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Produção Animal | Avicultura 3

Eventos ...................................................06Painel do Leitor ....................................08Notícias Curtas .......................................09SDA altera cronograma de auditorias 27 AviGuia .................................................40 Classificados .........................................56Portfólio AviGuia .................................57

Sumário

ESTATÍSTICAS E PREÇOSProdução e mercado em resumo .......................................... 45Produção de pintos de corte ................................................ 46Produção de carne de frango ................................................47Exportação de carne de frango............................................ 48Disponibilidade interna de carne de frango ....................... 49Alojamento de matrizes de postura .................................... 50Alojamento de pintainhas comerciais de postura ...............51Desempenho do frango vivo no mês de maio .................... 52Desempenho do ovo no mês de maio ................................ 53Matérias-primas ..................................................................... 54

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eDITORIAL

Contribuindo para o planejamento do empresário avícola

Agradecimentos

Duas reportagens merecedoras

de destaque principal na capa estão

presentes nesta edição da Revista do

AviSite. Primeiro, o artigo redigido

pelo professor Lúcio Francelino Araú-

jo, da Faculdade de Zootecnia e En-

genharia de Alimentos da USP, que

demonstrou que é possível atuar po-

sitivamente através da nutrição das

matrizes para alcançar avanços nos

resultados da progênie (página 34).

Na opinião de Lúcio Araújo, o próxi-

mo desafio será avaliar o impacto da

suplementação de outros ingredien-

tes na alimentação das matrizes e

como isso pode influenciar o frango

de corte e melhorar os índices de

produção sem afetar os custos.

Em segundo, os dados divulga-

dos em abril pelo Departamento de

Agricultura dos EUA (página 28) com

novas projeções sobre as tendências

do frango no mundo neste ano. Há

boas e nem tão boas notícias em re-

lação às projeções iniciais, de novem-

bro do ano passado. Tradicionalmen-

te, ao analisarmos o material do

USDA, apenas falamos das novas

previsões, sem considerarmos o que

foi previsto seis meses antes. Desta

vez, focamos a atenção nas variações

entre as duas previsões e, comple-

mentando, comparamos com anos

anteriores - não necessariamente

com 2009 (ano de crise), mas com

2008 (ano pré-crise), especialmente

porque em alguns casos se constata

que a evolução continua sendo nega-

tiva – isto confirmando que a crise

ainda não foi totalmente superada.

As duas matérias fortes tradu-

zem o foco da Revista, que acaba de

completar três anos: Buscar formas

de orientar o avicultor e empresário

brasileiro, através dos avanços al-

cançados pela ciência avícola ou di-

vulgando tendências mundiais que

permitem traçar um plano

estratégico.

Também neste sentido, as pági-

nas de Estatísticas e Preços (página

45) indicam que as exportações de

carne de frango caminham aquém

do desejado, aumentando a pressão

sobre o mercado interno, o que con-

tribui para o mau desempenho do

frango nos últimos meses.

Para encerrar, a reportagem so-

bre o World Agricultural Forum (pá-

gina 28) se dedica a levantar os de-

safios da América Latina e da

avicultura na tarefa de dobrar a pro-

dução de alimentos e atender a de-

manda mundial até 2050.

Boa leitura!

Destacamos e agradecemos o convite da organização do World Agricultural Forum para a participação desta Revista no encontro. Entre outros colabo-radores, agradecemos também a contribuição do pesquisador Lúcio Araújo e do Presidente da Associação Cearense de Avicultura, João Jorge Reis.

4 Avicultura | Produção Animal

ErrataNo artigo assinado pela Evonik,

na edição de abril (nº36), página 28, a fabricante do programa de Formulação de Custo Mínimo é a Feed Management Systems.

Coordenador EditorialJosé Carlos Godoy [email protected] - 9782

ComercialPaulo GodoyChristiane Galusni [email protected]

Redação Érica BarrosMariana [email protected]

Diagramação e arteMundo Agro e Grupo [email protected]

InternetDarcy Jú[email protected]

Circulação e assinaturaCristiane dos Santos(19) [email protected]

Fale com a redaçã[email protected]: (19) 3241 9292

expeDIenTeProdução Animal - AviculturaISSN 1983-0017

Mundo Agro Editora Ltda.Rua Erasmo Braga, 115313070-147 - Campinas, SP

Nossa segunda opção de capa.

Qual você escolheria?

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Eventos

6 Produção Animal | Avicultura6 Produção Animal | Avicultura

Setembro09 a 10 de setembroVII Simpósio de Sanidade AvícolaLocal: Park Hotel Morotin, Santa Maria, RSRealização: LCDPA/ Universidade Federal de Santa MariaContato: (55) 3220-8072Informações: www.euvou.net/sanidadeavicolaE-mail: [email protected]

14 a 17 de setembro8ª Feira Internacional de Processamento e Industrialização da Carne (MercoAgro)Local: Parque de Exposições Tancredo Neves, Chapecó, SCInformações: www.btsmedia.biz

16 e 17 de setembroVII Curso de atualização em avicultura para postura comercialLocal: Centro de convenções Prof. Dr. Ivaldo Melito, Unesp/Fcav, Jaboticabal, SPRealização: Unesp e APAInformações: www.funep.org.br/eventosE-mail: [email protected]

Outubro21 a 23 de outubroFIGAP/VIV América Latina 2010Local: Expo Guadalajara, Guadalajara, MéxicoRealização: www.viv.netInformações: www.viv.netE-mail: [email protected]

26 a 28 de outubro2010 National Poultry Waste Management SymposiumLocal: Sheraton Greensboro at Four Seasons, Greensboro, North Carolina, EUARealização: NC State UniversityInformações:www.ces.ncsu.edu/depts/poulsci/poultry_was-te_symposium.html

Novembro16 a 19 de novembroEuroTier 2010Local: Hanover, AlemanhaInformações: www.eurotier.de

17 a 19 de novembro Avisulat 2010 Local: Fundaparque, Bento Gonçalves, RSRealização: Asgav, Sips e SindilatInformações: [email protected]: www.avisulat.com.br

2010

Junho 16 a 18 de junhoXXI Congreso Centroamericano y del Caribe de AviculturaLocal: Hotel Ramada Plaza Herradura, Costa RicaRealização: Federación de Avicultores de Centroamérica y del CaribeInformações: www.aviculturasigloxxi.com

22 a 23 de junhoI Simpósio Paranaense de Produção e Sanidade AvícolaLocal: Auditório do Setor de Ciências Sociais e Aplicadas da UFPR, Campus Jd. Botânico, Curitiba, PRRealização: Laboratório de Microbiologia e Ornitopatologia (LABMOR)Contato: (41) 3350-5859Informações: www.labmor.ufpr.brE-mail: [email protected]

Julho 8 a 9 de julhoI Simpósio de Produção Animal e Recursos HídricosLocal: Rod. BR 153, Km 110 - Distrito de Tamanduá, Concórdia, SCRealização: Embrapa Suínos e AvesContato: (49) 3441-0400E-mail: [email protected]

14 a 15 de julhoAvicultor 2010Local: Sede da Avimig, Belo Horizonte, MGRealização: AvimigContato: (31) 3482-6403Informações: www.avimig.com.brE-mail: [email protected]

16 de julhoXXXIII Jornada Técnica e XXXVI Encontro de Avicultores do Estado de São PauloLocal: Anfiteatro Governador Dr. Mário Covas, Bastos, SPContato: (14) 3478-1152 E-mail: [email protected]

16 a 18 de julhoFesta do Ovo de BastosLocal: Recinto de Exposições Kisuke Watanabe, Bastos, SPRealização: Sindicato Rural de BastosContato: (14) 3478-9800

Agosto 23 a 27 de agosto XIII European Poultry Conference Local: Tours, FrançaInformações: www.epc2010.orgE-mail: [email protected]

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Uma coisa conduz a outracom o Valor de Metionina da Evonik

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8 Produção Animal | Avicultura

Painel do Leitor Escreva para: [email protected]

Foi aprovada a fusão entre a UBA e a ABEF no dia 28 de abril em assembléia realizada na cidade de São Paulo. Francisco Turra é o novo Presidente-Executivo.

Espero que essa junção sirva para corrigir disparates, como o grande aumento de produção e a baixa remuneração ao produtor, que pagam a conta mesmo quando não tem mais de onde tirar dinheiro. É muito fácil aumentar 200 mil fran-gos sem aplicar capital e quando a situação aperta não existe a garantia de manter a produção do produtor já endividado. E o resto, o BNDES financia a fundo perdido com o estigma de produzir empregos e manter o produtor no campo, lá onde eles querem que ele fique pagando a conta.Jorge Luís Martins De Vasconcelos, Arroio do Meio, RS

Fusão entre UBA e ABEF é aprovada em assembléia

Segundo resolução publicada em ato de março pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária, todos os estabelecimentos avícolas deverão estar cadastrados no órgão e ao pagamento de taxas de registro, anotação de responsabilidade técnica e anuidade.

É impressionante a capacidade que se tem nesse país de se criar obstáculos e dificuldades desnecessárias ao setor produtivo. E agora mais essa! Espero, sinceramente, que as demais associações atuem como fez a do Estado do Ceará, e que nossos colegas do CFMV pensem de novo qual é a verdadeira função da instituição. Se continuar assim, daqui a pouco nossas granjas terão de ser cadastradas até em ONGs. Prestem muita atenção no que está se pas-sando sobre o setor produtivo desse país e tentem compreender um pouco.Eduardo Basílio, Uberlândia, MG Não basta toda a fiscalização sobre o setor e as exigências às quais somos submetidos. Agora teremos que responder também ao CFMV. Acredito que o CFMV deva se preocupar com a atuação dos médicos veterinários envolvidos com os processos produtivos e não se intrometer em assuntos que já são regulamentados e fiscalizados pelo Ministério da Agricultura. Qual é a lógica e a legalidade de que um criador de aves se subordine ao CFMV?Lourenço Innocentini Neto, São Carlos, SP.

Resolução do CFMV determina registro de todo e qualquer estabelecimento avícola

Sem a divulgação do alojamento de matrizes de corte torna-se impossível avaliar as tendências de produção de pintos de corte no decorrer de 2010. Mas o que aconte-cerá se o setor obtiver o mesmo comportamento observado nos últimos 11 anos?

Lamentável que persista a censura na UBA. Um setor que sempre se monito-rou por dados e fatos hoje é obrigado a fazer especulações e adivinhações sobre sua produção. Em 2010, em plena era da informação, ainda há quem creia que o segredo é a alma do negócio.Osler Desouzart, Barueri, SP

Ponto final: Tendências da produção de pintos de corte em 2010

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Produção Animal | Avicultura 9

Leia as últimas notícias do setor em www.avisite.com.br

As cinco mais lidas no AviSite em maio

2

Sem números concretos da produção, só resta ao mercado especular em torno das razões que

mantêm o frango dissociado do boi e do suíno e mantêm o produto com o segundo menor preço dos últimos 25 meses. Uma dessas especulações é, no mínimo, esdrúxula. Afirma que o preço do frango permanece baixo porque “produto líquido foi substituído por produto sólido”. O autor da aparente gozação explica: “quem vendia produto com o peso alterado pelo excesso de água passou a produzir mais carne para manter o mesmo volume negociado anteriormente”. Se não é verdade é bem plausível. Leia mais sobre índices de hidratação do peito de frango na página 12.

“Relação ‘sólido x líquido’ é explicação para problemas do frango”

3

Dados da SECEX/MDIC apontam que os três principais importadores da carne de frango

brasileira – pela ordem, segunda a receita cambial, Japão, Arábia Saudita e Hong Kong – responderam por praticamente 40% da receita total obtida no primeiro trimestre de 2010 com as exportações de carne de frango in natura. Mais informações sobre o assunto na página 11.

Os principais compradores do frango brasileiro no 1º trimestre de 2010

1

A análise histórica da evolu-ção dos preços do frango, suíno e boi (vivos) no

decorrer do ano mostra que os três têm um comporta-mento similar, com desempenho típico dos períodos de safra e entressafra. Em 2010 está sendo assim – mas apenas para o frango. O preço do produto em abril corresponde a 86,2% do valor registrado em dezembro do ano anterior. Já boi e suíno vêm tendo comportamen-to oposto, o que sugere que a antiga correlação de preços entre boi e suíno e frango pode ter sido superada. É o fim do antigo bordão que dizia que “o frango cami-nha no rabo do boi”. O desempenho do frango vivo no mês de maio e outros dados encontram-se na página 52.

Boi, suíno e frango: só o último se desvaloriza

4

Algumas das maiores organizações não-governa-mentais (ONGs) norte-americanas e européias de

defesa dos animais se uniram e lançaram, no mês passa-do, o Conselho Transatlântico de Bem-Estar Animal (TAWC, na sigla em inglês). Leia mais na página 14.

EUA e UE criam o Conselho Transatlântico de Bem-Estar Animal

Notícias

5

Os dados da SECEX/MDIC mostram que as exportações brasileiras de carne de frango

fecharam o primeiro quadrimestre de 2010 com incremento de 17,9%. Desde que a receita cam-bial quadrimestral do setor ultrapassou a marca dos US$2 bi, esta é a segunda vez que os resulta-dos ficam abaixo desse nível. Quer saber mais? Então vá até a página 48 e leia sobre exportações.

Receita do frango no ano está próxima, mas aquém dos US$2 bi

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10 Produção Animal | Avicultura

Notícias

Exportações avícolas têm importância-chave para diversas UFs No Sul, embarques responderam por mais de 15% da receita cambial

Negócios externos

Cinco produtos da avicultura brasileira – cortes de frango, frango inteiro,

industrializados de frango, carne de frango salgada e industrializados de peru – foram responsáveis por 3,85% dos cerca de US$54,4 bilhões que o País arrecadou com exportações no primeiro quadrimestre de 2010. Mas esses cinco itens – integrantes de uma lista dos 100 principais produtos exportados pelo Brasil no período – representam apenas uma parte do universo negociado exter-namente pelo setor avícola.

Portanto, a receita cambial da avicul-tura e sua participação no esforço expor-tador brasileiro apresentam resultados bem mais significativos que os observa-dos no quadro dos “100 mais”. Mas não só isso, porém. Porque a atividade tem importância-chave para algumas unida-

des federativas e regiões exportadoras. A Região Sul é o melhor exemplo,

pois, ali, as exportações responderam, no quadrimestre, por mais de 15% da receita cambial. E o maior destaque individual, na Região, fica com Santa Catarina, onde quase 30% da receita cambial provêm da avicultura.

Em oposição a Santa Catarina, São Paulo é, dos estados exportadores, o menos dependente das vendas externas. Mesmo isso, porém, não diminui a im-portância das exportações avícolas para o setor e para o próprio Estado. Reme-more-se, a propósito, que São Paulo é o mais industrializado do País, exportando milhares de diferentes produtos. Ainda assim, a carne de frango (cortes e frango inteiro) aparece duas vezes na pauta dos 100 principais produtos exportados

pelos paulistas. Mas, sem dúvida, a unidade federati-

va em que as exportações avícolas vêm tendo importância capital é no Distrito Federal. Em Brasília, as exportações de frango inteiro, cortes de frango e indus-trializados de frango responderam por 82,5% da receita cambial do primeiro quadrimestre de 2010.

A ressaltar, ainda, que em algumas Ufs (Paraná, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais) um novo item começa a aparecer entre os 100 principais produtos expor-tados: o ovo – fértil ou para consumo.

Neste caso, a surpresa maior parece estar no fato de Mato Grosso do Sul surgir como grande exportador de ovos férteis. Mas isso tem explicação: é que no Estado está instalada uma unidade produtiva da Cobb do Brasil.

10 Produção Animal | Avicultura

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Produção Animal | Avicultura 11

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Países asiáticos responderam por 40% da receita total no primeiro trimestre

Dados da SECEX/MDIC apontam que os três principais importadores

da carne de frango brasileira – pela ordem, segundo a receita cambial, Japão, Arábia Saudita e Hong Kong – responderam por praticamente 40% da receita total obtida no primeiro trimes-tre de 2010 com as exportações de carne de frango in natura.

Os demais 60% ficaram divididos, meio a meio, entre outros sete grandes importadores (Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Venezuela, Iraque, África do Sul, Holanda e Cingapura) e todos os demais importadores (mais de uma centena de países).

No período, a receita cambial do produto in natura aumentou quase 25%, impulsionada pelas compras japo-nesas (+60%) e sauditas (+48%). Na contra-mão, isto é, com redução da receita, sobressai-se a Venezuela (-30%).

Notar que Japão e Arábia Saudita tiveram elevada, de forma significativa, sua participação na receita global (+28,6% e +18,6%, respectivamente).

MDIC aponta os 10 maiores compradores de carne de frango

Importação

Regime suspende por um ano o pagamento de tributos federais

As cooperativas e as agroindústrias agora podem se beneficiar do

regime especial de Drawback Integrado. O sistema suspende, por um ano

prorrogável por mais um ano, o paga-mento de tributos federais sobre produ-tos adquiridos no mercado interno ou externo que sejam empregados no processo de fabricação de bens exportáveis.

A novidade desse novo regime – o qual unifica o drawback suspensão

(para importação) e o drawback verde e amarelo (para o mercado interno) – é que as empresas poderão adquirir os insumos no mercado interno de duas formas: ou via importação ou de forma combinada. A regra vigente antes deter-minava que as empresas que compras-sem a matéria-prima no mercado inter-no só podiam usar o benefício do Drawback se também importassem parte dos insumos.

Para Augusto Barreto, coordenador-

geral de normas e facilitação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), com o drawback a empresa consegue econo-mizar entre 35% e 50% nas aquisições no mercado interno. E essa taxa pode chegar a 60% nas importações.

Para saber quais são os procedimen-tos para a concessão do Drawback Integrado acesse: www.desenvolvimen-to.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=299

Cooperativas e agroindústrias incluídas na nova versão do sistema

Drawback Integrado

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12 Produção Animal | Avicultura

Notícias

Através da Portaria nº 9, publicada dia 6 de Maio no Diário Oficial da

União, o ex-Secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Afonso Kroetz, estabeleceu parâmetros para avaliação do “teor total de água contida nos cortes de aves (frango, galinha, gale-

to), resfriados e congelados”. Os teores dizem respeito, especifi-

camente, ao peito com ou sem osso e pele. Os termos da Portaria vigoram a partir da data da publicação, ou seja, imediatamente.

Além disso, a partir de agora será realizado um exame laboratorial espe-

cífico nas amostras de cortes, antes avaliados com base em perícias técni-cas desenvolvidas pelos fiscais do Serviço de Inspeção Federal. A medida aumenta a capacidade do ministério de avaliar produtos que estão nas indústrias e os que já estão no comércio.

Portaria atesta realização de exame laboratorial em cortes

MAPA estabelece índices de hidratação do peito de frango

Congelados

Medidas propostas abrangem produtos destinados à alimentação e saúde animal

O Ministério da Agricultura, através da Portaria nº 241, de 12 de maio de 2010,

colocou em consulta pública o Projeto de Instrução Normativa tratando de novos procedi-mentos para a importação de insumos pecuários.

Justificando que as medidas propostas visam a garantir a segurança e a rastreabilidade dos insumos pecuários importados e comercializados no País, o MAPA esclarece que elas se aplicam aos produtos destinados à alimentação animal e aos produtos de uso veterinário.

Para ler na íntegra a Portaria n°241 acesse o site www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=7&data=13/05/2010.

MAPA propõe novas normas para importação de insumos pecuários

Legislação

Mais segurança e rastreabilidade para insumosimportados

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Produção Animal | Avicultura 13

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Números são reflexos do elevado estoque inicial do ano e da boa produtividade

Ainda que o volume produzido na safra 2009/10 permaneça aquém

do recorde registrado na safra 2007/08 (58,652 milhões de toneladas), o supri-mento de milho brasileiro no corrente exercício pode alcançar os maiores níveis de todos os tempos. Isso se deve, principalmente, ao elevado estoque

inicial do ano (11,026 milhões de tone-ladas) e à boa produtividade da presen-te safra (54,184 milhões de toneladas, nas previsões mais recentes da CONAB).

Mas não é só a produção que deve apresentar níveis elevados. A projeção da CONAB é de que o consumo interno se situe em 46,359 milhões de tonela-das e as exportações fiquem em 8,5 milhões de toneladas. Isso vai gerar estoques finais da ordem de 11,102 milhões de toneladas, só superados pelos registrados na safra 2007/08 (11,860 milhões de toneladas).

Nas previsões ontem divulgadas, a CONAB apontou que a despeito de uma redução de 13% na área cultivada, a primeira safra de milho – graças a um aumento de produtividade de 16% - vai

ser quase 1% maior que a do ano pas-sado, ficando próxima dos 33,920 mi-lhões de toneladas.

Já a safrinha – que não teve redu-ção de área cultivada – pode superar pela primeira vez a marca dos 20 mi-lhões de toneladas, aumentando qua-se 17% em relação à safra passada.

A ressaltar que o volume previsto

para a safrinha corresponde a pratica-mente 60% da safra principal – nível jamais observado e demonstrativo da importância crescente da safrinha no abastecimento do grão. Dez anos atrás (safra 1999/2000), o volume obtido na safrinha correspondeu a apenas 9,5% da produção total da-quela safra.

Suprimento de milho alcança maiores níveis de todos os tempos

Recorde

Produção na atual safra alcança

54,184 milhões de toneladas

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14 Produção Animal | Avicultura

Notícias

O Presidente Executivo da Associação Brasileira de

Avicultura (UBABEF), Francisco Turra, participou da implantação, na sede da Associação Catarinense de Avicultura (ACAV), em Florianópolis, da primeira Câmara Setorial da entidade, a de Sustentabilidade, e que será presidida por Ricardo Gouveia, presidente do SINDICARNES-SC e membro da ACAV.

A decisão visa a dar continuação ao trabalho que vem sendo realizado pelo Grupo de Trabalho formado por ACAV, Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV) e Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (SINDIAVIPAR) na discussão de temas relevantes para a cadeia produtora e exportadora de frango, como, por exemplo, as medi-

das que podem ser propostas para melhorar a relação entre integrados e a agroindústria, e os relacionados ao meio ambiente: “Com a união das entidades nacionais do setor avícola, e que resultou na criação da UBABEF, um novo modelo de gestão de traba-lho foi estabelecido. Nesse sentido resolvemos pela implantação de Câmaras Setoriais, para que, em par-ceria com as demais entidades do setor, discutamos as questões relevan-tes para o incremento avicultura”, afirmou Turra. “A ideia é ampliar essas ações para os demais estados onde a produção avícola é feita em sistema de integração. Estão previstas a instalação de 11 novas câmaras em breve, democratizando os debates”, concluiu.

Formas para melhorar a relação entre integrados e a agroindústria devem ser discutidas

Entidade implanta Câmara Setorial de Sustentabilidade em SC

UBABEF

Entidades norte americanas e européias almejam apoio dos governos

Algumas das maiores organizações não-governamentais (ONGs) nor-

te-americanas e europeias de defesa dos animais se uniram e lançaram, na semana passada, o Conselho Transatlântico de Bem-Estar Animal (TAWC, na sigla em inglês).

Entidades como a Royal Society for the Protection of Animals, Eurogroup for Animals, The Human Society of the United States, Compassion in World Farming e Human Society International subscreveram a “Declaração de Washington”, na qual se comprome-tem a unir forças e estreitar a coopera-ção no campo do bem-estar animal.

Entre as metas estabelecidas, a TAWC pretende fazer com que os governos dos EUA e dos estados-membros da União Européia incluam as questões de bem-estar animal nos acordos comerciais bilaterais ou multi-laterais que venham a firmar. Pretende, também, que o bem-estar animal integre as políticas de produ-ção do setor privado.

Para ler na íntegra a “Declaração de Washington pelo Bem-Estar Animal” e conhecer mais detalhada-mente os objetivos da TAWC acesse www.eurogroupforanimals.org/tawc/washingtondeclaration.pdf.

ONGs criam órgão para incentivar medidas de bem-estar animal

Conselho

FRANCISCO TURRAOnze novas câmaras devem ser instaladas em breve

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Produção Animal | Avicultura 15

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O preço do milho para o programa Venda em Balcão será equipara-

do ao valor de importação em todo o Nordeste, que deve ficar entre R$ 22 e R$ 24 a saca de 60 quilos. A medi-da foi anunciada pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) já havia redu-

zido para R$ 22,14 a saca de 60 qui-los naquele estado, no período de junho de 2010 a março de 2011 - hoje o custo chega a R$ 38,00 em algumas localidades.“Começou pelo Ceará porque eles pediram primeiro. Vamos baixar o preço no balcão para R$ 22,00 em todo o Nordeste, vamos ter o preço adequado”, afirmou Rossi.

Preço deve ficar entre R$ 22 e R$ 24 a saca

Nordeste terá milho mais barato no balcão

MAPA

A avicultura está animada com as novas políticas de financiamen-

to que estão previstas para o próxi-mo ano agrícola, que devem ser anunciadas até junho de 2010. As expectativas das normativas do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento do Extremo Sul) para esse novo ano indicam o au-mento no valor que pode ser em-prestado, passando de 250 mil reais para 300 mil reais, aumento no prazo para pagamento da dívida, passando para 10 anos contra os atuais oito anos de prazo de paga-mento. Além disso, as novas nor-mas devem trazer juros mais baixos do que os atuais 6,75% ao ano, chegando entre 5% e 5,5% ao ano.

De acordo com Luiz Antonio Pedro, responsável pela área de projetos e investimentos do Grupo Frangos Canção, esses novos núme-ros para o setor são esperados por toda a região Sul do país, maior produtora de frango de corte.

“Outras regiões, como Norte, Nordeste e Centro-Oeste, já tem seus pacotes específicos de incenti-vo ao agronegócio. Esperamos que agora seja a nossa vez”, afirma.

Para o setor avícola, em espe-cial, Luiz Pedro acredita que uma nova política de financiamentos para o setor rural estimularia a am-pliação dos negócios. “A avicultura é uma atividade rentável e se os produtores tiverem subsídio para conseguir investir na produção com a ajuda do governo, com certeza eles farão investimentos para am-pliar seus aviários e implantar novas tecnologias (equipamentos automa-tizados, climatizados, entre outros) utilizadas para melhorar a qualida-de de vida das aves e consequente-mente entregar um produto mais saudável para o abate”, afirma Pedro.

As informações foram divulga-das pela Assessoria de Imprensa da Frangos Canção.

BNDES aumenta valor que pode ser emprestado e prazo para pagamento

Linhas de crédito devem ampliar negócios na avicultura

No Paraná

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16 Produção Animal | Avicultura

Empresas

Cinco audiências públicas devem ser realizadas

A produção é baixa, os preços one-rosos e remota a possibilidade de

melhorar as condições dos contratos. Será que o avicultor está enfrentando práticas anti-concorrenciais por parte das grandes integradoras ou ele é, apenas, mais uma das inúmeras víti-mas da recessão econômica que atin-ge o país?

A indagação está sendo levantada de norte a sul dos EUA. Tanto que o Departamento de Agricultura (USDA) se propôs a avaliar o assunto e, inclu-sive, revelou-se disposto a elaborar uma nova e mais moderna legislação.

Mas parece que isso não está sen-do suficiente, pois quem também entrou na história foi o Departamento de Justiça, que, juntamente com o USDA, vem realizando uma série de

audiências públicas com a finalidade de avaliar a realidade dos fatos.

Em maio, na cidade de Normal, estado do Alabama, acontece a se-gunda de cinco audiências públicas programadas. Conforme um comuni-cado conjunto do USDA e do Departamento de Justiça, “a meta dessas audiências é promover o diálo-go entre as partes interessadas e co-nhecer o processo [de integração] em relação aos aspectos legais e econômicos”.

Do primeiro encontro participaram cerca de 700 produtores, representan-tes de grandes empresas e especialis-tas agrícolas. A expectativa é a de que o número de participantes vá aumen-tando à medida que ocorram novas audiências.

Justiça americana e USDA debatem sistema integrado

Mercado externo

Quatro anos depois de registrar o último caso do gênero, a Holanda

volta a registrar surto de Influenza Aviá-ria do tipo H7, considerado de baixa patogenicidade. O problema envolveu um plantel de 28 mil poedei-ras criadas sob o sistema free-range, todas já abatidas.

A ocorrência causa preocupação, pois essa é a terceira vez que a avicultu-ra holandesa é afetada por um vírus similar da Influen-za Aviária. O caso mais grave ocorreu em 2003, quando um vírus do tipo H7N7 (também considerado de baixa patogenicidade) se disseminou pelo país, levando as autori-dades da Holanda a sacrificarem mais de

30 milhões de aves na tentativa de con-trolar maior evolução do problema. Mesmo assim, o H7N7 infectou dezenas

de pessoas e ocasionou a morte de um médico veterinário.

Faltava, então, experiência no con-trole do problema. Assim, o surto se-

guinte, de 2006, foi rapidamente debe-lado, algo que, se espera, aconteça também com o surto atual.

A ressaltar, neste caso, que a infecção alcançou aves cuja criação é conside-rada a mais moderna possí-vel, ou seja, ao ar livre e com ampla liberdade de ir e vir - como preconizam os mais ferrenhos defensores do bem-estar animal. O grande senão é que esse tipo de criação facilita o contato com aves silvestres já infectadas pela Influenza Aviária, potencializando os

riscos de disseminação da doença. Daí a questão: deve o bem-estar animal so-brepor-se aos riscos potenciais à saúde animal e humana?

Holanda registra vírus de baixa patogenicidadePaís é afetado pela terceira vez por vírus similar da doença

Influenza Aviária

Problema envolveu um plantel de28 mil poedeiras (todas já abatidas)

criadas sob o sistema free-range,preconizado por defensores dobem-estar animal, mas que tambémfacilita o contato com aves silvestres

já infectadas pela IA

Série de audiências públicas vem sendo

realizada para avaliar a realidade dos fatos

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Produção Animal | Avicultura 17

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No geral, embarques norte-americanos caíram 15% no primeiro trimestre

EUA: caem significativamente importações de frango de Rússia e China

Em 2010

No primeiro trimestre de 2010, a Rússia – historicamente, a maior

consumidora da carne de frango ex-portada pelos EUA – reduziu suas importações junto à avicultura norte-americana em, praticamente, 80% e, com isso, foi apenas o terceiro impor-tador do país, atrás de México e Lituânia. E a China, normalmente ter-ceiro principal mercado (atrás, somen-te, de Rússia e México), cortou suas

compras nos EUA em mais de 75%, com isso colocando-se numa longín-qua oitava posição.

Embora outros países também tenham reduzido suas importações (casos de Cuba e Turquia, entre os 10 primeiros) foi principalmente o recuo de Rússia e China que fez com que as exportações de carne de frango dos EUA tenham recuado 15% no primeiro trimestre de 2010. Um índice que só

não foi maior porque os embarques para o México e Taiwan, por exemplo, aumentaram, respectivamente, ao redor de 20% e 34%.

Porém, os números se tornam bem mais significativos quando enfocada a redução da participação russa e chine-sa nas exportações norte-americanas. A participação da Rússia caiu de 20,9% para 5,1%; e a da China, de 11,8% para apenas 3,2% .

EUA10 principais importadores de carne de frango

Total anual (2009) e no 1º trimestre (2009 e 2010)MIL TONELADAS

PAÍS IMPORTA-

DOR2009

1º TRIMESTRE PARTIC. NO 1º TRIMESTRE

2009 2010 VAR. 2009 2010

México 369,9 88,6 105,5 19,2% 11,1% 15,6%

Lituânia 80,9 38,1 41,3 8,2% 4,8% 6,1%

Rússia 733,8 166,5 34,2 -79,5% 20,9% 5,1%

Angola 76,2 28,8 31,1 8,1% 3,6% 4,6%

Taiwan 69,9 22,7 30,4 33,8% 2,9% 4,5%

Cuba 145,4 37,4 30,3 -18,9% 4,7% 4,5%

Canadá 117,3 25,8 28,4 10,0% 3,2% 4,2%

China 331,5 94,0 21,8 -76,8% 11,8% 3,2%

Turquia 58,9 18,6 15,9 -14,7% 2,3% 2,4%

Ucrânia 87,6 4,3 4,8 12,7% 0,5% 0,7%

Demais 1.029,3 270,5 331,3 22,5% 34,0% 49,1%

Total 3.100,6 795,2 675,1 -15,1% 100,0% 100,0%

Fonte dos dados básicos: USDA - Elaboração e análises: AVISITE

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18 Produção Animal | Avicultura

Notícias

A Seara Alimentos, do grupo Marfrig, inaugurou, em meados de maio,

uma unidade industrial em Jaguariúna, em um antigo abatedouro de aves, que foi transferido para Amparo. A fábrica vai investir na produção de embutidos como salsichas, mortadelas e lingüiças.

A empresa vai adquirir a matéria-prima fresca no abatedouro de aves em Ampa-ro – com capacidade de abate de 320mil animais por dia – e colocar o produto final em importantes mercados do país. “O produto pode chegar em poucas horas e com mais frescor às regiões de São Paulo, Campinas e até ao porto de Santos”, afirmou Mayr Bonassi, diretor-geral da Seara Alimentos para o jornal Folha de S.Paulo. Essa estratégia faz parte da política da empresa de oferecer menos matéria prima e mais produtos industrializados com maior valor agrega-do. A unidade industrial, inaugurada no dia 15 de Maio, exigiu investimentos de R$ 30 milhões e gerará 560 empregos, elevando em 18% a capacidade de produção da Marfrig no Brasil

O Grupo Marfrig fechou o primeiro trimestre com um lucro líquido de

R$ 41,7 milhões, conseguindo reverter um prejuízo de R$ 38,2 milhões registra-do em igual intervalo de 2009. A receita bruta da empresa no período atingiu R$ 3,4 bilhões, uma alta de 40% sobre igual período de 2009. A receita líquida foi de R$ 3,2 bilhões, expansão de 43% sobre o primeiro trimestre do ano passa-

do. A Seara, adquirida em setembro do ano passado, já está consolidada nos números do primeiro trimestre.

Marketing O novo filme publicitário da marca

virou sucesso instantâneo na internet. O vídeo em que Robinho, Neymar e Paulo Henrique Ganso fazem sua tradicional dancinha de comemoração ao ritmo da

música de Single Ladies da Beyoncé teve mais de 5 milhões de acessos em menos de 96 horas no site You Tube. A propa-ganda está no ar em vários canais. Para ver o vídeo no You Tube, acesse: www.youtube.com/watch?v=JsoCLxZzgw0.

Grupo Marfrig transforma antigo abatedouro em unidade de produção Fábrica localizada em Jaguariúna vai produzir embutidos com valor agregado

Inauguração

O recém-lançado jornal Brasil Econô-mico divulgou que o JBS e o Mar-

frig começam a capturar as sinergias de suas grandes aquisições no setor de aves e suínos. O JBS prevê uma econo-mia anual de US$ 220 milhões (cerca de R$ 400 milhões) resultante da incorpo-ração da americana Pilgrim´s Pride, enquanto o Marfrig ampliou de US$ 120 milhões para R$ 200 milhões as

expectativas de sinergias para a compra da Seara.

Segundo o jornal, “embora tenham puxado para baixo os balanços dos dois grupos no primeiro trimestre, Pilgrim´s e Seara foram incorporadas com margens positivas, o que deve acelerar os ganhos de escala previstos”. “As sinergias apa-receram muito rápido”, afirma o presi-dente e controlador do grupo Marfrig,

Marcos Molina, conforme publicado. As novas previsões para 2010 ante-

cipam a capturação de um valor aproxi-mado de R$ 60 milhões em sinergias com a compra da Seara, que foi incor-porada ao grupo dia 04 de Janeiro. Unidades que pertenciam à DaGranja e à Pena Branca, adquiridas anteriormen-te pelo Marfrig, estão fabricando pro-dutos com a marca Seara.

Integração das novas aquisições da JBS e Marfrig ocorre rapidamente E com melhores efeitos de economia de escalas do que o mercado previa

Sinergia

Representantes da Marfrig e Gustavo Reis, Prefeito

de Jaguariúna

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19 Produção Animal | Avicultura

A chamada acima, com certeza abso-luta, não é inédita: foi publicada em

várias ocasiões desde janeiro de 2010, quando os russos decidiram interromper as importações de carne de frango dos EUA sob o argumento de que o alimento é higienizado com cloro e, por isso, não faz bem à saúde humana.

Pois a mesma informação voltou a ser repetida no final de maio: “Rússia e EUA estão próximos de chegarem a uma solução que vai possibilitar a retomada do suprimento norte-americano ao mer-cado russo”, afirmou o chefe dos serviços sanitários russos.

De acordo com a agência de notícias russa Ria Novosti, Gennady Onishchenko e o embaixador John Beyrle, dos EUA, mantiveram negociações e discutiram como “atender a demanda russa e evitar

perdas para os EUA”. Chegaram a quatro pontos “mutuamente aceitáveis” a serem atendidos e que conduz a um novo acordo.

Não foi divulgado em que, exatamen-te, consistem esses quatros pontos. Tudo indica, porém, que a Rússia continua mantendo duas de suas exigências origi-nais: a solução de cloro usada na higieni-zação das carcaças não pode exceder os níveis normalmente aceitáveis para a água de bebida – 0,3-0,5 miligramas por litro; no “driping test”, o nível de hidrata-ção das carcaças não pode exceder 4% do peso total da ave.

Analistas apontam ser provável um rápido acordo, com a retomada imediata das importações. Mas não, exatamente, porque os exportadores norte-america-nos atendam às exigências russas (atitude

que se dispuseram a adotar desde o primeiro momento) e, sim, porque a redução das importações (22% do abas-tecimento russo no ano passado) começa a ser sentida no mercado - via expressiva alta de preços.

Aliás, desde que as importações foram suspensas, os negociadores dos EUA alertaram que o procedimento iria recair sobre o consumidor – algo que não interessa ao governo russo, preocupado em segurar a inflação. Mas no primeiro trimestre do ano nada ocorreu (ao con-trário, os preços recuaram), porquanto os importadores haviam se preparado pre-viamente para a suspensão no abasteci-mento e formado altos estoques. Tudo indica, porém, que esses estoques se esgotaram a partir de abril, pois os pre-ços passaram a se elevar.

Disputa entre Rússia e EUA mais próxima de uma soluçãoEstoques russos estão se esgotando e preços começam a subir

Carne de frango

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20 Produção Animal | Avicultura

Empresas

Cooperativa prevê abate gradativo nas primeiras semanas

O novo abate-douro da

Coasul Cooperativa Agroindustrial, localizado em São João, PR, tem previsão para entrar em opera-ção no mês de setembro desse ano. São quase 30.000 metros quadrados de área construída, com equipamento importado da Holanda, cuja montagem será

supervisionada por 200 profissionais especializados.

Apesar da capacidade final de abate ser de 160 mil/aves por dia, o frigorífico vai operar em uma margem entre 1.000 e 1.500 aves por dia du-rante as primeiras semanas. A meta é de que a produção seja crescente no decorrer do tempo até atingir o po-tencial previsto. Segundo Jacir Scalvi, Diretor Vice-Presidente da cooperati-va, a justificativa para o abate grada-tivo é que os colaboradores e a indús-tria precisam de ajustes no começo, como regulagem de equipamentos, capacitação da mão-de-obra e outras medidas. As novas instalações prevê-em a criação de 600 empregos dire-tos e indiretos na região.

Abatedouro da Coasul tem inauguração prevista para setembro

Ampliação

BRF é a terceira maior exportadora do BrasilEmpresa respondeu por 2,38% da receita cambial total

Ranking

Dados da SECEX/MDIC relativos ao primeiro trimestre de 2010 apon-

tam que a Brasil Foods S.A. (BRF), empresa resultante da fusão entre Sadia e Perdigão, foi a terceira maior exportadora brasileira no período, atrás apenas da Petrobras e da Vale. No período, a BRF respondeu por 2,38% da receita cambial total, en-quanto a quarta colocada (Embraer) respondeu por 2,12%.

Na lista da SECEX/MDIC que rela-ciona as 40 maiores exportadoras do Brasil a fusão ainda não se faz presen-te. A Sadia aparece individualizada na sexta posição (5ª no mesmo período de 2009), com receita 19,36% maior. A Perdigão, por sua vez, já surge como BRF e na nona posição (6ª em 2009). O incremento de receita apon-tado pelo relatório é de 871%, mas isso se deve, sem dúvida, a ajustes em função da mudança de razão social.

Comparado com o que a Perdigão exportou no primeiro trimestre de 2009, a BRF teve aumento de receita de 17,34%.

A lista das 40 maiores exportado-ras do Brasil ainda tem uma segunda empresa atuante no setor avícola – a Seara, adquirida pela Marfrig em 2009. No trimestre, a Seara ficou na 27ª posição e registrou aumento de

receita de 14,63%, respondendo por 0,60% da receita total.

Comparativamente à de 2009, a lista deste ano tem uma ausência: a da Doux-Frangosul, que não ficou entre as 40 maiores. No ano passado, a empresa havia respondido, no perío-do, por 0,40% da receita cambial total e ocupou a 31ª posição entre os maiores exportadores brasileiros.

GRANDES EXPORTADORASEmpresas do setor avícola relacionadas entre as

40 maiores exportadoras brasileiras1º TRIMESTRE DE 2010

EMPRESA E POSIÇÃO*

RECEITA CAMBIAL US$ MI

PART. NA RECEITA TOTAL

VARIAÇÃO ANUAL

Sadia, 6ª (5ª) 478,885 1,22% 19,36%

BRF, 9ª (6ª) 454,704 1,20% 17,34%

Seara,27ª (18ª) 235,296 0,60% 14,63%

Fonte dos dados básicos: SECEX/MDIC / Elaboração e análises: AviSite* Entre parênteses, a posição no mesmo trimestre de 2009.

Obras devem ser concluídas em setembro

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Produção Animal | Avicultura 21

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Essa é uma das estratégias da empresa para reverter números

Consistente com sua estratégia de adequar a produção à demanda

prevista, a Pilgrim´s Pride anunciou pla-nos para reabrir sua fábrica de processa-mento de frango em Douglas, Georgia, em Janeiro de 2011. A reabertura de outras duas instalações ociosas tam-bém está prevista, uma em meados de 2011 e outra no segundo trimestre de 2012. A reabertura dessas três plantas resultará em um aumento de produção anual de 10%, ou cerca de 3,5 milhões de aves por semana.

Essa é uma das estratégias da em-presa para reverter os números recente-mente apresentados. A empresa, adqui-rida pela brasileira JBS em 2009, anunciou prejuízo de 45,5 milhões de

dólares no primeiro trimestre terminado em 28 de março de 2010. Em igual intervalo do ano passado, a empresa americana havia tido perda de US$ 59,141 milhões.

Don Jackson, presidente e executi-vo-chefe da Pilgrim´s Pride afirmou que apesar do progresso da empresa em outros setores “nosso desempenho geral no primeiro trimestre fiscal de

2010 foi abaixo das nossas expectativas”.

Ainda segundo Jackson, vários fato-res contribuíram para a perda do trimes-tre, como custos de reestruturação e

reorganização e atraso do volume processado o que acarretou a empresa a vender os produtos a preços inferiores do que o usual.

Jackson avalia que o volu-me processado vai se estabili-zar antes do final de junho: “Devemos continuar se con-centrando em um funciona-mento mais eficiente. Nós estamos fazendo um bom

progresso em todas estas áreas, e estou confiante de que nossos resultados financeiros do segundo trimestre vão apontar uma melhora significativa” completa.

Pilgrim’s Pride planeja colocar em funcionamento fábricas ociosas

Reabertura

Reabertura dessas três plantas resultará em um aumento de

produção anual de 10%, ou cerca de 3,5 milhões de aves por semana

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22 Produção Animal | Avicultura

Empresas

Grupo Frangos Canção investe em novo sistema de resfriamento evaporativoPlacas de celulose proporcionam melhor controle de temperatura em aviários

Tecnologia

O Grupo Frangos Canção está investindo em tecnologia de

ponta para o controle de temperatura dos galpões. O sistema – que utiliza o resfriamento evaporativo como méto-do para diminuir a temperatura e

aumentar em até 70 % a umidade relativa do ar – começou a ser im-plantado em 18 aviários. De acordo com Aguinaldo Bulla, responsável pelo departamento de expansão e integração do Grupo Frangos Can-ção, a técnica é completamente dife-rente da utilizada hoje pelos aviários

na questão de controle de tempera-tura. “Essa tecnologia é a evolução da técnica do dog house (que utiliza tijolos próprios para aviários, adapta-dos para permitir a entrada de ar nos galpões). Suas características são completamente diferentes das usadas

pelo setor hoje e somente uma em-presa no mundo está produzindo esse material para o setor avícola”, completa. A estimativa é que com o uso dessas placas a mortalidade de aves em função das mudanças de temperatura diminua em 1,5%.

A estimativa é que com o uso dessas

placas a mortalidade de aves em função das mudanças de

temperatura diminua

Empresa avícola cearense se estabelece no PiauíNova indústria pretende abastecer os mercados Norte e Nordeste

Nova marca

A Companhia de Alimentos do Nor-deste (Cialne), com sede no Ceará,

expandiu suas atividades para o Piauí com a construção de uma nova indústria no estado. Localizado a 18 km da capital Teresina, o empreendimento objetiva abastecer os mercados do Norte e Nor-deste com o lançamento da marca Dudi-co. A indústria possui capacidade para abater 80 mil frangos por dia e futura-mente vai investir na fabricação de salsi-cha, mortadela, entre outros produtos alimentícios.

Produtos da marca Dudico

Placa evaporativa instalada em aviário para

controlar temperatura

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Produção Animal | Avicultura 23

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Grupo apresenta evolução favorável em um cenário mundial instável

Resultado operacional (EBITDA) de 104,3 milhões de euros, ou seja

7,6% do faturamento líquido contra 5,6% em 2008, e um resultado líquido de 12 milhões de euros. Estes são os resultados financeiros de 2009 apresen-tados pelo Groupe Doux. Segundo a empresa, esta evolução favorável da rentabilidade do Grupo foi realizada durante um exercício marcado por níveis baixos de preços de venda no início do ano, e de um ajuste dos volumes. O faturamento foi de 1,3 bilhão de euros.

O ano passado regis-

trou queda de 3%do volu-me em relação a 2008 ligados a um primeiro trimestre particularmente difícil nos mercados de exportação. Como estraté-gia de recuperação, o Grupo optou por reduzir o estoque para depois au-mentá-lo progressivamente. Outra medi-da foi reforçar a presença em outros países no Oriente Médio como Iraque, Irã e Jordânia.

Segundo Guy Odri, Presidente Executivo do Groupe Doux, os resulta-dos finais referentes a 2009 confirmam a pertinência das estratégias e o compro-metimento dos trabalhos da equipe do

Grupo. Odri ainda ressalta que a empre-sa está presente nos 130 mercados onde haverá aumento da demanda em razão do crescimento demográfico e econômi-co: “os esforços em prol de uma melhor organização industrial, permitem-nos abordar a competição mundial com instrumentos mais competitivos”, completa.

No Brasil, houve aumento na produ-ção do Mercado Interno, principalmente

com produtos de maior valor agregado, que teve crescimento de mais de 15% no último ano. Além disso, houve uma adequação da produção para o Mercado Externo, com a manutenção dos merca-dos existentes e chegada a novos. O crescimento médio das operações Doux no Brasil nos últimos 11 anos foi superior a 20% ao ano.

Doux divulga resultados financeiros em 2009

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Para Doux, 2009 foi marcado por baixos níveis de preços e ajuste no volume produzido

A chegada de estrangeiros, investi-dores e produtores de outros

Estados ao Oeste da Bahia nos últi-mos anos está forçando o governo estadual e as prefeituras de alguns

municípios a traçarem estratégias para atrair indústrias e promover uma segunda fase do ciclo de desenvolvimento econômico. A afirmação é do Valor Econômico. Em Luís Eduardo Magalhães, está sendo elaborada uma política de isenção tributária para incentivar a entrada de mais empresas no município.

Mesmo sem uma política definida, pelo menos três grupos inicia-rão ainda este ano suas operações na cidade. De origem pernambucana, a Mauricéa, uma das maio-res empresas de proces-samento de carne de frango do Nordeste, construiu um abatedouro de aves na região, que terá capacidade total de abate de 300 mil frangos por dia, em um projeto de mais de R$ 200

milhões.O alagoano Coringa também está

em fase final de implantação de uma indústria para processamento de mi-lho em Luís Eduardo Magalhães. A fábrica consumirá sozinha entre 20% e 30% da produção de milho do mu-nicípio, que ocupa atualmente 270 mil hectares.

Mauricéia já construiu um abatedouro de aves na região

Indústrias ampliam instalações na Bahia

Desenvolvimento

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24 Produção Animal | Avicultura

Evento

Com participação de pensad ores mundiais, WAF levanta

R eunidos em pequeno número, mas com nomes de pe-so, para discutir e levantar idéias sobre o papel da

América Latina no desafio de dobrar a produção de ali-mentos até 2050, os participantes do World Agricultural Forum (Brasília, 12 e 13 de maio), acabaram fazendo mais do que isso. Diversas sugestões para integrar o bloco foram citadas, a principal e mais recorrente delas: a criação de um centro de excelência para a difusão do conhecimento e informação entre os países do Cone Sul. Este centro seria como a junção de todas as “Embrapas”, “Esalqs” e outros departamentos de pesquisa de toda a América Latina.

Entre os pensadores e painelistas do evento patrocina-do principalmente pela Novus International, estavam membros de governos e organizações políticas internacio-nais, cientistas, universidades, ONGs, representantes de empresas do agronegócio e meios de comunicação de paí-ses como Argentina, Colômbia, Uruguai, Chile, México, Peru e Costa Rica.

Representantes da avicultura não deixaram o evento passar em branco e aproveitaram a oportunidade de dis-cussão para trocar idéias que beneficiem o setor avícola brasileiro. Mayr Bonassi, Diretor da Seara, do Grupo Mar-frig, listou alguns desafios pontuais do frango brasileiro: (1) Como atender as crescentes exigências não regulamen-tadas de países importadores, (2) como atrair e reter mão-de-obra e (3) como manter as novas gerações dos produto-res rurais no campo. Explicando seu ponto de vista, Mayr afirma que apenas a organização pode fazer com que as exigências dos compradores internacionais não sirvam de desculpa para derrubar o preço do frango embarcado. O segundo e o terceiro entraves a serem vencidos estão liga-dos à mão-de-obra. A Seara, onde, de acordo com o execu-tivo, há duas mil vagas em aberto, é um exemplo disso. A preocupação com os produtores que transformam o grão em proteína também é legítima, já que a própria indústria acaba incentivando o produtor a sair do campo e ir traba-

Ciente de seu papel no fornecimento de uma proteína b arata, representantes da avicultura marcaram presença

desafios da América Latina n o abastecimento de alimentos

Cré

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Pratini de Moraes Não está na hora de montarmos negócios nos locais para onde embarcamos carne e passarmos de exportadores a investidores?

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Produção Animal | Avicultura 25

Com participação de pensad ores mundiais, WAF levanta

Ciente de seu papel no fornecimento de uma proteína b arata, representantes da avicultura marcaram presença

desafios da América Latina n o abastecimento de alimentos

lhar em suas fábricas. Nos debates que se seguiram à apre-sentação do executivo da Seara, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, Membro do Conselho de Administração da JBS, fez a pergunta: “Não está na hora de montarmos ne-gócios nos locais para onde embarcamos carne e passar-mos de exportadores a investidores?” À pergunta, Mayr respondeu: “Produzir integrado à comunidade é uma for-ma de criar vínculos mais fortes com a população, e, prin-cipalmente, é uma maneira de evitar barreiras. Mas deve-se trilhar um caminho em conjunto com a produção brasileira, onde estão os recursos facilitadores”. Pratini ci-tou o exemplo da JBS, que abriu uma fábrica de hambúr-guer em Moscou, que produz com carne brasileira e rus-sa.

Em um painel que abordou a disponibilidade de água doce no mundo, Ralf Piper, Diretor de Qualidade da Sa-dia, lembrou as estratégias adotadas pela empresa para a captação e reaproveitamento de água. A empresa, que em 2009 abateu mais de 756 milhões de cabeças de frango ou 1,5 milhão de toneladas e deve faturar 25 bilhões de reais em 2010 (junto com a Perdigão), utilizou 33,6 milhões de metros cúbicos de água em suas fábricas no ano de 2009. Este volume foi captado em rios e lagoas (70,4%), abaixo da superfície (28,5%), das chuvas (0,1%) e do abasteci-mento público (0,1%). Deste total, 28 milhões de metros cúbicos foram devolvidos ao meio ambiente.

Ralf lembrou que o uso da água para agricultura deve dobrar até 2050 para acompa-nhar o aumento na demanda por alimentos neste período. Em decorrência disso, novas técnicas para aproveitamento e reuso devem surgir para ali-mentar o mundo. De olho nesta tendência, a unidade de Vitória de Santo Antão, em Pernambuco, que entrou em operação há um ano, já foi projetada para operar somente com água da chuva, se necessário. Toda a água de telhados e pátios é coletada e encaminhada para um reservatório.

No que se refere ao papel da América Latina na produ-ção de alimentos, o principal objetivo é desempenhar um papel de destaque para atender a demanda de nove bi-

lhões de habitantes (estimativa da ONU para 2050) pelo dobro de mantimentos. Além disso, a melhora na renda da população de países em desenvolvimento vai elevar a demanda por alimentos mais sofisticados e a exigência dos consumidores por produtos de qualidade, economica-

mente viáveis e ambiental-mente responsáveis. Para de-sempenhar este papel, os países latino-americanos pre-cisam superar alguns desa-fios. Coube a Luiz Carlos Guedes Pinto, Vice-Diretor de Agronegócios do Banco do Brasil, enumerá-los: (1) Atualizar os instrumentos de política agrícola, (2) rever a política de seguro rural, (3) avançar em termos de prote-ção de renda, (4) garantir in-vestimentos em tecnologia e assistência técnica, (5) criar

instrumentos para se fortalecer em termos de barreiras co-mercias – que não são apenas tarifárias e (6) investir em infra-estrutura, entre outros.

Outro ponto fundamental lembrado por Guedes Pinto e reforçado por outras autoridades como Roberto Rodri-gues, Presidente do Conselho Superior do Agronegócio da

Mayr Bonassi Seara tem duas

mil vagas em aberto

Cré

dito

: Adr

iano

Mac

hado

Novas técnicas para aproveitamento e reuso da água também

devem surgir para alimentar o mundo

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Evento

26 Produção Animal | Avicultura

Fiesp, e Pratini de Moraes é a necessidade de uma maior integração e cooperação entre os países do Cone Sul. Um exemplo claro de que este é um desafio que realmente existe e precisa ser superado é a decisão anunciada em meados de maio pela Argentina de impor restrições a pro-dutos agrícolas que tenham similares no mercado local. Francisco Turra, Presidente da ABEF, foi mais longe e com-pletou dizendo que a América Latina está desconectada e que há protecionismo entre os próprios países do bloco. “Por causa dessa desunião, só nos resta aceitar as regras impostas por outros países importadores. Falta um senti-

mento de time”.

Aproveitando o gancho dos desafios a serem venci-dos, Pratini de Moraes colo-cou em pauta a necessidade de maiores investimentos em marketing, o que, para ele,

permite que os produtos negociados tenham maior valor de mercado. “A América Latina precisa aprender a vender e nossas conversas e reuniões sobre agropecuária e agri-cultura devem discutir as questões de marketing”. Para Pratini, franceses e italianos são bons exemplos de países

que sabem vender, pois comercializam água mineral (marcas Perrier e St Pellegrino).

A bandeira do marketing também foi levantada pelo professor Marcos Fava Neves, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP. O profissional defendeu a idéia de que uma boa estratégia de marketing é entender o que os mercados querem. Assim como todos os outros painelistas, que expuseram suas idéias através de exemplos práticos, ele citou uma estratégia, experi-mentada pelo próprio na loja de computadores Apple, em Boston, Estados Unidos: Para facilitar a troca de no-tebooks, estagiários da empresa se encarregam de deixar o novo modelo adquirido nas lojas com as mesmas fun-ções (caminhos, pastas, arquivos e outros) do antigo. Es-ta foi a forma encontrada pela Apple para atender as ne-cessidades de alguns clientes, que resistiam à idéia de comprar um novo notebbok e deixar todos os antigos ar-quivos para trás. Outra sugestão de Fava Neves é investir em lojas experimentais sediadas em novos centros con-sumidores. Uma alternativa que pode trazer melhores re-sultados do que apenas participar de grandes feiras.

Essas e outras estratégias e recomendações apresenta-das nos painéis farão parte de um documento elaborado na conclusão do evento, que ainda deve ser revisto por outras autoridades. Resta saber se as sugestões vão sair do papel. Como afirma Fava Neves, responsável pela reda-ção do material de conclusão, não adiantam só boas idéias.

Mais informações sobre o World Agricultural Forum, que neste ano aconteceu pela primeira vez na América Latina: www.worldagforum.org

Guedes PintoPaíses do Cone Sul precisam integrar suas políticas para que haja melhor cooperação

Cré

dito

: Adr

iano

Mac

hado

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Produção Animal | Avicultura 27

Regionalização Sanitária

A Secretária de Defesa Sanitária do Ministério da Agricultura

pretende aplicar uma nova dinâmica nas normas de avaliação do Plano Nacional de Prevenção à Influenza Aviária e Doença de Newcastle. As mudanças são no cronograma das auditorias que serão retomadas ainda nesse ano. A primeira delas: agora as Unidades Federativas (UFs) terão um

período menor do que um ano para instaurar medidas corretivas às não-conformidades apontadas no relató-rio anterior. Em outras palavras, a SDA vai agendar, em negociação com

as UFs, uma nova vistoria onde serão avaliados os pontos deficientes da implementação das normas previstas no Plano Nacional e na adequação dos serviços de defesa sanitária ani-mal. Por exemplo: um dos quesitos de avaliação diz respeito à capacida-de de resposta a uma emergência sanitária. Neste item, o estado do Rio de Janeiro recebeu, em 2008, quatro pontos, de uma nota máxima de 15 pontos. Hoje, após as alterações na dinâmica de avaliação, o Rio de Janeiro deveria se comprometer a fazer as adaptações necessárias den-tro de um período de tempo pré-de-terminado. No prazo estabelecido, a Secretaria de Defesa Sanitária volta-ria para auditar novamente este que-sito, e apenas este. As auditorias regulares continuam acontecendo, mas passam de anuais a bienais.

O novo cronograma proposto é uma via de duas mãos: se para a UF é vantajoso não aguardar pela próxima auditoria para ser novamente avalia-da e melhorar seus resultados, para o Ministério da Agricultura é de extre-ma importância que o serviço de defesa animal mantenha uma evolu-ção contínua, e rápida, na prevenção e controle das enfermidades avícolas.

Vale lembrar: A definição de um período para as avaliações está em aberto na Instrução Normativa n°17, de 7 de abril de 2006, que instaurou o Plano Nacional de Prevenção à Influenza Aviária e Doença de Newcastle. Segundo o documento “o Departamento de Saúde Animal - DSA realizará auditorias periódicas, conforme critérios definidos em nor-mas complementares, naquelas UF’s que aderirem ao plano”.

A assessoria de imprensa do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento não retornou os questionamentos da Revista do AviSite sobre o assunto.

Objetivo é agilizar a progressão dos resultados

SDA altera cronograma de auditorias estaduais

Edição de maio de 2009 da Revista do AviSite abordou o tema em

matéria de capa. Acesse www.avisite.com.br/revista para revê-la

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28 Produção Animal | Avicultura

Matéria de capa: USDA 2010

O frango no mundo em 2010: USDA tem novas previsões

Dispondo de mais informações sobre os resultados alcançados

em 2009 e com novas indicações so-bre o possível comportamento da economia em 2010, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) apre-sentou em abril passado novas proje-ções sobre as tendências do frango no mundo neste ano. Há boas e nem tão boas notícias em relação às pro-jeções iniciais, de novembro do ano passado.

Sem ter recuado em 2009 – algo que não era esperado, dada a crise econômica internacional – produção e consumo de carne de frango de-vem voltar a se expandir neste ano. Já o comércio internacional perma-nece com perspectivas consideradas de fracas a moderadas: na importa-ção, o índice de incremento em rela-ção ao ano passado deve ser míni-mo, enquanto nas exportações o volume negociado não dá mostras de recuperação - tende a ser o menor dos últimos três anos.

Produção e consumo de carne de frango devem voltar a se expandir neste ano. Já no comércio internacional, estimativas de incremento vão de fracas a moderadas

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Produção Animal | Avicultura 29

Novas tendências de produção em países selecionados, variação entre as previsões de outubro de 2009 e as de abril de 2010 e índice de evolução em relação a 2008 e 2009

MILHÕES DE TONELADAS

2008 2009Previsões para 2010 Variação entre

previsões (%)

Variação em relação a anos anteriores

2010a 2010b 2010b/2009 (%) 2010b/2008 (%)

EUA 16,561 15,935 16,222 16,300 0,48 2,29 -1,58

China 11,840 12,100 12,500 12,550 0,40 3,72 6,00

BRASIL 11,033 11,023 11,420 11,420 0,00 3,60 3,51

União Européia

8,594 8,660 8,650 8,700 0,58 0,46 1,23

México 2,853 2,789 2,880 2,792 -3,06 0,11 -2,14

Índia 2,490 2,550 2,650 2,650 0,00 3,92 6,43

Rússia 1,550 1,772 1,975 1,975 0,00 11,46 27,42

Argentina 1,430 1,500 1,600 1,650 3,13 10,00 15,38

Irã 1,450 1,525 1,600 1,600 0,00 4,92 10,34

Japão 1,255 1,255 1,255 1,265 0,80 0,80 0,80

Tailândia 1,170 1,200 1,250 1,240 -0,80 3,33 5,98

Outros 11,256 11,451 11,736 11,781 0,38 2,88 4,66

Total 71,482 71,760 73,738 73,923 0,25 3,01 3,41

Fonte: USDA – Elaboração e análises: Produção Animal – Avicultura2010a = Previsão do USDA divulgada em outubro de 2009 / 2010b = Previsão do USDA divulgada em abril de 2010

Refletindo a crise econômica que ainda não foi superada, a produção mundial de carne

de frango deve neste ano apresentar discreta expansão. Permaneceu estável de 2008 para 2009 (aumento de apenas 0,04%) e tende, em 2010, a registrar incremento que não vai além dos 3%. O que significa evolução de 3,4% em dois anos.

Mas há países com perspectivas mais favo-ráveis. O caso mais marcante é o da Rússia, cuja produção tende a crescer acima de 27% no biê-nio – resultado do incentivo governamental à avicultura local e claro indicativo de que a Rús-sia, embora lentamente, caminha para a auto-suficiência e vai deixando de ser o maior im-portador mundial de carne de frango.

Seu lugar (como importador) tende a ser ocupado pela China que, no biênio, expande a produção em cerca de 6,5%, índice superior ao previsto para o Brasil, cujo incremento de pro-dução pode ficar em 3,5%.

Notar, aqui, que embora outros países pos-sam vir a registrar índices de expansão maiores que o do Brasil (casos, entre outros, de Índia, Argentina, Irã e Tailândia), a participação bra-sileira no total mundial se mantém – fatia de 15,4% , como em 2008.

Na produção, avanço não vai além de 3%; em relação a 2009 e a 2008

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30 Produção Animal | Avicultura

Matéria de capa: USDA 2010

Novas tendências de consumo em países selecionados, variação entre as previsões de outubro de 2009 e as de abril de 2010 e índice de evolução em relação a 2008 e 2009

MILHÕES DE TONELADAS

2008 2009Previsões para 2010 Variação entre

previsões (%)

Variação em relação a anos anteriores

2010a 2010b 2010b/2009 (%) 2010b/2008 (%)

EUA 13,428 12,933 13,402 13,661 1,93 5,63 1,74

China 11,954 12,21 12,606 12,675 0,55 3,81 6,03

União Européia

8,564 8,589 8,64 8,65 0,12 0,71 1,00

BRASIL 7,792 7,802 8,076 8,071 -0,06 3,45 3,58

México 3,281 3,272 3,377 3,307 -2,07 1,07 0,79

Rússia 2,695 2,700 2,795 2,71 -3,04 0,37 0,56

Índia 2,489 2,549 2,649 2,649 0,00 3,92 6,43

Japão 1,926 1,951 1,960 1,955 -0,26 0,21 1,51

Irã 1,460 1,536 1,614 1,611 -0,19 4,88 10,34

Argentina 1,270 1,327 1,400 1,450 3,57 9,27 14,17

África do Sul 1,341 1,371 1,424 1,412 -0,84 2,99 5,29

Outros 14,570 14,825 15,211 15,209 -0,01 2,59 4,39

Total 70,770 71,065 73,154 73,360 0,28 3,23 3,66

Fonte: USDA – Elaboração e análises: Produção Animal – Avicultura2010a = Previsão do USDA divulgada em outubro de 2009 / 2010b = Previsão do USDA divulgada em abril de 2010

A crise econômica ainda não terminou (ao contrário, corre o risco agora de recrudes-

cer), mas o consumo mundial da carne de fran-go se mantém – como ocorreu no ano passado quando, apesar de todos os pesares, não retroce-deu - confirmando ser a mais acessível e a menos afetada pelas dificuldades da economia.

O aumento previsto para 2010, não há como negar, continua sendo moderado. Mesmo assim são claras as indicações de que deve ultrapassar os 73 milhões de toneladas, o que assegura - ano após ano, sem nenhuma exceção recente – novo recorde para o consumo.

Para o Brasil, a expectativa de expansão no biênio gira em torno de 3,58%. Mas há indica-ções de incrementos bem mais significativos – casos, por exemplo, de Argentina e Irã, com in-crementos estimados em mais de 10%.

Porém, as maiores expectativas estão deposi-tadas sobre China e Índia, os dois países mais populosos do mundo – pelo menos 35% dos cer-ca de 7 bilhões de pessoas ocupantes da face da terra em 2010.

Para ambos é previsto aumento de cerca de 6%. Mas isso, entre 2,5 bilhões de pessoas, têm significado capital na expansão do consumo mundial.

Recorde, consumo mundial ultrapassa os 73 milhões de toneladas

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Produção Animal | Avicultura 31

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32 Produção Animal | Avicultura

Matéria de capa: USDA 2010

Novas tendências de importação em países selecionados, variação entre as previsões de outubro de 2009 e as de abril de 2010 e índice de evolução em relação a 2008 e 2009

MIL TONELADAS

2008 2009Previsões para 2010 Variação entre

previsões (%)

Variação em relação a anos anteriores

2010a 2010b 2010b/2009 (%) 2010b/2008 (%)

Rússia 1,159 913 820 745 -9,15 -18,40 35,72

União Européia

712 712 710 720 1,41 1,12 1,1

Japão 737 645 680 695 2,21 7,75 -5,7

Ar. Saudita 510 604 650 625 -3,85 3,48 22,5

México 433 492 505 525 3,96 6,71 21,2

China 399 401 360 425 18,06 5,99 6,5

Iraque 211 368 290 375 29,31 1,90 77,7

Emir. Árabes 289 297 290 297 2,41 0,00 2,8

Hong Kong 236 253 260 260 0,00 2,77 10,2

Kuwait 196 226 225 230 2,22 1,77 17,3

EUA 36 39 36 44 22,22 12,82 22,2

Outros 2.871 2.664 2.888 2.712 -6,09 1,80 -5,5

Total 7.789 7.614 7,714 7.653 -0,79 0,51 -1,7

Fonte: USDA – Elaboração e análises: Produção Animal – Avicultura2010a = Previsão do USDA divulgada em outubro de 2009 / 2010b = Previsão do USDA divulgada em abril de 2010

O recorde registrado em 2008 (7,789 milhões de toneladas) deve permanecer. Nas previ-

sões de abril passado, o USDA projeta importa-ções mundiais da ordem de 7,653 milhões de to-neladas – um volume meio por cento maior que o de 2009, mas quase 2% inferior ao de dois anos atrás.

Isso poderia levar à conclusão de que, embora mais acessível entre as três carnes, o frango per-manece com demanda recessiva. Mas não é total-mente assim, pois a maior parte da redução pre-vista está concentrada na Rússia, cujas compras no mercado internacional podem se resumir a apenas dois terços (ou menos) do que foi impor-tado em 2008. E isso faz diferença brutal no co-mércio, já que envolve o maior importador mun-dial do produto e o principal mercado da carne de frango dos EUA.

Em relação aos principais mercados brasilei-ros são previstos desempenhos opostos: o Japão, que em 2009 reduziu as importações, tende a au-mentar ligeiramente suas compras, mas perma-nece com volume quase 6% menor que o de 2008. E a Arábia Saudita – que em 2008 aumentou im-portações em 18% - segue agora em ritmo mais lento, mas suas importações devem aumentar 22,5% em relação a 2008.

Ainda recessivo, volume de importações continua inferior ao de 2008

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Produção Animal | Avicultura 33

Novas tendências de exportação em países selecionados, variação entre as previsões de outubro de 2009 e as de abril de 2010 e índice de evolução em relação a 2008 e 2009

MIL TONELADAS

2008 2009Previsões para 2010 Variação entre

previsões (%)

Variação em relação a anos anteriores

2010a 2010b 2010b/2009 (%) 2010b/2008 (%)

BRASIL 3,242 3,222 3,345 3,350 0,15 3,97 3,33

EUA 3,157 3,100 2,858 2,642 -7,56 -14,77 -16,31

União Européia

742 783 720 770 6,94 -1,66 3,77

Tailândia 383 379 420 410 -2,38 8,18 7,05

China 285 291 254 300 18,11 3,09 5,26

Argentina 164 178 204 204 0,00 14,61 24,39

Canadá 152 147 153 153 0,00 4,08 0,66

Chile 63 87 125 90 -28,00 3,45 42,86

Kuwait 70 70 70 70 0,00 0,00 0,00

Austrália 27 30 40 33 -17,50 10,00 22,22

Emir. Árabes 30 30 30 30 0,00 0,00 0,00

Outros 98 133 120 130 8,33 -2,26 32,65

Total 8.413 8.450 8.339 8.182 -1,88 -3,17 -2,75

Fonte: USDA – Elaboração e análises: Produção Animal – Avicultura2010a = Previsão do USDA divulgada em outubro de 2009 / 2010b = Previsão do USDA divulgada em abril de 2010

Pelas previsões do USDA, 2010 será pior que em 2009 para as exportações mundiais de

carne de frango, pois o volume exportado tende a recuar 3,17% em relação ao ano passado e 2,75% em relação a dois anos atrás.

Devagar com o andor, porém, porquanto o refluxo tende a ficar concentrado, quase exclusi-vamente, nas exportações norte-americanas. Em outras palavras, as atuais projeções do US-DA já incluem o comportamento importador recente de Rússia e China e, por isso, prevêem que no ano as exportações dos EUA, que já recu-aram em 2009, podem recuar novamente em 2010, ficando até 16% menores que as de 2008.

As exportações brasileiras de carne de fran-go também recuaram em 2009 (0,6% pelo US-DA; 0,3% pela SECEX/MDIC), mas tendem à re-cuperação em 2010. Em um índice (+3,3% em relação a 2008) aparentemente modesto, mas significativo se considerada a perspectiva de re-dução das exportações mundiais em 2,7% no biênio.

A ressaltar, em relação a todas essas previ-sões, que elas datam de abril de 2010 e, portan-to, antecedem a nova e recente indefinição da economia mundial com a deflagração da crise grega.

Exportações retrocedem ao menor nível dos últimos três anos

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Ciência Avícola

A rentabilidade de uma produção de frangos de corte está relacionada ao desempenho da ave e

de outros fatores tais como a viabilidade produtiva, a eficiência alimentar as características de carcaça ao abate. A possibilidade de melhorar a eficiência produtiva dos frangos de corte a partir da manipu-lação da dieta das matrizes tem se tornado alvo de questionamentos com o intuito de encontrar alter-nativas que melhorem o desempenho das aves de uma maneira mais econômica. Tradicionalmente, muitas pesquisas têm sido direcionadas para identi-ficar os nutrientes e os limites que maximizam a produção e a eclodibilidade de ovos de matrizes, in-vestigando seus efeitos sobre a produção e a imuni-

Impacto da Nutrição de Matrizes Pesadas

sobre o Desenvolvimento

da Progênie

Pintinhos de melhor qualidade

Autores: Lúcio Francelino Araújo, Michael Thomas Kidd, Cristiane Soares da Silva Araújo, Luís Carlos Garibaldi Simon Barbosa

Lúcio Francelino Araújo, da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da USP, explica que, para que o frango de corte pos-sa expressar todo o seu potencial genético, é necessário que ele receba uma nutrição ade-quada desde a eclosão. Contudo, esta nutri-ção pode iniciar-se desde o momento em que a matriz está sendo alimentada, pois parte dos nutrientes que estão sendo ingeri-dos serão direcionados para a sua manuten-ção, outra parte para a produção e uma ter-ceira será depositada nos ovos. Um segmento destes nutrientes, que será armazenado nos ovos, vai ser utilizado durante o desenvolvi-mento embrionário da progênie e a última parte será armazenada através do saco da

gema e poderá ser usada pela ave após a eclosão, resultando em pintinhos de melhor qualidade e melhor perfil imunológico.Os resultados desta pesquisa, desenvolvida durante o período de pós-doutorado do au-tor na Mississppi State University, demons-traram que é possível atuar positivamente através da nutrição das matrizes, de maneira a alcançar avanços nos resultados da progê-nie, como desempenho e rendimento de car-caça. Na opinião de Lúcio Araújo, nos próxi-mos anos, o desafio será avaliar o impacto da suplementação de outros ingredientes na ali-mentação das matrizes e como eles poderão influenciar o frango de corte, melhorando os índices de produção sem afetar os custos.

Lúcio Araújo

34 Produção Animal | Avicultura

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Produção Animal | Avicultura 35Produção Animal | Avicultura 35

Pintinhos de melhor qualidade

dade da progênie. É sabido que o crescimento e o desenvolvimento embrionário adequados são depen-dentes de um completo fornecimen-to dos nutrientes depositados no ovo. Consequentemente, o status fi-siológico do pintinho à eclosão é grandemente influenciado pela nu-trição das matrizes.

De acordo com Whitehead et al., (1985), ao contrário do que acontece com a energia e a proteína, o conte-údo vitamínico e mineral de um ovo é dependente do seu fornecimento na dieta das matrizes e, deficiências ou excessos, podem afetar a quali-dade e posterior desempenho da progênie. Além disso, existem evi-dências de que uma nutrição ade-quada das matrizes pode afetar posi-tivamente o desempenho e a resposta imune da progênie. Vale ressaltar que, as exigências da re-produtora para mantença e repro-dução não são as mesmas para uma adequada produção de pintinhos de qualidade. A Tabela 1 demonstra os efeitos da deficiência dos principais nutrientes na dieta das matrizes so-bre a progênie.

Qualidade do pintinhoA qualidade do pintinho à eclo-

são pode ser reflexo do padrão de nu-trição de uma matriz e, também, das condições de desenvolvimento em-brionário da ave durante a incuba-ção, fatores estes que serão determi-nantes no desempenho do frango de

corte durante seu desenvolvimento no campo.

A incubação é um processo que requer altos cuidados a fim de que se-

ja possível reproduzir condições fa-voráveis para que o conteúdo de um ovo fértil seja transformado em um pintinho de um dia. Quando ocorre uma incubação adequada, o desen-volvimento da ave é favorecido ha-vendo possibilidade de otimização do seu potencial genético. Em todo o mundo, o setor de incubação com-preende quão sensível é este proces-so e quais são os desafios que o en-volvem. Porém, o que caracteriza um bom resultado de uma incubação: a quantidade ou a qualidade dos pinti-nhos? Em geral, o resultado de uma incubação é avaliado pelo número e pelo custo de pintinhos eclodidos. Embora a eclodibilidade e custo de produção sejam fatores determinan-tes, é necessário avaliar, também, os efeitos que a incubação podem exer-cer em todo o ciclo de produção, pois a qualidade do pintinho à eclosão as-sociado às condições adequadas du-rante o processo de incubação po-dem influenciar positivamente a performance das aves, bem como o rendimento e a qualidade da carca-ça.

A qualidade do pintinho (Tabela 2) pode ser avaliada através de dife-rentes métodos, sendo que cada um apresenta uma característica própria

e depende do objetivo da avaliação em questão. Além disso, devem ser práticos, confiáveis, rápidos de exe-

Tabela 1 – Efeito da deficiência de diferentes nutrientes na dieta das matrizes sobre a progênie

Nutriente Efeitos

↓ “Energia” + ↑Proteína ↑ Mortalidade embrionária

Vitamina A ↓ Produção e eclodibilidade

Vitamina E ↓ Eclodibilidade

Vitamina D ↑ Mortalidade embrionária

B12 ↓ Produção e eclodibilidade

Ácido pantotênico↓ Eclodibilidade, afeta empenamento,

pintinhos com incoordenação

Riboflavina Afeta desenvolvimento embrionário

Tiamina Polineurite e mortalidade embrionária

Manganês↓ Eclodibilidade e ↑anormalidades em-

brionárias

Cálcio Afeta desenvolvimento embrionário

FósforoAfeta desenvolvimento ósseo embrio-

nário e ↓ Eclodibilidade

Zinco↓ Eclodibilidade, ↑ Mortalidade embrio-

nária e afeta desenvolvimento ósseo

Wilson, 1997 (Adaptado)

A eclodibilidade e o custo de produção são fatores determinantes no resultado da incubação, mas, é necessário avaliar, também, os efeitos que este processo pode exercer em todo o ciclo de produção

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36 Produção Animal | Avicultura

Ciência Avícola

cutar e incluem características como o peso à eclosão, o comprimento do pintinho, o grau de hidratação, a qualidade do umbigo, dentre outros (Hill, 2001; Wolanski et al., 2006). Entretando, a relação entre estes mé-todos e o desempenho da ave são

ainda pouco explorados. Durante a incubação, o conteúdo

do ovo é usado pelo embrião para a formação do seu corpo. A energia pa-ra este processo é oriunda principal-mente da gema. No final da incuba-ção, a gema remanescente é

internalizada para a cavidade abdo-minal a qual será absorvida poste-riormente, desenvolvendo diferentes funções no organismo das aves. Quando o peso do pintinho à eclo-são é avaliado, leva-se em considera-ção o peso do pintinho e do saco da gema que foi internalizado. Segundo Wolanski et al. (2006), este pode não ser um bom parâmetro de avaliação de qualidade do pintinho e de sua subsequente performance já que este peso inclui uma desconhecida quan-tidade de gema residual. No entanto, existe uma outra medida que é mais eficiente na avaliação da qualidade do pintinho: o comprimento da ave. Com auxílio de uma régua ou fita métrica apropriadamente fixada em uma superfície de trabalho, verifica-se o comprimento do animal estica-do desde o bico até a extremidade distal do dedo mais longo. O compri-mento do pintinho tem se mostrado correlacionado ao peso corporal da ave em idade mais avançada, sendo possível fornecer a previsão de seu desenvolvimento futuro. Significa dizer que quanto melhor a eficiência de utilização da energia e dos nu-trientes disponíveis durante a vida embrionária, maior será o compri-mento do pintinho. Araújo et al. (2009) avaliaram o comprimento de pintinhos oriundos de matrizes ali-mentadas com dietas suplementadas com zinco na dieta. Os autores ob-servaram maior comprimento à eclo-são e, consenquentemente, maior ga-nho de peso e rendimento de carcaça para frangos de corte oriundos de matrizes suplementadas com glicina-to de zinco na dieta quando compa-rados com o tratamento controle em que não havia a suplementação do mineral (Tabela 3).

DesempenhoQuando a matriz consome uma

ração, a prioridade de utilização dos nutrientes é para a manutenção dos órgãos vitais, seguidos do metabolis-mo ósseo e crescimento muscular e, por último, a reprodução. Isto resalta

Os autores observaram tamanho maior na

eclosão e maior ganho de peso e rendimento de carcaça para frangos de

corte oriundos de matrizes suplementadas com

glicinato de zinco na dieta

Tabela 2 – Parâmetros utilizados para avaliar a qualidade de pintinhos

Categoria Descrição Critério de desclassificação

VitalidadePintinhos com maior vitalidade iniciam a

ingerir alimentos mais rapidamenteBaixa vitalidade

UmbigoUmbigo fechado diminui a incidência de

infecçõesUmbigo aberto

Aparência Seco e limpo “Úmidos”

PernasBoa qualidade de pernas diminuem a

probabilidade de problemas locomotores na fase de produção

Malformações

BicoPintinhos com bicos normais alimentam

mais facilmenteMalformações

Olhos Abertos e brilhantes Cegos

ComprimentoPintinhos maiores apresentam maior

performance no campo?

Gema Pintinho sem resíduo de gema aderida Resíduo de saco da gema

Tabela 3 – Qualidade, comprimento e desempenho de pintinhos oriundos de matrizes alimentadas com matrizes suplementadas com zinco na dieta

Parâmetro Controle Glicinato de Zn

Umbigo 24,58b 14,24a

Pernas 18,19b 4,34a

Comprimento 17,54b 18,78a

Peso à eclosão 42 42

Peso 7d, g 136b 144a

Peso 42d, g 2879b 2917a

Rendimento de carcaça, %

68,26b 70,79a

Araujo et al., 2009a (Adaptado)

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Produção Animal | Avicultura 37

a importância do fornecimento de uma dieta nutricionalmente equili-brada que irá garantir as necessida-des de mantença e de produção, não esquecendo, porém, que a superali-mentação resultará no acúmulo de gorduras que afetará a produção de folículos e, consequentemente, o de-sempenho reprodutivo da ave.

Avaliando a suplementação vitamí-nica e mineral de matrizes durante o período de 22 a 45 semanas de idade, Araujo et al. (2009 b) observaram que a progênie de matrizes alimentadas com dieta suplementada com glicinato de manganês, apresentou maior peso cor-poral e conversão alimentar aos 14 dias que os demais tratamentos (Tabela 4). Entretanto, aos 41 dias, o peso corporal foi semelhante para as aves do trata-mento controle e dietas suplementadas com glicinato de zinco e manganês, e a conversão alimentar não diferiu para a dieta suplementada com glicinato de manganês e o tratamento no qual fo-ram adicionados todos os minerais e as vitaminas.

Qualidade da carcaçaTradicionalmente, por vários anos,

a nutrição de matrizes tem sido focada no seu desempenho associado ao me-nor custo de produção. Recentemente, diferentes trabalhos de pesquisa têm procurado avaliar o resultado desta nu-

trição sobre o resultado final da progê-nie, notadamente sobre a qualidade da carcaça. Desta forma, o objetivo seria estimular o crescimento da ave ao pro-duzir ovos com maior concentração de nutrientes disponíveis, desde o período de incubação. Peebles et al. (2002) no-taram melhor rendimento de carcaça de pintinhos oriundos de matrizes ali-mentadas com dietas formuladas com óleo de milho, quando comparados com as aves oriundas de matrizes ali-mentadas com o tratamento controle, formulada com gordura de origem ani-mal. Em experimento conduzido por Araújo et al. (2009b) a suplementação de glicinato de manganês na dieta das matrizes resultou em melhor rendi-mento de peito e sassami aos 42 dias, quando comparado aos demais trata-mentos (Tabela 5).

Sistema imunológicoDe uma forma geral, a nutrição

das matrizes pode influenciar positi-vamente o sistema imune das aves, principalmente quando se trata dos níveis de vitaminas e minerais utili-zados nas dietas. Rebel et al., (2004) suplementando a dieta de matrizes com vitaminas e minerais, observa-ram um aumento na contagem de leucócitos de pintinhos oriundos de matrizes alimentadas com dietas con-tendo alto nível de vitaminas e mine-rais, o que indicou uma estimulação do sistema imune por estes nutrientes (Tabela 6). Devido ao reduzido núme-ro de trabalhos científicos relacionan-do o impacto da nutrição das matri-zes sobre o sistema imunológico da progênie, mais pesquisas precisam ser desenvolvidas nesta área.

Progênie de matrizes alimentadas com dieta suplementada com glicinato de manganês apresentou maior peso corporal e conversão alimentar aos 14 dias que os demais tratamentos

Tabela 4 – Suplementação de vitaminas e minerais para matrizes e seus efeitos sobre o desenvolvimento da progênie

Tratamentos Peso 14d, g CA 14 d, g:g Peso 41d, g CA 41 d, g:g

Controle 508 b 1,20 bc 2.520 a 1,69 b

Controle + Vit B 486 d 1,21 c 2.472 d 1,70 b

Controle + Vit D 479 e 1,22 cd 2.421 f 1,78 e

Controle + Vit E 495 c 1,20 c 2.482 cd 1,71 c

Controle + Vitaminas 496 c 1,20 b 2.494 c 1,69 b

Controle + Se proteinato 498 c 1,21 c 2.453 e 1,73 d

Controle + Glicinato Zn 497 c 1,20 b 2.548 a 1,70 b

Controle + Glicinato Mn 515 a 1,18 a 2.551 a 1,67 a

Controle + Minerais 494 c 1,22 d 2.436 f 1,69 b

Controle + Vit and Min 498 c 1,22 d 2.512 b 1,67 a

Araújo et al., 2009b

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38 Produção Animal | Avicultura

Ciência Avícola

ConclusõesA nutrição das matrizes tem um im-

portante papel no desenvolvimento, eclodibilidade e desempenho da progê-nie. Porém, existem diferentes traba-lhos que focam as exigências nutricio-nais de energia e proteína das matrizes, diferentemente do que se tem observa-do com relação aos demais nutrientes para estes animais. Além disso, se tem trabalhado com uma ave de alto poten-

cial genético, mas que tem sido alimen-tada com níveis vitamínicos e minerais de décadas passadas. A matriz moderna apresenta menor ingestão de alimen-tos, o que agrava ainda mais as suas exigências para estes nutrientes.

O fornecimento balanceado de nu-trientes para as matrizes garantirá o melhor desenvolvimento da progênie, que poderá ser expresso através da sua qualidade e do seu desempenho ao lon-

go de sua vida produtiva.Novos desafios devem ser lançados

com o intuíto de se entender melhor como aproveitar o potencial genético das matrizes, que, por sua vez, será tra-duzido pela produção de pintinhos de alta qualidade e que atendam aos obje-tivos de produção esperados.

A íntegra do trabalho com a biblio-grafia consultada está disponível no AviSite (www.avisite.com.br).

Tabela 5 – Suplementação de vitaminas e minerais para matrizes e seus efeitos sobre as características de carcaça da progênie

Tratamentos Carcaça, % Peito, % Sassami, %

Controle 69,44 a 23,56 d 5,41 bc

Controle + Vit B 68,06 b 23,29 e 5,34 c

Controle + Vit D 64,23 e 23,66 cd 5,56 b

Controle + Vit E 65,62 d 23,55 d 5,20 d

Controle + Vitaminas 66,59 c 23,32 e 5,16 d

Controle + Se proteinato 64,90 d 23,79 c 5,44 bc

Controle + Glicinato Zn 68,53 b 23,93 b 5,41 bc

Controle + Glicinato Mn 70,18 b 25,10 a 5,67 a

Controle + Minerais 67,18 c 23,97 b 5,55 b

Controle + Vit and Min 70,18 a 23,64 cd 5,35 c

Araújo et al., 2009b

Tabela 6 – Células sanguíneas de frangos de corte oriundos de matrizes alimentadas com dietas contendo baixo e alto nível de vitaminas e minerais na dieta

Baixo Vit/Min Alto Vit/Min

Heterófilo 5,3 3,8

Linfócito 4,6 21,4

Monócito 1,1 5,3

Basófilo 0,0 5,4

Rebel et al., 2004

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Produção Animal | Avicultura 39

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40 Produção Animal | Avicultura

AviGuia: produtos, serviços e empresas

A Adisseo, terceira maior fabri-cante de aditivos e soluções

nutricionais para animais no mun-do, passa a comandar do Brasil todas as operações do grupo na América do Sul. A mudança na estrutura coincide com a aposenta-doria de três colaboradores que atuam há anos na empresa: Louis Cottin, Diretor Geral América Latina; Elder Carettoni, Diretor Comercial América Latina, e Luiz Moro, Gerente Regional de Mercado para os clientes da região Sul do Brasil. Segundo Carettoni, que continuará prestando assesso-ria á área comercial da Adisseo, as mudanças no quadro profissional e na estrutura de administração esta-vam previstas há alguns anos o que resultou na ampla preparação da nova equipe. “Uma empresa não se torna líder apenas com bons produ-tos, o que sempre tivemos. Também é preciso contar com uma equipe competente, que trabalha direito e de forma coesa, como a nossa”, completa.

O profissional Roger Solitão assume como diretor de marketing e vendas América do Sul, e Carlos Koermandy como diretor comercial Brasil. A gerência de marketing passa a ser dirigida por Mariana Corrêa. Francisco Bertolino foi contratado para assumir os Estados do Sul do Brasil e Mato Grosso. O departamento técnico América do Sul, por sua vez, passa a contar com o reforço de Roberto

Montanhini, antes atuando na área comercial no Brasil, auxilian-do Márcio Ceccantini, gerente técnico da região.

10 anos de Rovabio® A Adisseo comemora os dez

anos de distribuição da linha Rovabio® no mercado brasileiro. O produto – um combinado de enzimas carbohidrases – facilita a ação das enzimas digestivas sobre uma quantidade de nutrientes resultando no aumento da quanti-dade de carboidrato liberado durante o processo de digestão de matérias primas. Calcula-se que cerca de 48 bilhões de aves foram suplementadas durante essa década, o que resultou na economia de cerca de US$ 800 mil em alimentação animal, levan-do-se em conta os custos atuais de formulação.

Saiba mais sobre os 10 anos do Rovabio® e a Adisseo no site da empresa: www.adisseo.com

Adisseo Brasil vai comandar operações sul-americanas do grupo

Estrutura

Novidade coincide com aposentadoria de colaboradores que atuam há anos no grupo

A Merial Saúde Animal partici-pou do XII Seminário

Internacional de Produção e Patologia Aviária, entre os dias 26 e 30 de Abril, promovido pela Universidade da Geórgia e pela Associação de Médicos Veterinários Especialistas em Avicultura (AMEVEA). Um dos objetivos da empresa no evento, realizado em Athens, no estado da Georgia, EUA, foi atualização da equipe técnica em relação aos novos avan-ços nas pesquisas em sanidade aviária. Para Clóvis de Oliveira, diretor da Unidade Avicultura da Merial, o seminário é um encontro importante no setor, “por isso leva-remos alguns técnicos de nossa equipe e clientes para atualização e renovação de conteúdo”, afirma.

Conheça mais sobre a Merial acessando o portal da empresa: www.merial.com.br

Merial participa de Seminário Internacional

Evento

Foco da empresa foi aprimoramento técnico da equipe

Para o diretor Clóvis de Oliveira, even-tos como esse são importante renova-ção de conteúdo

Carlos Koermandy e Roger Solitão

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Leia as últimas notícias sobre as empresas do setor em www.avisite.com.br

Produção Animal | Avicultura 41

Palestra

Produtividade e ambiente são temas do Simpósio Internacional da Alltech Evento também discute assuntos como saúde animal e tendências no setor

Encontrar o equilíbrio entre pessoas, produtividade e o

planeta para um futuro de suces-so. Esse foi o tema do 26° Simpósio Internacional de Saúde e Nutrição Animal da Alltech, reali-zado entre os dias 16 e 19 de maio, em Lexington, Kentucky, EUA, e também o assunto princi-pal da conferência ministrada pelo Dr. Pearse Lyons, fundador e presi-dente da empresa. Já nas palestras específicas na sessão de aves, especialistas do segmento discuti-ram a oportunidade de uma carne branca mais barata, qualidade, rastreabilidade e as tendências do setor.

Técnicos, consultores, pesqui-sadores e empresários componen-tes da equipe brasileira do grupo tiveram a oportunidade de presti-giar, junto às outras 1.500 pessoas que participaram do encontro, a palestra do conterrâneo Fernando

Rutz que apresentou o trabalho “Miopatia Muscular e Integridade dos Tecidos”, onde foi analisado um caso, ocorrido no Brasil em 2009, no qual com o uso de

SelPlex foi possível reduzir de 2% para 0,5% as perdas econômicas pela patologia Miopatia Cranial Dorsal, conhecida por gerar um exudato de aspecto esverdeado neste músculo causando altas taxas de descarte de carcaças e conseqüentes perdas econômicas.

Ronda Universitária Estudantes das melhores uni-

versidades de ciências agrárias e veterinárias do estado de São Paulo acompanharam, dos dias 27 a 30 de abril, a etapa brasileira da Ronda Universitária Alltech. O evento tem como finalidade divul-gar as recentes informações cientí-ficas relacionadas a nutrição e produção animal. Outro objetivo do encontro é promover o prêmio internacional Alltech Young Scientist 2011. Em 2009, a Ronda visitou mais de 60 universidades pela América Latina e reuniu cerca de 2500 estudantes e professores.

Saiba mais acessando o site da empresa: www.alltech.com/brasil.

Dr. Pearse Lyons, fundador e presidente da empresa, durante palestra

Participação de alunosna Ronda Universitária

Alltech

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42 Produção Animal | Avicultura

AviGuia: produtos, serviços e empresas

Poli-Nutri investe em laboratório de recursos tecnológicos no PR

Inauguração

Produtores agora terão acesso a análises físicas, químicas e microbiológicas

No dia 28 de Maio, a Poli-Nutri inaugurou em Maringá, PR, o

Laboratório de Nutrição Animal Dr Lucio Hakin, em homenagem ao grande mentor da Poli-Nutri, faleci-do no ano passado. A nova estru-tura oferece 100 tipos de análises químicas, microbiológicas e físicas com o objetivo de atender os cria-dores que buscam os melhores resultados de produtividade e ele-var o padrão de qualidade dos produtos da empresa. Para José Leandro Bruzegues, Diretor de Nutrição e Formulação da Poli-Nutri, a nutrição moderna exige conhecimento minucioso do valor nutricional dos ingredientes utiliza-dos bem como sua variabilidade: “é a partir destas informações que podemos formular dietas que aten-dam adequadamente as

necessidades dos animais reduzindo o impacto ambiental da produção”, con-clui. O laboratório teve um investimen-to de 500 mil reais e apóia os demais setores da Poli-Nutri, como os departamentos de compras, controle de qualidade e departamento téc-nico, aprimorando ainda mais a presta-ção de serviço aos clientes.

Conheça a em-presa e seus produ-tos: www.polinutri.com.br.

A SANPHAR conquis-

tou, em janeiro deste ano, a certificação do Sistema de Gestão Ambiental baseado na norma ISO 14001:2004

que tem como objetivo principal a preservação ambiental com foco

em ações no uso racional da água e energia elétrica, redução do consumo de papel, realização de eventos voltados à educação e prática ambiental e principalmente na destinação correta, tratamento e reciclagem de resíduos líquidos, sólidos e gasosos gerados nos seus processos produtivos.

A conscientização dos funcio-nários, realizada através de treina-mentos, comunicação ativa e su-gestões, incutiu na consciência

coletiva a necessidade de iniciati-vas pessoais na prevenção à polui-ção e na sustentabilidade ambien-tal, além de colaborar para melhoria contínua do sistema. “A conquista da certificação ISO 14001:2004 significa para a SANPHAR o reconhecimento inter-nacional de seu desenvolvimento sócio-econômico” afirma José Nunes Filho, Diretor Presidente da empresa. Mais informações: www.sanphar.com.br

Sanphar Saúde Animal obtém certificação de Sistema de Gestão Ambiental

ISO 14001:2004

Conscientização e comprometimento dos funcionários ajudou na melhoria contínua

Laboratório, inaugurado em Maringá, oferece 100 tipos de análises e teve um custo de 500 mil reais

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Produção Animal | Avicultura 43

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Tectron lança novo produto enzimático Tecnologia genética

Lançamento consiste no gene isolado da bactéria E.Coli

A Tectron disponibiliza no mercado o produto enzimá-

tico SUNPHASE 5000 desenvol-vido com avançadas tecnologias genéticas da University of British Columbia, Canadá pelo pesqui-sador Dr. Cheng Kuo Joan. O lançamento consiste no gene fitase-6, isolado da bactéria E.Coli expressadas no fungo Pichia pastoris e produzida por fermentação líquida. O produto melhora a disponibilidade de fósforo, energia e aminoácidos em dietas para aves e suínos além de atuar em diferentes pH e ser resistente à ação das enzi-mas endógenas. Outras soluções para a nutrição animal estão disponíveis no site www.tectron.ind.br

Inovação

Kemin disponibiliza produto para controle da enterite necróticaContaminação da doença afeta mais de 80% da produção mundial de frango

A Kemin, empresa global de soluções para alimentação e

saúde humana e animal, disponibi-liza para o mercado brasileiro o CloSTAT™. O produto consiste em um probiótico que contém uma cepa especial de Bacillus subtilis PB6, isolada e selecionada pelos cientistas da empresa e possui ação específica contra Clostridium perfringens, o agente causador da enterite necrótica em aves. De acordo com o World Poultry, a con-taminação com Clostridium per-fringens é um dos grandes desafios do setor e afeta mais de 80% da produção mundial de frangos. No

caso de infecção clínica, as conse-quências da enterite necrótica podem ser devastadoras, contudo as maiores perdas econômicas estão nos casos de infecção subclí-nicas – que são diagnosticadas tardiamente na maior parte das vezes. Os principais sintomas nes-ses casos são: perda de apetite, maior conversão alimentar, aumen-to da umidade na cama, diminui-ção do ganho de peso e discreto aumento na mortalidade. De acor-do com trabalhos científicos divul-gados, o CloSTAT™ auxilia a man-ter a população intestinal de bactérias benéficas,

diminui a população da Clostridium perfringens, além de auxiliar na conservação das vilosidades intesti-nais que aumentam a absorção de nutrientes. Estudos científicos ain-da demonstram melhoria no de-sempenho zootécnico nas aves que receberam o probiótico como ação preventiva à enterite necrótica. Outras vantagens do CloSTAT™ incluem diminuição nas condena-ções de carcaça, contribuição para o bem-estar geral dos animais e aumento no retorno econômico. Para saber mais sobre o produto da empresa: www.keminclostat.com/brazil

Estande da Tectron na Avesui 2010

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44 Produção Animal | Avicultura

AviGuia: produtos, serviços e empresas

Guabi prevê cenário positivo para avicultura no momento pós-crise

Otimismo

Segundo gerente da empresa, crescimento econômico vai influenciar no mercado interno

O cenário positivo para a avi-cultura neste momento pós-

crise econômica somou para in-centivar a presença de toda a cadeia produtiva, sendo a pers-pectiva otimista por diversos ângulos. Essa é a opinião de João Carlos de Angelo, Gerente de Formulação e Avicultura da Guabi. Contudo, de acordo com o gerente, o momento e o mercado requerem cautelas, afinal, “a avicultura depende também do comportamento do mercado externo – que representa aproxi-madamente 30% da produção do setor – e é diretamente influen-ciada pela taxa cambial”, afirma.

Já para o mercado do ovo, que possui demanda equilibrada e depende do consumo interno, o gerente afirma que o ponto cru-cial é a estabilização da produ-ção. “Ele ditará a continuidade da recuperação do setor”, considera.

Essas perspectivas foram apre-sentadas durante a Avesui 2010, onde a empresa marcou presença no segmento de Nutriserviços. O destaque para as aves foram: Dietas Pré-Iniciais, uma ração minipeletizada e/ou triturada cujo formato proporciona maior de-senvolvimento do trato digestivo, e as linhas Nutrinúcleos e Avemixes. Para mais informações

sobre a empresa e produtos, acesse o site: www.guabi.com.br.

Antonio Gobbi, diretor da Full Gauge Controls, enalteceu o su-

cesso do estande da empresa na AveSui 2010, realizado durante os dias 12 e 13 de Maio, em Florianopólis, SC,“ sem dúvida foi a melhor edição da feira para a Full Gauge, tanto em quan-tidade quanto em qualidade do público visitante”. Os clientes e prospectors que freqüentaram o estande da empre-sa, foram informados sobre a linha específica para o setor que abrange o instrumento Humitech Super, que controla simultaneamente até oito grupos de ventiladores, e protetor de equipamentos elétricos PhaseLOG plus, Mais sobre a empresa no site www.fullgauge.com.br.

Full Gauge ressalta resultados de participação em feira

AveSui

Diretor da empresa comemora o sucesso do estande no evento

Estande da Full Gauge no evento atraiu clientes e prospectors

Guabi participou da Avesui

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Produção Animal | Avicultura 45

Produção e mercado em resumo

Os resultados alcançados pela avicultura brasileira no que se refere à produção de pintos

de corte e de carne de frango no mês de fevereiro indicam que a recupera-ção em relação ao início de 2009 per-manece acelerada. A produção de car-ne do frango do primeiro bimestre de 2010, por exemplo, soma quase 1,871 milhão de toneladas, volume 12% su-perior ao do mesmo bimestre de 2009. Note-se, porém, que nessa época, há

um ano, o setor reduzia compulsoria-mente sua produção. Por isso, compa-rado ao de dois anos atrás, o atual re-sultado é bem menos significativo.

Nos números da postura, em abril úl-timo, o alojamento de pintainhas conti-nua crescente com aumento de 30,24% sobre o total alojado no mesmo mês do ano passado. Já nas matrizes de postura, o volume alojado representou redução de 51,32% sobre abril de 2009, mas, apesar disso, o primeiro quadrimestre do

ano foi encerrado com um plantel quase 53% maior que o do mesmo período do ano passado.

Vale destacar aqui que o Relatório Anual da União Brasileira de Avicultura não traz, pela primeira vez desde que foi iniciada sua publicação, na segunda me-tade dos anos 1990, os dados efetivos do alojamento de matrizes de corte no ano anterior: o Relatório de 2009, divulgado recentemente, traz apenas um resultado preliminar: 44,348 milhões de cabeças.

Avicultura segue acelerada na comparação com 2009

Produção de pintos de corte

Em fevereiro de 2010 foram produzidos no País

448,957 milhões de pintos de corte, aumento

de 10,33% sobre os 406,9 milhões de cabeças

de fevereiro de 2009.

Produção de carne de frango

Em fevereiro passado foram produzidas no

Brasil 870.352 toneladas de carne de frango,

volume que significou incremento de 11,5%

sobre o mesmo mês do ano passado.

Exportação de carne de frango

Os embarques de abril ficaram resumidos a

309.942 toneladas, um volume 6% menor que os

registrados no mesmo mês do ano passado e no

mês anterior.

Oferta interna de carne

de frangoPermaneceram no

mercado interno, em fevereiro, 587.882

toneladas de carne de frango, redução da ordem de 23% em relação a janeiro

de 2010.

Alojamento de matrizes de posturaForam alojadas no País,

em abril, 40.810 matrizes de postura, o que

representa reduções de 51,32% e 19,36% sobre, respectivamente, abril de

2009 e março de 2010.

Alojamento de pintainhas de

posturaEm abril, o volume

alojado totalizou 6,448 milhões de cabeças, que significou aumento de 30,24% sobre o total

alojado no mesmo mês de 2009.

Desempenho do frango vivo em maio de 2010

O produto encerrou maio com o menor valor médio de 2010 (R$1,39), apresen-tando uma queda de 15%

em relação ao preço de fechamento de 2009.

Desempenho do ovo em maio

de 2010O ovo não conseguiu obter

preço superior ao registrado no mesmo mês do ano passado. Assim, o valor alcançado em maio foi 6,5% inferior ao de

maio de 2009.

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46 Produção Animal | Avicultura

Produção de pintos de corteRitmo produtivo é intenso e volume de fevereiro aumenta 10%

Evolução mEnsAl MILHÕES DE CABEÇAS

MÊS 2008/2009 2009/2010 VAR. %

Março 441,119 425,628 -3,51%

Abril 429,048 455,711 6,21%

Maio 455,492 461,811 1,39%

Junho 437,041 482,089 10,31%

Julho 476,081 500,270 5,08%

Agosto 484,328 482,678 -0,34%

Setembro 485,261 467,938 -3,57%

Outubro 496,165 503,041 1,39%

Novembro 431,662 462,635 7,18%

Dezembro 443,854 493,895 11,27%

Janeiro 417,755 472,898 13,20%

Fevereiro 406,918 448,957 10,33%

EM 2 MESES 824,673 921,855 11,78%

EM 12 MESES 5.404,725 5.657,551 4,68%

Fonte dos dados básicos: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

Estatísticas e Preços

Conforme a APINCO, em fevereiro de 2010 foram produzidos no País

448,957 milhões de pintos de corte, volume que representou aumento de 10,33% sobre os 406,9 milhões de ca-beças do mesmo mês do ano passado.

Em relação ao mês anterior, janeiro de 2010, o total produzido foi cerca de 5% menor. Mas essa redução foi ape-nas nominal, já que fevereiro é mês mais curto, com três dias a menos. E isso considerado, o que ocorreu real-mente, bem ao contrário, foi um au-mento de 5%, a produção de fevereiro correspondendo (para um mês de 31 dias) a cerca de 497 milhões de pintos de corte.

Com o último resultado, a produ-ção do primeiro bimestre de 2010 soma 921,8 milhões de pintos de cor-te, volume que, em relação ao mesmo período do ano passado, representa incremento de 11,78% um índice que, mantido no restante do ano, significa-ria, em 2010, mais de 6,2 bilhões de pintos de corte.

Mas, além de ser praticamente im-possível atingir-se esse volume, existe um outro indicador mais plausível para a produção de 2010. Ele foi apresenta-do recentemente e mostrou que, his-toricamente, a produção do bimestre inicial do ano corresponde, em média, a 15,8% do total anual. E isso aceito, o volume de 2010 irá ficar em torno dos 5,835 bilhões de pintos de corte, volu-me que significa expansão próxima de 5% em relação a 2009 e de quase 7% em relação a 2008 (ou apenas 3% ao ano no biênio 2008/2010).

Curiosamente, o índice de expan-são do volume acumulado nos últimos 12 meses não é muito diferente: en-contra-se 4,68% acima do registrado no mesmo período anterior e soma 5,657 bilhões de cabeças. Ou seja: mantido no restante do exercício vai corresponder a 5,879 bilhões de pin-tos de corte.

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Produção Animal | Avicultura 47

Produção de carne de frangoRecuperação em relação ao início de 2009 continua acelerada

Evolução mEnsAlMIL TONELADAS

MÊS 2008/2009 2009/2010 VAR. %

Março 926,478 862,047 -6,95%

Abril 879,984 830,420 -5,63%

Maio 872,144 901,884 3,41%

Junho 861,759 892,223 3,54%

Julho 897,014 956,585 6,64%

Agosto 923,774 1004,081 8,69%

Setembro 926,548 956,166 3,20%

Outubro 990,463 957,625 -3,32%

Novembro 998,586 979,969 -1,86%

Dezembro 975,672 1010,062 3,52%

Janeiro 889,681 1000,611 12,47%

Fevereiro 780,499 870,352 11,51%

EM 2 MESES 1.670,180 1.870,963 12,02%

EM 12 MESES 10.922,602 11.222,025 2,74%

Fonte dos dados básicos: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

Pelos cálculos da APINCO, em feve-reiro passado foram produzidas no

Brasil 870.352 toneladas de carne de frango, volume que significou incre-mento de 11,5% sobre o mesmo mês do ano passado. Considerado esse au-mento e aquele observado no mês an-terior (quase 12,5% em janeiro/10), comprova-se que a recuperação em re-lação ao início de 2009 permanece acelerada.

É verdade que, em relação ao pri-meiro mês de 2010, a produção regis-trada em fevereiro apresentou um re-cuo, nominal, de 13%. Mas essa redução é relativa, pois envolve dois meses com número de dias diferentes. E isso consi-derado, o volume alcançado foi apenas 3,7% menor que o de janeiro/10.

Em função desses resultados, a pro-dução do primeiro bimestre de 2010 soma quase 1,871 milhão de toneladas, volume 12% superior ao do mesmo bi-mestre de 2009. Note-se, porém, que nessa época, há um ano, o setor reduzia compulsoriamente sua produção. Por isso, comparado ao de dois anos atrás, o atual resultado é bem menos significati-vo – expansão pouco superior a 5%.

Uma vez que a produção brasileira de carne de frango esteve contida du-rante todo o primeiro semestre de 2009, a expansão nos seis primeiros meses deste ano continuará sendo significati-va. Mas, independente até da evolução do mercado, os índices tendem a apre-sentar variações menores no segundo semestre, já que o incremento do ano passado, nesse período, foi mais intenso.

Isso também significa dizer que fica difícil fazer qualquer prognóstico sobre a produção do ano. Resta observar que nos últimos 12 meses o volume produzi-do sofreu expansão de 2,74% em rela-ção ao mesmo período anterior. E isso mantido no restante do exercício vai proporcionar produção anual da ordem de 11,478 milhões de toneladas de car-ne de frango.

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48 Produção Animal | Avicultura

Exportação de carne de frangoRetomada das vendas externas é lenta e não condiz com aumento da produção interna

Evolução mEnsAlMIL TONELADAS

MÊS 2008/2009 2009/2010 VAR. %

Maio 361,415 303,767 -15,95%

Junho 330,125 329,014 -0,34%

Julho 339,360 317,207 -6,53%

Agosto 322,698 301,257 -6,64%

Setembro 323,949 289,951 -10,49%

Outubro 315,632 335,445 6,28%

Novembro 235,061 268,615 14,27%

Dezembro 266,598 314,785 18,07%

Janeiro 274,781 233,324 -15,09%

Fevereiro 263,222 282,471 7,31%

Março 306,539 331,941 8,29%

Abril 329,922 309,942 -6,06%

EM 4 MESES 1.174,464 1.157,678 -1,43%

EM 12 MESES 3.669,302 3.617,717 -1,41%

Fonte dos dados básicos: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

Estatísticas e Preços

Após apresentar excelentes resulta-dos em março de 2010, as expor-

tações de carne de frango voltaram a refluir no mês seguinte, apresentando resultado apenas regular. De acordo com dados da SECEX/MDIC, os embar-ques de abril ficaram resumidos a 309.942 toneladas, um volume 6% menor que os registrados no mesmo mês do ano passado e no mês ante-rior.

Decorrido o primeiro terço do ano, as exportações de carne de frango se encontram em cerca de 1,158 milhão de toneladas, estando 1,43% abaixo do volume embarcado no mesmo perí-odo do ano anterior. Embora ainda não se conheçam os números mais recentes da produção brasileira de carne de fran-go, é visível que o volume produzido vem se recuperando com bem maior ra-pidez que as exportações.

É impossível ignorar, neste caso, que as previsões vêm sendo mais oti-mistas que os resultados efetivamente alcançados. O USDA, por exemplo, esti-ma que em 2010 as exportações brasi-leiras de carne de frango cresçam quase 4% o que, grosso modo, corresponde chegar aos 3,780 milhões de toneladas no ano. Mas para que isso ocorra será preciso embarcar em média, no restan-te do ano, perto de 328 mil toneladas mensais do produto –13% superior à média do primeiro quadrimestre.

Por sinal, o volume acumulado nos últimos 12 meses permanece cerca de 4% abaixo da “meta” sugerida pelo USDA: soma pouco mais de 3,617 mi-lhões de toneladas.

Por falar em 2008: o recorde do se-tor ocorreu em outubro, quando o acu-mulado em 12 meses ficou próximo dos 3,743 milhões de toneladas. Isso quer dizer que o total acumulado nos últi-mos 12 meses está apenas 3,3% abaixo do recorde e, portanto, as possibilida-des de superar-se o recorde ainda em 2010 não são tão remotas quanto apa-rentam.

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Produção Animal | Avicultura 49

oferta interna de carne de frangovolume disponibilizado no primeiro bimestre foi quase um quinto maior que

o do mesmo período de 2009

Evolução mEnsAlMIL TONELADAS

MÊS 2008/2009 2009/2010 Var.

Março 613,245 555,508 -9,41%

Abril 609,962 500,498 -17,95%

Maio 510,729 598,117 17,11%

Junho 531,634 563,210 5,94%

Julho 557,654 639,378 14,65%

Agosto 601,076 702,824 16,93%

Setembro 602,599 666,215 10,56%

Outubro 674,830 622,180 -7,80%

Novembro 763,525 711,354 -6,83%

Dezembro 709,074 695,278 -1,95%

Janeiro 614,900 767,287 24,78%

Fevereiro 517,277 587,882 13,65%

EM 2 MESES 1.132,177 1.355,169 19,70%

EM 12 MESES 7.306,505 7.609,731 4,15%

Fonte dos dados básicos: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

Frente aos principais números de fe-vereiro – produção de 870.352 to-

neladas de carne de frango, segundo a APINCO; exportação de 282.470 tone-ladas, segundo a SECEX/MDIC – é na-tural a conclusão de que permanece-ram no mercado interno, naquele mês, 587.882 toneladas de carne de frango.

O número registrado corresponde, à primeira vista, a uma redução de ofer-ta da ordem de 23% em relação ao mês anterior, janeiro de 2010. Mas a re-alidade não é bem essa, pois fevereiro é mês mais curto. E isso considerado, a redução efetiva ficou em 15% e ocor-reu não porque a produção tenha sido reduzida, mas porque as exportações do mês aumentaram 21% em relação a janeiro.

Apesar, no entanto, dessa redução mensal, a disponibilidade interna de carne de frango acumulada no primeiro bimestre de 2010 foi quase um quinto maior que a observada no mesmo perí-odo de 2009. Ou seja: somou 1,355 mi-lhão de toneladas, 19,7% superior à registrada entre janeiro e fevereiro do ano passado. Mas isso resulta, sobretu-do, do fato de, no princípio de 2009, a oferta interna ter experimentado forte retração.

É interessante ressalvar, entretanto, que os números iniciais de 2009 não re-fletem exatamente a realidade daquele momento: a produção imediata efeti-vamente recuou; mas o mercado per-maneceu super abastecido em função da formação de estoques vindos do fi-nal de 2008. E isso quer dizer que o crescimento atual não é tão significa-tivo.

Convém observar que o volume acumulado nos últimos 12 meses anda próximo dos 7,610 milhões de tonela-das, um aumento de mais de 4% em relação a idêntico período anterior.

Mantido no restante do exercício o atual nível de expansão, a oferta inter-na de 2010 irá aproximar-se dos 7,9 mi-lhões de toneladas.

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50 Produção Animal | Avicultura

Alojamento de matrizes de posturasegmento aumenta mais de 50% no ano

Evolução mEnsAl(ovos brancos e vermelhos)

MILHARES DE CABEÇAS

MATRIZES DE POSTURA % OVO BRANCO

MÊS 2008/09 2009/10 VAR.% 2008/09 2009/10

Maio 83,202 82,784 -0,50% 81,46% 75,57%

Junho 104,611 89,356 -14,58% 68,73% 67,60%

Julho 58,108 84,867 46,05% 69,68% 68,64%

Agosto 45,253 100,270 121,58% 31,33% 61,16%

Setembro 32,233 65,483 103,16% 61,20% 84,73%

Outubro 78,722 34,185 -56,58% 69,35% 49,42%

Novembro 47,700 37,926 -20,49% 66,04% 63,33%

Dezembro 44,380 90,597 104,14% 71,16% 58,71%

Janeiro 16,736 79,451 374,73% 87,23% 83,97%

Fevereiro 29,311 54,331 85,36% 81,24% 74,16%

Março 17,549 50,609 188,39% 59,22% 79,36%

Abril 83,830 40,810 -51,32% 67,14% 66,35%

NO ANO 147,426 225,201 52,76% 71,28% 77,37%

12 MESES 641,635 810,669 26,34% 68,08% 69,86%

Fonte dos dados básicos: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

Os dados mensais divulgados pela UBA apontam que em abril

passado foram alojadas no País 40,810 matrizes de postura, 66,35% delas de linhagens voltadas à produ-ção de ovos brancos.

O volume alojado representou re-duções de 51,32% e 19,36% sobre, respectivamente, abril de 2009 e março de 2010. Mas não alterou o ritmo acelerado observado nos últi-mos meses. Assim, o primeiro qua-drimestre do ano foi encerrado com um plantel quase 53% maior que o do mesmo período do ano passado.

Apesar desse incremento, sem dúvida excepcional, o alojamento atual projeta para a totalidade do ano um volume da ordem de 675,6 mil matrizes, quase 8% a menos que as 732,9 mil matrizes alojadas em 2009.

Em outras palavras, o atual nível de expansão deve decrescer nos pró-ximos meses, possibilidade devida, sobretudo, aos altos alojamentos do segundo quadrimestre de 2009 (in-cremento de 142% em relação ao primeiro quadrimestre), condição que não deve se repetir em 2010.

Aliás, ainda por força desse alto alojamento, o volume total acumula-do nos doze meses encerrados em abril de 2010 supera a casa das 800 mil matrizes de postura, encontran-do-se 26% acima das pouco mais de 640 mil matrizes alojadas entre maio de 2008 e abril de 2009.

Estatísticas e Preços

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Produção Animal | Avicultura 51

Alojamento de pintainhas de posturavolume alojado segue crescente

Evolução mEnsAl(PINTAINHAS COMERCIAIS DE POSTURA)

MILHÕES/CABEÇAS

PINTAINHAS COMERCIAIS DE POSTURA % OVO BRANCO

MÊS 2008/2009 2009/2010 VAR.% 2008/09 2009/10

Maio 4,788 4,797 0,18% 73,83% 72,92%

Junho 4,955 5,209 5,12% 72,25% 74,77%

Julho 5,237 5,173 -1,22% 72,35% 72,84%

Agosto 4,895 5,046 3,09% 73,25% 71,86%

Setembro 5,135 5,145 0,19% 74,34% 73,80%

Outubro 5,015 5,025 0,20% 72,88% 72,91%

Novembro 4,811 5,251 9,16% 73,22% 71,03%

Dezembro 5,083 5,181 1,93% 74,79% 73,75%

Janeiro 4,990 5,723 14,70% 74,87% 76,94%

Fevereiro 4,790 5,502 14,87% 75,92% 73,30%

Março 5,161 6,162 19,39% 75,27% 78,60%

Abril 4,951 6,448 30,24% 75,30% 78,69%

NO ANO 19,891 23,835 19,82% 75,34% 77,00%

EM 12 MESES 59,810 64,662 8,11% 74,02% 74,47%

Fonte dos dados básicos: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

Mesmo tendo superado a casa dos seis milhões de cabeças, o

alojamento de pintainhas de postura continua crescente. Em abril passado, conforme a UBA, totalizou 6,448 mi-lhões de cabeças, volume que signifi-cou aumento de 30,24% sobre o total alojado no mesmo mês do ano passa-do. No mês, do total alojado, 78,69% delas representaram linhagens produ-toras de ovos brancos.

Vale lembrar mais uma vez que o aumento em relação ao ano passado, é, na verdade, bem menos significati-vo, já que boa parte dos números de 2009 não correspondia à realidade.

O acumulado nos quatro primeiros meses de 2010 chega a 23,835 mi-lhões de cabeças e apresenta incre-mento de, praticamente, quase 20% sobre idêntico período de 2009.

Projetado para os outros dois qua-drimestres do ano, o alojamento dos quatro primeiros meses de 2010 sinali-za volume anual da ordem de 71,5 mi-lhões de pintainhas de postura – quase 18% a mais que o registrado em 2009, o que soa exagerado.

Naturalmente, esse índice de incre-mento é hipotético, porque se assenta em valores (2009) que não correspon-deram ao alojamento efetivo do setor. Mas à guisa de informação é oportuno observar que esse volume, se alcança-do, ainda continuará inferior ao regis-trado em 2005, ano em que foram alojadas no País 72,455 milhões de pintainhas de postura.

Por ora, o volume total acumulado em um espaço de doze meses (maio de 2009 a abril de 2010) está próximo dos 64,6 milhões de cabeças e corres-ponde a um aumento (também hipo-tético) de 8% sobre o mesmo período anterior.

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52 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e Preços

Como aponta o quadro ao lado, o frango vivo comercializado no inte-

rior paulista registrou, no quinto mês do ano, o menor valor médio de 2010, apresentando uma queda de preços de, praticamente, 15% em relação ao preço médio de fechamento de 2009.

Não só isso, entretanto, porque em maio registrou-se o segundo pior valor nominal dos últimos 13 meses.

Teoricamente, o comportamento observado em maio não fugiu às mé-dias históricas: nos últimos 10 anos o valor médio obtido no período tem cor-respondido a 87,12% do preço alcança-do em dezembro do ano anterior e, nes-te ano, correspondeu a 85,4%, resultado ligeiramente inferior. O único senão é que em dezembro de 2009 o frango vivo não obteve preços tão remunera-dores como se esperava para aquele mês. Além disso, em 2010, o frango vivo encerrou maio com valor ainda de-crescente em relação aos meses ante-riores, quando o normal é, já a partir do quinto mês do ano, iniciar-se uma reto-mada de preços, que desta vez não ocorreu.

Como corolário desse mau desem-penho, o preço médio registrado nos primeiros 151 dias do ano, da ordem de R$1,51/kg, encontra-se não somente 7,63% abaixo da média alcançada no crítico 2009, como também correspon-de à menor média dos últimos quatro anos. Ou seja: No qüinqüênio 2006-2010, só o valor obtido em 2006 é me-nor que o de 2010.

O que se sabe, por ora, é que as ex-portações continuam a caminhar aquém do desejado, aumentando a pressão so-bre o mercado interno. Do lado da pro-dução vem ocorrendo excepcional au-mento de produtividade em decorrência do outono extremamente ameno (fala-se em GPD de até 67-68 gramas), o que, sem dúvida, concorre para o incremento da produção. Só não se sabe, mesmo que aproximadamente, o quanto vem sendo produzido.

Os dados de produção de pintos de corte de fevereiro mostram que a produ-ção diária daquele mês aplicada a um mês de 31 dias corresponde a perto de 500 mi-lhões de cabeças. Até pelas condições do mercado independente de pintos de corte

(firme nos últimos meses) é improvável que esse volume tenha decrescido em março, abril ou maio. Assim, a produção global do setor deve continuar além do milhão de to-neladas. E isso em período de exportações apenas moderadas é pecado mortal.

FRANGO VIVOEvolução de preços na granja,

interior paulista – R$/KgMÊS MÉDIA

R$/KGVARIAÇÃO %

ANUAL MENSAL

MAI/09 1,61 0,00% 0,63%

JUN/09 1,88 5,62% 16,77%

JUL/09 1,80 -4,56% -4,05%

AGO/09 1,49 -23,07% -17,16%

SET/09 1,37 -25,84% -8,18%

OUT/09 1,50 -8,21% 9,05%

NOV/09 1,54 -11,64% 2,76%

DEZ/09 1,64 1,26% 6,69%

JAN/10 1,58 -6,07% -3,80%

FEV/10 1,63 -9,37% 3,37%

MAR/10 1,52 -9,28% -6,57%

ABR/10 1,41 -11,85% -7,46%

MAI/10 1,39 -13,29% -1,02%

média e variação anual entre 2000 e 2010

ANO R$/KG VAR. %

2000 0,91 14,57%

2001 0,97 6,47%

2002 1,13 16,49%

2003 1,45 28,31%

2004 1,49 2,75%

2005 1,35 -8,72%

2006 1,16 -14,70%

2007 1,55 33,62%

2008 1,63 5,16%

2009 1,63 0,15%

2010* 1,51 -7,63%

* Média entre 02/01 e 31/05/10

Desempenho do frango vivo em maio de 2010 Contrariando desempenho histórico, preços continuaram decrescentes

FRAngo vivoPREços históRiCos E PREço EFEtivo Em 2010

PREÇO HISTÓRICO (MÉDIA 1999/2009): preço em dezembro do ano anterior igual a 100

PREÇO MÉDIO EFETIVO EM 2010: (R$/KG, granja, interior paulista)

Fonte dos dados básicos: JOX - Elaboração e análises: AVISITEObs.: valores finais arredondados, daí eventuais diferenças nos percentuais

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Produção Animal | Avicultura 53

Ainda que tenha se valorizado 3,63% em relação ao mês ante-

rior, o ovo manteve, em maio, o mesmo comportamento observado nos 12 me-ses anteriores: não conseguiu obter preço superior ao registrado no mesmo mês do ano passado.

Como essa situação se repetiu, ago-ra, pela 13ª vez consecutiva, a conclu-são é a de que se teve em maio passado um valor médio inferior também ao re-gistrado dois anos atrás. Efetivamente: em maio de 2008 a caixa do ovo extra branco obteve no atacado paulistano valor médio de R$44,60. Assim, o valor alcançado em maio último foi 6,5% in-ferior ao de maio de 2009, mas 12,3% menor que o de maio de 2008.

Esse fraco desempenho, entretan-to, não significa que o ovo venha apre-sentando um comportamento anormal. Pelo contrário, a sequência de preços registrada desde o início do ano (em re-lação a dezembro do ano anterior, des-valorização em janeiro, valorização em fevereiro e março, nova desvalorização em abril e retomada de preços a partir de maio) acompanha, passo a passo, a média histórica do setor, apresentando, até, pequeno ganho em relação a essa média. Assim, enquanto, historicamen-te, o ovo chega a maio com um valor 3% superior ao alcançado em dezem-bro do ano anterior, desta vez o ganho chega a 9% - o que não é muito, mas, ainda assim, é um ganho.

Não obstante essa evolução absolu-tamente dentro da normalidade, cabe um alerta: a curva de preços “histórica” mostra que o ciclo de altas de meados do ano se esgota no encerramento do primeiro semestre, registrando-se a partir daí baixas sucessivas que só co-meçam a ser revertidas em novembro.

Em outras palavras, o atual ciclo de altas tende a alcançar seu pico em ju-nho corrente, com previsão de retroces-so de preços a partir do início do segun-do semestre. Mas isso corresponde, apenas, à média histórica, não significa

que é uma situação que será necessa-riamente vivenciada pelo setor produti-vo.

Mas há antecedentes. E para que não voltem a se transformar em realida-de é preciso íntimo acompanhamento

do mercado por parte dos produtores. Com a chegada do inverno, o nível de produção de ovos é naturalmente re-cessivo. Mas não pode ser neutralizado pela manutenção de poedeiras além da idade ideal.

Desempenho do ovo em maio de 2010 valores dos primeiros cinco meses do ano acompanham

curva histórica de preço

ovo ExtRA bRAnCoPREços históRiCos E PREço EFEtivo Em 2010

PREÇO HISTÓRICO (MÉDIA 1999/2009): preço em dezembro do ano anterior igual a 100

PREÇO MÉDIO EFETIVO EM 2010: (R$/caixa, no atacado paulista)

OVO BRANCO EXTRAEvolução de preços no atacado paulistano (R$/CAIXA DE 30 DÚZIAS)

MÊS MÉDIA R$/CX

VARIAÇÃO % ANUAL MENSAL

MAI/09 41,84 -6,19% -7,96%

JUN/09 43,12 -5,89% 3,06%

JUL/09 36,92 -22,27% -14,37%

AGO/09 37,40 -18,65% 1,30%

SET/09 33,88 -21,66% -9,42%

OUT/09 31,35 -17,34% -7,48%

NOV/09 31,00 -21,24% -1,10%

DEZ/09 35,88 -9,59% 15,76%

JAN/10 31,80 -14,97% -11,38%

FEV/10 39,67 -8,90% 24,74%

MAR/10 40,96 -12,73% 3,27%

ABR/10 37,75 -16,96% -7,84%

MAI/10 39,12 -6,50% 3,63%

média e variação anual entre 2000 e 2010

ANO R$/CX VAR. %

2000 23,12 16,89%

2001 24,07 4,11%

2002 27,88 15,83%

2003 39,67 42,29%

2004 34,47 -13,11%

2005 33,48 -2,87%

2006 27,48 -17,92%

2007 39,42 43,45%

2008 43,62 10,65%

2009 38,66 -11,37%

2010* 37,90 -1,91%

* Média entre 02/01 e 31/05/10

Fonte dos dados básicos: JOX - Elaboração e análises: AVISITEObs.: valores finais arredondados, daí eventuais diferenças nos percentuais

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Estatísticas e Preços

Matérias-PrimasMilho volta a subir em maio Farelo de soja reaje

Fonte das informações: www.jox.com.br54 Produção Animal | Avicultura

O farelo de soja (FOB, interior de SP) foi comercializado em maio de 2010 ao preço médio de R$546/tonelada, valor

6,85% maior que o de abril de 2010 – R$511/t. Na compara-ção com maio de 2009 – quando o preço médio era de R$877/t – a cotação atual registra queda de 37,74%.

Valores de troca – Farelo/Frango vivoConsiderado o preço médio do farelo de soja em maio,

foram necessários 392,1 kg de frango vivo (na granja, interior de SP) para adquirir uma tonelada do insumo. Como em abril último essa relação foi de 362,4 kg para obtenção de 1 tone-lada de farelo, o volume de frango necessário para adquirir a mesma quantidade do produto aumentou 8,19%, represen-tando queda no poder de compra para o avicultor.

No ano passado os preços do farelo de soja estiveram mais valorizados, por isso, na comparação anual, o valor atual re-presenta volume 28% menor de frango para se obter uma tonelada de farelo, já que em maio de 2009 eram necessários 544,7 kg de frango para se obter uma tonelada do insumo.

Valores de troca – Farelo/OvoDe acordo com os preços médios dos produtos, em maio

de 2010 foram necessárias 16,70 caixas de ovos (valor na gran-ja, interior paulista) para adquirir uma tonelada de farelo de soja. O poder de compra do avicultor de postura em relação ao farelo caiu cerca de 2%, uma vez que em abril último 16,36 caixas de ovos adquiriram uma tonelada de farelo. Em relação a maio de 2009, há melhora no poder de compra de 50,28% - pois naquele período uma tonelada de farelo de soja custava, em média, 25,09 caixas de ovos.

O preço médio do milho, saca de 60 kg, interior de SP, terminou maio de 2010 a R$18,68 – valor 3,78% maior

que a média do produto em abril. Em relação ao valor da saca de um ano atrás, a redução é de 15,13%, pois o milho regis-trou média de R$22,01/saca em maio de 2009.

Valores de troca – Milho/Frango vivoO frango vivo (interior de SP) apresentou pelo terceiro

mês seguido recuo nas cotações: em maio de 2010 fechou com média de R$1,39/kg - queda de 1,42% em relação a abril de 2010. Em três meses a queda acumulada do fran-go é de 14,72%. Como resultado, em maio foram necessá-rios 224,0 kg de frango vivo para se obter uma tonelada de milho, considerando-se o preço médio de ambos os produ-tos. Este valor representa uma queda no poder de compra de 5% em relação ao mês anterior, uma vez que em abril a tonelada do milho “custou” 212,8 kg de frango vivo, aproximadamente.

Valores de troca – Milho/OvoDe acordo com os preços médios dos produtos, a relação

de troca entre o ovo (granja, interior paulista, caixa com 30 duzias) e o milho em maio de 2010 foi de 9,54 caixas de ovos para uma tonelada do grão. Em abril de 2010 foram necessá-rias 9,61 caixas/t, o que significa volume 0,73% menor de ovos para se obter a mesma quantidade de milho. A melhora na capacidade de compra do avicultor de postura deve-se ao aumento do valor do ovo em maio: o preço médio da caixa de 30 dúzias subiu 4,62% ficando em R$32,64 – em abril passado a média havia sido de R$31,20.

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Produção Animal | Avicultura 55

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56 Produção Animal | Avicultura

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Produção Animal | Avicultura 57

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58 Produção Animal | Avicultura

Ponto Final

58 Produção Animal | Avicultura

Abastecimento de milho e logística são entraves para o crescimento da Avicultura do Nordeste

João Jorge Reis

é presidente da Associação Cearense de Avicultura (ACEAV), e Diretor das empresas J. Reis Avícola e Drogavet

O nordeste brasileiro, mais especifi-

camente os estados do Ceará e Per-

nambuco, detém excelentes índices

zootécnicos na produção de aves em

nível mundial. Um dos diferenciais com-

petitivos, dentre outros, nesse particular, é a

estabilidade climática registrada. Podería-

mos (e poderemos) ser um grande centro

produtor e exportador, não fosse a dificulda-

de de abastecimento de milho.

Ao longo de mais de

uma década, ajudamos a

viabilizar o desenvolvi-

mento das fronteiras de

produção de grãos do

centro-oeste, quando

substituímos as importa-

ções de milho do Cone

Sul (Argentina) por aqui-

sições no mercado inter-

no. Este modelo inovador

de aquisições privilegiava

compras em leilões via

bolsas de mercadorias e

equalizava preços com

paridade nas importa-

ções. Essa estratégia tra-

zia economia para o governo federal: além

de eliminar riscos de fraudes em estocagem

de grãos, também permitia aos produtores

um preço mínimo e garantia de consumo do

seu milho, reduzindo a possibilidade de

inadimplência na ocasião do resgate do fi-

nanciamento de custeio da safra.

Paralelo a isso, a tentativa de estímulo ao

crescimento de produção de milho e sorgo

nos estados consumidores foi articulada e le-

vada a efeito pelas associações de aviculto-

res. No Ceará, em meados de 2000, o Projeto

Milhão, que impulsionou a produtividade

média de milho com a introdução da cultura

de plantio de híbridos, e a constatação da

necessidade de uso de tecnologia, permite

hoje que, em épocas de regularidade de chu-

vas, a produção de milho de boa qualidade

ajude na estabilidade do abastecimento por

um período de dois a três meses. Uma rota

contínua de carretas cheias de milho cruza-

va e ainda cruza o Cen-

tro-Oeste rumo ao Nor-

te/Nordeste, incluindo

as regiões de Minas Ge-

rais e Espírito Santo, que

foram adicionadas como

participantes nos progra-

mas de abastecimento de

milho do Governo.

Um dos maiores desa-

fios para os avicultores e

consumidores de milho

do Nordeste tem sido a

logística rodoviária defi-

ciente, como as péssimas

condições de conserva-

ção de rodovias, a ausên-

cia de frete de retorno e as barreiras fiscais,

entre outros. A impossibilidade de uso de lo-

gística alternativa, como ferrovias e hidro-

vias, tem sido um entrave para o crescimen-

to da avicultura no nordeste. Com a

concretização da Transnordestina e da hi-

drovia do São Francisco, além da possibilida-

de de uso da hidrovia do Madeira, espera-se

que a avicultura nordestina ganhe novo im-

pulso e possa ser, no futuro, um pólo de in-

dustrialização e exportação.

Concretização da Transnordestina

pode trazer novo impulso à

avicultura e fazer da região um pólo de industrialização

e exportação

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Produção Animal | Avicultura 59

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60 Produção Animal | Avicultura

Ponto Final