evoluÇÃo das tÉcnicas de representaÇÃo

82
EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO Aula - Barroco CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A. 1 Disciplina CEG316 HISTÓRIA DAS ARTES VISUAIS Curso Expressão Gráfica Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Upload: others

Post on 29-Jul-2022

4 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS

DE REPRESENTAÇÃO

Aula - Barroco

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

1

Disciplina

CEG316

HISTÓRIA DAS ARTES VISUAIS

Curso Expressão Gráfica

Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Page 2: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

Barroco (séc. XVII)

Apontamentos a partir de

Hauser (2000)

- Das cortes católicas

- Da burguesia protestante

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

2

Page 3: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

Conceito de barroco:

• Diversos tipos de produção: Bernini,

Rubens, Rembrandt, Van Goyen,

Caravaggio, Louis le Nain, e Ribeira;

• Em oposição ao clássico: extravagantes,

confusos e bizarros; irregular e inconstante;

• Wölfflin: ausência de subjetivismo da

Renascença em comparação ao Barroco;

• Para Hauser, o Barroco decorre do

Renascimento e do Maneirismo

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

3

Page 4: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

• Wölfflin – Renascimento x Barroco

(5 pares de conceito):

1. Linear e Pictórico

2. Plano e Recessão

3. Forma fechada e aberta

4. Clareza e ausência de clareza

5. Multiplicidade e Unidade.

Leitura de apoio: Artigo “Heinrich Wölfflin e sua Contribuição paraa Teoria da Visibilidade Pura”, escrito por José Barros.

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

4

Page 5: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

“A composição artística do Barroco é, numa

palavra, cinemática; os incidentes

representados parecem ter sido entreouvidos

por acaso e observados em segredo; (...)”

• Ideia do acaso, infinidade da representação;

• Composição pictórica: diagonal e mancha de

cor;

• Hauser questiona que a teoria de Wölfflin

não se aplica para as obras de Poussin e

Claude Lorrain;CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

5

Page 6: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

• Principais realizações culturais da era do

Barroco foi a nova ciência natural, e a nova

filosofia baseada na ciência natural, ambas,

com amplitude internacional;

• Descoberta de Copérnico: Terra se desloca

em torno do Sol, e não o contrário; isto é, o

homem não é mais o centro do universo;

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

6

Page 7: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

1. Barroco das cortes católicas:

• Frio, intelectualista e complexo maneirismo

cede lugar para o estilo sensual, emocional;

• Arte popular sustentada pela classe cultural

dominante;

• Naturalismo de Caravaggio: boêmio típico,

faltava sublimidade e nobreza para pintar

quadros religiosos;1º mestre da era moderna

a ser menosprezado pelo seu valor artístico;

• Emocionalismo dos Carracci (apenas

Agostinho era um homem culto)

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

7

Page 8: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

Por volta de 1620:

• Catolicismo: Papa, Alto Clero = Oficial e

cortesão;

• Protestantismo: Classe média;

• Sob Urbano VIII, o papa Barberini, Roma

converte-se na cidade Barroca (por volta de

1620):

• Maneiristas Federigo Zuccari e o Cavaliere

d’Arpino continuam produzindo, e Caravaggio

e os Carracci estão ultrapassados;

• Destaque: Pietro da Cortona, Bernini e

Rubens;

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

8

Page 9: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

• A partir de 1661:

- Imperialismo político e intelectual;

- Arte a literatura perdem suas relações com a

vida real, com as tradições da Idade Média e

como o espírito das massas populares;

(HAUSER, 2000, p.462).

- Naturalismo é tabu;

- A corte e a cidade, Versalhes e Paris são o

centro;

- Subjetivismo do segundo terço do século

cede lugar a cultura de autoridade;

- Arte a serviço do poder absolutista;

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

9

Page 10: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

“(...) a nobreza feudal perdeu toda a

importância no Estado como classe militar; as

comunidades políticas converteram-se em

Estados absolutos, ou seja, Estados nacionais

modernos; o Cristianismo unificado

desintegrou-se em igrejas e seitas; a filosofia

tornou-se independente da metafísica

religiosamente dirigida e transformou-se no

‘sistema natural das ciências’; a arte superou

o objetivismo medieval e converteu-se na

expressão da experiência subjetiva”

(HAUSER, 2000, p. 464)

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

10

Page 11: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

• Classicismo moderno versus subjetividade do

artista;

• Governo quer dissolver as relações pessoais

entre o artista e o público, e tornar a arte

dependente do Estado (fim do mecenato

privado);

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

11

Page 12: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

A Académie Royale de Peinture et de

Sculpture:

- inicia em 1648 como uma sociedade livre,

sem norma para admissão;

- depois de 1655, recebe uma subvenção

régia;

- Em 1664, na gestão de Colbert (ministro das

belas-artes) e Le Brunt (diretor) transformou-

se numa instituição do Estado.

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

12

Page 13: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

• Função da arte é elevar o prestígio do

monarca

• Racine (historiador), Le Brun e van Meulen

(pintores de episódios históricos e bélicos)

• O Rei não conhece a produção artística do

período, a exemplo de Molière um dos

maiores escritores do século

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

13

Page 14: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

• Academia (benefícios x poder):

- Nomeações para o Estado

- Outorga encomendas públicas

- Confere títulos

- Monopólio da educação artística (concede

prêmios, pensões, licença para expor e

participar de concursos)

- a opinião da Academia é aceita pelo público

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

14

Page 15: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

• em 1666, Colbert funda a Academia de

Rome;

• em 1676, filia-se a Academia de Paris, ao

fazer de Le Brun também diretor da

Academia de Roma.

• os artistas são criaturas a serviço do Estado,

pela forma educacional e pela organização

estatal da produção, resultando em um estilo

cortesão com regras próprias.

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

15

Page 16: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

• As atividades em Versalhes e na Igreja de

Van-de-Grâce, por exemplo, absorvem a

produção artística;

• Colbert em 1662, organiza a manufatura de

tapeçarias adquirida à família Gobelin e

converte-a na estrutura básica para toda a

produção de arte do país:

Contrata: arquitetos e desenhistas ornamentais,

pintores e escultores, tapeceiros e marceneiros,

tecelões de ceda e de panos, fundidores de

bronze e ourives, ceramistas e sopradores de

vidro.

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

16

Page 17: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

• O cárater impessoal “do Estilo Luís XIV”

depende de suportes técnicos (manufatura),

a arte de Versalhes é a arte de Le Brun, o

artista atuou por 20 anos, tornou-se o real

criador do academicismo francês. (p.469)

• Em 1664, na Academia implantou-se as

Conférences, com duração de 10 anos, o

intuito era regular o gosto e padronizar

princípios estéticos.

• Na Itália existia maior liberdade artística que

na França, em função de sua própria tradição

cultural, isto em meados do século XVII.

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

17

Page 18: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

• A partir de 1680, o gosto geral em arte se

volta contra os ditames de Le Brun;

• Tensões entre as concepções artísticas dos

círculos oficiais (cortesões ou eclesiásticos)

e os Gostos dos artistas e amigos da arte é

típica de todo Barroco e não apenas a vida

artística na França;

• Exemplo: obra de Caravaggio

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

18

Page 19: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

“A escolha entre o desenho e a cor foi mais do

que uma questão técnica; a decisão em favor

da cor subtendia uma posição contrária ao

espírito do Absolutismo, à autoridade rígida e a

arrigementação racional da vida – era também

o sinal para um novo sensualismo que

culminou em fenômenos com Watteau e

Chardin” (p. 470)

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

19

Page 20: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

• Nos anos 70 do século XVII a autoridade da

Academia começa a arte questionada, Roger

de Piles defende que o público leigo tem

direito de opinar sobre a arte (atendidas no

próximo século)

• No final do reinado de Luís XIV o pagamento

destinado aos artistas era insignificante, a

Academia perde o subsídio governamental e

recorre ao grande público.

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

20

Page 21: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

O público era variado:

• Por exemplo, a classe média manifestava

interesse pela obra de Poussin, criadas na

época da Richelieu e Mazarin, que foram

compradas pela burguesia, por servidores

civis, mercadores e financistas. O artista não

aceitava encomenda para grandes pinturas

decorativas, pintava em telas de menor

dimensão, e raramente aceitou encomenda

eclesiásticas.

• A corte mudou do barroco sensualista para o

classicista, e a corte adotou o racionalismo

econômico da classe média.

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

21

Page 22: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

• O classicismo tem origem na Idade Média,

mas modifica-se:

- da simplicidade para solenidade,

- a clareza e regularidade numa atitude

rigorosa e inflexível,

- a camada superior da classe média gostava

da arte classicista,

- apesar do racionalismo de Pousin, o

naturalismo de Louis Le Nain é o pintor da

classe média por excelência (p.473).

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

22

Page 23: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

• O sucesso na corte e nos Salons do século

XVII dependia de uma astúcia psicológica;

• Os Salons: apogeu na 1ª metade do século,

pequenas academias não oficiais, ligação

mais direta entre produtores e consumidores,

• Um dos Salons importantes do período foi a

Guirlande de Julie, compilada pela filha da

marquesa, exemplifica o produto literário

desse círculo social.

• Espaço que reúne a nobreza hereditária, a

nobreza oficial e a burguesia (financistas)

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

23

Page 24: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

Tensões entre o Renascimento e Barroco,

pintura como ilusão.

• Vídeo de apoio: História da arte para quem não entende de

história da arte: O fascínio da ilusão, por Jorge Coli.

Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=CnK5OXI85-g. Acesso em:

03/05/2021.

Errata:Da perspectiva como indagação filosófica à perspectiva como ilusão dos sentidos.Quem quiser ver as imagens.

- ATENÇÃO: por um lapso, eu troco, em dois momentos, MANTEGNA por MASACCIO. Aprimeira troca não é muito grave, é possível percebê-la facilmente. O segundo, porém,pode confundir. Eu digo que CORREGIO viu as obras de MASACCIO. Não: CORREGGIOcertamente viu as obras de MANTEGNA, em Mântua, perto de Parma, onde ele vivia.

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

24

Page 25: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

• Artistas listados por Jorge Coli no vídeo:

- Massacio

- Andrea Mantegna

- Correggio

- Michelangelo

- Paolo Veronese - arquiteto Palladio

- Annibale Carracci

- Giovanni Battista G. il Baccicia

- Padre Andrea Pozzo

- Giovanni B. Tiepolo - arquiteto Johann B. Neumann

- José Joaquim da Rocha

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

25

Page 26: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

Aspecto visual do Barroco:

• Efeitos decorativos e visuais.

• Uso de curvas.

• Composição dinâmica com ênfase no

movimento.

• Contrastes de luz e sombra.

• Ilusionismo (associado a arquitetura).

Page 27: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

27

CARAVAGGIO (1571-1610)

A captura de Cristo (1602) –

Galeria Nacional da Irlanda

Page 28: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

Flagelação de Cristo (1607)pintura óleo sobre tela – 134,5 cm x 175,4 cm

Museu de Belas Artes de Ruão

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

28

Page 29: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

Rembrandt. A ronda noturna, 1642, Amesterdã.

Page 30: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

Uso do Contraste Luz e Sombra

Page 31: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

31

RembrandtTempestade no Mar da Galileia (1633)

Isabella Stewart Gardner Museum (Fenway Court), Boston, MA, US160 x 127 cm

Page 32: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

Velázquez (1599-1660)

A crucificação de Jesus Cristo (1632)

Museu do Prado

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

32

Page 33: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

Papa Inocêncio X (1650)

Galeria Doria Pamphilj

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

33

Page 34: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO
Page 35: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

Pietro da Cortona, Teto do Palácio Barbetini, 1633, Itália.

Page 36: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

Efeito de ilusão associado a arquitetura

Page 37: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

Comparação formal entre

Renascimento e Barroco

Page 38: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

Michelangelo

David, 1501, mármore, Roma.

Período Renascentista

Page 39: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO
Page 40: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

Bernini

Davi, 1624, mármore, Roma. Período Barroco

Page 41: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO
Page 42: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

Leonardo Da Vinci

Última Ceia, 1495-97, afresco, Milão.

(Período Renascentista)

Page 43: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

Esquema de Perspectiva e Centro de Atenção.

Page 44: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

Tintoretto. Última Ceia, 1594, Itália.

(Período Barroco)

Page 45: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

Esquema de Perspectiva

Page 46: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

Artistas mulheres –

Renascimento e Barroco:

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

46

Page 47: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

Sofonisba Anguissola (1532-1625)Autorretrato ante el caballete, h. 1556-57.

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

47

Page 48: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

A partida de xadrez (1555)

óleo sobre tela – 72 x 97 cm

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

48

Page 49: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

Artemisia Gentileschi (1593-1653)Jael and Sisera, dated 1620. © Szépmüvészeti Múzeum / Museum of Fine

Arts, Budapest (75.11)

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

49

Page 50: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

Artemisia Gentileschi, Mary Magdalene in Ecstasy,

about 1620-25. © Photo: Dominique Provost.

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

50

Page 51: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

Cleópatra descoberta por seus amos (1633-35)

óleo sobre tela – 117 x 175,5 cm – Coleção Particular

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

51

Page 52: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS

DE REPRESENTAÇÃO

Aula – Rococó (séc. XVIII)

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

52

Disciplina

CEG316

HISTÓRIA DAS ARTES VISUAIS

Curso Expressão Gráfica

Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Page 53: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

1. A dissolução da arte palaciana

2. O novo público leitor

3. As origens do drama doméstico

4. A Alemanha e o Iluminismo

5. Revolução e Arte

6. Romantismo Alemão e Ocidental

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

53

Page 54: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

• Arte palaciana se esgota no século XVIII,

substituído pelo subjetivismo burguês com

as obras de Greuze e Chardin

• As telas de Chardin são o melhor produtos

artísticos do séc. XVIII, se comparada a

Greuze

• Na 1ª metade do século XVIII, temos a

produção de Boucher e LargillièreCEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

54

Page 55: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

FRANÇOIS

BOUCHER

(1703-1770)

Retrato de

Madame

Pompadour

Antiga Pinacoteca,

Munique

Alemanha

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

55

Page 56: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

Retrato de uma

Dama com mangas

debruadas a pele,

Museu do Louvre

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

56

Page 57: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

NICOLAS DE

LARGILLIÈRE

(1656-1746)

Self-portrait of

Nicolas de

Largillierre

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

57

Page 58: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

Portrait of Louise-

Madeleine Bertin,

comtesse de Montchal

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

58

Page 59: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

JEAN-BAPTISTE

GREUZE

(1725-1805)

Portrait of Madame

Courcelles (1750)

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

59

Page 60: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

Girl with a dead

Canary - 1765

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

60

Page 61: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

JEAN-BAPTISTE-

SIMÉON

CHARDIN

(1699-1779)

Mulher descascando

batatas

Antiga Pinacoteca –

Munique, Alemanha

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

61

Page 62: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

A arraia, óleo sobre tela (114 x 146 cm) - 1728.

Museu do Louvre, Paris, França

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

62

Page 63: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

• tendência para o monumental, o

cerimonioso e o solene desaparece com o

Rococó

• arte mais delicada e íntima, a ênfase recai

sobre a cor e as nuances da expressão,

refinada e aristocrática, que prioriza o

agradável e convencional

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

63

Page 64: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

• ataque ao barroco-rococó, oposição ao

gosto palaciano:

emocionalismo e naturalismo: Greuze e

Hogarth

X

racionalismo e classicismo de Mengs e David

• final do século XVIII – arte burguesa

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

64

Page 65: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

WILLIAM HOGARTH (1697-1764)

The Assembly at Wanstead House (1728-32)

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

65

Page 66: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

JACQUES-LOUIS

DAVID (1748-1825)

Autorretrato (1794)

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

66

Page 67: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

ANTON RAPHAEL

MENGS

(1728-1779)

Autorretrato (1773),

98 x 73 cm,

Galeria Ufizzi

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

67

Page 68: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

• Holanda: já existia uma arte burguesa de

alto padrão no século XVII,

• França e Inglaterra: se estabelece no século

XVIII, o que depois politicamente

desdobra-se na Revolução Francesa, e no

Romantismo,

• perda da autoridade do poder real,

• desorganização da corte como centro

artístico-cultural

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

68

Page 69: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

• No reinado de Luís XVI, rei da França entre

1774-1792 até ser deposto pela Revolução

Francesa, a burguesia do ancien régime

atinge seu desenvolvimento intelectual e

material

• Fica a cargo da burguesia: comércio,

indústria, bancos, profissões liberais,

literatura e jornalismo.

Exceto: Exército, Igreja e Corte

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

69

Page 70: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

• No período destacam-se as obras de

Watteau, natural de Flandres, e continua à

tradição de Rubens

• O artista retrata o ideal e transmite a ideia

de melancolia, misto de alegria e tédio

• Em sua arte expressa: “o desejo ardente por

uma cultura perfeita, pela tranquila e segura

alegria de viver” (Hauser, 2000, p.511)

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

70

Page 71: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

• Retrata um mundo bucólico (pano de fundo

é o conflito entre a cidade e o campo, mal-

estar com a civilização). Este tipo de cena

torna-se tema da pintura no século XVIII

• A poesia bucólica já está em declínio

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

71

Page 72: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

JEAN-ANTOINE WATTEAU (1684-1721)

La Gamme d’Amor (1710-20) -

51,3 x 59,4 cm - National Gallery

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

72

Page 73: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

Mezzetin (1717-19)

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

73

Page 74: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

The French Comedy 1714

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

74

Page 75: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

The Embarkation for Cythera 1717

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

75

Page 76: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

• Outro artista que Hauser destaca é Fragonard

• Watteau, Fragonard e Chardin eram membros

da Academia

• No Rococó, tudo é belo e comunica uma

melodia, mostra uma sociedade frívola,

cansada e passiva, que busca na arte o prazer

e o repouso

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

76

Page 77: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

JEAN-HONORÉ

FRAGONARD

(1732-1806)

O Balanço

(1767-1768)

81 x 64 cm

Wallace Colection

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

77

Page 78: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

A leitora

(1770-72)

82 x 65 cm

National Gallery of Art

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

78

Page 79: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

• “O rompimento como Rococó tem lugar na

segunda metade do século; a cisão entre a

arte das classes superiores e a das camadas

burguesas é flagrante”.

• A arte pela arte do Rococó, tinha como

foco “honrar a virtude e expor o vício”

palavras de Diderot para quem a arte serve

de propaganda política (HAUSER, 2000,

p.532)

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

79

Page 80: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

- Em acordo com Hauser, o Rococó, o

Classicismo, e o Romantismo permeiam o

período entre séc. XVIII e XIX (até meados

da década de 1820).

- Realismo como parte do Naturalismo

- Impressionismo com Monet eclode durante a

década de 1870, na França.

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

80

Page 81: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

• Leitura complementar:

Capítulo 15, 16 e 17 do livro da Graça Proença.

• Sobre as mulheres no Barroco ver a produção da

pesquisadora Cristine Tedesco.

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

81

Page 82: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

• Referências:HAUSER, Arnold. História social da arte e literatura. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

WOLFFLIN, Heinrich. Conceitos fundamentais da história da arte: o problema da evolução dos estilos na arte mais recente. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES

VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.

82