excelentÍssimo senhor doutor juiz da vara do trabalho de ... · ii - do contrato de trabalho o...

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Rua da Consolação, 65 - conj. 42 - Centro - São Paulo – SP CEP 01301-911 - Tel.: (11) 2888-5200 - Fax: (11) 2888-5210 E-mail: [email protected] - www.malufadv.com.br EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ___ VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO – SP. JOSÉ MARIA GONÇALVES OSORIO, brasileiro, solteiro, guarda de prédio, portador da CTPS nº 73751, série nº 00021/PA, do PIS nº 18054525996, do RG nº 33.108.272-X SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob o nº 237.250.442-87, nascido em 01/12/1965, filho de Maria Gonçalves Osorio, residente e domiciliado na Av. Bernardino de Campos, 308, Bairro Paraíso, São Paulo, SP., CEP: 04004-041, vem perante V.Exa., por seu advogado propor RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, nos termos do artigo 840 da CLT em face de: 1ª Reclamada: SAVOLIDO COMERCIAL E IMOVEIS LTDA, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 56.200.744/0001-04, estabelecida na Av. Paulista, 1000, 12º andar, conjunto 1206, Bairro Bela Vista, São Paulo, SP., CEP: 01310-100; 2ª Reclamada: SAVOY IMOBILIÁRIA CONSTRUTORA LTDA, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 60.863.032/0001-42, estabelecida na Av. Paulista, 1000, 9º andar, Bairro Bela Vista, São Paulo, SP., CEP: 01310-100;

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Rua da Consolação, 65 - conj. 42 - Centro - São Paulo – SP

CEP 01301-911 - Tel.: (11) 2888-5200 - Fax: (11) 2888-5210

E-mail: [email protected] - www.malufadv.com.br

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ___ VARA DO

TRABALHO DE SÃO PAULO – SP.

JOSÉ MARIA GONÇALVES OSORIO,

brasileiro, solteiro, guarda de prédio, portador da

CTPS nº 73751, série nº 00021/PA, do PIS nº

18054525996, do RG nº 33.108.272-X SSP/SP, inscrito

no CPF/MF sob o nº 237.250.442-87, nascido em

01/12/1965, filho de Maria Gonçalves Osorio,

residente e domiciliado na Av. Bernardino de Campos,

308, Bairro Paraíso, São Paulo, SP., CEP: 04004-041,

vem perante V.Exa., por seu advogado propor

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, nos termos do artigo 840 da

CLT em face de:

1ª Reclamada: SAVOLIDO COMERCIAL E IMOVEIS LTDA,

inscrita no CNPJ/MF sob o nº 56.200.744/0001-04,

estabelecida na Av. Paulista, 1000, 12º andar,

conjunto 1206, Bairro Bela Vista, São Paulo, SP.,

CEP: 01310-100;

2ª Reclamada: SAVOY IMOBILIÁRIA CONSTRUTORA LTDA,

inscrita no CNPJ/MF sob o nº 60.863.032/0001-42,

estabelecida na Av. Paulista, 1000, 9º andar, Bairro

Bela Vista, São Paulo, SP., CEP: 01310-100;

Rua da Consolação, 65 - conj. 42 - Centro - São Paulo – SP

CEP 01301-911 - Tel.: (11) 2888-5200 - Fax: (11) 2888-5210

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3ª Reclamada: SAVIMOVEL COMERCIAL E IMOVEIS LTDA,

inscrita no CNPJ/MF sob o nº 56.200.728/0001-11,

estabelecida na Av. Paulista, 1000, 12º andar,

conjunto 1206, Bairro Bela Vista, São Paulo, SP.,

CEP: 01310-100;

4ª Reclamada: HULUSA COMERCIAL E IMOVEIS LTDA,

inscrita no CNPJ/MF sob o nº 55.518.146/0001-15,

estabelecida na Av. Paulista, 1000, 10º andar, Bairro

Bela Vista, São Paulo, SP., CEP: 01310-100;

5ª Reclamada: SAVEN COMERCIAL E IMOVEIS LTDA,

inscrita no CNPJ/MF sob o nº 74.623.307/0001-85,

estabelecida na Av. Paulista, 1000, 12º andar,

conjunto 1204, Bairro Bela Vista, São Paulo, SP.,

CEP: 01310-100;

6ª Reclamada: YOVAS EMPREENDIMENTOS COMERCIAIS LTDA,

inscrita no CNPJ/MF sob o nº 97.336.101/0001-70,

estabelecida na Av. Paulista, 1000, 12º andar,

conjunto 1209, Bairro Bela Vista, São Paulo, SP.,

CEP: 01310-100;

7ª Reclamada: NEVAS COMERCIAL E IMÓVEIS LTDA,

inscrita no CNPJ/MF sob o nº 07.720.285/0001-84,

estabelecida na Av. Paulista, 1000, 12º andar,

conjunto 1210, Bairro Bela Vista, São Paulo, SP.,

CEP: 01310-100;

8ª Reclamada: SAVOTIS PARTICIPAÇÕES LTDA, inscrita no

CNPJ/MF sob o nº 09.383.294/0001-52, estabelecida na

Av. Paulista, 1000, 16º andar, conjunto 161, Bairro

Bela Vista, São Paulo, SP., CEP: 01310-100, pelos

seguintes motivos:

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CEP 01301-911 - Tel.: (11) 2888-5200 - Fax: (11) 2888-5210

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I – DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA

1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, 7ª e 8ª RECLAMADAS

APLICAÇÃO DO ARTIGO 2º, § 2º, DA CLT

O reclamante foi contratado pela

1ª Reclamada no período de 02/04/2007 a 30/07/2014

exercendo as funções de guarda de prédio.

Esclarece o reclamante que

também foram criadas a 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, 7ª e 8ª

Reclamadas com os mesmos sócios da 1ª Reclamada e que

atuam no mesmo ramo de atividade (docs. 18/25).

Registre-se que todas as

Reclamadas estão estabelecidas no mesmo endereço (Av.

Paulista 1000, Bairro Bela Vista, São Paulo, SP, CEP:

01310-100).

Desta forma, nos termos do

artigo 2º, parágrafo 2º da CLT, deve ser declarada a

responsabilidade solidária entre a 1ª, 2ª, 3ª, 4ª,

5ª, 6ª, 7ª e 8ª reclamadas.

II - DO CONTRATO DE TRABALHO

O Reclamante foi contratado aos

serviços da 1ª Reclamada em 02/04/2007, exercendo as

funções de guarda de prédio, percebia a remuneração

de R$ 1.632,44 mensais e foi demitido por justa causa

em 30/07/2014.

III - DAS FUNÇÕES EXERCIDAS PELO RECLAMANTE

O reclamante foi contratado pela

1ª reclamada para fazer a guarda/segurança de suas

propriedades/imóveis para que não ocorressem as

invasões pelo movimento sem teto.

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O obreiro era o único

responsável pela segurança do local de trabalho e

inclusive morava nas dependências do imóvel da 1ª

reclamada.

IV – DA JORNADA DE TRABALHO

Da jornada contratual de trabalho

O reclamante foi contratado para

cumprir a seguinte jornada contratual:

das 08:00 às 17:00 horas, com 2 horas de intervalo

para refeição e descanso em escala de trabalho 6x1.

Da real jornada de trabalho

Ocorre que, na realidade dos

fatos o reclamante iniciava a sua jornada de trabalho

às 06:30 horas e terminava às 18:30 horas de 2ª a

domingo, com 1 hora e 30 minutos de intervalo para

refeição e descanso, ou seja, laborava além da

jornada contratual de trabalho.

Esclarece o reclamante que a

jornada de trabalho era controlada através de cartão

de ponto que não correspondia com a real jornada de

trabalho.

V – DIFERENÇAS NO PAGAMENTO DAS HORAS EXTRAS

APLICAÇÃO DO ARTIGO 7º, XIII, DA CF

APLICAÇÃO DOS ARTIGO 58 DA CLT

O reclamante laborava das 06:30

às 18:30 de 2ª a domingo com 1 hora e 30 minutos de

intervalo para refeição e descanso.

Assim, temos que o obreiro

laborava inclusive nos dias de folga e em todos os

feriados.

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Feriados (Federais, Estaduais e Municipais):

Confraternização Universal - 1º de janeiro; Aniversário do

Município de São Paulo – 25 de janeiro; Sexta Feira da

Paixão; Tiradentes - 21 de abril; Dia do Trabalho - 1º de

maio; Corpus Christi; Revolução Constitucionalista - 09 de

julho; Independência do Brasil - 07 de setembro; N. Sra.

Aparecida - 12 de outubro; Finados - 02 de novembro;

Proclamação da República - 15 de novembro; Dia da

Consciência Negra – 20 de novembro; Natal - 25 de dezembro.

Conforme horários de trabalho

declinados, o Reclamante laborava habitualmente além

da 8ª hora diária e além da 44ª hora semanal,

violando o disposto no artigo 7º, XIII, da CF e o

artigo 58 da CLT, sendo que a 1ª reclamada pagava

apenas as horas extras constantes dos recibos de

pagamento (docs. 05/09).

Desta forma, faz jus o obreiro às

diferenças nos pagamentos das horas extras e seus

reflexos para efeito de descansos semanais

remunerados (Súmula 172 do TST), férias + 1/3 (Artigo

142, §5º, da CLT), 13º salários (Súmula 45 do TST),

aviso prévio (Artigo 487, §5º, da CLT) e FGTS + 40%

(Artigo 15 da Lei 8.036/90 e Súmula 63 do TST).

VI – DO INTERVALO PARA REFEIÇÃO E DESCANSO

NORMA DE PROTEÇÃO À SAÚDE DO TRABALHADOR

APLICAÇÃO DO ARTIGO 71 DA CLT

APLICAÇÃO DA SÚMULA 437, I e III, DO TST

Como descrito no item "IV", a

jornada de trabalho contratual do obreiro era das

08:00 às 17:00 horas em escala de trabalho 6x1, com

intervalo de 2 horas para refeição e descanso.

Ocorre que durante todo o período

laborado o obreiro desfrutava de apenas 1 hora e 30

minutos de intervalo intrajornada.

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Assim, temos que o reclamante não

desfrutava corretamente do intervalo para refeição e

descanso, o que é vedado pelo artigo 71, “caput”, da

CLT.

CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO

“Art. 71. Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de seis horas, é obrigatório a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de uma hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de duas horas. ...”

Desta forma, nos termos do

parágrafo 4º do mesmo artigo consolidado e da Súmula

437, I e III, do TST, faz jus o obreiro ao pagamento

de 2 horas extras por dia trabalhado e seus reflexos

para efeito de descansos semanais remunerados, férias

+ 1/3, 13º salários, aviso prévio e FGTS + 40%.

VII – DO ADICIONAL DE SOBREAVISO

APLICAÇÃO POR ANALOGIA DO ARTIGO 244, §2º, DA CLT

APLICAÇÃO DO ARTIGO 8º DA CLT

O reclamante além da sua jornada

diária de trabalho tinha que ficar à disposição da 1ª

reclamada para qualquer ocorrência que acontecesse no

local de trabalho.

Como descrito no item “III”, o

reclamante foi contratado pela 1ª reclamada para

fazer a guarda/segurança de suas propriedades/imóveis

para que não ocorressem as invasões pelo movimento

sem teto.

O obreiro era o único

responsável pela segurança do local de trabalho e

inclusive morava nas dependências do imóvel da 1ª

reclamada.

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Está evidente que o reclamante

além de sua jornada de trabalho ficava de plantão em

sua residência aguardando o chamado para qualquer

ocorrência, tanto que em 3 situações teve que se

deslocar até a delegacia de polícia de madrugada para

registrar ocorrência de invasão do imóvel (docs.

14/16).

Desta forma, nos termos do artigo

244, §2º, da CLT, faz jus o obreiro ao pagamento do

adicional de sobreaviso e seus reflexos para efeito

de descansos semanais remunerados, férias + 1/3, 13º

salários, aviso prévio e FGTS + 40%.

VIII - DO SALÁRIO IN NATURA - MORADIA

APLICAÇÃO DO ARTIGO 458 DA CLT

O reclamante foi contratado pela

1ª reclamada para fazer a guarda/segurança de suas

propriedades/imóveis para que não ocorressem as

invasões pelo movimento sem teto.

O obreiro era o único

responsável pela segurança do local de trabalho e

inclusive morava nas dependências do imóvel da 1ª

reclamada. Assim, como a reclamada fornecia a moradia

para o reclamante temos a caracterização do salário

“in natura”, que no entender do obreiro deve ser

considerado no valor de 25% do salário base.

Desta forma, nos termos do artigo

458 da CLT, faz jus o reclamante aos reflexos do

salário “in natura” para efeito de descansos semanais

remunerados, férias + 1/3, 13º salários, horas

extras, aviso prévio e FGTS + 40%.

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IX - DO ACÚMULO DE FUNÇÃO

APLICAÇÃO DO ARTIGO 5° DA CF

APLICAÇÃO DOS ARTIGOS 2°, 3°, 460 e 468 DA CLT

APLICAÇÃO POR ANALOGIA DO ART. 8° DA LEI 3.207/57

O reclamante foi contrato pela 1ª

reclamada para exercer as funções de guarda de prédio.

Ocorre que quando iniciou suas

atividades na empresa, a reclamada determinou que o

obreiro também atuasse nas seguintes tarefas:

- zelador;

- portaria;

- telefonista;

- ascensorista de elevador;

- faxineiro.

Tais atividades, portanto, não se

encontram entre aquelas ajustadas na admissão e

remuneradas pelo salário mensal.

Conforme leciona JÚLIO CÉSAR

BEBBER em sua Obra Princípios do Processo do Trabalho,

LTr, pág. 72 “o princípio jurídico da igualdade, ou

ainda princípio da isonomia, funda-se da idéia de que

devem ser assegurados os mesmos direitos a todos aqueles

submetidos a uma mesma ordem jurídica, concedendo-lhes

iguais oportunidades de exercê-los, bem como iguais

deveres”.

Além disso, assevera JOSÉ AFONSO

DA SILVA em sua Obra Curso de Direito Constitucional

Positivo, Editora Malheiros, pág. 195 “porque existem

desigualdades é que se aspira a igualdade real ou

material que busque realizar a igualização das condições

desiguais”.

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Assim, como o reclamante passou a

desempenhar funções com maiores responsabilidades, não

seria justo, negar-lhe o bem jurídico das diferenças

salariais respectivas. Atribuições diversas e mais

complexas merecem remuneração superior. É a regra da

contraprestação salarial pelos serviços prestados

contida nos artigos 2° e 3° da CLT.

Desta forma, nos termos do artigo

5° da CF, dos artigos 460 e 468 da CLT e por analogia

ao artigo 8° da Lei 3.207/57, pleiteia o obreiro seja

a reclamada condenada ao pagamento das diferenças

salariais pelo acúmulo de função, na proporção de pelo

menos 1/10 (um décimo) incidente sobre a sua

remuneração, bem como os seus reflexos em descansos

semanais remunerados, férias + 1/3, 13º salário, horas

extras, aviso prévio e FGTS + 40%.

X - DA RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO

DESCARACTERIZAÇÃO DA JUSTA CAUSA

NÃO APLICAÇÃO DO ARTIGO 482 DA CLT

O Reclamante foi dispensado sob a

frágil alegação de ter cometido justa causa. Ocorre

que tal hipótese não aconteceu, uma vez que o obreiro

nada fez para que pudesse ser enquadrado no artigo

482 da Consolidação das Leis do Trabalho.

No dia 30/07/2014 o reclamante

estava exercendo as suas atividades e a 1ª reclamada

acusou o obreiro de participar das 2 invasões que

ocorreram em suas propriedades (Invasão do Prédio na

república e Invasão do Prédio da Av. São João), o que

de maneira alguma ocorreu por parte do reclamante.

Diante dessa situação a 1ª

reclamada demitiu o reclamante por justa causa.

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Esclarece o reclamante que se a

1ª reclamada através do Sr. Osvaldo Campos o acusou

de ter participado das invasões deveria ter aplicado

a justa causa quando das invasões e não apenas em

30/07/2014. Assim, temos que a reclamada não cumpriu

com o requisito da imediatidade que é imprescindível

para a demissão por justa causa.

Vale ressaltar que a 1ª

reclamada demitiu o reclamante por justa causa apenas

para tentar esquivar-se do pagamento das verbas

rescisórias do obreiro.

Esclarece o reclamante que

laborava na empresa há mais de 7 anos e sempre teve

bons comportamentos, tanto é verdade que não existe

nada que desabone a sua conduta no período trabalhado

na empresa.

Registre-se que a justa

causa/falta grave deve ser cabalmente comprovada por

colocar o empregado às garras do desemprego sem

perceber qualquer verba rescisória, nem mesmo o seu

FGTS e o Seguro Desemprego. Neste sentido é inclusive

o espírito da norma contida na Convenção n° 158 da

OIT, que, embora denunciada pelo Brasil, seus

princípios podem ser aplicados como norma geral de

direito, na espécie direito comparado (artigo 8° da

CLT).

É importante ainda salientarmos

que a cláusula vigésima terceira da Convenção

Coletiva de Trabalho (doc. 28) determina que na

demissão por justa causa a empresa deve comunicar o

empregado por escrito e contra recibo e dar todas as

explicações sobre a demissão, sob pena de ser

presumida a demissão sem justa causa.

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Desta forma, deve ser declarada

nula a demissão por justa causa, fazendo jus ao

pagamento de todas as verbas decorrentes da demissão

sem justa causa, devendo a Reclamada ser condenada ao

pagamento das seguintes verbas: aviso prévio

indenizado normal de 30 dias, aviso prévio

proporcional indenizado de 21 dias (Lei 12.506/11),

férias proporcionais 5/12 + 1/3, 13ª salário

proporcional 8/12 de 2014, FGTS de todas as verbas

pleiteadas + 40%, liberação do TRCT para percepção do

FGTS acrescido da multa de 40% e liberação do Seguro

Desemprego ou a sua respectiva indenização no valor

de 5 parcelas.

XI - DO ATO ILÍCITO PRATICADO PELA RECLAMADA

INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

APLICAÇÃO DO ARTIGO 1º, INCISOS III e IV, DA CF

APLICAÇÃO DO ARTIGO 5º, INCISOS V e X, DA CF

APLICAÇÃO DO ARTIGO 170, “CAPUT”, DA CF

APLICAÇAO DOS ARTIGOS 186 E 927 DO CÓDIGO CIVIL

Um dos casos típicos de Dano

Moral no âmbito trabalhista é a dispensa por justa

causa com alegação de que o empregado roubou, furtou,

tentou praticar uma fraude, ou tenha praticado qualquer

outro ato de improbidade, quando na verdade isso não

ficou provado ou não foi o empregado que praticou o

ato.

Dentre os fatos ensejadores à

reparação por danos morais, temos entre outros, a

acusação infundada e mentirosa de ato de improbidade

(ex: acusar o empregado de ladrão, fraudador etc).

Desta forma, temos que a

Reclamada infringiu vários dispositivos legais que

implicam no pagamento de uma indenização por danos

morais ao Reclamante.

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O artigo 5º da Constituição

Federal em seu inciso V e X estabelece que:

“Art. 5º Todos são iguais perante a Lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: ... V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; ... X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. ...”

O Novo Código Civil estabelece a

matéria dos atos ilícitos no artigo 186 e a questão

da indenização no artigo 927, senão vejamos:

“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”

“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.”

Para fins de responsabilidade

civil, ocorrerá o dano quando houver “lesão nos

interesses de outrem, tutelados pela ordem jurídica,

quer sejam de ordem patrimonial, quer sejam de

caráter não patrimonial.” (Ari Possidonio Beltran. “O

Novo Código e a responsabilidade civil do

empregador”, Revista LTr, v. 67, nº 1, p. 56).

A Reclamada tomando a atitude de

demitir o Reclamante por justa causa imputando ter o

mesmo cometido o ato de improbidade, causou-lhe lesão

de ordem material, que foi o não pagamento das verbas

rescisórias, o que já está sendo corrigido através da

Reclamação Trabalhista declinada no item “X”.

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Com relação a lesão de ordem

moral, a Reclamada ao imputar ao obreiro uma conduta

desabonadora para prejudicar a empresa atingiu a sua

honra subjetiva (sentimento que cada um tem a respeito

de seus próprios atributos. É o juízo que se faz de si

mesmo, o seu amor próprio, sua auto-estima) e também

atingiu a sua honra objetiva (sentimento que o grupo

social tem a respeito dos atributos físicos, morais e

intelectuais de alguém. É o que os outros pensam a

respeito do sujeito).

Cabe ressaltarmos que “o trabalhador é

sujeito e não objeto da relação contratual, e tem direito a preservar sua integridade

física, intelectual e moral, em face do poder diretivo do empregador. A subordinação

no contrato de trabalho não compreende a pessoa do empregado, mas tão-somente

a sua atividade laborativa, esta sim submetida de forma limitada e sob ressalvas, ao

jus variandi.” (TRT 2ª Região – 04ªT, ac. 20090875219, Rel. Ricardo Artur Costa e

Trigueiros, DOE: 23 de out. de 2009 “in” www.trt02.gov.br).

Desta feita, s.m.j., resta

configurado grave atentado à dignidade do trabalhador,

a ensejar indenização de no mínimo R$ 20.000,00 por

dano moral (art. 5º V e X, CF; 186 e 927 do NCC), de

modo a imprimir feição suasória e pedagógica à

condenação.

XII – DO DANO MORAL

DAS OFENSAS, HUMILHAÇÕES E CONSTRANGIMENTOS

APLICAÇÃO DO ARTIGO 1º, INCISOS III e IV, DA CF

APLICAÇÃO DO ARTIGO 5º, INCISOS V e X, DA CF

APLICAÇÃO DO ARTIGO 170, “CAPUT”, DA CF

APLICAÇAO DOS ARTIGOS 186 E 927 DO CÓDIGO CIVIL

O reclamante no período em que

laborou para as reclamadas sempre foi humilhado e

desrespeitado por seus superiores hierárquicos (Sr.

Osvaldo Campos – gerente de patrimônio e Sr. Mantovani

- gerente geral), situação esta incompatível com a

dignidade da pessoa humana e com a valorização do

trabalho, asseguradas pela Constituição Federal (art.

1º, III e IV, art.5º, XIII, artigo 170, caput).

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A título exemplificativo informa

o reclamante 2 situações vexatórias:

- no dia 03 de maio de 2014 após uma invasão do

movimento sem teto em propriedade das reclamadas do

Prédio da República o obreiro teve que ligar de

madrugada para o gerente de patrimônio Sr. Osvaldo

Campos para comunicar a situação ocorrida, sendo que

este o ofendeu com xingamentos (ligação da operadora

OI para o telefone 957140502);

- no dia 18 de julho de 2014 em reunião na sede das

reclamadas na Av. Paulista nº 1000 foi ofendido com

gritos e xingamentos pelo gerente geral (Sr.

Mantovani) na presença do gerente de patrimônio Sr.

Osvaldo Campos.

Desta forma, temos que as

Reclamadas infringiram vários dispositivos

Constitucionais que implicam no pagamento de uma

indenização por danos morais e materiais ao

Reclamante. Entende o reclamante que o valor da

indenização deve ser de, no mínimo, 10 salários

nominais.

As Reclamadas tomando as

atitudes de efetuarem agressões e humilhações ao

obreiro causaram-lhe lesão de ordem material e moral,

pois as reclamadas praticaram atitudes que

extrapolaram o Poder Diretivo previsto no artigo 2º

da CLT.

XIII – DO DANO MORAL

DA INVASÃO OCORRIDA EM SEU LOCAL DE TRABALHO

FURTO DE TODOS OS SEUS PERTENCES

APLICAÇÃO DO ARTIGO 1º, INCISOS III e IV, DA CF

APLICAÇÃO DO ARTIGO 5º, INCISOS V e X, DA CF

APLICAÇÃO DO ARTIGO 7º, XXII, DA CF

APLICAÇAO DOS ARTIGOS 186 E 927 DO CÓDIGO CIVIL

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O reclamante efetuou um Boletim

de Ocorrência para registrar o esbulho possessório em

propriedade das reclamadas no dia 08/03/2014 (doc.

15).

Ocorre que no dia 27 de junho de

2014 houve a reintegração de posse do imóvel e o

gerente de patrimônio das reclamadas (Sr. Osvaldo

Campos) não comunicou o obreiro sobre essa

reintegração, sendo que todos os seus pertences que

estavam em sua moradia foram subtraídos/furtados pelo

movimento sem teto (doc. 16).

Registre-se que a reclamada sabia

da reintegração de posse (doc. 13), mas de forma

dolosa não comunicou o obreiro para se preparar e

proteger a sua moradia contra o movimento, situação

esta incompatível com a dignidade da pessoa humana e

com a valorização do trabalho, asseguradas pela

Constituição Federal (art. 1º, III e IV, art.5º,

XIII, artigo 7º, XXII).

Esclarece o obreiro que todas as

suas coisas foram levadas/saqueadas pelos invasores

do movimento sem teto (doc. 16).

Informa o obreiro que foram

subtraídos os seguintes pertences (doc. 17):

- ESTANTE BELAFLEX SAFIRA PD IMB

- FOGÃO CONTINENTAL GRANPRIX

- REFRIGERADOR CONSUL FF IP

- MICROONDAS BRASTEMP

- BICICLETA BIKE CALOI XRT FUL

- BOX MANNES CASAL

- SOFÁ DE 2 LUGARES

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- CJ MS RET MUNIQUE 6C TB

- IMPRESSORA HP

- TV LED “42” BUSTER

- MINI SYSTEM SONY FST-ZUX9

- CABECEIRA DE CAMA

- RACK

- GUARDA ROUPAS

- 4 ESTANTES MULTIUSO GIOVANNI

- VENTILADOR BRITÂNIA

- MULTI PROCESSADOR

- JOGO DE PANELAS

- ESTANTE TV

- MICRO SYSTEM PHILCO

- MESA DE ESCRITÓRIO

- APARELHO DE DVD

- ROUPAS

- CARROS DE CONTROLE REMOTO

- HELICÓPTERO DE CONTROLE REMOTO

- PURIFICADOR DE AGUA REFRIGERADO

- CADEIRA PRESIDENTE OFFICE

- LIVROS

Assim, o empregador, além da

obrigação de dar trabalho e de possibilitar ao

empregado a execução normal da prestação de serviços,

deve ainda, respeitar a honra, a reputação, a

liberdade, a dignidade, e integridade física e moral

de seu empregado, porquanto se tratam de valores que

compõem o patrimônio ideal da pessoa, assim

conceituado o conjunto de tudo aquilo que não seja

suscetível de valor econômico.

Tais valores foram objeto de

preocupação do legislador constituinte de 1988 que

lhes deu status de princípio constitucional,

assegurando o direito à indenização pelo dano

material e moral decorrente de sua violação (CF,

artigo 5º,V e X).

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É, cediço, que tal dor atinge a

essência da pessoa, a sua dignidade, direito

fundamental assegurado pela Carta Magna (arts. 1º,

III e 6º, da CF). Ordinariamente, decorre de uma

ofensa, da imputação ou propagação de fatos

desabonadores ou, ainda, do preconceito, conforme o

caso em tela.

Os responsáveis das reclamadas

extrapolaram totalmente o poder diretivo do

empregador, sendo que as reclamadas tomando a atitude

de não comunicarem o obreiro da reintegração de posse

agrediram a sua honra, sua privacidade e a sua

intimidade ao ter todos os seus pertences saqueados.

O dano moral, protegido

constitucionalmente nos incisos V e X do art. 5º,

ficou caracterizado, e, desta forma, devem as

reclamadas indenizar seu ex-empregado (artigo 186 e

927, do Código Cívil).

No tocante ao valor da

indenização pelo dano moral, esta deve atingir dois

importantíssimos pontos. Deve, em primeiro lugar,

gerar uma satisfação pecuniária ao ofendido, fazendo-

o sentir um bem que afaste a lembrança da ofensa

sofrida.

Logicamente, tal satisfação não

pode ser calculada de forma matemática, como o dano

material, ou como as verbas trabalhistas sonegadas,

já que a moral, a honra não se quantificam

monetariamente. Deve, porém, amenizar, suavizar,

deixar mais branda a dor moral sofrida.

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A indenização pelo dano moral

deve desestimular a conduta do ofensor, fazendo-o

sentir no bolso as consequências de sua conduta

ofensiva. Deve ser num montante que gere algum

desconforto a ele, e, com isso, faça-o refletir e

ponderar sobre sua conduta, reprimindo novos atos

semelhantes.

Desta feita, s.m.j., resta

configurado grave atentado à dignidade do

trabalhador, a ensejar indenização de no mínimo R$

20.000,00 por dano moral (art. 5º V e X, CF; 186 e

927 do NCC), de modo a imprimir feição suasória e

pedagógica à condenação.

XIV – DOS DANOS MATERIAIS

DA INVASÃO OCORRIDA EM SEU LOCAL DE TRABALHO

FURTO DE TODOS OS SEUS PERTENCES

APLICAÇÃO DO ARTIGO 1º, INCISOS III e IV, DA CF

APLICAÇÃO DO ARTIGO 5º, INCISOS V e X, DA CF

APLICAÇÃO DO ARTIGO 7º, XXII, DA CF

APLICAÇAO DOS ARTIGOS 186 E 927 DO CÓDIGO CIVIL

Como declinado no item anterior,

temos que a reclamada sabia da reintegração de posse

(doc. 13), mas de forma dolosa não comunicou o

obreiro para se preparar e proteger a sua moradia

contra o movimento, situação esta incompatível com a

dignidade da pessoa humana e com a valorização do

trabalho, asseguradas pela Constituição Federal (art.

1º, III e IV, art.5º, XIII, artigo 7º, XXII).

Esclarece o obreiro que todas as

suas coisas foram levadas/saqueadas pelos invasores

do movimento sem teto (doc. 16).

O obreiro informou os pertences

que foram subtraídos (doc. 17).

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Desta forma, o obreiro deve ser

indenizado com o pagamento dos objetos que lhe foram

subtraídos, o que no entender do obreiro acarreta no

importe de R$ 25.000,00.

XV – DO REEMBOLSO DOS DESCONTOS INDEVIDOS

APLICAÇÃO DO ARTIGO 462 DA CLT

O reclamante foi contrato pela 1ª

reclamada para exercer as funções de guarda de prédio.

Em 08 de março de 2014 o

reclamante efetuou um Boletim de Ocorrência para

registrar o esbulho possessório em propriedade das

reclamadas (doc. 15).

Diante do esbulho possessório o

reclamante teve que ficar fora da sua moradia por um

tempo e efetuando suas refeições por conta da

reclamada e para a sua surpresa a 1ª reclamada

efetuou o desconto do seu salário desses valores de

refeição (doc. 07).

Desta forma, nos termos do artigo

462 da CLT, requer o obreiro o reembolso da

importância de R$ 109,20 que foi descontada de forma

indevida pela reclamada.

XVI – DA PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS

APLICAÇÃO DA C.C.T.

APLICAÇÃO DO ARTIGO 7º, XI, DA CF

APLICAÇÃO DA LEI 10.101/00

APLICAÇÃO DA SÚMULA 451 DO TST

Esclarece o obreiro que durante

todo o período laborado percebeu as PLRs integrais

nos anos de 2007 a 2012, conforme determinavam as

Convenções Coletivas de Trabalho.

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Ocorre que, o reclamante em julho

de 2014 teve o contrato de trabalho extinto por justa

causa e por este motivo não recebeu da 1ª reclamada o

valor da PLR referente ao ano de 2013, bem como não

recebeu a PLR proporcional do ano de 2014 previstos

na cláusula décima quarta das Convenções Coletivas de

Trabalho (docs. 26 e 28).

Assim, as reclamadas devem ser

compelidas no pagamento da PLR integral de 2013, bem

como a PLR proporcional de 2014 (aplicação do art.

7º, XI, CF, Lei 10.101/00 e súmula 451 do TST).

XVII – DO RESSARCIMENTO DAS DESPESAS PROCESSUAIS

APLICAÇÃO DO ARTIGO 8º DA CLT

APLICAÇÃO DOS ARTIGOS 389 E 404 DO CÓDIGO CIVIL

Nos termos do artigo 8º da CLT e

dos artigos 389 e 404 do Código Civil, as Reclamadas

deverão ressarcir o Reclamante com juros e correção

monetária e ressarcir inclusive as despesas de

honorários de advogado, no importe de 30% do valor da

condenação.

Os honorários previstos nos

artigos 389 e 404 do Código Civil de 2002 estão

relacionados com os contratados entre o cliente e o

seu advogado, não se trata de sucumbência, mas de

ressarcimento integral do dano.

Em outras palavras, esse

ressarcimento legal direcionado ao lesionado não se

interage com a verba honorária imposta pela

sucumbência, havendo, assim, uma plena autonomia dos

honorários sucumbenciais em relação aos contratuais.

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A verba honorária imposta pelo

Novo Código Civil é uma indenização de Direito

Material, não guardando nenhuma relação com o Direito

Processual, sendo que o seu titular é o lesionado e

não o seu advogado.

Diante da violação de seus

direitos, não só em eventuais situações

extrajudiciais como judiciais, o trabalhador deve ser

indenizado pelas despesas havidas com o seu advogado,

sob pena de violação da própria razão de ser do

Direito do Trabalho, ou seja, de sua origem

protetora.

A restituição do seu crédito há

de ser integral, como bem assevera o disposto no

artigo 389 do Novo Código Civil, ou seja, as perdas e

danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão

pagas com atualização monetária segundo índices

oficiais regularmente estabelecidos, abrangendo

juros, custas e honorários de advogado.

A decisão judicial deverá fixar,

a título de indenização, os valores efetivamente

contratados entre o trabalhador e o seu advogado,

quando de fato houver o reconhecimento da procedência

parcial ou total da postulação deduzida em juízo.

Claro está que essa indenização

será um crédito do empregado, na qualidade de parte

da relação jurídica processual, já que se trata de um

ressarcimento das despesas havidas por ele em face da

atuação profissional de seu advogado.

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XVIII – EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO AO MINISTÉRIO DO TRABALHO

E AO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO

Diante de todos os fatos

narrados, verifica-se que as reclamadas cometeram

irregularidades passíveis de penalidades

administrativas, bem como cometeu o crime contra a

organização do trabalho (artigo 203 do Código Penal).

Essas irregularidades praticadas pelas reclamadas

prejudicaram o reclamante tanto na esfera trabalhista

quanto na esfera previdenciária.

CÓDIGO PENAL

“Art. 203. Frustrar, mediante fraude ou violência, direito assegurado pela legislação do trabalho:

Pena – detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois) anos, e multa, além da pena correspondente à violência.

...”

Assim, requer o reclamante a

expedição de ofícios ao Ministério do Trabalho e

Ministério Público do Trabalho para a instauração de

processo administrativo e processo criminal em face

das reclamadas e de seus sócios.

XIX - DOS RECOLHIMENTOS FISCAIS

APLICAÇÃO DO ARTIGO 114, VIII, DA CF

APLICAÇÃO DO ARTIGO 876 DA CLT

APLICAÇÃO DA LEI 12.350/10

APLICAÇÃO DA SÚMULA 368 DO TST

APLICAÇÃO DA OJ 400 DA SDI-1 DO TST

Com relação aos recolhimentos

fiscais, entende o reclamante que os descontos não

incidem sobre as verbas postuladas (recolhimentos de

FGTS + 40%, férias + 1/3, indenização do seguro

desemprego, dano moral, PLR, ressarcimento de

honorários de advogado).

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Requer a aplicação da Instrução

Normativa RFB nº 1.127 de 7.02.2011 que trata dos

procedimentos a serem observados na apuração do

Imposto de Renda Pessoa Física incidente sobre os

rendimentos recebidos acumuladamente.

O texto segue os ditames da

Medida Provisória 497, de 28 de julho de 2010,

convertida na Lei 12.350, de 20 de dezembro de 2010,

e apresenta uma tabela progressiva pela qual os

limites de isenção e parâmetros das alíquotas mensais

aplicáveis para a retenção do IR são multiplicados

pelo número de meses envolvidos nos cálculos de

liquidação.

Registre-se, que nos termos da

Orientação Jurisprudencial nº 400 da SDI-1 do TST os

juros de mora não integram a base de cálculo do

imposto de renda, independentemente da natureza

jurídica da obrigação inadimplida.

XX - DOS PEDIDOS

Diante do exposto pleiteia o

reclamante a procedência da Reclamação Trabalhista

para descaracterizar a demissão por justa causa, bem

como condenar as reclamadas solidariamente no

pagamento das seguintes verbas:

a) Aviso prévio normal de 30 dias a apurar

b) Aviso prévio proporcional de 21 dias a apurar

c) Férias proporcionais 5/12 + 1/3 a apurar

d) 13º salário proporcional 8/12 a apurar

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e) Pagamento das diferenças de horas extras

como descrito no item “V” a apurar

e1) Reflexos das horas extras em DSR’s a apurar

e2) Reflexos das horas extras nas férias + 1/3 a apurar

e3) Reflexos das horas extras no 13ºsalário a apurar

e4) Reflexos das horas extras no aviso prévio a apurar

f) Pagamento de 2 horas extras por dia pelo

intervalo para refeição e descanso, nos

termos do item “VI” a apurar

f1) Reflexos das horas extras em DSR’s a apurar

f2) Reflexos das horas extras nas férias + 1/3 a apurar

f3) Reflexos das horas extras no 13ºsalário a apurar

f4) Reflexos das horas extras no aviso prévio a apurar

g) Pagamento do adicional de sobreaviso,

termos do item “VII” a apurar

g1) Reflexos do adicional em DSR’s a apurar

g2) Reflexos do adicional nas férias + 1/3 a apurar

g3) Reflexos do adicional no 13ºsalário a apurar

g4) Reflexos do adicional no aviso prévio a apurar

h) Pagamento dos reflexos do salário “in

natura” pela moradia, como descrito no

item “VIII”

h1) Reflexos do salário in natura em DSR’s a apurar

h2) Reflexos do salário in natura nas férias + 1/3 a apurar

h3) Reflexos do salário in natura no 13ºsalário a apurar

h4) Reflexos do salário in natura em horas extras a apurar

h5) Reflexos do salário in natura no aviso prévio a apurar

i) Acúmulo de função na proporção de 1/10

da remuneração, como fundamentado no

item “IX” a apurar

i1) Reflexos do adicional em DSR’s a apurar

i2) Reflexos do adicional nas férias + 1/3 a apurar

i3) Reflexos do adicional no 13ºsalário a apurar

i4) Reflexos do adicional nas horas extras a apurar

i5) Reflexos do adicional no aviso prévio a apurar

j) FGTS + 40% sobre as verbas pleiteadas a apurar

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k) Entrega das guias TRCT para a percepção

do FGTS depositado (R$11.287,87 - doc. 12)

e para o caso do não cumprimento pela

empresa, requer o obreiro expedição de

alvará judicial a apurar

l) Multa de 40% sobre o item acima R$ 4.515,14

m) Liberação ou indenização do Seguro

Desemprego, nos termos da Lei 7998/90 e

Da Súmula 389 do TST a apurar

n) Indenização por danos morais, como

descrito no item “XI” a apurar

o) Indenização por danos morais pelas

ofensas/humilhações e constrangimentos

como descrito no item “XII” a apurar

p) Indenização por danos morais pela

invasão ocorrida em sua moradia e o

furto de seus pertences, como descrito

no item “XIII” a apurar

q) Indenização por danos materiais pela

invasão ocorrida em sua moradia e o

furto de seus pertences, como descrito

no item “XIV” a apurar

r) Reembolso dos valores descontados de

forma indevida, nos termos do item “XV” a apurar

s) Pagamento da Participação nos Lucros e

Resultados, como descrito no item “XVI” a apurar

t) Ressarcimento das despesas do autor

com honorários de advogado, como

descrito no item “XVII” a apurar

u) Expedição de ofício ao MTb e MPT, nos

termos do item “XVIII”.

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v) Recolhimentos fiscais, nos termos do

item “XIX”

XXI – DOS REQUERIMENTOS

Nos termos do parágrafo 3º, do

artigo 625-D, da CLT, informa o Reclamante que até a

presente data não foi criada a Comissão de

Conciliação previa de sua categoria.

Vale ressaltar que mesmo que

tivesse sido criada a Comissão, a passagem pela mesma

é facultativa, não constituindo condição da ação e

nem tampouco pressuposto processual na reclamatória

trabalhista, não se perdendo de vista o princípio

maior colhido da Carta Constitucional de que nenhuma

lesão ou ameaça a direito poderá ser excluída pela

lei da apreciação do Poder judiciário, nos termos do

art. 5º, XXXV, da CF (Inteligência da Súmula n.2 do

TRT da 2ª Região).

Requer o Reclamante a concessão

dos benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, por ser pessoa

pobre na acepção legal do termo, pois sua atual

situação econômica não lhe permite pagar as custas do

processo sem prejuízo do sustento próprio e de sua

família, nos termos do art. 5º, LXXIV, CF, dos arts.

2º e 3º, II, e 4º da Lei 1.060/50, da OJ 269 da SDI-1

do TST, e da súmula nº 05 do TRT da 2ª Região.

Em face do exposto, pede e

espera o Reclamante, seja a presente ação julgada

totalmente procedente, condenando-se as Reclamadas no

pagamento das verbas pleiteadas, monetariamente

atualizadas, computados os juros de mora, além de

custas e despesas processuais.

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Para tanto, requer se digne

V.Exa., determinar a notificação das Reclamadas, no

endereço declinado para que, querendo, contestem a

presente Reclamação, sob pena de sofrerem os efeitos

da revelia.

Finalmente, requer provar o

alegado por todos os meios de prova em direito

admitidos, especialmente pelo depoimento pessoal do

representante legal da Reclamada, sob pena de

confissão, oitiva de testemunhas, perícias e outros,

se necessários.

XXII – DO VALOR DA CAUSA

Atribui-se à causa, para efeito

de custas e alçada, o valor de R$ 30.000,00 (trinta

mil reais – procedimento ordinário).

OBS: TODAS AS NOTIFICAÇÕES E INTIMAÇÕES DEVERÃO SER

FEITAS, EXCLUSIVAMENTE, EM NOME DO DR. MARCO ANTONIO

SILVA DE MACEDO JUNIOR, COM ESCRITÓRIO NA RUA DA

CONSOLAÇÃO, 65, CONJ. 42, CENTRO, SÃO PAULO, SP.

Nestes Termos,

Pede Deferimento.

São Paulo, 02 de outubro de 2014.

MARCO ANTONIO SILVA DE MACEDO JUNIOR

OAB/SP 148.128

INI_SAVOLIDO – JOSÉ MARIA