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V`RIAS Pharmacia Brasileira - Jul/Ago 2003 33 EVENTO Abraçando as causas sociais Abertura do 4” Congresso da Fenafar Presidente do CFF diz que farmacêutico está assumindo as suas responsabilidades sociais, num Brasil com gritantes desigualdades, onde o acesso aos serviços e produtos de saúde não pôde, ainda, ser universalizado O Presidente do Conselho Fede- ral de Farmácia, Jaldo de Souza San- tos, ao discursar na abertura do "4º Congresso da Fenafar" (Federação Nacional de Farmacêuticos), frisou que o fato de essa entidade focar as suas discussões sobre a construção de um novo Brasil e de uma política de assistência farmacêutica para o País é uma prova inquestionável do tamanho desejo que o farmacêutico brasileiro tem de ser um agente transformador da saúde e de abraçar as causas soci- ais. O evento da Fenafar aconteceu, em julho de 2003, no Núcleo Bandei- rantes, cidade satélite do Distrito Fe- deral. Souza Santos disse que, cada vez mais, o farmacêutico tem absorvido a causa da responsabilidade social e essa sua atitude é marcante e históri- ca, pois o Brasil é um país com gri- tantes desigualdades sociais, onde o acesso aos serviços de saúde e ao medicamento não pôde, ainda, ser universalizado. "Em qualquer lugar do mundo, os serviços farmacêuticos são imprescindíveis, mas num país tão carente de saúde, como o nosso, a sua importância dobra de tamanho", ex- plicou. Acrescentou que o farmacêuti- co está adquirindo a consciência do quanto ele é importante, neste momen- to em que o Governo busca construir uma nova saúde, pautada no humanis- mo, na qualidade dos serviços e pro- dutos oferecidos à população e no princípio da universalidade. "Diante disso, organismos de saúde nacionais, a exemplo do Ministério da Saúde e Conselho Federal de Farmácia, e in- ternacionais, como a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), de- bruçam-se na elaboração de progra- mas de atenção farmacêutica voltados à prevenção de doenças, como a hi- pertensão arterial, a diabetes, a Aids, entre outras", acrescentou. Segundo Souza Santos, as ações farmacêuticas na atenção primária exigem uma complexa qualificação. Aproveitou para frisar que a qualifi- cação e a busca do conhecimento são paradigmas da profissão, hoje. O Pre- sidente disse que a profissão está cres- cendo em todas as áreas, mas os far- macêuticos ainda enfrentam dificulda- des, como incluir os seus serviços nos programas de saúde pública, a exem- plo do PSF (Programa Saúde da Fa- mília). "Queremos solidificar as nos- sas posições nas equipes multiprofis- sionais em favor de uma saúde me- lhor", justificou. Exclusividade - Ao falar sobre multiprofissionalismo, Souza Santos chamou a atenção do auditório para uma "breve reflexão" sobre esse as- sunto. Disse ter a consciência - e con- cordo com isso - de que a assistência farmacêutica é um trabalho multipro- fissional. "Mas, senhores, ninguém, absolutamente ninguém, me conven- ce de que a dispensação do medica- mento possa ser exercida por profis- sionais não-farmacêuticos", alertou. Disse que mais que uma afronta à le- gislação sanitária, a dispensação rea- lizada por não farmacêutico significa um "escárnio ao que há de mais sa- grado em nossa profissão: o ato far- macêutico". O serviço público de saúde, de acordo com o Presidente do CFF, tem prescindido da atuação do farmacêu- tico em hospitais e dispensários. "O equívoco repete-se, de forma retum- bante, no PSF, apesar dos reclames dos farmacêuticos, que insistem em demonstrar que não representamos custos aos programas de saúde, mas valor agregado, vez que os nossos ser- viços levam à minimização dos cus- tos e à maximização dos resultados", ressaltou Souza Santos. Ele apelou ao Diretor do Depar- tamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Es- tratégicos do Ministério da Saúde, Norberto Rech, também Presidente da Fenafar, para que junte esforços, no sentido de corrigir essas distorções na Pasta da Saúde. O Dr. Jaldo, entretan- to, reiterou a sua confiança em me- lhores dias para a saúde e para a pro- fissão farmacêutica.

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VÁRIAS

Pharmacia Brasileira - Jul/Ago 2003 33

EVENTO

Abraçando as causas sociais

Abertura do 4º Congresso da Fenafar

Presidente do CFF diz que farmacêutico está assumindo as suasresponsabilidades sociais, num Brasil com gritantes desigualdades, onde o

acesso aos serviços e produtos de saúde não pôde, ainda, ser universalizado

O Presidente do Conselho Fede-ral de Farmácia, Jaldo de Souza San-tos, ao discursar na abertura do "4ºCongresso da Fenafar" (FederaçãoNacional de Farmacêuticos), frisouque o fato de essa entidade focar assuas discussões sobre a construção deum novo Brasil e de uma política deassistência farmacêutica para o País éuma prova inquestionável do tamanhodesejo que o farmacêutico brasileirotem de ser um agente transformadorda saúde e de abraçar as causas soci-ais. O evento da Fenafar aconteceu,em julho de 2003, no Núcleo Bandei-rantes, cidade satélite do Distrito Fe-deral.

Souza Santos disse que, cada vezmais, o farmacêutico tem absorvido acausa da responsabilidade social eessa sua atitude é marcante e históri-ca, pois o Brasil é um país com gri-tantes desigualdades sociais, onde oacesso aos serviços de saúde e aomedicamento não pôde, ainda, seruniversalizado. "Em qualquer lugar domundo, os serviços farmacêuticos sãoimprescindíveis, mas num país tãocarente de saúde, como o nosso, a sua

importância dobra de tamanho", ex-plicou.

Acrescentou que o farmacêuti-co está adquirindo a consciência doquanto ele é importante, neste momen-to em que o Governo busca construiruma nova saúde, pautada no humanis-mo, na qualidade dos serviços e pro-dutos oferecidos à população e noprincípio da universalidade. "Diantedisso, organismos de saúde nacionais,a exemplo do Ministério da Saúde eConselho Federal de Farmácia, e in-ternacionais, como a OrganizaçãoPan-americana de Saúde (OPAS), de-bruçam-se na elaboração de progra-mas de atenção farmacêutica voltadosà prevenção de doenças, como a hi-pertensão arterial, a diabetes, a Aids,entre outras", acrescentou.

Segundo Souza Santos, as açõesfarmacêuticas na atenção primáriaexigem uma complexa qualificação.Aproveitou para frisar que a qualifi-cação e a busca do conhecimento sãoparadigmas da profissão, hoje. O Pre-sidente disse que a profissão está cres-cendo em todas as áreas, mas os far-macêuticos ainda enfrentam dificulda-

des, como incluir os seus serviços nosprogramas de saúde pública, a exem-plo do PSF (Programa Saúde da Fa-mília). "Queremos solidificar as nos-sas posições nas equipes multiprofis-sionais em favor de uma saúde me-lhor", justificou.

Exclusividade - Ao falar sobremultiprofissionalismo, Souza Santoschamou a atenção do auditório parauma "breve reflexão" sobre esse as-sunto. Disse ter a consciência - e con-cordo com isso - de que a assistênciafarmacêutica é um trabalho multipro-fissional. "Mas, senhores, ninguém,absolutamente ninguém, me conven-ce de que a dispensação do medica-mento possa ser exercida por profis-sionais não-farmacêuticos", alertou.Disse que mais que uma afronta à le-gislação sanitária, a dispensação rea-lizada por não farmacêutico significaum "escárnio ao que há de mais sa-grado em nossa profissão: o ato far-macêutico".

O serviço público de saúde, deacordo com o Presidente do CFF, temprescindido da atuação do farmacêu-tico em hospitais e dispensários. "Oequívoco repete-se, de forma retum-bante, no PSF, apesar dos reclamesdos farmacêuticos, que insistem emdemonstrar que não representamoscustos aos programas de saúde, masvalor agregado, vez que os nossos ser-viços levam à minimização dos cus-tos e à maximização dos resultados",ressaltou Souza Santos.

Ele apelou ao Diretor do Depar-tamento de Assistência Farmacêuticae Insumos Estratégicos da Secretariade Ciência, Tecnologia e Insumos Es-tratégicos do Ministério da Saúde,Norberto Rech, também Presidente daFenafar, para que junte esforços, nosentido de corrigir essas distorções naPasta da Saúde. O Dr. Jaldo, entretan-to, reiterou a sua confiança em me-lhores dias para a saúde e para a pro-fissão farmacêutica.

VÁRIAS

Pharmacia Brasileira - Jul/Ago 200334

PRODUÇÃO DE MEDICAMENTOS

Saúde libera recursos para laboratórios oficiaisO ministro da Saúde, Humberto Costa, anunciou, no

dia 29 de agosto de 2003, em Recife (PE), a liberação deR$ 36 milhões para investimentos em laboratórios ofici-ais. A verba será utilizada principalmente para garantir acapacitação das instituições. O objetivo é integrar os la-boratórios que devem atuar em rede, trabalhando, de ma-neira coordenada e organizada, para garantir que a produ-ção de medicamentos considerados estratégicos atenda àsprincipais necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS).

Os recursos disponíveis para este ano serão aplica-dos, conforme as necessidades de cada instituição, em fren-tes definidas pelos representantes dos laboratórios e doGoverno. São elas: 1) readequação de áreas físicas; 2)adequação de equipamentos para o aumento da capacida-de produtiva; 3) adequação de fluxos de produção.

A tabela abaixo indica quanto, dos R$32.851.456,20, será destinado para cada um dos labo-ratórios oficiais:

LABORATÓRIO VALORES EM REAISLaboratório Químico Farmacêutico da Marinha (LFMA)Laboratório Químico Farmacêutico da Aeronáutica (LQFAE)Laboratório Químico Farmacêutico do Exército (LQFEX)Fundação para o Remédio Popular (FURP)Indústria Química do Estado de Goiás (IQUEGO)Fundação Ezequiel Dias (FUNED) / Minas GeraisLaboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco (Lafepe)Laboratório Industrial Farmacêutico do Estado da Paraíba S/A (Lifesa)Laboratório Industrial Farmacêutico de Alagoas (LIFAL)UFC/ Farmácia Escola - (FFOE-CE)Núcleo de Pesquisa em Alimentos e Medicamentos (NUPLAM / RN)Laboratório de Tecnologia Farmacêutica (LTF- UFPB)Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão em Medicamentos e Cosméticos (Lepemc/ Maringa-PR)Laboratório de Produção de Medicamentos (LPM/ Londrina-PR)Laboratório Farmacêutico do Rio Grande do SulInstituto Vital Brazil - IVBLaboratório F--armacêutico de Santa Catarina (Lafesc)TOTAL GERAL

3.531.875,001.760.000,002.494.295,003.249.000,002.696.795,202.878.268,003.430.000,001.199.500,001.831.000,00

507.000,001.691.563,00

701.940,00948.520,00781.300,00

2.826.000,00950.000,00

1.374.400,0032.851.456,20

A tabela abaixo indica dos investimentos para instalação de novos laboratórios oficiais:

LABORATÓRIO VALORES EM REAIS

Lafas (Laboratório Farmacêutico de Sobral) - CEFundação Universidade Amazonas (Fuam)NTF-UFPI (Núcleo de Tecnologia Farmacêutica da Universidade Federal do Piauí)

TOTAL

500.000,00 (para construgco)1.245.543,80 (para conclusco de obras)

42.000,00 (para reformas)170.000,00 (para equipamentos)

1.957.543,80

Fonte: Ministério da Saúde/ Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos/ Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos/Coordenação-geral de Suporte às Ações de Assistência Farmacêutica.

VÁRIAS

Pharmacia Brasileira - Jul/Ago 2003 35

Na biodiversidade, pode estara cura para várias doenças. Pesqui-sadores do mundo todo já constata-ram o poder das plantas no desenvol-vimento de novos medicamentos.Muitas, inclusive, já estão em uso.Para discutir os vários aspectos douso dessas plantas na medicina, oCentro Brasileiro de Informaçõessobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid),da Universidade Federal de São Pau-lo (Unifesp), promove, dias 27 e 28de novembro, em São Paulo, o I Sim-pósio Internacional Sobre o Uso dePlantas Medicinais em Psiquiatria.

Segundo o Coordenador doCebrid, Elisaldo Carlini, nota-se umaumento no uso de substâncias deri-vadas de plantas na psiquiatria mun-dial. "Aqui, no Brasil, ainda há resis-tências, mas elas vêm diminuindo, atéporque grandes laboratórios interna-cionais estão comercializando medi-camentos à base de extratos de plan-tas", afirma Carlini. O próprio Cebridé responsável por patentes envolven-do uso de plantas com fins medici-nais, como o nó-de-cachorro, comefeitos na memória e aprendizado.

Informações pelo telefone(11)5574-1010 ou pelo e-mail<[email protected]>

FITOTERAPIA

Plantas medicinais na políticade assistência farmacêutica

Associar avanço tecnológico,conhecimento popular e desenvolvimen-to sustentável para articular e implemen-tar uma política de assistência farmacêu-tica eficaz, abrangente e humanizada. Odesafio é bem maior do que simplesmen-te incorporar à lista de medicamentosfornecidos pelo Sistema Único de Saú-de (SUS) as mais avançadas inovaçõesda indústria farmacêutica. Trata-se, tam-bém, de aproveitar a experiência popu-lar e a biodiversidade brasileira para odesenvolvimento de pesquisas que le-vem à redução de nossa dependênciatecnológica em fármacos e medicamen-tos.

Para organizar as discussões edebates sobre plantas medicinais e fito-terápicos e sua potencial utilização noProgramas de Assistência Farmacêuti-ca do Governo Federal, o Ministério daSaúde organizou o Seminário Nacionalde Plantas Medicinais, Fitoterápicos eAssistência Farmacêutica.

O encontro, realizado, em Brasí-lia, entre os dias 28 e 30 de agosto, reu-niu especialistas, profissionais da cadeiaprodutiva de fitoterápicos, representan-

tes de instituições, associações gover-namentais e não-governamentais. Asconclusões do debate serão levadasà Conferência Nacional de Medica-mentos e Assistência Farmacêutica,marcada para os dias 15 e 18 de se-tembro.

Simpósio internacionaldiscute uso de plantas

em psiquiatria

MITOS E REALIDADE

Semináriotratará sobre

alumínio e saúdeEvento pretende desmistificar

relação entre alumínioe danos à saúde

Para esclarecer a opinião pú-blica a respeito de alguns "mitos"que costumam relacionar o alumí-nio a danos à saúde, a AssociaçãoBrasileira do Alumínio (ABAL)realizará, no próximo dia 22 deoutubro, o II Seminário Internaci-onal Alumínio x Saúde: Mitos eRealidades. O evento é dirigido aprofissionais da área de saúde -clínicos gerais, toxicologistas, ge-riatras, sanitaristas, neurologistas,ortomoleculares, nutricionistas, bi-oquímicos, pesquisadores do meioacadêmico, médicos do Trabalhoe representantes da mídia especi-alizada, além de profissionais daindústria do alumínio. O eventoconta com a participação de doisdos mais renomados especialistasmundiais em saúde.

O II Seminário InternacionalAlumínio x Saúde: Mitos e Reali-dades será realizado no Hotel GranMeliá Mofarrej (Alameda Santos,1.437), em São Paulo. Mais infor-mações sobre o seminário pode-rão ser obtidas pelo telefone (11)5084-1544 ou pelo [email protected]

VÁRIAS

Pharmacia Brasileira - Jul/Ago 200336

ANÁLISES CLÍNICAS

CFF participa, nosEUA, de congresso

internacionalna área de

laboratório clínico

O Conselho Federal de Farmá-cia participou do 55 th Annual Mee-ting and Clinical Lab Expo, realiza-do, de 19 a 24 de julho, na Philadel-phia - Pennsylvania (EUA). O CFFfoi representado pela Presidente daComissão de Análises Clínicas doCFF e Conselheira Federal de Far-mácia pelo Rio Grande do Norte,Lenira da Silva Costa, e por JoãoSamuel de Morais Meira, Conselhei-ro Federal pela Paraíba e integranteda mesma Comissão.

Da delegacão brasileira, fize-ram parte, ainda, Willy Carlos Yunge Ulisses Tuma, diretores da Socie-dade Brasileira de Análises Clínicas(SBAC). Também, representantes deoutras entidades e empresas do se-tor farmacêutico, como o HospitalAlbert Einstein, o Laboratório Fleu-ry, entre outros.

O evento é considerado o mai-or na área de laboratório clínico domundo. Lenira da Silva Costa citaque foram discutidos temas referen-te às inovações tecnológicas e cien-tíficas no setor, principalmente, naárea de biologia molecular. Na cito-patologia, houve um grande enfoquesobre o HPV and Pap Testing, umametodologia que vem revolucionan-do o diagnóstico preventivo do cân-cer cervical e que foi recentementeintroduzida, no Brasil.

João Samuel de Morais Meira, Lenira da Silva Costa,Willy Carlos Yung e Ulisses Tuma

A Comissão de Saúde da Assembléia Legis-lativa de Minas Gerais discutiu, no final de agosto,as propostas de inclusão da homeopatia na saúdepública. Requerimento nesse sentido foi feito peloDeputado Estadual Chico Simões (PT), tendo emvista que a proposta deve beneficiar o Estado, que,hoje, procura soluções para otimizar o atendimen-to, a eficácia e os gastos com atendimento médico e medicamentos. O pedido foiencaminhado, depois que a Associação Médica Homeopática de Minas Gerais en-viou um relatório dos resultados positivos que a homeopatia pode trazer na buscadesta otimização.

HOMEOPATIA

Assembléia de Minas discuteHomeopatia na rede pública de saúde

INSCRIÇÕES

Título de Especialista emManipulação Magistral Alopática

Estão abertas as inscriçõespara a 3a edição do Título de Espe-cialista em Manipulação MagistralAlopática, voltado para farmacêuti-cos. Instituído pela Anfarmag (As-sociação Nacional de FarmacêuticosMagistrais) e reconhecido pelo Con-selho Federal de Farmácia, o certifi-cado tem o objetivo de avaliar a ca-pacitação dos farmacêuticos comrelação à farmacotécnica, à legisla-ção do setor, controle de qualidade,entre outros itens. "Trata-se de umpassaporte para a excelência do pro-fissional atuante em farmácia magis-tral alopática, com o objetivo de res-ponder melhor aos anseios da classemédica e dos usuários de medica-mentos manipulados", explica VâniaRegina de Sá, presidente da Anfar-mag.

Para obter o título, é neces-sário submeter-se à prova escrita eanálise curricular, além de possuir,no mínimo, dois anos de experiên-

cia em farmácia de manipulação oucomprovar especialização na área(pós-graduação latu-senso reconhe-cida pelo MEC ou Conselho Federalde Farmácia). As inscrições podemser feitas, até 31 de julho de 2004, ecustam R$ 700,00 (divididos em atéseis parcelas). A prova será realiza-da, em outubro de 2004. Mais infor-mações pelo telefone (11)5539-0595ou no site www.anfarmag.com.br

Presidente da Anfarmag, Vânia Regina de Sá

VÁRIAS

Pharmacia Brasileira - Jul/Ago 2003 37

HOMENAGENS

Câmaras dão títulos de Cidadãoao Presidente do CFF

Dr. Jaldo, no Auditório da Câmara Municipal de Vereadores deAquidauana, aguarda o momento de receber a homenagem

Uma sessão bastante movimenta-da marcou a solenidade de entrega doTítulo de Cidadão Aquidauanense aoPresidente do Conselho Federal de Far-mácia, Jaldo de Souza Santos, na Câ-mara Municipal de Vereadores de Aqui-

dauana (MS), na noite do dia 15 de agos-to deste ano. Souza Santos foi condeco-rado junto ao Prefeito de Campo Gran-de, André Pucinelli, entre outras autori-dades.

O Título foi outorgado ao Presiden-te do CFF por indicação do Presidenteda Câmara, Vereador Sebastião Rodri-gues dos Santos. Além de Cidadão Aqui-dauanense, o Legislativo daquele Mu-nicípio concedeu diferentes honrarias aoutras autoridades (pessoas que nasce-ram, ou residiram em Aquidauana, e sedestacam no cenário nacional).

O Presidente do CFF, por exemplo,morou, quando criança, naquela cidade,entre 1937 e 1946. Foi um dos primei-ros integrantes do grupo de escoteiroslocal. Aquidauana foi fundada, no dia15 de agosto de 1892, as margens do rio

Moboteteu, hoje, chamado de Rio Aqui-dauana. Está a 130 quilômetros da capi-tal do Estado, Campo Grande, e possuiuma população de 40 mil habitantes. OPrefeito do Município, Luís Felipe Ri-beiro Orro, esteve presente à solenida-de, na Câmara.

Outros títulos - Jaldo de SouzaSantos recebeu, antes, outros títulos decidadão. Foram eles dos Municípios deIporá e Goiânia (GO), de João Pessoa(PB) e de Natal (RN).

Presidente do CFF apresenta o diploma dotítulo de Cidadão Aquidauanense

Reconhecimento dosnovos farmacêuticos

O Presidente do Conselho Federal de Farmácia, Jaldode Souza Santos, tem sido, nos últimos seis anos, um "recor-dista" em receber um tipo de homenagem que o deixa particu-larmente emocionado e feliz: ser patrono e paraninfos de tur-mas de formandos em Farmácia. Para se ter uma idéia, nessetempo, ele apadrinhou e patroneou, por mais de 60 vezes, tur-

mas de seus futuros colegas de profissão. Só de 2002 até agostodeste ano, foram 16 convites.

Em todas as solenidades, ele discursou e apelou aosnovos farmacêuticos para que se orientem "pela bússola daética". Pediu, ainda, para que os formandos "lutem em defesados aspectos sanitários e sociais dos estabelecimentos farma-cêuticos", bem como façam prevalecer sempre os interessessociais e sanitários dentro dos demais segmentos profissio-nais onde irão atuar. "Apeguem-se a essas virtudes, e os resul-tados proveitosos virão", enfatizou.

Em 2002, o Dr. Jaldo de Souza Santos foi patrono dasturmas de Farmácia das seguintes universidades: UFPI, UFRN,UFOP (duas vezes), UFPB, UnB e Unigranrio. Foi paraninfoda UFPB, UnB, UFMA e UFBA. Já, em 2003 (até o mês deagosto), foi patrono das turmas da UFG, UnB e UFBA, e pa-raninfo das turmas da UFPI e UnB.

"Estar entre jovens farmacêuticos renova-me o ânimo,traz-me sangue novo, pois eles representam a materializaçãodo futuro", diz o Presidente do CFF, lembrando que nuncarecusou um convite de nenhuma turma. Disse, também, queas solenidades de colação de grau sempre o emocionam e queguarda essas lembranças, as quais evoca nas horas de tribula-ção". Souza Santos disse que tantos convites para ser patronoe paraninfo devem ser entendidos como um sinal de reconhe-cimento ao trabalho que ele vem realizando à frente do CFF.

Turma de formandos da UFPB, que colou grau em março de 2003,teve Dr. Jaldo de Souza Santos como Patrono

VÁRIAS

Pharmacia Brasileira - Jul/Ago 200338

BIODISPONIBILIDADE E BIOEQUIVALÊNCIA

Manual orientará centros nostestes a medicamentos

Os centros de bioe-quivalência e os laborató-rios interessados em infor-mações sobre legislação econdução dos estudos debioequivalência ganharammais um aliado para aper-feiçoar esse trabalho: o"Manual de Boas Práticasem Biodisponibilidade/Bioequivalência", daAgência Nacional de Vi-gilância Sanitária (Anvi-sa). Composto por tópicos apresentadosde forma didática, o Manual comple-menta as principais diretrizes para rea-lização dos ensaios de bioequivalênciajá previstas na legislação brasileira. Abioequivalência é um estudo clínico feitoem voluntários sadios, que confirma seum medicamento tem os mesmos efei-

tos daquele produto queserá copiado. Graças aele, é possível utilizar ogenérico em lugar domedicamento de refe-rência, sem prejuízos natroca.

O volume I é divi-dido em três módulos:etapas clínica, analíticae estatística. Já o volu-me II, é voltado para aárea laboratorial e é

composto pelos módulos Micropipetas,Água para Análises Químicas e Instru-mentação Analítica. Com uma tirageminicial de 500 exemplares, distribuídospara centros de bioequivalência nacio-nais e internacionais, universidades, vi-gilâncias sanitárias e indústrias farma-cêuticas, o guia dá subsídios técnicos e

exemplos práticos, auxiliando para queos estudos sejam feitos de forma preci-sa e, conseqüentemente, contribuindopara a melhoria da qualidade das análi-ses.

A área de Inspeção em Centros deBioequivalência da Anvisa monitora aqualidade dos estudos realizados, noBrasil, por meio de inspeções anuais,habilita novos centros, suspende e des-credencia aqueles que apresentam irre-gularidades na condução de seus testes."A intenção é fazer com que o manualaperfeiçoe e padronize as atividades dequem realiza o estudo e de quem faz afiscalização dos centros", explica o co-ordenador de Inspeção dos Centros deBioequivalência, Max Weber Pereira.

A versão eletrônica do "Manual deBoas Práticas em Biodisponibilidade/Bioequivalência" pode ser encontradano endereço <http://www.anvisa.gov.br/bio/index.htm>. Outras informações noe-mail <[email protected]<mailto:[email protected]>.

SAÚDE PÚBLIC

Quais são asperspectivas

do SUS?No ano da celebração do 15º aniversário da criação do

Sistema Único de Saúde (SUS), o Governo Federal promove-rá um amplo debate social para fazer um balanço do sistema eapontar novos rumos para o futuro da saúde pública, no Bra-sil. O palco das discussões será a 12a Conferência Nacionalde Saúde, que deve reunir 3 mil representantes de todos osEstados do País, entre os dias sete e 11 de dezembro, na capi-tal federal.

Batizada de Conferência Sérgio Arouca, em homena-gem ao Secretário de Gestão Participativa do Ministério daSaúde, falecido, recentemente, o encontro apresenta como eixocentral o tema Saúde: um direito de todos, um dever do Esta-do e a Saúde que temos, o SUS que queremos.

"Será a oportunidade de reavaliarmos o SUS, desco-brirmos seus pontos falhos e caminharmos na construção dosistema pelo qual sempre lutamos", resume o Ministro da Saú-de, Humberto Costa, que abrirá os trabalhos da conferência.

INFORMAÇÕES

Telefone vai esclarecerdúvidas sobre medicamentos

A partir de setembro, um telefone gra-tuito vai responder a todas as dúvidas dos con-sumidores sobre o assunto medicamentos. In-formações sobre preços e tabela com os valo-res máximos a serem cobrados nas farmáciaspara produtos sob o controle da Câmara deRegulação do Mercado de Medicamentos(CMED) e esclarecimentos sobre medicamen-

tos livres do controle estarão reunidas e disponíveis num único nú-mero: o da Ouvidoria da CMED.

O mesmo serviço receberá denúncias de consumidores sobreabusos. As queixas serão levadas aos técnicos da CMED, que cobra-rá explicações dos laboratórios suspeitos de reajustarem abusiva-mente seus preços. Se comprovadas, poderão resultar em multas. Seas queixas forem sobre farmácias que cobram valores acima dospermitidos, a denúncia será encaminhada aos serviços de defesa doconsumidor.

De acordo com a nova regulamentação do mercado de medi-camentos, os reajustes nos preços só acontecerão uma vez, a cadaano, sempre em março. E deverão obedecer aos critérios definidospela CMED, respeitando as especificidades de cada fabricante e decada medicamento.

VÁRIAS

Pharmacia Brasileira - Jul/Ago 2003 39

O Ministério da Saúde ani-versariou, no dia 29 de ju-lho. A Pasta comemorou os50 anos de sua criação comuma série de atividades, in-cluindo três exposições euma cerimônia com a pre-sença do Ministro Humber-to Costa. Sob os títulos ASaúde através do Tempo, ASaúde em Memória, e Acer-vo da Saúde, as três exposi-

ções trazem fotos, publicações, pegas doacervo e informações históricas sobre a saú-de, no Brasil. Todo o material esteve ex-posto no Túnel do Ministério e na Bibliote-ca, que fica no térreo da sede do órgão.

ANIVERSÁRIO

Ministério da Saúdecompleta 50 anos

O Ministério da Saúde comemora,em 2003, 50 anos de fluoretação da águade consumo público, no Brasil. A práti-ca desse importante meio de prevençãoda cárie dental teve início, em 31 de ou-tubro de 1953, na cidade de Baixo Guan-du, no Espírito Santo.

Em muitos países, a fluoretação daágua, medida efetiva e economicamen-te viável, pois tem custo aproximado deR$ 1,00, por pessoa, ao ano, tem sidoapontada como a principal responsávelpelo declínio na prevalência da cárie. Ouso do flúor é o mais importante méto-do preventivo da cárie, sendo recomen-dado por mais de 150 organizações deciência e saúde, incluindo a FederaçãoDentária Internacional (FDI), a Associ-ação Internacional de Pesquisa emOdontologia (IADR), a OrganizaçãoMundial de Saúde (OMS) e a Organiza-ção Pan-americana de Saúde (Opas).

No Brasil, a utilização do métodoé garantida pela Lei nº 6.050/74, que es-tabelece a obrigatoriedade da fluoreta-

FLUOR

Fluoretação: 50 anos de combate à cárie

ção da água de abastecimento nos siste-mas que contam com estações de trata-mento. O processo possibilita a manu-tenção de concentrações baixas e cons-tantes de flúor na cavidade bucal, paracontrolar o desenvolvimento da cárie.Entre 1986 e 1996, houve uma quedade 53% na prevalência de cárie em cri-anças de 12 anos de idade provocadapela política de fluoretação, sendo que,em 1996, a cobertura de água fluoreta-da atingia 42% da população brasileira.

QUALIDADE

Magistral: a buscada ISO 9000/2001

A Profarma (Associação de Farmacêu-ticos Proprietários de Farmácia com Manipu-lação), do Distrito Federal, reuniu, num jantar,em Brasília, no dia 20 de agosto, os seus afili-ados e familiares, além de autoridades, para co-memorar o lançamento da adequação às nor-mas de certificação da ISO 9000/2001. O Pre-sidente do Conselho Federal de Farmácia, Jal-do de Souza Santos, presente à reunião, fez umbreve pronunciamento em que destacou a im-portância da qualificação para as farmáciasmagistrais. Para o Presidente da Profarma,Adalberto Lordelo, receber o Certificado ISO9000/2001 é uma conquista dos estabelecimen-tos associados que aponta para a melhoria daqualidade, não só do medicamento, mas tam-bém dos serviços prestados pelo farmacêuticoaos seus clientes". O Deputado Federal JoséRoberto Arruda (PFL-DF) também participoudo jantar.

Silvia, consultora da Profarma; Noemy Saiki, tesoureira; DeputadoFederal Jose Roberto Arruda (PFL-DF); Adalber to Lordelo, Presidente

da Profarma e Jaldo de Sousa Santos, Presidente do CFF.

ENCONTRO INTERNACIONAL

Evento debate as ações da Vigilância SanitáriaAs recentes denúncias, apreensões e interdições de produtos falsos e

empresas clandestinas colocaram a Vigilância Sanitária e os profissionais daárea regulatória em evidência na mídia. Casos, como o do medicamento celo-bar - contraste usado em exames radiológicos -, fabricado pelo laboratórioEnila, que provocou a morte de uma pessoa e é suspeito de outras 21 mortes,fizeram as autoridades responsáveis a pensarem sobre a responsabilidade le-gal por danos causados à saúde pública.

Esse será um dos temas abordados, durante o III Encontro Internacionaldos Profissionais em Vigilância Sanitária, realizado, entre os dias três e cincode setembro, no Hotel Blue Tree Park, em Cabo de Santo Agostinho (PE). Oevento, que reuniu 600 pessoas e foi organizado pela ABPVS (AssociaçãoBrasileira dos Profissionais em Vigilância Sanitária), discutiu a modernizaçãoda Vigilância Sanitária que permita um controle mais eficaz e uma maior via-bilização nos serviços prestados por este órgão.

Outras questões debatidas foram a falta de legislação sanitária, que con-tribui para a morosidade da prestação de serviço e para a impunidade; a obesi-dade como doença; e a harmonização dos procedimentos com a implantaçãoda ALCA.

VÁRIAS

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MUSEU

Por amor à históriada Farmácia

Farmacêutico José Carlos Machado, lendo a PHARMACIABRASILEIRA, em seu museu particular, em Sertãozinho (SP),onde estão reunidas peças centenárias e valiosas

Iniciativas individuais de farma-cêuticos idealistas e de visão reserva-dora estão ajudando a manter viva a his-

tória da Farmácia, no Brasil. Em Ser-tãozinho (SP), o farmacêutico José Car-los Machado mantém um museu parti-cular, com peças que pertenceram à cen-tenária farmácia de sua família, locali-zada, naquela cidade. Formado pela Fa-culdade de Farmácia de Ribeirão Preto(Hoje, Universidade de São Paulo -USP), em 1964, José Carlos Machadoesteve à frente de várias farmácias desua propriedade, por vários anos. Hoje,mesmo aposentado, continua na ativa,atuando como responsável técnico pelaDrogaria São Marcos, em Sertãozinho.E ainda encontra tempo para se dedicaràs várias atividades sociais e filantrópi-cas e para cuidar do seu museu particu-lar, que reúne peças valiosíssimas.

Iniciativas como essa e a do Dr.Paulo Marques (São Paulo), bem comoa do Conselho Federal de Farmácia, que

mantém um centro histórico, acabamevitando que a história da Farmácia virepó, ou que seja mal contada. Em Brasí-lia, uma centenária prateleira de umafarmácia, toda em jacarandá, foi pararnum luxuoso bar.

A peça, entretanto, talvez porestar fora do seu "ninho", não suscitenos "bons-de-gole" nenhum interesse denatureza histórica. Muitos frequentado-res do bar jamais imaginaram que aque-la prateleira, por tantos anos, abrigoumedicamentos que salvaram vidas. Ja-mais sonharam também que aquela peçatestemunhara a vida da população detoda uma cidade, que ia para a farmácianão só em busca do medicamento, masdo aconselhamento, como também parafalar de literatura, de educação, da so-ciedade etc. (Pelo jornalista AloísioBrandão, Editor desta revista)

O Conselho Federal de Far-mácia recebeu, com pesar, a notí-cia do falecimento, no dia dois deagosto, do grande médico sanita-rista Sérgio Arouca, ex-presiden-te da Fundação Oswaldo Cruz (Fi-ocruz) e Secretário de Gestão Par-ticipativa do Ministério da Saúde.A Constituição de 1988 tem mui-to dele. Nascido, em Ribeirão Pre-to (SP), formado pela Universida-de de São Paulo, Arouca foi De-putado Federal (PCB-RJ), por oito anos, e foium dos grandes responsáveis pela aprovaçãoda Emenda Popular da Reforma Sanitária, in-cluída na Carta Magna.

O sanitarista completaria 62 anos, emsetembro. Sabendo do diagnóstico de câncerque o acometeu, ele não se acovardou, man-tendo-se na linha de frente da luta pela cons-trução de uma sociedade mais justa e solidá-ria. Assim, esteve, até seus últimos momen-tos. Sérgio Arouca foi ainda Secretário muni-cipal de Saúde do Rio de Janeiro. Desempe-nhou inúmeras outras funções, no Brasil e noexterior.

PERDA

A saúde perde AroucaEPIDEMIOLOGIA

Apoio à pesquisa epidemiológicaA Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da

Saúde, estabeleceu as diretrizes e os procedimentos para o apoio deestudos e pesquisas para o biênio 2003/2004. De acordo com o editalde convocação do Programa de Desenvolvimento Científico e Tecno-lógico, publicado em 30 de julho, serão selecionadas propostas depesquisa em nove linhas temáticas.

Um dos objetivos do programa é o de consolidar a SVS comoreferência para o desenvolvimento de estudos e pesquisas aplicadas àepidemiologia. Também, pretende orientar ações da Secretaria para asolução de problemas que limitam a eficácia das ações desenvolvidasatualmente, e desenvolver métodos e técnicas que ampliem a capaci-dade de intervenções nos problemas de saúde.

Com o estímulo a estudos e pesquisas em epidemiologia, aSVS ampliará o conhecimento sobre o comportamento de doenças eos seus fatores de risco e aperfeiçoará tecnologias para o controle eprevenção de doenças e agravos à saúde humana. Também, estimula-rá o desenvolvimento de novas tecnologias e desenvolverá a avalia-ção de impacto dos programas e das atividades realizadas.

Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (61)315-3655, pelo endereço eletrônico <[email protected]> ou noportal do Ministério <www.saude.gov.br>.

Sérgio Arouca

VÁRIAS

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PARTICIPAÇÃO

Farmacêuticossão valorizadospelo Governodo Piauí

As mudanças ocorridas, nos cená-rio político e administrativo do Piauí,trouxeram novas perspectivas à classefarmacêutica do Estado. Em dezembroúltimo, quando da transição governa-mental, profissionais, sob a liderança doConselho Regional (CRF-PI), reuniram-se com o Coordenador da equipe de tran-sição da área de saúde, o hoje DeputadoFederal e atual Secretário de Saúde, Na-zareno Fonteles, para discutir a situaçãoda Farmácia piauiense e saíram da reu-nião com a promessa de mudanças que,hoje, já estão em curso.

"Entregamos a ele um documentocontendo uma análise detalhada da es-trutura vigente, na saúde, e propostas quepudessem melhorar o setor, com ênfasepara a atividade farmacêutica, de sortetambém a contemplar a nossa classe",declara o Conselheiro Federal de Far-mácia pelo Piauí, Ronaldo Costa.

Entre as propostas, estão uma po-lítica de medicamentos para o Estado,algumas ações conjuntas entre o CRF-PI e órgãos da Administração estadual,reaparelhamento dos serviços farmacêu-ticos, interiorização do farmacêutico,uma política industrial, entre outras.

Nestes nove meses de Governo,segundo relata o Dr. Ronaldo Costa, jáse percebe uma mudança de postura ad-ministrativa das autoridades sanitáriasdiferente. Segundo o Conselheiro Fede-ral, o Governo vem buscando a partici-pação de farmacêuticos no gerenciamen-to de setores e de empresas públicas,como o Lacen, o hemocentro, as Unida-des de Saúde. Até mesmo o cargo deSecretário de Saúde tem sido ocupadointerinamente pela farmacêutica Tatia-na Vieira Chaves, Diretora da VISA-PIe Secretária do CRF-PI, quando das au-

sências do Secretário Na-zareno Fonteles.

Concursos - Segun-do atesta Ronaldo Costa,as mudanças avançam emdiferentes direções. No-vos concursos foram rea-lizados pela administra-ção púbica e várias áreasda Farmácia foram con-templadas com perspecti-vas de mais vagas. Aforaisso, os serviços farma-cêuticos começam a serreestruturados, o Gover-no estuda a proposta de uma política in-dustrial para o Piauí apresentada pelosfarmacêuticos, ao tempo em que a ge-rência de assistência farmacêutica da Se-cretaria de Saúde tem desenvolvido um

trabalho árduo para novosrumos da Farmácia no Es-tado.

"Nos encontros de queparticipamos com o Secre-tário de Saúde, NazarenoFonteles, ele tem dito queos farmacêuticos são im-portantes para o setor desaúde deste Governo esta-dual e que a classe farma-cêutica será ainda mais con-templada", acrescenta oConselheiro Federal. Ro-naldo Costa salienta que o

atual Governo encontrou a máquina ad-ministrativa comprometida, mas tem de-monstrado o seu compromisso com osavanços na saúde, com ênfase na Far-mácia.

Ronaldo Costa, que ajudou a elaborar aspropostas: "Secretário de Saúde reforça que

farmacêutico é importante para o setor"

INTERESSE NACIONAL

Decreto facilita importação demedicamentos genéricos

Decreto presidencial cria instrumento jurídico para a importaçãode genéricos pelo Governo brasileiro, em caso de emergência nacionalou interesse público, sem a necessidade de consentimento do detentorda patente. A medida, que dispõe sobre a concessão de licença compul-sória, não se restringe à área da saúde.

A nova versão do decreto deixa clara a obrigatoriedade de trans-ferência da informação para a fabricação local dos medicamentos; vaipermitir a importação na versão genérica; e melhora as exigências rela-tivas às compras dos medicamentos, adequando o decreto à Constitui-ção Federal e à Lei 8.666/93, que regula as licitações públicas. O decre-to pode viabilizar, caso o Governo brasileiro decida pela licença com-pulsória, a importação dos genéricos dos anti-retrovirais Nelfinavir (daRoche), Lopinavir (da Aboott) e Efavirenz (da Merck Sharp & Dhome).

Além da publicação do decreto, uma missão do Ministério daSaúde será enviada à Índia e à China, para avaliar as condições de pro-dução dos genéricos dos três medicamentos por estes países. Ao mesmotempo, o Ministério inicia o processo de avaliação da capacidade deprodução pela indústria farmoquímica brasileira e autoriza o laborató-rio estatal Far-Manguinhos a se preparar para a produção dos mesmos,em escala industrial. Atualmente, o laboratório está concluindo o pro-cesso de desenvolvimento dessas drogas.