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Manual do Educador Eu, você e o presente da natureza...

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Manual do Educador

Eu, você e o presente da natureza...

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Concepção, pesquisa e desenvolvimento:Alessandra de Oliveira, Simone Portugal eRaquel A. M. RotundoColaboração: Hermes Petrini (músicas) eFábio S. Paiva (roteiro das histórias emquadrinhos)Projeto Gráfico e Editoração: Mondana:IBIlustrações: Vilmar ConradoRevisão: Fátima CaldasProdução: Asas ProduçõesRealização: Fundação ArcelorMittal Brasil

www.fundacaoarcelormittalbr.org.brAPOIO

IMPRESSO EM PAPEL RECICLADO

“O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia, Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia

Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.”

Trecho do poema nº 20 do conjunto de 49 poemas, intitulado “O Guardador de Rebanhos”,escrito entre 1911-1912 por Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa.

“O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia, Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia

Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.”

Trecho do poema nº 20 do conjunto de 49 poemas, intitulado “O Guardador de Rebanhos”,escrito entre 1911-1912 por Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa.

MENSAGEM AOS EDUCADORES

APRESENTAÇÃO

CAPÍTULO 1 – EDUCAÇÃO AMBIENTAL: É SEMPRE BOM LEMBRAR!

CAPÍTULO 2 – IDENTIDADE, DIVERSIDADE E VALORES

CAPÍTULO 3 – APRENDER-FAZENDO: POSSIBILIDADESPEDAGÓGICAS NA UTILIZAÇÃO DAS CARTILHAS E APLICAÇÃO DAS ATIVIDADES

CAPÍTULO 4 – ATIVIDADES SEQUENCIAIS: CARTILHAS DOS ESTUDANTES

CAPÍTULO 5 – BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E SUGERIDA

MENSAGEM AOS EDUCADORES

APRESENTAÇÃO

CAPÍTULO 1 – EDUCAÇÃO AMBIENTAL: É SEMPRE BOM LEMBRAR!

CAPÍTULO 2 – IDENTIDADE, DIVERSIDADE E VALORES

CAPÍTULO 3 – APRENDER-FAZENDO: POSSIBILIDADESPEDAGÓGICAS NA UTILIZAÇÃO DAS CARTILHAS E APLICAÇÃO DAS ATIVIDADES

CAPÍTULO 4 – ATIVIDADES SEQUENCIAIS: CARTILHAS DOS ESTUDANTES

CAPÍTULO 5 – BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E SUGERIDA

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sumário

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É com alegria que chegamos a mais uma edição do Prêmio ArcelorMittal de Meio Ambiente.

O tema deste ano, “Eu, você e o presente da natureza...”, é um convite a crianças e jovens para que seconheçam melhor, descubram suas potencialidades, compartilhem experiências e olhem cuidadosamentepara os locais que acolhem sua vida cotidiana.

Esperamos que o Prêmio ArcelorMittal de Meio Ambiente 2010 contribua para aproximá-los do ambienteem que vivem, estimulando-os a revelarem sua identidade e expressá-la em forma de atitudes de respeitoe carinho com todas as formas de vida.

Para completar esse grande desafio, cada criança e jovem escolherá um símbolo natural com o qual seidentifique e que represente o seu município, mostrando, por meio de desenhos e textos, a rica diversidadedas realidades socioambientais locais.

Ao final de todo o processo, os símbolos escolhidos por todas as cidades envolvidas irão compor uma grande revista, em forma de mosaico, por meio da qual será possível conhecer um pouco mais o nosso beloe imenso país.

Contamos mais uma vez com o seu apoio para envolver os alunos e desenvolver as atividades propostas paraeste ano. Este material foi especialmente elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa.

Bom trabalho!

Fundação ArcelorMittal Brasil

aos educadores

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“Eu, você e o presente da natureza...” é um material de apoio dirigido a você, que compreende aimportância e a necessidade de uma educação que estimule as pessoas a incorporarem na vida diáriaatitudes, valores e cuidados com o ambiente, comprometidos com a sustentabilidade socioambiental.

Esse processo reflexivo e dialógico tem como ponto de partida a compreensão da própria identidade e,junto com ela, o (re)conhecimento do outro, a percepção e valorização das diferenças como caminho parao delineamento das ações e projetos de futuro, individuais e coletivos.

O material foi elaborado com o intuito de promover o diálogo de saberes e a produção de conhecimentosno campo da educação ambiental, estimulando a participação e o envolvimento e aproximando de cadapessoa o desafio de ser e exercer a cidadania planetária. O referencial teórico que o sustenta coaduna-secom o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global1:

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL É UM PROCESSO DE APRENDIZAGEM PERMANENTE, BASEADO NO RESPEITO A TODAS ASFORMAS DE VIDA. TAL EDUCAÇÃO AFIRMA VALORES E AÇÕES QUE CONTRIBUEM PARA A TRANSFORMAÇÃO HUMANAE SOCIAL E PARA A PRESERVAÇÃO ECOLÓGICA. ELA ESTIMULA A FORMAÇÃO DE SOCIEDADES SOCIALMENTE JUSTAS EECOLOGICAMENTE EQUILIBRADAS, QUE CONSERVEM ENTRE SI RELAÇÃO DE INTERDEPENDÊNCIA E DIVERSIDADE. ISTOREQUER RESPONSABILIDADE INDIVIDUAL E COLETIVA EM NÍVEL LOCAL, NACIONAL E PLANETÁRIO.

Estruturado em capítulos, este trabalho pretende servir desuporte para o desenvolvimento de um projeto de

educação ambiental permanente, continuado,articulado e com a totalidade da comunidade

escolar.

Este material oferecerá subsídios para que você, os estudantes e a sua escolaparticipem do Prêmio ArcelorMittal deMeio Ambiente 2010.

Boa leitura.

1 O Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e ResponsabilidadeGlobal é um documento elaborado na conferência paralela organizada pela sociedade

civil durante a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente, a Eco-92.

apresentação

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“Esta frágil vida entre o nascimento e a morte pode tornar-se uma plenitude se for um diálogo. Toda vida real é um encontro.”

Martin Buber2

O tema proposto este ano, “Eu, você e o presente da natureza...”, traz uma reflexão sobre os conceitosde identidade, diversidade e valores. É um convite para cada um exercer sua cidadania ambiental planetária,a partir do encontro consigo próprio e com o outro, tendo como ponto de partida nossos locais de vidacotidiana e a percepção das relações que estabelecemos com eles.

Por que falar de identidade quando queremos trazer à discussão o cuidado com o meio ambiente? Porqueidentidade é uma construção que se realiza na relação com o outro – esse outro entendido por sereshumanos, todos os seres vivos, água, vento, terra etc, com os quais compartilhamos a Vida. Portanto, aidentificação de nossa cidadania planetária é condição essencial para se exercitar esse cuidado.

Sabemos que a educação, compreendida como “aprender-fazendo”, tem papel fundamental para aproximaro ser humano do ambiente em que vive, levando-o a conhecer e transformar a realidade que o cerca e a ser,ao mesmo tempo, transformado por ela. Desse modo pode despertar sentimentos como a afetividade e ocuidado com o ambiente, além de fortalecer a potência de agir.

É NO DIÁLOGO DA DIVERSIDADE DE OLHARES QUE BUSCAMOS RESPOSTAS PARA O IMPASSE QUE ESSE MODELO DEDESENVOLVIMENTO NOS IMPÔS. DEVEMOS SOMAR O OLHAR DAS OUTRAS ESPÉCIES E ELEMENTOS QUE COABITAM OPLANETA E MESMO A PRÓPRIA TERRA/GAIA E O UNIVERSO A ESSES NOVOS OLHARES. PRECISAMOS APRENDER ADIALOGAR COM ELES. (...) PRECISAMOS APRENDER A OUVI-LOS. (SORRENTINO, 2008)

Cuidar do quintal ou do planeta é um exercício amoroso cotidiano de autoconhecimento, transformaçãointerior, respeito à diferença e a todas as formas de vida.

Com essa perspectiva, vamos desenvolver o Prêmio 2010, buscando compreender, por meio da percepçãoda identidade, a essência daquilo que nos faz humanos, reconhecer a beleza da diversidade e, a partir dessacompreensão, adotar atitudes que expressem cuidado nas relações com o ambiente.

O tema busca estimular que cada estudante escolha um símbolo natural da sua cidade que expresse a suaidentificação com ela: um rio, uma lagoa, um monte, uma mata, uma pedra, um pássaro, um bicho grandeou pequeno, uma árvore ou uma flor – com o qual se identifique, goste ou queira que outros conheçam porintermédio de seus olhos, seja pelo seu desenho ou por seu texto.

O objetivo é que a comunidade, ao escolher seus melhores desenhos e textos, possa mostrar para as outrascidades o que tem de simbólico e relevante, como presente da natureza. Necessário se faz, portanto, estabeleceruma relação de aprendizado, debate e compreensão coletiva sobre o que é identidade, sobre a diversidade eos valores que sustentam as sociedades, antes de definir o símbolo com o qual cada um se identifica.

Ao final do Prêmio 2010, os símbolos escolhidos por todas as cidades irão compor uma grande revista, emforma de mosaico. Nela será possível mostrar a riqueza da diversidade, representada pelo respeito evalorização das diferenças e realidades socioambientais locais.

2 Martin Buber, em sua filosofia, deu ênfase à ideia de que não há existência sem comunicação e diálogo.

capítulo 1EDUCAÇÃO AMBIENTAL: É SEMPRE BOM LEMBRAR!

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O MATERIAL DE APOIO AO EDUCADOR ESTÁ ESTRUTURADO DA SEGUINTE FORMA:

1. História para 1º e 2º anos – O grande encontro

2. História para 3º, 4º e 5º anos – Uma sinfonia em construção

3. Portfólio para 6º, 7º, 8º e 9º anos – Eu, você e todos nós!

4. Manual do Educador, acompanhado de DVD com a coletânea:

� Palestra do Professor Marcos Sorrentino � Tratado de Educação Ambiental com animação de Michèle Sato� Músicas de Hermes Petrini� Danças circulares: passo a passo

“O ser humano é espiritual, racional e relacional, com poder de

criatividade e iniciativa, livre eresponsável, e, sobretudo, vivo econsciente, aspirante a crescer, a

aprimorar-se, a assumir mais e melhoros atributos que o fazem humano, do

nascimento ao último suspiro.” Hugo E. F. Werneck3

3 Hugo E. F. Werneck proferiu essas palavras no Manual do Educador do

Prêmio Belgo de Meio Ambiente de 2004.

Educadores,Esperamos que o uso do material “Eu, você e o presente da natureza...”, associadoaos seus conhecimentos e aos de toda a equipe da escola, marque um ponto departida para muitas mudanças e que esse aprendizado possa ser compartilhado coma família, com os amigos e com a comunidade local.Sugerimos que todo o trabalho a ser desenvolvido com os estudantes seja organizadoem forma de projeto, com registros de todo o processo, envolvendo o planejamentodas ações, as expectativas do grupo, avaliações, divulgações de resultados ecomemorações do trabalho realizado. A escola poderá se inscrever na categoria PROJETO ESCOLA e concorrer a prêmios.Participem do Prêmio ArcelorMittal de Meio Ambiente 2010. Não deixe a sua escola fora dessa!!!

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Pensar e realizar uma Educação Ambiental adequada às particularidades de cada pessoa, de cada grupo, decada escola, exige que o processo educador permita a construção e/ou o fortalecimento de espaços demediação, produção e articulação de conhecimentos, pautados pelo diálogo e sintonizados com atransformação humana e social. Espaços que propiciem momentos de reflexão de cada ser consigo próprioe com o outro, fundamentados no encontro verdadeiro do eu-tu (Buber, 1979), na descoberta da plenitudeda essência humana.

Em tempos de globalização, de modernidade líquida – conceito de Zygmunt Bauman4 –, de um mundo semovendo em alta velocidade, no qual tudo é transitório, momentos de encontro, olho no olho, cara a cara,conversas reais (não somente virtuais) são cada vez mais raros. Vamos refletir um pouco sobre a importânciadisso em nossas vidas.

O tempo dedicado à observação do rio que passa pelo lugar onde vivemos, cidades pequenas ou grandes,às relações que são estabelecidas com as pessoas e espaços com os quais nos relacionamos, nos quaistrabalhamos, sofremos, amamos, tudo contribui para a construção de nossa identidade. As decisões que oindivíduo toma, os caminhos que escolhe, a maneira como age, as relações interpessoais que vivencia, tudoisso influencia tanto nessa construção quanto na definição do grupo ao qual pertence.

AS AFILIAÇÕES SOCIAIS – MAIS OU MENOS HERDADAS –, QUE SÃO TRADICIONALMENTE ATRIBUÍDAS AOS INDIVÍDUOSCOMO DEFINIÇÃO DE IDENTIDADE: RAÇA, GÊNERO, PAÍS OU LOCAL DE NASCIMENTO, FAMÍLIA E CLASSE SOCIAL, AGORAESTÃO SE TORNANDO MENOS IMPORTANTES, DILUÍDAS E ALTERADAS NOS PAÍSES MAIS AVANÇADOS DO PONTO DE VISTATECNOLÓGICO E ECONÔMICO. AO MESMO TEMPO, HÁ A ÂNSIA E AS TENTATIVAS DE ENCONTRAR OU CRIAR NOVOSGRUPOS COM OS QUAIS SE VIVENCIE O PERTENCIMENTO E QUE POSSAM FACILITAR A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE.SEGUE-SE A ISSO UM CRESCENTE SENTIMENTO DE INSEGURANÇA. (BAUMAN, 2005)

Para Bauman, as comunidades que definem as identidades podem ser comunidades de vida e de destino.Diz ele que, à medida que nos deparamos com as incertezas e inseguranças da vida moderna, nossasidentidades sociais, culturais, profissionais, religiosas e sexuais se transformam continuamente, gerando aansiedade que caracteriza o comportamento, a tomada de decisões e os projetos de vida, na sociedadeocidental.

Nessa busca por segurança, por um lugar ideal no qual seja possível ser acolhido e estabelecer relações,mergulhamos em “comunidades virtuais”, que criam uma ilusão de intimidade, mas não substituem o sentar-se a uma mesa, olhar o rosto das pessoas, estabelecer uma conversa real.

EM AEROPORTOS E OUTROS ESPAÇOS PÚBLICOS, PESSOAS COM TELEFONES CELULARES EQUIPADOS COM FONES DEOUVIDO FICAM ANDANDO PARA LÁ E PARA CÁ, FALANDO SOZINHAS E EM VOZ ALTA, COMO ESQUIZOFRÊNICOSPARANOICOS, CEGAS AO AMBIENTE AO SEU REDOR. A INTROSPECÇÃO É UMA ATITUDE EM EXTINÇÃO. DEFRONTADASCOM MOMENTOS DE SOLIDÃO EM SEUS CARROS, NA RUA OU NOS CAIXAS DE SUPERMERCADOS, MAIS E MAIS PESSOASDEIXAM DE SE ENTREGAR A SEUS PENSAMENTOS PARA, EM VEZ DISSO, VERIFICAREM AS MENSAGENS DEIXADAS NOCELULAR, EM BUSCA DE ALGUM FIAPO DE EVIDÊNCIA DE QUE ALGUÉM, EM ALGUM LUGAR, POSSA DESEJÁ-LAS OUPRECISAR DELAS. (BAUMAN, 2005)

4 Zygmunt Bauman é sociológo polonês; um dos pensadores atuais que mais tem produzido obras querefletem os tempos contemporâneos. Para aprofundamento em seus conceitos ver bibliografia citada.

capítulo 2IDENTIDADE, DIVERSIDADE E VALORES

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Essa busca de identificação com uma pessoa, uma comunidade, uma ideia só pode ter lugar, segundo JacobLevy Moreno5, após a existência de um eu consolidado que busca a identidade com outro eu consolidado.Para esse autor, o indivíduo é concebido e estudado por meio de suas relações interpessoais e “a identificaçãosó pode ter lugar quando a criança, tendo crescido, desenvolveu a capacidade de distinguir-se das outraspessoas. Daí relacionarmos a identidade com as fases mais remotas do desenvolvimento da criança”.(Gonçalves, 1988).

Na teoria de Moreno, o bebê, quando nasce, ocupa um espaço físico (a casa daqueles que o recebem, sejapai, mãe, outros parentes, profissionais em uma instituição) e também um espaço virtual, caracterizado pelascondições socioeconômicas, pelo ponto geográfico em que se situa o grupo humano que o abriga, até peloclima psicológico que envolve a sua presença. Além disso, o espaço virtual é também composto pelasexpectativas dos mais próximos em relação ao papel que ele desempenhará: cuidar dos negócios do pai, unira família, trabalhar com a mãe e uma infinidade de desejos possíveis de se acalentar. E é a partir do que recebenesse meio, constituído por fatores socioambientais, que a criança começa, aos poucos, a viver o processopor meio do qual irá se reconhecer como semelhante aos demais e como um ser único, idêntico apenas a simesmo. Esse lugar preexistente, que é modificado pelo nascimento do sujeito, é o ponto de partida para oseu processo de definição como indivíduo, é a matriz de identidade. (Gonçalves, 1988).

E na escola, como a questão da identidade se apresenta? Na escola, espaço de convívio social no qual serelacionam pessoas de diferentes tipos, personalidades, culturas, identidades é de fundamental importânciao respeito a toda essa diversidade. A palavra “diversidade”, do latim diversitas, significa diferença, variedade.A biodiversidade refere-se à variedade de vida existente no planeta (diferentes tipos e espécies de árvores,animais, flores, arbustos, fungos etc). Diversidade socioambiental refere-se às distintas origens étnicas,ambientais, culturais e socioeconômicas existentes.

Nesse sentido, o Brasil é um país diverso, pois conta com milhares de comunidades indígenas, caboclas,quilombolas, caiçaras, de pescadores, de fundos de pastos, de seringueiros, de agricultores familiares,oriundas de distintas etapas de colonização do país. Mesmo nas áreas urbanas, pode-se dizer que se formamtribos de convivencialidade (Maffesolli, 1987), com potencial de constituírem-se comunidades (de surfistas,góticos, trabalhadores, ambientalistas), que se garantem justamente pela afirmação de suas diferenças e pelaconstrução de laços de solidariedade, afetividade e cooperação entre seus membros.

Para se respeitar o diferente, essencial é que os educadores reafirmem sua identidade e interioridade.Segundo Abramovay (2003), o educador e o educando não são frutos de uma produção isolada; o “eu” seconstrói em colaboração, o que significa dizer que os “eus” são autores uns dos outros, remetendo-se àlinguagem como criação coletiva. A linguagem nasce de um diálogo entre o “eu” e o “outro”, entre muitos“eus” e muitos “outros”.

Trazer para o diálogo temas como identidade e diversidade propicia que o ambiente escolar seja percebidocomo espaço de acolhimento, de respeito às diferenças e de exercício dos valores universais como amor, paz,solidariedade e justiça. O olhar respeitoso do outro pode provocar uma série de mudanças noscomportamentos e atitudes dos jovens e dos professores, significando valorização e reconhecimento social(Abramovay, 2003).

A valorização revela uma visão da escola além de um lugar de aprendizagem, por exercer funções de cuidadoe atenção para com o outro, gerando um círculo virtuoso de valores e atitudes.

VALORES DA VIDA SÃO FORÇAS QUE NASCERAM SIMULTANEAMENTE COM A PRÓPRIA VIDA, FORÇAS AUXILIARES, SUPLETIVASE NECESSÁRIAS A COMPLEMENTAR-NOS EM NOSSAS LIMITAÇÕES. FORÇAS QUE SE DESENVOLVEM COM O EXERCÍCIO NODIA-A-DIA E QUE SÓ SÃO VÁLIDAS QUANDO COLOCADAS A SERVIÇO DO OUTRO. (HUGO E. F. WERNECK, 2004)

5 O médico romeno Jacob Levy Moreno é o criador do psicodrama, técnica e teoriapsicoterápica nascida a partir das suas experiências com teatro espontâneo.

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A MÚSICA E A DANÇA CIRCULARUtilizada para diversas finalidades, a música pode estar presente em momentos de relaxamento, integração,criação, sensibilização e deve ser pensada na sala de aula a partir do conhecimento e das experiênciastrazidas pelos estudantes a respeito de seu cotidiano e de seu meio sociocultural. Ela propicia a manifestaçãode sentimentos, o despertar dos sentidos, o encontro consigo próprio e com o outro, a descoberta depotencialidades e talentos, além de promover a autoconfiança, o senso estético crítico, a concentração, acapacidade de análise e síntese, o respeito e a cooperação.

A música atinge todos os domínios da vida interior dos seres humanos, abrindo perspectivas de compreensãodo mundo a partir de uma dimensão poética, possibilitando a integração dos múltiplos sentidos presentesno sonho e na realidade (Brasil, 1998). Essa integração é fundamental na construçãoda identidade, orientando uma melhor compreensão sobre o papel de cada um nainserção e participação na sociedade, na busca de sentido e caminhos na vida.

Assim como a música, também as danças circulares sempre estiverampresentes na história da humanidade – nascimento, casamento, plantio,colheita, chegada das chuvas, primavera, morte – e refletem anecessidade de comunhão, celebração e união entre as pessoas eo ambiente. Costumamos chamá-las de “rodas da vida”, pois, aodançar, os movimentos propiciam a condição para que nosconectemos com nosso eu interior e revisitemos nossa história,colocando energia no dia-a-dia, no trabalho, nas relaçõescom familiares, amigos e em todoo ambiente.

O TEATRO O teatro promove oportunidades para que crianças, adolescentes eadultos conheçam, observem e confrontem diferentes culturas emdiferentes momentos históricos, por meio da partilha dialógica de

ideias, sentimentos e atitudes. Quando os estudantes buscamsoluções originais e imaginativas na construção de cenas, afinam a

percepção sobre eles mesmos e sobre situações do cotidiano.

Em rituais de diversas culturas e tempos, faz-se presente a necessidade de narrarfatos e representar por meio da ação dramática, justificada, provavelmente, pela necessidade humana derecriar a realidade em que se vive e de transcender seus limites.

capítulo 3APRENDER-FAZENDO: POSSIBILIDADES PEDAGÓGICAS NAUTILIZAÇÃO DAS CARTILHAS E APLICAÇÃO DAS ATIVIDADES

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A MANDALAA palavra mandala vem do sânscrito e significa centro, círculo mágico ou segredo; e cada mandala criada pelanatureza ou pelas pessoas é um símbolo completo de si mesmo, do mundo em que se vive, de Deus e douniverso (Mader, 2002). Em seu interior, uma mandala abriga as forças danatureza representadas num simbolismo perfeito.

Uma mandala representa geometricamente a dinâmicarelação entre o homem e o ambiente em que vive, ocosmo. Ela pode ser um significativo instrumentopedagógico ao lembrar-nos da interconectividadede todas as coisas – do individual, do coletivo e detodas as diversidades que se encontram nessarelação.

Criar ou pintar mandalas tranquiliza e melhora aconcentração e ajuda a entrar em harmoniaconsigo mesmo, com os outros e com a vida. Éuma forma divertida de meditação. Tem, ainda,efeitos terapêuticos, além de pedagógicos. Aconcentração, a escolha de cores, das formas depintar, dos materiais a serem usados favorecem umprocesso crescente de formação e fortalecimento daautonomia, desenvolvendo a atenção e a capacidadede assimilação dos estudantes, auxiliando a concentraçãopara execução de tarefas escolares.

Elas podem ser complexas ou simples, feitas a partir do que aimaginação liberar. Deixe que os estudantes explorem sua própria experiência pra criar novas mandalas.

Veja e imprima várias mandalas em http://www.free-mandala.com, seção “downloads”.

AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS As histórias em quadrinhos (HQs) compõem um tipo decomunicação de massa que já circula pelo mundo há mais de umséculo. São uma forma de expressar ideias por meio da conjugaçãode texto e imagem, com a peculiaridade da arte sequencial e do

uso de balões de conversa, o que faz das HQs formas únicas decomunicação.

Na sala de aula, as HQs dinamizam a apresentação de qualquer componente curriculare, por sua linguagem simples, se aproximam dos estudantes com mais facilidade.

As histórias apresentadas no material do Prêmio ArcelorMittal de Meio Ambiente 2010 contemplamquestões de diversos componentes curriculares, como Geografia, Ciências, Educação Física, História etambém Artes e Língua Portuguesa, podendo avançar nas discussões em sala de aula e gerar atividadesdiversas em cada uma delas.

Em todas as HQs, o individualismo está contraposto com a individualidade. Respeito, amizade, carinho,cooperação e autoestima estão embutidos na história e, com a criatividade do professor, todos esses valorespodem aparecer na sala de aula ao utilizar o material.

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SEJAMOS MESTRES NA ARTE DE LEVAR AS PESSOAS SUCESSIVAMENTE À SURPRESA, À CURIOSIDADE, À ADMIRAÇÃO, AOENCANTAMENTO E, NÃO RARO, AO FASCÍNIO E AO AMOR, A PARTIR DO INTERESSE PELO APRIMORAMENTO DE NOSSAHUMANIDADE. (HUGO E. F. WERNECK, 2004)

Para alcançarmos os objetivos da educação ambiental com o Prêmio ArcelorMittal de Meio Ambiente 2010,é fundamental que os educadores trabalhem de forma interdisciplinar, promovendo encontros para estudosque possibilitem conhecer melhor o tema e todo o material de apoio – cartilhas e DVD. Sugerimos,inicialmente, a reflexão sobre “Identidades globais e locais”, na palestra apresentada pelo professor MarcosSorrentino, seguida da apresentação em PowerPoint sobre o Tratado de Educação Ambiental – ambascompõem a coletânea do DVD.

Este capítulo objetiva orientar de forma mais detalhada o trabalho desenvolvido com as cartilhas junto aosestudantes, a ser realizado em vários dias, intercalado com outras Atividades Suplementares. Propomosentão, adotar o Passo a Passo das Atividades das Cartilhas, sugerido nas páginas seguintes desse manual,a fim de facilitar sua apropriação e otimizar o tempo de trabalho em sala de aula.

Ressaltamos a importância do acompanhamento das atividades e do feedback, favorecendo aos estudantesuma melhor compreensão dos objetivos das ações propostas e a avaliação dos resultados.

capítulo 4ATIVIDADES SEQUENCIAIS: CARTILHAS DOS ESTUDANTES

O feedback é uma discussão em grupo ou de toda a classe, guiada pelo professor,

para finalizar uma atividade. Ele permite queos estudantes vejam mais claramente o queacabaram de fazer. Mesmo a menor tarefa,

quando valorizada, torna-se fonte decrescimento e realizações.

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3º, 4º E 5º ANOS: “UMA SINFONIA EM CONSTRUÇÃO” a) Distribua às crianças a cartilha “Uma sinfonia em construção” e leiam juntos

a mensagem inicial. A seguir, façam a leitura da história ilustrada, baseada na letra damúsica “Meu corpo, grande orquestra”, até a página 9.

b) A seguir, ouçam a música “Meu corpo, grande orquestra” e experimentemcantá-la, seguindo as orientações sugeridas na atividade da página 16 destemanual. A letra está na página 10 da cartilha dos estudantes. Lembre-se de quevocê pode propor também uma atividade para explorar as diferenças e semelhançasentre a história e a letra da música.

c) Convide os estudantes a se organizarem para montar a bandinha da sala.Lembre-se de que uma das formas indicadas para as crianças aprenderem músicaé uma bandinha, exercício que favorece a assimilação das primeiras noções de ritmo e harmonia,amplia conhecimentos e possibilita a expressão interior. Além disso, a bandinha pode ser uma poderosaferramenta para alargar o repertório cultural da turma, colocando-a em contato com a diversidade depráticas artísticas. Sugerida na página 14.

d) Continuem a leitura da cartilha, páginas 10 e 11, tirando as dúvidas que surgirem diante do texto,e então trabalhem com a atividade HQ “Identidade”, sugerida na página 13 deste manual.

e) Acompanhe a turma na execução das próximas atividades, 1, 2, 3 e 4, sugerindo sinceridade,respeito e capricho. Depois, provoque sua turma para um feedback e permita que compartilhemcom todos as suas respostas.

1º E 2º ANOS: “O GRANDE ENCONTRO”a) Distribua às crianças a cartilha com a história “O Grande Encontro”e leia, junto com elas, a mensagem inicial e a história até a página 17. Apartir daí, sugerimos que use as estratégias da arte-educação para explorara história com as crianças, como segue:

� A história pode ser vivenciada e experimentada na interface com outrasformas artísticas, explorando o texto e seus elementos constituintes por meio

da dramatização teatral, da pintura, da reescrita, da confecção de maquetes, de bonecos – usandomassinhas ou qualquer outro material –, da produção de vídeos de animação, de histórias em quadrinhos,ou qualquer outro meio que achar mais apropriado para sua turma.

� A pintura das ilustrações do livro poderá ser um exercício de habilidade e concentração.

b) Acompanhe sua turma nas atividades da página 18 até 23, lendo e orientando. As atividadespodem ser feitas individualmente ou em pequenos grupos de 3 a 4 componentes. Convém dividir as tarefasem vários dias para dar tempo e espaço para discussão, valorizando o processo criativo das crianças.

c) O silêncio é muito importante na música e também na vida. A música é feita de sons e silêncio.Assim, trabalhe com o grupo a série de atividades com a música: “O silêncio é bom”, sugerida na página15 deste manual, ou outra música que achar conveniente.

e) A última atividade da cartilha é um esboço do que a criança pretende criar para participar do PrêmioArcelorMittal de Meio Ambiente 2010. Deve ser feita com autenticidade, após ter explorado a históriade múltiplas formas e realizado as atividades sugeridas.

Passo a passo das atividades das cartilhas

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6º, 7º, 8º e 9º ANOS: “EU, VOCÊ E TODOS NÓS!”Os estudantes do 6º ao 9º ano irão trabalhar com seu material por meio daconstrução de portfólios que, após finalizados, podem gerar histórias interessantesa serem exploradas por meio de linguagens artísticas como o teatro e a música.

Seu uso na educação significa a possibilidade do envolvimento do estudante noacompanhamento e registro do seu processo de construção de conhecimento. ParaVillas Boas (2005), os portfólios apresentam evidências do progresso do estudantee reflexões sobre o andamento do trabalho. Eles podem constituir um procedimentode avaliação que lhe permite participar da formulação dos objetivos de suaaprendizagem e avaliar seu progresso, juntamente com o professor.

O uso do portfólio beneficia qualquer tipo de estudante – o desinibido, o tímido, o que gosta de trabalharem grupo, o que gosta de escrever e até o que não gosta, pois pode apresentar suas produções usandooutras linguagens. Além disso, o portfólio possibilita aos alunos declararem sua identidade, mostrando-senão apenas como estudantes, mas como sujeitos dispostos a aprender. Sua história de vida, habilidades,interesses, talentos e experiências são conhecidos e valorizados, registrados de forma organizada, criativae prazerosa. Pode conter fotografias, ilustrações, citações de pessoas que marcaram a vida do estudante,dedicatórias, produções artísticas e intelectuais.

a) Distribua a cartilha aos estudantes e leiam a mensagem inicial. A primeira atividade será a leitura daHQ “Identidade”. A sugestão de como trabalhar a HQ está na página 13 deste manual.

f) A atividade 4 também pode ser usada para a composição de um gráfico ou tabela, subdividindoou não a turma para a tabulação das respostas dadas. As próprias crianças podem construir categoriaspara construção dos gráficos, tais como: crianças que gostam muito de dançar, crianças que gostampouco de ir a festas e assim por diante. Os dados obtidos ainda podem ser utilizados na elaboração deproblemas matemáticos e como base para aumentar o conhecimento do professor sobre seus estudantes.

g) Leve a classe a refletir sobre as atividades 5 e 6 e depois faça com os alunos a atividade sugeridapara a HQ “O Time”, também na página 13 deste manual.

h) Incentive a turma quanto à criação da história sugerida na atividade 7, valendo-se de fatos reaisexperimentados pelos próprios estudantes, sucedidos com pessoas conhecidas, ou mesmo criados apartir da imaginação. As crianças poderão querer exibir suas criações. Reserve um tempo para isso.

i) Na atividade 8, os estudantes precisarão de liberdade para se movimentarem pela sala, a fim dese conhecerem melhor, levantando informações sobre a turma. Dê espaço a eles. Determine o tempo justopara a atividade. Dê o feedback necessário.

j) A atividade 9 é ideal para servir de referência posterior para o professor usar a arte-educaçãocomo instrumento de apropriação da história, espaço de vivência e de contato dos estudantes consigopróprios. Pode servir de tema para a encenação de uma dramatização a partir dos resultados obtidos coma atividade, a ser apresentada para toda a escola.

k) Adiante, leia a página 21 e reserve espaço para uma discussão anterior à realização da atividade10, que deve dar aos estudantes a oportunidade de refletir e debater sobre outras possibilidades deconvivência escolar, ou revelar a eles as suas necessidades no espaço da escola. Pergunte, ao final, se elesse sentem capazes de levar adiante as propostas escolhidas e de que forma poderiam fazê-lo.

l) As atividades 11 e 12 levam o estudante a preparar um esboço do que poderá criar para participardo Prêmio ArcelorMittal de Meio Ambiente 2010, após ter explorado a história de múltiplas formas edesenvolvido as atividades sugeridas.

m) A pintura da mandala é um momento bastante divertido de reflexão e concentração.

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b) A seguir, deixe que a classe siga em frente na leitura do portfólio, fazendo as atividades propostasde 1 a 4. Promova a leitura da HQ “A Torcida”, HQ “O Time” e atividades relacionadas, também sugeridana página 13.

c) A atividade 5, se respondida com sinceridade, pode fornecer subsídios para que o professor eos estudantes se conheçam melhor. Na atividade 6, nossa sugestão é o trabalho com gráficos etabelas, subdividindo ou não a turma, a fim de que tabulem as respostas dadas, por meio da criação decategorias como, por exemplo, estudantes que gostam muito de dançar, estudantes que gostam poucode ir a festas, estudantes que não gostam de receber ordens do que fazer. Os dados obtidos podem aindaser utilizados na elaboração de problemas matemáticos e como base para aumentar o conhecimento doprofessor sobre seus estudantes.

d) Continuando o uso do portfólio, deixe que a classe faça as atividades 7, 8, 9 e 10. Nessa últimaatividade, os estudantes precisarão se mover pela sala a fim de se conhecerem melhor e levantareminformações sobre a turma. Dê espaço a eles e insista para que não se limitem ao círculo de amigos.Determine o tempo justo para a atividade. Dê o feedback necessário.

e) Atividade 11: Jogo de papéis

� Organize a sala e o tempo para que cada estudante converse com o seu vizinho de carteira. Eles irão falarum para o outro sobre uma situação difícil que vivenciaram em algum momento da vida. Depois,escreverão sobre isso, elaborando um texto em forma de roteiro que possa ser transformado em peçade teatro.

� Proponha que os textos sejam compartilhados e que a turma entre em consenso, escolhendo os melhoresroteiros.

� Realize com a turma a dramatização do roteiro escolhido, favorecendo a busca de soluções originais eimaginativas na construção de cenas, aprimorando a percepção sobre eles mesmos e sobre situações docotidiano.

f) Acompanhe a leitura das páginas 13 a 17, refletindo com os estudantes sobre as questõessuscitadas. Após a HQ “Cooperação”, você pode propor a atividade “Torres Brancas”, explicada abaixo:

� A classe, em grupo, deve fazer uma torre tão alta, tão atraente e tão estável quanto possível. Distribua10 folhas de tamanho A4, 10 tiras de fita adesiva, estabelecendo um determinado período de tempo.Por um minuto, peça aos grupos que elaborem planos para a sua torre e, então, cheguem a um acordosobre ela. A partir daí, os estudantes não têm mais permissão de falar, devendo usar expressões faciaise mãos para se comunicarem. Se alguém do grupo falar incidentalmente, o professor aplica uma multa,retirando um dos seus papéis. Ao final, escolha algumas pessoas para efetuarem o teste das torres,soprando o mais forte que puderem. Qual é mais alta, a mais atraente e a mais estável?

g) O texto da página 18 e a HQ da página 19 abordam a questão da diversidade e servem de aporteteórico para a realização da atividade 12.

h) Muitas cabeças pensam melhor juntas. Por isso, após a leitura das páginas 21 a 22, acompanhe asatividades 13, 14 e 15. Promova a leitura, reflexão e discussão da HQ “Diversidade”, sugerida na página13 deste manual.

� Veja a possibilidade de desenvolver a atividade 13 de forma a abarcar toda a comunidade escolar.

� A paródia musical da atividade 14 requer uma apresentação como fechamento. Pense também nessapossibilidade.

� A atividade 15 leva o estudante a preparar um esboço do que poderá criar para participar do Prêmio2010, após ter explorado o portfólio de múltiplas formas e desenvolvido as atividades sugeridas.

i) A pintura da mandala é um momento bastante divertido de reflexão e concentração.

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HISTÓRIAS EM QUADRINHOS

Atividades suplementares

Hq “identidade”

O planeta em zoom até chegar ao menino. Demonstra a unicidade do serhumano.

� Deixe que a classe discuta, por instantes, sobre as imagens. Depois, peçaaos estudantes para refazerem a história com suas próprias cidades eestados, localizando suas casas num globo terrestre, ou no Google Earth,fazendo, assim, a caracterização dos locais, inclusive culturalmente. Aindaé possível trabalhar com o número de habitantes, tanto na Geografia comona Matemática. É interessante que essa atividade seja feita em uma folhaà parte e grampeada junto à página da HQ.

Hq “o time”

Um menino jogando bola é convidado pelos amigos.A questão esportiva está em foco, mas abre brechapara uma discussão sobre as turmas. Existemestudantes que são deixados de lado nas brincadeiras?Eles podem ser incluídos desde que a turma entendaque exclusão não é legal. A construção de amizades ea cooperação podem ser valores evidenciados comessa tirinha.

�Utilizando recortes de gibis, peça à classe (divididaem grupos) para montar alguma história sobrerespeito aos amigos ou à natureza. As históriaspodem ser apresentadas, posteriormente, emmurais.

Hq “a torcida”

Amigos torcendo numa partida defutebol. Além da ligação óbvia comesportes, a tirinha pode proporcionardebate sobre questões relacionadas atorcidas de futebol, suas práticas eatitudes (boas e más), trabalhandocom questões éticas.

Também insere a possibilidade dedebate sobre ser um bom ganhador e um bom perdedor, saber levarbrincadeiras como brincadeiras e saberque algumas delas podem ofender ouchatear.

Hq “cooperação”

A cooperação humana em prol dobem comum é exemplificada portemas como revolução, avanços da ciência, inimigos comuns. Osprofessores de História poderão usaresses temas para dialogar com osestudantes sobre a história dahumanidade, pautando o debate pelo exercício das virtudes emmomentos de tensão.

Hq “diversidade”

O menino é comparado a animais e vegetais. São colocadas questões de debate atual, como genoma e os estudos de equivalência animal/humano. Pode ser explorada a teoria da evolução, que mostra adiferenciação entre os humanos e osdemais animais, além dos assuntosrelacionados à diversidade biológica.

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ATIVIDADES COM MÚSICASAbaixo são apresentadas algumas atividades musicais seguidas de quatro músicas do compositorpiracicabano Hermes Petrini, a fim de enriquecer o trabalho em sala de aula.

As músicas estão gravadas e disponíveis no DVD que compõe o material de orientação aos educadores.

TRABALHANDO A MÚSICAa) Apresente a letra da música para os estudantes. b) Coloque o DVD para tocar uma vez, para ouvirem a música, acompanhando

a letra silenciosamente.c) Em seguida, toque novamente, convidando-os a cantarem junto; repita esse

momento até perceber que a música foi assimilada pelo grupo. d) Vocês podem fazer movimentos corporais enquanto cantam e, também,

acompanhar a dança circular apresentada passo a passo no DVD. e) Experimentem dançar e divirtam-se.

PAISAGEM SONORA Escolha algumas gravuras grandes (que possam ser visualizadas a distância). Subdivida a turma emgrupos e peça que cada subgrupo escolha a gravura com a qual mais se identifica, fazendo isso de maneiraque só os componentes desse grupo saibam qual foi a escolha. Cada subgrupo, então, irá criar os sons querepresentam a gravura, apresentando-os posteriormente ao grupo maior, que terá de adivinhar qual aimagem escolhida. Se não houver gravuras disponíveis, podem ser usados desenhos, fotos, pinturas, quadros.Essa atividade possibilita a integração com conteúdos relacionados à Arte. É muito interessante percebercomo os estudantes conseguem se expressar sem utilizar a linguagem oral, sendo fidedignos à representaçãoda imagem por meio dos sons.

EXPLORANDO A MÚSICA ARTISTICAMENTECom a turma dividida em grupos, escolha uma forma de apresentação artística das músicas (paródiamusical, dança, encenação teatral, poema ou desenho em cartaz).

BANDINHA MUSICAL Uma das formas indicadas para as crianças aprenderem música é por meio da bandinha, exercício

que favorece a assimilação das primeiras noções de ritmo e harmonia, ampliaconhecimentos e possibilita a expressão interior. Além disso, a bandinha pode ser

uma poderosa ferramenta para alargar o repertório cultural da turma, colocando-aem contato com a diversidade de práticas artísticas6. As crianças podem

confeccionar instrumentos de percussão a partir de materiais recicláveis, taiscomo tambores, chocalhos ou ganzás, platinelas e guizos.

Para que esse exercício propicie o contato com a diversidade cultural, éimportante que ele não se restrinja apenas ao ensino de instrumentos e

movimentos rítmicos, mas inclua a realização de pesquisas que levem a garotadaa entender as raízes culturais dessas práticas. Além do trabalho com a música aqui

sugerida, você pode propor pesquisas sobre as produções culturais brasileiras cominfluências africana, indígena e caipira.

6 Pesquisa com ritmo – Revista Nova Escola nº 222, maio de 2009.

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O Silêncio é Bom

O silêncio é sempre bom... ssshhhhiiiuuuuuFaz ouvir o coração... tum tum tum

Feche os olhos com as mãos... humEntre nessa inspiração. Hum hum hum...Contando até dez com muita moderação

(Em português – inglês – espanhol – italiano – japonês –e murmurando...)

O silêncio é muito importante na música e na vida também. A música é feita de sons e silêncio. O escritorNelson Motta e o músico Lulu Santos escreveram uma canção chamada “Certas coisas” que abordaessa ideia: “não existiria som se não houvesse o silêncio, não haveria luz se não fosse a escuridão”.Trabalhe com o grupo a série de atividades abaixo:

ENCONTRANDO O SILÊNCIO a) Experimente passar uma folha de papel pela classe, silenciosamente. Todos ouvindo o som do

papel sendo passado.

b) Agora, cada um deve pegar uma folha de rascunho, amassá-la e ouvir o som que ela produz.Depois de bem amassada, perceba o quanto ficou macia. Ela produz o mesmo som de antes?

c) Em círculo, um regente no centro, de braços estendidos, vai fazendo um lento movimentogiratório, indicando a parte da classe que vai cantar um som, enquanto ele vai-semovimentando devagar no círculo.

TREINAMENTO RÍTMICO Escreva no quadro os símbolos e as sequências numéricas. Explique aos estudantes que cada sequêncianumérica do quadro deve ser realizada com os movimentos corporais dos números correspondentes.

A brincadeira fica mais divertida quanto mais rápido o grupo conseguir executar a tarefa. Além de exercitaro ritmo, esse é um exercício de atenção e coordenação.

Símbolos

1. um grito – Ah!2. duas batidas de pés3. três estalos de dedos4. quatro batidas de palmas

Sequências numéricas

1234 1324 13422314 2134 34211423 2431 43313124 1243 4231/ 4213 3214 2413/4312 4132 3241

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Meu corpo, grande orquestra

O meu corpo é uma grande orquestraE é bom que esteja afinada, sempre pronta para a festaE não uma sinfonia inacabada. Instrumentos, músicos,

programas, partituras,Disciplina, ousadia, a persistência cura. Interpretação é necessária com ternura,Atualização, renovação das estruturas,

A essência, porém, é a mesma, senão...Orquestra desafinada, cordas arrebentadas,

Instrumentos empenados, regente atento, mas estressado.

Ouvintes desinteressados...A orquestra míope é bem pior...

Porque toca sempre em tom menor...Mas a orquestra alegre vai tocar em tom maior...

Para trabalhar a música apresentada acima é interessante lembrar aos estudantes que o ar representa osopro da vida, o início, a origem de tudo.

Você pode fazer a integração com conteúdos de outras disciplinas, solicitando pesquisas sobre temas comoa qualidade do ar de sua cidade, os tratados internacionais sobre meio ambiente, o funcionamento do sistemarespiratório, entre outros.

Para começar? Ar

Para começar... ar / Eu inspiro ar... arSinto o meu pulsar... ar / Eu inspiro vida... ar (bis)

Para começar, ah... ah... / Quero te abraçar... ar arSinto o teu pulsar... ar ar / Eu abraço vida!

Para começar, ah... ah... / (é muito bom sonhar...)Quero te abraçar... ar ar / (res-pi-rar...)

Sinto o teu pulsar... ar ar / (neste coração)Eu abraço vida! / (vibrando de emoção)

Pra continuar... ar ar / Eu quero dançar ar arDê-me a tua mão, ar ar / Vem vibrar com a vida

Pra continuar... ar ar / (é muito bom sonhar...)Eu quero dançar ar ar / (e também respirar)

Dê-me a tua mão, ar ar / (neste coração)Vem vibrar com a vida / (vibrando de emoção)

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Voa Andorinha

Voa, minha filha voa, / O coração perdoaQuando a gente ama / Voa andorinha, voa...

Eu quero é te ver felizVocê pode ser o que quiser,

Voar como uma andorinha / Mas volte a ter aquele brilhoNos olhos que tinha por você

Eu daria a minha vida sim, / Não importa quantas foremAs vezes que você quiser ou / Precisar de mim.

Deixa eu ser sempre o seu / Amigo e companheiroEstou pro que der e vier / Amor, o tempo inteiro.

Você pode ser o que quiser / Cantora, atriz ou bailarina,Mas preserve esse sorriso e / Sonhos de menina

Não importa o que for, / Na alegria ou na dor, me dê aMão e vamos conversar / Te amo, amor.

Voa andorinha voa, novos / Horizontes não existem à toaVoa andorinha, voa, eu / Quero é te ver feliz

Gente é que nem andorinha / Nasceu e vive pra voarVocê é mais que andorinha, eSempre, sempre vou te amar.

EXERCÍCIOS RÍTMICOSPeça às crianças que acompanhem a música com palmas, depois com instrumentos, andando no ritmo damúsica (acentuando o primeiro tempo do compasso, batendo o pé direito, por exemplo), alternando pés,palmas, instrumentos, e variando suas execuções. Os instrumentos podem ser tocados junto com a músicano DVD – inicialmente, instrumentos com menor volume, entrando cada um deles, gradativamente, namúsica; e, em momentos mais fortes, entram todos os instrumentos, como uma grande orquestra.

Do que trata a música? Quem será essa andorinha? A canção “Voa andorinha” foi composta por um pai amoroso que sugeria às filhas que realizassem grandesvoos, independentemente das profissões que escolhessem e que fossem muito felizes. Essas e outrasperguntas podem fazer parte de uma roda de conversa, que estimule os estudantes a falarem sobre sipróprios, seu jeito de ver e pensar o mundo, sonhos e frustrações, relatando situações em que tambémtenham-se sentido como andorinhas.

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QUEBRA-GELO DE VALORES INTRÍNSECOS7

Objetivo: Favorecer a integração do grupo.

Convide os participantes a se sentarem em um semicírculo ou círculoe peça-lhes para selecionar um objeto na sala de aula com o qual se identifiquem. Peça-lhes para se apresentarem, um por um, como aquele objeto, acrescentando uma declaração do porquê,identificando o valor intrínseco do objeto. Por exemplo:

“Eu sou a janela porque os outros podem ver o mundo através de mim.”

“Eu sou a cadeira porque eu sou estável.”

“Eu sou a luz porque ilumino.”

“Eu sou o ar porque sou leve. Mesmo que outros não possam me ver, eu sou importante.”

Nota: Se os membros do grupo ficarem constrangidos em usar a frase “Eusou” eles podem dizer: “Eu me identifico com tal e tal objeto porque...”

Propósito: Tornar-se ciente de que todo e cada objeto possui algum valorintrínseco relacionado à sua função. O professor pode, então, fazer a ligaçãodo tópico com seres humanos, conduzindo à conclusão de que nossos valorestêm muita relação com a nossa função. Mantenha a discussão leve e tentefazer os participantes chegarem a esta conclusão.

SUSSURRAR, GRITAR, CANTARObjetivo: Levar os estudantes a valorizarem a união.

Para começar o jogo, a pessoa A cruza o círculo em direção à pessoa B e a chama pelo nome. A pessoa Apega o lugar da B e repete a ação com outra pessoa, e assim por diante. Continuem fazendo isso por algumtempo; depois, comecem uma outra corrente com uma pessoa diferente para que as duas se entrecruzem.Com a segunda corrente, os nomes devem ser apenas sussurrados. Quando as duas correntes estiverempassando, uma terceira, desta vez cantando, é introduzida. Se, como às vezes acontece, uma das correntesdesaparecer, alguém deve perceber e começar de novo.

Valorizar o processo: Cada vez que a corrente se quebrar, pedir às crianças que identifiquem o queaconteceu. Essa é uma maneira excelente de fazer o feedback, porque mostra que, na maioria das vezes,apesar de possuirmos a habilidade de ajudar os outros, ainda assim, falhamos ao colocá-la em prática.

Ao planejar e conduzir uma atividade em grupo, lembre-se de que esse processo é uma combinação dasequência de compartilhar, depois concordar e, só então, realizar. A prática dessa combinação leva àunião do grupo. Compartilhando – oferecer ideias, aceitar ideias dos outros. Todos têm algo paracontribuir. Concordando – reconhecer a qualidade das ideias, apreciando a boa vontade com a qualforam oferecidas. Entrar em acordo. O processo de entrar em acordo não deve ser negligenciado e nemfeito apressadamente, assegurando que cada estudante se envolva. Realizando – chegar em conjunto àconcretização da ideia.

7 Baseado em Vivendo Valores: Um Manual. Publicado pela Organização Brahma Kumaris, em 2003.

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FILMES INTERESSANTES

NENHUM A MENOS (YE GE DOU BU NENG SHAO) Drama de produção chinesa – Ano: 1999 – 106 min. – Direção: Zhang Yimou – Livre.Conta a história de Wei Minzhi, uma menina de 13 anos, a única pessoa que aceita substituir o professorGao, da Escola Primária Shuiquan, que precisa sair de licença para cuidar da mãe doente.

A PESSOA É PARA O QUE NASCEDocumentário brasileiro – Ano: 2005 – 85 min. – Direção: Roberto Berliner – Livre.Três irmãs, cegas de nascença e cantoras, encontram o seu bem-estar no mundo da música, cantando pelasruas da cidade a fim de complementarem a renda familiar, sustentada pela mísera aposentadoria.

ENTRE OS MUROS DA ESCOLA (ENTRE LES MURS) Drama francês – Ano: 2008 – 128 min. – Direção: Laurent Cantet – Livre.Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes, o filme mostra uma contundente “aula” de reflexão sobre

as práticas pedagógicas e as diferentes maneiras de abordar essa questão. Filme obrigatório para professores eeducadores.

PRO DIA NASCER FELIZ Documentário brasileiro – Ano: 2005 – 88 min. –Direção: João Jardim – 15 anos.Um panorama sobre as adversidades enfrentadaspelo adolescente brasileiro na escola. Um rico,vasto e sensível painel do estado da educação

no Brasil, realizado com depoimentos emocionantesde jovens do ensino médio e de professores de três

diferentes regiões brasileiras. É um documentárioimperdível.

DANÇAS CIRCULARESDanças circulares representam uma técnica corporal degrupo, que permite a introversão e extroversão daenergia compartilhada num fluxo comunitário,promovendo harmonia e integração.

As danças circulares podem ser utilizadas para iniciar ouencerrar atividades, pois possuem grande potencialharmonizador, propiciando reflexão e vivências sobreatitudes e valores necessários para o trabalho em grupo.No DVD que acompanha este material, encontra-se asugestão, passo a passo, de três danças circulares possíveisde serem trabalhadas em sala de aula.

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ABRAMOVAY, M. (Coord.) Escolas Inovadoras: experiências bem sucedidas em escolas públicas. Brasília:Edições Unesco Brasil, 2003.BAUMAN, Zygmunt. Identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2005.BENNETT, Roy. Instrumentos da Orquestra. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1985.BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: arte. Secretaria deEducação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.BUBER, Martin. Eu e Tu. São Paulo: Cortez & Moraes, 1979.CASTELLS, Manuel. O Poder da Identidade. São Paulo: Paz e Terra, 1999. EDUCAÇÃO AMBIENTAL. Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Disponível em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9795.htm (Acesso: outubro 2009).FREE MANDALA. Disponível em: http://www.free-mandala.com/en/start.html (Acesso: outubro 2009).GONÇALVES, Camila S.; WOLFF, José R.; ALMEIDA, Wilson C. de. Lições de Psicodrama. São Paulo: Agora,1988.KAGAN, Spencer. Cooperative learning. San Juan Capistrano, CA: Kagan Cooperative Learning, 1993.MÄDER, Sylvia. Lendas e Mandalas. Desenhos de Sylvia Mäder. São Paulo: Groud, 2002.MAFFESOLI, Michel. O tempo das tribos: o declínio do individualismo nas sociedades de massa. Rio deJaneiro: Forense Universitária, 1998.MORENO, Jacob Levy. Fundamentos do Psicodrama. São Paulo: Summus, 1984.THE MANDALA PROJECT. Disponível em: http://www.mandalaproject.org (Acesso: dezembro 2009).SATO, Michèle. Tratado de Educação Ambiental. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=xe_LNLntVCE (Acesso: outubro 2009).SCHAFER, Murray. O ouvido pensante. São Paulo: Editora Unesp, 1991.SORRENTINO, Marcos. Desenvolvimento sustentável e participação: algumas reflexões em voz alta. In:LOUREIRO, C. F. B.; LAYRARGUES. P. P.; CASTRO, R. S. de (orgs.) Educação Ambiental: repensando oespaço da cidadania. São Paulo: Cortez, 2008.SUPER INTERESSANTE. O segredo de ser você. São Paulo: Ed. Abril. Edição 270, out/09.TRATADO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/tratado.pdf (Acesso: outubro 2009).VILLAS BOAS, Benigna Maria de Freitas. Portfólio, Avaliação e Trabalho Pedagógico. Campinas: Papirus, 2004.ZUBEN, Newton Aquiles von. Martin Buber: cumplicidade e diálogo. Bauru: EDUSC, 2003.

capítulo 5BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E SUGERIDA

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PRÊMIO ARCELORMITTAL DE MEIO AMBIENTE

Cuidar do meio ambiente é tarefa de todos. Para ampliar esta consciênciaem crianças, adolescentes e em toda a comunidade escolar, foi criado oPrêmio ArcelorMittal de Meio Ambiente. O Prêmio é um programa deeducação socioambiental com temas anuais que, há 19 anos, mobiliza asunidades escolares, valorizando suas ações educativas e promovendo apremiação de desenhos e redações dos estudantes, traduzidos empropostas e ações de uma cidadania comprometida com a Vida.

A cada edição, são distribuídos os materiais didáticos, especialmenteelaborados para auxiliar o trabalho dos educadores no desenvolvimentodo tema, composto por um manual de apoio, um DVD e três cartilhas,direcionadas aos estudantes de diferentes faixas escolares. Oseducadores recebem orientações sobre a participação no programa e uso dos materiais, sempre adequando-os à realidade local.

O Prêmio é uma realização da Fundação ArcelorMittal Brasil e acontecenos municípios de atuação das empresas do Grupo, com coordenaçãodas unidades locais. Contempla duas categorias dirigidas aos estudantes:Comunidade Escolar e Filho de Empregado. Desde 2006, foi instituídatambém a categoria Projeto Escola, que reconhece os melhores projetosde responsabilidade socioambiental desenvolvidos coletivamente noâmbito das instituições escolares.

Em 2009, foram capacitados mais de 2.500 educadores multiplicadoresem 41 municípios. Participaram do programa mais de 316 mil estudantesde 940 escolas. Destas, 343 já inseriram a atividade em sua gradecurricular e outras 552 instituíram o Dia do Prêmio ArcelorMittal de MeioAmbiente no calendário letivo.

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TEMA: Alimentação Saudável – Uma lição saborosa

Vencedores 2009

CATEGORIA ESCOLA1º, 2º E 3º ANOSRaul Moura TeixeiraE.M.E.F. Renato Costa LimaHortolândia, SPBBA Hortolândia4º E 5º ANOSWendler de Souza QueirozEscola Municipal do Bairro AlvoradaIbirité, MGBBA Contagem6º E 7º ANOSLetícia Simões RibeiroColégio EquipeJuiz de Fora, MGArcelorMittal Juiz de Fora8º E 9º ANOSPablo Augusto Borges MouraEscola Municipal Benjamim GuimarãesDores do Indaiá, MGArcelorMittal Bioenergia

CATEGORIA FILHO DE EMPREGADO1º, 2º E 3º ANOSGiovanna Godinho C. dos SantosOsasco, SPBBA Osasco4º E 5º ANOSNicolle Cristina Pereira AssumpçãoBelo Horizonte, MGEscritório Central Administrativo6º E 7º ANOSAndré Camargo MedeirosBelo Horizonte, MGEscritório Central Administrativo8º E 9º ANOSBárbara Caldas de MoraisJuiz de Fora, MGArcelorMittal Juiz de Fora

CATEGORIA PROJETO ESCOLAESCOLA MUNICIPAL ARTUR CONTAGEM VILAÇAProjeto: Nem muito, nem pouco: de tudo um poucoItaúna, MGArcelorMittal ItaúnaE.M.E.F. DONA LEONTINA DE OLIVEIRAProjeto: As nossas escolhas na mesa determinam nossa saúde e também a saúde do meio ambienteIracemápolis, SPArcelorMittal PiracicabaCENTRO PEDAGÓGICO CAMPO AZULProjeto: Na nossa mesa, tudo vem da naturezaSabará, MGArcelorMittal Sabará