estudo sobre os portais das prefeituras da região

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO RAILSON MONAÉ SÁ FAUSTINO DA SILVA ESTUDO SOBRE OS PORTAIS DAS PREFEITURAS DA REGIÃO METROPOLITANA DE NATAL: ANÁLISE DO NÍVEL DE TRANSPARÊNCIA Natal 2016

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Page 1: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

RAILSON MONAÉ SÁ FAUSTINO DA SILVA

ESTUDO SOBRE OS PORTAIS DAS PREFEITURAS DA

REGIÃO METROPOLITANA DE NATAL: ANÁLISE DO NÍVEL

DE TRANSPARÊNCIA

Natal

2016

Page 2: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

RAILSON MONAÉ SÁ FAUSTINO DA SILVA

ESTUDO SOBRE OS PORTAIS DAS PREFEITURAS DA

REGIÃO METROPOLITANA DE NATAL: ANÁLISE DO NÍVEL

DE TRANSPARÊNCIA

Monografia apresentada à Coordenação do Curso de graduação em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para a obtenção do título de bacharel em Administração.

Orientadora: Dra. Dalvanir Avelino da Silva

Natal

2016

Page 3: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Setorial do CCSA

Silva, Railson Monaé Sá Faustino da.

Estudo sobre os portais das prefeituras da região metropolitana

de Natal: análise do nível de transparência/ Railson Monaé Sá

Faustino da Silva. - Natal, 2016.

71f.: il.

Orientador: Profa. Dra. Dalvanir Avelino da Silva.

Monografia (Graduação em Administração) – Universidade

Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Sociais

Aplicadas. Departamento de Ciências Administrativas.

1. Administração pública - Região metropolitana – Monografia. 2.

Governo eletrônico – Monografia. 3. Portais eletrônicos – Monografia.

4. Transparência - Monografia. I. Silva, Dalvanir Avelino da. II.

Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título.

RN/BS/CCSA CDU 351:004

Page 4: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

ESTUDO SOBRE OS PORTAIS DAS PREFEITURAS DA REGIÃO

METROPOLITANA DE NATAL: ANÁLISE DO NÍVEL DE TRANSPARÊNCIA

Monografia apresentada e aprovada em ____/____/____ pela Banca

Examinadora composta pelos seguintes membros:

_______________________________________________

Prof.ª Dra. Dalvanir Avelino da Silva

Orientadora - UFRN

_______________________________________________

Prof.ª Dra. Aline Virginia Medeiros Nelson

Examinadora - UFRN

_______________________________________________

Prof. Dr. Marcos Fernando Machado de Medeiros

Examinador - UFRN

Natal, ___de________ 2016

Page 5: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por me dar a oportunidade de realizar um sonho para mim e

todos os meus familiares, e por sempre estar me guiando em todos os momentos da

minha vida, me dando saúde, paz e tranquilidade para que eu conseguisse atingir

meus objetivos.

Aos meus pais, José Nilson e Sônia Maria, pelo apoio e amor incondicional,

mesmo com tantas barreiras que surgiram e tantas viagens para a universidade,

para que esse momento enfim chegasse. Tudo isso só tornou-se realidade pelo

empenho de vocês para o melhor dos seus filhos.

Ao meu irmão, Railton Sá, pelo companheirismo e apoio, apesar da correria

no seu dia a dia esteve sempre ao meu lado, me ajudando em momentos precisos.

À minha namorada, Sandrielly Bezerra, pelo amor e carinho incondicionais

durante todo o tempo em que estás ao meu lado, sempre me motivando, me

ajudando, me ouvindo e acreditando em mim e assim sendo fundamental para que

eu produzisse o meu melhor.

Aos meus tios, primos e toda a família, em especial à minha Tia Sadira

Martins e minha Avó Maria Martins, por sempre me acolherem e me deram todo o

suporte nos momentos mais difíceis em que passei até hoje.

Aos amigos que fiz durante essa jornada, Jorgean Lucas, Miguel Barreto e

Felipe Amorim, que se mantiveram ao meu lado desde o primeiro dia de aula até o

último, compartilhando grandes momentos e vencendo todas as etapas que sugiram

à nossa frente.

À professora Dalvanir Avelino, minha orientadora, por todos os ensinamentos,

paciência e amizade, durante as disciplinas que para mim ministrou, e

principalmente pela dedicação durante a elaboração deste trabalho, sem a senhora

nada seria possível, obrigado por ser esse exemplo de docente.

Page 6: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

“Você nunca sabe que resultados virão de sua ação. Mas se você não fizer

nada, não existirão resultados”.

Mahatma Gandhi

Page 7: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

RESUMO

O presente trabalho teve como objetivo analisar qual o nível de transparência dos

municípios da região metropolitana de Natal-RN por meio de uma análise dos seus

portais eletrônicos. Partiu-se do pressuposto que poucos gestores realmente se

preocupavam em manter seus portais com informações atualizadas, e que os

municípios com menor população, e que são normalmente os que têm receitas

inferiores são os com piores níveis de transparência, uma nítida falha no processo

de interiorização das políticas de governo eletrônico. A metodologia envolveu o

levantamento dos dados disponíveis nos portais eletrônicos das prefeituras de cada

município; análise dos dados objetivando gerar as tabelas com os resultados

obtidos; e por fim classificar os municípios de acordo com nível de transparência

encontrado em seus portais. Nos resultados constatou-se que existem canais para

a efetivação da transparência pública. Todavia a simples existência desses canais

não garante a efetivação da mesma. Outros fatores interferem nesse processo e

devem ser eliminados, tais como: desigualdade social, falta conhecimento de como

utilizar as tecnologias e também os analfabetos funcionais e/ou virtuais.

Palavras-chave: Governo Eletrônico, Portais Eletrônicos, Região Metropolitana.

Page 8: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

ABSTRACT

The present work had as objective to analyze the level of transparency of the

municipalities of the metropolitan region of Natal-RN, through an analysis of their

electronic portals. It was assumed that few managers really cared to keep their

portals up to date, and that the municipalities with the lowest population and those

with the lowest incomes are usually the ones with the lowest levels of transparency, a

clear failure of the process Internalization of e-government policies. The methodology

involved the survey of the available data in the electronic portals of the prefectures of

each municipality; data analysis aiming to generate the tables with the results

obtained; and finally to classify the municipalities according to the level of

transparency found in their portals. In the results it was verified that there are

channels for the effectiveness of public transparency. However, the mere existence

of these channels does not guarantee its effectiveness. Other factors interfere in this

process and must be eliminated, such as: social inequality, lack of knowledge of how

to use technologies and also functional and/or virtual illiterates.

Keywords: Electronic Government, Electronic Portals, Metropolitan Region.

Page 9: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

LISTA DE ABREVIATURAS

E-GOV - Governo Eletrônico

TIC - Tecnologias da Informação e Comunicação

NPM - New Public Management (Nova Gestão Pública)

TCE - Tribunal de Contas do Estado

LAI - Lei de Acesso à Informação

OGP - Open Governmment Partenership (Parceria para o governo aberto)

SIORG - Sistema de Informações Organizacionais do Governo Federal

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IDH-M - Índice de Desenvolvimento Humano - Municipal

DOM - Diário Oficial do Município

RM - Região Metropolitana

RMN - Região Metropolitana de Natal

DOE - Diário Oficial do Estado

FEMURN - Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte

Page 10: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Evolução da Tecnologia da Informação .................................................. 24

Quadro 2 Pressupostos à respeito da internet e da participação política civil ........ 28

Quadro 3 Estágios do governo eletrônico............................................................... 33

Quadro 4 Divisão do Modelo de análise e avaliação de portais municipais ........... 35

Quadro 5 Evolução da Região Metropolitana de Natal ........................................... 41

Quadro 6 Forma de apresentação da estrutura administrativa ............................... 47

Quadro 7 Existência de uma versão eletrônica do DOM ........................................ 48

Quadro 8 Existência de serviço de busca............................................................... 50

Quadro 9 Existência de link para contas públicas .................................................. 51

Quadro 10 Pontuações para as etapas .................................................................... 52

Quadro 11 Ranking de transparência ....................................................................... 53

Page 11: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Regiões Metropolitanas do Brasil por população ..................................... 39

Tabela 2 Região Metropolitana de Natal ................................................................. 42

Page 12: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Portais com domínios comerciais ............................................................. 44

Figura 2 Mapa do portal de Natal e Parnamirim ..................................................... 46

Page 13: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

SUMÁRIO

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS .......................................................................... 15

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA ........................................................ 16

2. TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO BRASIL ............ 23

3. ENTENDENDO O GOVERNO ELETRÔNICO ................................................ 30

4. DESAFIOS PARA A TRANSPARÊNCIA ......................................................... 35

5. MUNICIPIOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE NATAL ............................ 39

6. NÍVEIS DE TRANSPARÊNCIA (RESULTADOS) ............................................ 44

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................. 55

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 57

ANEXOS ................................................................................................................... 62

APÊNDICES .............................................................................................................. 64

Page 14: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

15

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

No início dos anos 2000, com o intuito de expandir a disponibilidade da

informação e objetivando aumentar a participação da sociedade no processo de

elaboração e implementação das políticas públicas, surge o programa de Governo

Eletrônico (e-gov) no Brasil. Com essa nova política de troca de informações entre o

governo e a sociedade, que busca a melhoria da relação entre o estado e os

cidadãos, agora todos podem ter acesso às decisões de seus governantes e até

acompanhar a aplicação dos recursos públicos. Todo esse processo, em grande

medida, se tornou possível por meio do uso das Tecnologias da Informação e

Comunicação (TIC’s).

As TICs na Administração Pública possuem diversos objetivos: o alcance e a

melhoria contínua da qualidade, o aumento da eficácia e da eficiência, a

transparência dos atos administrativos, a fiscalização das ações governamentais e a

participação popular no exercício da cidadania, por meio da facilidade de acesso a

serviços públicos ofertados na Internet (PEREIRA; SILVA, 2009).

Com essa evolução tecnológica os governantes, em todos os âmbitos de

governo, devem buscar adequar-se às soluções tecnológicas por meio das TIC, e

assim levar as informações de sua gestão ao conhecimento do cidadão, e esses por

sua vez devem acompanhar, analisar e participar cada vez mais das decisões. É

nesse cenário que os portais governamentais, passam a se constituir como uma

importante ferramenta, na busca por uma maior aproximação entre a população e o

governo, inclusive no nível municipal.

Essa modernização traz muito além do avanço tecnológico no âmbito do

governo, ela contribui para importantes mudanças de cunho político e cultural, as

quais traduzem mudanças no modo como as pessoas participam e acompanham

seus governantes, no cuidado redobrado que os políticos devem ter em não

cometerem deslizes em suas gestões, pois agora a velocidade que tais informações

podem chegar ao conhecimento da sociedade é muito maior, e os frutos de uma má

administração podem ser cobrados com muito mais agilidade.

Page 15: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

16

Segundo o portal do governo eletrônico a implantação da política de e-gov no

Brasil seguiu um conjunto de diretrizes baseadas em três ideias fundamentais:

participação cidadã; melhoria do gerenciamento interno do estado; e integração com

parceiros e fornecedores.

No Manual da Lei de Acesso à Informação para Estados e Municípios,

encontramos que a transparência no governo é uma ferramenta fundamental para a

participação das pessoas:

A transparência e o acesso à informação são direitos do cidadão e deveres da Administração Pública. Cabe ao Estado o dever de informar os cidadãos sobre seus direitos e estabelecer que o acesso à informação pública é a regra e o sigilo, a exceção. Com a promoção de uma cultura de abertura de informações em âmbito governamental, o cidadão pode participar mais ativamente do processo democrático ao acompanhar e avaliar a implementação de políticas públicas e ao fiscalizar a aplicação do dinheiro público. (CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO, 2013)

É direito de todo cidadão o acesso à informação, a transparência do Governo

deve ser uma realidade da administração pública nos dias atuais, pois através do

acesso a tais informações, a sociedade ganha uma maneira real de participar

ativamente e assim garantindo a boa aplicação dos recursos públicos.

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA

Com a aplicação da política de transparência na administração pública, se

permite que o cidadão acompanhe a gestão pública, analise os procedimentos de

seus representantes e favoreça o crescimento da cidadania, trazendo às claras as

informações anteriormente veladas nos arquivos públicos. Um país transparente

possibilita a redução dos desvios de verbas e o cumprimento das políticas públicas,

proporcionando benefícios para toda a sociedade e para imagem do país nas

políticas externas (FIGUEIREDO, 2013).

Page 16: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

17

Através da política de transparência podemos dizer que a sociedade tornou-

se mais ativa na gestão pública e ganhou a capacidade de ficar ciente de tudo o que

acontece. E essa capacidade de resposta é um dos principais valores que foram

introduzidos pela Nova Gestão Pública, com a implantação de uma administração

gerencial. E assim a introdução de valores como capacidade de resposta,

transparência, inovação e orientação para o alcance dos objetivos podem ser

percebidos nas reformas da administração sob a teoria da NPM (VIGODA-GADOT;

MEIRI, 2008)

Segundo Pereira e Silva (2009), as TICs contribuem de diversas maneiras

para o desenvolvimento local, pois:

Viabilizam o crescimento econômico, mediante investimentos em tecnologias,

crescimento do setor de TICs e impacto em outros setores;

Proporcionam bem-estar social, por meio do aumento da competitividade,

melhores oportunidades de negócio e maiores possibilidades de emprego;

Oferecem qualidade de vida, por intermédio da aplicação das TICs na

educação e na saúde;

Promovem a melhoria dos serviços públicos oferecidos aos cidadãos e o

aperfeiçoamento dos processos de tomada de decisão.

Com o aumento acentuado das tecnologias da informação nas últimas

décadas é cada vez mais necessária a disponibilidade e a atualização de

ferramentas governamentais que levem a informação o mais breve possível aos

cidadãos, e com isso a união, os estados e as prefeituras devem ter seus portais

ativos e acessíveis a todos aqueles usuários que venham a buscar informações

sobre a cidade, e aos cidadãos possam ter a opção de efetuar procedimentos no

âmbito municipal, pelo próprio portal.

A democratização e o efetivo acesso às informações, bem como a

participação, podem contribuir para viabilizar a inclusão de demandas na agenda

política, tornando o processo decisório mais democrático e contribuindo para a

aumentar a legitimidade do governo e a governança pública. Desse modo questiona-

se como tem se dado a adoção dessas iniciativas pelo governo brasileiro,

particularmente no âmbito dos municípios.

Page 17: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

18

Sobre essa questão, o Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul

(TCE-RS), fez um estudo buscando analisar a transparência dos portais das

Prefeituras e Câmaras de Vereadores do Rio Grande do Sul, com o intuito de

averiguar o cumprimento da Lei de Acesso à Informação (LAI). Segundo o

Presidente do TCE-RS, Cezar Misola foi notado que se teve grandes avanços em

relação à transparência, mas ainda tem situações em que não possuem site e em

alguns casos, a informação está disponível, mas é de difícil acesso e compreensão.

Embora seja um estudo que trata apenas de um único estado da federação é

possível que uma situação semelhante aconteça em outros estados ou regiões do

país. A construção destes canais que podem melhorar significativamente os níveis

de transparência dos governos no Brasil tem um dificultador nítido a exclusão digital,

que se dá por diversos fatores, tais como: pessoas que não podem comprar um

computador, pessoas que não tem conhecimento de como manusear os

equipamentos e também os analfabetos.

Buscando ver a atual situação dos municípios no nosso estado, foi proposto o

estudo dos portais (websites) das prefeituras da região da Região Metropolitana de

Natal, no qual se pretende investigar a transparência desses portais.

Este trabalho terá como base o modelo desenvolvido a partir do trabalho de

Prado (2004): "Governo eletrônico e transparência: a publicização das contas

públicas das capitais brasileiras", no qual é feito um levantamento sobre a

publicização das contas públicas das capitais brasileiras, através dos portais

eletrônicos de cada uma das capitais. Os resultados obtidos por Prado mostraram

que: a estruturação dos websites parece estar condicionada a maior capacidade

orçamentária das capitais, assim como a um valor maior do Índice de

Desenvolvimento Humano Municipal. Por outro lado, fatores político-ideológicos e

institucionais parecem influir mais decididamente na transparência dos websites, o

que pode explicar os diferentes níveis de transparência observados na pesquisa.

Fatores que serão analisados por Prado: A localização do website oficial, a

existência de link de comunicação, do mapa do website, da estrutura administrativa,

do diário oficial do município, de um serviço de busca interno, de um link fixo na

página inicial para página de contas públicas, e por fim verificar se o website

apresenta a publicização das contas públicas.

Page 18: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

19

O objetivo desse trabalho será analisar qual o nível de transparência dos

municípios da região metropolitana de Natal/RN por meio da análise dos seus

portais eletrônicos. Para isso seguiu-se três etapas:

a) Coletar os dados disponíveis nos portais eletrônicos das prefeituras;

b) Reunir os dados e gerar as tabelas com os resultados;

c) Classificar o nível de transparência dos portais.

O presente estudo parte do pressuposto que poucos gestores realmente se

preocupam em manter seus portais com informações atualizadas, e que os

municípios com menor população, e que são normalmente os que têm receitas

inferiores são os com piores níveis de transparência, pouquíssimas são as

informações passadas aos cidadãos, é nítida a falha nesse processo de

interiorização das políticas do e-gov.

A cada dia que passa mais casos de corrupção ou de mau uso de verbas

públicas são descobertos, nossos políticos estão cada vez menos preocupados no

bem estar social e mais preocupados em ganhos pessoais. Com o avanço das

Tecnologias da Informação e Comunicação, surge uma nova era, onde a população

pode saber tudo que está sendo feito e como está sendo empregado o dinheiro

público, seja do seu Município, do seu Estado ou até da União, e isso sem sair de

casa, este é o Governo Eletrônico, o uso da tecnologia a favor da população.

Para podermos falar sobre o governo eletrônico (e-gov), precisamos entender

o que é governo aberto, afinal o e-gov é uma das políticas introduzidas pelo governo

aberto, de acordo com o caderno de orientação da Prefeitura de São Paulo (2015),

governo aberto pode ser definido como:

(...) uma gestão mais transparente, com dados e informações

disponíveis facilmente a qualquer interessado, por meio de

uma interface amigável e intuitiva. Desse modo, a população é

efetivamente empoderada no processo de tomada de decisão,

participando não somente por meio de escolhas como “sim” ou

“não”, mas também pela intervenção na escolha de objetivos,

metas e caminhos a serem seguidos ao longo do

desenvolvimento das políticas públicas. O Governo Aberto

engloba também a prestação de contas, a transparência sobre

Page 19: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

20

quem é quem nas contratações públicas, abrindo espaço, por

meio da tecnologia, para uma administração pública conectada,

em rede, moderna e interativa. (2015)

O governo aberto tem suas raízes nos anos de 1948, na Declaração Universal

dos Direitos Humanos, documento que é a base da luta universal contra a opressão

e a discriminação, defende a igualdade e a dignidade das pessoas e reconhece que

os direitos humanos e as liberdades fundamentais devem ser aplicados a cada

cidadão do planeta. (PORTAL BRASIL, 2009)

Começou-se a notar a falta de ferramentas para os cidadãos garantirem o

cumprimento dos seus direitos perante seus governantes, de forma contínua e

crescente, podemos citar documentos como o Pacto Internacional dos Direitos Civis

e Políticos, de 1966, e a Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção, de

2003, governos e organizações de todo o mundo se empenham para cumprir essa

finalidade. (PORTAL GOVERNO ABERTO, 2015)

A ideia sempre foi que com o governo aberto levasse para os usuários uma

maior possibilidade de transparecia nas ações dos governantes, e com isso que

fosse garantido um maior direito à participação, gerando uma maior cooperação dos

cidadãos para com o governo.

A Parceria para Governo Aberto ou OGP (do inglês Open Government

Partnership), lançada em 2011, é uma iniciativa internacional que pretende difundir e

incentivar globalmente práticas governamentais relacionadas à transparência dos

governos, ao acesso à informação pública e à participação social. Os países

fundadores da OGP são: África do Sul, Brasil, Estados Unidos, Filipinas, Indonésia,

México, Noruega e Reino Unido. (PORTAL GOVERNO ABERTO, 2015).

Apesar do Brasil ser um dos países pioneiros desse novo modo de governar,

ainda não é um país exemplo no governo aberto, temos países com essa política

muito mais ativa e presente, em outros países tais como: Estados Unidos, China e

Inglaterra, este último devendo ser destacado como o mais maduro em relação ao

acesso a informação e ao governo aberto.

Page 20: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

21

De acordo com o Portal do governo aberto da Prefeitura de São Paulo,

governo aberto é um conjunto de iniciativas articuladas de transparência,

participação, inovação e integridade nas políticas públicas. A cidade de São Paulo

implementa esta agenda ao desenvolver estratégias para:

Ampliar os processos de participação na tomada de decisões;

Garantir a transparência, por meio do acesso às informações públicas;

Desenvolver processos que estimulem a integridade e responsabilização do

poder público e seus agentes;

Fomentar a criação e uso de ferramentas de inovação tecnológica e social.

Em algumas situações se pode confundir governo aberto com dado aberto,

porém eles são duas coisas diferentes. Os “dados” abertos são informações

produzidas por todos os órgãos públicos na união, estados ou municípios, fruto da

atividade administrativa da gestão governamental: seus contratos, suas funções,

seus projetos, suas políticas e suas parcerias com outros setores. Enquanto isso

governo aberto está relacionado a uma ideia mais tática, se refere aos projetos e

ações que buscam empregar uma maior transparência na administração pública.

Esse trabalho busca demonstrar como vem sendo usados os portais

eletrônicos das prefeituras da região metropolitana de natal, um meio de

comunicação de bastante importância no diálogo entre o estado e a população, e

que com um bom uso, pode se tornar de fundamental para que os cidadãos possam

ter acesso às informações dos governantes e assim possam atuar como um meio

fiscalizador e participante na gestão pública municipal.

E assim, através dos dados levantados/coletados e dos resultados obtidos ao

decorrer deste trabalho têm se a oportunidade de mostrar a todos os gestores onde

podem melhorar ou onde devem criar novas ferramentas para que possam vim a

cumprir com seu papel como líder, e também para com os cidadãos que agora

podem saber um pouco mais sobre seus direitos e assim busquem contribuir

juntamente com a prefeitura para o melhor funcionamento da TIC na sua cidade.

O estudo busca mostrar qual o nível de transparência dos portais eletrônicos

das prefeituras dos municípios e assim incentivar que os recursos públicos sejam

mais bem aplicados.

Page 21: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

22

Esta pesquisa é classificada como exploratória e descritiva.

Pesquisa exploratória - O objetivo de uma pesquisa exploratória é

familiarizar-se com um assunto ainda pouco conhecido, pouco explorado. Ao

final de uma pesquisa exploratória, você conhecerá mais sobre aquele

assunto, e estará apto a construir hipóteses (Correia, 2012).

Pesquisa descritiva - Possui como objetivo a descrição das características

de uma população, fenômeno ou de uma experiência (Gil, 2008).

O estudo abrange os municípios Natal, Parnamirim, Macaíba, São Gonçalo do

Amarante, Extremoz, Ceará-Mirim, São José de Mipibu, Nísia Floresta, Monte

Alegre, Vera Cruz, Maxaranguape, Ielmo Marinho, Arês e Goianinha, que constituem

a região metropolitana de Natal/RN.

A coleta de dados se deu em um primeiro momento pelo levantamento das

informações sobre a existência ou não dos portais eletrônicos das prefeituras dos

municípios acima mencionados, essa coleta de dados se deu através de um website

de busca (Google), tentando assim simular como se daria esse mesmo

procedimento por um cidadão comum. Após coletados os dados eles foram

analisados e colocados em tabelas com o intuito de se mostrar um comparativo

entre eles. E por fim esses dados foram interpretados e gerando assim os resultados

da pesquisa.

A etapa de análise de dados tem como foco preparar os dados coletados, que

se darão por meio de tabelas e quadros explicativos. Após a compilação dos dados

levantados, as tabelas foram geradas, pode-se analisar os resultados, onde cada

item terá sua análise independente. As tabelas seguiram o modelo proposto por

Prado (2004).

Page 22: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

23

2. TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO BRASIL

O sucesso dar organizações sejam elas públicas ou privadas, estão cada vez

mais atrelados ao uso de forma eficiente das tecnologias disponíveis para

otimização de seus resultados. De acordo com Cruz (2010), Podemos dizer que:

"Tecnologia da Informação é todo e qualquer dispositivo que tenha capacidade para

tratar e ou processar dados e ou informações, tanto de forma sistêmica como

esporádica, quer esteja aplicada no produto, quer esteja aplicada no processo".

O uso das TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação), foram muito

rapidamente absolvidas pela iniciativa privada, como um meio de bastante impacto

na otimização das atividades rotineiras. Essas tecnologias proporcionam às

organizações, profissionais, usuários e a sociedade maior capacidade para ampliar,

adquirir, manipular e comunicar informações referentes aos negócios, vida

profissional e pessoal de todos. Permite ultrapassar todo um conjunto de barreiras

na medida em que existe uma nova maneira de pensar, pois em tempo real é

possível às empresas agirem e reagirem rapidamente aos clientes, mercados e

concorrência. (NASCIMENTO, 2011)

As TIC surgem no setor público como uma alternativa capaz de inovar, criar e

remodelar a forma como as políticas voltadas para os serviços públicos são

elaboradas e executadas, proporcionando interação entre governos, empresas e

sociedade. Segundo Frey (2000), as TIC:

(...) oferecem uma oportunidade única de ligar as estratégias para serviços online às reformas administrativas que são tão urgentemente necessárias para preparar as administrações públicas para lidar com os desafios de um ambiente cada vez mais complexo, incerto e mutante. Um desses desafios tem a ver com a crise de legitimidade que afetou a democracia e o governo em tempos recentes e a busca de novas formas de cooperação entre governos, o setor privado e a sociedade civil.

Com o grande número de usuários em busca de informações sobre os gastos

públicos, é cada vez mais necessário para o governo conseguir ferramentas para

mensurar tais valores e publicizá-los, com isso se torna iminente a entrada da

tecnologia nessa área.

Page 23: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

24

As TICs trazem inúmeras ferramentas, que buscam cada vez mais facilitar a

comunicação e tornar o contato com a sociedade mais direto. Com a implantação

correta dessas ferramentas tecnológicas cria-se um canal direto para que o governo

possa se comunicar livremente com os cidadãos sem ter a imprensa como um meio

intermediador, fazendo com que as informações sejam mais corretas e confiáveis.

Quando se tem dificuldades em obter informações do governo, faz com que a

sociedade perca a credibilidade e assim gerando uma desconfiança para com as

decisões de seus governantes.

Segundo Castells (1999), a evolução da Tecnologia da Informação, seguiu

uma linha de acontecimentos, como podemos ver abaixo:

Quadro 1

Macro mudanças da

micro engenharia:

eletrônica e

informação

Creditam-se ao período da Segunda Guerra Mundial e ao

seguinte as principais descobertas tecnológicas no

campo da eletrônica, como o primeiro computador

programável e o transistor, fonte da microeletrônica, o

verdadeiro cerne da revolução da tecnologia da

informação no século XX;

Criação da Internet A junção de estratégia militar, cooperação científica,

inovação tecnológica e contra cultural nas três últimas

décadas do século XX, desencadeou a criação e o

desenvolvimento da Internet;

Tecnologias de rede e

difusão da

computação

O aumento assombroso da capacidade de transmissão

com a tecnologia de comunicação em banda larga

alavancou a possibilidade de uso da Internet e das

tecnologias de comunicação semelhantes a esta, já que

se tornou possível transmitir, além de dados, voz, e isso

revolucionou as telecomunicações e sua respectiva

indústria.

O divisor tecnológico

dos anos 70

A revolução da Tecnologia da Informação nasceu na

década de 70, sobretudo se incluirmos nesse mesmo

período o surgimento e a difusão paralela da engenharia

genética, período em que surgiu uma série de inventos e

Page 24: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

25

descobertas, tais como: microprocessador e o

microcomputador;

Tecnologias da vida Invenções como a combinação genética e a

recombinação do DNA, no fim da década de 80 e nos

anos 90, a biotecnologia foi revitalizada, a partir de uma

nova geração de cientistas ousados e empreendedores

que, com um enfoque decisivo em engenharia genética,

revolucionaram a tecnologia da vida;

O contexto social e a

dinâmica da

transformação

tecnológica

Toda essa trajetória culminou no surgimento da

sociedade em rede, que só pode ser compreendida a

partir da interação entre duas tendências relativamente

autônomas: o desenvolvimento de novas Tecnologias de

Informação e a tentativa da antiga sociedade de

reaparelhar-se com o uso do poder da tecnologia para

servir à tecnologia do poder.

Fonte: Castells (1999).

As raízes da tecnologia da informação têm suas origens nos Estados Unidos,

a partir do surgimento da internet que teve como objetivo inicial trazer a interligação

dos computadores de órgãos encarregados da defesa do país em tempo real, porém

rapidamente esse novo sistema deixasse de ter apenar caráter militar, e passou a

ocupar outras áreas da sociedade, fazendo parte do mundo dos negócios, das

organizações em geral e do cotidiano das pessoas.

2.1 Participação social na Internet

Nos dias atuais esse meio de comunicação vem se tornando muito além de

simples troca de mensagens por correio eletrônico ou comentários em redes sociais,

ela reformulou o modo e a velocidade que se organizam grupos sociais, por acabar

com todas as barreiras antes enfrentadas.

O acesso das pessoas à internet já é considerado um direito humano, e seu

importante papel nas questões e nas efervescências políticas foi enfatizado. A

Page 25: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

26

internet foi apresentada como um dos mais poderosos instrumentos de nossa época

para aumentar a transparência, divulgar informações e facilitar o processo de

participação dos cidadãos nas sociedades democráticas (SILVA, 2012).

A internet tem potencial para expandir a participação política dos cidadãos e

promover democracia caso seja direcionada para tal. Porém, a internet não foi criada

para tais fins, e para tanto, é necessário que haja interesse da classe política em

inseri-la no cotidiano das pessoas. Outro meio de buscar essa inserção da internet

nos governos é através da "pressão" social, para com os seus governantes para que

esses se sintam forçados a se adequarem.

O que vêm se chamando de democracia digital, isto é, o uso de dispositivos e

tecnologias digitais para desenvolver, reforçar, auxiliar e corrigir aspectos da prática

política e social em benefício do teor democrático da comunidade (GOMES, 2011).

A Internet, rede mundial de computadores, conecta milhões de pessoas em

todo o mundo e tem sua influência cada vez maior nos processos de sociabilidade,

econômicos, políticos, culturais, dentre outros (MARQUES, 2002).

Antes dessa explosão desenfreada da Internet no mundo, os mecanismos de

participação social eram os partidos políticos através dos seus filiados, os

movimentos sociais propriamente ditos e os sindicatos. Agora com a Internet esse

processo deixa de ser um processo físico e torna-se um processo virtual, onde as

pessoas podem se mobilizar sem que aja a necessidade de estarem reunidas

fisicamente. Além disso, a internet possibilita também uma mobilização mais rápida

para fortalecer a participação nos canais tradicionais, bem como incentiva novas

modalidades de intervenção pública como, por exemplo, o movimento Occupy Wall

Street, que inspirou mobilizações de rua no mundo inteiro, inclusive o Brasil1, de

modo a evidenciar uma conexão entre a difusão de informações por meio das redes

sociais e a materialização das manifestações na arena pública.

2.2 A internet como ferramenta de participação social

1 Sobre o movimento Occupy Wall Street ver: SOUZA, Paula Falcão de. Revolução 2.0: redes sociais,

mobilização e os protestos dos indignados do #occupyWallStreet. Trabalho de Conclusão de Curso, Departamento de Comunicação Social do Centro de Artes da Universidade Federal do Espírito Santo, 2011.

Page 26: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

27

A internet passou a se constituir em um instrumento que facilitou a vida das

pessoas e das organizações indo além do simples fato dede aumentar a eficácia das

formas de comunicação. A expansão da internet modificou a vida em diversos

aspectos da vida social, conectando milhões de pessoas em tempo real e

influenciando processos econômicos e culturais diversos.

Não demorou para que o governo notasse as potencialidades da Internet,

passando em investir cada vez mais nessa tecnologia, porém apesar das vantagens

oferecidas, nota-se novos desafios impostos, uma vez que essa nova tecnologia não

respeita os mapas políticos, permitindo que rapidamente as informações

ultrapassassem as fronteiras dos Estados, desafiando os governos, que logo

perceberam a insuficiência das suas tradicionais formas de atuação. (SILVA;

KURTZ, 2011)

Para o correto uso da internet é necessário que haja uma adaptação das

políticas de governo eletrônico e os processos administrativos que fomentam o

serviço público, para que se busque que cada vez mais a internet seja aplicável a

todos os cidadãos, e esses possam participar das políticas públicas por esse meio

de forma livre e direta, sem que a autoridade do estado seja comprometida.

A Internet pode ser considerada um importante um facilitador, uma vez que

rompe com a rigidez das instituições tradicionais, de acordo com Frey (2000):

Enquanto instituições territoriais tradicionais eram mais

hierárquicas e rígidas, a Internet tende a privilegiar modos de

relacionamento transversais e estruturas mais fluidas, mais

alinhadas com as estruturas de rede que caracterizam os

processos sociais e políticos nas sociedades democráticas

modernas. O potencial democrático específico da Internet

baseia-se em sua estrutura não hierárquica e cibernética que,

em princípio, favorece a interatividade. (Frey, 2000)

A internet de fato é um meio dinamizador, que faz com que pessoas em sua

privacidade expressem suas idéias e opiniões sobre diversos assuntos, e que outros

usuários em outros lugares da cidade, do país e até do mundo concordem ou

discordem, de uma maneira quase que instantânea. E evidentemente essa

Page 27: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

28

ferramenta virtual de comunicação começou a atuar diretamente nas vidas das

pessoas e posteriormente na esfera pública, onde pessoas em qualquer lugar, em

qualquer momento podem agora opinar, cobrar atitudes de seus governantes para

com diversos assuntos que lhe forem convenientes.

Existem três pressupostos a respeito da internet e da participação política

civil, conforme notamos no quadro abaixo:

Quadro 2

1° Pressuposto A internet permitiria resolver o problema da participação do

público na política que afeta as democracias representativas

liberais contemporâneas, pois tornaria esta participação mais

fácil, mais ágil e mais conveniente (confortável, também). Isso é

particularmente importante em tempos de sociedade civil

desorganizada e desmobilizada ou de cidadania sem sociedade;

2° Pressuposto A internet permitiria uma relação sem intermediários entre a

esfera civil e a esfera política, bloqueando as influências da

esfera econômica e, sobretudo, das indústrias do

entretenimento, da cultura e da informação de massa, que

nesse momento controlam o fluxo da informação política;

3° Pressuposto A internet permitiria que a esfera civil não fosse apenas o

consumidor de informação política, ou impediria que o fluxo da

comunicação política fosse unidirecional, com um vetor que

normalmente vai da esfera política para a esfera civil. Por fim, a

internet representaria a possibilidade de que a esfera civil

produzisse informação política para o seu próprio consumo e

para o provimento da sua decisão.

Fonte: Elaborado pelo autor com base em Gomes (2005).

O bom uso da internet como ferramenta de inclusão, será necessário a

criação de instituições que regulem e respaldem a esfera pública virtual de forma

que as ações, projetos e decisões tomadas sejam relevantes e aplicáveis na esfera

Page 28: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

29

pública real, o que propiciará o desenvolvimento político e social, ou seja, o governo

deve buscar maneiras de utilizar essa ferramenta como maneira de ter um feedback

seu e otimizar sua gestão.

A entrada do governo na internet traz inúmeros dados de modo acessível

sobre todas as ações, atividades e despesas públicas, mas de que adiantaria ter

esses dados e não saber analisá-los ou compará-los para assim sabermos se

estamos caminhando certo e próximos à países/cidades considerados "modelos" ou

se estamos atrasados. Para o bom uso das informações é necessário

meios/ferramentas de análise.

Page 29: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

30

3. ENTENDENDO O GOVERNO ELETRÔNICO

De fato o e-gov é um modo de aplicação das TICs, são essas tecnologias que

viabilizam o seu funcionamento, mas podemos dizer que a cada dia que passa ele

está indo além de uma simples aplicação, o governo eletrônico está promovendo

novas formas de elaboração, implementação e monitoramento, são novos canais de

comunicação e assim acarretando em uma maior transparecia da gestão.

O governo eletrônico para Ruediger (2002) pode ser compreendido como o:

(...) uso das novas tecnologias de informação e comunicação

aplicadas a um amplo arco das funções de governo e, em

especial, deste para com a sociedade. Em conjunto,

tecnicamente, o governo eletrônico, além de promover essas

relações em tempo real e de forma eficiente, seria ainda

promotor de boas práticas de governança e, potencialmente,

catalisador de uma mudança profunda nas estruturas de

governo, proporcionando mais eficiência, transparência e

desenvolvimento, além do provimento democrático de

informações para decisão.

No Brasil o governo eletrônico nasce oficialmente por meio do Decreto

Presidencial de 3 de abril de 2000, que cria grupos de trabalho com a finalidade de

propor programas de desenvolvimento científico e tecnológico para os setores de

agronegócio, de saúde e do setor aeronáutico e os respectivos modelos de

financiamento. Futuramente esse decreto foi revogado pelo decreto n° 4.195, em 11

de abril de 2002.

De acordo com o portal oficial do governo, no Brasil a política de Governo

Eletrônico segue um conjunto de diretrizes que atuam em três frentes fundamentais:

Cidadão

Governo

Parceiros e fornecedores

O Cidadão é o principal ator, poderá conhecer instrumentos e políticas de

governo eletrônico para melhorar a relação e o diálogo com o cidadão, para a

Page 30: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

31

eliminação de barreiras na Web, o aumento da transparência, o controle social das

ações e a promoção da cidadania. Exemplos: dados abertos, serviços digitais do

governo federal, inclusão digital e redes sociais (governamentais);

Já o Governo é aquele que disponibiliza aos órgãos ferramentas e iniciativas

para o desenvolvimento de sistemas e informações aliadas à padronização,

integração e interoperabilidade, com o objetivo de democratizar o acesso à

informação nos sites e portais governamentais, reduzir custos e melhorar a

qualidade dos serviços prestados à sociedade. Exemplos: SIORG (Sistema de

Informações Organizacionais do Governo Federal), segurança da informação, portal

de serviços entre outros;

Enquanto isso surge a relação com Parceiros e Fornecedores, na qual o

Governo Federal tem um papel de destaque nesse processo, garantindo políticas,

padrões e iniciativas que integrem as ações dos vários níveis de governo e dos três

Poderes, sempre pensando na melhoria da prestação de serviço e no

compartilhamento de recursos entre órgãos públicos, relacionados ao

desenvolvimento e disponibilidade de soluções, compartilhamento de equipamentos,

desenvolvimento colaborativo de ambientes virtuais e recursos humanos. Exemplos:

convênios, compras governamentais e central de compras.

Desse modo o e-gov tem o foco no cidadão, nas empresas e no próprio

governo, buscando sempre otimizar os processos e assim facilitar os serviços

governamentais prestados, seja a quem for. Porém para que o tudo funcione

conforme planejado ainda há obstáculos a serem superados tais como: o acesso a

internet - de acordo com o IBGE hoje no nosso país cerca de apenas 50% da

população tem acesso a rede; e diferenças dos serviços prestados online para o

presencial - gerando assim dificuldade no uso e/ou em encontrá-los.

Outro ponto importante é que em certas áreas temos o uso da tecnologia

muito bem otimizada, as chamadas "ilhas de excelência do e-gov", áreas como fiscal

e tributária, estão muito mais avançados em comparação a saúde e educação por

exemplo. "A LAI (Lei de Acesso à Informação) supõe um grau de ordenamento

informacional do Estado brasileiro que ainda está longe de existir, em que pese ilhas

Page 31: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

32

de excelência e setores com maiores teores de gestão da informação" (JARDIM,

2015).

A abertura do acesso à informação é obrigação de quem está à frente da

administração pública, uma vez que quanto maior for o acesso aos dados públicos

mais seguro esses dados estarão, pois quando alguém vier a produzir algo errado o

dado aberto trará essas informações, uma retroalimentação do sistema. Vale

ressaltar também que quando se tem esse acesso à informação, traz mais

segurança todos os usuários (cidadão, empresas e o governo) e assim trabalham

gerando uma maior confiança no governo. O governo eletrônico surge também para

buscar otimizar os processos governamentais.

As pessoas estão inseridas na sociedade por meio das relações que

desenvolvem durante toda sua vida, primeiro no âmbito familiar, na escola, na

comunidade e no trabalho. A própria natureza humana nos liga a outras pessoas e

estrutura a sociedade em rede. (TOMAÉL, 2005). Nos dias atuais grande parcela

das pessoas no mundo, utilizam as redes sociais buscando um meio de se

relacionar com seus amigos e parentes. Com a praticidade e velocidade que as

redes sociais impuseram na vida das pessoas, muitos usuários ao utilizarem seus

perfis nas redes sociais procuram emitir suas opiniões sobre determinados assuntos,

e assim expondo suas ideias.

Um assunto rotineiro nas redes é política, muitos usuários expõem suas

críticas e/ou elogios aos seus governantes e buscam outras pessoas que acreditem

nas mesmas ideias que ele, assim nasce os movimentos populares, e protestos

como temos visto ultimamente em nosso país.

Na era da informação, na qual vivemos, as redes sociais são uma importante

ferramenta para o governo, pois se bem utilizada irá estabelecer canais de

comunicação direta do governo com o cidadão, um canal de duas vias onde se pode

publicar e ouvir.

Page 32: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

33

3.1 Estágios do e-gov

A discussão sobre o governo eletrônico emerge em meados da década de 90,

quando a internet começou a operar no Brasil, criou-se o Comitê Gestor da Internet

brasileiro, órgão de composição mista, encarregado de coordenar os serviços no

país (Silva e Kurtz, 2011). Com tecnologias cada vez mais informatizadas, o governo

viu-se forçado a fazer parte dessa nova era.

O governo eletrônico foi dividido em quadro estágios segundo Garcia e Reyes

(2008) at Balbe:

Quadro 3

Catalogação É quando se tem a operacionalização por meio da

classificação das informações, e a respectiva

apresentação em páginas eletrônicas.

Transação Quando organizações públicas e cidadãos interagem via

sítios eletrônicos.

Integração Vertical Consiste na reunião física e virtual de diferentes órgãos

e fases do processo de gestão pública

Transformação Mudança do processo de trabalho com a quebra das

barreiras, exigindo, portanto, uma complexa

transformação.

Fonte: Elaborado pelo autor com base em Balbe (2010).

Esclarecendo como de fato aconteceram esses estágios do e-gov temos que

no primeiro estágio se tem a criação de um lugar, no caso as páginas eletrônicas

onde servirão como catálogos de informações, contendo informações superficiais e

não dando nenhuma interação com os usuários.

Page 33: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

34

Na segunda etapa se tem o início da interação dos cidadãos com esses sítios

que começam a ter conteúdos disponíveis aos usuários, temos links mais acessíveis

que disponibilizam informações virtualmente, tais como: Leis, atos, normas.

Na terceira etapa esses conteúdos são ampliados mais ainda e se dá inicio

aos serviços virtuais, onde o governo começa a disponibilizar para seus usuários

opções para gerar títulos para pagamento, consultas e impressão de formulários em

algumas áreas.

Na quarta etapa temos a real mudança de realidade, onde os completos

desenvolvimentos dos sítios conseguem quebrar todas as barreiras e se tento a total

integração dos serviços públicos para os seus usuários, tornando assim os cidadãos

ativos em todos os processos do governo.

Page 34: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

35

4. DESAFIOS PARA A TRANSPARÊNCIA

A transparência está diretamente associada com a exposição de informações

e/ou ações, e essas informações por sua vez devem ser completas, objetivas,

confiáveis e de qualidade, de fácil acesso, compreensão da informação e canais de

comunicação totalmente abertos. (ALÓ, 2009).

A transparência é o ponto que liga o cidadão aos resultados dos governantes,

portanto é o fator crucial para a participação social na gestão, através do acesso real

que agora todos nós temos, devemos levar em consideração que com a participação

dos cidadãos na gestão é o que traz cada vez mais o gestor a realidade vivida por

todos. Para que possamos participar e opinar deve-se procurar e analisar os dados

disponibilizados e para que nossa analise seja de acordo com a realidade devemos

ter informações confiáveis e de qualidade, para que isso de fato ocorra é necessário

a construção de modelos que possam aferir os níveis de transparência

disponibilizadas por cada governo.

Até então não existia sequer um modelo que tivesse a finalidade única de

analisar a transparência administrativa em websites, então em sua dissertação

Prado (2004) apresenta um modelo que é uma adaptação de alguns modelos que

tratavam de analises próximas ao que era pretendido.

O primeiro modelo que serviu de base foi o modelo de Análise e Avaliação de

Portais Municipais de Vaz (2003), e Prado diz que Vaz dividiu esse modelo em três

blocos:

Quadro 4

Primeiro bloco Contempla o conjunto de condicionantes ambientais,

organizacionais e políticos, ou seja, o modelo proposto parte da

análise das bases e pré-condições que levaram à adoção e

influenciaram na implantação do portal municipal como

instrumento de atendimento ao cidadão e das características por

ele assumidas;

Page 35: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

36

Segundo bloco Modelo analisa os aspectos concretos do portal, em termos de

funcionalidades e padrões de uso, ou seja, da estruturação da

oferta de serviços, suas características e a forma como os

cidadãos-usuário valem-se dele para atender suas demandas;

Terceiro bloco Modelo de avaliação construído oferece instrumentos para a

identificação e avaliação dos efeitos da adoção e utilização do

portal municipal como instrumento de atendimento ao cidadão,

levando em conta duas categorias: impactos e resultados.

Fonte: Elaborado pelo autor com base em Vaz (2003).

O segundo modelo estudado por Prado foi o modelo de Akutsu (2002), que

era o modelo de Modelo de Avaliação de Portais de Governo, um modelo mais

voltado a analise dos serviços prestados via sites governamentais. O modelo de

Akutsu tinha 05 estágios para análises, esses estágios eram:

Presença do portal se existe informações disponíveis;

Possibilidade de consulta on-line ao banco de dados do portal;

Se existe a necessidade de autenticação da identidade do cidadão que está

fornecendo informações ao website;

Se existe troca de informações com outras agências estatais, como prévio

consentimento dos cidadãos;

E no ultimo estágio, as opiniões e votos dos cidadãos são realmente

utilizados para a formulação das políticas públicas.

O terceiro modelo é o proposto pelas Nações Unidas (2002), que tinha duas

etapas bem fomentadas:

Análise dos sites nacionais, quanto ao conteúdo e serviços oferecidos;

Análise comparativa entre a TIC e o capital humano.

Page 36: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

37

O quarto e último modelo que serviu de base para Prado foi o modelo da

Cyberspace Policy Research Group, chamado de Sistema de Avaliação de website

por Atributo - WAES, que tem é o modelo dos que foram mostrados anteriormente

que tem maior foco na transparência, e tem como principais tópicos:

Existência de informações sobre os responsáveis pelo website;

Possibilidade de contato com os responsáveis através do website;

Presença de informação organizacional;

Presença de informação sobre a própria instituição, seus objetivos e metas de

atuação;

Responsabilidades dos cidadãos quanto aos assuntos de competência da

instituição.

E com base nos modelos anteriormente mostrados nasceu o modelo de

Prado, que é composto por duas etapas, a primeira etapa a de coleta de dados é

composta por oito itens, quais sejam:

Localização do website oficial;

Existência de link de comunicação com o website;

Mapa do website;

Estrutura administrativa;

Diário oficial;

Serviço de busca interno;

Existência de link, na página principal, para a página de contas públicas;

Publicização das contas públicas.

Após essa etapa de coleta de dados ou coleta de informações, no modelo

vem a segunda etapa, a do questionário a que busca a interação com os websites

governamentais.

Os resultados encontrados por Prado em seu trabalho notou-se uma nítida

diferença entre os resultados se compararmos as regiões brasileiras, onde as

capitais da região sul/sudeste apresentam os portais mais estruturados, com maior

Page 37: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

38

quantidade de informações e serviços disponíveis. Os municípios do nordeste e

centro-oeste aparecem em posição intermediária e os da região norte são os menos

estruturados.

A estruturação dos websites (e, por extensão, a maior capacitação em

governo eletrônico), parece estar condicionada a maior capacidade orçamentária

das capitais, assim como a um valor maior do IDH-M. Por outro lado, fatores

políticos-ideológicos e institucionais parecem influir mais decididamente na

transparência dos websites, o que pode explicar os diferentes níveis de

transparência observados na pesquisa. Vale salientar que foi constatada uma alta

transparência quanto à publicização das contas públicas não pode ser assumida

como efetiva prestação de contas por parte das administrações avaliadas (PRADO,

2004).

Prado notou que faltava um modelo de avaliação de governo eletrônico com

foco em transparência administrativa, e assim buscou o estabelecimento de um

modelo que permitisse essa avaliação.

A escolha do modelo proposto por Prado para realização desse trabalho

justifica-se em função da simplicidade e adequabilidade ao objeto que se pretende

investigar. Desse modo a coleta dos dados deverá seguir 07 etapas. Na etapa 01

será averiguada a existência do portal eletrônico, na etapa 02 a presença de link de

para comunicação, na etapa 03 se há um mapa do portal, na etapa 04 se é

disponibilizada no portal a estrutura administrativa da prefeitura, na etapa 05 se tem

a publicação de uma versão eletrônica do Diário Oficial do Município - DOM, na

etapa 06 se há um mecanismo de busca interno no portal e por fim na etapa 07 se

existe algum link que exponha as contas públicas.

Page 38: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

39

5. MUNICIPIOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE NATAL

No Brasil, as regiões metropolitanas, foram criadas pelo governo federal,

durante o governo militar, entre os anos de 1973 e 1974. Essa iniciativa buscava

uma maior centralização do poder. No entanto, com a Constituição de 1988, período

esse marcado por um processo de redemocratização e descentralização da

União,elas passaram a ser responsabilidade dos seus respectivos governos

estaduais. (DELCOL, 2013).

O desenfreado processo de urbanização brasileiro promove a unificação da

malha urbana de duas ou mais cidades, tem-se a conurbação. A expansão da área

urbana faz com que os limites entre municípios vizinhos se confundam, muito

comum nas metrópoles. Essa “junção” de diferentes municípios desencadeou

problemas nos serviços públicos: transporte, educação, saúde, segurança, entre

outros. Nesse sentido, houve a necessidade de se desenvolver políticas públicas

urbanas integradas entre os municípios envolvidos. Para isso, foram criadas as

Regiões Metropolitanas. (FRANCISCO, 2016)

As regiões metropolitanas trazem aspectos positivos e negativos para quem

vive nelas, podemos citar como fatores favoráveis: uma maior infraestrutura das

cidades que a compõem, um maior mercado de trabalho, melhores serviços públicos

e maiores oportunidades. Como fatores desfavoráveis: custo de vida mais elevados,

maior criminalidade, maior poluição do ar e dos rios, dificuldade de locomoção (pelas

distâncias ou pelo trânsito).

Podemos ver na tabela abaixo um ranking das maiores regiões

metropolitanas do Brasil, acima de 1 milhão de habitantes:

Tabela 1 - REGIÕES METROPOLITANAS DO BRASILPOR POPULAÇÃO -

Estimativa para 2015

Ordem Região Metropolitana População

2015

% População Total

1° RM São Paulo 21.090.791 10,3%

Page 39: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

40

2° RM Rio de Janeiro 12.280.703 6,0%

3° RM Belo Horizonte 5.829.921 2,9%

4° RM Porto Alegre 4.258.926 2,1%

5° RIDE - Região Integrada de

Desenvolvimento do Distrito

Federal e Entorno

4.201.737 2,1%

6° RM Fortaleza 3.985.295 1,9%

7° RM Salvador 3.953.288 1,9%

8° RM Recife 3.914.317 1,9%

9° RM Curitiba 3.502.790 1,7%

10° RM Campinas 3.094.181 1,5%

11° RM Manaus 2.523.901 1,2%

12° RM do Vale do Paraíba e Litoral

Norte

2.453.387 1,2%

13° RM Goiânia 2.421.831 1,2%

14° RM Belém 2.402.437 1,2%

15° RM Grande Vitória 1.910.101 0,9%

16° RM de Sorocaba 1.888.074 0,9%

17° RM Baixada Santista 1.797.500 0,9%

18° RM Grande São Luís 1.538.130 0,8%

19° RM Natal 1.504.821 0,7%

20° Aglomeração Urbana de

Piracicaba

1.412.721 0,7%

Page 40: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

41

21° RM Norte/Nordeste Catarinense 1.344.091 0,7%

22° RM Maceió 1.304.190 0,6%

23° RM João Pessoa 1.253.930 0,6%

24° RIDE Teresina - Região

Integrada de Desenvolvimento

da Grande Teresina

1.194.911 0,6%

25° RM Florianópolis 1.131.981 0,6%

26° RM Londrina 1.076.437 0,5%

Total 93.270.392 45,6%

Total Brasil 204.450.649 100%

Fonte: IBGE.

Em 1997 por meio da Lei Complementar Estadual nº 152/97, é criada a

Região Metropolitana de Natal (RMN) que inicialmente foi composta por seis

municípios sendo eles: Natal, Parnamirim, Macaíba, São Gonçalo do Amarante,

Extremoz e Ceará-mirim.

A seguir podemos ver um quadro evolutivo da região metropolitana de Natal e

como os municípios foram sendo adicionados a esse núcleo urbano, e as

respectivas leis complementares.

Quadro 5

Legislação Municípios acrescidos a RMN

Lei Complementar n° 152, de 16/01/1997 Natal, Parnamirim, Macaíba, São

Gonçalo do Amarante, Extremoz e

Ceará-mirim;

Lei Complementar nº 221, de 10/01/2002 São José de Mibipú e Nísia Floresta;

Page 41: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

42

Lei Complementar nº 315, de 30/11/2005 Monte Alegre;

Lei Complementar nº 391, de 22/07/2009 Vera Cruz;

Lei Complementar nº 485, de 25/02/2013 Maxaranguape;

Lei Complementar n° 540, de 27/07/2015 Ielmo Marinho.

Fonte: Elaborado pelo autor.

No final do ano de 2015, o governador do estado do Rio Grande do Norte

Robinson Faria, fez a mais recente alteração na região metropolitana, por meio da

Lei complementar n° 559, de 28/12/2015, publicada no DOE n° 13.591

em29/12/2015, foi decretado que:

Art. 1° - § 1º Constituem a Região Metropolitana de Natal os

municípios de Natal, Parnamirim, Macaíba, São Gonçalo do

Amarante, Extremoz, Ceará-Mirim, São José de Mipibu, Nísia

Floresta, Monte Alegre, Vera Cruz, Maxaranguape, Ielmo

Marinho, Arês e Goianinha”.

Na tabela 1 abaixo podemos ver algumas informações sobre os municípios

que compõem atualmente a Região metropolitana de Natal:

Tabela 2 – REGIÃO METROPOLITANA DE NATAL

Município Território

(2015)

Habitantes

(2016)

Eleitorado

(2016)

IDHM

(2010)

Arês 115.505 km² 14.176 11.152 0,606

Ceará-Mirim 724.381 km² 73.370 47.223 0,616

Extremoz 139.575 km² 27.933 22.197 0,660

Goianinha 192.279 km² 25.685 18.474 0,638

Ielmo Marinho 312.028 km² 13.559 9.997 0,550

Page 42: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

43

Macaíba 510.771 km² 79.211 48.828 0,640

Maxaranguape 131.316 km² 12.030 9.934 0,608

Monte Alegre 210.916 km² 22.311 15.786 0,609

Natal 167.264 km² 877.662 534.584 0,763

Nísia Floresta 307.841 km² 26.994 19.894 0,622

Parnamirim 123.471 km² 248.623 108.719 0,766

São Gonçalo do

Amarante

249.124 km² 99.724 61.413 0,661

São José de

Mipibú

290.331 km² 43.598 29.140 0,611

Vera Cruz 83.890 km² 12.196 9.506 0,587

Fonte: Elaborado pelo autor com base nos sites do IBGE e TRE-RN.

Podemos ver que no Rio Grande do Norte o desenvolvimento segue se

concentrando nas cidades do litoral, mas espera-se que com solidificação da região

metropolitana de Natal que ocorra um aceleramento no processo de interiorização

das políticas públicas e do desenvolvimento, fazendo com que as cidades menores

adquiram maiores investimentos.

Page 43: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

44

6. NÍVEIS DE TRANSPARÊNCIA (RESULTADOS)

Neste capítulo são expostos os resultados obtidos através das coletas de

dados realizadas nos websites governamentais. A pesquisa foi realizada em

setembro de 2016, vale lembrar que por ser uma ferramenta de rápida alteração,

algumas informações podem estar inconstantes com o teor atual do mesmo.

Na etapa 1 do estudo tem por objetivo, constatar a existência ou não do

portal, ou seja, localizar o website oficial utilizando como mecanismo de busca o

Google.Foi constatado que de todos os municípios pertencentes a Região

Metropolitana de Natal-RN, apenas a cidade de Goianinha não tem um website, que

é algo bastante preocupante nos dias atuais, aparentemente utiliza apenas uma

página na rede social Facebook.

Uma importante observação constatada nessa etapa foi que três municípios

(Ceará Mirim, Macaíba e Monte Alegre), ainda utilizam seus portais com domínios

comerciais (.com), no lugar de terem seus portais em um domínio governamental

(.gov). Como podemos ver na imagem abaixo:

Imagem 1

Fonte: Elaborado pelo autor.

Após a constatação da existência ou não dos portais eletrônicos a etapa 2foi

buscar saber quanto a existência de formas de comunicação com o com a prefeitura

por meio do website.

Nessa etapa foi verificado que a maioria dos municípios tem sim um link que

possibilita a comunicação, 71% possuem esse mecanismo nos seus portais. Um fato

importante nessa etapa foi que na maioria dos casos os portais tinham mais de um

Page 44: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

45

tipo de forma para contato, no grafico abaixo mostra as formas de contatos

encontradas bem como aquelas que são mais utilizadas.

Fonte: Dados da pesquisa do autor.

Nota-se que o formulário é o meio mais popular, com uma pequena

vantagem, e se encontra um equilíbrio entre o telefone e o endereço de e-mail. No

Apêndice 2, podemos ver com maior detalhes os dados encontrados.

Vale lembrar que o fato de existir o canal não significa que exista de fato a

comunicação com a prefeitura. Todavia a existência de canais formais constitui-se

uma ferramenta fundamental para que se tenha a troca de informações entre o

município e o cidadão, essa ferramenta também pode ser utilizada como um

feedback para que a prefeitura saiba como está se dando seu governo. Segundo

Prado (2004): “(...) a presença de uma forma de comunicação é importante, pois

permite que o cidadão envie suas dúvidas ou observações diretamente aos

responsáveis".

Na etapa 3 foi feita a verificação quanto a existência de mapa do site na

página principal dos municípios, e foi constatado que apenas dois portais estão

equipados com essa ferramenta, que são as cidades de Natal e de Parnamirim. O

Mapa é um meio facilitador para quem busca informações, e infelizmente quase que

na totalidade dos municípios estudados não os possuem.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Formulário Telefone E-mail Nenhum

Formas de comunicação

Page 45: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

46

Imagem 2

Fonte: Portais das prefeituras de Natal e Parnamirim.

Os dois portais apresentaram os mapas do site bastante detalhados, todavia

o mapa do portal da prefeitura de Parnamirim foi considerado o mais completo por

apresentar subdivisões que na facilitam bastante no momento em que se procura

informações, podemos citar como subgrupos encontrados: Prefeitura (onde

encontramos os links para a estrutura administrativa, tais como gabinete do prefeito

e do vice-prefeito e todas as secretárias municipais); Cidade (história da cidade,

atrações turísticas, mapas e etc.); Serviços (serviços disponibilizados pela prefeitura

virtualmente); Legislação dentre outros.

Nessa etapa 4, que é a de verificação das informações constantes sobre a

estrutura administrativa exposta nos websites, onde constatou-se que apenas 14%

dos municípios não possuem nenhuma informação sobre sua estrutura

administrativa, como podemos ver a seguir.

Page 46: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

47

Quadro 6

Município Forma de

apresentação da

estrutura

administrativa

Existência de

informação sobre

os responsáveis

Existência de

informação sobre

as atribuições de

cada órgão

Arês Listagem dos

órgãos

Apenas titulares,

com contatos

Sim

Ceará-Mirim Listagem dos

órgãos

Apenas titulares,

com contatos

Não

Extremoz Listagem dos

órgãos

Apenas titulares,

com contatos

Não

Goianinha - - -

Ielmo Marinho Listagem dos

órgãos

Apenas titulares,

com contatos

Sim

Macaíba Listagem dos

órgãos

Apenas titulares,

com contatos

Não

Maxaranguape Não Não Não

Monte Alegre Listagem dos

órgãos

Apenas titulares Não

Natal Listagem dos

órgãos

Sim, com contatos Sim

Nísia Floresta Listagem dos

órgãos

Apenas titulares,

com contatos

Sim

Parnamirim Listagem dos

órgãos

Apenas titulares,

com contatos

Sim

Page 47: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

48

São Gonçalo do

Amarante

Não, apenas link

para órgãos

Sim Sim

São José de

Mipibú

Organograma

simples

Apenas titulares,

com contatos

Sim

Vera Cruz Listagem dos

órgãos

Sim, apenas para

alguns órgãos

Não

Fonte: Dados da pesquisa do autor

Em 79% dos casos foram encontradas informações apenas dos titulares das

secretarias municipais. Ao analisarmos sobre a descrição das atribuições de cada

órgão temos que em metade dos portais existem as atribuições das secretárias, e

em alguns casos essas informações passadas, mas de uma maneira superficial.

Na etapa 5 foi feito analisado se os portais tinham o Diário Oficial do

Município - DOM, um meio eletrônico de publicação dos seus atos. Os dados obtidos

ao verificar a presença de versão eletrônica do DOM, aproximadamente 43%, ou

seja, 06(seis) disponibilizam essa versão on-line do Diário, como notamos no quadro

abaixo, os municípios que contemplam essa etapa.

Quadro 7

Município Existe uma versão

eletrônica do

DOM?

Arês Sim

Ceará-Mirim Não

Extremoz Sim

Goianinha -

Ielmo Marinho Sim

Macaíba Sim

Maxaranguape Não

Monte Alegre Não

Page 48: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

49

Natal Sim

Nísia Floresta Não

Parnamirim Sim

São Gonçalo do

Amarante

Não

São José de Mipibú Não

Vera Cruz Não

Fonte: Dados da pesquisa do autor

Nos municípios de Arêz e Ielmo Marinho, não se teve acesso, ao tentar

acessar o diário, uma vez que ambos os municípios se filiaram à FEMURN -

Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte e tem suas publicações feitas em

um diário oficial juntamente com outros municípios filiados.

O município de Nísia Floresta apresenta apenas um link para o DOM, onde o

que se encontra é o do Diário do Estado do Rio Grande do Norte, que também pode

ser um meio de publicar seus atos, todavia, apesar de se ter encontrado publicações

de outros municípios, não foi encontrado nenhuma publicação referente à Nísia

Floresta. Os municípios de São Gonçalo do Amarante e Vera Cruz apresentam na

pagina inicial um link para acesso ao DOM, mas, não se tem acesso a nenhum

documento, e é automaticamente remanejado de volta a página inicial do portal

eletrônico. Os municípios de Parnamirim e Natal são aqueles que apresentam

versões mais completas dessa etapa da pesquisa.

Ao analisar os resultados desse item notou-se que os municípios que tiveram

o DOM disponível, são aqueles que têm um portal mais bem desenvolvido e melhor

estruturado. Ressalta-se, em particular a situação de Arêz e Ielmo Marinho, que

apesar de não terem Diários Oficiais próprios, realizaram parceria com a FEMURN e

assim conseguiram ter a possibilidade de ter seus atos publicados, e com isso

mantendo suas populações cientes e atendendo assim a essa etapa da pesquisa.

Na etapa 6, foi verificado se o website possui mecanismo interno de busca de

informações,os dados obtidos são expostos no quadro 8.

Page 49: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

50

Quadro 8

Município Existe serviço de busca no

site?

Arês Não

Ceará-Mirim Sim

Extremoz Não

Goianinha -

Ielmo Marinho Sim

Macaíba Não

Maxaranguape Sim

Monte Alegre Não

Natal Sim

Nísia Floresta Sim

Parnamirim Sim

São Gonçalo do

Amarante

Não

São José de Mipibú Sim

Vera Cruz Não

Fonte: Dados da pesquisa do autor.

As informações trazidas no quadro 09 (nove) mostra que 50% dos municípios

possuem sim um mecanismo interno de busca de informações. Todos os 7 (sete)

que possuem esse mecanismo permitindo apenas pesquisas internas no site através

das notícias de cada portal. Os municípios de São José de Mipibú e Maxaranguape

são aqueles que apresentaram um menor número de informações ao se tentar

efetuar uma busca, isso pode representar um baixo nível de atualização. No caso do

município de Nísia Floresta possui o mecanismo de busca, porém o mesmo

apresenta alguns problemas e funciona de uma maneira inconstante, em várias

buscas não se teve nenhum retorno ao efetuar as procuras.

Para se verificar a existência de acesso as contas públicas, que é a etapa 7

desse estudo, foi feita inicialmente uma busca na página principal do portal de cada

Page 50: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

51

município, para constatar se continha algum link de direcionamento direto para as

paginas de contas públicas, em caso de não êxito pelo link direto, seria utilizado

outras ferramentas anteriormente analisadas que foram: os mecanismos de busca

internos dos websites e/ou o mapa do site.Os resultados encontrados podemos ver

no quadro a seguir.

Quadro 9

Município Existe link para contas

públicas na página

principal?

Arês Sim

Ceará-Mirim Sim

Extremoz Sim

Goianinha -

Ielmo Marinho Sim

Macaíba Sim

Maxaranguape Não*

Monte Alegre Sim

Natal Sim

Nísia Floresta Não*

Parnamirim Sim

São Gonçalo do

Amarante

Não

São José de

Mipibú

Não

Vera Cruz Sim

Fonte: Dados da pesquisa do autor.

Page 51: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

52

O município de Arêz existe o link, todavia quase não se encontra nenhuma

informação, o único dado que se foi possível ter acesso foi no que se diz respeito à

folha de pagamento. Apenas ao acessar a página e ir ao item execução

orçamentária que se teve acesso as informações a respeito das despesas e

receitas. No caso de Maxaranguape o portal de fato existe, contudo não se foi

possível obter nenhuma informação nele, os links parecem não existir ou não

estarem respondendo, por isso será atribuído o resultado de não a esse município.

Nísia Floresta, o link para o portal existe, mas foi atribuído como não pois não se

tem como acessar, ao tentar temos o retorno de uma mensagem: "não é possível

acessar esse site", o mesmo caso se repete no município de São Gonçalo do

Amarante.

A partir dos dados colhidos, com o intuído de comparar os resultados obtidos

pelos municípios quanto ao nível de transparência alcançado por meio das análises

expostas anteriormente, foram atribuído pontos para cada um dos itens analisados

da seguinte maneira:

Quadro 10

Etapa Pontuação

Endereço do Website oficial 1 Ponto

Existência de link de comunicação 1 Ponto

Existência do mapa do site 1 Ponto

Estrutura administrativa 3 Pontos

Existência de uma versão eletrônica do DOM 1 Ponto

Existência de serviço de busca no site 1 Ponto

Existência de um link para contas públicas na

página principal

1 Ponto

Fonte: Elaborado pelo autor.

As atribuições dos pontos se deram da maneira mais simples possível onde

cada etapa valeria a mesma pontuação, a exceção é a etapa de estrutura

Page 52: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

53

administrativa onde foi atribuído o valor de 3 (três) pontos, pelo fato de nessa etapa

termos a avaliação em três níveis distintos: forma de apresentação da estrutura

administrativa, existência de informação sobre os responsáveis e existência de

informação sobre as atribuições de cada; e assim sendo atribuído o valor de um

ponto para cada um desses quesitos.

As posições dos níveis de transparência obtidas ficaram da seguinte forma:

Quadro 11

Posições Município Pontos alcançados

1° Natal 9 pontos

1° Parnamirim 9 pontos

3° Ielmo Marinho 8 pontos

4° Arês 7 pontos

5° Macaíba 6 pontos

5° Ceará-Mirim 6 pontos

5° Nísia Floresta 6 pontos

5° São José de Mipibú 6 pontos

5° São Gonçalo do Amarante 6 pontos

10° Monte Alegre 5 pontos

10° Extremoz 5 pontos

11° Vera Cruz 4pontos

12° Maxaranguape 2 pontos

13° Goianinha 0 ponto

Fonte: Elaborado pelo autor.

Page 53: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

54

Notou-se que apenas dois municípios conseguiram atingir o máximo de

pontos possíveis, que foram os municípios de Natal e Parnamirim. A grande

surpresa fica por conta do terceiro colocado o município de Ielmo Marinho que ficou

muito bem posicionado, não ficando em primeiro também por não atender a uma

única etapa, a não disponibilização de uma versão eletrônica do DOM.

Ao compararmos os resultados obtidos com os números do IDH-M expostos

na Tabela 1, observamos que o os resultados são condizentes com o índice de

desenvolvimento de cada município, com duas ressalvas, uma negativa para

Goianinha que apesar de ter o sexto maior IDH-M (0,638) não obteve nenhum ponto

na pesquisa, e a outra ressalva fica por conta do surpreendente Ielmo Marinho que

apesar de ter o pior IDH-M de todos (0,550), ficou em terceiro lugar com 8 (oito)

pontos.

Page 54: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

55

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste estudo se propôs analisar os níveis de transparência dos portais das

prefeituras da região metropolitana de Natal-RN, a partir de um levantamento feito a

partir das informações divulgadas em seus respectivos websites, onde se utilizou

uma adaptação do modelo de Prado (2004), analisando assim esses municípios por

meio de 7 (sete) etapas. As características analisadas em cada município foram:

número de habitantes, número de eleitores, índice de desenvolvimento humano do

município.

À luz dos pressupostos, notou-se que os municípios na maioria disponibilizam

informações úteis no que se trata desde as divulgações de suas decisões e bem

como na questão dos gastos de recursos. O que notou-se foi a confirmação que em

média o nível de transparência está atrelado à renda global de cada um dos

municípios, com poucos fogem a essa regra, com isso confirmando uma falha no

processo de interiorização das políticas do governo eletrônico.

Em linhas gerais pode-se concluir que a região estudada atendeu de modo

satisfatório as expectativas da pesquisa, e assim a divulgação dos dados existe,

atendendo assim aos elementos básicos de transparência. Existe casos isolados

que as informações podem estar um pouco desorganizadas, fatos que se dão em

municípios de menor poder aquisitivos, fatos esse que acredita-se ser o que pode ter

causado esse menor investimento na estruturação do portal eletrônico.

Os resultados encontrados demonstram que existem canais para a efetivação

da transparência pública. Todavia a simples existência desses canais não garante a

efetivação da mesma. Outros fatores interferem nesse processo devem ser

eliminados, tais como: desigualdade social, falta conhecimento de como utilizar as

tecnologias (dificuldade de acesso e/ou dificuldade na compreensão) e também os

analfabetos funcionais e/ou virtuais.

Ressaltamos que essa pesquisa se restringe ao período analisado. Para

novos estudos, sugere-se a adição de novas etapas ou aplicação de etapas distintas

com o objetivo de comparar com os resultados aqui alcançados e assim confirmar a

efetividade dos níveis de transparências obtidos. É importante também a adição de

Page 55: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

56

novos indicadores para que se aperfeiçoe ainda mais os resultados, aproximando

assim cada vez mais da realidade.

Page 56: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

57

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62

ANEXOS

Page 62: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

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Anexo 1 - Etapas do estudo

Fonte: Prado (2004)

Tipo de informação Ação Resultado

1. Localização do

Website oficial

Localizar o website oficial

utilizando-se como

mecanismo de busca o

Google.

Informar a localização e

endereço eletrônico da

página principal do

website

2. Existência de link de

comunicação

Verificar a existência de

formas de comunicação

com o website.

Informar existência ou não

3. Mapa do site Verificar a presença de

mapa do website na

página principal.

Informar existência ou não

4. Estrutura

administrativa

Verificar a presença da

estrutura administrativa no

website.

Informar existência ou

não, e o formato de

apresentação

5. Diário Oficial Verificar a presença de

versão eletrônica do

Diário Oficial do município

Informar existência ou não

6. Serviço de busca

interno

Verificar se o website

possui mecanismo interno

de busca de informações.

Informar existência ou

não, discriminando o tipo

de link de busca existente.

7. Link na pagina

principal para a pagina

de contas publicas

Verificar se existe link de

acesso direto à prestação

de contas na página

principal.

Informar existência ou não

Page 63: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

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APÊNDICES

Page 64: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

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Apêndice 1 - Localização do Website Oficial

Município Endereço do Website oficial

Arês http://arez.rn.gov.br/

Ceará-Mirim http://www.prefeituradecearamirim.com.br/pmcm/

Extremoz http://extremoz.rn.gov.br/

Goianinha -

Ielmo Marinho http://ielmomarinho.rn.gov.br/#

Macaíba http://prefeiturademacaiba.com.br/

Maxaranguape http://maxaranguape.rn.gov.br/index/

Monte Alegre https://www.pmmontealegre.com/

Natal https://natal.rn.gov.br/

Nísia Floresta http://nisiafloresta.rn.gov.br/

Parnamirim http://www.parnamirim.rn.gov.br/

São Gonçalo do Amarante http://www.saogoncalo.rn.gov.br/

São José de Mipibú http://www.saojosedemipibu.rn.gov.br/

Vera Cruz http://veracruz.rn.gov.br/

Page 65: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

66

Apêndice 2 - Existência de link de comunicação

Município Existência

de link de

comunicação

Possibilidade de

envio de

comunicação a

mais de um órgão

Forma de

comunicação

Arês Sim Não Formulário

Ceará-Mirim Sim Não Telefone da ouvidoria

Extremoz Não Não Não acessível

Goianinha - - -

Ielmo Marinho Sim Não Formulário

Macaíba Sim Não Endereço de e-mail e

telefone da ouvidoria

Maxaranguape Não Não Nenhuma

Monte Alegre Sim Não Formulário

Natal Sim Não Endereço de e-mail e

telefone da ouvidoria

Nísia Floresta Sim Não Formulário e endereço

de e-mail

Parnamirim Sim Não Formulário, telefone e

endereços de e-mails

São Gonçalo do

Amarante

Sim Não Formulário, endereço

de e-mail e telefones

São José de

Mipibú

Sim Não Formulário, endereço

de e-mail e telefone

Vera Cruz Não Não Nenhuma

Page 66: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

67

Apêndice 3 - Existência de Mapa do site

Município Existe mapa do site?

Arês Não

Ceará-Mirim Não

Extremoz Não

Goianinha -

Ielmo Marinho Não

Macaíba Não

Maxaranguape Não

Monte Alegre Não

Natal Sim

Nísia Floresta Não

Parnamirim Não

São Gonçalo do Amarante Não

São José de Mipibú Não

Vera Cruz Não

Page 67: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

68

Apêndice 4 - Estrutura administrativa

Município Forma de

apresentação da

estrutura

administrativa

Existência de

informação sobre

os responsáveis

Existência de

informação sobre

as atribuições de

cada órgão

Arês Listagem dos

órgãos

Apenas titulares,

com contatos

Sim

Ceará-Mirim Listagem dos

órgãos

Apenas titulares,

com contatos

Não

Extremoz Listagem dos

órgãos

Apenas titulares,

com contatos

Não

Goianinha - - -

Ielmo Marinho Listagem dos

órgãos

Apenas titulares,

com contatos

Sim

Macaíba Listagem dos

órgãos

Apenas titulares,

com contatos

Não

Maxaranguape Não Não Não

Monte Alegre Listagem dos

órgãos

Apenas titulares Não

Natal Listagem dos

órgãos

Sim, com contatos Sim

Nísia Floresta Listagem dos

órgãos

Apenas titulares,

com contatos

Sim

Parnamirim Listagem dos

órgãos

Apenas titulares,

com contatos

Sim

São Gonçalo do

Amarante

Não, apenas link

para órgãos

Sim Sim

São José de

Mipibú

Organograma

simples

Apenas titulares,

com contatos

Sim

Vera Cruz Listagem dos

órgãos

Sim, apenas para

alguns órgãos

Não

Page 68: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

69

Apêndice 5 - Diário Oficial do Município

Município Existe uma versão eletrônica do

DOM?

Arês Sim

Ceará-Mirim Não

Extremoz Sim

Goianinha -

Ielmo Marinho Sim

Macaíba Sim

Maxaranguape Não

Monte Alegre Não

Natal Sim

Nísia Floresta Não

Parnamirim Sim

São Gonçalo do Amarante Não

São José de Mipibú Não

Vera Cruz Não

Page 69: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

70

Apêndice 6 - Serviço de busca interno

Município Existe serviço de busca no site?

Arês Não

Ceará-Mirim Sim

Extremoz Não

Goianinha -

Ielmo Marinho Sim

Macaíba Não

Maxaranguape Sim

Monte Alegre Não

Natal Sim

Nísia Floresta Sim

Parnamirim Sim

São Gonçalo do Amarante Não

São José de Mipibú Sim

Vera Cruz Não

Page 70: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

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Apêndice 7 - Link na pagina principal para a pagina de contas publicas

Município Existe link para

contas

públicas na

página

principal?

Link da página onde se encontra

Arês Sim http://www.transparenciaicone.com.br/arezrn/ex

ecucao_orcamentaria.php?ano=2016

Ceará-Mirim Sim http://transparencia.prefeituradecearamirim.com

.br/transparencia/despesas.aspx

Extremoz Sim http://www.transparenciaicone.com.br/extremoz

rn/transparencia.php

Goianinha - -

Ielmo Marinho Sim http://pmielmomarinho.servehttp.com/transpare

ncia/despesas.aspx

Macaíba Sim http://186.209.105.226/transparencia/receitas.a

spx

Maxaranguape Não* Não há prestação de contas

Monte Alegre Sim https://www.pmmontealegre.com/transparencia.

html

Natal Sim https://natal.rn.gov.br/transparencia/

Nísia Floresta Não* Não há prestação de contas

Parnamirim Sim http://www.parnamirim.rn.gov.br/transparencia.j

sp

São Gonçalo do Não Não há prestação de contas

Page 71: Estudo sobre os portais das prefeituras da região

72

Amarante

São José de

Mipibú

Não Não há prestação de contas

Vera Cruz Sim http://veracruz.rn.gov.br/transparencia.asp

Pesquisas realizadas em 16, 17, 18 e 19 de setembro.