do sector local

Execução da receita Receita N.º 3, art.º 56.º do RFLAEI Taxa de execução da

receita (TER) TERt,t-1≥85%

Se TERt,t-1 <85%, alerta

precoce tutela (governo

central) e presidentes órgãos

municipais

Órgãos próprios do

município

DGAL

Endividamento de curto

prazo das freguesias

Dívida N.º 5, art.º 55.º da LFL Endividamento de curto

prazo (ECP)

Fundo de Financiamento

das Freguesias (FFF)

ECP<10%FFF

Se dívida de CP + empréstimo

que se pretende contrair

exceder o limite não é possível

proceder à sua contratação

Órgãos próprios da

freguesia

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Conselho das Finanças Públicas Execução Orçamental da Administração Local 2017 | 25

Regra Orçamental Tipo Previsão legal Indicador(es) Metas Resultados

Entidade

responsável pela

identificação da

situação de

incumprimento

Dívida não financeira das

freguesias

Dívida N.º 8, art.º 55.º da LFL Dívida orçamental a

terceiros (DOT)

Receitas totais (RT) DOTt<50%RTt-1

Se DOTt > 50%RTt-1

Obrigatoriedade de redução

em t+1 em

10%*( DOTt-50%RTt-1)

Órgãos próprios da

freguesia

QPPO Despesa Art.º 44.º do RFLAEI Despesa Limites (tetos) para a

despesa do município, bem

como para as projeções da

receita discriminadas entre

as provenientes do OE e as

cobradas pelo município.

Tetos de despesa vinculativos

para o ano seguinte ao do

exercício económico do

orçamento e indicativos para os

restantes.

Órgãos próprios do

município

Notas:

DGAL - Direção-Geral das Autarquias Locais

PCM – Presidente da Câmara Municipal

QPPO – Quadro Plurianual de Programação Orçamental

LFL - Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro, objeto da retificação n.º 46-B/2013, de 1 de novembro e n.º 10/2016, de 25 de maio, alterada pelas Leis n.os 82-D/2014, de 31 de dezembro (LOE/2015), 69/2015, de 16

de julho, 132/2015, de 4 de setembro, 7-A/2010, de 30 de março (LOE/2016), 42/2016, de 28 de dezembro (LOE/2017) e 114/2017, de 29 de dezembro (LOE/2018).

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Conselho das Finanças Públicas Execução Orçamental da Administração Local 2017 | 27

Quadro 10 – Detalhe da execução orçamental dos municípios até final de dezembro

de 2017

Fontes: SIIAL, DGO e cálculos próprios. Data de extração dos dados: 23.02.2018.

(M€, exceto quando indicado)

Grau Exec.

2016 2017 2017 VH (%)Contributo

VH (p.p.)

Receita corrente 7 224,5 7 065,1 6 781,4 7 151,6 101,2% 5,5 5,1 4,2

Receita Fiscal 2 871,7 2 725,9 2 782,9 3 025,3 111,0% 8,7 3,3 -2,0

Impostos diretos 2 677,7 2 594,9 2 664,1 2 893,1 111,5% 8,6 3,1 -2,6

Imposto Municipal sobre Transmissões (IMT) 649,3 619,3 655,4 852,0 137,6% 30,0 2,7 -5,5

Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) 1 547,5 1 486,3 1 487,9 1 453,8 97,8% -2,3 -0,5 -0,1

Imposto Único de Circulação (IUC) 263,0 247,2 244,5 260,0 105,2% 6,3 0,2 1,1

Derrama 217,0 240,0 275,0 323,8 134,9% 17,7 0,7 -12,7

Outros 0,9 2,1 1,2 3,5 162,7% 200,0 0,0 84,4

Impostos indiretos 194,0 131,0 118,8 132,2 100,9% 11,3 0,2 10,3

Taxas, Multas e Outras Penalidades n.d. 254,7 212,0 301,5 118,4% 42,2 1,2 20,1

Dos quais: Juros de mora n.d. 38,0 14,8 76,5 201,7% 418,6 0,8 157,2

Rendimentos da Propriedade n.d. 324,7 294,9 272,5 83,9% -7,6 -0,3 10,1

Transferências Correntes 2 406,5 2 691,3 2 551,5 2 590,6 96,3% 1,5 0,5 5,5

Lei das Finanças Locais 2 187,5 2 193,4 2 146,0 2 197,9 100,2% 2,4 0,7 2,2

Fundo de Equilíbrio Financeiro 1 648,5 1 635,1 1 568,4 1 645,3 100,6% 4,9 1,0 4,2

Fundo Social Municipal 163,0 163,3 163,1 163,2 100,0% 0,1 0,0 0,1

Participação IRS 376,0 395,0 414,5 389,4 98,6% -6,1 -0,3 -4,7

Outros subsectores das AP n.d. 396,1 368,6 359,8 90,8% -2,4 -0,1 7,4

União Europeia n.d. 69,0 14,5 11,8 17,2% -18,1 0,0 377,3

Outras transferências 219,0 32,9 22,4 21,1 64,0% -6,2 0,0 46,6

Venda de bens e serviços correntes n.d. 936,1 861,1 881,1 94,1% 2,3 0,3 8,7

Reposições não abatidas nos pagamentos n.d. 6,8 5,7 8,5 125,6% 49,4 0,0 19,0

Outras receitas correntes n.d. 125,6 73,3 72,2 57,5% -1,5 0,0 71,4

"Outras receitas correntes" (DGO)(c) 1 946,3 1 393,1 1 234,9 1 234,2 88,6% -0,1 0,0 12,8

Receita de capital 759,2 1 426,4 542,3 579,7 40,6% 6,9 0,5 163,0

Venda de Bens de Investimento n.d. 124,1 67,5 93,2 75,1% 38,1 0,4 84,0

Transferências de Capital 603,1 1 121,0 426,2 458,3 40,9% 7,5 0,4 163,0

Lei das Finanças Locais 191,1 190,0 182,0 191,8 100,9% 5,4 0,1 4,4

Fundo de Equilíbrio Financeiro 191,1 190,0 182,0 191,8 100,9% 5,4 0,1 4,4

Outros subsectores das AP n.d. 138,8 40,0 38,5 27,8% -3,7 0,0 247,1

União Europeia 412,0 754,4 196,9 212,9 28,2% 8,1 0,2 283,2

Outras transferências n.d. 37,7 7,4 15,1 40,0% 103,7 0,1 409,7

Outras receitas de capital 156,1 181,2 48,6 28,2 15,6% -41,9 -0,3 273,1

"Outras receitas de capital" (DGO)(c) 156,1 305,4 116,0 121,4 39,8% 4,6 0,1 163,1

Receita Efetiva 7 983,8 8 491,5 7 323,7 7 731,3 91,0% 5,6 5,6 15,9

… da qual receita própria [receita efetiva menos transferências] 4 974,1 4 679,1 4 345,9 4 682,5 100,1% 7,7 4,6 7,7

… da qual receita própria não fiscal 2 102,4 1 953,2 1 563,0 1 657,1 84,8% 6,0 1,3 25,0

… da qual transferências [total de transferências correntes e de capital] 3 009,7 3 812,3 2 977,8 3 048,9 80,0% 2,4 1,0 28,0

Despesa Corrente 5 334,5 6 393,3 5 325,7 5 485,5 85,8% 3,0 2,4 20,0

Despesas com o pessoal 2 539,8 2 419,4 2 252,1 2 319,2 95,9% 3,0 1,0 7,4

Remunerações Certas e Permanentes n.d. 1 763,0 1 663,6 1 710,9 97,0% 2,8 0,7 6,0

Abonos Variáveis ou Eventuais n.d. 99,8 83,1 91,1 91,3% 9,6 0,1 20,0

Segurança social n.d. 556,6 505,4 517,2 92,9% 2,3 0,2 10,1

Aquisição de bens e serviços 2 190,9 2 847,1 2 171,2 2 210,7 77,6% 1,8 0,6 31,1

Juros e outros encargos 76,7 101,3 100,7 77,1 76,2% -23,4 -0,4 0,6

Transferências correntes 382,5 738,7 599,3 634,7 85,9% 5,9 0,5 23,3

Freguesias n.d. 214,3 198,1 203,8 95,1% 2,9 0,1 8,2

Outros subsectores das AP n.d. 91,5 70,2 73,6 80,4% 4,8 0,1 30,3

Subsectores das AP n.d. 305,7 268,3 277,3 90,7% 3,4 0,1 13,9

Outras transferências n.d. 433,0 330,9 357,4 82,5% 8,0 0,4 30,8

Subsídios 49,8 125,7 76,0 112,3 89,4% 47,9 0,5 65,5

Outras despesas correntes 94,8 161,1 126,5 131,3 81,5% 3,8 0,1 27,4

Despesa de Capital 1 628,9 3 298,9 1 335,7 1 786,3 54,1% 33,7 6,8 147,0

Aquisição de bens de capital 1 493,9 2 856,0 1 053,6 1 474,2 51,6% 39,9 6,3 171,1

Transferências de capital 101,7 406,5 247,6 286,9 70,6% 15,9 0,6 64,2

Freguesias n.d. 174,1 117,8 135,4 77,8% 15,0 0,3 47,8

Outros subsectores das AP n.d. 31,5 17,1 17,7 56,1% 3,4 0,0 84,3

Subsectores das AP n.d. 205,5 134,9 153,1 74,5% 13,5 0,3 52,4

Outras transferências n.d. 200,9 112,7 133,9 66,6% 18,7 0,3 78,2

Outras despesas de capital 33,3 36,5 34,5 25,2 69,1% -26,9 -0,1 5,9

Despesa efetiva 6 963,4 9 692,2 6 661,4 7 271,8 75,0% 9,2 9,2 45,5

Saldo global 1 020,4 -1 200,8 662,2 459,6

Despesa primária 6 886,7 9 591,0 6 560,7 7 194,6 75,0% 9,7 9,5 46,2

Despesa corrente primária 5 257,8 6 292,0 5 225,0 5 408,3 86,0% 3,5 2,8 20,4

Saldo primário 1 097,1 -1 099,5 763,0 536,7

Saldo corrente 1 890,0 671,8 1 455,7 1 666,2

Saldo de capital -869,6 -1 872,6 -793,4 -1 206,6

Ativos financeiros líquidos de reembolsos n.d. 16,4 26,9 40,7

dos quais:

Reembolsos (receita) n.d. 37,9 26,3 8,7

Ativos financeiros (despesa) n.d. 54,4 53,2 49,4

Passivos financeiros líquidos de amortizações n.d. 0,4 -363,5 -181,7

dos quais:

Receita de passivos financeiros n.d. 770,3 388,3 555,5

Amortizações n.d. 769,9 751,8 737,2

Poupança (+) / Utilização (-) de saldo da gerência anterior n.d. -1 216,8 271,8 237,1

Por memória

Transferências [Despesa] 484,2 1 145,2 846,9 921,7 80,5% 8,8 1,0 35,2

Transferências para outros subsectores das AP [Despesa] n.d. 511,3 403,2 430,4 84,2% 6,8 0,4 26,8

Freguesias [Despesa] n.d. 388,3 315,9 339,2 87,4% 7,4 0,3 22,9

Lei das Finanças Locais [Receita] 2 378,7 2 383,4 2 328,0 2 389,7 100,3% 2,7 0,8 2,4

Pessoal ao serviço no final do período (n.º trabalhadores) (d) 117 822 120 371 2,2

Afetos à área da educação 24 111 24 971 3,6

dos quais pagos pelo Ministério da Educação (e) 18 441 19 071 3,4

Outros 93 711 95 400 1,8

AGREGADOS E COMPONENTES

ORÇAMENTAIS DOS MUNICÍPIOS

Previsão

OE/2017

AdL(a)

[DGO]

OM/2017(b)

dezembro

Execução VariaçãoVH implícita

aos OM (%)

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Notas e observações:

Execução orçamental: 2016 - 308 municípios (dados provisórios); 2017- dados estimados para 3 municípios (ver

metainformação).

(a) Previsão do Ministério das Finanças para a Administração Local (inclui municípios e freguesias) na ótica da

contabilidade pública (fonte: dados enviados pela DGO e relatório OE/2017). Esta previsão tem subjacente um impacto

nulo das freguesias no saldo do subsector.

(b) Soma das previsões e dotações corrigidas da receita e da despesa, respetivamente, inscritas nos orçamentos

municipais, à data de extração do reporte de execução orçamental.

(c) Na Síntese da Execução Orçamental a DGO agrega em "Outras receitas correntes" as RNAP, venda de bens e serviços,

rendimentos da propriedade e outras receitas correntes. Nas "Outras receitas de capital" inclui todas as receitas de capital,

exceto as decorrentes de transferências.

(d) 2016: 308 municípios; 2017: 307 municípios (para o município em falta - Mira - foram considerados os dados

disponíveis relativos a set./2017).

(e) Trabalhadores pagos pelos orçamentos municipais objeto de comparticipação pelo Ministério da Educação.

Meta-informação

Metainformação (receita)

%Nr RE (M€) %RE Saldo global

Universo real: 305 municípios.

99,0% 7 564,5 97,8% 424,9

Universo estimado: 3 municípios.

1,0% 166,8 2,2% 34,6

100,0% 7 731,3 100,0% 459,6

Faltoso(s): Bombarral, Oeiras e Vila Flor.

A estimativa efetuada pelo CFP teve em conta dados reais da execução disponíveis até novembro tendo-se

considerado como estimativa para o mês de dezembro de 2017 os valores do mês homólogo de 2016.

Metainformação (despesa) %Nr DE (M€) %DE

Universo real: 305 municípios.

99,0% 7 139,6 98,2%

Universo estimado: 3 municípios.

1,0% 132,2 1,8%

100,0% 7 271,8 100,0%

Faltoso(s): Bombarral, Oeiras e Vila Flor.

A estimativa efetuada pelo CFP teve em conta dados reais da execução disponíveis até novembro tendo-se

considerado como estimativa para o mês de dezembro de 2017 os valores do mês homólogo de 2016.

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Quadro 11 – Pagamentos em atraso nos municípios no final de 2017 (milhares de euros, exceto quando outra unidade é indicada)

MUNICÍPIO

Pagamentos em atraso (PA) (a) Receita

efetiva (RE)

2017

PA31.12.2017

÷

RE2017

(%)

31.12.2015 30.06.2016 31.12.2016 30.06.2017 31.12.2017

ABRANTES 24 313

ÁGUEDA 29 365

AGUIAR DA BEIRA 7 613

ALANDROAL 775 1 272 502 114 70 9 234 0,8%

ALBERGARIA-A-VELHA 14 138

ALBUFEIRA 83 314

ALCÁCER DO SAL 16 181

ALCANENA 11 797

ALCOBAÇA 30 900

ALCOCHETE 5 376 5 096 3 707 3 533 2 517 15 119 16,6%

ALCOUTIM 7 823

ALENQUER 1 294 1 148 766 6 13 24 349 0,1%

ALFÂNDEGA DA FÉ 9 320

ALIJÓ 10 581

ALJEZUR 10 267

ALJUSTREL 166 153 142 11 574

ALMADA 83 464

ALMEIDA 10 998

ALMEIRIM 14 596

ALMODÔVAR 11 971

ALPIARÇA 598 188 443 599 926 6 094 15,2%

ALTER DO CHÃO 6 287

ALVAIÁZERE 561 336 8 777

ALVITO 5 3 1 4 756

AMADORA 84 280

AMARANTE 28 782

AMARES 12 212

ANADIA 19 263

ANGRA DO HEROÍSMO 3 16 541

ANSIÃO 10 463

ARCOS DE VALDEVEZ 22 699

ARGANIL 11 852

ARMAMAR 76 113 0 7 752

AROUCA 16 045

ARRAIOLOS 9 007

ARRONCHES 5 814

ARRUDA DOS VINHOS 10 761

AVEIRO 38 127 35 657 34 656 12 696 9 131 51 498 17,7%

AVIS 7 904

AZAMBUJA 76 16 960

BAIÃO 13 093

BARCELOS 52 847

BARRANCOS 4 4 056

BARREIRO 39 937

BATALHA 12 505

BEJA 71 18 25 461

BELMONTE 5 954

BENAVENTE 16 495

BOMBARRAL 85 51 30 18 (b) 8 736

BORBA 6 771

BOTICAS 9 207

BRAGA 85 361

BRAGANÇA 31 006

CABECEIRAS DE BASTO 13 111

CADAVAL 72 39 0 0 0 11 334 0,0%

CALDAS DA RAINHA 24 154

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(milhares de euros, exceto quando outra unidade é indicada)

MUNICÍPIO

Pagamentos em atraso (PA) (a) Receita

efetiva (RE)

2017

PA31.12.2017

÷

RE2017

(%)

31.12.2015 30.06.2016 31.12.2016 30.06.2017 31.12.2017

CALHETA (MADEIRA) 0 0 0 11 682

CALHETA (SÃO JORGE) 4 707

CÂMARA DE LOBOS 16 558

CAMINHA 1 1 1 1 1 15 337 0,0%

CAMPO MAIOR 9 209

CANTANHEDE 20 779

CARRAZEDA DE ANSIÃES 8 492

CARREGAL DO SAL 6 838

CARTAXO 6 737 5 206 3 987 1 368 351 14 219 2,5%

CASCAIS 4 997 4 490 197 528

CASTANHEIRA DE PÊRA 5 010

CASTELO BRANCO 13 63 36 632

CASTELO DE PAIVA 9 977

CASTELO DE VIDE 5 953

CASTRO DAIRE 14 494

CASTRO MARIM 12 216

CASTRO VERDE 8 739

CELORICO DA BEIRA 6 978 7 510 6 925 6 643 6 792 8 845 76,8%

CELORICO DE BASTO 13 569

CHAMUSCA 10 024

CHAVES 164 30 644

CINFÃES 13 068

COIMBRA 82 935

CONDEIXA-A-NOVA 10 928

CONSTÂNCIA 6 044

CORUCHE 17 507

CORVO 2 2 000 0,1%

COVILHÃ 83 67 45 26 277

CRATO 7 522

CUBA 5 914

ELVAS 19 247

ENTRONCAMENTO 13 165

ESPINHO 26 644

ESPOSENDE 17 926

ESTARREJA 17 351

ESTREMOZ 12 616

ÉVORA 29 412 30 626 43 927

FAFE 29 065

FARO 257 158 153 153 136 39 590 0,3%

FELGUEIRAS 31 770

FERREIRA DO ALENTEJO 10 792

FERREIRA DO ZÊZERE 8 962

FIGUEIRA DA FOZ 41 549

FIGUEIRA DE CASTELO RODRIGO 8 780

FIGUEIRÓ DOS VINHOS 78 76 72 69 68 8 303 0,8%

FORNOS DE ALGODRES 5 930

FREIXO DE ESPADA À CINTA 232 361 130 365 709 6 502 10,9%

FRONTEIRA 5 489

FUNCHAL 75 530

FUNDÃO 23 753

GAVIÃO 6 240

GÓIS 7 917

GOLEGÃ 1 045 712 790 653 1 071 6 044 17,7%

GONDOMAR 68 639

GOUVEIA 11 796

GRÂNDOLA 28 744

GUARDA 30 991

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(milhares de euros, exceto quando outra unidade é indicada)

MUNICÍPIO

Pagamentos em atraso (PA) (a) Receita

efetiva (RE)

2017

PA31.12.2017

÷

RE2017

(%)

31.12.2015 30.06.2016 31.12.2016 30.06.2017 31.12.2017

GUIMARÃES 85 179

HORTA 10 717

IDANHA-A-NOVA 17 133

ÍLHAVO 22 034

LAGOA (ALGARVE) 36 380

LAGOA (SÃO MIGUEL) 10 314

LAGOS 51 316

LAJES DAS FLORES 3 051

LAJES DO PICO 5 394

LAMEGO 12 29 19 970

LEIRIA 67 356

LISBOA 810 392

LOULÉ 108 330

LOURES 323 124 77 108 900

LOURINHÃ 19 656

LOUSÃ 13 117

LOUSADA 25 911

MAÇÃO 12 3 2 1 11 8 901 0,1%

MACEDO DE CAVALEIROS 4 24 4 13 1 078 16 185 6,7%

MACHICO 1 454 1 465 1 069 1 125 1 015 9 580 10,6%

MADALENA 11 10 8 6 300

MAFRA 62 146

MAIA 66 296

MANGUALDE 15 956

MANTEIGAS 5 294

MARCO DE CANAVESES 26 154

MARINHA GRANDE 22 897

MARVÃO 5 961

MATOSINHOS 120 643

MEALHADA 16 717

MÊDA 8 338

MELGAÇO 556 511 395 384 334 12 065 2,8%

MÉRTOLA 14 641

MESÃO FRIO 4 757

MIRA 10 249

MIRANDA DO CORVO 30 27 14 14 13 9 467 0,1%

MIRANDA DO DOURO 10 415

MIRANDELA 1 009 197 20 508

MOGADOURO 12 693

MOIMENTA DA BEIRA 412 909 917 1 234 1 011 9 636 10,5%

MOITA 30 945

MONÇÃO 15 083

MONCHIQUE 9 469

MONDIM DE BASTO 8 728

MONFORTE 6 384

MONTALEGRE 18 123

MONTEMOR-O-NOVO 17 004

MONTEMOR-O-VELHO 1 333 1 196 224 192 232 16 677 1,4%

MONTIJO 26 639

MORA 7 828

MORTÁGUA 8 939

MOURA 192 137 132 90 71 14 570 0,5%

MOURÃO 1 628 1 525 1 360 1 220 1 091 5 636 19,4%

MURÇA 7 075

MURTOSA 8 465

NAZARÉ 20 169 19 271 17 862 17 425 17 239 12 852 134,1%

NELAS 10 345

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Conselho das Finanças Públicas Execução Orçamental da Administração Local 2017 | 32

(milhares de euros, exceto quando outra unidade é indicada)

MUNICÍPIO

Pagamentos em atraso (PA) (a) Receita

efetiva (RE)

2017

PA31.12.2017

÷

RE2017

(%)

31.12.2015 30.06.2016 31.12.2016 30.06.2017 31.12.2017

NISA 10 013

NORDESTE 5 384

ÓBIDOS 65 65 65 13 272

ODEMIRA 27 639

ODIVELAS 17 7 72 241

OEIRAS (b) 149 737

OLEIROS 9 644

OLHÃO 25 100

OLIVEIRA DE AZEMÉIS 35 717

OLIVEIRA DE FRADES 10 534

OLIVEIRA DO BAIRRO 14 810

OLIVEIRA DO HOSPITAL 14 479

OURÉM 30 396

OURIQUE 2 330 1 820 2 093 2 417 1 668 9 334 17,9%

OVAR 28 457

PAÇOS DE FERREIRA 30 271 28 756 27 360 27 071 8 932 23 545 37,9%

PALMELA 41 790

PAMPILHOSA DA SERRA 10 135

PAREDES 3 323 3 773 1 106 1 507 5 449 39 412 13,8%

PAREDES DE COURA 10 621

PEDRÓGÃO GRANDE 5 908

PENACOVA 11 654

PENAFIEL 10 907 10 390 8 265 7 643 11 885 33 235 35,8%

PENALVA DO CASTELO 7 897

PENAMACOR 9 820

PENEDONO 5 646

PENELA 6 884

PENICHE 17 011

PESO DA RÉGUA 1 927 1 800 1 024 1 193 1 053 13 230 8,0%

PINHEL 10 919

POMBAL 39 756

PONTA DELGADA 38 272

PONTA DO SOL 6 296

PONTE DA BARCA 7 5 1 0 0 12 136 0,0%

PONTE DE LIMA 33 658

PONTE DE SOR 21 561

PORTALEGRE 1 482 5 432 158 125 136 16 933 0,8%

PORTEL 9 314

PORTIMÃO 4 562 4 585 1 426 1 126 20 55 017 0,0%

PORTO 207 732

PORTO DE MÓS 18 087

PORTO MONIZ 1 0 0 3 5 341 0,1%

PORTO SANTO 94 75 61 28 5 4 296 0,1%

PÓVOA DE LANHOSO 14 733

PÓVOA DE VARZIM 45 288

POVOAÇÃO 1 367 1 237 966 873 701 6 208 11,3%

PRAIA DA VITÓRIA 12 252

PROENÇA-A-NOVA 11 085

REDONDO 7 772

REGUENGOS DE MONSARAZ 2 584 2 108 2 079 2 819 27 12 334 0,2%

RESENDE 207 190 121 88 49 10 248 0,5%

RIBEIRA BRAVA 7 907

RIBEIRA DE PENA 67 12 316

RIBEIRA GRANDE 19 508

RIO MAIOR 483 19 645

SABROSA 7 320

SABUGAL 15 979

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(milhares de euros, exceto quando outra unidade é indicada)

MUNICÍPIO

Pagamentos em atraso (PA) (a) Receita

efetiva (RE)

2017

PA31.12.2017

÷

RE2017

(%)

31.12.2015 30.06.2016 31.12.2016 30.06.2017 31.12.2017

SALVATERRA DE MAGOS 11 042

SANTA COMBA DÃO 946 397 121 77 59 7 897 0,7%

SANTA CRUZ 1 651 2 332 23 476

SANTA CRUZ DA GRACIOSA 3 993

SANTA CRUZ DAS FLORES 3 222

SANTA MARIA DA FEIRA 62 896

SANTA MARTA DE PENAGUIÃO 6 851

SANTANA 6 761

SANTARÉM 550 349 182 92 51 38 327 0,1%

SANTIAGO DO CACÉM 107 26 347

SANTO TIRSO 1 493 687 92 35 834

SÃO BRÁS DE ALPORTEL 11 803

SÃO JOÃO DA MADEIRA 4 168

SÃO JOÃO DA PESQUEIRA 905 1 210 930 1 022 894 8 955 10,0%

SÃO PEDRO DO SUL 390 43 15 260

SÃO ROQUE DO PICO 4 565

SÃO VICENTE 5 889

SARDOAL 99 5 958

SÁTÃO 9 677

SEIA 20 407

SEIXAL 92 609

SERNANCELHE 8 627

SERPA 356 349 342 329 274 15 251 1,8%

SERTÃ 14 176

SESIMBRA 1 548 1 508 43 409

SETÚBAL 10 612 8 242 6 918 6 307 6 124 74 443 8,2%

SEVER DO VOUGA 8 385

SILVES 33 339

SINES 2 359 2 088 2 360 1 347 921 22 745 4,1%

SINTRA 168 112

SOBRAL DE MONTE AGRAÇO 107 7 999

SOURE 13 422

SOUSEL 6 594

TÁBUA 899 1 268 1 558 1 611 1 830 9 399 19,5%

TABUAÇO 2 282 1 880 2 028 1 959 2 302 7 282 31,6%

TAROUCA 720 966 582 345 456 9 128 5,0%

TAVIRA 28 543

TERRAS DE BOURO 8 910

TOMAR 6 687 6 356 792 688 577 22 230 2,6%

TONDELA 15 15 15 15 15 19 723 0,1%

TORRE DE MONCORVO 11 513

TORRES NOVAS 1 22 298 0,0%

TORRES VEDRAS 1 772 1 317 1 145 936 650 44 759 1,5%

TRANCOSO 10 895

TROFA 1 382 1 225 1 065 919 683 22 497 3,0%

VAGOS 12 935

VALE DE CAMBRA 14 712

VALENÇA 14 719

VALONGO 32 838

VALPAÇOS 16 348

VELAS 6 459

VENDAS NOVAS 9 124

VIANA DO ALENTEJO 6 790

VIANA DO CASTELO 932 717 274 57 439

VIDIGUEIRA 7 453

VIEIRA DO MINHO 192 129 129 116 116 11 708 1,0%

VILA DE REI 5 909

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(milhares de euros, exceto quando outra unidade é indicada)

MUNICÍPIO

Pagamentos em atraso (PA) (a) Receita

efetiva (RE)

2017

PA31.12.2017

÷

RE2017

(%)

31.12.2015 30.06.2016 31.12.2016 30.06.2017 31.12.2017

VILA DO BISPO 2 277 2 410 2 045 1 947 1 257 10 739 11,7%

VILA DO CONDE 49 900

VILA DO PORTO 5 374

VILA FLOR (b) 8 332

VILA FRANCA DE XIRA 59 556

VILA FRANCA DO CAMPO 8 498

VILA NOVA DA BARQUINHA 1 25 6 315

VILA NOVA DE CERVEIRA 11 690

VILA NOVA DE FAMALICÃO 83 604

VILA NOVA DE FOZ CÔA 10 136

VILA NOVA DE GAIA 7 853 2 637 767 726 125 964

VILA NOVA DE PAIVA 12 4 6 547 0,1%

VILA NOVA DE POIARES 337 3 128 2 138 1 883 271 7 114 3,8%

VILA POUCA DE AGUIAR 177 104 16 977

VILA REAL 26 334

VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO 10 950 12 013 9 063 10 156 7 191 19 230 37,4%

VILA VELHA DE RÓDÃO 7 985

VILA VERDE 25 197

VILA VIÇOSA 508 395 218 154 133 6 541 2,0%

VIMIOSO 8 636

VINHAIS 11 306

VISEU 50 534

VIZELA 907 656 157 89 37 13 207 0,3%

VOUZELA 8 783

TOTAL 243 111 231 388 152 071 123 617 97 657 7 731 318 1,3%

Fonte: BIORC/SIIAL. Dados provisórios. | Cálculos próprios.

Data de extração dos dados: 16.03.2018.

Nota(s):

(a) A ausência de valores significa não existirem pagamentos em atraso na data a que se refere a informação.

(b) Para os municípios do Bombarral, Oeiras e Vila Flor, que se encontram em falta perante a DGAL no que respeita à execução orçamental

da receita até dezembro de 2017, trata-se de valores estimados pelo CFP, tendo por base a execução até novembro de 2017 e a execução

do mês de dezembro de 2016.

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GLOSSÁRIO DE CONCEITOS

Compromissos

Obrigações de efetuar pagamentos a terceiros em contrapartida do fornecimento de bens

e serviços ou da satisfação de outras condições. Os compromissos consideram-se assumidos

quando é executada uma ação formal pela entidade, como seja a emissão de ordem de

compra, nota de encomenda ou documento equivalente, ou a assinatura de um contrato,

acordo ou protocolo, podendo, ao contrário dos "passivos" ter um carácter permanente e

estarem associados a pagamentos durante um período indeterminado de tempo,

nomeadamente, salários, rendas, eletricidade ou pagamentos de prestações diversas.

Passivos não financeiros

Passivos são as obrigações presentes da entidade provenientes de acontecimentos

passados, cuja liquidação se espera que resulte num exfluxo de recursos da entidade que

incorporam benefícios económicos (cf. Lei n.º 8/2012, de 21 de fevereiro - Lei de

Compromissos e Pagamentos em Atraso - LCPA). A denominação “não financeiros” resulta

do facto de estarem excluídas deste âmbito as obrigações que resultam de operações

financeiras.

Contas a pagar

Subconjunto dos passivos certos, líquidos e exigíveis (ex.: fatura ou documento equivalente,

notas de abono, talões nos termos do Código do IVA). Corresponde à dívida vencida ou

vincenda suportada por fatura ou documento equivalente ou exigível em resultado de

contrato. Não inclui as faturas em receção e conferência nem situações de processos em

contencioso por concluir.

Pagamentos em atraso

Contas por pagar que permaneçam nessa situação mais de 90 dias posteriormente à data de

vencimento acordada ou especificada na fatura, contrato, ou documentos equivalentes.

Excluem-se deste conceito, nos termos da LCPA: as obrigações de pagamento objeto de

impugnação judicial até que sobre elas seja proferida decisão final e executória, as quais

devem ser consideradas no passivo, mas não em “contas a pagar”, uma vez que as provisões

para riscos e encargos não constituem um passivo certo, líquido e exigível; as situações de

impossibilidade de cumprimento por ato imputável ao credor, as quais devem ser

consideradas em “contas a pagar”, visto que a dívida se mantém, ainda que não incorra em

mora; os montantes objeto de acordos de pagamento desde que o pagamento seja efetuado

dentro dos prazos acordados, os quais permanecem em “contas a pagar”, acrescendo aos

compromissos do período em que vão ser liquidados.

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LISTA DE ABREVIATURAS

Abreviaturas Significado

AL Administração Local

AP Administrações Públicas

CCF Conselho de Coordenação Financeira

BIORC Business Inteligence do Orçamento da DGO

CFP Conselho das Finanças Públicas

Ctva Contributo para a taxa de variação anual

Ctvh Contributo para a taxa de variação homóloga

DGAL Direção-Geral das Autarquias Locais

DGO Direção-Geral do Orçamento

DL Decreto-Lei

FAM Fundo de Apoio Municipal

GOP Grandes Opções do Plano

IMI Imposto Municipal sobre Imóveis

IMT Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis

INE Instituto Nacional de Estatística

IRS Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares

LEO Lei de Enquadramento Orçamental

LFL Lei das Finanças Locais

M€ Milhões de Euros

MF Ministério das Finanças

OE Orçamento do Estado

OM Orçamento(s) Municipal(ais)

p.p. Pontos percentuais

PA Pagamentos em Atraso

PIB Produto Interno Bruto

POCAL Plano Oficial de Contabilidade das Autarquias Locais

POE Proposta de Orçamento do Estado

QPPO Quadro Plurianual de Programa Orçamental

RE Receita Efetiva

SATAPOCAL Subgrupo de Apoio Técnico à Aplicação do POCAL

àa SEC Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais

SIIAL Sistema Integrado de Informação da Administração Local

Tvh Taxa de variação homóloga

Tvha Taxa de variação homóloga acumulada

UE União Europeia

VH Variação homóloga

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