estudos regionais primeiras comunidades do maranhão
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As Primeiras Comunidades do Maranhão
São Luis
Foi resultado da ocupação francesa em 1612, é a capital do Maranhão
e a comunidade mais antiga do Estado. Muitas foram as tentativas de chegar a
ilha de São Luis, uma das primeiras foi em 1535 partindo de Lisboa, uma
armada liderada por Aires da Cunha e Fernão Álvares de Andrade e o
historiador João de Barros, naufragaram próximo a ilha do Medo.
Em 1554 mais uma frota fracassou, a de Luis de Melo e Silva. Porém
os Franceses liderados por Jacques Riffaut chegaram à São Luis em 1594,
lembrando que nessa expedição o navio principal naufragou e parte da
tripulação voltou para a França, a outra parte ficou na ilha familiarizando-se
com os índios.
Em 6 de agosto de 1612 La Ravardière chega ao Maranhão, constrói
um forte e homenageia o Rei Luis XIII, atribuindo o nome de Ilha de São Luis.
Em 08 de setembro de 1612, foi erguida uma cruz, oficializando a fundação de
São Luis. Três anos depois os portugueses derrotaram os franceses e
terminaram a construção da cidade nos moldes lusitanos.
Alcântara
Alcântara era uma grande aldeia de Tupinambás e os franceses
mantinham uma relação amistosa com esses índios. Com a retomada da
região pelos portugueses, os índios perderam a proteção oferecida pelos
franceses e se tornaram vítimas constantes de violências.
A cidade tornou-se importante ponto de ligação por vias fluviais entre
São Luís e Belém e serviu de base para os portugueses na expulsão dos
holandeses em São Luís. Logo depois, em 1648, foi elevada a vila de Santo
Antônio de Alcântara.
A economia da vila se baseava na plantação
e engenhos de cana, cuja produção era levada de
barco até São Luís, onde se concentravam o
comércio e os serviços.
Tanta prosperidade econômica criou uma
verdadeira aristocracia em Alcântara. As famílias
abastadas pautavam-se pelas últimas modas
inglesas e francesas, importando produtos e costumes. Uma visita do
imperador D. Pedro II, que acabou nunca aparecendo, tornou-se motivo de
disputa entre duas poderosas famílias da cidade. Os filhos dos senhores e
barões iam estudar na Europa, formando uma elite intelectual que gerou
governadores da província do Maranhão e representantes na Câmara e
Senado do Império.
Muitas são as causas apontadas para o declínio econômico em que
Alcântara mergulhou no final do séc. XIX, para nunca mais se recuperar:
abolição da escravatura, evolução de técnicas agrícolas, exploração excessiva
do solo, recuperação do cultivo de algodão nos EUA após a Guerra de
Secessão, fim da Companhia Geral de Comércio, lutas pela Independência do
Brasil, maior facilidade no transporte da produção de outras áreas do país.
Icatu
Terceira mais antiga comunidade
maranhense, sua colonização foi recomendada em
1686 por Gomes Freire, fundada por Jerônimo de
Albuquerque. Inicialmente conhecida como
Arraial de Santa Maria de Guaxenduba, viria a
adotar mais tarde o topônimo de Icatu,
Adquiriu categoria de Cidade em 1924.
Caxias
A história de Caxias começa no século XVII com o movimento de
Entradas e Bandeiras ao interior maranhense para o reconhecimento e
ocupação das terras às margens do Rio Itapecuru,
durante a invasão francesa no Maranhão,
principalmente, com o trabalho valoroso dos
missionários em busca de almas para a fé cristã.
O local onde se acha situada a bela Caxias
foi, primitivamente, um agregado de grandes
aldeias dos índios Timbiras e Gamelos que conviviam pacificamente com os
franceses do Maranhão, em 1615, os portugueses reduziram tais aldeias à
condição de subjugadas e venderam suas populações, como escravos, ao povo
de São Luís.
Pastos Bons
Ao tempo da entrada dos primeiros colonizadores, segundo a opinião
de Cezar Marques e a tradição ainda corrente, a região de Pastos Bons era
habitada pelos Amanajós, índios que seriam louros
ou de cor mais clara que a dos indivíduos das
demais tribos existentes no Maranhão. O
povoamento da região foi iniciado por
bandeirantes e fazendeiros que, vindos do vale do
São Francisco e da Serra da Ibiapaba, em
Pernambuco, ficaram extasiados com a imensidão
verde dos campos gerais que lá encontraram, donde advém a denominação
de Pastos Bons. Segundo Carlota carvalho, em seu livro “O Sertão”, Pastos
Bons teria sido elevada à condição de vila em 1764, tornando-se ponto de
partida das bandeiras que então foram organizadas para conquistar as terras
que, no sentido do oeste maranhense, ainda permaneciam desconhecidas.
Pouco depois da proclamação da Independência, seus habitantes se
manifestaram contrários à autoridade do Imperador Pedro I, tentando criar a
República de Pastos Bons, que chegou a ter, inclusive, carta constitucional e
bandeira, mas não passou de um sonho. A partir do século passado, perdeu
parte de seu território para a constituição de outros Municípios.