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Política Internac ional Aula 04 Política Externa União Européia

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Estudos para o CACD missaodiplomatica.blogspot.com.br Política Internacional Política Externa e Formação da União Européia

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Page 1: Estudos CACD Missão Diplomática - Política Internacional Aula Resumo 04 - Política Externa União Européia

PolíticaInternacional

Aula 04Política Externa União Européia

Page 2: Estudos CACD Missão Diplomática - Política Internacional Aula Resumo 04 - Política Externa União Européia

Aula 04 – União Européia

1. Europa e Integração Regional

2. Tratado de Maastrich

3. Implementação da União Econômica Européia (UEM)

4. Avanços e Problemas

5. Expansão para o Leste

6. Relações com Rússia e EUA

7. Tratado de Lisboa - Desafios para o futuro

8. Crise na Zona do Euro

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1.1 Europa e a Integração Regional

. Contexto durante Guerra Fria - Bipolaridade EUA e URSS- Europa com a CEE preservando autonomia apesar de proximidade com os EUA e OTAN

. Marcos iniciais da CEE

1) Comunidade Européia de Carvão e Aço (CECA) - 19512) Tratados de Roma (1957)

- Comunidade Econômica Européia (CEE) - Comunidade Européia de Energia Atômica (EURATOM)

. Primeiros países: França, Itália, Alemanha, Bélgica, Holanda e Luxemburgo

. 1973: Dinamarca, Irlanda e UK

. 1981: Grécia

. 1986: Portugal, Espanha

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1.2 Europa e a Integração Regional

. 2 linhas de pensamento durante o processo de formação de integração 1) “Europeístas” – liderados pela França priorizando autonomia do bloco perante os EUA2) “Atlanticistas” – liderados pela Inglaterra, defendiam projeto do bloco alinhando aos EUA

. “Aprofundamento” versus “Alargamento”- Aprofundamento das instituições e do caráter supranacional da CEE- Alargamento, com a entrada de novos Estados na CEE, porém preservando caráter intergovernamental

. “Europessimismo” versus “Euroentusiasmo”- Críticos do processo entendiam que as crises eram sinais de esgotamento e declínio do bloco- Entusiastas entendiam que as crises eram sinais de que o processo havia chegado ao fim de um ciclo e eram necessários avanços aprofundando a integração

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2 Tratado de Maastrich

. Avanços na integração econômica do bloco - apesar das opções políticas neoliberais na Inglaterra e das discussões entre percepções (europeístas e atlanticistas, pessimistas e entusiastas, aprofundamento e alargamento)

. Sistema Monetário Europeu (SME) entra em funcionamento em 1979

. Ato Único Europeu (AUE) assinado em 1986 visando dinamizar o processo da integração – bases para criação da União Européia

. Tratado de Maastrich (1991) – criação da União Européia

. Pilares da UE1) Cooperação na Justiça e nas questões internas (caráter intranacional)2) Política externa e Segurança Comum (PESC) – caráter intergovernamental3) Comunidades Européias - caráter supranacional, com transferência de competências para o Conselho Europeu

. Órgãos da UE- Conselho da UE (Conselho Europeu)- Comissão Européia- Parlamento Europeu- Tribunal de Justiça- Tribunal de Contas- Provedor de Justiça- Autoridade Européia de Proteção de Dados- Banco Central Europeu e Banco Europeu de Investimentos- Comitê Econômico e Social Europeu- Comitê das Regiões

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3 Implantação da União Econômica Européia - UEM

. Em 1990 foi realizada a transição do SME para a UEM integrada ao Tratado de Maastrich em 1991

. 3 Etapas foram contempladas para concretização da UEM:

1ª) (1990) liberalização das transações de capital - supervisão das políticas econômicas dos Estados membros

2ª) (1994) criação do Instituto Monetário Europeu (precursor do Banco Central Europeu) – regulamentação das políticas de convergência

3ª) (1999) adoção do Euro – euro como moeda única em 2002

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4 Avanços na Economia, Estagnação na PESC

. Progressos supranacionais como o Euro e o Mercado Comum na área econômica- unidade nas negociações do GATT à OMC- elevado grau de coesão das políticas comerciais comuns – impactos diretos na Rodada Uruguai

. Avanços na “idéia da Europa” - incorporação do Acordo de Shengen (Tratado de Amsterdã - 1997) – eliminação de controles fronteiriços e livre circulação de pessoas do bloco

. Manutenção da autonomia do bloco frente EUA e OTAN, Rússia e Leste Europeu

. Inclusão em 1995 de Áustria, Finlândia e Suécia

. Poucos avanços nos campos de segurança, Política Externa comum e Democratização - déficit democrático nos países menos desenvolvidos do bloco- Crises políticas e sociais pós-neoliberalismo intensificam sentimentos nacionalistas e xenófobos

. Política Externa e Segurança Comum (PESC) não funcionava- falta de posição coordenada e capacidade militar do bloco

- na guerra da Iugoslávia (1992), cada país tomou decisões em separado- dependência das ações dos EUA e da OTAN

- situação se repetiu na guerra do Kosovo (1999) – UE não apresentou posição comum

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5 Expansão para o Leste, aprofundamento e alargamento

. Expansão para o Leste era projeto estratégico e um desafio para UE:- propósito amplo da UE de construção de uma Europa integrada e pacífica - necessidade de controlar os avanços dos EUA e da OTAN sobre a região - necessidade de controlar as relações com a Rússia

. Iniciativas importantes aprofundamento- comprometimento do bloco com Protocolo de Quioto e projetos de energia renovável apresentados como prioridades- proclamação da Carta dos Direitos Fundamentais da UE (2000) – foco em temas sociais e de identidade européia

. Tratado de Nice (2001) - adaptar estruturas da UE para reformas institucionais necessárias para o alargamento e democratização do bloco- Estabelecimento de comissão (Convenção Européia)

. estudos para elaboração de Constituição Européia que abrangesse os direitos fundamentais previstos em acordos prévios e respondesse aos desafios existentes

. estudos sobre aceitação de novos 10 países- Declaração de Laeken sobre o “Futuro da União Européia”

. “Europa deve assumir suas responsabilidades na gestão da Globalização”

. “uma potência que pretende dar enquadramento ético ao processo de globalização “

. Adesão (2002) de Chipre, Eslovênia, Eslováquia, Estônia, Hungria, Lituânia, Letônia, Malta, Polônia e Rep. Tcheca

. Adesão (2007) de Bulgária e Romênia

. Constituição Européia apresentada em 2004

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6 Relações com EUA e Rússia

. Divergências com os EUA - políticas sociais e ambientais- importância do multilateralismo- mal-estar gerado pela era Bush e Rumsfeld geraram fissuras (mas não quebras definitivas)- apesar das divergências sobre Iraque e Afeganistão, as nações européias participantes da OTAN não abandonaram seus compromissos com os EUA e nem suas questões do continente como Kosovo ou em negociações comerciais

. Divergências com a Rússia - preocupações militares- preocupações sobre dependência energética- choques no campo dos Direitos Humanos e Democracia

. Ações Européias para diminuir dependência da energia Russa1) Construção de gasodutos e oleodutos em conjunto com EUA2) Busca de novos fornecedores – em particular na África3) Desenvolvimento de políticas de energias renováveis

. Preocupações da Rússia em relação à UE- Alargamento da OTAN- Sobreposição e complementaridade militar UE-OTAN- Manutenção de relações de dependência da UE com os EUA

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7.1 Desafios e prioridades para o futuro da UE

. Descompasso entre a real constituição de um espaço supranacional, soberania estatal e identidade nacional – maiores desafios: Constituição Européia e a PESC

. Críticas ao texto da Constituição- considerado por alguns como uma invasão de soberania- texto rejeitado em 2005 pela França e pela Holanda- Rep. Tcheca, Polônia, Portugal, Suécia, UK, Dinamarca e Irlanda adiaram votação por tempo indeterminado

. Continuam problemas com a PESC- paralisia nos processos de elaboração de políticas de segurança comuns- continuidade de dependência da OTAN

. Elaboração e ratificação do Tratado de Lisboa (2007) sobre PESC e Políticas- formulação de políticas de tomada de decisão simplificadas e transparentes- revisão dos processos de participação popular- revisão dos processos relativos à PESC- institucionalização dos processos relativos ao Alargamento- prioridade em “Partilhar soberania em cooperação supranacional” – afastando o medo de criação de um “super estado europeu” no qual exista perda das identidades locais

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7.2 Desafios e prioridades para o futuro da UE

. Prioridades da PESC (pelo Tratado de Lisboa)1) Intenção pacífica da UE e respeito aos valores fundamentais do Homem2) Ação construtiva na administração de crises e na manutenção da paz

. Prioridades no campo social e no processo de Democratização- criação de canais diretos de participação popular- maior atenção à Carta dos Direitos Fundamentais da UE e aos valores europeus (liberdade, dignidade e justiça)- maior preocupação com temas de bem-estar econômico (recuperação do viés social democrata) - Preocupação com Meio ambiente, Saúde pública- atenção com problemas relacionados à imigração e Riscos Transnacionais (terrorismo, crescimento de demanda por ações humanitárias)

. Criação de serviço diplomático europeu

. Criação do Alto Representante para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança

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8 Crise da zona do Euro

. Em 2009, na seqüência da crise de mercados financeiros americanos, nações como Portugal, Irlanda, Islândia, Espanha e principalmente Grécia apresentaram sérias fragilidades em suas economias

. Acrônimo pejorativo “PIIGS” para estas nações em crise na zona do Euro

. Primeiro PIIGS a admitir crise foi a Grécia (crise de estabilidade interna e dificuldades para adequação às políticas do bloco)- maquiagem dos dados financeiros do país pelo banco Goldman Sachs- déficit acima de 14% do PIB em 2010- resgate (bailout) por meio do FMI e outros países da zona do Euro (85 bilhões de euros em ajuda externa) em 2010- Portugal também recebe ajuda de 78 bilhões de euros em 2011- crise na Espanha (desemprego acima de 25%)- somente Islândia parece dar sinais efetivos de recuperação

. Política de austeridade nos gastos públicos liderada pela Alemanha- questionamentos de vários países membros sobre a viabilidade de manutenção das políticas- crises sociais e manifestações como na Grécia e Espanha- crescimento de partidos de direita em vários países – Grécia, França

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