excelentÍssimo senhor doutor juiz da vara do trabalho de ... · ii - do contrato de trabalho o...
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ___ VARA DO
TRABALHO DE SÃO PAULO – SP.
JOSÉ MARIA GONÇALVES OSORIO,
brasileiro, solteiro, guarda de prédio, portador da
CTPS nº 73751, série nº 00021/PA, do PIS nº
18054525996, do RG nº 33.108.272-X SSP/SP, inscrito
no CPF/MF sob o nº 237.250.442-87, nascido em
01/12/1965, filho de Maria Gonçalves Osorio,
residente e domiciliado na Av. Bernardino de Campos,
308, Bairro Paraíso, São Paulo, SP., CEP: 04004-041,
vem perante V.Exa., por seu advogado propor
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, nos termos do artigo 840 da
CLT em face de:
1ª Reclamada: SAVOLIDO COMERCIAL E IMOVEIS LTDA,
inscrita no CNPJ/MF sob o nº 56.200.744/0001-04,
estabelecida na Av. Paulista, 1000, 12º andar,
conjunto 1206, Bairro Bela Vista, São Paulo, SP.,
CEP: 01310-100;
2ª Reclamada: SAVOY IMOBILIÁRIA CONSTRUTORA LTDA,
inscrita no CNPJ/MF sob o nº 60.863.032/0001-42,
estabelecida na Av. Paulista, 1000, 9º andar, Bairro
Bela Vista, São Paulo, SP., CEP: 01310-100;
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3ª Reclamada: SAVIMOVEL COMERCIAL E IMOVEIS LTDA,
inscrita no CNPJ/MF sob o nº 56.200.728/0001-11,
estabelecida na Av. Paulista, 1000, 12º andar,
conjunto 1206, Bairro Bela Vista, São Paulo, SP.,
CEP: 01310-100;
4ª Reclamada: HULUSA COMERCIAL E IMOVEIS LTDA,
inscrita no CNPJ/MF sob o nº 55.518.146/0001-15,
estabelecida na Av. Paulista, 1000, 10º andar, Bairro
Bela Vista, São Paulo, SP., CEP: 01310-100;
5ª Reclamada: SAVEN COMERCIAL E IMOVEIS LTDA,
inscrita no CNPJ/MF sob o nº 74.623.307/0001-85,
estabelecida na Av. Paulista, 1000, 12º andar,
conjunto 1204, Bairro Bela Vista, São Paulo, SP.,
CEP: 01310-100;
6ª Reclamada: YOVAS EMPREENDIMENTOS COMERCIAIS LTDA,
inscrita no CNPJ/MF sob o nº 97.336.101/0001-70,
estabelecida na Av. Paulista, 1000, 12º andar,
conjunto 1209, Bairro Bela Vista, São Paulo, SP.,
CEP: 01310-100;
7ª Reclamada: NEVAS COMERCIAL E IMÓVEIS LTDA,
inscrita no CNPJ/MF sob o nº 07.720.285/0001-84,
estabelecida na Av. Paulista, 1000, 12º andar,
conjunto 1210, Bairro Bela Vista, São Paulo, SP.,
CEP: 01310-100;
8ª Reclamada: SAVOTIS PARTICIPAÇÕES LTDA, inscrita no
CNPJ/MF sob o nº 09.383.294/0001-52, estabelecida na
Av. Paulista, 1000, 16º andar, conjunto 161, Bairro
Bela Vista, São Paulo, SP., CEP: 01310-100, pelos
seguintes motivos:
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I – DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, 7ª e 8ª RECLAMADAS
APLICAÇÃO DO ARTIGO 2º, § 2º, DA CLT
O reclamante foi contratado pela
1ª Reclamada no período de 02/04/2007 a 30/07/2014
exercendo as funções de guarda de prédio.
Esclarece o reclamante que
também foram criadas a 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, 7ª e 8ª
Reclamadas com os mesmos sócios da 1ª Reclamada e que
atuam no mesmo ramo de atividade (docs. 18/25).
Registre-se que todas as
Reclamadas estão estabelecidas no mesmo endereço (Av.
Paulista 1000, Bairro Bela Vista, São Paulo, SP, CEP:
01310-100).
Desta forma, nos termos do
artigo 2º, parágrafo 2º da CLT, deve ser declarada a
responsabilidade solidária entre a 1ª, 2ª, 3ª, 4ª,
5ª, 6ª, 7ª e 8ª reclamadas.
II - DO CONTRATO DE TRABALHO
O Reclamante foi contratado aos
serviços da 1ª Reclamada em 02/04/2007, exercendo as
funções de guarda de prédio, percebia a remuneração
de R$ 1.632,44 mensais e foi demitido por justa causa
em 30/07/2014.
III - DAS FUNÇÕES EXERCIDAS PELO RECLAMANTE
O reclamante foi contratado pela
1ª reclamada para fazer a guarda/segurança de suas
propriedades/imóveis para que não ocorressem as
invasões pelo movimento sem teto.
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O obreiro era o único
responsável pela segurança do local de trabalho e
inclusive morava nas dependências do imóvel da 1ª
reclamada.
IV – DA JORNADA DE TRABALHO
Da jornada contratual de trabalho
O reclamante foi contratado para
cumprir a seguinte jornada contratual:
das 08:00 às 17:00 horas, com 2 horas de intervalo
para refeição e descanso em escala de trabalho 6x1.
Da real jornada de trabalho
Ocorre que, na realidade dos
fatos o reclamante iniciava a sua jornada de trabalho
às 06:30 horas e terminava às 18:30 horas de 2ª a
domingo, com 1 hora e 30 minutos de intervalo para
refeição e descanso, ou seja, laborava além da
jornada contratual de trabalho.
Esclarece o reclamante que a
jornada de trabalho era controlada através de cartão
de ponto que não correspondia com a real jornada de
trabalho.
V – DIFERENÇAS NO PAGAMENTO DAS HORAS EXTRAS
APLICAÇÃO DO ARTIGO 7º, XIII, DA CF
APLICAÇÃO DOS ARTIGO 58 DA CLT
O reclamante laborava das 06:30
às 18:30 de 2ª a domingo com 1 hora e 30 minutos de
intervalo para refeição e descanso.
Assim, temos que o obreiro
laborava inclusive nos dias de folga e em todos os
feriados.
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Feriados (Federais, Estaduais e Municipais):
Confraternização Universal - 1º de janeiro; Aniversário do
Município de São Paulo – 25 de janeiro; Sexta Feira da
Paixão; Tiradentes - 21 de abril; Dia do Trabalho - 1º de
maio; Corpus Christi; Revolução Constitucionalista - 09 de
julho; Independência do Brasil - 07 de setembro; N. Sra.
Aparecida - 12 de outubro; Finados - 02 de novembro;
Proclamação da República - 15 de novembro; Dia da
Consciência Negra – 20 de novembro; Natal - 25 de dezembro.
Conforme horários de trabalho
declinados, o Reclamante laborava habitualmente além
da 8ª hora diária e além da 44ª hora semanal,
violando o disposto no artigo 7º, XIII, da CF e o
artigo 58 da CLT, sendo que a 1ª reclamada pagava
apenas as horas extras constantes dos recibos de
pagamento (docs. 05/09).
Desta forma, faz jus o obreiro às
diferenças nos pagamentos das horas extras e seus
reflexos para efeito de descansos semanais
remunerados (Súmula 172 do TST), férias + 1/3 (Artigo
142, §5º, da CLT), 13º salários (Súmula 45 do TST),
aviso prévio (Artigo 487, §5º, da CLT) e FGTS + 40%
(Artigo 15 da Lei 8.036/90 e Súmula 63 do TST).
VI – DO INTERVALO PARA REFEIÇÃO E DESCANSO
NORMA DE PROTEÇÃO À SAÚDE DO TRABALHADOR
APLICAÇÃO DO ARTIGO 71 DA CLT
APLICAÇÃO DA SÚMULA 437, I e III, DO TST
Como descrito no item "IV", a
jornada de trabalho contratual do obreiro era das
08:00 às 17:00 horas em escala de trabalho 6x1, com
intervalo de 2 horas para refeição e descanso.
Ocorre que durante todo o período
laborado o obreiro desfrutava de apenas 1 hora e 30
minutos de intervalo intrajornada.
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Assim, temos que o reclamante não
desfrutava corretamente do intervalo para refeição e
descanso, o que é vedado pelo artigo 71, “caput”, da
CLT.
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO
“Art. 71. Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de seis horas, é obrigatório a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de uma hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de duas horas. ...”
Desta forma, nos termos do
parágrafo 4º do mesmo artigo consolidado e da Súmula
437, I e III, do TST, faz jus o obreiro ao pagamento
de 2 horas extras por dia trabalhado e seus reflexos
para efeito de descansos semanais remunerados, férias
+ 1/3, 13º salários, aviso prévio e FGTS + 40%.
VII – DO ADICIONAL DE SOBREAVISO
APLICAÇÃO POR ANALOGIA DO ARTIGO 244, §2º, DA CLT
APLICAÇÃO DO ARTIGO 8º DA CLT
O reclamante além da sua jornada
diária de trabalho tinha que ficar à disposição da 1ª
reclamada para qualquer ocorrência que acontecesse no
local de trabalho.
Como descrito no item “III”, o
reclamante foi contratado pela 1ª reclamada para
fazer a guarda/segurança de suas propriedades/imóveis
para que não ocorressem as invasões pelo movimento
sem teto.
O obreiro era o único
responsável pela segurança do local de trabalho e
inclusive morava nas dependências do imóvel da 1ª
reclamada.
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Está evidente que o reclamante
além de sua jornada de trabalho ficava de plantão em
sua residência aguardando o chamado para qualquer
ocorrência, tanto que em 3 situações teve que se
deslocar até a delegacia de polícia de madrugada para
registrar ocorrência de invasão do imóvel (docs.
14/16).
Desta forma, nos termos do artigo
244, §2º, da CLT, faz jus o obreiro ao pagamento do
adicional de sobreaviso e seus reflexos para efeito
de descansos semanais remunerados, férias + 1/3, 13º
salários, aviso prévio e FGTS + 40%.
VIII - DO SALÁRIO IN NATURA - MORADIA
APLICAÇÃO DO ARTIGO 458 DA CLT
O reclamante foi contratado pela
1ª reclamada para fazer a guarda/segurança de suas
propriedades/imóveis para que não ocorressem as
invasões pelo movimento sem teto.
O obreiro era o único
responsável pela segurança do local de trabalho e
inclusive morava nas dependências do imóvel da 1ª
reclamada. Assim, como a reclamada fornecia a moradia
para o reclamante temos a caracterização do salário
“in natura”, que no entender do obreiro deve ser
considerado no valor de 25% do salário base.
Desta forma, nos termos do artigo
458 da CLT, faz jus o reclamante aos reflexos do
salário “in natura” para efeito de descansos semanais
remunerados, férias + 1/3, 13º salários, horas
extras, aviso prévio e FGTS + 40%.
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IX - DO ACÚMULO DE FUNÇÃO
APLICAÇÃO DO ARTIGO 5° DA CF
APLICAÇÃO DOS ARTIGOS 2°, 3°, 460 e 468 DA CLT
APLICAÇÃO POR ANALOGIA DO ART. 8° DA LEI 3.207/57
O reclamante foi contrato pela 1ª
reclamada para exercer as funções de guarda de prédio.
Ocorre que quando iniciou suas
atividades na empresa, a reclamada determinou que o
obreiro também atuasse nas seguintes tarefas:
- zelador;
- portaria;
- telefonista;
- ascensorista de elevador;
- faxineiro.
Tais atividades, portanto, não se
encontram entre aquelas ajustadas na admissão e
remuneradas pelo salário mensal.
Conforme leciona JÚLIO CÉSAR
BEBBER em sua Obra Princípios do Processo do Trabalho,
LTr, pág. 72 “o princípio jurídico da igualdade, ou
ainda princípio da isonomia, funda-se da idéia de que
devem ser assegurados os mesmos direitos a todos aqueles
submetidos a uma mesma ordem jurídica, concedendo-lhes
iguais oportunidades de exercê-los, bem como iguais
deveres”.
Além disso, assevera JOSÉ AFONSO
DA SILVA em sua Obra Curso de Direito Constitucional
Positivo, Editora Malheiros, pág. 195 “porque existem
desigualdades é que se aspira a igualdade real ou
material que busque realizar a igualização das condições
desiguais”.
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Assim, como o reclamante passou a
desempenhar funções com maiores responsabilidades, não
seria justo, negar-lhe o bem jurídico das diferenças
salariais respectivas. Atribuições diversas e mais
complexas merecem remuneração superior. É a regra da
contraprestação salarial pelos serviços prestados
contida nos artigos 2° e 3° da CLT.
Desta forma, nos termos do artigo
5° da CF, dos artigos 460 e 468 da CLT e por analogia
ao artigo 8° da Lei 3.207/57, pleiteia o obreiro seja
a reclamada condenada ao pagamento das diferenças
salariais pelo acúmulo de função, na proporção de pelo
menos 1/10 (um décimo) incidente sobre a sua
remuneração, bem como os seus reflexos em descansos
semanais remunerados, férias + 1/3, 13º salário, horas
extras, aviso prévio e FGTS + 40%.
X - DA RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
DESCARACTERIZAÇÃO DA JUSTA CAUSA
NÃO APLICAÇÃO DO ARTIGO 482 DA CLT
O Reclamante foi dispensado sob a
frágil alegação de ter cometido justa causa. Ocorre
que tal hipótese não aconteceu, uma vez que o obreiro
nada fez para que pudesse ser enquadrado no artigo
482 da Consolidação das Leis do Trabalho.
No dia 30/07/2014 o reclamante
estava exercendo as suas atividades e a 1ª reclamada
acusou o obreiro de participar das 2 invasões que
ocorreram em suas propriedades (Invasão do Prédio na
república e Invasão do Prédio da Av. São João), o que
de maneira alguma ocorreu por parte do reclamante.
Diante dessa situação a 1ª
reclamada demitiu o reclamante por justa causa.
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Esclarece o reclamante que se a
1ª reclamada através do Sr. Osvaldo Campos o acusou
de ter participado das invasões deveria ter aplicado
a justa causa quando das invasões e não apenas em
30/07/2014. Assim, temos que a reclamada não cumpriu
com o requisito da imediatidade que é imprescindível
para a demissão por justa causa.
Vale ressaltar que a 1ª
reclamada demitiu o reclamante por justa causa apenas
para tentar esquivar-se do pagamento das verbas
rescisórias do obreiro.
Esclarece o reclamante que
laborava na empresa há mais de 7 anos e sempre teve
bons comportamentos, tanto é verdade que não existe
nada que desabone a sua conduta no período trabalhado
na empresa.
Registre-se que a justa
causa/falta grave deve ser cabalmente comprovada por
colocar o empregado às garras do desemprego sem
perceber qualquer verba rescisória, nem mesmo o seu
FGTS e o Seguro Desemprego. Neste sentido é inclusive
o espírito da norma contida na Convenção n° 158 da
OIT, que, embora denunciada pelo Brasil, seus
princípios podem ser aplicados como norma geral de
direito, na espécie direito comparado (artigo 8° da
CLT).
É importante ainda salientarmos
que a cláusula vigésima terceira da Convenção
Coletiva de Trabalho (doc. 28) determina que na
demissão por justa causa a empresa deve comunicar o
empregado por escrito e contra recibo e dar todas as
explicações sobre a demissão, sob pena de ser
presumida a demissão sem justa causa.
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Desta forma, deve ser declarada
nula a demissão por justa causa, fazendo jus ao
pagamento de todas as verbas decorrentes da demissão
sem justa causa, devendo a Reclamada ser condenada ao
pagamento das seguintes verbas: aviso prévio
indenizado normal de 30 dias, aviso prévio
proporcional indenizado de 21 dias (Lei 12.506/11),
férias proporcionais 5/12 + 1/3, 13ª salário
proporcional 8/12 de 2014, FGTS de todas as verbas
pleiteadas + 40%, liberação do TRCT para percepção do
FGTS acrescido da multa de 40% e liberação do Seguro
Desemprego ou a sua respectiva indenização no valor
de 5 parcelas.
XI - DO ATO ILÍCITO PRATICADO PELA RECLAMADA
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
APLICAÇÃO DO ARTIGO 1º, INCISOS III e IV, DA CF
APLICAÇÃO DO ARTIGO 5º, INCISOS V e X, DA CF
APLICAÇÃO DO ARTIGO 170, “CAPUT”, DA CF
APLICAÇAO DOS ARTIGOS 186 E 927 DO CÓDIGO CIVIL
Um dos casos típicos de Dano
Moral no âmbito trabalhista é a dispensa por justa
causa com alegação de que o empregado roubou, furtou,
tentou praticar uma fraude, ou tenha praticado qualquer
outro ato de improbidade, quando na verdade isso não
ficou provado ou não foi o empregado que praticou o
ato.
Dentre os fatos ensejadores à
reparação por danos morais, temos entre outros, a
acusação infundada e mentirosa de ato de improbidade
(ex: acusar o empregado de ladrão, fraudador etc).
Desta forma, temos que a
Reclamada infringiu vários dispositivos legais que
implicam no pagamento de uma indenização por danos
morais ao Reclamante.
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O artigo 5º da Constituição
Federal em seu inciso V e X estabelece que:
“Art. 5º Todos são iguais perante a Lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: ... V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; ... X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. ...”
O Novo Código Civil estabelece a
matéria dos atos ilícitos no artigo 186 e a questão
da indenização no artigo 927, senão vejamos:
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.”
Para fins de responsabilidade
civil, ocorrerá o dano quando houver “lesão nos
interesses de outrem, tutelados pela ordem jurídica,
quer sejam de ordem patrimonial, quer sejam de
caráter não patrimonial.” (Ari Possidonio Beltran. “O
Novo Código e a responsabilidade civil do
empregador”, Revista LTr, v. 67, nº 1, p. 56).
A Reclamada tomando a atitude de
demitir o Reclamante por justa causa imputando ter o
mesmo cometido o ato de improbidade, causou-lhe lesão
de ordem material, que foi o não pagamento das verbas
rescisórias, o que já está sendo corrigido através da
Reclamação Trabalhista declinada no item “X”.
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Com relação a lesão de ordem
moral, a Reclamada ao imputar ao obreiro uma conduta
desabonadora para prejudicar a empresa atingiu a sua
honra subjetiva (sentimento que cada um tem a respeito
de seus próprios atributos. É o juízo que se faz de si
mesmo, o seu amor próprio, sua auto-estima) e também
atingiu a sua honra objetiva (sentimento que o grupo
social tem a respeito dos atributos físicos, morais e
intelectuais de alguém. É o que os outros pensam a
respeito do sujeito).
Cabe ressaltarmos que “o trabalhador é
sujeito e não objeto da relação contratual, e tem direito a preservar sua integridade
física, intelectual e moral, em face do poder diretivo do empregador. A subordinação
no contrato de trabalho não compreende a pessoa do empregado, mas tão-somente
a sua atividade laborativa, esta sim submetida de forma limitada e sob ressalvas, ao
jus variandi.” (TRT 2ª Região – 04ªT, ac. 20090875219, Rel. Ricardo Artur Costa e
Trigueiros, DOE: 23 de out. de 2009 “in” www.trt02.gov.br).
Desta feita, s.m.j., resta
configurado grave atentado à dignidade do trabalhador,
a ensejar indenização de no mínimo R$ 20.000,00 por
dano moral (art. 5º V e X, CF; 186 e 927 do NCC), de
modo a imprimir feição suasória e pedagógica à
condenação.
XII – DO DANO MORAL
DAS OFENSAS, HUMILHAÇÕES E CONSTRANGIMENTOS
APLICAÇÃO DO ARTIGO 1º, INCISOS III e IV, DA CF
APLICAÇÃO DO ARTIGO 5º, INCISOS V e X, DA CF
APLICAÇÃO DO ARTIGO 170, “CAPUT”, DA CF
APLICAÇAO DOS ARTIGOS 186 E 927 DO CÓDIGO CIVIL
O reclamante no período em que
laborou para as reclamadas sempre foi humilhado e
desrespeitado por seus superiores hierárquicos (Sr.
Osvaldo Campos – gerente de patrimônio e Sr. Mantovani
- gerente geral), situação esta incompatível com a
dignidade da pessoa humana e com a valorização do
trabalho, asseguradas pela Constituição Federal (art.
1º, III e IV, art.5º, XIII, artigo 170, caput).
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A título exemplificativo informa
o reclamante 2 situações vexatórias:
- no dia 03 de maio de 2014 após uma invasão do
movimento sem teto em propriedade das reclamadas do
Prédio da República o obreiro teve que ligar de
madrugada para o gerente de patrimônio Sr. Osvaldo
Campos para comunicar a situação ocorrida, sendo que
este o ofendeu com xingamentos (ligação da operadora
OI para o telefone 957140502);
- no dia 18 de julho de 2014 em reunião na sede das
reclamadas na Av. Paulista nº 1000 foi ofendido com
gritos e xingamentos pelo gerente geral (Sr.
Mantovani) na presença do gerente de patrimônio Sr.
Osvaldo Campos.
Desta forma, temos que as
Reclamadas infringiram vários dispositivos
Constitucionais que implicam no pagamento de uma
indenização por danos morais e materiais ao
Reclamante. Entende o reclamante que o valor da
indenização deve ser de, no mínimo, 10 salários
nominais.
As Reclamadas tomando as
atitudes de efetuarem agressões e humilhações ao
obreiro causaram-lhe lesão de ordem material e moral,
pois as reclamadas praticaram atitudes que
extrapolaram o Poder Diretivo previsto no artigo 2º
da CLT.
XIII – DO DANO MORAL
DA INVASÃO OCORRIDA EM SEU LOCAL DE TRABALHO
FURTO DE TODOS OS SEUS PERTENCES
APLICAÇÃO DO ARTIGO 1º, INCISOS III e IV, DA CF
APLICAÇÃO DO ARTIGO 5º, INCISOS V e X, DA CF
APLICAÇÃO DO ARTIGO 7º, XXII, DA CF
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O reclamante efetuou um Boletim
de Ocorrência para registrar o esbulho possessório em
propriedade das reclamadas no dia 08/03/2014 (doc.
15).
Ocorre que no dia 27 de junho de
2014 houve a reintegração de posse do imóvel e o
gerente de patrimônio das reclamadas (Sr. Osvaldo
Campos) não comunicou o obreiro sobre essa
reintegração, sendo que todos os seus pertences que
estavam em sua moradia foram subtraídos/furtados pelo
movimento sem teto (doc. 16).
Registre-se que a reclamada sabia
da reintegração de posse (doc. 13), mas de forma
dolosa não comunicou o obreiro para se preparar e
proteger a sua moradia contra o movimento, situação
esta incompatível com a dignidade da pessoa humana e
com a valorização do trabalho, asseguradas pela
Constituição Federal (art. 1º, III e IV, art.5º,
XIII, artigo 7º, XXII).
Esclarece o obreiro que todas as
suas coisas foram levadas/saqueadas pelos invasores
do movimento sem teto (doc. 16).
Informa o obreiro que foram
subtraídos os seguintes pertences (doc. 17):
- ESTANTE BELAFLEX SAFIRA PD IMB
- FOGÃO CONTINENTAL GRANPRIX
- REFRIGERADOR CONSUL FF IP
- MICROONDAS BRASTEMP
- BICICLETA BIKE CALOI XRT FUL
- BOX MANNES CASAL
- SOFÁ DE 2 LUGARES
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- CJ MS RET MUNIQUE 6C TB
- IMPRESSORA HP
- TV LED “42” BUSTER
- MINI SYSTEM SONY FST-ZUX9
- CABECEIRA DE CAMA
- RACK
- GUARDA ROUPAS
- 4 ESTANTES MULTIUSO GIOVANNI
- VENTILADOR BRITÂNIA
- MULTI PROCESSADOR
- JOGO DE PANELAS
- ESTANTE TV
- MICRO SYSTEM PHILCO
- MESA DE ESCRITÓRIO
- APARELHO DE DVD
- ROUPAS
- CARROS DE CONTROLE REMOTO
- HELICÓPTERO DE CONTROLE REMOTO
- PURIFICADOR DE AGUA REFRIGERADO
- CADEIRA PRESIDENTE OFFICE
- LIVROS
Assim, o empregador, além da
obrigação de dar trabalho e de possibilitar ao
empregado a execução normal da prestação de serviços,
deve ainda, respeitar a honra, a reputação, a
liberdade, a dignidade, e integridade física e moral
de seu empregado, porquanto se tratam de valores que
compõem o patrimônio ideal da pessoa, assim
conceituado o conjunto de tudo aquilo que não seja
suscetível de valor econômico.
Tais valores foram objeto de
preocupação do legislador constituinte de 1988 que
lhes deu status de princípio constitucional,
assegurando o direito à indenização pelo dano
material e moral decorrente de sua violação (CF,
artigo 5º,V e X).
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É, cediço, que tal dor atinge a
essência da pessoa, a sua dignidade, direito
fundamental assegurado pela Carta Magna (arts. 1º,
III e 6º, da CF). Ordinariamente, decorre de uma
ofensa, da imputação ou propagação de fatos
desabonadores ou, ainda, do preconceito, conforme o
caso em tela.
Os responsáveis das reclamadas
extrapolaram totalmente o poder diretivo do
empregador, sendo que as reclamadas tomando a atitude
de não comunicarem o obreiro da reintegração de posse
agrediram a sua honra, sua privacidade e a sua
intimidade ao ter todos os seus pertences saqueados.
O dano moral, protegido
constitucionalmente nos incisos V e X do art. 5º,
ficou caracterizado, e, desta forma, devem as
reclamadas indenizar seu ex-empregado (artigo 186 e
927, do Código Cívil).
No tocante ao valor da
indenização pelo dano moral, esta deve atingir dois
importantíssimos pontos. Deve, em primeiro lugar,
gerar uma satisfação pecuniária ao ofendido, fazendo-
o sentir um bem que afaste a lembrança da ofensa
sofrida.
Logicamente, tal satisfação não
pode ser calculada de forma matemática, como o dano
material, ou como as verbas trabalhistas sonegadas,
já que a moral, a honra não se quantificam
monetariamente. Deve, porém, amenizar, suavizar,
deixar mais branda a dor moral sofrida.
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A indenização pelo dano moral
deve desestimular a conduta do ofensor, fazendo-o
sentir no bolso as consequências de sua conduta
ofensiva. Deve ser num montante que gere algum
desconforto a ele, e, com isso, faça-o refletir e
ponderar sobre sua conduta, reprimindo novos atos
semelhantes.
Desta feita, s.m.j., resta
configurado grave atentado à dignidade do
trabalhador, a ensejar indenização de no mínimo R$
20.000,00 por dano moral (art. 5º V e X, CF; 186 e
927 do NCC), de modo a imprimir feição suasória e
pedagógica à condenação.
XIV – DOS DANOS MATERIAIS
DA INVASÃO OCORRIDA EM SEU LOCAL DE TRABALHO
FURTO DE TODOS OS SEUS PERTENCES
APLICAÇÃO DO ARTIGO 1º, INCISOS III e IV, DA CF
APLICAÇÃO DO ARTIGO 5º, INCISOS V e X, DA CF
APLICAÇÃO DO ARTIGO 7º, XXII, DA CF
APLICAÇAO DOS ARTIGOS 186 E 927 DO CÓDIGO CIVIL
Como declinado no item anterior,
temos que a reclamada sabia da reintegração de posse
(doc. 13), mas de forma dolosa não comunicou o
obreiro para se preparar e proteger a sua moradia
contra o movimento, situação esta incompatível com a
dignidade da pessoa humana e com a valorização do
trabalho, asseguradas pela Constituição Federal (art.
1º, III e IV, art.5º, XIII, artigo 7º, XXII).
Esclarece o obreiro que todas as
suas coisas foram levadas/saqueadas pelos invasores
do movimento sem teto (doc. 16).
O obreiro informou os pertences
que foram subtraídos (doc. 17).
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Desta forma, o obreiro deve ser
indenizado com o pagamento dos objetos que lhe foram
subtraídos, o que no entender do obreiro acarreta no
importe de R$ 25.000,00.
XV – DO REEMBOLSO DOS DESCONTOS INDEVIDOS
APLICAÇÃO DO ARTIGO 462 DA CLT
O reclamante foi contrato pela 1ª
reclamada para exercer as funções de guarda de prédio.
Em 08 de março de 2014 o
reclamante efetuou um Boletim de Ocorrência para
registrar o esbulho possessório em propriedade das
reclamadas (doc. 15).
Diante do esbulho possessório o
reclamante teve que ficar fora da sua moradia por um
tempo e efetuando suas refeições por conta da
reclamada e para a sua surpresa a 1ª reclamada
efetuou o desconto do seu salário desses valores de
refeição (doc. 07).
Desta forma, nos termos do artigo
462 da CLT, requer o obreiro o reembolso da
importância de R$ 109,20 que foi descontada de forma
indevida pela reclamada.
XVI – DA PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS
APLICAÇÃO DA C.C.T.
APLICAÇÃO DO ARTIGO 7º, XI, DA CF
APLICAÇÃO DA LEI 10.101/00
APLICAÇÃO DA SÚMULA 451 DO TST
Esclarece o obreiro que durante
todo o período laborado percebeu as PLRs integrais
nos anos de 2007 a 2012, conforme determinavam as
Convenções Coletivas de Trabalho.
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Ocorre que, o reclamante em julho
de 2014 teve o contrato de trabalho extinto por justa
causa e por este motivo não recebeu da 1ª reclamada o
valor da PLR referente ao ano de 2013, bem como não
recebeu a PLR proporcional do ano de 2014 previstos
na cláusula décima quarta das Convenções Coletivas de
Trabalho (docs. 26 e 28).
Assim, as reclamadas devem ser
compelidas no pagamento da PLR integral de 2013, bem
como a PLR proporcional de 2014 (aplicação do art.
7º, XI, CF, Lei 10.101/00 e súmula 451 do TST).
XVII – DO RESSARCIMENTO DAS DESPESAS PROCESSUAIS
APLICAÇÃO DO ARTIGO 8º DA CLT
APLICAÇÃO DOS ARTIGOS 389 E 404 DO CÓDIGO CIVIL
Nos termos do artigo 8º da CLT e
dos artigos 389 e 404 do Código Civil, as Reclamadas
deverão ressarcir o Reclamante com juros e correção
monetária e ressarcir inclusive as despesas de
honorários de advogado, no importe de 30% do valor da
condenação.
Os honorários previstos nos
artigos 389 e 404 do Código Civil de 2002 estão
relacionados com os contratados entre o cliente e o
seu advogado, não se trata de sucumbência, mas de
ressarcimento integral do dano.
Em outras palavras, esse
ressarcimento legal direcionado ao lesionado não se
interage com a verba honorária imposta pela
sucumbência, havendo, assim, uma plena autonomia dos
honorários sucumbenciais em relação aos contratuais.
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A verba honorária imposta pelo
Novo Código Civil é uma indenização de Direito
Material, não guardando nenhuma relação com o Direito
Processual, sendo que o seu titular é o lesionado e
não o seu advogado.
Diante da violação de seus
direitos, não só em eventuais situações
extrajudiciais como judiciais, o trabalhador deve ser
indenizado pelas despesas havidas com o seu advogado,
sob pena de violação da própria razão de ser do
Direito do Trabalho, ou seja, de sua origem
protetora.
A restituição do seu crédito há
de ser integral, como bem assevera o disposto no
artigo 389 do Novo Código Civil, ou seja, as perdas e
danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão
pagas com atualização monetária segundo índices
oficiais regularmente estabelecidos, abrangendo
juros, custas e honorários de advogado.
A decisão judicial deverá fixar,
a título de indenização, os valores efetivamente
contratados entre o trabalhador e o seu advogado,
quando de fato houver o reconhecimento da procedência
parcial ou total da postulação deduzida em juízo.
Claro está que essa indenização
será um crédito do empregado, na qualidade de parte
da relação jurídica processual, já que se trata de um
ressarcimento das despesas havidas por ele em face da
atuação profissional de seu advogado.
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XVIII – EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO AO MINISTÉRIO DO TRABALHO
E AO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO
Diante de todos os fatos
narrados, verifica-se que as reclamadas cometeram
irregularidades passíveis de penalidades
administrativas, bem como cometeu o crime contra a
organização do trabalho (artigo 203 do Código Penal).
Essas irregularidades praticadas pelas reclamadas
prejudicaram o reclamante tanto na esfera trabalhista
quanto na esfera previdenciária.
CÓDIGO PENAL
“Art. 203. Frustrar, mediante fraude ou violência, direito assegurado pela legislação do trabalho:
Pena – detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois) anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
...”
Assim, requer o reclamante a
expedição de ofícios ao Ministério do Trabalho e
Ministério Público do Trabalho para a instauração de
processo administrativo e processo criminal em face
das reclamadas e de seus sócios.
XIX - DOS RECOLHIMENTOS FISCAIS
APLICAÇÃO DO ARTIGO 114, VIII, DA CF
APLICAÇÃO DO ARTIGO 876 DA CLT
APLICAÇÃO DA LEI 12.350/10
APLICAÇÃO DA SÚMULA 368 DO TST
APLICAÇÃO DA OJ 400 DA SDI-1 DO TST
Com relação aos recolhimentos
fiscais, entende o reclamante que os descontos não
incidem sobre as verbas postuladas (recolhimentos de
FGTS + 40%, férias + 1/3, indenização do seguro
desemprego, dano moral, PLR, ressarcimento de
honorários de advogado).
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Requer a aplicação da Instrução
Normativa RFB nº 1.127 de 7.02.2011 que trata dos
procedimentos a serem observados na apuração do
Imposto de Renda Pessoa Física incidente sobre os
rendimentos recebidos acumuladamente.
O texto segue os ditames da
Medida Provisória 497, de 28 de julho de 2010,
convertida na Lei 12.350, de 20 de dezembro de 2010,
e apresenta uma tabela progressiva pela qual os
limites de isenção e parâmetros das alíquotas mensais
aplicáveis para a retenção do IR são multiplicados
pelo número de meses envolvidos nos cálculos de
liquidação.
Registre-se, que nos termos da
Orientação Jurisprudencial nº 400 da SDI-1 do TST os
juros de mora não integram a base de cálculo do
imposto de renda, independentemente da natureza
jurídica da obrigação inadimplida.
XX - DOS PEDIDOS
Diante do exposto pleiteia o
reclamante a procedência da Reclamação Trabalhista
para descaracterizar a demissão por justa causa, bem
como condenar as reclamadas solidariamente no
pagamento das seguintes verbas:
a) Aviso prévio normal de 30 dias a apurar
b) Aviso prévio proporcional de 21 dias a apurar
c) Férias proporcionais 5/12 + 1/3 a apurar
d) 13º salário proporcional 8/12 a apurar
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e) Pagamento das diferenças de horas extras
como descrito no item “V” a apurar
e1) Reflexos das horas extras em DSR’s a apurar
e2) Reflexos das horas extras nas férias + 1/3 a apurar
e3) Reflexos das horas extras no 13ºsalário a apurar
e4) Reflexos das horas extras no aviso prévio a apurar
f) Pagamento de 2 horas extras por dia pelo
intervalo para refeição e descanso, nos
termos do item “VI” a apurar
f1) Reflexos das horas extras em DSR’s a apurar
f2) Reflexos das horas extras nas férias + 1/3 a apurar
f3) Reflexos das horas extras no 13ºsalário a apurar
f4) Reflexos das horas extras no aviso prévio a apurar
g) Pagamento do adicional de sobreaviso,
termos do item “VII” a apurar
g1) Reflexos do adicional em DSR’s a apurar
g2) Reflexos do adicional nas férias + 1/3 a apurar
g3) Reflexos do adicional no 13ºsalário a apurar
g4) Reflexos do adicional no aviso prévio a apurar
h) Pagamento dos reflexos do salário “in
natura” pela moradia, como descrito no
item “VIII”
h1) Reflexos do salário in natura em DSR’s a apurar
h2) Reflexos do salário in natura nas férias + 1/3 a apurar
h3) Reflexos do salário in natura no 13ºsalário a apurar
h4) Reflexos do salário in natura em horas extras a apurar
h5) Reflexos do salário in natura no aviso prévio a apurar
i) Acúmulo de função na proporção de 1/10
da remuneração, como fundamentado no
item “IX” a apurar
i1) Reflexos do adicional em DSR’s a apurar
i2) Reflexos do adicional nas férias + 1/3 a apurar
i3) Reflexos do adicional no 13ºsalário a apurar
i4) Reflexos do adicional nas horas extras a apurar
i5) Reflexos do adicional no aviso prévio a apurar
j) FGTS + 40% sobre as verbas pleiteadas a apurar
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k) Entrega das guias TRCT para a percepção
do FGTS depositado (R$11.287,87 - doc. 12)
e para o caso do não cumprimento pela
empresa, requer o obreiro expedição de
alvará judicial a apurar
l) Multa de 40% sobre o item acima R$ 4.515,14
m) Liberação ou indenização do Seguro
Desemprego, nos termos da Lei 7998/90 e
Da Súmula 389 do TST a apurar
n) Indenização por danos morais, como
descrito no item “XI” a apurar
o) Indenização por danos morais pelas
ofensas/humilhações e constrangimentos
como descrito no item “XII” a apurar
p) Indenização por danos morais pela
invasão ocorrida em sua moradia e o
furto de seus pertences, como descrito
no item “XIII” a apurar
q) Indenização por danos materiais pela
invasão ocorrida em sua moradia e o
furto de seus pertences, como descrito
no item “XIV” a apurar
r) Reembolso dos valores descontados de
forma indevida, nos termos do item “XV” a apurar
s) Pagamento da Participação nos Lucros e
Resultados, como descrito no item “XVI” a apurar
t) Ressarcimento das despesas do autor
com honorários de advogado, como
descrito no item “XVII” a apurar
u) Expedição de ofício ao MTb e MPT, nos
termos do item “XVIII”.
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v) Recolhimentos fiscais, nos termos do
item “XIX”
XXI – DOS REQUERIMENTOS
Nos termos do parágrafo 3º, do
artigo 625-D, da CLT, informa o Reclamante que até a
presente data não foi criada a Comissão de
Conciliação previa de sua categoria.
Vale ressaltar que mesmo que
tivesse sido criada a Comissão, a passagem pela mesma
é facultativa, não constituindo condição da ação e
nem tampouco pressuposto processual na reclamatória
trabalhista, não se perdendo de vista o princípio
maior colhido da Carta Constitucional de que nenhuma
lesão ou ameaça a direito poderá ser excluída pela
lei da apreciação do Poder judiciário, nos termos do
art. 5º, XXXV, da CF (Inteligência da Súmula n.2 do
TRT da 2ª Região).
Requer o Reclamante a concessão
dos benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, por ser pessoa
pobre na acepção legal do termo, pois sua atual
situação econômica não lhe permite pagar as custas do
processo sem prejuízo do sustento próprio e de sua
família, nos termos do art. 5º, LXXIV, CF, dos arts.
2º e 3º, II, e 4º da Lei 1.060/50, da OJ 269 da SDI-1
do TST, e da súmula nº 05 do TRT da 2ª Região.
Em face do exposto, pede e
espera o Reclamante, seja a presente ação julgada
totalmente procedente, condenando-se as Reclamadas no
pagamento das verbas pleiteadas, monetariamente
atualizadas, computados os juros de mora, além de
custas e despesas processuais.
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Para tanto, requer se digne
V.Exa., determinar a notificação das Reclamadas, no
endereço declinado para que, querendo, contestem a
presente Reclamação, sob pena de sofrerem os efeitos
da revelia.
Finalmente, requer provar o
alegado por todos os meios de prova em direito
admitidos, especialmente pelo depoimento pessoal do
representante legal da Reclamada, sob pena de
confissão, oitiva de testemunhas, perícias e outros,
se necessários.
XXII – DO VALOR DA CAUSA
Atribui-se à causa, para efeito
de custas e alçada, o valor de R$ 30.000,00 (trinta
mil reais – procedimento ordinário).
OBS: TODAS AS NOTIFICAÇÕES E INTIMAÇÕES DEVERÃO SER
FEITAS, EXCLUSIVAMENTE, EM NOME DO DR. MARCO ANTONIO
SILVA DE MACEDO JUNIOR, COM ESCRITÓRIO NA RUA DA
CONSOLAÇÃO, 65, CONJ. 42, CENTRO, SÃO PAULO, SP.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
São Paulo, 02 de outubro de 2014.
MARCO ANTONIO SILVA DE MACEDO JUNIOR
OAB/SP 148.128
INI_SAVOLIDO – JOSÉ MARIA