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twitter.com/spradiologia facebook.com/sociedadepaulistaderadiologia www.linkedin.com/company/sociedade-paulista-de-radiologia Informativo da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem A medida que o maior congresso de radiologia da América Latina se aproxima, mais professores estrangeiros e brasileiros falam sobre suas expectativas sobre o evento e sobre a programação de suas aulas. Páginas 6 e 7 Está chegando a hora! ENTREVISTA EVENTOS SPR A primeira edição do CMA 2014, realizada no final de março, reuniu mais de 200 participantes. Confira as fotos e a palavra dos anfitriões desta tradicional reunião promovida pela SPR. Página 17 POLÍTICAS EM SAÚDE A entidade e suas regionais enviaram uma carta aos radiologistas brasileiros com orientações e atitudes que pro- movam o trabalho do médico, visando a devida remuneração e valorização da atividade pelo governo do País. Página 18 CBR mobiliza radiologistas Clube Manoel de Abreu em Marília O presidente da Anahp Francisco Balestrin fala sobre acreditação, verticalização dos planos de saúde e sobre as diferenças e a evolução do modelo de gestão das instituições de saúde brasileiras. Página 4 Abril de 2014 | Edição 428

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twitter.com/spradiologia facebook.com/sociedadepaulistaderadiologia www.linkedin.com/company/sociedade-paulista-de-radiologiaInformativo da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem

A medida que o maior congresso de radiologia da América Latina se aproxima, mais professores estrangeiros e brasileiros falam sobre suas expectativas sobre o evento e sobre a programação de suas aulas.

Páginas 6 e 7

Está chegando a hora!

ENTREVISTAEVENTOS SPR

A primeira edição do CMA 2014, realizada no final de março, reuniu mais de 200 participantes. Confira as fotos e a palavra dos anfitriões desta tradicional reunião promovida pela SPR.Página 17

POLÍTICAS EM SAÚDE

A entidade e suas regionais enviaram uma carta aos radiologistas brasileiros com orientações e atitudes que pro-movam o trabalho do médico, visando a devida remuneração e valorização da atividade pelo governo do País. Página 18

CBR mobiliza radiologistas

Clube Manoel de Abreu em Marília

O presidente da Anahp Francisco Balestrin fala sobre acreditação, verticalização dos planos de saúde e sobre as diferenças e a evolução do modelo de gestão das instituições de saúde brasileiras. Página 4

Abril de 2014 | Edição 428

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OPINIÃO

Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por ImagemAv. Paulista, 491 – 3º andar – CEP 01311-909 – São Paulo – SPTel. (11) 5053-6363 – Fax (11) 5053-6364 – www.spr.org.br

Filiada ao Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem

Departamento de Diagnóstico por Imagem da APM

Dr. Antônio José da Rocha Presidente

Dr. Antônio Soares Souza Vice-Presidente

Dr. Mauro José Brandão da Costa Secretário-Geral

Dr. César Higa Nomura 1º Secretário

Dr. Arilton José dos Santos Carvalhal 2º Secretário

Dr. Rubens Prado Schwartz Tesoureiro-Geral

Dr. Décio Roveda Jr. 1º Tesoureiro

Dra. Eloísa M. de Mello S. Gebrim 2ª Tesoureira

Dr. Renato Adam Mendonça Diretor Científico

Dr. Jaime Ribeiro Barbosa Diretor de Defesa Profissional

Dr. Cyro Padilha Balsimelli Diretor de Patrimônio

Dr. Carlos Homsi Diretor de Assuntos Culturais

Dr. Marcelo de Maria Félix Diretor de Tecnologia da Informação

Dr. Pablo Rydz Pinheiro Santana Presidente do Clube Roentgen

Dr. Marcus Vinicius Nascimento Valentin Presidente do Clube Manoel de Abreu

Dr. Gustavo Kalaf Presidente SPR Jr.

Dr. Ricardo Emile Baaklini Presidente do Conselho Consultivo

CONSELHO CONSULTIVO Dr. Ricardo Emile Baaklini Dr. Tufik Bauab Jr. Dr. Marcelo D’Andrea Rossi Dr. André Scatigno Dr. Adelson André Martins Dr. Renato Adam Mendonça Dr. Celso Hiram de Araújo Freitas Dr. Aldemir Humberto Soares Dr. Nestor de Barros Dr. Jaime Ribeiro Barbosa Dr. Luiz Antônio Nunes de Oliveira Dr. Giovanni Guido Cerri Dr. José Michel Kalaf

Diretores do Jornal da Imagem Dr. Aldemir Humberto Soares Dr. Celso Hiram de A. Freitas Dr. Cássio Ruas de Moraes

Editores da Revista da Imagem Dr. Jacob Szejnfeld Dr. Tufik Bauab Jr.

Edição Priscila Zanolini Figueiredo – Mtb. 32.031-SP [email protected]

Reportagem Carolina Carone – [email protected]

Marketing Mayra Leal – [email protected]

Projeto Gráfico e Editoração Marco Murta – Farol Editora

Impressão Gráfica Regente – Maringá, PR

Diretoria para o biênio 2013/2015

Os artigos assinados são de responsabilidadedos autores e não refletem necessariamente a opinião da SPR.

Cooperação como estratégia fortalece Sociedade Médica

Dr. Antônio Soares Souza, vice-presidente da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (SPR)

com a SPR é grande, mas não sou o único. Fico feliz e realizado em ver o árduo trabalho de muitos companhei-ros. Essa cooperação é uma das razões do crescimento da SPR. Alcançar nossos objetivos com a colaboração não só dos radiologistas do estado de São Paulo, mas de todo o Brasil.

A SPR tem utilizado a colaboração como estratégia para fortalecer outro setor: o relacionamento científico com entidades internacionais de Diagnós-tico por Imagem. O objetivo é o de, principalmente, fortalecê-la cientifi-camente e trazer benefícios para seus sócios e demais radiologistas aqui no Brasil. Foi assim que começamos a realizar a JPR em parceria com di-versas entidades, como Sociedade Francesa de Radiologia e Colégio In-teramericano de Radiologia em 2009, Sociedade Italiana de Radiologia Médica em 2010, Sociedade Chilena de Radiologia em 2011, Sociedade Internacional de Radiologia em 2012 e Federação Mundial de Ultrassono-grafia/Federação Latino Americana de Ultrassonografia em 2013.

Para 2014 as perspectivas são as melhores possíveis: realizaremos a JPR em parceria com a Sociedade de Radiologia e Diagnóstico por Ima-

Em outubro de 2009, no Con-gresso Chileno de Radiologia em Viña del Mar, presenciei a premiação dos melhores trabalhos científicos lá apresentados.Para a minha agradável surpresa, um dos prêmios foi a ins-crição, passagem e estadia para a Jor-nada Paulista de Radiologia de 2010. Esse fato, além de revelar a importân-cia da JPR para o grupo, comprova a excelência da programação científica do evento, resultado de muito traba-lho e competência por parte da SPR.

Há cerca de 30 anos acompanho esse trabalho, participando dos even-tos promovidos pela SPR. O primei-ro convite que recebi para dar aulas foi feito pelo grande amigo José da Luz, no aniversário de 20 anos do Clube Manoel de Abreu, em 1985, em Ourinhos, sendo o Dr. Waldir Maymone o meu parceiro na progra-mação. Não me esqueço dos conse-lhos que recebi dele naquela época em que iniciava minha vida acadê-mica, que continuam a ser úteis até hoje. E muitos deles versavam sobre a busca do conhecimento científico.

Com o passar dos anos, passei a participar de forma mais ativa na co-missão científica e cargos administra-tivos da SPR. Hoje meu compromisso

gem da América do Norte. É pri-meira vez que a RSNA faz um con-gresso desse tipo fora dos Estados Unidos, o que mostra a relevância disso para os radiologistas brasilei-ros e da América do Sul. Tem sido muito gratificante trabalhar em con-junto com as diretorias e comissões científicas de ambas entidades na organização desse evento, que con-tará com um número substancial de professores estrangeiros de grande expressão internacional e renomados professores radiologistas brasileiros. Essa composição promoverá uma

troca de experiências enriquecedora, mostrando ao público o nível de ex-celência que a JPR alcançou.

Além das parcerias focadas na JPR, firmamos parcerias internacionais nos campos da educação continuada em radiologia e diagnóstico por ima-gem, tais quais com a Associação Co-lombiana de Radiologia, a Federação Argentina das Associações de Ra-diologia e Diagnóstico por Imagem e Terapias Radiantes, a Sociedade Argentina de Radiologia, a Socieda-de Peruana de Radiologia, a Socieda-de de Radiologia e Imaginologia do Uruguai, a Sociedade Venezuelana de Radiologia e Diagnóstico por Ima-gem, e recentemente com a Sociedade Espanhola de Radiologia Médica e a Sociedade Portuguesa de Radiologia e Medicina Nuclear. Esse trabalho já está frutificando, e os primeiros frutos são o intercâmbio de professores nos eventos das entidades envolvidas. Por enquanto, essa é só uma parte da his-tória, mas estou seguro de que outras partes, bastante positivas, frutificarão em nosso caminho, beneficiando os radiologistas associados, consagrando os eventos que realizamos, e até con-tribuindo para o melhor atendimento dos nossos pacientes.

Edição 428 – Abril de 2014 | 3

PALAVRA DO PRESIDENTE

Por que a SPR deve mudar?

Dr. Antônio José da Rocha, presidente da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (SPR)

Navigare necesse; vivere non est necesse. (Pompeu, general romano, 106-48 aC.)

Não há desejo quando há apenas rotina e monotonia. De que vale a vida para encerrar-se no seu maras-mo, se não se puder navegar, alme-jar atingir um porto distante?

O poeta valeu-se de muitas pa-lavras para apreciar sua aldeia, mas preferiu vê-la com os olhos da sauda-de a torná-la seu horizonte imutável.

“O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia, Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.”

(Fernando Pessoa – 1888-1935)

A SPR desde seus primórdios foi conduzida com temperança, mas também com ousadia. Outras vezes, ao longo de sua senda fez-se necessá-rio revisitar seus modos, discutir seus meios, para enfim, garantir seus fins. Permaneceu o fio condutor de sua história, o compromisso reiterado com a educação continuada visando à preservação da espécie (radiologis-ta) e de seu pulso (radiologia).

Muitos veem a SPR através dos corredores da JPR. Claro que ambas se confundem, afinal a SPR recons-trói a cada ano nosso maior orgulho e faz renascer nossa posição de melhor vanguarda. Todavia, a SPR não exis-te “apenas” para dar ao Brasil o maior evento da radiologia sul-americana. O desafio de se reinventar conduziu o destino de nossa Sociedade e nos levou ao encontro de muitas parcerias, que calcadas na estabilidade que desfruta-mos nos permitiram avançar, ir adian-te, seguir navegando serenamente.

Disseminar o conhecimento e fomentar a integração na área de radiologia, atendendo tanto o resi-dente quanto o “superespecialista” constitui tarefa árdua, não se pode duvidar. Todavia, a SPR definiu esta como missão precípua, além da motivação para crescer e atrair sem-pre novos associados que, como nós, creem na nobreza do encargo.

Congregamos atualmente cerca de 3.800 sócios adimplentes, vivos, unidos à SPR pela especialidade

comum, radiologia e diagnóstico por imagem. Mas também perfila-dos pelo desejo coletivo de contri-buir e dividir conosco a busca de soluções para os desafios comuns. Nosso maior patrimônio é imaterial, o conhecimento e o desejo de coo-peração entre cada um desses sócios. Em nossas fileiras temos o orgulho de contar com cerca de 1.300 sócios nas categorias residente e SPR Jr., cuja contribuição monetária ainda é modesta comparada ao compromis-so firmado entre nós, o de ensinar e de aprender. Além deles há ou-tros muitos sócios aspirantes e uma maioria de titulares, que já galgaram até o topo da especialidade, mas permaneceram atraídos pelo mesmo compromisso, renovado e atual, de atender às diferentes necessidades do conhecimento e do aprendizado.

As sucessivas diretorias da SPR buscaram a renovação. Navegamos continuamente, sem perder de vista o compromisso da organização minu-ciosa, do respeito mútuo e da trans-parência de propósitos, respeitando sempre os princípios éticos de nossa arte. Buscando o avanço, floresce entre nós a vontade de fazer melhor, mesmo aquilo que já fazemos bem. Temos perseguido nossos sonhos e viabilizado nossas ideias presos às minúcias. É este o horizonte da SPR.

A campanha de criação da SPR Jr.: “o que é bom não precisa acabar. A SPR continua investindo em você”; apenas reiterou aquele velho compro-misso da nossa Sociedade com seu associado que mais precisa dela e, que neste momento da vida, menos pode contribuir. Já em 2010 a SPR con-firmava a importância de estender o período de treinamento do residente, que não era mais de apenas três anos. Investiu mais uma vez no seu patri-mônio, e o sucesso crescente daquela iniciativa confirmou mais uma vez o compromisso com a inovação.

Os desafios são permanentes e precisamos mais uma vez voltar os olhos para dentro. Um novo ciclo já foi planejado ao longo dos últimos anos e está prestes a ser reiniciado. Uma vez mais a JPR será palco de muitas inovações. Entretanto, muitas novidades serão lançadas este ano, no Curso de Atualização em Imagem

da SPR (Prof. Dr. Feres Secaf), no Curso de Radiologia para Residentes e Estagiários da SPR e nos Grupos de Estudos, incluindo o lançamento de novos Cursos Temáticos.

Além disso, uma atenção muito es-pecial tem sido dada ao associado que reside fora da capital paulista. Neste particular, o interior de SP congrega atualmente um número substancial de radiologistas, ativo permanente da radiologia brasileira pela importância conquistada no cenário do mais alto nível científico, acadêmico e também assistencial. Reconhecida como parte nuclear da SPR, a radiologia do inte-rior de SP sempre enfrentou, junto à capital, todas as nossas maiores em-preitadas. Muito se espera do inte-rior de SP e, até por isso, reservamos muitas iniciativas de grande enverga-dura para levar a SPR a todos, não “apenas” no Clube Manoel de Abreu, mas para integrar ainda mais os re-sidentes e todos os radiologistas no bojo das realizações da SPR.

De fato, muitas das realizações da SPR, para não dizer todas, vêm sendo revisitadas. Isso se faz há muito tempo, não é de hoje, mas quis o destino que a atual gestão também pudesse contribuir com o futuro, pelo menos quando este for conhecido pela alcunha de presente. Àqueles que me disserem visionário ou ufanista fica aqui minha respei-tosa indiferença. Aos de boa fé, por outro lado, estendo o convite para que integrem conosco esta nau. Per-seguiremos nossos desafios e cons-truiremos o futuro da SPR.

A SPR não vai mudar para tornar--se outra ou transmutar-se em algo irreconhecível. Não é necessário afas-tar-se de sua essência, apenas deve fazê-lo para prosseguir na vanguarda, reinventar suas formas para cobiçar a perenidade de sua alma, aquilo que nos fez navegar serenamente até aqui. A SPR pode e deve mudar (continuar navegando), para ser sempre a mesma.

Seguiremos com intensa dedi-cação executando nossa tarefa de forma incansável para nos próximos meses trazer as boas novas aos nos-sos associados.

“Navegar é preciso, viver não é preciso.”

Que assim seja!

Os desafios são permanentes e precisamos

mais uma vez voltar os olhos para dentro. Um

novo ciclo já foi planejado ao longo dos últimos

anos e está prestes a ser reiniciado. Uma vez mais a

JPR será palco de muitas inovações. Entretanto,

muitas novidades serão lançadas este ano

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ENTREVISTA

“Faltam profissionais da saúde qualificados”, diz presidente da Anahp

Quais os objetivos da Anahp e quem pode se associar à entidade?

Dr. Francisco Balestrin – A principal vocação da Anahp é o de-bate construtivo, com fundamenta-ção técnica e interesses voltados para a melhoria da qualidade da assis-tência médico-hospitalar brasileira. Podem se associar à Anahp insti-tuições hospitalares privadas, com ou sem fins lucrativos, e os melhores padrões de qualidade na prestação de serviços médico-hospitalares, que atuem no mercado de saúde privado e medicina suplementar e sem vínculo direto com operadoras de planos de saúde. Temos duas ca-tegorias de membros: os associados titulares e os afiliados. Os primeiros devem possuir uma das seguintes acreditações: ONA III (Organiza-ção Nacional de Acreditação), JCI (Joint Commission International), NIAHO (National Integrated Ac-creditation for Healthcare Organi-zations) e Accreditation Canada.

E quem são os membros afiliados?Dr. Francisco Balestrin – São

as instituições hospitalares que ainda não possuem as mesmas condições dos associados titulares, mas que se comprometam a adotar as medidas necessárias para tanto. Nesta condição de afiliados terão o prazo de quatro anos, a partir de sua admissão, para comprovarem sua certificação de qualidade.

Qual o número de associados da Anahp e qual a previsão para o fe-chamento de 2014?

Dr. Francisco Balestrin – A meta é encerrarmos 2014 com 70 hospitais membros. No momento, dos 60 hospitais membros, 53 são

associados e sete afiliados. Entre os afiliados, todos têm potencial para subir de categoria, inclusive, alguns já estão em processo.

Qual a vantagem para o hospital que se associa?

Dr. Francisco Balestrin – Além de ser reconhecida como instituição detentora de excelente padrão de qualidade, preocupada com a quali-dade do atendimento ao paciente, o hospital tem acesso a benchmarking com as instituições de excelência do País, participa de grupos de trabalho compartiham as melhores práticas assistenciais, em gestão, organização do time assistencial, entre outros. Os hospitais membros também têm acesso a serviços exclusivos, como compra conjunta, indicadores e estu-dos de mercado. A Anahp também desempenha importante papel em relação à representatividade política--estratégica, atuando junto ao Con-gresso e ao poder executivo para con-tribuir com a construção de medidas estruturantes para a saúde.

Quais os principais desafios dos hospitais privados hoje?

Dr. Francisco Balestrin – Cer-tamente o modelo de remuneração do setor e a dificuldade de acesso aos recursos para ampliação e mo-dernização de suas estruturas.

Considerando o setor ao qual a Anahp representa, existe escassez de mão de obra?

Dr. Francisco Balestrin – Se-gundo dados do Cadastro Nacio-nal de Estabelecimentos de Saúde (CNES, 2012), existem 490 mil técnicos e auxiliares de enfermagem para 804 mil vínculos, e 158 mil

enfermeiros para 218 mil vínculos. Esses dados indicam que 65% dos profissionais auxiliares e técnicos de enfermagem possuem dupla jornada de trabalho. Entre os enfermeiros esse índice é de 38%. Dados levan-tados entre os membros da Anahp reforçam as dificuldades para o pre-enchimento das vagas, em virtude da falta de profissionais qualificados. A taxa média de reprovação nos proces-sos seletivos chega a 60% e a média de absenteísmo dos candidatos é de 40%. Já em relação aos médicos, é possível observar dificuldade para contratar profissionais em especialidades, como pediatria e anestesiologia, por exem-plo. No entanto, não temos estudos que evidenciam se o número de pro-fissionais é menor do que a demanda.

Como o senhor vê o processo de verticalização pelo qual vem passando o sistema de planos de saúde, que tem investido na cria-ção de rede hospitalar e ambulato-rial própria?

Dr. Francisco Balestrin – A ver-ticalização das operadoras de planos de saúde já é discutida há bastante tempo no setor. O objetivo desse modelo é a contenção de custos das operadoras, mas que nem sempre preza a qualidade do atendimento. Com a expansão da base de beneficiários nos últimos anos, vários planos de saúde passaram a ser comercializados com valores possivel-mente abaixo do mínimo necessário para garantir atendimento adequado e com a cobertura de procedimentos preconizados pela agência reguladora.

O nível de gestão hospitalar pra-ticada no Brasil é compatível com aquele observado nos principais centros mundiais?

Dr. Francisco Balestrin – O modelo de gestão das instituições de saúde brasileira tem evoluído, mas ainda há disparidades. É possível ob-servar hospitais bastante avançados em seus modelos de gestão e outros que precisam evoluir nesse processo. Essa disparidade nos modelos de ges-tão pode ser reflexo da diversidade de porte das instituições hospitalares. No Brasil, a maioria dos hospitais é de pe-queno porte, com média de 70 leitos; ao mesmo tempo, temos instituições com mais de mil leitos. Nos Estados Unidos, por exemplo, a média é de 160 leitos; na Espanha é de 190; e entre as instituições membros da Anahp, a média é de 220 leitos por hospital.

Qual é o peso (ou mesmo o ganho) de uma acreditação para uma ins-tituição hospitalar?

Dr. Francisco Balestrin – A acre-ditação hospitalar tem foco na quali-dade do atendimento e a segurança do paciente. A instituição que adere aos processos de acreditação certamente está mais preparada para atender o paciente, com processos e protocolos bem definidos, prontuário adequado e gestão de risco. A acreditação favo-rece ainda o processo de implantação de modelos de gestão mais evoluídos, como a Governança Corporativa e a Governança Clínica, por exemplo, proporcionando um novo padrão em-presarial para as instituições de saúde.

A acreditação pode ser encarada como apenas um diferencial ou tende a ser um caminho sem volta para aqueles que fazem parte da cadeia de saúde?

Dr. Francisco Balestrin – Este processo sem dúvida é um diferencial, mas também vejo como uma ten-dência do mercado. As instituições de saúde estão percebendo, cada vez mais, a importância das acreditações para a melhoria da qualidade do aten-dimento, além de todas as vantagens do ponto de vista da gestão, conforme citadas na questão anterior.

Francisco Balestrin é presidente do conselho administrativo da Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp). A entidade, criada em maio de 2001, conta com 60 membros. Em setembro do ano passado, a Anahp abriu um escritório em Brasília (DF), com o objetivo de participar ativamente das decisões regulatórias que impactam sobre a rotina de seus associados

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DEFESA PROFISSIONAL

SPR visita a diretoria da APM

através do vice-presidente Dr. Roberto Lotf essas reuniões (al-moço) com a diretoria atual, e já acertamos novas reuniões, para as quais levaremos planilhas de custos e quanto o CH está de-fasado; e também discutiremos a CBHPM, onde a comissão de defesa prof issional da APM jun-tamente com sua diretoria irá auxiliar a SPR nos trabalhos de recomposição do CH junto às operadoras de saúde.

O Presidente da Sociedade Pau-lista de Radiologia e Diagnóstico por imagem (SPR) Dr. Antônio Rocha e eu, enquanto Diretor de Defesa Profissional, estivemos em reunião com a diretoria da As-sociação Paulista de Medicina (APM) por duas vezes recente-mente, sendo a SPR uma sociedade da especialidade da APM.

A finalidade do encontro foi para dar sequência em reuniões que contam com a participação da SPR desde a gestão do Dr. Tufik Bauab; eu mesmo estive presente em vá-rias reuniões na sede da APM, e também na grande Assembleia da Comissão de Honorários da APM/ AMB/Sindicato dos Médicos, re-alizada em 30 de junho de 2011, às 20 horas, na sede da APCD na cidade de São Paulo.

Foi uma assembleia bem con-duzida, que contou com a presença de aproximadamente 600 colegas médicos. Depois da apresentação dos trabalhos, realizada pelo Dr. Florisval Meinão, ficaram no ar duas observações nas negociações para valorar os honorários médi-cos; uma, que deixou de fora da briga na primeira fase as operado-ras Bradesco Saúde e Sul Améri-ca; e a outra, a resposta do presi-dente do sindicato Dr. Cid Jaime Carvalhaes, não foi convincente, dizendo ser aleatória.

Na sequência dos trabalhos, ob-servei que a luta era muito pouca, só pela consulta médica; e ainda houve

Da esquerda para direita: Drs. Marun David Cury (Defesa Profissional APM), Antônio José da Rocha, Jaime Ribeiro Barbosa, Roberto Lotfi Jr. (vice-presidente da APM), Paulo Marioni (secretário geral APM) e João Sobreira Moura (Depto Defesa Profissional APM)

colegas presentes sugerindo deixar o “Sadt” fora das negociações. Em resposta no dia 05 de julho de 2011 encaminhei um ofício de protesto ao presidente da APM, Dr. Jorge Carlos Machado Curi, não aceitan-do essa proposta e ainda indicando o Dr. Alfredo Walback e eu, Dr. Jaime Ribeiro Barbosa, para parti-ciparmos da comissão que negociava com as operadoras e planos de saúde.

Como a APM não se mani-festou, nossa diretoria conseguiu

Dr. Jaime Ribeiro Barbosa, diretor de Defesa Profissional da SPR

A finalidade do encontro foi para dar sequência em reuniões que contam com

a participação da SPR desde a gestão do Dr.

Tufik Bauab

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EVENTOS SPR

Mais professores estrangeiros falam sobre as aulas da JPR’2014Na edição passada iniciamos a série de depoimentos dos professores da RSNA que darão aulas na JPR deste ano. O Jornal da Imagem deu espaço para que cada professor pudesse destacar as suas principais qualificações e importantes aspectos de suas palestras durante a JPR’2014

Dr. George Bisset III

Dr. Bisset é Professor de Radiologia da Baylor Col-lege of Medicine, e Chefe de Radiologia do Hospi-tal Infantil do Texas. Sua

experiência clínica é baseada em radiologia pediátrica. Dr. Bisset é graduado em Ciên-cias pela Tennessee University e médico pela University of South Florida College of Medi-cine. Ele completou a residência em pediatria e fellow em cardiologia pediátrica no Hospital Centro Médico Infantil de Cincinnati, Ohio, com residência em radiologia e fellow em ra-diologia pediátrica na mesma instituição. De-pois de trabalhar por muitos anos na faculdade do Hospital Infantil ele se mudou para a Duke University Medical Center, como Chefe de Radiologia Pediátrica. Por 12 anos foi Vice--Presidente de Operações Clínicas, sendo em seguida Presidente Interino do Departamento de Radiologia por quase dois anos. Dr. Bisset é credenciado em Pediatria e Cardiologia Pedi-átrica pela Câmara Americana de Pediatria e é autor ou coautor de cerca de 200 manuscritos. Seu foco de pesquisa tem sido a imagem trans-versal, com ênfase em ressonância magnética. É membro de diversos conselhos: O Conselho de Administração da Sociedade para Radio-logia Pediátrica, a Câmara Americana de Ra-diologia e do Conselho de Administração da RSNA. É membro do Colégio Americano de Radiologia e sócio honorário nas Sociedades Austríaca e Alemã de Radiologia, a Associação Colombiana de Radiologia, da Sociedade Me-xicana de Radiologia e da Sociedade Europeia de Radiologia. Ele é ex-presidente da Sociedade de Radiologia da América do Norte (RSNA).

Na JPR’2014Dr. Bisset participará de várias aulas e comentou sobre cada uma delas. Sobre Habilidades de Co-municação em Radiologia ele irá discutir os meios mais eficazes para a comunicação, com foco em habilidades de escuta, falando de forma signifi-cativa, e negociação. Também sobre como as ha-

bilidades não verbais e o que não é dito também é importante. A seguir, na aula de Como criar e motivar uma equipe, o foco está no entendimen-to do conceito “equipe” em radiologia, o que é necessário para construir uma grande equipe, e como manter sua equipe motivada para o su-cesso. Erros em Radiologia irá focar os tipos de erros que o radiologista pode cometer, por que os erros acontecem e como podemos melho-rar. A palestra irá ilustrar muitos exemplos de erros comuns que são cometidos em radiologia. Por fim, Casos de emergência pediátrica – Abdo-me será uma sessão interativa baseada em casos que terão a participação do público para avaliar abdominais que são encontrados em emergência pediátrica. Além disso, o Dr. Bisset será o árbi-tro da disputa entre Brasil e Argentina na Copa do Mundo de Radiologia da JPR’2014.

Dr. Richard L. Ehman

Dr. Ehman é professor de Radiologia na Mayo Clinic, atuando também na Mayo Clinic Board of Governors e Mayo Clinic

Board of Trustees. É conhecido por sua contri-buição clínica, em educação, pesquisa e lideran-ça. Seu programa de pesquisa é focado em de-senvolver novas tecnologias em imagem. Detém mais de 40 patentes registradas nos Estados Unidos e em outros países, sendo que muitas das suas invenções são largamente utilizadas na área médica. Suas pesquisas têm sido apoiadas pelo National Cancer Institute, National Ins-titute of Biomedical Imaging and Bioenginee-ring, e do National Institute of Aging. Ganhou a Medalha de Ouro da International Society for Magnetic Resonance in Medicine em 1995 por suas contribuições em pesquisa, e demais títulos em 2000 e 2006. Dr. Ehman foi elei-to para o Instituto de Medicina da Academia Nacional de Ciências em 2010. Ele atuou como presidente da Seção de Estudo de Radiologia e Medicina Nuclear do National Institutes of Health (NIH), como membro do Conselho

Consultivo da National Institute of Biomedical Imaging and Bioengineering do NIH, e como membro do Conselho do NIH. Dr. Ehman atuou como presidente da International So-ciety for Magnetic Resonance in Medicine em 2002-2003. Foi eleito para o Conselho de Ad-ministração da Radiological Society of North America (RSNA) em 2010 e será presidente da RSNA em 2017. Ele atuou como presidente da Academy of Radiology Research em 2012-2014, sendo hoje o presidente da Society for Body Computed Tomography and Magnetic Resonance.

Na JPR’2014“Minha aula sobre medição de gordura no fíga-do, fibrose e ferro vai enfatizar o valor clínico da avaliação destes processos quantitativamente. Além disso, a apresentação vai mostrar como as novas tecnologias como RM elastografia estão fornecendo informações que, anteriormente, não estavam disponíveis por técnicas de imagem não-invasivas” ressalta o Dr. Ehman.

Dr. John A. Carrino

Dr. Carrino é Professor Associado de Radiolo-gia, Cirurgia Ortopédica e Engenharia Biomé-dica na Johns Hopkins

University e Chefe da Seção de Radiologia Musculoesquelética na Russell H. Morgan Department of Radiology and Radiological Science. É membro de conselhos editoriais de numerosas revistas científicas e editor associa-do da Arthritis & Rheumatism, autor de mais de 100 publicações científicas e educacionais nos principais jornais. Seus interesses são em diagnóstico por imagem musculoesquelética utilizando várias modalidades (RM, TC, Ul-trassonografia e pesquisa). Recebeu vários prê-mios e homenagens em reconhecimento à sua liderança no campo, sendo reconhecido como um líder em educação recebendo a George Marina Teaching Award (Harvard Medical

Edição 428 – Abril de 2014 | 7

nervos ciático e femoral. Nos ‘Hot Topics’, falarei sobre o uso de todas as modalidades aplicadas ao trauma da coluna cervical”.

Dr. John Pellerito

Dr. Pellerito é Vice-Pre-sidente do Departamento de Radiologia e Chefe da Divisão de ultrassom, to-mografia computadorizada

e ressonância magnética e Diretor do Peripheral Vascular Laboratory na North Shore University Hospital em Manhasset, New York. Também é Professor Associado de Radiologia da Hofstra North Shore-LIJ School of Medicine e é codi-retor do programa de ultrassom para os estudan-tes de medicina da Universidade. Dr. Pellerito se formou na Universidade de Nova York, antes de receber seu MD do Albany Medical College. Como radiologista atuou em Yale-New Haven Hospital antes de ocupar sua posição atual no North Shore University Hospital. Ele é o coedi-tor do Introduction to Vascular Ultrasonography. Ele é o autor de vários artigos e capítulos de li-vros, e os seus atuais interesses de pesquisa in-cluem o desenvolvimento de novas estratégias de imagem para OB/GYN e doenças cardiovascu-lares. Dr. Pellerito é requisitado como orador na-cional e internacionalmente e, atualmente, detém vários compromissos editoriais incluindo radio-logia, RadioGraphics e Journal of Ultrasound in Medicine. Ele é examinador do American Board of Radiology, atualmente é membro do Board of Governors of the American Institute of Ultra-sound in Medicine (AIUM)) Ele atua em vários comitês para o American College of Radiology e para a Society of Radiologists in Ultrasound.

Na JPR’2014“Estas palestras abordam importantes aspec-tos das aplicações vasculares de ultrassom Do-ppler. Estas aplicações incluem avaliação de

School, Brigham and Women’s Hospital) e Distinguished Faculty Award for Educational Effectiveness do SIR (Society of Interventio-nal Radiology). Dr. Carrino foi nomeado por seus pares como um dos Baltimore’s Top Docs em 2010. Dr. Carrino é um participante ativo em diversas sociedades médicas relacionadas com a imagem musculoesquelética, radiolo-gia intervencionista, ressonância magnética e informática, sendo participante da liderança de várias sociedades científicas e profissionais nacionais e internacionais. No setor privado, o Dr. Carrino é conselheiro e consultor para pequenas e grandes empresas em ciências de imagem e informática de saúde. Antes de sua nomeação na Johns Hopkins University, Dr. Carrino estava em outras instituições líde-res, incluindo a Harvard Medical School e do Jefferson Medical College. Dr. Carrino é formado pela Universidade George Washing-ton, em Washington, DC e possui diploma de Master in Public Health da Harvard Scho-ol of Public Health. Além disso, ele teve o benefício de uma bolsa de estudos militares pelo primeiro centro de tratamento médico da Força Aérea dos Estados Unidos, Wil-ford Salão Medical Center, em San Antonio, Texas, uma empresa de saúde acadêmica den-tro do Departamento de Defesa. Dr. Carrino teve formação em Radiologia no Yale New Haven HospitalQuotation

Na JPR’2014“Minha aula na JPR cobre uma variedade de tópicos em imagem musculoesquelética com foco em trauma e imagem do nervo pe-riférico. Haverá material de reciclagem para radiologia de emergência de lesões do plexo braquial, incluindo as mais recentes técnicas de ressonância magnética. Vou participar de um debate controverso sobre o uso da res-sonância magnética e ultrassonograf ia para imagem do nervo periférico. A discussão ba-seada em casos irá ilustrar técnicas de neuro-graf ia por ressonância magnética avançadas para avaliação de neuropatias pélvicas dos

emergências vasculares, aneurisma da aorta abdominal e avaliação e tratamento de pseudo--aneurisma e fístula arteriovenosa. Os objetivo das palestras incluem a otimização de ultras-som Doppler, identificação de sinais importan-tes de anormalidades de fluxo vascular e trata-mento de emergências vasculares”.

Dra. Caroline Chiles

Dra. Chiles é Professora de Ciências Radiológicas no Departamento de Ra-diologia da Wake Forest University School of Me-

dicine em Winston-Salem, Carolina do Norte. É formada pelo Massachusetts Institute of Te-chnology em Ciências em Engenharia Mecânica e médica pela Duke University School of Medi-cine. Sua residência foi na Divisão de Radiolo-gia Diagnóstica do Stanford University Medical Center em Stanford, Califórnia. Passou pelo departamento de Imagem Torácica do Duke University Medical Center, do qual foi chefe, e instituições como Bowman Gray School of Me-dicine, Winston-Salem na Carolina do Norte, Medical College of Virginia em Richmond, Virginia. Foi autora de vários artigos científicos.

Na JPR’2014“Meu foco para o próximo encontro em São Paulo é o rastreio do câncer de pulmão, que continua a ser significativa causa de mor-talidade no Brasil e nos Estados Unidos. O National Lung Screening Trial demonstrou recentemente que a seleção anual de pacientes de alto risco com uma dose baixa em TC pode reduzir a mortalidade por câncer de pulmão em 20% em relação à triagem com CXR. Vou rever esses resultados e a recente reclassif ica-ção de adenocarcinoma pulmonar, e como se relaciona à TC resultados de sólidos, parte--sólido, e nódulos em vidro fosco”.

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EVENTOS SPR

Introdução à Pesquisa é um dos cursos inéditos da JPR’2014Fruto da parceria entre as organizações, o curso visa despertar o interesse nos jovens radiologistas para a pesquisa em Radiologia

A JPR’2014, que acontece de 1 a 4 de maio no Transamerica Expo Center, conta com a participação direta da Sociedade de Radiologia e Diagnósico po Imagem da América do Norte (RSNA) na sua programa-ção científica. E, pela primeira vez, a JPR trará pra sua grade de aulas um curso já tradicional da RSNA, fruto do convênio entre as associações – o primeiro desse tipo com uma enti-dade da América Latina com a co-laboração ativa das duas instituições para a organização do evento.

O curso de Introdução à Pesqui-sa é coordenado pela Dra. Cláudia Costa Leite, representante da SPR, e pelo Dr. Richard Baron, que atua no curso realizado pela RSNA. Jun-tos, eles construíram uma progra-mação que será realizada nos dias 3 e 4 de maio, na sala I da JPR’2014. “Este é um curso já consagrado da

ver também a experiência brasileira” completa a Dra. Cláudia.

Alguns profissionais brasileiros já se beneficiaram da aprendizagem nesse curso da RSNA. Um dos exem-plos é o Dr. Emerson Gasparetto, que realizou o curso em 2008, logo após concluir a residência. “Foi uma expe-riência excepcional. Estar no come-ço de carreira e poder ouvir dicas de grandes nomes da radiologia foi ótimo e teve um impacto grande e positivo em minha vida profissional” ressalta.

Os tópicos que serão abordados nas aulas irão desde as oportunida-des na área de pesquisa até a forma de escolha de orientadores, temas e desenvolvimento (artigo, deduções de literatura, análise crítica e apre-sentação oral), dentre outros aspec-tos. A programação integral do curso pode ser conferida no site oficial da JPR’2014 www.jpr2014.com.br.

RSNA. Na aliança da SPR com a RSNA neste ano, a ideia de trazer este curso foi criar uma tradição em pesquisa na área de radiologia no Brasil” ressalta Dra. Cláudia Costa Leite. “Quando comparada às ou-tras áreas médicas, a Radiologia tem menos tempo e menos pessoas en-volvidas em pesquisa, principalmen-te clínica” prossegue a coordenado-

ra, reconhecendo que, embora haja muitas universidades no Brasil com pesquisas em Radiologia, muito ainda pode ser solidificado e en-tendido na compreensão do cenário atual. “Tentamos mesclar aulas dos professores norte-americanos com professores de universidades brasi-leiras que têm destaque em pesqui-sa, para que os participantes possam

dicina esportiva podem se beneficiar desse novo enfoque estudado”, diz a Dra. Marilia Marone, responsável pelo curso na JPR’2014.

A densitometria entra na área de atuação do radiologista, de medici-na nuclear, do ginecologista, endo-crio e ortopedista. O médico ligado

apenas à imagem sabe pouco sobre a doença, ou seja, o diagnóstico e sua evolução, o que também será trabalhado no curso. “Optamos por trabalhar com o Hands on para dar a parte teórica e pratica aliadas à dis-cussão de casos, com as indicações complementares para quem deseja ter essa visão global dos pacientes” completa a Dra. Marilia.

As aulas acontecem no dia 1 de maio na sala S da JPR’2014 e terão a presença de professores como os Drs. Sergio Setsuo Maeda e Laura Maria Carvalho de Mendonça, além dos físicos Luiz Fernando Malvestiti e Guilherme Cardenaz de Souza. A programação completa e as inscrições para a aula estão no site da JPR’2014 – www.spr.org.br/pt/jpr/2014.

Dr. Richard Baron Dra. Cláudia Costa Leite

Aula de densitometria traz novo enfoque na JPR’2014Além de detectar a redução da massa óssea de maneira precoce e precisa, o exame de Densitometria pode também auxiliar no diagnóstico de gordura abdominal e perda muscular

O exame de densitometria já pos-sui grande indicação para mulheres acima de 65 anos e homens acima de 70, devido ao seu poder de diag-nosticar e acompanhar a evolução da perda de massa óssea. O procedi-mento também tem tido sua aplica-ção em pediatria, para acompanhar o crescimento da criança e do ado-lescente ao avaliar a massa óssea e a quantidade de massa magra e gordu-ra do paciente, funcionando como um complemento à avaliação clássica da idade óssea dos raios X de mãos e punhos. As vantagens da utiliza-ção desse exame para avaliação são importantes: são rápidos e produzem uma baixa exposição à radiação.

Durante a JPR’2014 acontece o curso de densitometria, já presente

em várias edições passadas do even-to. A novidade neste ano é promo-ver uma abordagem mais especifica e não tão frequente na realização do exame de densitometria, apresentan-do a extensão do diagnóstico ósseo para avaliação global do paciente, a Composição Corporal medida pelo Densitômetro (DEXA). “Neste curso vamos avaliar a composição corporal ou seja, avaliamos a quantidade de músculo e gordura, alem da massa óssea do paciente. Esta é uma aplica-ção mais ampla que pode otimizar a utilização do equipamento para diag-nósticos importantes, como a gordura abdominal para doença cardiovascu-lar que normalmente é realizada por outros exames. Casos de desnutrição, reabilitação muscular e também me-

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EVENTOS SPR

Reuniões dos Grupos de Estudos de março foram proveitosasA realização mensal dos Grupos de Estudos pela SPR se mostra cada vez mais popular entre os assíduos participantes

A Sociedade Paulista de Ra-diologia e Diagnóstico por Ima-gem (SPR) promoveu em março as reuniões dos Grupos de Estudos de mama (Gema), abdome (Gera), musculoesquelético (Germe), neu-rorradiologia (Gene), radiologia cardíaca (Cardio), ultrassonografia (Geus) e pediatria (Geped), regis-trando grande público. A partici-pação nos encontros é sempre gra-tuita, e as reuniões são realizadas às 20h, no Hotel Paulista Plaza ou na sede da SPR (no caso dos grupos de Cardio, Geus e Geped).

Para apresentar seu caso, basta chegar com antecedência e pro-curar os coordenadores de cada grupo, apresentados no site da SPR. Aos associados da SPR, o registro eletrônico da presença será por meio da leitura do código de barras do crachá de sócio. Leve sua carteirinha para as reuniões, agili-zando assim a entrada.

Caso você seja um participan-te e queira ter acesso a todos os benefícios, seja também um sócio da SPR. Mais informações em www.spr.org.br/f ique-socio.

Gera

Cardio

Gene

Geus

Germe

Gema

Geped

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EVENTOS SPR

Veja as fotos da primeira reunião do Clube Roentgen em 2014Hospital das Clínicas realizou a mini-CCRP, que estará a cargo do Hospital A.C. Camargo na próxima edição

No mês em que completou 48 anos de realização, o tradi-cional Clube Roentgen retor-nou à sua programação no dia 12 de março, com a aula do Dr. Rubens Chojniak sobre Métodos de Imagem na Detec-ção Precoce do Câncer. A apre-sentação de casos foi debatida com os casos oferecidos pelos residentes do HC-FMUSP, com coordenação do Dr. André Scatigno Neto.

A próxima reunião será realizada no dia 9 de abril, às 20h30 no Hotel Paulista Plaza, com a aula da Dra.

Denise Tokechi do Amaral sobre RM nas Artropatias Soronegativas e Microcrista-linas. Os casos estão a cargo da equipe de residentes do Hospital A.C. Camargo, co-ordenados pelo Dr. Rubens Chojniak.

A entrada é gratuita e quem não estiver na capital paulis-ta pode acompanhar a trans-missão feita em parceria com a Pixeon, via internet. Veja as configurações necessárias para acompanhar a transmis-são no site da SPR – www.spr.org.br/cursos-via-web/.

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Confira as primeiras aulas do Curso de Radiologia 2014Curso reiniciou sua programação no final de fevereiro e tem como destaque professores renomados, com registro de grande número de residentes

O Curso de Radiologia para Residen-tes e Especializandos da SPR acontece todas as quartas-feiras (exceto na segunda semana, data em que se realiza o Clube Roentgen), no Hotel Paulista Plaza (Al. Santos, nº 85), em São Paulo. A partici-pação no evento ocorre mediante inscri-ção junto à SPR no início do ano, sendo exigida a frequência mínima de 75% para a concessão de certificado. A programação científica do encontro é composta de aulas expositivas que abrangem todas as áreas e tecnologias do Diagnóstico por Imagem.

Em 2014 as aulas do curso, que já conta com cerca de 250 participantes, começa-ram a partir do dia 19 de fevereiro, tendo como tema inicial Abdome. Em fevereiro,

os alunos tiveram aulas sobre Radiologia do Esôfago, Estômago e Dueodeno, com o Dr. Osvaldo de Domenicis Jr. e também Ra-diologia do Intestino Delgado, Grosso e Reto com a Dra. Renata Ogawa.

Após breve pausa no Carnaval, as aulas prosseguiram com os temas Trau-ma Abdominal, ministrada pelo Dr. Pu-blio Cesar Cavalcante Viana, e Doenças Inflamatórias do Abdome Inferior, aula dada pelo Dr. Fabio Lewin.

Ainda é possível efetuar sua inscrição para o curso. Não perca tempo: as vagas são limitadas! Para se inscrever, acesse o site da entidade – www.spr.org.br/curso--de-radiologia. Confira as fotos e a agen-da das próximas aulas.

EVENTOS SPR

Data Tema da Aula Professor

02/04 Abdome Agudo não Inflamatório (Vascular, Obstrutivo, Perfurativo)

Dr. Daniel Lahan Martins

16/04 Pancreatite Dr. Hilton Muniz Leão Filho

23/04 Neoplasias Pancreáticas Dr. Rodrigo Vaz de Lima

30/04 Não haverá aula em função da 44ª Jornada Paulista Radiologia, que ocorre de 1 a 4 de maio

Edição de 2014 já conta com cerca de 250 participantes

Transmissões web são acessadas por médicos de outras localidades

Algumas reuniões dos Grupos de Estudos e o Clube Roentgen são trans-mitidas via web, através da parceria entre a Pixeon e a Sociedade Paulista de Radiologia (SPR) com o objetivo de estender suas fronteiras de ensino.

As reuniões deste ano têm registrado um bom número de participações on-line e até mesmo grupos de estudos remotos – como foi o caso do Grupo de Estudos de Tórax do qual a residência da USP de Ribeirão Preto participou ativamente ao acompanhar a discussão dos casos do Dr. Marcel Koniger.

Confira abaixo a tabela com os dias de transmissão e os links de acesso para participar das reuniões. Todas as infor-mações sobre configuração e resolução de problemas são encontradas no ende-reço www.spr.org.br/cursos-via-web/.

EVENTOS SPR

Certificado do Germe 2014 já está disponível para downloadOs participantes da quarta edição do Curso Temático do Grupo de Estudos de Radiologia Mus-

culoesquelética da SPR (Germe 2014), realizado nos dias 22 e 23 de fevereiro de 2014, já podem retirar os seus certificados no site da SPR, ao inserir seu CPF no link www.certificados.spronline.com.br/default.aspx?cod=F/LPvGRDMzqeT+b0qdU92A==.

09/abr Clube Roentgen * Hospital A.C. CamargoPresidente: Dr. Pablo Rydz Pinheiro Santana

https://attendee.gotowebinar.com/register/8660720406825726210

10/abr GENECoordenador: Dr. Antônio José da Rocha

https://attendee.gotowebinar.com/register/1266212239939174914

15/abr GEUSCoordenadores: Drs. Sergio Kobayashi, Sandra Tochetto e Fernando Linhares Pereira

https://attendee.gotowebinar.com/register/8874498452614289666

22/abr GEPEDCoordenadores: Drs. Antônio Soares Souza, Henrique Manoel Lederman e Luiz Antônio Nunes de Oliveira

https://attendee.gotowebinar.com/register/6111192635548151298

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Primeiro encontro do CMA em 2014 reuniu mais de 200 pessoasRealizado na cidade de Marília no final de março, o evento atraiu médicos e residentes para as aulas e discussão de casos

A primeira reunião do Clube Manoel de Abreu deste ano foi rea-lizada de 28 a 30 de março em Ma-rília, interior de São Paulo. As salas de Ultrassom e Neurorradiologia, assim como a de BI-RADSTM, esti-veram repletas nos dois períodos do sábado, nas instalações do Sun Val-ley Park Hotel, sendo na opinião dos organizadores um grande sucesso.

A programação social teve mo-mentos de muita descontração, com o happy hour de boas vindas, truco-chope e futechope, além do jantar de confraternização. O anfitrião, Dr. Ri-cardo Emile Baaklini, se disse muito satisfeito com a participação dos mé-dicos neste primeiro encontro do ano.

O presidente do CMA, Dr. Marcus Vinicius Valentin, ressal-tou a assiduidade dos participan-tes e a qualidade das aulas como destaques da edição. “Nosso agra-decimento aos Drs. Antonio José da Rocha, Lázaro Luiz Faria do Amaral, Sérgio Kobayashi, Gusta-vo Novelino Simão, Marco Anto-nio Costenaro, Tatiana Tucunduva e Leandro Accardo de Matos que

ministraram ótimas aulas, extre-mamente ricas e proveitosas”.

Como primeira reunião do ano, as discussões de casos tiveram como destaque a consolidação do forma-to do “Caso residente”, instituído

na gestão atual. Cerca de 10 casos foram apresentados – número ideal para apresentação no tempo esti-pulado pela Diretoria. Em segui-da o Dr. Marcus Vinicius, junto de outros professores, elegeram os

casos que mais se destacaram após a discussão e realizaram a premia-ção dos vencedores durante o al-moço de encerramento no domin-go (conheça os vencedores na tabe-la acima). Para saber sobre as pró-

EMPRESAS PARCEIRAS

Confira os contatos destas empresas na página 30 desta edição

EVENTOS SPR

Aulas de Utrassom, BI-RADSTM e Neuro fizeram parte da programação

Drs. Luiz Labadessa, Mauro Brandão, Marcus Vinicius Valentin, Ricardo Baaklini, Cesar Nomura, Antônio Rocha e Antônio SoaresJantar de Confraternização teve acompanhamento de emissora de TV local

Edição 428 – Abril de 2014 | 17

ximas reuniões do Clube Manoel de Abreu e participar, veja a página da programação www.spr.org.br/clube-manoel-de-abreu/programa-cao. Mais fotos na página da SPR no Facebook www.facebook.com/sociedadepaulistaderadiologia.

CASOS PREMIADOS

Colocação Prêmio Ganhador Cidade/Estado Caso

1 Alko do Brasil Márcio Leandro Nomura Tangará da Serra – MT Acidúria Glutárica

2 Konimagem Bruna Dutra São Paulo – SP Paraganglioma Jugular

3 Mallinckrodt Vitor de Masseli Botucatu – SP Divertículo de Meckel

4 Sul Imagem Ricardo Daher São Paulo – SP Dengue Hemorrágica

Caso residente Pixeon César Alves São Paulo – SP Condrossarcoma Petro Occiptal

1º lugar: Dr. Márcio Leandro Nomura

Fundadores do Trucochope

2º lugar: Dra. Bruna Dutra 3º lugar: Vitor de Masseli 4º lugar: Ricardo Daher

Vencedor do caso residente: Dr. César Alves

Campos do Jordão será a próxima cidade do CMACom o tema “Medicina Esportiva” a reunião do CMA acontece de 30 de maio a 1 de

junho em Campos do Jordão, São Paulo. O Hotel Serra da Estrela (Rua Mário Otoni Re-zende, 160 - Vila Capivari) foi reservado exclusivamente para o evento. Reservas com a Levita Tur (www.levitatur.com.br; [email protected]). Para a programação geral consulte www.spr.org.br/clube-manoel-de-abreu/programacao.

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O Conselho Assessor do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnós-tico por Imagem, formado pela Di-retoria do CBR e por suas Regionais, emitiu no último mês de março uma carta oficial que busca encorajar os médicos radiologistas a buscar a va-lorização do seu trabalho.

A carta elencou uma série de con-dutas de proteção às atividades e atu-ação dos radiologistas, como a orien-tação de usuários da saúde suple-mentar a enviar denúncias à Agência Nacional de Saúde Suplementar sobre dificuldades ou ausência de

atendimento; denúncia à ausência de reajustes, reduções de valores, glosas abusivas e quaisquer outras condi-ções indignas de trabalho; defesa de reajuste dos honorários médicos na mesma proporção dos reajustes pra-ticados nos valores dos exames.

Além disso, a publicação pede a participação dos médicos em Co-missões Estaduais de Honorários Médicos e incentiva a realização de assembleias dos médicos via sindi-catos e abertura de negociações com as operadoras de saúde em busca da união da classe médica.

A orientação também é para que os médicos busquem o apoio do Mi-nistério Público e de órgãos de defe-sa do consumidor às ações do movi-mento médico e ajudem na propaga-ção dos exemplos de união e avanços para os médicos radiologistas, como nos casos de Pernambuco e Bahia, respeitadas as peculiaridades locais; Pede, ainda, a atenção dos médicos para acompanhar e apoiar o movi-mento liderado pelas entidades mé-dicas nacionais, cujo compromisso mais próximo são manifestações no Dia Mundial da Saúde, 7 de abril,

por melhorias na saúde pública e no sistema suplementar.

Orientações como a defesa da va-lorização do Título de Especialista e a interação marcante com o CBR e suas sociedades regionais também estão na carta, que pede ainda aos médicos que divulguem e expliquem aos pacien-tes o papel dos radiologistas e como estes são remunerados e tratados pelos gestores e operadoras, na esperança de que a reação da classe médica seja capaz de esclarecer e reverter as difi-culdades enfrentadas pelos radiologis-tas em atuação no País. (CBR)

Em sessão turbulenta na Câ-mara no f inal de março, durante a Comissão de Fiscalização Finan-ceira e Controle, o atual Minis-tro da Saúde Arthur Chioro falou sobre o programa Mais Médicos e também a respeito das contra-tações de médicos cubanos para atuar no País. Chioro ainda elo-giou o Mais Médicos e lembrou que a política foi adotada para suprir a falta de profissionais e serviços de saúde no Brasil.  Ele foi o primeiro a ser ouvido desde que os parlamentares decidiram convidar autoridades do gover-no para prestar esclarecimentos sobre suas pastas.

Chioro descartou qualquer per-seguição aos profissionais cuba-nos e disse que os eles sabiam de todos os detalhes da contratação, sendo assim livres para decidir a respeito de sua participação. O ministro reconheceu que há pro-blemas no atendimento médico no Brasil e garantiu que o gover-no programou investimentos em postos de saúde e equipamentos para serem feitos ao longo dos próximos anos. Segundo Chioro, também está prevista a abertura de 12 mil vagas nas faculdades

de medicina do País até 2018. Para ele, todos os formandos no curso deveriam fazer um ano de residência em medicina da família antes de escolher a especialização.

Alguns dos críticos do Mais Mé-dicos, como os parlamentares do DEM, questionaram os contratos firmados com o governo cubano. O líder do DEM, Mendonça Filho

(PE), disse que 80% dos 6,6 mil médicos recrutados pelo programa são cubanos “e recebem menos de 25% dos R$ 10 mil pagos como salário aos outros integrantes”. O deputado Ronaldo Caiado (DEM--GO), que é médico, criticou as contratações feitas por intermédio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), ao que o minis-

tro explicou que a única diferença no contrato assinado pelos médicos da França, do Chile e da Itália é que o acordo é individual. Caiado disse que irá esperar o resultado da análise do Ministério Público do Trabalho para adotar outras pro-vidências em relação ao programa, mas não antecipou que estratégias poderá adotar. (AE)

CBR emite carta aos radiologistaspara a valorização do trabalho

Ministro da Saúde fala sobre aparticipação cubana no Mais Médicos

POLÍTICAS EM SAÚDE

Meta do Mais Médicos não deve ser alcançadaO governo federal prometeu

no lançamento do programa Mais Médicos ter 600 mil mé-dicos em atuação no Brasil até 2026, mas ao que parece a meta dificilmente será atingida. Atu-almente há 390,5 mil profissio-nais com registro nos conselhos regionais de medicina, como di-vulgado no lançamento do pro-grama federal, no ano passado. O Brasil tem 1,8 médico por mil habitantes, e uma das frentes do programa é a abertura das 12 mil vagas de graduação até 2018. Porém, ainda assim, haveria um

déficit de 56,3 mil profissionais. Segundo o Instituto Nacional

de Estudos e Pesquisas Educa-cionais Anísio Teixeira (Inep), com base no Censo  Universitá-rio 2012, o número de profissio-nais que se formam em medicina é de, aproximadamente, 16 mil por ano. No entanto, de acordo com o estudo Demografia Mé-dica, do Conselho Federal de Medicina (CFM), cerca de 8 mil deixam a atividade anualmente, seja por aposentadoria ou por ou-tros motivos. Dessa forma, cerca de 8 mil novos profissionais in-

gressam no  mercado  por ano. Ou seja, até 2026, serão 96 mil médicos. Levando-se em consideração que, a partir de 2022, estarão formados aque-les que iniciaram o  curso  nas vagas abertas até 2017, have-rá mais 57,2 mil profissionais. Somando esses números com os 390,5 mil médicos que tra-balham atualmente, chega-se a 543,7 mil — um déficit de 56,3 mil abaixo da promessa do governo federal, que deseja atingir a meta de 2,7 profis-sionais para mil habitantes.

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Unidade iniciou sua produção em 2010 a partir de uma parceria público-privada com o hospital Sírio-Libanês. Atualmente a produção do radiofármaco [18F]FDG, único permitido pela Anvisa, atende às necessidades do complexo do Hospital das Clínicas e a de outros parceiros. A batalha agora é pela liberação de novos compostos já aprovados na Europa e Estados Unidos

Atualmente, o Brasil dispõe de 11 cíclotrons espalhados pelas regiões do País, e outros dois (São José do Rio Preto e Fortaleza) estão prestes a entrar em operação. Entre os que já se encontram em plena atividade, cumprindo o importante papel na produção de radiofármacos, um está dentro do complexo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC--FMUSP) e é coordenado pelo Dr. Carlos Alberto Buchpiguel, diretor do Serviço de Medicina Nuclear e Imagem Molecular do Instituto de Radiologia (InRad).

O projeto, idealizado em 2008 e iniciado no ano seguinte, trata-se de uma parceria público-privada (PPP) entre a Secretaria de Estado da Saúde e o Hospital Sírio-Libanês. Este úl-timo ficou responsável pela oferta de todos os equipamentos, cabendo ao governo paulista, por meio do HC e da FMUSP, a responsabilidade pela infraestrutura, treinamento de pes-soal e logística. Em contrapartida, o hospital é um dos que têm direito à produção todos os dias da semana. “Em 2009 o projeto ficou realmen-te pronto e começamos a construção do cíclotron, que se deu em tempo recorde. Foi algo louvável, conside-rando que não tínhamos know-how e por se tratar de uma área de altíssima tecnologia. Além disso, a fabricação de radiofármacos era um monopó-lio absoluto da Comissão Nacional de Energia Nuclear. Mas, vencemos todos os desafios e, em 2010, está-vamos pronto para produzir”, afirma Dr. Buchpiguel. O próximo passo, adianta, será a abertura de uma esco-la para formar e treinar profissionais que desejam trabalhar com essa tec-nologia, programada para este ano.

Grosso modo, cíclotron é um ace-lerador de partículas nucleares su-

O QUE VEM POR AÍ

Projeto Cíclotron da FMUSP prepara-se para formar profissionais

batômicas usado na produção de ra-dioisótopos (substâncias radioativas emissoras de pósitrons, um tipo es-pecial de elétron com carga positiva), que são empregados na sintetização dos chamados radiofármacos. Estes radiofármacos são essenciais quando injetados no paciente para a obten-ção de imagens funcionais capturadas com o uso do Tomógrafo por Emissão de Pósitrons (PET). Dentro desta ver-dadeira unidade fabril, é possível tor-nar radioativos elementos como o car-bono, oxigênio, nitrogênio, mas, pelo menos no Brasil, a principal estrela é o flúor, que é manipulado para dar ori-gem ao Flúor-18 e, consequentemente ao fluordesoxiglicose, mais conhecido simplesmente pela sigla, [18F]FDG. Este insumo é o único liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sani-tária para uso clínico no País, sendo usado rotineiramente para diferentes neuroplasias, doenças neuropsiquiá-tricas e algumas cardíacas. Uma de suas aplicações é na investigação dos quadros demenciais, como no diag-nóstico da doença de Alzheimer.

“Direcionamos nossa produção de radiofármacos para o fluordeso-xiglicose, porque é a Anvisa que re-gula toda a produção e ela restringe a liberdade comercial de outros pro-dutos que já tiveram comprovação de eficácia e já são feitos em outros países da Europa e nos Estados Uni-dos”, justifica Buchpiguel. Segundo ele, o excedente é repassado para outras instituições parceiras, o que assegura a viabilidade econômica da unidade do HC. Mas ali dentro, já se encontram em desenvolvimen-to outros tipos de compostos, mas todas estas iniciativas devem ser autossustentáveis operacionalmente, não dependendo de dinheiro públi-co e sim de financiamentos oriundos de agências de fomento de pesquisa.

Como se tratam de substâncias radioativas, consegue-se traçar para onde elas estão indo e se acumulando no organismo e, a partir deste princí-pio de concentração fisiológica e mo-lecular, é possível registrar situações, normais ou anormais, do funciona-mento da célula. “A imagem molecu-lar se utiliza de sondas bioquímicas e farmacológicas para determinar o funcionamento das células in vivo. As doenças se caracterizam por al-terações celulares que estão baseadas no funcionamento de suas moléculas, e são perceptíveis antes que alterações estruturais e anatômicas estejam pre-sentes. À medida que se detecta estas alterações moleculares e com o em-prego da droga específica, evita-se que a doença se desenvolva”, afirma.

Mas outras novidades estão a ca-minho. A [18F]Fluorcolina foi usada inicialmente como teste em pacientes com tumor de próstata do Instituto de Ciências e Tecnologia de Medici-na Molecular da Universidade Fede-ral de Minas Gerais (UFMG). Essa substância é absorvida pela área afe-tada, permitindo assim a sua iden-tificação e visualização, inclusive de recidivas. “Este é mais um que lá fora já foi aprovado para uso clínico, mas que no Brasil a Anvisa ainda exige protocolos clínicos (trial clinicals)

para demonstrar seus benefícios e segurança”, lembra Dr. Buchpiguel.

Outro elemento radioativo é o gálio-68 marcado com um derivado de receptor de somatostatina (SMSR), que regula o crescimento e bloqueia o crescimento tumoral. “O gálio-68 marcado com dotatoc ou dotatate, que é um análogo da somatostatina, permite detectar precocemente tumo-res neuroendócrinos”, explica. Ainda existem outros radiofármacos, como os análogos da tirosina, que é concen-trado nos tumores cerebrais e permite sua detecção, e metionina, também para estudos cerebrais e que é o único produzido com carbono-14 no Brasil.

“Estamos tentando trabalhar junto à Anvisa no sentido de mos-trar que o processo de produção dos radiofármacos é muito diferente ao de uma indústria farmacêutica. No nosso caso, alguns processos necessi-tam de uma maior flexibilidade, caso contrário restringe muito pelos custos impostos e pela dimensão de distri-buição e comercialização que é muito inferior à da indústria farmacêutica. E, se os processos forem muito res-tritivos, acabam limitando muito os investimentos nesta área”, explica Dr. Buchpiguel. Nesta batalha, mais uma vez o olhar está voltado para a Europa e Estados Unidos. Algumas visitas estratégicas vêm sendo feitas a estes países buscando modelos que possam ser implementados no Brasil. “A dimensão de utilização do méto-do é gigantesca, não só em oncologia como em outras áreas. O grande fator restritivo ainda é a questão regula-tória. Com isso acaba-se impondo muitos custos e controles, que devem existir na minha opinião, mas dentro de uma forma equilibrada para per-mitir ao mesmo tempo o desenvol-vimento desta área no País”, finaliza. (Por: Oldair de Oliveira)

Dr. Carlos Alberto Buchpiguel

Edição 428 – Abril de 2014 | 21

Credenciada no final dos anos 1990, a residência em Radiologia da Beneficência Portuguesa, cuja formação se dá dentro da Med Imagem, tem se revelado um caminho seguro para jovens que desejam abraçar a especialidade. Ali, mais de 90% dos profissionais trabalham integralmente na instituição

Foi dentro da Beneficência Por-tuguesa de São Paulo, maior uni-dade hospitalar da América Latina, que nasceu, em 1979, a Med Ima-gem. A iniciativa foi capitaneada pelo Dr. Sérgio Santos Lima – gra-duado pela Universidade Federal do Paraná (1965) com pós-graduação na Thomas Jefferson University – e, na ocasião, começou modestamente. Incorporado pela própria Benefi-cência Portuguesa, que lhe assegu-rou uma base sólida para o seu cres-cimento, tornou-se, tempos depois, um dos principais centros de diag-nósticos por imagem do Brasil. E o coroamento veio no final da década de 1990, quando o programa de re-sidência em Radiologia e Diagnós-tico por Imagem da instituição con-quistou o credenciamento do Minis-tério da Educação (MEC), sendo a formação destes novos especialistas realizada dentro da Med Imagem.

Hoje o centro é responsável pelos serviços de Diagnóstico por Imagem dos três hospitais que integram o grupo Beneficência Portuguesa: São Joaquim (mais conhecido simplesmente como Be-neficência Portuguesa), São José e Santo Antônio, sendo que este último atende exclusivamente pa-cientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Além deles, cuidam da de-manda do Santa Catarina, Nossa Senhora do Rosário, Santa Cecília e Paulo Sacramento (de Jundiaí). “A residência médica fica fixa basica-mente na Beneficência Portugue-sa e São José, com todas as áreas: neurorradiologia, cabeça e pescoço, músculo, corpo, tórax, a parte de intervenção, densitometria óssea, imagem da mulher, mamografia, ressonância de mama. Além disso, dispomos de todos os aparelhos possíveis e oferecemos aprendizado com alguns dos profissionais mais respeitados do mercado”, enfatiza o

RESIDÊNCIA EM FOCO

Proximidade entre professor e residente é destaque da Med Imagem

Dr. Douglas Jorge Racy, que che-gou à Med Imagem em 1994 e hoje é seu Diretor Científico.

Atualmente, são oferecidas quatro bolsas para o programa, sendo a seleção feita pela prova anual realizada pelo Sistema Único de Saúde do Estado de São Paulo (SUS-SP). Mas o número de profissionais formados dentro da Med Imagem é bem maior, chegando próximo de cem a cada ano, considerando também os que fazem o curso de aperfeiçoamento (com reconhecimento do Colégio Brasileiro de Radiologia – CBR), fellowship e visiting fellows, que são os profissionais que visitam o cen-tro por apenas uma semana.

Na caminhada do residente da Med Imagem rumo à especializa-ção, no primeiro ano toma-se co-nhecimento com a radiologia geral,

ultrassonografia, exames contras-tados e mamografia. O R2 auxilia o R1 nos contrastados e aprofunda seu conhecimento em ultrassono-grafia. E, por fim, no último ano, o R3 auxilia os R2 em ultrassom e se dedica ao aprendizado de tomogra-fia e ressonância magnética. Quanto ao processo de laudar, é todo super-visionado (pré-laudo, na verdade), cabendo a palavra final ao pessoal do staff. “A vantagem da residência na Med Imagem é que mais de 90% do nosso quadro de profissionais só trabalha aqui, ficando integral-mente. O residente tem o privilégio de ter todo nosso corpo clínico ao longo de todo o dia, seja de manhã, tarde ou noite. Nossos alunos têm aprendizado via aula, discussão de caso, participam ativamente, fazem exames e são muito bem assistidos”, ressalta Dr. Racy.

O programa oferece aulas diárias pela manhã nas diferentes especia-lidades, que são ministradas pelos professores da instituição, além de discussão de casos e reuniões clí-nicas com profissionais de outras especialidades, como oncologistas,

hepatologistas e hematologistas. Em busca de aproximar os futuros radiologistas com as demais áreas, todos os residentes de cardiologia, cirurgia, radioterapia e oncologia passam um mês no departamento aprendendo e dividindo experiên-cias. Reuniões diárias como a de oncologia, que, normalmente, têm as presenças dos Drs. Antonio Bu-zaib e Fernando Maluf, são uma oportunidade para a discussão de casos e aquisição de conhecimen-to. Há também uma parceria com a Ultra X, empresa de São José do Rio Preto (SP), em que os futuros radiologistas ficam por lá durante um mês para fazer um aprofunda-mento em pediatria radiológica. Mas essa é uma atividade opcional, ficando a oportunidade aberta ape-nas àqueles que desejarem.

Como outras residências exis-tentes na cidade de São Paulo, o perfil dos alunos que passam pela Med Imagem é bastante heterogê-neo, sendo formado por profissio-nais de diversos Estados da fede-ração e instituições. Um deles é o R3 Rafael Ruiz Machado, nascido em Cruzeiro (SP) e graduado em Medicina em 2007 pela Universi-dade do Vale do Sapucaí (Univás), de Pouso Alegre (MG). Antes de escolher a Radiologia, fez cirur-gia geral em Campinas (SP), mas acabou optando pela mudança de área. “Minha passagem pela Med Imagem não se trata de uma com-plementação, mas de uma nova e definitiva escolha, uma vez que mudei os meus planos profissionais. E esta é uma instituição conheci-da no Brasil inteiro e a Radiologia praticada pelos profissionais daqui exerce grande atração naqueles que, como eu, almejam abraçar a espe-cialidade”, assinala o jovem médi-co, com a firme certeza de quem fez a melhor das escolhas.

Dr. Douglas Jorge Racy, diretor científico da Med Imagem

"A vantagem da residência na Med Imagem é que mais de 90% do nosso quadro de profissionais só trabalha aqui, ficando integralmente. O residente tem o privilégio de ter todo nosso corpo clínico ao longo de todo o dia, seja de manhã, tarde ou noite. Nossos alunos têm aprendizado via aula, discussão de caso, participam ativamente, fazem exames e são muito bem assistidos"

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PERFILPERFIL

Um fotógrafo que se revelou radiologista

Foi em 1960 que o Dr. Paulo Wiermann decidiu seguir os passos de outros amigos e partir para o Rio de Janeiro para cursar Medicina na Universidade do Brasil (hoje Uni-versidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ), na Praia Vermelha. Nasci-do em São José do Rio Preto (1941) e filho de fotógrafo (com quem tra-balhou desde os 12 anos), o jovem se sentiu em casa ao chegar a então capital federal, e descobrir outros 50 estudantes rio-pretenses na mesma instituição. O primeiro sinal da ca-maradagem foi dado pelo conterrâ-neo José de Seixas, que, já graduado e de volta à sua cidade, permitiu que o calouro ficasse no apartamento alugado que ocupara até então.

Desde cedo aprendeu a se virar na condição de estudante. Sem pu-dores, passou a revender para os co-legas capinhas de alguns aparelhos, como estetoscópio, que buscava em um distante bairro do subúrbio carioca. Tempos depois conseguiu uma espécie de estágio no Hospital Getúlio Vargas, que era o designa-do para os feridos em confrontos com a Polícia oriundos da Baixa-da Fluminense. “Ali tinha muita cirurgia para fazer. Mas era bom porque treinávamos bem”, relem-bra o radiologista. E assim, com o seu esforço próprio, no quarto ano de curso já não dependia mais das economias enviadas pela família para o seu sustento.

Terminado o curso, em 1966, quis voltar para sua cidade natal e fazer o que era comum naquela época ao médico recém-formado, que se ocupava com um pouco de

Paulo Wiermann é um radiologista à antiga, graduado na ex-Universidade do Brasil (atual UFRJ) e feito especialista dentro da Universidade de São Paulo. Para ele, que saiu de São José do Rio Preto para fixar em São Caetano do Sul, o médico precisar sair do seu “mundinho” e conversar mais com o paciente para buscar entendê-lo. “Não podemos esquecer o nosso lado humano”, aconselha.

tudo, desde pequenas cirurgias e parto à pediatria. Lendo as re-vistas publicadas pela equipe do Hospital das Clínicas da Facul-dade de Medicina da Universida-de de São Paulo (HC-FMUSP) decidiu-se finalmente por fazer residência em cirurgia nesta ins-tituição. Já dentro da FMUSP, decepcionou-se com a escolha da especialidade e repensou sua vida profissional tendo em vista a oftal-mologia, dermatologia e radiolo-gia. Optou pela última, sendo in-fluenciado pelas aulas do professor Cézar Albertotti. Na verdade, não só por isso, como confessa depois de quase 50 anos da decisão toma-da. Ele queria mesmo era manter certa distância dos pacientes.

“Eu fui fazer radiologia para não ter contato com o paciente. Mas quando passei a fazer ultras-som comecei a gostar de conversar com eles. Isso explica porque o meu exame demora. Enquanto o pessoal faz 30 eu faço 15”, afirma. Este zelo no trato com aqueles que o procu-ravam lhe asseguraram o respeito e a fidelidade de uma clientela que o acompanha há décadas e que só faz crescer. “Não podemos esquecer o nosso lado humano. Alguns ficam fechados no seu mundinho e se es-quecem de ouvir o paciente. Como diria meu amigo Zé da Luz (Ouri-nhos), se o médico quer o diagnós-tico, que pergunte ao seu paciente que ele dará”, ressalta.

Na década de 1960 a radiologia não parecia a melhor das escolhas. Afinal, naquele tempo, este pro-fissional era mal visto e despresti-

que, além de Wiermann e Krau-se Júnior, tinha ainda Cavalcanti, Albertotti e Luiz Karpovas. Assim foi comprado um aparelho de raios X e dado início o negócio.

Ainda que modesto, tratava-se de um sonho antigo, confidenciado anos antes para o Dr. Feres Secaf, quando trabalhavam no Hospital Sírio-Libanês. Naquele período, Wiermann deu muitas vezes caro-na para o respeitado radiologista, a quem sempre admirou. Em uma delas foi direto ao ponto: “profes-sor, adoro trabalhar com o senhor, mas quero e ainda vou ter a minha clínica própria”. O projeto – inicia-do em 1973 e que em 1979 adqui-riu seu primeiro ultrassom – atende hoje pelo nome de WM Diagnós-tico por Imagem, com clínicas em São Caetano e Santo André. Ao todo, congrega mais de 100 fun-cionários e dispõe de um parque tecnológico com quatro aparelhos de ressonância magnética, um de tomografia, 12 de ultrassonogra-fia, dois de densitometria e três de raios X, entre outros.

Dr. Paulo Wiermann não escon-de a sensação de dever cumprido. “Eu me dei bem com a radiologia, mesmo com todos os contras que encaramos o tempo todo”, revela. Para ele, é preciso muita paciência e obstinação para ser um empreen-dedor no nosso país. No entanto, o médico tem sabido vencer tais obstáculos, mesmo dizendo não ter tino de administrador e apreço pela parte burocrática. Essa parte “chata” do negócio hoje fica com seu filho, Rafael (ele tem outras duas filhas, nenhuma médica). Seu negócio é outro. “O saudoso Dr. Feres Secaf costumava dizer que o radiologista era o fotógrafo de inte-riores. Sendo assim, passei de fotó-grafo de exterior para interior, mas não deixei de ser fotógrafo”, brinca Dr. Wiermann, olhando para trás e vendo onde chegou e o que cons-truiu aquele menino que um dia saiu São José do Rio Preto cheio de sonhos, para finalmente encontrar o seu destino. (Por Oldair de Oliveira)

giado pela própria classe médica. A especialidade não tinha o gla-mour das demais e seus pratican-tes eram mais conhecidos como “a turma do porão”. Mas a decisão foi adiante. E assim, no HC, o rio--pretense conquistaria uma pro-fissão, amigos e uma esposa (dona Noemi, então funcionária da admi-nistração). Das amizades, destaca a parceria com o Dr. Antonio Fur-tado de Albuquerque Cavalcanti, contemporâneo dele na residência. “Aproveitei muito o curso por causa dele. Embora fosse de Santo André ele montou um serviço em Jundiaí. Com essas credenciais, foi convi-dado para trabalhar no Hospital Brasil, recém-instalado em sua ci-dade natal. Ele me chamou e esta foi a minha porta de entrada para a região do ABC, na qual viria a me fixar definitivamente”, afirma.

Tempos depois, o Dr. Rodolfo Krause Júnior apareceu no setor de raios X coordenado por Wier-mann incentivando-o a montar um serviço radiológico na vizinha São Caetano do Sul, onde este gineco-logista já atuava e tinha boa clien-tela. A oportunidade era boa, mas lhe faltava capital para a empreita-da e, por força contratual, teria de abrir mão do Hospital Brasil. Para dar cabo do projeto, foi formado um grupo de cinco profissionais,

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CUIDANDO DO SEU BOLSO

Desvendando o EBITDAO EBITDA (Earnings Before

Taxes, Interests, Depreciation and Amortization) vem se tornando popu-lar nos últimos anos em função de seu uso como medida de preço relativo. O valor das empresas vem sendo expres-so como um múltiplo do EBTIDA, ou seu equivalente em português, LAJIRDA (Lucro antes de Juros, Imposto de Renda, Depreciação e Amortização). A principal razão pela preferência dessa medida é que o EB-TIDA é uma estimativa de riqueza anual gerada pela empresa, eliminan-do os efeitos contábeis da depreciação e amortização presentes no lucro.

Assim como no mercado imobi-liário onde conseguimos identificar boas oportunidades de compra com o

preço do m2 do imóvel por região ge-ográfica, podemos observar os preços de mercado das empresas como múl-tiplos do EBITDA. A tabela abaixo apresenta os múltiplos do Valor Eco-nômico sobre o EBITDA das empre-sas do segmento de Laboratório de Exames Médicos listadas em Bolsa de Valores do Brasil e dos Estados Unidos do último dia de negociação e cada um dos últimos cinco anos.

Pode-se perceber que existe razo-ável estabilidade dos múltiplos, viabi-lizando a comparação de preços entre empresas e sua evolução ao longo dos anos. Em média, as empresas de La-boratórios de Exames Médicos valem 13 vezes o seu EBITDA anual, no Brasil e 8 vezes, nos Estados Unidos.

do no valor histórico das transações para facilitar a compreensão. A contabilida-de apresenta os bens e direitos da empresa pelo Ativo Total e se o valor de uma empresa fosse igual ao valor contábil, não haveria criação de valor. O processo de avaliação é identificar quanto a empresa tem potencial de gerar riqueza a partir dos ativos adquiridos. Dessa forma o Valor Econômico refere-se ao Valor dos Ativos medido pelo potencial de geração de riqueza futura.

EMPRESA BOLSAVALOR ECONÔMICO MÉDIA

2013 2012 2011 2010 2009 2009-2013

Dasa Bovespa 13,59 12,44 11,26 14,58 14,56 13,29

Fleury Bovespa 11,93 12,65 17,27 15,11 10,73 13,54

Laboratory Corp America Holdings NYSE 8,67 8,28 8,97 9,22 8,13 8,65

Quest Diagnostics NYSE 6,22 8,29 10,2 7,58 8,5 8,16

Fonte: Economática

Profa. Liliam Sanchez CarreteÁrea de Finanças – Departamento de Administração – Faculdade de Econo-mia, Administração e ContabilidadeUniversidade de São Paulo

custos, capacidade de gerenciar as di-ferentes capacitações dos funcionários para produzir e atender de forma a sur-preender os potenciais clientes, entre outras estratégias de criação de valor.

Finalmente, o EBTIDA é uma medida de riqueza anual. Como esta-mos interessados na riqueza, valor mo-netário e a contabilidade baseiam-se no regime de competência, adiciona-se ao EBIT (Earnings Before Interest and Taxes) ou LAJIR (lucro operacional antes de juros e imposto de renda) o valor da Depreciação e Amortização, obtendo-se então do EBTIDA ou LAJIRDA. Depreciação e Amorti-zação referem-se ao registro contábil do desgaste dos ativos da empresa in-corporados nos custos e despesas das operações e não representa uma saída de caixa, por isso então a sua adição ao EBIT. Dessa maneira, elimina-se o efeito do regime de competência uti-lizado pela contabilidade.

É relevante observarmos que como medida de riqueza anual EBITDA não é perfeita, pois, não considera o pagamento de impostos, as necessida-des de investimentos de capital (CA-PEX-Capital Expenditures) e de capital de giro do negócio.

Em termos práticos, utiliza-se o múltiplo do Valor Econômico/EBI-TDA para determinar o valor de um negócio do segmento de Laboratório de Exames Médicos no Brasil, deve-se partir do EBITDA anual mais recen-te da empresa e multiplicar pelo múl-tiplo médio do setor para determinar o Valor Econômico do Negócio. Se existir uma diferença significativa de tamanho entre a empresa avaliada e a amostra, então, o avaliador pode apli-car um desconto pelo tamanho porque uma empresa pequena apresenta mais risco do que uma empresa grande que consegue ter ganhos de escala, maior poder de barganha no seu mercado.

Considerando que a média de 13 vezes seja representativa do segmen-to, então o Valor Econômico de um Laboratório de Exames Médicos será 13 vezes o EBITDA anual. Para de-terminar o valor que um potencial comprador pagará pela empresa, deve--se subtrair do Valor Econômico o Passivo Oneroso Líquido (Dívidas e Financiamentos contratados menos o Caixa e Equivalentes de Caixa) da empresa, encontrando assim o Valor Patrimonial a Mercado que equivale à riqueza líquida do acionista, ou seja, o valor justo que o potencial comprador deverá pagar ao proprietário da clínica.

O Valor Econômico, também de-nominado Enterprise Value ou Valor dos Ativos a Mercado, refere-se à soma do Valor Patrimonial a Merca-do e o Passivo Oneroso Líquido (Fi-nanciamentos e Empréstimos menos Caixa e Equivalentes de Caixa), re-presentado na figura a seguir do lado direito, no quadro preto. O Valor Pa-trimonial a Mercado, representado no mesmo quadro, consiste na multipli-cação do preço de mercado da ação pela quantidade de ações emitida pela empresa. A diferença entre o Valor Econômico e o Valor Patrimonial a Mercado consiste no Passivo Onero-so: empréstimos e financiamento de curto e longo prazo. O proprietário da empresa detém a riqueza líquida que consiste no Valor Econômico menos as dívidas (Passivo Oneroso), ou seja, o Valor Patrimonial a Mercado. Note que a representação do quadro preto, Balanço a valor de Mercado, não re-presenta demonstrativo financeiro, sendo apenas um artifício didático.

O Balanço a Mercado está repre-sentado do lado do Balanço Patrimo-nial, demonstrativo financeiro basea-

A diferença entre o Valor Contábil do Ativo Total e a do Valor Econô-mico dos ativos pode ser interpretada como o Goodwill, que se refere ao valor presente do potencial de riqueza a ser gerado pela empresa no futuro que excede o valor contábil. O Goo-

dwill pode ser criado pela capacidade de implementação de estratégias de marketing bem sucedidas, desenvol-vimento de produtos que atendem necessidade dos potenciais consumi-dores, implementação de expansão de mercado, capacidade de controle de

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SPR GLOBAL

SPR marca presença no ECR 2014Conhecido como um dos mais

inovadores encontros da comu-nidade científica radiológica, o Congresso Europeu de Radiologia (ECR 2014), evento promovido pela Sociedade Europeia de Radio-logia (ESR), teve sua edição reali-zada entre os dias 6 e 10 de março, em Viena, na Áustria.

O congresso reuniu mais de 20 mil pessoas de diferentes países. O Brasil foi representado por vá-rios profissionais, e a SPR tam-bém participou, com materiais de divulgação e a presença de alguns membros da Diretoria da SPR. Para saber mais e conferir fotos acesse www.myesr.org.

ECR 2014 realizado de 6 a 10 de março, em Viena

Dia Mundial de Combate à Tuberculose é marcado por campanha de educação online

No Dia Mundial de Combate à Tuberculose (World TB Day), 24 de março, a Sociedade Interna-cional de Radiologia (ISR) lan-

módulo de educação on-line, já que o trabalho dos radiologistas é fundamental para ajudar a erra-dicar a doença. O material reúne apoio e contribuições das princi-pais sociedades de radiologia do mundo e organizações não gover-namentais.

O objetivo da ISR é destacar a importância da Radiologia nesta campanha, com o lema Alcançar os 3 milhões. Hoje, das 9 milhões de pessoas que adoecem com tu-berculose ao ano, um terço acaba morrendo, sendo a maioria das vítimas fatais composta por pes-soas que vivem em comunidades mais pobres ou em grupos como trabalhadores migrantes, refugia-dos, presidiários, usuários de dro-gas e minorias étnicas. Segundo a

Organização Mundial de Saúde (OMS), a tuberculose possui no Brasil cerca de 70 mil novos casos registrados por ano, f icando atrás somente da Aids como a doença infecciosa que mais mata. Espe-cialistas apontam a desinforma-ção como a principal causa da proliferação da doença.

Para ter acesso ao material da campanha, acesse o endreço w w w.isradiology.org/goed_tb_project/imaging.php.

çou um vasto material didático sobre o diagnóstico radiológico da doença. A campanha de saúde pública global é composta por um

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ENTRETENIMENTO

Música por todos os lados na capital paulistaDe festivais de rock aos concertos eruditos, São Paulo oferece opções de programas musicais para todos os gostos

MÚSICA CLÁSSICA

Nelson Freire é destaque da temporada 2014 da Cultura ArtísticaDez atrações integram a programação da série de concertos, que traz nomes conhecidos do público paulistano. O pianista mineiro Nelson Freire, que completa 70 anos em 2014, abre a temporada com dois recitais-solo nos dias 8 e 9 de abril.

www.culturaartistica.com.br/ti2014/

Teatro Municipal lança programação de óperasCom John Neschling como diretor artístico, a temporada de óperas no Teatro Municipal de São Paulo se iniciou em março, com a montagem de Il Trovatore, de Giuseppe Verdi, sendo que o compositor italiano também terá levada ao palco sua última obra do gênero, Falstaff, neste mês de abril.

www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/theatromunicipal/

Pianista americano Murray Perahia se apresenta na temporada da TuccaA Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer (Tucca) divulgou as atrações da série Música pela Cura, que desde 2000 realiza concertos de música erudita e shows de jazz com o intuito de arrecadar fundos para realizar suas atividades. Seis atrações estão previstas entre abril e novembro, sempre na Sala São Paulo. No dia

23 de abril está prevista a apresentação do Avishai Cohen Trio, formado pelo baixista e compositor Avishai Cohen; Nitai Hershkovits, o pianista descoberto em um pequeno café em Tel Aviv; e o talentoso baterista Daniel Dor. O trio apresentará músicas de seu mais recente álbum, Almah, síntese perfeita entre música clássica e jazz.

[email protected]

LOLLAPALOOZA 2014

Para quem gosta de agito...A terceira edição paulistana do festival Lollapalooza sai do Jockey Club e acelera rumo ao Autódromo de Interlagos. Agendado para 5 e 6 de abril de 2014, o evento traz as bandas Muse, Arcade Fire, Soundgarden e Nine Inch Nails. Nomes como Lorde e Julian Casablancas (ex-vocalista da banda The Strokes) também fazem parte da programação.

www.ticketsforfun.com.br wwww.lollapaloozabr.com

...e para quem gosta do som, mas quer algo mais intimistaQuatro atrações do Lollapalooza Brasil vão protagonizar shows mais intimistas em casas de espetáculos da cidade na mesma semana do festival. A banda Muse e o duo Disclosure se apresentam no Grand Metrópole, nos dias 3 e 5 de abril, respectivamente. Nos dias 4 e 5 de abril, o Cine Joia recebe Cage the Elephant e Jake Bugg.

www.ticketsforfun.com.br

Eddie Vedder faz primeiro show solo no BrasilO vocalista do Pearl Jam vem a São Paulo em maio (dias 7 e 8) para sua estreia solo em terras brasileiras. Com abertura de Glen Hansard, Vedder se apresentará no Citibank Hall. No setlist músicas como “Hard Sun” e “Guaranteed”, da trilha sonora do filme “Na natureza selvagem” (2007), e também músicas de seu álbum Ukulele songs (2011).

www.ticketsforfun.com.br

Placebo volta aos palcos brasileirosEm atividade desde 1994, o trio formado em Londres por Brian Molko (voz e guitarra), Stefan Olsdal (baixo) e Steve Forrest (bateria) reúne públicos diversos, como roqueiros adeptos do heavy metal e os alternativos. O andrógino Molko traz canções de seu mais recente álbum, Loud Like Love, e também sucessos como The Bitter End, Nancy Boy e Every You Every Me, pertencentes a outros momentos da carreira. O grupo se apresenta em 14 de abril no Citibank Hall.

www.ticketsforfun.com.brEt et ant illaut

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TÚNEL DO TEMPO

A edição de número 128 do Jornal da Imagem, lançada em abril de 1989, trazia como destaque o saldo positivo da JPR daquele ano. Contando com mais de 1100 inscritos, 42 empresas em sua ex-posição comercial e 120 professores convidados, a XIX Jornada Paulista de Radiologia foi realizada no Maksoud Plaza Hotel, com a sessão de abertura presidida pelo Dr. Giovanni Guido Cerri, na época presidente da associação e candidato à presidência do Colégio Brasileiro de Radiologia.

O mesmo jornal divulgava os encontros promovi-dos pelo Clube Manoel de Abreu em Bauru e o En-contro Rio/São Paulo, realizado em Angra dos Reis. A matéria sobre o convênio firmado entre o CBR e a AMB foi um dos destaques da edição, devido à gran-de repercussão dessa decisão nas titulações e qualifi-cação da classe médica, e trouxe os termos do acordo transcritos para acompanhamento dos leitores.

HÁ 25 ANOSJornal da Imagem divulgava ótimo resultado da JPR’1989

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MUNDO SPR

Radiologistas, residentes e esta-giários em Diagnóstico por Ima-gem podem se associar à Sociedade Paulista de Radiologia e Diag-nóstico por Imagem, tendo então direito a diversos benefícios como vantagens exclusivas e mensalida-des para cada fase da carreira mé-dica. O compromisso da SPR para com seus associados é o de promo-ver o desenvolvimento científico, de cultivar o crescimento da espe-cialidade e dos radiologistas.

O Sócio Aspirante SPR é uma modalidade para quem ainda não tem titulação em Radiologia. Ele paga uma matrícula no valor de R$ 250,00 e uma semestralidade de mesmo valor, sendo que, nessa

categoria, ele pode receber a isen-ção das taxas por mérito ou tempo de associação. Nessa categoria o associado também tem direito aos seguintes benefícios:

Isenção de pagamento de taxa no Clube Manoel de Abreu;

Descontos na inscrição dos eventos promovidos pela entidade, como os Cursos Avançados (Germe), a Jornada Paulista de Radiologia e no Curso de Atualização em Imagem (Prof. Dr. Feres Secaf);

Além disso, o Sócio Aspirante SPR recebe todos os meses no endereço de sua preferência o Jornal da Imagem e Caderno 2.

LEITURA DINÂMICA

Ultrassonografia de TireoideA obra Ultrassonografia da

Tireoide tem como principal objetivo compartilhar e difundir conhecimento sobre as alterações e as lesões da glândula tireoide, bem como auxiliar ao leitor a compreensão de como essas al-terações são traduzidas em ima-gens ecográficas. Os autores do livro são os médicos Eduardo Tomimori, Doutor em radiolo-gia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Secretário da Sociedade Latino-Americana de Tireoide e representante no Brasil do Inter-national Council for the Control of Iodine Deficiency Disorders; e Ro-salinda Camargo, Doutora em Endocrinologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e professora / médica assistente do Serviço de Endocrinologia do Hospital das Clínicas da USP.

A edição reúne em 300 pági-nas os princípios da ultrassono-grafia de tireoide, avaliação de doenças autoimunes e nódulos tireoidianos (modo 2D, Doppler colorido), tireoidite subaguda, punção aspirativa por agulha

fina guiada pela ultrassonografia dos nódulos tireoidianos, avalia-ção pré-operatória do paciente com carcinoma bem diferencia-do da tireoide e avaliação ultras-sonográfica das cadeias ganglio-nares cervicais do paciente com carcinoma papilífero da tireoide, além de abordar a ultrassonogra-fia da glândula tireoide na tria-gem neonatal do hipotireoidis-mo congênito e o diagnóstico di-ferencial do nódulo tireoidiano. O livro está disponível em versão impressa e versão eletrônica.

Sócio Aspirante SPR

Associe-se agoraPreencha todos os dados de cadastro solicitados no site da SPR

www.spr.org.br. Ao final da inscrição, para radiologistas em ativi-dade a recomendação é que, além da foto, seja anexado o currícu-lo. Mais informações no site da SPR, menu Fique Sócio.

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PÉ NA ESTRADA – ESPECIAL SP

ROTEIRO

Conheça o Circuito da Mantiqueira em terras paulistasRota abrange as cidades turísticas da Serra da Mantiqueira no estado de São Paulo

Com a entrada do outono o clima começa a se tornar mais ameno e os destinos mais frios – e charmosos! – entram em destaque. O Circuito da Mantiqueira é um deles, atraen-te para quem quer descansar, pas-sear e se distrair. A rota original se estende por municípios de três estados (Minas Gerais, Rio de Ja-neiro e São Paulo), sendo que, no trecho paulista, o circuito reúne as cidades de Campos do Jordão, São Francisco Xavier, São Bento do Sa-pucaí, Santo Antônio do Pinhal, Aparecida e Cunha. Se a “Suíça brasileira” Campos do Jordão é a

cidade mais conhecida do grupo, uma viagem até lá pode abrir as portas para incluir algumas cidades próximas com charme igualmente cativante no roteiro. São Francis-co Xavier abriga belas cachoeiras e trechos preservados de mata atlân-tica; Santo Antônio do Pinhal pos-sui os mirantes e o belo Jardim dos Pinhais Ecco Parque; São Bento do Sapucaí é a casa da famosa Pedra do Baú e a colonial Igreja da Matriz; Cunha, para encerrar, traz uma bela coleção de peças de cerâmica e pou-sadas charmosas para encantar as paisagens serranas.

Quando ir:De maio a setembro faz frio e chove pouco, mas com a alta temporada, os preços se elevam – especialmente em Campos do Jordão. Aparecida recebe muitos fiéis para a festa da padroeira, no mês de outubro.

Restaurantes imperdíveis:Cedro (pousada) • Santo Antônio do PinhalMina (Botanique Hotel & Spa) • Campos do Jordão

Atrações imperdíveis:Ateliês de cerâmica • CunhaBasílica Nova de N. S. Aparecida • AparecidaVila Capivari • Campos do Jordão

Estradas: a Via Dutra é a principal conexão beirando a Serra da Mantiqueira – cuidado com os caminhões. A Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro (SP-123), que leva a Campos do Jordão, é uma segura estrada serrana.

CunhaRepleta de ateliês de cerâmica em

suas ladeiras e de bons restaurantes no entorno, a cidade tem um char-me antigo, talvez herança da vizinha Paraty, avistada de suas ladeiras ín-gremes. Algumas pousadas estão na região central, enquanto outras se escondem entre as montanhas, en-voltas em total silêncio. Na estrada que leva até Paraty, belas paisagens do Parque Estadual da Serra do Mar, que tem diversas trilhas e cachoeiras.

AparecidaParada obrigatória para os católi-

cos do Brasil, a cidade é um tributo à padroeira do País. Mas mesmo quem não partilha da fé católica se rende à beleza arquitetônica das Basílicas de Nossa Senhora, a nova e a antiga. A cidade recebe anualmente cerca de nove milhões de visitantes, principal-mente em outubro, mês de Nossa Se-nhora Aparecida, no qual as vagas nos hotéis da cidade costumam se esgotar com quase um ano de antecedência.

Santo Antônio do PinhalApesar do espírito mais modesto

que sua vizinha Campos do Jordão, as cidades possuem muitas semelhanças:

Pedra do Baú é uma das atrações da rota

o clima frio com pousadas aconche-gantes e artesanato, porém Santo Antonio do Pinhal manteve o autên-tico espírito do interior de são Paulo. As atrações serranas como o passeio pelo Pico Agudo e na Pedra do Baú são bons motivos para a visita.

Campos do JordãoO badalado destino de inverno

paulista transforma a Vila Capivari no coração pulsante da Serra da Manti-queira. Campos abriga pousadas e hotéis aconchegantes, a maior con-centração de restaurantes estrelados fora da capital e uma série de choco-laterias, lojas, malharias, cafés e casas noturnas. Em julho, auge da tempora-da, a cidade ainda traz o maior festival de música erudita da América Latina, o Festival Internacional de Inverno, com mais de 40 espetáculos.

São Francisco XavierDistrito rural de São José dos

Campos, São Francisco Xavier só começou a despontar como refúgio serrano há pouco mais de uma déca-da, quando pousadas aconchegantes começaram a surgir pelas suas mon-tanhas. E é esse “ar de esconderijo” que lhe rende a fama. Reserve um dia para conhecer os principais ate-liês da cidade, como o Atelier de Las Máscaras, vá ao Pouso do Rochedo, que tem duas trilhas autoguiadas e com quedas d’água e visite o Portal do Equilibrium, para experimentar as

tirolesas, o rapel, o passeio a cavalo, e duas trilhas guiadas pela mata.

São Bento do SapucaíA cidade é o oposto das vizinhas mais

luxuosas, mas também tem seus encan-tos. Pousadinhas charmosas e bons ateliês de artesãos locais fazem valer a viagem, além das boas trutas, presen-tes nos cardápios. A Pedra do Baú atrai aventureiros que praticam escalada. O centro da cidade tem ruas e praças agradáveis, que no Carnaval se enchem de foliões atrás dos bonecos gigantes do tradicional Bloco do Zé Pereira.

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NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES

Vende-se mamógrafo EMIC-TRANSMAMO, com dois chassis, em perfeito estado de funcionamento. Valor R$ 20 mil. Contato: (11) 5579-3561. (3)

Vende-se duas processadoras, modelos Kodak M35M e Macrotec MX-2. Contato com Dayse (11) 4523-4721 / [email protected]. (3)

Oportunidade para médico radiologista com título de especialista pelo CBR. Para atuação nas áreas de RM, TC, RX, Mamografia e Densitometria. Grupo sediado no norte do Paraná, região em franca expansão. Rendimentos por produtividade. Enviar currículo para o e-mail: [email protected]. (1)

Procura-se médico radiologista ou ultrassonografista para trabalhar no Centro de Diagnóstico do Hospital Regional de Sorriso-MT. Oferta inicial de salário: R$ 33 mil, com chance de crescimento futuro e partici-pação na empresa. Mais informações com a Sra. Gra-ça: (66) 9204-1340 ou [email protected] ou com Dr. Marco Túlio: (11) 98535-2568. (3)

A clínica Odilmar Monteiro Ultrassonografia, localizada em Criciúma (SC), seleciona médico

SERVIÇO

Alko do Brasil www.alkodobrasil.com.br (21) 2435-9335 / Fax. (21) 2435-9300 • Bird Solution (11) 5016-5509 / www. birdsolution.com.br • Bracco Imaging do Brasil 0800 272 8484 • Carestream 0800 770 1540 • Digitalmed (11) 2376-0515 / www.digitalmed.com.br • Fujifilm (11) 5091-4000 / 5091-4999 • IBF (21) 2103-1000 / www.ibf.com.br • Imagem Sistemas Médicos (11) 4133-0053 / (21) 3433-8822 / 0800 770 0955 • Konimagem (11) 2950-1971 / www.konimagem.com.br • Macsym (11) 2957-7735 / www.macsymtec.com.br/medica • Mallinckrodt 0800 178 017 • Philips Healthcare www.healthcare.philips.com.br/br_pt/ • Pixeon (48) 3205-6000 / www.pixeon.com / (11) 2146-1300 / www.medicalsystems.com.br • Siemens 0800 119 484 / www.siemens.com.br/healthcare • Shimadzu (11) 2134-1688 / www.shimadzu.com.br • Sul Imagem (48) 2106-8900 / www.sul-imagem.com.br • Toshiba (11) 4134-0000 / www.toshibamedical.com.br • WTT Tecnologia e Consultoria (11) 4304-7303 / [email protected] • 2M Solutions (11) 4438-6891 / www.2msolutions.com.br.

Vende-se aparelho de ultrassom da marca GE, modelo LOGIQ3, com três transdutores, impressora HP Laserjet e estabilizador em perfeito estado e conservação. Contato: (11) 99988-6509. (1)

Vende-se aparelho de ultrassom Toshiba ECOCEE, com três sondas. Tratar com Dra. Kazue: (12) 98224-0000. (3)

Vende-se aparelho de Ultrassom da Toshiba, modelo Xário, com três transdutores (Linear, Convexo e Endocavitário), único dono (R$ 30 mil) e processadora automática de filmes (Kodak) Modelo X-OMAT M35 em excelente estado (R$ 6 mil). Contato com Dr. Mario Marcio: (85) 3261-1135. (2)

Vende-se mamógrafo Sophie Classic 2005 em ótimo estado de conservação, Bucky 24×30 e 18×24 - grade. Acessórios para magnificação e compressão localizada + processadora Kodak, R$ 85 mil. Motivo: troca de equipamento. Tratar com Danilo Cerqueira: (68) 3322-7693 / 9956-4910 ou daniloesanto@yahoo. (2)

Vende-se uma processadora, marca Kodak, modelo M-35-M, ciclo estendido, sem uso e na caixa. Tratar com Dr. Airton: (012) 3152-2667 / 3152-2277 ou [email protected]. (2)

TC helicoidal Helicat II. Tubo novo, com cerca de 50.000 cortes e estava na garantia há dois meses, quando o TC foi desmontado. R$ 90 mil. O tubo pode ser negociado separadamente por R$ 75 mil. Contato: (16) 3303-5300. (2)

ultrassonografista com título de especialista pelo CBR em US Geral para atuar na área exclusiva de ultrassonografia. Remuneração por produção. Enviar currículo para: [email protected]. Mais informações com Ana Paula (48) 9919-9020. (3)

Clínica de Diagnóstico por Imagem em Araçatuba (SP) contrata médico com título de especialização em Radiologia e Diagnóstico por Imagem - US, Doppler, Densitometria, MMG, RX, TC e RM. Informações com Sílvia: (18) 3607-2263 / 3609-1500 ou [email protected]. (3)

Vende-se clínica de Diagnóstico por Imagem no litoral paulista. Contato: (13) 99111-2050 / [email protected]. (2)

A clínica de diagnóstico por imagem em Patos de Mi-nas, MG, necessita de médico radiologista e/ou ultras-sonografista com título de especialista em radiologia e diagnóstico por imagem ou em ultrassom. Área de atuação: Tomografia Multislice, Radiologia Geral (CR), Mamografia (CR), Ultrassom. Remuneração por produ-tividade acima da média. Informações com Célia: (34) 3826-8400/9914043 ou [email protected] / [email protected]. (1)

A Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnós-tico por Imagem não se responsabiliza, nem cível, nem criminalmente, pelas informações inseridas nesta seção, sendo estas única e ex-clusivamente responsabilidade do anunciante. A SPR também não possui qualquer participa-ção ou interesse econômico nos negócios efe-tuados em decorrência dos anúncios.

Como ANUNCIAROs sócios da SPR que estiverem em dia com a anuidade poderão publicar seus anúncios nessa seção gratuitamente. Os radiologistas que não forem sócios devem pagar uma taxa. Para sócios em dia do CBR, o ônus por publicação é de R$ 200. Já para os radiologistas que não forem sócios nem da SPR nem do CBR, o ônus por anúncio é de R$ 250. O anúncio deve ser enviado até o dia 10 de cada mês, para publicação no mês subsequente. Outras informações: [email protected].

Ultrassom

Outros equipamentos

Oportunidades

AGENDA

OUTROS EVENTOS

1 a 3Curso de Atualização em Imagem (Prof. Dr. Feres Secaf)Maksoud Plaza Hotel, São Paulo, SPInscrições e programa científico no site da SPR: www.spr.org.br/curso-de-atualizacao-em-imagem/2014/

Agosto

EVENTOS DA SPR

Informações sobre eventos da SPR: www.spr.org.br ou (11) 5053-6363. Hotel Paulista Plaza: Al. Santos, 85, São Paulo. Sede da SPR: Av. Paulista, 491, cj. 41, São Paulo (estacionamento: R. Manoel da Nóbrega, 88). *Evento com transmissão via web pela Pixeon. Mais informações no endereço: www.spr.org.br/cursos-via-web

Grupos de Estudos

Às 20h, no dia:3 Gera, Gema e Germe* – Hotel Paulista

Plaza10 Gene* e Geto – Hotel Paulista Plaza15 Geus* – Sede da SPR Gecape – Hotel Paulista Plaza22 Geped* – Sede SPR

Curso de Radiologia

Às 20h30, no Hotel Paulista Plaza, nos dias:2 Abdome Agudo não Inflamatório

(Vascular, Obstrutivo, Perfurativo), Dr. Daniel Lahan Martins

16 Pancreatite, Dr. Hilton Muniz Leão Filho23 Neoplasias Pancreáticas, Dr. Rodrigo

Vaz de Lima30 Não haverá aula – 44ª Jornada Paulista

Radiologia – de 1 a 4/05

Clube Roentgen*

Às 20h, no Hotel Paulista Plaza, no dia:9 RM nas Artropatias Soronegativas e Microcristalinas, por Dra. Denise Tokechi do Amaral Mini CCRP sob os cuidados dos residentes do Hospital A.C. Camargo e supervisão

do Dr. Rubens Chojniak.

1 a 444a Jornada Paulista de Radiologia (JPR’2014)Transamerica Expo Center – São Paulo, SP Realizado em parceria com a Sociedade de Radiologia e Diagnóstico por Imagem da América do Norte (RSNA). Inscrições pelo site ou no dia e local do evento.

www.jpr2014.org.br

Maio

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