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A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DO PREPOSTO NAS RECLAMAÇÕES TRABALHISTAS

O que é a figura do preposto?

Quem pode ser preposto?

Qual a função e a importância do preposto?

O que fazer e o que não fazer?

Ausência do preposto;

Provas em audiência;

Testemunhas: linhas gerais;

Quem não pode ser testemunha;

A importância da preparação para a audiência;

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PREPOSTO - A FIGURA DO PREPOSTO

ARTIGO 843 DA CLT

Art. 843. Na audiência de julgamento deverão estar presentes oreclamante e o reclamado, independente do comparecimento deseus representantes, salvo nos casos de Reclamatórias Plúrimasou Ações de cumprimento, quando os empregados poderãofazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria.

§ 1º É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente,ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, ecujas declarações obrigarão o proponente.

§ 2º Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso,devidamente comprovado, não for possível ao empregadocomparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outroempregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seusindicato.

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PREPOSTO - QUEM PODE SER

SÚMULA 377 DO TST

SUM. 377 - PREPOSTO. EXIGÊNCIA DA CONDIÇÃO DEEMPREGADO (Res. 146/2008)

Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contramicro ou pequeno empresário, o preposto deve sernecessariamente empregado do reclamado. Inteligência do art.843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de 14de dezembro de 2006.

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PREPOSTO - QUEM PODE SER

Em razão da exigência da condição de empregado, o

preposto deve levar consigo DOCUMENTO DE

IDENTIDADE com foto e COMPROVANTE DE SUA

CONDIÇÃO DE EMPREGADO:

Carteira de Trabalho (CTPS); ou

Na ausência da CTPS, identidade acompanhada de

contracheque recente, crachá, etc.

O preposto não precisa, necessariamente, ter trabalhado junto com oReclamante, podendo ter conhecimento dos fatos discutidos no processopor outros meios que não o testemunhas das atividades: Conhecimento por meio de documentos; ou Conhecimento por meio de informação de terceiros.

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PREPOSTO - QUEM PODE SER

CARTA DE PREPOSIÇÃO

..................................... , com sede na Rua ........, CNPJ ......., na pessoa (nome da empresa) de seu representante legal abaixo assinado, pelo presente instrumento de carta de preposição, nomeia o Sr. ............................................, (nome do empregado), RG ....................., portador da CTPS nº ........., série ....., empregado da preponente para representá-lo perante a Vara da Justiça do Trabalho, processo nº ....., reclamante ............ ..............,

Cidade, Estado, dataAssinatura:

Além do documento pessoal, deverá ter apresentado CARTA DEPREPOSTO – que é o documento que o nomeia como representante, videmodelo:

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PREPOSTO – FUNÇÃO E IMPORTÂNCIA

Recapitulando, nos termos do art. 483 da CLT, o preposto substituio empregador e de ter “conhecimento do fato, e cujas declaraçõesobrigarão o proponente”.

Ou seja, na audiência o preposto É O EMPREGADOR e tudo o que dizou faz obriga a empresa no processo:

A assinatura do preposto legitima acordo judicial;

A ausência (ou mesmo o atraso) do preposto resulta emrevelia/confissão do empregador;

Da confissão do preposto resulta a perda do processo;

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PREPOSTO

Em suma:

Preposto é o representante da empresa na audiência trabalhista;

Em regra, deve ser empregado (CLT) – exceção quandoempregador doméstico ou micro ou pequeno empresário;

Deve portar documentos que comprovem sua condição deempregado;

Deve estar habilitado por Carta de Preposto;

Deve ter conhecimento dos fatos discutidos no processo;

As declarações do preposto obrigam o empregador que odesignou.

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PREPOSTO: O QUE FAZER E O QUE NÃO FAZER

• Deve chegar com antecedência, para evitarcontratempos e para conversar previamente como advogado, sanando eventuais dúvidas – suapresença é imprescindível;

• Deve ter conhecimento dos fatos discutidos noprocesso;

• Deve se manter confiante em seguir com a tesede defesa;

• Não deve externar desconhecimento - “não sei”é proibido;

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AUSÊNCIA DO PREPOSTO

Em sendo o preposto indispensável para representação da empresa, suaausência atrai a punição máxima dela no processo, qual seja: a perdacompulsória da demanda, seja por REVELIA ou seja por CONFISSÃO.

A legislação trabalhista somente permite a ausência do preposto se esta forJUSTIFICADA – deve haver prova da impossibilidade de o preposto selocomover para a audiência, comprovar JUSTO MOTIVO.

O JUSTO MOTIVO pode ser doença queimpede a locomoção do preposto. Suacomprovação deve se dar medianteatestado médico, com referência à doença eao CID, com informação EXPRESSA deimpossibilidade de locomoção.

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PROVAS EM AUDIÊNCIA

No processo trabalhista, as provas documentais são veiculadas na inicial e nadefesa.

Prova pericial eventualmente é produzida para análise técnica dedeterminadas matérias.

Na audiência trabalhista são produzidas provas essencialmente PROVASORAIS:

DEPOIMENTOS PESSOAIS (Reclamante e preposto); e

DEPOIMENTOS DE TESTEMUNHAS.

Uma parte não deve ouvir o depoimento daoutra, iniciando-se o depoimento peloReclamante e seguindo-se pelo Reclamado.

Testemunhas devem aguardar fora da salade audiência e serão convocadas uma a umapara depoimentos.

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TESTEMUNHAS – LINHAS GERAIS

As testemunhas devem ter trabalhado com o Reclamante, devem deporsobre fatos que presenciaram, que efetivamente viram.

Enquanto os depoimentos pessoais (Reclamante e preposto daReclamada) podem resultar em provas negativas (contrárias à própriaparte), as testemunhas produzem prova positiva.

O juiz trabalhista dá grande valor ao depoimento de testemunhas. Emvirtude do “princípio da primazia da realidade”, por vezes o depoimentode uma testemunha pode invalidar os documentos que tenham sidoformalizado em outro sentido:

Ex: testemunha prova horário de trabalho diverso do que consta decartões de ponto; ou testemunha prova efetiva relação de emprego depessoa que havia sido formalizada como trabalhador autônomo.

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TESTEMUNHAS – QUEM NÃO PODE SER TESTEMUNHA

Hipóteses de impedimento:

Cônjuge e parentes (ascendente ou descendente em qualquer grau, oucolateral até o terceiro grau) por consangüinidade ou afinidade;

Quem é parte na causa;

Quem intervém em nome da parte (ex: tutor, representante legal, advogado eoutros, que assistam ou tenham assistido as partes.

Hipóteses de suspeição:

O condenado por crime de falsotestemunho;

O que, por seus costumes, não for digno defé;

O inimigo da parte ou o seu amigo íntimo;

O que tiver interesse no litígio.

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A IMPORTÂNCIA DA PREPARAÇÃO PARA A AUDIÊNCIA

Considerando a grande importância da PROVA ORAL para o Direito doTrabalho, é essencial que tanto o preposto quanto as testemunhasestejam alinhados com a tese de defesa e se mostrem conhecedores dosfatos e seguros para depoimentos colhidos em audiência.

Uma vez produzida a prova na audiência, em regra esta não pode seralterada, suprimida ou complementada. Assim, os elementos orais quesão colhidos na audiência são os que permanecerão como base para ojulgamento do processo na sentença e mesmo para base de eventuaisrecursos que venham a questionar a sentença.

O sucesso nos processos trabalhistas depende não só da defesa técnica doadvogado e dos documentos apresentados, mas, sobretudo, estádiretamente relacionado ao bom preparo de preposto e testemunhas!

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TRABALHISTA

SÓCIO COORDENADOR TRABALHISTA

João Pedro Eyler Póvoa – [email protected]

Graduado pela Universidade Candido Mendes e pos-graduado em Direito do Trabalho pela mesmaUniversidade. Especializado em Risco Trabalhista pelo IBMEC. Foi professor convidado do Centro deFormacao e Treinamento do IBMEC-CFT. Atuou como advogado do escritorio Costeira, DominguesLopes e Frazao Advogados Associados e do escritorio Siqueira Castro Advogados. Co-autor do livro“Questoes Atuais de Direito Empresarial, Volume II”.Idiomas: Portugues e Ingles.Area de Atuacão: Trabalhista

ASSOCIADO TRABALHISTABruno Herrlein Correia de Melo – [email protected]

Graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Especializado em Direito doTrabalho e Processo Trabalhista pela UGF-RJ. Atuou como advogado do escritorio Siqueira CastroAdvogados e Fontes, Oliveira, Gonçalves & Navega Advogados. Co-autor do livro “Questoes Atuaisde Direito Empresarial, Volume II”. Autor do livro “Fiscalizacao do Correio Eletrônico no Ambientede Trabalho”, Editora Servanda. Autor de diversos artigos veiculados em sites jurídicosespecializados sobre matéria trabalhista.Idiomas: Portugues e Ingles.Area de Atuacão: Trabalhista

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CONTATOS

JOÃO PEDRO EYLER PÓ[email protected]

BRUNO HERRLEIN CORREIA DE [email protected]

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