etilismo crônico

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Instituição: Pronto Socorro Central de Santos Professora: Luzana Mackevicius Aluno: Julio Cesar Matias ESTUDO DE CASO

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Page 1: Etilismo Crônico

Instituição: Pronto Socorro Central de Santos

Professora: Luzana Mackevicius

Aluno: Jul io Cesar Matias

ESTUDO DE CASO

Page 2: Etilismo Crônico

O Etanol (Álcool) tem alta solubilidade em água e por isso atinge a circulação em poucos minutos por meio do Trato Gastrointestinal. É excretado pelos pulmões principalmente através de difusão, mas também pela urina e suor. É detoxificado pela enzima desidrogenase hepática aproximadamente 8ml/hora e desaparece do sangue cerca de 15mg/dl a cada hora. O maior risco é para os bebedores esporádicos que com 300-350 mg/dl já podem entrar em estado de coma e com doses maiores que 500 mg/dl podem levar a morte.

ETILISMO CRÔNICO

Page 3: Etilismo Crônico

A OMS estabelece que o consumo aceitável é de até 15 doses/semana para homens e 10 para mulheres, sendo que 1 dose equivale a aproximadamente 1 lata de cerveja, ou 150 mL de vinho ( não podendo ultrapassar 2 doses diárias).

O Etilismo Crônico conforme a OMS é caracterizado pelo uso contínuo e excessivo de álcool causando dependência acompanhada de perturbações mentais, da saúde física, da relação com os outros e do comportamento social e econômico.

O diagnóstico é estabelecido através de uma boa coleta no histórico e conforme as manifestações clínicas.

ETILISMO CRÔNICO

Page 4: Etilismo Crônico

Absorção: Boca, Esôfago, Estômago, I. Delgado.Metabolização : FígadoExcreção : Rins, Pulmões e Suor.

O álcool na corrente sanguínea é distribuído pelo organismo após sua metabolização hepática causando diversos efeitos nos tecidos alcançados.

A dependência alcoólica está diretamente associada à distúrbios sociais, emocionais, psicológicos e ao contato precoce principalmente na adolescência.

FISIOPATOLOGIA

Page 5: Etilismo Crônico

Vasodilatação e Arritmias Alterações no TGI e metabólicas ( Absorção

de vitaminas) Alterações Renais ( Débito urinário ↑ ↑

devido ao bloqueio de produção de ADH ) Imunossupressão Acúmulo de gordura no fígado Depressão do Sistema Nervoso Central

posterior a uma excitabilidade ( Depressão Respiratória Central seguida de falência circulatória na intoxicação aguda)

EFEITOS PRINCIPAIS:

Page 6: Etilismo Crônico

Rubor e edema moderado da face Edemas das pálpebras Olhos lacrimejantes Hálito cetônico Falta de coordenação motora Vertigens e desequilíbrio Suores Tremores Cãibras Musculares Vômitos matinais Taquicardia Tosse Crônica

SINAIS E SINTOMAS

Page 7: Etilismo Crônico

O tratamento do etilismo está associado principalmente às comorbidades advindas do uso abusivo do álcool, podendo ser farmacológico com uso de ansiolíticos, anti-hipertensivos, antagonistas de H2 e antibióticos. As psicoterapias também tem papel importante no tratamento da dependência, abstinência e reinserção social.

TRATAMENTO

Page 8: Etilismo Crônico

Reduzir ou eliminar os mecanismos de enfrentamento problemáticos

Investigar sinais e sintomasReeducar sobre alcoolismo e possibilidade de

recaídasPromover interação socialAuxiliar na identificação e expressão dos

sentimentosEncorajar o aprendizado de técnicas de

enfrentamentoMonitorar a adesão às medicaçõesConhecer e esclarecer os medos do pacienteAumentar o conforto psicológico e fisiológico

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Page 9: Etilismo Crônico

O Potássio (K+) é o cátion mais abundante no meio intracelular. Neste caso é esperado que produza distúrbios em múltiplos órgãos e sistemas, principalmente no tecido neurológico e muscular.

Quando a concentração de Potássio no soro é inferior a 3,5 mEq/l denomina-se hipocalemia/hipopotassemia.

Sua diminuição está associada a distúrbios renais, etilismo crônico, uso contínuo de medicamentos como diuréticos e corticóides, hiperaldosteronismo, alterações no equilíbrio ácido- base.

HIPOCALEMIA/ HIPOPOTASSEMIA

Page 10: Etilismo Crônico

ECG Alterado: Achatamento de onda T e desenvolvimento de onda U

SINAIS E SINTOMAS

Page 11: Etilismo Crônico

Arritmia Hiperglicemia Aumento de P.A (↑ ↑ Renina )TremoresNatriurese e Poliúria (↓↓ Aldosterona ) Fraqueza MuscularConstipaçãoCãimbrasAlcalose Metabólica

Reposição do potássio através de xaropes ou soluções intravenosas.

SINAIS E SINTOMAS

TRATAMENTO

Page 12: Etilismo Crônico

Avaliação do Estado CardiovascularAvaliar ECGAcompanhamento do balanço hídricoAvaliar Estado NeurológicoAvaliar Gasometria ArterialAcompanhar resultados de exames

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Page 13: Etilismo Crônico

HISTÓRICO

Paciente: J.R.J.CSexo: MasculinoIdade: 44 anosEstado Civil : SolteiroHabitação: SantosProfissão: SoldadorData de Internação: 15/04/2014Diagnóstico: Etilismo Crônico + Hipocalemia

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Page 14: Etilismo Crônico

HISTÓRICO

Paciente proveniente de sua residência de ambulância acompanhado do irmão. Relata que mora sozinho em casa de alvenaria e possui cobertura de saneamento básico, não possui fi lhos, etilista, não fumante e diz não possuir doenças como hipertensão e diabetes. Trabalha há mais de 20 anos como soldador e relatou que já fora internado anteriormente devido a acidente do trabalho por explosão de gerador o qual causou diversas lesões em sua pele.

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Page 15: Etilismo Crônico

HISTÓRICOSinais vitaisGlicemia Capilar: 90 mg/dLPressão Arterial : 140x80 mmHgTemperatura: 37° CFrequência Respiratória: 19 mrpmFrequência Cardíaca: 94 bpm

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Page 16: Etilismo Crônico

HISTÓRICOExame FísicoCabeça: Simétrica, face corada, cabelos oleosos e com descamação excessiva de couro cabeludo, pupilas isocóricas e fotorreagentes, esclerótica hiperemiada, pavilhão auricular limpo e acuidade auditiva preservada, fossas nasais com sujidade, xerostomia, rouquidão, mucosa oral corada e com sangramento gengival.Pescoço: Pele íntegra, pulso carotídeo palpável, sem estase jugular, tireóide não palpável, não há massas palpáveis. Tórax: Simétrico, manchas hipercrômicas anteriores e posteriores, cicatrizes devido a acidente por solda, tosse produtiva. AP: MV+ com presença de sibilos e estertores em base e ápice pulmonar. AC: BANF 3T s/ S.A.

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Page 17: Etilismo Crônico

Abdome: Flácido, sem massas palpáveis, sem visceromegalias, hematomas em região látero-posterior, Murphy negativo. Ausculta: RHA+ em todos quadrantes. Percussão: Sons timpânicos presentes em todos quadrantes.MMSS: Tremores fi nos nas mãos, unhas ressecadas e com sujidade, manchas hipercrômicas, escoriações no cotovelo direito, AVP em em fossa cubital esquerda sem sinais fl ogísticos.MMII: Pele fl ácida, manchas hipocrômicas, unhas ressecadas e com sujidade, descamação interdigital, paraparesia.Informações adicionais: Consciente e comunicativo com fraqueza generalizada. Uso de dispositvo externo para coleta de urina em sistema fechado com diurese desprezada de 1100 ml em tom amarelo- escuro. A genitália mantinha-se limpa e sem alterações. Eliminação intestinal presente.

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Page 18: Etilismo Crônico

HISTÓRICO

Exames laboratoriais:

Potássio Sérico: 2,1 mEq/L. Referência: 3,5 – 5,0 mEq/l (Valores Normais) Se < 3,5 Hipocalemia Se > 5,0 Hipercalemia

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Page 19: Etilismo Crônico

Problemas NHB Afetadas

Febril Regulação Térmica

Taquicárdico Regulação Cardiovascular

Arritmia Regulação Cardiovascular

Tempo de internação Regulação Imunológica e liberdade

Etilista Regulação imunológica, hidroeletrolítica, neurológica, auto- estima, aceitação, auto- imagem

Esclerótica hiperemiada Percepção Visual

Xerostomia Hidratação

Rouquidão Comunicação

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Page 20: Etilismo Crônico

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Problemas NHB Afetadas

Descamação excessiva de couro cabeludo

Integridade cutâneo- mucosa

Sangramento gengival Integridade cutâneo- mucosa

Manchas hipocrômicas e hipercrômicas

Integridade cutâneo- mucosa

Unhas ressecadas Integridade cutâneo- mucosa

Descamação Interdigital Integridade cutâneo- mucosa

Escoriações Integridade cutâneo-mucosa

Hematomas Integridade cutâneo-mucosa

Page 21: Etilismo Crônico

Tremores fi nos nas mãosMecânica Corporal

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Problemas NHB Afetadas

Paraparesia Mecânica Corporal , locomoção

Tremores finos nas mãos Mecânica Corporal

Fraqueza Locomoção

Poliúria Regulação Hidrossalina

Potássio Sérico Diminuído Regulação Metabólica

Tosse produtiva Oxigenação

Ruídos adventícios Oxigenação

Page 22: Etilismo Crônico

PRESCRIÇÃO MÉDICA

Buscopan simples 1 amp. 8/8h EV S/N

Dipirona 1 amp. 8/8h EV S/N

Plasil 1 amp. IM S/ N

Ranitidina 1 amp. 8/8h EV

Glicose 50% 3 amp. Se glicemia < 70 mg/dl

Captopril 25mg VO se PAS > 180 e PAD > > 110

Tiamina (B1) 1 cp. VO 1x ao dia

Complexo B 1 amp. EV 12/12 h

Page 23: Etilismo Crônico

PRESCRIÇÃO MÉDICA

Haldol 1 amp. 6/6h EV

Rocefin 1 g. EV 12/12h

Xarope de KCL 10 ml VO 8/8h

Diazepam 5mg VO 8/8h

Insulina Regular Se Glicemia:180-250 = 2UI; 250-300 =5UI; >300 = 100UI S/N SC

KCL 19,1% 2 amp. + SF 0,9% 500 ml EV infusão em 4 horas.

Page 24: Etilismo Crônico

Indicação :Este fármaco é antiespasmódico. Indicado para cól icas gastrointestinais, cól icas e movimentos involuntários anormais das vias bi l iares e cól icas dos órgãos sexuais e urinários. Efeitos Adversos :Taquicardia leve, xerostomia, retenção urinária, constipação, midríase e cicloplegia. Farmacocinética :Metabol ismo -> Hepático Excreção -> Renal Cuidados de Enfermagem: Atentar-se a administração com medicamentos antipsicóticos ( Haldol) pois

potencial iza sua ação. Enxagues orais frequentes, balas ou gomas de mascar sem açúcar podem

minimizar este efeito da boca seca. Recomende que o paciente evite atividades que requerem estado de alerta,

durante a terapia. Periodicamente durante a terapia, aval ie: os sinais de retenção urinaria e a

frequência cardíca. Drágeas não devem ser mastigadas. IV : Deve ser infundida lentamente e sempre di luída conforme prescrição

médica.

BUSCOPAN SIMPLES (HIOSCINA)

Page 25: Etilismo Crônico

Indicação:Este fármaco é analgésico e antipirético. É indicado no tratamento de dor e febre. Efeitos Adversos:Hipotensão, urticária, náuseas, vômitos, irritação gástrica, discrasia sanguínea(leucopenia, agranulocitose). Farmacocinética:Metabolismo -> Hepático e intestinal Excreção -> Renal Cuidados de Enfermagem: Diminui o tempo de ação de anticoagulantes, barbitúricos

reduzem o efeito da dipirona, os níveis de ciclosporina são diminuidos no sangue,

Durante a terapia avaliar os sinais vitais, a função cardíaca, a função renal, a função respiratória, regulação térmica e as reações de hipersensibilidade e resultados de exames laboratoriais.

IV: Administrar lentamente sem adição de outra substância na mesma seringa.

DIPIRONA

Page 26: Etilismo Crônico

Indicação: Este fármaco é antiemético. Indicado em caso de náuseas e

vômitos. Efeitos Adversos: Disritmia cardíaca reversível, bradicardia, hipertensão ou

hipotensão, taquicardia e diarreia. Podem ocorrer efeitos extrapiramidais (discinesia e distonia agudas, síndrome parkinsoniana, acatisia, mesmo após administração de dose única).

Farmacocinética: Metabolismo -> Hepático Excreção -> Renal Cuidados de Enfermagem: Atentar-se às interações medicamentosas com depressores do SNC

( Diazepam) pois potencializa seus efeitos, diminui biodisponibil idade da Digoxina e aumenta a biodisponibil idade da ciclosporina.

Manter-se atento aos efeitos extrapiramidais Avaliar antes da administração da dose os antecedentes a

hipersensibil idade à droga Durante a terapia avaliar os sinais vitais, a função cardíaca, a

função renal, a função respiratória, função neurológica e as reações de hipersensibil idade.

PLASIL ( CLORIDRATO DE METOCLOPRAMIDA)

Page 27: Etilismo Crônico

Indicação:Este fármaco inibe a secreção, basal ou estimulada, do suco gástrico através da redução do volume de secreção e de seu conteúdo em ácido e pepsina. Indicado em caso de úlceras gástroduodenais e como método profi lático para as mesmas. Efeitos Adversos:Mal-estar, tontura, sonolência, insônia e vertigem. Prisão de ventre, diarreia, náusea/vômito, desconforto e dor , discrasia sanguínea (leucopenia, agranulocitose). Casos ocasionais de ginecomastia, impotência e diminuição da l ibido em homens. Farmacocinética:Metabolismo -> Hepático Excreção -> Renal Cuidados de Enfermagem: Atentar-se às interações medicamentosas pois o uso diminui o efeito

do Diazepam. Durante a terapia, o paciente deve receber hidratação adequada. Recomende que o paciente evite atividades que requerem estado de

alerta, durante a terapia. Durante a terapia, avalie: as reações adversas e na presença de

reações hepáticas ou renais, considere a redução da dose. VO : Deve ser administrada durante as refeições e antes de dormir. IV : Infusão lenta

ANTAK (RANITIDINA)

Page 28: Etilismo Crônico

Indicação:Indicado para Hipertensão. Insufi ciência Cardíaca e IAM. Este fármaco é um inibidor da conversão de angiotensina I em angiotensina I I , diminuindo a resistência arterial peri férica e a retenção de sódio e àgua. Efeitos Adversos:Tontura, hipotensão, i rr i tação gástr ica, úlcera péptica, disgesia, constipação, proteinúria, discrasia sanguínea (Leucopenia, agranulocitopenia, pancitopenia), aumento transitório de enzimas hepáticas.  Farmacocinética:Metabol ismo -> Hepático Excreção -> Renal Cuidados de Enfermagem: Deve ser administrado em até uma hora antes das refeições ou 2h após as

mesmas. Reaval ie a terapia com captopri l em pacientes que desenvolvem proteinúria

persistente.  Monitorize pressão arterial frequentemente. Cefaléia pode ocorrer nos primeiros dias de terapia, Para diminuir o efeito,

oriente o paciente a levantar-se da cama lentamente. Atentar-se ao nível de Potássio sérico pois aumenta. Risco de hipogl icemia no incio da terapia se administrado junto com

insul ina.

CAPOTEN ( CAPTOPRIL)

Page 29: Etilismo Crônico

Indicação:Indicada para reposição de vitamina B1(Essencial no metabolismo dos carboidratos) que esteja em defi ciência no organismo devido a algumas doenças ou consumo excessivo de álcool. Efeitos Adversos:Diarréia, dor abdominal, dispneia, febre, cefaleia, urticária. Farmacocinética:Metabolismo -> Hepático Excreção -> Renal Cuidados de Enfermagem: Recomendar ao paciente a não consumir álcool pois o

mesmo inibe a absorção de tiamina. Antes do início da terapia avaliar os sinais e sintomas

comuns na defi ciência de tiamina como: anorexia, desconforto GI, irritação, palpitações, taquicardia, edema, parestesia, confusão, psicose, distúrbios visuais.

TIAMINA ( VITAMINA B1)

Page 30: Etilismo Crônico

Indicação:Indicado para hipovitaminose do complexo B, coadjuvante da terapêutica antibacteriana, convalescença. Dieta de ulcerosos e diabéticos. Estomatite, glossite, distúrbios gastrintestinais, colite, doença celíaca, esteatorréia e etilismo crônico. Farmacocinética:Metabolismo -> Hepático Excreção -> Renal Efeitos Adversos: Os mais comuns com o uso do produto injetável caracterizam-

se por dor e vermelhidão no local de aplicação do produto em alguns pacientes.

Cuidados de Enfermagem: Recomendar ao paciente a não consumir álcool pois o mesmo

inibe a absorção das vitaminas. Informar ao paciente as reações adversas mais comuns e se

alguma destas vier ocorrer ou alguma outra incomum deve-se comunicar ao médico.

COMPLEXO B

Page 31: Etilismo Crônico

Indicação:Indicado para psicoses agudas ou crônicas. Ele altera os efeitos da dopamina no SNC. É um bloqueador anticol inérgico e alfa-adrenérgico. Ele diminui os sinais e sintomas de psicoses e melhora o comportamento em outros distúrbios. Efeitos Adversos:Arritmias, taquicardia, bradicardia, hipotensão postural,hipergl icemia, hipogl icemia, discrasia sanguínea,tontura, insônia, cefaleia, fraqueza, tremor, s índrome extrapiramidal. Farmacocinética:Metabolismo -> Hepático Excreção -> Renal e Bi l iar Cuidados de Enfermagem: Indicar ao paciente que mude lentamente de posição para minimizar a

hipotensão postural .   Atentar-se ao surgimento de reações extrapiramidais e aval iar o estado

mental durante toda terapia. Acompanhar exames laboratoriais.   VO: Deve ser administrado sem di luir e concomitantemente com al imentos ou

água/leite para diminuir a irr i tação do TGI. IM: Injetar lentamente em músculo bem desenvolvido não ultrapassando 3 ml

por local de apl icação e manter paciente em repouso por pelo menos 30 min. após a administração para diminuir os efeitos hipotensivos.

IV: Pode ser administrada não di luída para rápido controle de psicoses agudas ou del ír ios e em casos intermitentes di lua e infunda além de 30 min.

HALDOL ( HALOPERIDOL)

Page 32: Etilismo Crônico

Indicação:Este fármaco é indicado no tratamento de infecções causadas por germes sensíveis à ceftriaxona como meningite, infecções abdominais, do trato geniturinário e respiratório. Este fármaco é bactericida, ou seja, inibe a síntese da membrana celular da bactéria. Efeitos Adversos:Diarréia, dor abdominal, dispneia, febre, cefaleia, urticária. Farmacocinética:Metabolismo -> Não é metabolizada sistemicamente, mas convertida a metabólitos microbiologicamente inativos pela fl ora intestinal. Excreção -> Renal Cuidados de Enfermagem: Durante a terapia monitorar a função renal e hepática, a

coagulação sanguínea pois este fármaco pode alterar o TP (Tempo de Protombrina) e avaliar os sinais e sintomas de fl ebite e trombofl ebite

IM: Administrar profundamente no músculo glúteo IV: Nunca misturar com outros antibióticos

ROCEFIN ( CEFTRIAXONA)

Page 33: Etilismo Crônico

Indicação:Indicado sempre que necessária a reposição da taxa normal de potássio ou como método profi lático da hipocalemia.Efeitos Adversos:Náusea, vômito, flatulência, desconforto abdominal, diarreia, epigastralgia. Pode ocorrer rash cutâneo e exantema. Cuidados de Enfermagem:Avaliar antes da administração da dose os

antecedentes a hipersensibilidade à drogaDurante terapia verificar o ritmo cardíaco. A função

renal, hepática.VO: Deve ser usada concomitantemente com alimentos

para evitar desconfortos GI.

XAROPE DE KCL

Page 34: Etilismo Crônico

Indicação:Indicado na reposição da taxa normal de potássio ou como método profi lático da hipocalemia. Efeitos Adversos:Arritmias, alterações no ECG, irritação no local de infusão, parestesia, fraqueza, cãibras.Cuidados de Enfermagem:Atentar-se às interações medicamentosas: se usado

juntamente com o xarope de KCL potencializa o aumento de lesões no TGI.

Conscientizar o paciente que poderão surgir sintomas como cãibras e fraqueza, portanto deve pedir ajuda para deambulação.

Avaliar local de aplicação e monitorar o ritmo cardíaco, função renal

CLORETO DE POTÁSSIO (KCL 19,1%)

Page 35: Etilismo Crônico

Indicação:Indicada para ansiedade, agitação, sedação, espasmo muscular e crise convulsiva. Tem ação ansiol ít ica, sedativa, miorrelaxente e anticonvulsivante. Atua como depressor do SNC faci l i tando a ação inibitória do GABA. Efeitos Adversos:Hipotensão transitória, bradi ou taquicardia, hipertensão, palpitações, náusea, vômito, desconforto GI, diarreia ou constipação, retenção ou incontinência urinária, depressão respiratória, sonolência, sedação, depressão, letargia, del ír io, choro, nervosismo, difi culdade de concentração, podem ocorrer reações extrapiramidais. Cuidados de Enfermagem: A terapia não deve ser suspensa subitamente para que não ocorram

sinais de abstinência. Avaliar locais de apl icação e monitorar funções renais, hepáticas e

hematopoiética. VO: Deve ser usada concomitantemente com al imentos para evitar

desconfortos GI. IM: Uso não recomendado devido absorção irregular, lenta e dolorosa. A

administração deve ser profunda no músculo. IV: Administrar em veias de grande cal ibre lentamente sem misturar com

outras drogas.

DIAZEPAM

Page 36: Etilismo Crônico

Indicação:Indicada para controle da glicemia. Especifi camente redução das taxas de glicose com ação rápida com pico entre 1-3h após sua administração. Efeitos Adversos:Locais de aplicação eritematosos, lipodistrofi a, respostas infl amatórias ou infecciosas assosciadas a antissepsia inadequada, hipoglicemia. Cuidados de Enfermagem: Atentar-se às interações medicamentosas: não administrar

juntamente ao captopril pois aumenta o efeito hipoglicêmico. Conscientizar o paciente que mediante sinais de desconforto

comunicar a equipe de enfermagem. Concientizar da importância do controle da alimentação. Avaliar locais de aplicação e monitorar a glicemia SC: Realizar rodízio nos locais de aplicação

INSULINA REGULAR

Page 37: Etilismo Crônico

EVOLUÇÃO 25/04/2014 - 07h. Paciente em 11º DI com diagnóstico

médico de etilismo crônico e hipopotassemia. Repouso relativo no leito, consciente, contactuante acompanhado por sua irmã. Realizada aferição dos Sinais Vitais. Ao exame físico : pupilas isocóricas e fotorreagentes, esclerótica hiperemiada, xerostomia, rouquidão, mucosa oral corada e com sangramento gengival, tosse produtiva. AP: MV+ com presença de sibilos e estertores em base e ápice pulmonar. AC: BANF 3T s/ S.A. Abdome: Sem presença de visceromegalias, hematomas em região látero-posterior, Murphy negativo. Ausculta: RHA+ em todos quadrantes. Apresenta tremores finos nas mãos, unhas ressecadas e com sujidade, AVP em em fossa cubital esquerda sem sinais flogísticos. Descamação interdigital nos pés, paraparesia.

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Page 38: Etilismo Crônico

Uso de dispositvo externo para coleta de urina em sistema fechado com diurese desprezada de 1100 ml em tom amarelo- escuro. A genitália mantinha-se limpa e sem alterações. Eliminação intestinal presente.

08h. Encaminhado para banho por aspersão com auxilio de cadeira de rodas e acompanhado. Realizada higiene oral. Efetuada a troca de uripen. Limpeza concorrente do leito efetuada com troca da roupa de cama.

09h. Aceitou totalmente o desjejum. 09h30 Troca de fixação do cateter flexível periférico. 10h. Administrado KCL 19,1 %, Diazepan e Ranitidina

conforme PM. Segue com antibioticoterapia. 11h. Passagem de plantão sem presença de

intercorrências.

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Page 39: Etilismo Crônico

DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM DA NANDALegenda: N – Título do DiagnósticoN – Fatores relacionadosN - Características Definidoras

Risco de função hepática prejudicada relacionada ao abuso de de álcool.

Mobilidade Física Prejudicada relacionado à força muscular diminuída evidenciado por capacidade limitada para desempenhar as habilidades motoras finas, paraparesia .

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Page 40: Etilismo Crônico

Eliminação urinária prejudicada relacionado à múltiplas causas, evidenciado por poliúria.

Proteção ineficaz relacionado à abuso de drogas e perfis sanguíneos anormais evidenciado por fraqueza, tosse, hipocalemia.

Integridade tissular prejudicada relacionado à fatores mecânicos e mobilidade física prejudicada evidenciado por tecido lesado, hematomas, descamação do couro cabeludo e sangramento gengival.

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Page 41: Etilismo Crônico

PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Monitorar e anotar Sinais Vitais, comunicando quaisquer alterações

M-T-N

Realizar ausculta cardíaca atentando à arritmias M-T-N

Realizar ausculta pulmonar atentando à ruídos adventícios

M-T-N

Atentar para queixas do paciente e sinais de febre, dor, hipoglicemia (tremores, tontura, palidez, suor frio,nervosismo, palpitações, taquicardia,náuseas, fome) ou hiperglicemia (xerostomia, hálito cetônico, poliúria, polidipsia, polifagia )e comunicar alterações

M-T-N

Manter repouso relativo no leito M-T-N

Promover a deambulação assistida e/ ou com ajuda

M-T-N

Page 42: Etilismo Crônico

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Monitorar balanço hídrico M-T-N

Monitorar Eliminação intestinal M-T-N

Acompanhar resultados de exames laboratoriais, tais como: Nível sérico de Potássio, enzimas hepáticas, ECG, urina, Gasometria arterial.

M

Realizar medidas antropométricas M

Realizar banho por aspersão com ajuda M

Realizar durante o banho a limpeza concorrente do leito

M

Page 43: Etilismo Crônico

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Administrar fármacos conforme PM Horários estabelecidos

Observar resposta ao tratamento medicamentoso M-T-N

Insulina deve ser aplicada em locais diferentes Conforme PM

Não administrar Plasil juntamente com o Diazepam pois potencializa o efeito ansiolítico.

Conforme PM

Não administrar Antak juntamente com o Diazepam pois diminui o efeito ansiolítico.

Conforme PM

Não administrar Buscopan juntamente com o Haldol pois potencializa o efeito antipsicótico.

Conforme PM

Demonstrar empatia e atentar as duvidas e solicitações da família e paciente

S N

Page 44: Etilismo Crônico

PLANO DE ALTA

Estimular e orientar sobre a importância da mudança do estilo de vida e o abandono do álcool gradativamente

Encaminhar ao grupo de psicoterapia mais próximo de sua residência ( AA)

Orientar ao paciente que faça acompanhamento contínuo na UBS mais próxima de sua residência

Orientar a importância da manutenção da terapia medicamentosa

Conscientizar que o álcool aos fármacos pode potencializar os efeitos dos mesmos e causar risco a vida

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Page 45: Etilismo Crônico

Explicar a importância da aferição dos niveis de glicemia e PA diariamente.

Orientar sobre a importância de exercícios fi sicos regulares para diminuição do stress e tensão do cotidiano.

Esclarecer que há possibilidade de recaídas e ajudá-lo a desenvolver mecanismos de enfrentamento

Promover a interação social do paciente

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Page 46: Etilismo Crônico

AME: Dicionário de Administração de Medicamentos na Enfermagem. 9 ed. São Paulo: EPUB, 2013.

Diagnósticos de enfermagem da NANDA : defi nições e classifi cação 2012-2014 /[NANDA international]; tradução: Regina Machado Garcez. - Porto Alegre : Artmed, 2013.

NETO, O M Vieira; NETO, Miguel Moysés. Distúrbios do equilíbrio hidroeletrolítico . Medicina, Ribeirão Preto 36: 325-337, abr./dez. 2003.

SMELTZER, S. C; BARE, B.G. BRUNNER & SUDDARTH: Tratado de Enfermagem Médico- Cirúrgica . 10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. Vol. 1 e 2. WOLFGANG, Heckmann; SILVEIRA, Camila Magalhães. Dependência do álcool: aspectos clínicos e diagnósticos. Disponível em:<http://www.cisa.org.br/UserFiles/File/alcoolesuas consequencias-pt- cap3.pdf>. Acesso em: 30/10/2014. 

REFERÊNCIAS