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Ética Aplicada à Prática Clínica
Módulo
Respeito pela Dignidade Humana: Competência e Autonomia
Comissão de Ética para a Saúde ARSLVTMaria Ivone Gonçalves
Teresa Oliveira Marçal
4 de junho de 2015
Da finalidade e objetivos do curso e do módulo
Desenvolvimento da sensibilidade ética e do reconhecimento dos problemas éticos que se apresentam no exercício profissional
A aquisição de um método para a tomada de decisões éticas deliberadas e consistentes
O respeito pela dignidade humana
A verdade - A revelação de informação - O consentimento
O consentimento informado
A vulnerabilidade
A avaliação de competência para a tomada de decisão
2Dimensões: ética e normativa
Respeito pela Dignidade Humana: Competência e Autonomia
Sumário
I. Fundamentos éticosDo Respeito da Dignidade da Pessoa e da sua Autonomia ao Consentimento Livre e Esclarecido
II. Regime jurídico Convenção para a protecção dos direitos do homem e da dignidade do ser humano face às aplicações da biologia e da medicina: convenção sobre os direitos do homem e a biomedicina
Outros normativos legais
Normativos profissionais
III. Das situações vividas na prática clinica ao processo de deliberação ética.
IV. Bibliografia3
I - Dos fundamentos éticos
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Respeito da Dignidade da Pessoa
Tudo assenta na DIGNIDADE da PESSOA
SUJEITO (não objeto ) do nosso agir e do direito
Sempre um FIM e não um meio.
O respeito é por cada pessoa
É a nossa atenção ao seu valor intrínseco - sem um preço
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Do respeito da dignidade e autonomia da pessoa nas relações profissionais
Em alguns domínios e profissões, pela sua natureza, as relações profissionais com os sujeitos beneficiários têm tido, ao longo
dos tempos, um caracter de:
assimetria de poder
intocabilidade quase incontestada
menorização da pessoa e à perda da sua capacidade de agir
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Alguns enfoques (distorcidos) no domínio da saúde
…
Uma ação profissional centrada na doença, na patologia, na procura da cura, na tarefa…
A perda da perspetiva da humanidade daquele que está doente - sua identidade e integridade
Tomada de decisão paternalista
A conceção de que o poder da mediação entre vida e morte é (quase) intocável
…
Uso do poder como modo de submissão / humilhação do outro
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Princípios da ética biomédica
Tom BEAUCHAMP e James CHILDRESS 1979
Respeito
da autonomia
Beneficência
JustiçaNão
maleficência
Princípios
prima facie
• Sustentam-se na moral comum • Normas aceites por pessoas
moralmente sérias • Estão abertos à avaliação e à critica • São abstratos - necessitam de
operacionalização na ação
Têm a mesma ponderação inicial A priori, na situação concreta, têm
idêntica importância relativa
8VULNERABILIDADE
Fundamentos para o Consentimento Livre e Esclarecido-
auto nomos
Condições
da
PESSOA
Liberdade individual - possibilidadede escolha livre – agir de acordocom plano escolhido por si
Capacidade de acção intencional –de se autodeterminar - optarlivremente
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Intervenção do profissional de saúdeINFORMAÇÃO APROPRIADA E PONDERAÇÃO DE PRINCÍPIOS
Foco - a procura dos caminhos possíveis e decisões razoáveis
Processo - de deliberação conjunta/partilhada (não paternalista)
Ações profissionais - respeitar, informar, esclarecer, escutar, compreender, analisar criticamente…
Competências:
ConhecimentoCompreensão
RaciocínioDeliberação
Escolha
II – Do Regime Jurídico
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O respeito pela autonomia e autodeterminação da pessoa no exercício da liberdade sobre si e sobre os cuidados de saúde
que decide aceitar ou recusar
é um Bem
É uma matéria que por visar proteger um
bem jurídico - a liberdade da pessoa
é tutelada pelo direito.
Regime Jurídico próprio e é igualmente regulada no Código Penal
(artigos 38º, 39º, 150º, 156º e 157º)
Do Consentimento livre e esclarecido : Regime jurídico (RJ)
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Do Consentimento livre e esclarecido : conceito e regime jurídico
Conceito correlaciona dimensão ética e jurídica
Consentir - declarar, livremente, sem qualquer tipo de coação ou interferência na formação da vontade e esclarecidamente.
Após compreensão da informação do profissional de saúde quanto à intervenção que propõe.
Noções indissociáveis: consentimento e informação.
A informação dá à pessoa as melhores condições para decidir aceitar ou não a intervenção de saúde que lhe é proposta.
O legislador utiliza a expressão “ consentimento livre e esclarecido”
Parecer da CES ARSLVT
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Do Consentimento livre e esclarecido - RJ
Decreto do Presidente da República nº 1/2001 de 3 de Janeiro
CONVENÇÃO PARA A PROTECÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DA DIGNIDADE DO SER HUMANO FACE ÀS APLICAÇÕES DA BIOLOGIA E DA MEDICINA: CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DO HOMEM E A BIOMEDICINA
CAPÍTULO II
Consentimento
Artigo 5.o
Regra geral
Qualquer intervenção no domínio da saúde só pode ser efetuada após ter sido prestado pela pessoa em causa o seu consentimento livre e esclarecido.
Esta pessoa deve receber previamente a informação adequada quanto ao objetivo e à natureza da intervenção, bem como às suas consequências e riscos.
A pessoa em questão pode, em qualquer momento, revogar livremente o seu consentimento.
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O consentimento informado, esclarecido e livre: Normativos (legais e profissionais)
Declaração Universal dos Direitos do Homem
Constituição da Republica Portuguesa
Lei de Bases da Saúde
Decreto do PR nº 1/2001 de 3 de Janeiro e a Resolução da AR nº
1/2001 de 3 de janeiro. Convenção para a Protecção dos Direitos do Homem
e da Dignidade do Ser Humano face às aplicações da Biologia e da Medicina: Convenção sobre os Direitos do Homem e a Biomedicina. (Convenção de Oviedo)
ARS-LVT – Resolução da Comissão de Ética sobre Consentimento
Informado 2012 - http://www.arslvt.min-saude.pt/pages/157
DGS – Norma nº 015/2013 de 03/10/2013 atualizada em 14 /10/2014 -Consentimento informado, esclarecido e livre para atos terapêuticos ou diagnósticos e para a participação em estudos de investigação
http://www.dgs.pt/directrizes-da-dgs/normas-e-circulares-normativas.aspx
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III - Situações vividas na prática clinica
O consentimento informado, esclarecido e livre Algumas questões da prática clinica
Que situações nos têm exigido maior atenção e que seria interessante analisar /aprofundar?
Que constrangimentos temos encontrado no âmbito do Consentimento livre e esclarecido?
Qual a nosso comentário sobre as seguintes afirmações/questões:
• O CI está muito burocratizado
• O CI exige muito tempo
• Cada vez mais os meus doentes desejam participar nas decisões
• Os procedimentos de rotina não exigem CI
• Muitos dos nosso doentes não têm condições para o CI
• A expressão escrita do consentimento é mais valiosa que a oral
• O consentimento não é uma questão importante em CSP
• Já assinou o CI?
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Processo deliberativo GRACIA, DIEGO. Deliberationandconsensus. 5519 –Chadwick-Chap-08.indd
OS FACTOS
• Apresentação e exploração dos factos clínicos
• Clarificação pontos pouco explícitos e necessários à compreensão da situação
OS VALORES
• Identificação de problemas morais presentes
• Eleição do problema ético principal/mais importante
• Identificação dos valores em conflito
OS DEVERES
• Identificação dos cursos de acçãoextremos e cursos de acçãointermédios
• Eleição do curso de acção óptimo(o que lese menor número de valores)
AS RESPONSABILIDADES • Prova da
legalidade
• Prova da publicidade
• Prova da temporalidade
Situações da prática clinica mais frequentes
• …
• Situações de colocação de Dispositivos Intra-uterinos e Implantes progestativos
• Vídeo gravação de consultas;
• Situações associadas ao inicio de contracepção em jovens menores de 16 anos
• Pedidos de menores de 16 anos para referenciação para IVG,
• Doentes em cuidados continuados e em cuidados em fim de vida. Com prognósticos reservados. situações em que pode estar ou não em causa a capacidade desse doente decidir consentir ou recusar a intervenção que lhe é proposta
• Situações do quotidiano como o inicio de novas terapêuticas, a referenciação para novos meios de diagnóstico
• Pequenas intervenções cirúrgicas, como a remoção de quisto
• … 18
Bibliografia
Bibliografia disponível no documento orientador do curso Normativos referidos:
ARS-LVT – Resolução da Comissão de Ética sobre Consentimento Informado 2012 - http://www.arslvt.min-saude.pt/pages/157DGS – Norma nº 015/2013 de 03/10/2013 atualizada em 14 /10/2014 - Consentimento informado, esclarecido e livre para atos terapêuticos ou diagnósticos e para a participação em estudos de investigação
http://www.dgs.pt/directrizes-da-dgs/normas-e-circulares-normativas.aspx
Artigos e livros APPELBAUM, Paul S. – Assessment of patients’ competence to consent to treatment. The New
England Journal of Medicine 2007; 357: 1834-40 BRODY, Howard – Transparency: Informed Consent in Primary Care. The Hastings Center
Report, Vol. 19, No. 5 (Sep. - Oct., 1989), pp. 5-9 - Published by: The Hastings Center Stable URL: http://www.jstor.org/stable/3562634
Fundacion de Ciencias de la Salud - Guías de Ética en la Práctica Clínica - Retos Éticos en Atención Primaria -http://www.fcs.es/publicaciones/retos_eticos_atencion_primaria.html
GRACIA, Diego – The many faces of autonomy . Theory Med Bioeth DOI 10.1007/s11017-012-9208-2
GRACIA, Diego et al, Toma de decisiones en el paciente menor de edad. Medicina Clínica. VOL. 117. NÚM. 5. 2001: 179-190
GRACIA, Diego - La deliberación moral: el método de la ética clínica. Medicina Clínica. Vol. 117 Nº.1. 2001. : 18-23 - Acessível no link http://www.elsevier.es/es-revista-medicina-clinica-2-articulo-la-deliberacion-moral-el-metodo-13015505
ZOBOLI, Elma – Bioética clinica na diversidade: a contribuição da proposta deliberativa de Diego Gracia. Revista Biothis. Centro Universitário São Camilo 2012; 6(1):49-57
LORDAA, Pablo Simón et al, La capacidad de los pacientes para tomar decisiones. Medicina Clínica. VOL. 117. NÚM. 11. 2001. p 422 19
Ainda algumas notas sobre o tema e temas relacionados
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Do Consentimento livre e esclarecido –RJDecreto do Presidente da República nº 1/2001 de 3 de Janeiro
Artigo 6.o
Proteção das pessoas que careçam de capacidade para prestar o seu consentimento
1 — (…) qualquer intervenção sobre uma pessoa que careça de capacidadepara prestar o seu consentimento apenas poderá ser efetuada em seu benefício direto.
2 — Sempre que, nos termos da lei, um menor careça de capacidade para consentir numa intervenção, esta não poderá ser efetuada sem a autorização do seu representante, de uma autoridade ou de uma pessoa ou instância designada pela lei.
A opinião do menor é tomada em consideração como um fator cada vez mais determinante, em função da sua idade e do seu grau de maturidade.
3 — Sempre que, nos termos da lei, um maior careça, em virtude de deficiência mental, de doença ou por motivo similar, de capacidade para consentir numa intervenção, esta não poderá ser efetuada sem a autorização do seu representante, de uma autoridade ou de uma pessoa ou instância designada pela lei.
A pessoa em causa deve, na medida do possível, participar no processo de autorização.
Validade jurídica do consentimento inicia-se aos 16
anos (necessário o
discernimento de quem o presta)
CP art. 38º.
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Das formas de consentimento livre esclarecido: Oral e Escrita
“vigora o princípio da liberdade declarativa”.
A forma geral deve ser a expressão verbal da decisão individual sobre a intervenção de que aceita ou recusa.
A forma escrita é excepcional em saúde, devendo ser usada apenas
nos casos estabelecidos na lei e outros normativos institucionais/profissionais
A declaração do consentimento tanto pode ser expressa como tácita
deduzida de fatos que, com toda a probabilidade, revelam o consentimento.
Consentimento livre e esclarecido -RJ
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Consentimento livre e esclarecido –RJ - Código Penal
Artigo 39.º
Consentimento presumido
Equiparado ao consentimento efectivo.
Quando a situação em que o agente
actua permitir razoavelmente supor
que o titular do interesse juridicamente
protegido teria eficazmente consentido
no facto,
se conhecesse as circunstâncias em que
este é praticado.
Artigo 156.º
Intervenções e tratamentos médico -cirúrgicos arbitrários
Puníveis com pena de prisão até três anos ou multa
O facto não é punível quando o consentimento:
• Só puder ser obtido com adiamento que implique perigo para a vida, corpo ou saúde
• Tiver sido dado para certa intervenção ou tratamento, tendo vindo a realizar-se outro diferente (…) e não se verificarem circunstâncias que permitam concluir com segurança que o consentimento seria recusado.
Representar falsamente os pressupostos do Consentimento, é punido com pena de prisão até seis meses ou com pena de multa até 60 dias.
O procedimento criminal depende de queixa.
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AVALIAR A COMPETÊNCIA PARA O CI
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Critério Tarefa do utente Avaliação médica Exemplos de questões
Comentários
Comunicar uma escolha
Indicar claramente a opção
terapêutica preferida
Questionar o utente sobre a escolha
terapêutica
Já decidiu se vai seguir a
recomendação terapêutica do seu
médico?
Alterações freqs de escolhas pode
indicar incapacidade
Compreender informação importante
Assegurar a compreensão da
informação médica
Encorajar o utente a parafrasear a
informação médicasobre diagnóstico e
terapêutica
Pf pode dizer-me oque o seu médico lhe
disse sobre o seu problema de
saúde…..
A informação transmitida deve
incluir diagnóstico, tratamento,
riscos/benefícios e alternativas
Apreciação da situação e suas consequências
Reconhecer a condição médica e consequências do
tratamento
Propor ao utente para descrever a condição médica, propósito do
tratamento e alternativas
O que acha que está mal com a sua saúde?Acredita que precisa
de algum tratamento?
Os utentes que nãoreconhecem a sua condição médica
não podem tomar decisões válidas
Argumentar sobre opções terapêuticas
Processo racional de manipular a
informação relevante
Questionar o utentesobre as diferentes
alternativas terapêuticas,
consequências e razões de escolha
Porque esta opção terapêutica é melhor
que a outra?
Este critério tem o foco no processo de tomada de decisão
e não na decisão propriamente dita
Adaptado de Appelbaum P. Assessment of patients competence to consente to treatment. N Engl J Med 2007; 357:1834-40
Modelo Informação Conhecimento Consentimento Decisão Constrangimentos
Paternalismo Assimétrica Médico Não Informado Médico “desautonomia”
Contractual Assimétrica
Limitada
Médico Específico e
limitado
Médico/doente Incerteza ClínicaProbabilidade incerta do
beneficio e do risco
Impossibilidade de se
preverem B e R
inesperados
Participativo Assimétrica
esclarecida
Médico e
Doente
Sim Compromisso Compromisso na
Incerteza clínica
Formação
Disponibilidade
Brechas culturais
Slide gentilmente cedido pelo Dr. Faria Vaz – Presidente da CES ARSLVT
Elementos do consentimento: INFORMAÇÃO – COMPREENSÃO – VONTADE
Exigência de adequação da informação e de não coerção
Modelos de Relação e Elementos do Consentimento
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DIRECTIVAS ANTECIPADAS DE VONTADE
(DAV)
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DIRECTIVAS ANTECIPADAS DE VONTADE (DAV)
• CONCEITO
• Expressão de uma vontade actual face a circunstâncias futuras
• Instruções que um indivíduo mentalmente competente dá,
antecipadamente, em relação ao tratamento médico que
pretende ou não receber em fim de vida (caso nessa altura não
tenha capacidade de decidir ou exprimir a sua vontade)
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DA
VTestamento vital
Documento que expressa os cuidados de saúde que se pretendem ou se recusam, numa situação futura de fim
de vida
Procurador de cuidados de saúde
Pessoa responsável por interpretar e implementar as decisões do próprio quando este não estiver
mentalmente capaz
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Pressupostos das DAV
1. Expressão do Princípio da Autonomia
Quando cada um escolhe os tratamentos que pretende receber está a exercer a sua liberdade de escolha
2. Obstinação terapêutica
Implícita a ideia da incapacidade de decisão adequada, pelos profissionais de saúde, nos cuidados em fim de vida
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Fundamentação Ética e Jurídica
• Direito à autodeterminaçãoÉtico
• Consentimento em saúdeJurídico
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Fundamentação Jurídica(1)
Decreto do Presidente da República nº 1/2001 de 3 de Janeiro
CONVENÇÃO PARA A PROTECÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DA DIGNIDADE DO SER HUMANO FACE ÀS APLICAÇÕES DA BIOLOGIA E DA MEDICINA: CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DO HOMEM
E A BIOMEDICINA
• Artigo 9º
Vontade previamente exprimida
"A vontade anteriormente manifestada no tocante a uma intervençãomédica por um paciente que, no momento da intervenção, não se encontreem condições de expressar a sua vontade, será tomada em conta".
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Fundamentação Jurídica(2)
Lei nº 25/2012 de 16 de JulhoREGULA AS DIRETIVAS ANTECIPADAS DE VONTADE, DESIGNADAMENTE SOB A FORMA DE
TESTAMENTO VITAL, E A NOMEAÇÃO DE PROCURADOR DE CUIDADOS DE SAÚDE E CRIA O REGISTO NACIONAL DO TESTAMENTO VITAL (RENTEV).
• Artigo 6º, número 2
Eficácia do documento
2 — As diretivas antecipadas de vontade não devem ser respeitadas quando:
a) Se comprove que o outorgante não desejaria mantê-las;
b) Se verifique evidente desatualização da vontade do outorgante face ao progressodos meios terapêuticos, entretanto verificado;
c) Não correspondam às circunstâncias de facto que o outorgante previu nomomento da sua assinatura. 32
Fundamentação Jurídica(3)
Portaria n.º 96/2014. D.R. n.º 85, Série I de 2014-05-05
REGULAMENTA A ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DO REGISTO NACIONAL DO TESTAMENTO VITAL (RENTEV)
Portaria n.º 104/2014. D.R. n.º 93, Série I de 2014-05-15
MINISTÉRIO DA SAÚDE APROVA O MODELO DE DIRETIVA ANTECIPADA DE VONTADE
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