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“O Engenho” é um Boletim de Conhecimento Técnico Mensal, os conteúdos não podem ser reproduzidos ou copiados sem a devida autorização dos autores. Todos os direitos reservados. Grupo Casais © 2015 www.casais.pt | www.casaisnet.casais.pt EUROTOWERS OTIMIZAÇÃO DE FUNDAÇÕES SEGURANÇA EM 1º LUGAR Trabalhos junto a Linhas Elétricas Aéreas // pág. 5 DIREITO A FALAR Contrato de Subempreitada // pág. 10 1. Objeto: foi recentemente adjudicada a empreitada do edifício “Eurotowers – West One” à CASAIS Gibraltar em regime de conceção construção. // pág. 02 BOLETIM DE CONHECIMENTO TÉCNICO 17 novembro 2015

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Page 1: EUROTOWERS - Grupo Casais · 2015. 11. 26. · manter um afastamento mínimo de três metros para tensão inferiores a 57 KV, e de cinco metros para tensão superior a 57 KV. •

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EUROTOWERSOTIMIZAÇÃO DE FUNDAÇÕES

SEGURANÇA EM 1º LUGAR

Trabalhos junto a Linhas Elétricas Aéreas// pág. 5

DIREITO A FALAR

Contrato de Subempreitada// pág. 10

1. Objeto: foi recentemente adjudicada a empreitada do edifício “Eurotowers – West One” à CASAIS Gibraltar em regime de conceção construção.

// pág. 02

BOLETIM DE CONHECIMENTO TÉCNICO

Nº 17novembro 2015

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Boletim de Conhecimento Técnico Nº 17/2015

“O Engenho” é um Boletim de Conhecimento Técnico Mensal, os conteúdos não podem ser reproduzidos ou copiados sem a devida autorização dos autores.

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1. OBJETOFoi recentemente adjudicada a empreitada do edifício “Eurotowers – West One” à CASAIS Gibraltar em regime de conceção construção. Os projetos de Arquitetura e das diversas especialidades estão a ser elaborados internamente por equipa multidisciplinar coordenada pelo Departamento Técnico. De seguida são apresentados os resultados e melhorias obtidas após a primeira fase de projeto já sub-metida a parecer do “Building Control” e aprovada pelo Dono de Obra referente ao Projeto de Fundações.

→ Em particular, é abordado nesta edição da Engenho o projeto de microestacas e a sua otimização face à versão de concurso.

↓Gibraltar

EUROTOWERSOTIMIZAÇÃO DE FUNDAÇÕES

Por Miguel Pires e Carlos Carvalho

// Departamento Técnico

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2. PROPOSTA EM FASE DE CONCURSOEm fase de concurso, como estudo prévio, perante as condições do cenário geotécnico, foi proposto a execução de 337 unidades de microestacas num total de 5.897,50 metros lineares, que se traduzia em planta conforme na imagem seguinte.

Este pré-dimensionamento, foi efetuado num muito breve espaço de tempo sendo necessário modelar a totalidade do edifício (modelo de pórticos) para obter as reações, convertê-las para o centro de gravidade no caso dos núcle-os e em complementaridade obter o esforço máximo em cada microestaca num processo iterativo.

3. SOLUÇÃO EM FASE DE EXECUÇÃOApós adjudicação da empreitada e início dos trabalhos de projeto, foi desenvolvido um modelo de cálculo tridimen-sional complementar mais avançado baseado na formula-ção de elementos finitos.

O modelo de cálculo foi idealizado e desenvolvido no programa de cálculo estrutural Robot Structural Analysis, sendo possível reproduzir com elevado rigor e precisão a geometria estabelecida pela Arquitetura e Estrutura.

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4. MODELAÇÃO COM APOIOS ELÁSTICOSCom base na rigidez efetiva da microestaca proposta ao nível do pré-dimensionamento, foi introduzido no progra-ma de cálculo a modelação das reais condições fronteira induzidas pelas microestacas através da consideração de apoios elásticos.

Com base nesta premissa foi possível verificar que os esfor-ços de momentos fletores presentes na laje de fundo são mitigados sendo obtidos valores corrigidos. A flexibilidade introduzida reduz globalmente o valor destes tipo de esfor-ços permitindo a avaliação da carga axial presente na micro-estaca de forma mais precisa e realista sendo assim possível propor uma otimização da quantidade de microestacas.

5. CONCLUSÃOEsta solução propõe a execução de 334 unidades de mi-croestacas num total de 4676 metros lineares. A otimização traduz-se em valores enumerados na tabela abaixo.

Foi assim possível atingir uma interessante otimização na primeira fase de projeto. Seguem-se as componentes de Projeto de Arquitetura, de Especialidades e da Super--Estrutura em que será igualmente procurado atingir as melhores soluções técnicas e económicas.

Item Descrição Quantidade Concurso Quantidade Execução Otimização

16 MicroEstacas 5.897 ml 4676 ml -21%

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S E G U R A N Ç A E M 1 º LU G A R

Por Margarida Santos

// Departamento de Prevenção e Segurança

PRINCIPAIS RISCOS→ Choque elétrico;→ Incêndio;→ Queimaduras.

Trabalhos junto aLinhas ElétricasAéreas

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MEDIDAS DE PREVENÇÃO

• Realização do levantamento topo-gráfico da rede elétrica aérea que se situe nas proximidades da zona de trabalho ou se cruze com esta no sentido apurar, nomeadamente as coordenadas exatas e o vão livre ao ponto mais baixo da linha.

• Identificação, registo e divulgação quer da designação da linha, quer do contacto da entidade exploradora.

• Proceder à identificação das caracte-rísticas da linha e da diferença de po-tencial da corrente que transportam.

• Estudar a viabilidade da desativação, desvio ou elevação da cota da linha.

• Com base na máquina de maior porte e considerando a sua maior altura de trabalho, deverá ser feita a identificação de todos os pontos, quer da área de trabalho, quer dos acessos que originem o risco de interferência máquina/linha.

• Se a movimentação tiver que ser re-alizada sobre linhas elétricas e não for possível desviá-las ou desligá--las, deve manter-se um afasta-mento seguro, quer do equipamen-to, quer da carga.

• A distância de segurança a manter às linhas elétricas determina-se em função da tensão da corrente transportada. Na prática, dever-se-á manter um afastamento mínimo de três metros para tensão inferiores

a 57 KV, e de cinco metros para tensão superior a 57 KV.

• Calcular a distância de segurança à linha tendo em conta a diferença de potencial em relação à “terra” e ainda outros fatores agravantes, tais como flecha de linha, ventos fortes, etc.

• O guiamento de cargas longas junto a linhas elétricas deverá ser feito por intermédio de cordas de nylon, ou cânhamo, bem secas.

• Fazer formação/informação sobre os condicionalismos impostos ao desenvolvimento dos trabalhos.

• Os postes que se situem na zona de trabalho ou junto a caminhos de circulação, deverão ser protegidos ao nível do solo e em todo o seu perímetro de modo a evitar emba-tes que possam colocar em causa a sua estabilidade.

• Se se verificar a passagem aciden-tal de corrente entre as linhas e a máquina, o manobrador deverá, se possível, permanecer no interior da cabine, até que a corrente seja cor-tada. Se tal não for possível, o ma-nobrador deverá saltar da máquina de modo a que, em nenhum caso, estabeleça contactos do tipo “mão no equipamento, pé na terra”.

NOTA: Nos casos de acidentes com linhas elétricas de A.T. verifica-se muitas vezes o incêndio dos pneus, o que obriga o condutor a abandonar a máquina.

Não esquecer que, normalmente e de um modo automático, é ten-tada repetidamente a reposição de corrente nas linhas após um disparo dos disjuntores de proteção dessas mesmas linhas.

 

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PROCEDIMENTO EM CASODE INCIDENTE

I. Caracterização

Nas obras de construção podem ocorrer diversas situações de traba-lho próximos de linhas elétricas em exploração ou de outras peças em tensão, nomeadamente: • Nos cruzamentos de linhas com outras linhas em tensão, de energia elétrica ou de tração;

• Nos trabalhos de construção e ou-tros trabalhos não elétricos próxi-mos ou no interior das instalações elétricas.

II. Riscos mais frequentes

Elétrico por: • Contacto direto numa peça em tensão; • Contacto indireto por uma peça que fique acidentalmente em tensão na sequência de uma ocorrência (erro de manobra, incidente, efeito de indução, etc.);

• Arco elétrico por aproximação peri-gosa a uma peça em tensão;

• Eletricidade estática.

Efetuar as ligações à terra: • Efetuar as ligações à terra, de acor-do com as regras da arte, nomea-damente:↘ nos postes em construção (logo que possível);↘ nos pórticos auxiliares metálicos dos cruzamentos e travessias;

↘ no equipamento de desenrola-mento e nos condutores em desen-rolamento; ↘ nos condutores colocados, en-quanto durarem os trabalhos;↘ nas linhas, ou outras instalações, sem tensão na proximidade.

III. Medidas de Prevenção

Respeitar as Distâncias de Segurança

Trabalhadores não eletricistas:o pessoal não eletricista, quando uti-lizar ferramentas, aparelhos ou equi-pamentos na proximidade de peças condutoras nuas ou insuficientemente protegidas, e que estão normalmente em tensão, não pode trabalhar a uma distância inferior a:

Tensão Distância

até 1000 Vaté 60 kVU > 60 kV

1 m3 m5 m

Zona de Segurança:Zona de trabalhos autorizada, para além do limite exterior da Zona de Vizinhança.

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COMO ATUAR EM CASO DEINCIDENTE ELÉTRICO

A sobrevivência da vítima de um incidente de origem elétrica depende muitas vezes da atuação imediata dos seus companheiros; uma eletrização ou uma hemorragia grave podem matar em alguns minutos, antes da chegada de socorros qualificados, se não forem logo prestados alguns cuidados essenciais ao acidentado.

Nem só as pessoas com formação de Primeiros Socorros podem salvar vidas nestas circunstâncias. Qualquer pessoa, ao testemunhar um incidente, se agir depressa mas sem precipi-tações poderá ajudar a manter viva a vítima até à chegada dos socorros qualificados.

I. Proteger-se e proteger a vítimade novo incidente

Antes de efetuar qualquer gesto para a reanimação do acidentado, verificar que este não está em contacto com uma peça em tensão, ou suscetível de ficar em tensão, por exemplo no caso de uma religação. Caso contrário deve primeiro proceder ao afastamento da vítima.

• Para afastar a vítima da peça em tensão:↘ cortar imediatamente a corrente se existir um aparelho de corte no local do incidente.↘ caso não exista aparelho de corte no local, se a instalação for de BT, provocar um curto circuito a fim de

obter os mesmos resultados, tendo o cuidado de se colocar fora do al-cance dos efeitos do curto circuito.

• Se não for possível cortar a corrente, a pessoa que vai afastar o acidenta-do deverá:↘ proteger se utilizando materiais isolantes adequados ao nível da tensão luvas, varas, tapetes, estra-dos, etc. recordando que a presen-ça de humidade pode torná-los condutores.↘ tomar cuidado para não se colocar em contacto direto, ou por intermédio de objetos condutores, com uma peça em tensão.

• Se o incidente ocorreu em cima de um apoio, e a vítima se manteve em contacto com peças em tensão, afastá-la:↘ ou mantendo a Distância de Segurança, utilizando uma vara isolante para a afastar.↘ ou ao contacto, depois de ter procedido ao corte da corrente e à ligação à terra e em curto circuito.

• Se a vítima ficou inconsciente, aplicar lhe os primeiros cuidados de emergência ainda no apoio, caso seja possível.

• Se a vítima ficou consciente, descê la no mais curto espaço de tempo, utilizando um dispositivo descensor e a corda “linha de vida”.

• Se a vítima ficou presa nas peças em tensão mas não está presa pelo sistema antiqueda ou pelo cinto de

trabalho, antes de cortar a corrente (se não tiver havido disparo da li-nha) prevenir na medida do possível a queda da vítima.

• No caso de um incidente com condutores de linhas de tensão superior a 60 kV, se a vítima se mantiver em contacto com os condutores, a aproximação para a prestação de primeiros socorros só deve ser efetuada depois da linha ter sido desligada.

II. Aplicação dos Primeiros Socorros

Logo que a proteção esteja assegu-rada é essencial examinar a vítima antes mesmo de alertar os socorros qualificados. Verificar se: • O tórax e o abdómen se movimen-

tam com a respiração; o ar sai lhe normalmente pela boca e pelo nariz?

• A vítima reage à fala? • Tem uma lesão evidente?

Depois de fazer o exame rápido da situação e da vítima, a testemunha deve mandar alguém alertar os pri-meiros socorros ou fazê lo ela própria, mas só depois de assegurar a respira-ção da vítima.

• Para assegurar a respiração da vítima:↘ se a respiração está parada (tórax e abdómen imóveis, não havendo saída de ar pela boca e nariz), é necessário desobstruir as vias respi-ratórias (boca e traqueia):- desapertar ou aliviar qualquer vestuário que possa dificultar a respiração.

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- inclinar a cabeça para trás, não deixando que a língua obstrua a entrada de ar;- passar um dedo pelo interior da boca para a limpar, no caso de ter havido vómito.

• Se a respiração não recomeçar, aplicar imediatamente um método de respiração artificial, boca-a--boca ou boca-nariz, que deverá manter se até que cheguem os so-corros qualificados ou que a vítima comece a respirar.

III. Chamar os Primeiros Socorrose afastar os curiosos

• O alerta deve ser feito para os servi-ços de socorros locais ou na sua falta para os socorros nacionais (112).

↘ A comunicação deve:- fornecer a localização precisa do incidente bem como o número do te-lefone donde está a fazer a chamada.- dar indicação da natureza do inci-dente, do estado aparente da vítima e dos cuidados de urgência efetuados.

• É, pois, fundamental que todo o pessoal conheça:

↘ O nome dos socorristas existentes no local de trabalho;↘ A lista e números de telefone dos socorros de urgência, que deve estar afixada junto dos telefones do local de trabalho e nas viaturas;↘ A localização da caixa de primei-ros socorros.

IV. Outros cuidados a prestar antes dachegada dos socorros qualificados

• Deitar a vítima:↘ Se a vítima está consciente e se respira, deitá-la de costas num local plano, salvo se tem:- ferimentos na face - deitar em posição lateral de segurança;- ferimentos no tórax - colocar em posição semi-sentada;- ferimentos no ventre - deitar de costas mas com as pernas semi--fletidas.↘ Se a vítima está inconsciente mas respira, deitá la em Posição Lateral de Segurança (PLS).

• Parar as hemorragias↘ No caso de grande hemorragia, comprimir diretamente a ferida com a mão, com os dedos ou com o punho;

↘ No caso de hemorragia menos importante, uma compressa pode substituir a compressão manual.

• Fraturas↘ Tentar que a vítima permaneça imobilizada aguardando os primei-ros socorros qualificados.

• Feridas e Queimaduras↘ Lavar as feridas com água limpa. Não utilizar qualquer outro produto além da água.↘ Nunca lavar as queimaduras de origem elétrica.

Tratar apenas dos ferimentos ligeirosenquanto espera os socorros.

Nunca dar de beber à vítima(eventualmente humedecer-lhe

os lábios com um lenço húmido).

Em nenhuma situaçãodar bebidas alcoólicas à vítima

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D I R E I T O A F A L A R

Por Filipa Teixeira

// Departamento Jurídico

↘ O contrato de subempreitada, previsto no artº 1213º do Cód. Civil, é um contrato pelo qual um terceiro se obriga para com o empreiteiro a realizar a obra a que este se encontra vinculado, ou uma parte dela.

Desta definição ressalta a observância de dois pressupostos: a) A existência de um contrato prévio, que corresponde à empreitada;b) A celebração de um segundo negócio jurídico pelo qual um terceiro se obriga para com o empreiteiro a realizar certa obra ou parte dela.

Contratode Subempreitada

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D I R E I T O A F A L A R

No caso de Obras Particulares

Prevalece aqui a liberdade contratual prevista no artº 405º do Código Civil, podendo as partes estabelecer as cláusulas que lhes aprouver, desde que não contrariem as disposições legais, in casu, que se prendam com as regras próprias da empreitada.

O princípio da liberdade contratual desdobra-se em vários aspetos:a. a possibilidade de as partes contra-

tarem ou não contratarem, como melhor lhes aprouver;

b. a faculdade de, contratando, esco-lher cada uma delas, livremente, o outro contraente;

c. a possibilidade de, na regulamenta-ção convencional dos seus inte-resses, se afastarem dos contratos típicos ou paradigmáticos discipli-nados na lei ou de incluírem, em qualquer destes contratos paradig-máticos, cláusulas divergentes da regulamentação supletiva contida no Código Civil.

Nada impede que num contrato de subempreitada privada se colham no regime do instituto homólogo de obras públicas, conceitos e regras, sem que tal implique a sujeição às normas de direito público.

No caso de Obras Públicas

Quanto à subempreitada, se estiverem em questão obras públicas, a sua regu-lamentação resulta de legislação espe-cial, ou seja, do Código dos Contratos

Públicos, adiante designado apenas por CCP, com diversas alterações.

No âmbito de obras públicas, o CCP impõe a forma escrita do contrato e o seguinte conteúdo mínimo, sob pena de nulidade: a. a identificação das partes e dos

respetivos representantes, assim como do título a que intervêm, com indicação dos atos que os habilitam para esse efeito;

b. a identificação dos alvarás ou títulos de registo das partes;

c. a descrição do objeto do subcontrato;d. o preço;e. a forma e o prazo de pagamento do

preço;f. o prazo de execução das prestações

objeto do subcontrato.

A exigência da forma escrita para o contrato é cumprida se este se celebra mediante a elaboração pelo emprei-teiro de documentos com as condições em que está disposto a contratar, da apresentação de proposta escrita do subempreiteiro em resposta a essas condições de aceitação dessa proposta, também por escrito pelo empreiteiro, portanto, donde constem todos os ele-mentos supra enunciados, nas alíneas a) a f) e cuja falta implica, como já se referiu, a nulidade do subcontrato.

Para evitar futuros constrangimentos parece-nos de todo aconselhável, para além dos elementos supra referidos, que sejam incluídas no contrato de subempreitada cláusulas que estipu-lem, designadamente:

• o prazo de garantia da obra, nos ter-mos do disposto no art. 397.º do CCP;

• as condições de execução de traba-lhos a mais ou a menos, nos termos do art. 373.º ss e art. 379.ºss do CCP;

• modo de prestar e de libertar a garantia de boa execução dos traba-lhos, quer seja por garantia bancária, quer seja por retenção nas faturas;

• condições para a realização da receção provisória e definitiva, nos termos dos art. 394.º e 398.º do CCP, respetivamente.

Nunca é demais recordar que um subempreiteiro nunca deve entrar em obra sem que o contrato de subem-preitada esteja devidamente assina-do ou as condições negociais estejam perfeitamente acordadas e que exista um suporte escrito da sua aceitação por ambas as partes.

Não sendo suficiente o email de adjudicação da subempreitada sem que o subempreiteiro tenha respon-dido afirmativamente, aceitando as condições e a obra.

Por último, resta informar que os con-tratos de subempreitada, aliás como os de empreitada ou com terceiros, devem ser guardados pelo período de 5 (cinco) anos, a contar da data em que a obra em causa tenha sido concluída.