estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em...

72
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DEFERNANDÓPOLIS DORIVAL LUIS BUZINARO HUGO CESAR BRIGATO DINIZ THAIS FLORIAN GUIMARÃES ESTUDO SOBRE CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO DE MEDICAMENTOS EM DROGARIAS E DISTRIBUIDORAS EM FERNANDÓPOLIS E REGIÃO FERNANDÓPOLIS 2011

Upload: giovanni-oliveira

Post on 03-Jun-2015

1.698 views

Category:

Education


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DEFERNANDÓPOLIS

DORIVAL LUIS BUZINARO

HUGO CESAR BRIGATO DINIZ

THAIS FLORIAN GUIMARÃES

ESTUDO SOBRE CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO DE

MEDICAMENTOS EM DROGARIAS E DISTRIBUIDORAS EM

FERNANDÓPOLIS E REGIÃO

FERNANDÓPOLIS

2011

Page 2: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

DORIVAL LUIS BUZINARO

HUGO CESAR BRIGATO DINIZ

THAIS FLORIAN GUIMARÃES

ESTUDO SOBRE CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO DE

MEDICAMENTOS EM DROGARIAS E DISTRIBUIDORAS EM

FERNANDÓPOLIS E REGIÃO

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Banca Examinadora do Curso de Graduação em Farmácia da Fundação Educacional de Fernandópolis como exigência parcial para obtenção do título de bacharel em farmácia.

Orientador: Prof.ª Esp. Rosana Matsumi Kagesawa Motta

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS

FERNANDÓPOLIS – SP

2011

Page 3: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

DORIVAL LUIS BUZINARO

HUGO CESAR BRIGATO DINIZ

THAIS FLORIAN GUIMARÃES

ESTUDO SOBRE CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO DE

MEDICAMENTOS EM DROGARIAS E DISTRIBUIDORAS EM

FERNANDÓPOLIS E REGIÃO

Trabalho de conclusão de curso aprovado como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em farmácia. Aprovado em: 10 de novembro de 2011.

Banca examinadora Assinatura Conceito

Prof.ª Esp. Rosana Kagesawa

Matsumi Motta

Prof. Msc. Giovanni Carlos de

Oliveira

Profª. Esp. Vanessa Maira Rizzato

Silveira

Prof.ª Esp. Rosana Matsumi Kagesawa Motta

Presidente da Banca Examinadora

Page 4: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

Dedicamos este trabalho de conclusão da graduação a Deus, em primeiro por ser nosso Mestre, que nos iluminou e guiou durante esta grandiosa jornada. Aos nossos familiares pelo esforço, compreensão e total dedicação em todos os momentos desta e de outras caminhadas.

Page 5: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar agradecemos a Deus por nos conceder o direito de vida,

iluminar e guiar nossos passos.

Aos nossos pais por sempre estarem no nosso lado apoiando, confortando,

ensinando, incentivando, ajudando e levantando cada vez que caíssemos.

Aos nossos amigos que estiveram conosco nas brigas, nas bagunças, nos

trabalhos e em todos os momentos.

A farmacêutica Rosana Matsumi Kagesawa Motta nosso carinhoso

agradecimento pelo exemplo e dedicação a profissão, obrigada pela confiança,

paciência, dedicação e orientação para elaboração deste trabalho e a nossa

formação.

Page 6: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

“É preciso se expor sem medo de dar vexame. É preciso colocar o trabalho na rua. É preciso saber ouvir um não e, depois de secar as lágrimas, seguir batalhando. Arriscar é o nome do jogo. Muitos perdem, poucos ganham. Mas quem não tenta, não tem ao menos o direito de reclamar”.

Martha Medeiros.

Page 7: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

RESUMO

A Assistência Farmacêutica não está restrita à produção e distribuição de medicamentos, mas abrange um conjunto de procedimentos necessários à promoção, prevenção e recuperação da saúde, individual e coletiva, centrado no medicamento. Com esta concepção, a Assistência Farmacêutica engloba as atividades de pesquisa, produção, distribuição, armazenamento, prescrição e dispensação, esta última entendida como o ato essencialmente de orientação quanto ao uso adequado e farmacovigilância. O objetivo principal deste trabalho foi verificar as condições em que os medicamentos são armazenados e distribuídos em drogarias e distribuidoras na cidade de Fernandópolis e região, pois é importante a manutenção da integridade dos fármacos até chegar ao paciente. Foram selecionadas 25 questões e enviadas para 25 drogarias e 15 distribuidoras. Após o recebimento das respostas dos estabelecimentos foi realizado as análise dos dados demonstrados através de gráficos. Alguns resultados precisam ser averiguados, como, drogarias da região não ter manual de Boas Práticas atualizados e escritos, além de, algumas distribuidoras não ter local adequado para produtos termolábeis e imunobiológicos. Os resultados de forma geral mostraram que é preciso estruturação das ações de assistência farmacêutica dentro do serviço de drogaria ou distribuidora para a promoção da saúde na sua totalidade, a fim de que se garanta a melhoria da utilização dos medicamentos com redução dos riscos de morbimortalidade.

Palavras-Chaves: Armazenamento. Assistência Farmacêutica. Distribuidora.

Drogaria. Medicamento.

Page 8: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

ABSTRACT

The Pharmaceutical Assistance is not restricted to the production and distribution of medicines, but extends to a set of necessary procedures for promotion, prevention and recovery of health, individual and collective directed to the medicine. With this conception, the Pharmaceutical Assistance includes the research, production, distribution and storage, prescribing and dispensing, and the last one is understood as the essential act and guidance on the appropriate use and how to care of the pharmaceutical products. The main objective of this work was to check the conditions under which drugs are stored and distributed in drugstores and distributors in the Fernandópolis and other cities around, because it is important to maintain the integrity of the medicines to reach the patient. 25 questions were selected and sent to 25 drugstores and 15 distributors. After receive the answers we made an analysis of the information by graphs. Some results have to be investigated, as why some drugstores have no Good Practices Manual updated and written, and some distributors have no place for substances which can be distroyed in low temperature and immunological products. The results showed that in general it is necessary to structure the actions of pharmaceutical care within the service drugstore or distributor for health promotion in its entirety, in order to ensure the best way for use the medicines with reduction of the morbimortality risks.

Keywords: Storage. Pharmaceutical Care. Distributor. Drugstore. Medicine.

Page 9: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Sinais indicativos de possíveis alterações na estabilidade de medicamentos............................................................................................................28

Tabela 2: Faixas de temperatura segundo a classificação farmacopéica...............30

Page 10: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Ciclo da Assistência Farmacêutica........................................................... 18

Figura 1a: Qual sua formação profissional?(Distribuidoras).................................... 35

Figura 1b: Qual sua formação profissional?(Drogarias)......................................... 35

Figura 2a: Qual o responsável pelo almoxarifado?(Distribuidoras)........................ 36

Figura 2b: Qual o responsável pelo almoxarifado?(Drogarias).............................. 36

Figura 3a: Qual o tipo de estocagem?(Distribuidoras)............................................. 37

Figura 3b: Qual o tipo de estocagem? (Drogarias).................................................. 37

Figura 4a: Há separação física, bem delimitada, entre o recebimento, expedição

e a armazenagem geral?(Distribuidoras).................................................................

38

Figura 4b: Há separação física, bem delimitada, entre o recebimento, expedição

e a armazenagem geral?(Drogarias).......................................................................

38

Figura 5a: O local apresenta-se em boas condições?(Distribuidoras).................... 39

Figura 5b: O local apresenta-se em boas condições? (Drogarias).......................... 39

Figura 6a: O local possui forro?(Distribuidoras)....................................................... 40

Figura 6b: O local possui forro?(Drogarias)............................................................. 40

Figura 7a: A iluminação é boa?(Distribuidoras)....................................................... 41

Figura 7b: A iluminação é boa?(Drogarias)............................................................. 41

Figura 8a: Existe proteção contra entrada de roedores?(Distribuidoras)................ 42

Figura 8b: Existe proteção contra entrada de roedores?(Drogarias)....................... 42

Figura 9a: Existe proteção contra entrada de aves?(Distribuidoras)....................... 43

Figura 9b: Existe proteção contra entrada de aves?(Drogarias)............................. 43

Figura 10a: Existem registros escritos do controle de temperatura e umidade?

(Distribuidoras).........................................................................................................

44

Figura 10b: Existem registros escritos do controle de temperatura e umidade?

(Drogarias)...............................................................................................................

44

Figura 11a: Existem extintores de incêndio?(Distribuidoras)................................... 45

Figura 11b: Existem extintores de incêndio? (Drogarias)........................................ 45

Figura 12a: O local é completamente fechado? (Distribuidoras)............................. 46

Figura 12b: O local é completamente fechado? (Drogarias)................................... 46

Figura 13a: Existem “pallets” ou estantes suficientes para a operação de

estocagem e movimentação dos estoques? (Distribuidoras)..................................

47

Page 11: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

Figura 13b: Existem estantes suficientes para a operação de estocagem e

movimentação dos estoques? (Drogarias)..............................................................

47

Figura 14a: Existe local apropriado para a armazenagem de imunobiológicos?

(Distribuidoras).........................................................................................................

48

Figura 14b: Existe local apropriado para a armazenagem de imunobiológicos?

(Drogarias)...............................................................................................................

48

Figura 15a: As câmaras frias têm termômetros para a medição de temperatura?

(Distribuidoras).........................................................................................................

49

Figura 15b: As câmaras frias têm termômetros para a medição de

temperatura? (Drogarias).........................................................................................

49

Figura 16a: Existe local apropriado para armazenagem de produtos

termolábeis? (Distribuidoras)...................................................................................

50

Figura 16b: Existe local apropriado para armazenagem de produtos

termolábeis? (Drogarias).........................................................................................

50

Figura 17a: Existe local para guardar produtos controlados? (Distribuidoras).... 51

Figura 17b: Existe local para guardar produtos controlados? (Drogarias)........... 51

Figura 18a: Existem procedimentos por escrito para a expedição de

medicamentos? (Distribuidoras)...........................................................................

52

Figura 18b: Existem procedimentos por escrito para a expedição de

medicamentos? (Drogarias)..................................................................................

52

Figura 19a: Existem procedimentos escritos para o recebimento de

medicamentos? (Distribuidoras)...........................................................................

53

Figura 19b: Existem procedimentos escritos para o recebimento de

medicamentos? (Drogarias)...................................................................................

53

Figura 20a: Quando de sua chegada, os medicamentos são examinados

fisicamente para se certificar que estão íntegros e nas quantidades certas?

(Distribuidoras).....................................................................................................

54

Figura 20b: Quando de sua chegada, os medicamentos são examinados

fisicamente para se certificar que estão íntegros e nas quantidades certas?

(Drogarias)..............................................................................................................

54

Figura 21a: Se houverem discordâncias quanto ás quantidades ou quanto à

integridade física dos medicamentos, qual o procedimento adotado?

(Distribuidoras).......................................................................................................

55

Page 12: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

Figura 21b: Se houverem discordâncias quanto ás quantidades ou quanto à

integridade física dos medicamentos, qual o procedimento adotado?

(Drogarias)..............................................................................................................

55

Figura 22a: Na chegada, os medicamentos são examinados quanto ao número

do lote e prazo de validade? (Distribuidoras).......................................................

56

Figura 22b: Na chegada, os medicamentos são examinados quanto ao

número do lote e prazo de validade? (Drogarias)..................................................

56

Figura 23a: Existem procedimentos escritos para as atividades relativas ao

armazenamento dos medicamentos? (Distribuidoras)..........................................

57

Figura 23b: Existem procedimentos escritos para as atividades relativas ao

armazenamento dos medicamentos? (Drogarias)................................................

57

Figura 24a: Os medicamentos são estocados por lotes de produtos?

(Distribuidoras).......................................................................................................

58

Figura 24b: Os medicamentos são estocados por lotes de produtos?

(Drogarias)..............................................................................................................

58

Figura 25a: O sistema de se despachar os lotes mais antigos em primeiro

lugar é seguido rigorosamente? (Distribuidoras)..................................................

59

Figura 25b: O sistema de se despachar os lotes mais antigos em primeiro

lugar é seguido rigorosamente? (Drogarias).........................................................

59

Page 13: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

AF – Assistência Farmacêutica.

CEME – Centro de Emergência.

CFF – Conselho Federal de Farmácia.

CPRFB – Comissão Permanente de Revisão da Farmacopéia Brasileira.

CRF – Conselho Regional de Farmácia.

DOU – Diário Oficial da União.

MS – Ministério da Saúde.

RDC – Resolução da Diretoria Colegiada.

SP – São Paulo.

SVS – Secretaria da Vigilância Sanitária.

Page 14: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.........................................................................................................................................15

1. DESENVOLVIMENTO.........................................................................................................................17

1.1 ASPECTOS RELACIONADOS Á POLÍTICA DE MEDICAMENTOS NO BRASIL.............................17

1.1.1 Bases conceituadas da assistência farmacêutica.....................................................................17

1.1.2 O ciclo da assistência farmacêutica ..........................................................................................18

1.2 ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS CONFORME A LEGISLAÇÃO.......19

1.2.1 Leis de armazenamento e distribuição.......................................................................................21

1.2.2 Decretos de armazenamento e distribuição...............................................................................22

1.2.3 Portarias de armazenamento e distribuição...............................................................................22

1.2.4 Resoluções de armazenamento e distribuição..........................................................................23

1.3 ARMAZENAMENTO..........................................................................................................................26

1.3.1 Estabilidade de medicamentos ...................................................................................................27

1.3.2 Temperatura..................................................................................................................................30

1.3.3 Luminosidade ...............................................................................................................................30

1.3.4 Ventilação......................................................................................................................................31

1.3.5 Umidade.........................................................................................................................................31

1.4 DISTRIBUIÇÃO..................................................................................................................................31

2. OBJETIVOS.........................................................................................................................................33

2.1 OBJETIVO GERAL............................................................................................................................33

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO...................................................................................................................33

3. METODOS...........................................................................................................................................34

3.1 SELEÇÃO DA BIBLIOGRAFIA..........................................................................................................34

3.2 AMOSTRA POPULACIONAL............................................................................................................34

3.3 ELABORAÇÃO DA PESQUISA.........................................................................................................34

3.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS..........................................................................................................34

4. RESULTADOS....................................................................................................................................35

5. DISCUSSÃO........................................................................................................................................60

6. CONSIDERAÇÕES FINAS..................................................................................................................61

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................................63

APÊNDICE...............................................................................................................................................68

Page 15: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

15

INTRODUÇÃO

A atuação do farmacêutico na área de distribuição e transporte é

relativamente nova, pois foi efetivada apenas no início da década de 90 com a

criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e consolidada no final da

década de 90, com o surgimento de normas específicas em armazenagem e

transporte, em especial a Portaria 802 de 1998. Desde então, ocorreram mudanças

na legislação, criação da Resolução 365 de 2 de Outubro de 2001 pelo CFF

(Conselho Federal de Farmácia) a regulamentação da profissão nessas áreas e

nova forma de tratamento dessas atividades como prestação de serviços de saúde,

devido à natureza de seus produtos. Desta forma, salienta-se o necessário empenho

por parte de cada profissional envolvido na cadeia de Distribuição de Produtos

Farmacêuticos, tais como indústria, operadores logísticos, distribuidores,

transportadores, drogarias, farmácias, hospitais e clínicas, de fazer cumprir as

normas e procedimentos estabelecidos nas legislações vigentes (BRASIL, 2009).

A atividade de distribuição é considerada de relevância pública tanto

pelas questões de abastecimento do mercado como pelas características em que

esses produtos chegam ao usuário final. A distribuição de medicamentos, insumos

farmacêuticos, produtos para a saúde (correlatos), saneantes e cosméticos, deve ser

feita de forma a se garantir a qualidade, eficácia e segurança dos produtos oriundos

de indústrias químicas e farmacêuticas (BRASIL, 2009).

Os medicamentos são produtos diferenciados de suma importância para a

melhoria ou manutenção da qualidade de vida da população. A preservação da sua

qualidade deve ser garantida desde sua fabricação até a dispensação ao paciente.

Desta forma, as condições de armazenamento, distribuição e transporte

desempenham papel fundamental para a manutenção dos padrões de qualidade dos

medicamentos (YOKAICHIYA et al., 2003).

Segundo Yokaichiya (2003) é imprescindível que o ciclo logístico da

Assistência Farmacêutica (aquisição, programação, distribuição e dispensação)

tenha a qualidade e a racionalidade necessárias, de modo a disponibilizar

medicamentos seguros e eficazes, no momento certo e nas quantidades adequadas.

O armazenamento e a distribuição são etapas do ciclo de Assistência

Farmacêutica que visam assegurar a qualidade dos medicamentos através de

Page 16: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

16

condições adequadas de armazenamento e de um controle de estoque eficaz, bem

como garantir a disponibilidade dos medicamentos em todos os locais de

atendimento ao usuário (CONSENDEY, 2000).

Para que isso ocorra espera-se que equipes treinadas e responsáveis

pelo armazenamento e distribuição comprometam-se com os processos de

cuidados. Onde devem assumir para si a co-responsabilidade na preparação dos

produtos de forma que as unidades usuárias os recebam, na medida do possível,

prontos para o uso (MARIN et al., 2003).

Este trabalho apresenta uma revisão e análise da Assistência

Farmacêutica no transporte e armazenamento de medicamentos, como parte

integrante do sistema de obtenção a saúde, no qual a qualidade do uso de

medicamentos está diretamente relacionada à qualidade do serviço de saúde. Para

que um serviço tenha boa qualidade, é necessário satisfazer os objetivos de obter o

máximo benefício com pequeno risco para a saúde proporcionando bem estar aos

usuários.

Essa qualidade está relacionada ao grau de competência profissional,

pela eficiência na utilização dos recursos, pela satisfação dos usuários e pelo efeito

favorável a saúde.

Page 17: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

17

1 DESENVOLVIMENTO

1.1 ASPECTOS RELACIONADOS Á POLÍTICA DE MEDICAMENTOS NO BRASIL

A Política Nacional de Medicamentos faz parte da Política Nacional de

Saúde e é capaz de melhorar muito as condições de saúde e de assistência a

população, pois visa a qualidade nos medicamentos e o acesso da população a

eles. A política de medicamentos é de extrema importância para a saúde, e a criação

do Centro de Emergência (CEME) representou uma grande iniciativa de ação do

governo na produção de medicamentos, concretizando metas do plano de governo

(BRASIL, 2000b).

1.1.1 Bases conceituadas da assistência farmacêutica

O mercado farmacêutico brasileiro está entre os cinco maiores do mundo.

Mais se for traçar o perfil dos consumidores deste mercado, pode-se perceber que a

minoria da população e com renda superior a dez salários mínimos consomem

quarenta e oito por cento destes medicamentos, e mais da metade da polução com

renda até quatro salários mínimos consomem somente dezesseis por cento dos

medicamentos, e o restante ficam com a população com a faixa intermediária de

quatro a dez salários, através desses dados fica claro que o acesso não é realizado

de forma igual entre a população, um dos fatores que levam a população procurar os

serviços públicos é o aumento constante dos preços dos medicamentos, assim a

população de baixa renda fica comprometida (MARIN et al., 2003).

Segundo Marin et al., (2003) existe no Brasil hoje para definir assistência

farmacêutica grupo de atividades relacionadas com o medicamento, com o intuito de

apoiar ações de saúde, e este grupo engloba também o abastecimento dos

medicamentos e a conservação e controle de qualidade e segurança dos

medicamentos.

Page 18: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

18

1.1.2 O ciclo da assistência farmacêutica

A assistência farmacêutica corresponde a um conjunto de atividades que

envolvem os medicamentos e tem como seu principal beneficiário o usuário, mas

para que essa prática atinja seus objetivos com sucesso é fundamental que os

medicamentos tenham qualidade e segurança, o ciclo é um sistema constituído por

etapas que são: seleção, programação, aquisição, armazenamento, distribuição e

utilização, que são voltadas para a atenção a saúde, mais ela não depende

exclusivamente de medicamentos, e sim a outros fatores que também estão

relacionados, como a qualidade do meio ambiente, alimentação, moradia, entre

outros, e quando detectados qualquer que seja os sintomas, a atenção a saúde com

medicamentos, são necessários, por este motivo o fácil acesso da população aos

medicamentos é fundamental (MARTINS; GALATO, 2008).

A assistência farmacêutica, assim concebida, apresenta componentes com aspectos de natureza técnica, científica e operativa, integrando-os de acordo com a complexidade do serviço, necessidades e finalidades. Os componentes representam as estratégias e o conjunto de ações, que visam ao alcance de objetivos definidos. Sua inter-relação sistêmica está representa no seguinte ciclo: (MARIN et al., 2003 p. 130).

Figura 1: Ciclo da Assistência Farmacêutica

Fonte: Marin, 2003.

Page 19: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

19

1.2 ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS CONFORME A LEGISLAÇÃO VIGENTE

Os produtos devem ser armazenados de forma ordenada, seguindo as

especificações do fabricante e sobre condições que garantam a manutenção de sua

identidade, integridade, eficácia, segurança e rastreabilidade, as instalações devem

possuir superfícies internas (piso, paredes e tetos) lisas e impermeáveis e

equipamentos de combate a incêndio. O ambiente destinado ao armazenamento

deve ter capacidade suficiente para assegurar o armazenamento ordenado das

diversas categorias dos produtos, devem ser mantidos limpos, protegidos da ação

direta da luz solar, umidade e calor, de modo a preservar a integridade química,

física e microbiológica, buscando a garantia da qualidade e integridade dos mesmos

(BRASIL, 2009a).

Os locais destinados ao armazenamento de medicamentos devem ser

projetados, localizados, construídos, adaptados e mantidos de forma que suas

operações sejam adequadas, devem possuir iluminação, ar condicionado

(temperatura e umidade) e ventilação onde essas devem ser verificadas,

monitoradas e registradas as instalações devem ser projetadas e equipadas de

forma a permitir a máxima proteção contra a entrada de insetos e outros animais

(BRASIL, 2002b).

As unidades que exercem a atividade de distribuição e armazenamento

de medicamentos possuem a responsabilidade de garantir e controlar a qualidade

dos mesmos quando este for realizado pela empresa. Possuindo a responsabilidade

de:

a) Elaborar os procedimentos operacionais padrões e assegurar que

sejam implantados;

b) Manter atualizado os dados de distribuição de forma que garanta a

rastreabilidade dos mesmos;

c) Distribuir os medicamentos de acordo com procedimentos apropriados;

d) Distribuir os lotes dos medicamentos obedecendo à regra: o primeiro

que expira é o primeiro que sai;

e) Manter registros de monitoramento ambiental (BRASIL, 2006).

Page 20: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

20

Empresas que exercem a atividade de armazenar e distribuir

medicamentos sujeitos a controle especial tais como Psicotrópicos e Entorpecentes

devem possuir Autorização Especial concedida pela Secretaria da Vigilância

Sanitária do Ministério da Saúde. Também deverão manter nos estabelecimentos

para efeito de fiscalização e controle, livros de escrituração como:

a) Livro de Registro Específico – para indústria farmoquímica, laboratórios

farmacêuticos, distribuidoras, drogarias e farmácias;

b) Livro de Receituário Geral – para farmácias magistrais (BRASIL,1999).

Os medicamentos e os insumos farmacêuticos deverão obrigatoriamente

ser guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereça segurança, em local

exclusivo para este fim, sobre a responsabilidade do farmacêutico ou químico

responsável, quando se tratar de indústria farmoquímica (BRASIL, 1999).

As distribuidoras de medicamentos possuem a função de tentar combater

a distribuição de medicamentos falsificados, adulterados ou roubados, devem ser

legalmente registradas no país, não poderão aceitar medicamentos sem suas

informações e também devem garantir a permanência das informações de cada

produto tais como:

a) Nome do produto farmacêutico – nome genérico e comercial;

b) Nome e endereço completo do fabricante/telefone do serviço de

atendimento ao consumidor;

c) Nome do responsável técnico, número de inscrição e sigla do Conselho

Regional de Farmácia;

d) Número de registro no Ministério da Saúde conforme publicado em

Diário Oficial da União, sendo necessários somente os nove primeiros números;

e) Data de fabricação;

f) Data de validade;

g) Número de lote a que a unidade pertence;

h) Composição dos produtos farmacêuticos;

i) Peso, volume líquido ou quantidade de unidade, conforme o caso;

j) Finalidade, uso e aplicação;

k) Precauções, cuidados especiais (BRASIL, 1998b).

Page 21: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

21

O ato de expor a venda ou entregar ao consumidor produtos de interesse

à saúde cujo prazo de validade tenha sido expirado, ou apor-lhes novas datas,

depois de expirado o prazo, comercializar produtos biológicos, imunoterápicos e

outros que exijam cuidados especiais de conservação, preparação, expedição, ou

transporte, sem observância das condições necessárias a sua preservação é

considerado pena – advertência, apreensão, inutilização, interdição, cancelamento

do registro, da licença e da autorização e/ou multa. (BRASIL, 1977a).

Os produtos que exijam condições especiais de armazenamento e

guarda, os veículos utilizados no seu transporte deverão ser dotados de

equipamentos que possibilite acondicionamento e conservação capazes de

assegurar suas condições de eficácia e pureza (BRASIL, 1976a).

As áreas de armazenamento devem ter capacidade suficiente para

estocar vários tipos de produtos, devem ser projetadas de forma a assegurar

condições ideais de temperatura, umidade compatíveis com os produtos, as áreas

de recebimento e expedição devem ser protegidas das variações climáticas e

ambientais de temperatura, medicamentos devolvidos e vencidos devem ter área

especificas. Devem ser armazenados afastados do piso e das paredes, com

espaçamento apropriado para permitir a limpeza e inspeção (BRASIL, 2005c).

1.2.1 Leis de armazenamento e distribuição

Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976

Dispõem sobre a vigilância sanitária a que ficam sujeitos os

medicamentos, as drogas os insumos farmacêuticos, e correlatos, cosméticos,

saneamentos e outros produtos e da outras providências (BRASIL, 1976a).

Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977

Page 22: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

22

Configura infrações a legislação sanitária federal, estabelece as sanções

respectivas, e da outras providencias (BRASIL, 1977b).

Lei nº 11.903, de 14 de janeiro de 2009

Dispõe sobre o rastreamento da produção e do consumo de

medicamentos por meio de tecnologia de captura, armazenamento e transmissão

eletrônica de dados (BRASIL, 1999c).

1.2.2 Decretos de armazenamento e distribuição

Decreto nº 79.094, de 05 de janeiro de 1977

Regulamenta a lei 6.360, de 26 de setembro de 1976, que submete a

sistema de vigilância sanitária os medicamentos, insumos farmacêuticos, drogas,

correlatos, cosméticos, produtos de higiene, saneantes e outros (BRASIL,1977a).

Decreto nº 3.961, de 10 de outubro de 2001

Altera o decreto nº 79.094, de 05 de janeiro de 1977, que regulamenta a

lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976 (BRASIL, 2001a).

1.2.3 Portarias de armazenamento e distribuição

Portaria SVS/MS nº 344, 12 de maio de 1998

Aprova o regulamento técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos

a controle especial (BRASIL, 1998a).

Page 23: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

23

Portaria ANVISA/MS nº 802, de 08 de outubro de 1998

Considerando a necessidade de garantir maior controle sanitário na

produção distribuição, e que todo seguimento envolvido na produção, distribuição,

transporte e armazenagem de medicamentos é responsável solidário pela

identidade, eficácia, qualidade, e segurança dos produtos farmacêuticos (BRASIL,

1998b).

Portaria SVS/MS nº 6, de 29 de janeiro de 1999

Aprova a instrução normativa da portaria SVS/MS nº 344 de 12 de maio

de 1998, que institui o regulamento técnico das substâncias e medicamentos

sujeitos a controle especial (BRASIL, 1999).

1.2.4 Resoluções de armazenamento e distribuição

Resolução RDC ANVISA/MS nº 59, de 27 de junho de 2000

A diretoria colegiada da agencia nacional de vigilância sanitária, no uso

da atribuição que lhe confere o artigo 11, inciso IV, do regulamento da ANVISA

aprovado pelo decreto 3.029, de 16 de abril de 1999, em reunião realizada em 20 de

junho de 2000 (BRASIL, 2000a).

Resolução RDC ANVISA nº 320, 22 de novembro de 2002

Considerando a necessidade de garantir o sistema de controle e

fiscalização em toda a cadeia dos produtos farmacêuticos, e a necessidade de

acompanhar e monitorar nas distribuidoras, o cumprimento das normas sanitárias

para a distribuição de medicamentos, com vistas à detecção de medicamentos

Page 24: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

24

irregulares, os falsificados e os provenientes de cargas roubadas

assegurando as ações preventivas do sistema de controle e fiscalização (BRASIL,

2002a).

Resolução RDC ANVISA/MS nº 346, de 16 de dezembro de 2002

Considerando a necessidade de estabelecer as diretrizes técnicas para

concessão, renovação, alteração e cancelamento de autorização de funcionamento

ou de autorização especial de funcionamento de empresas que prestem serviços de

armazenagem de mercadorias sob vigilância sanitária em terminais aquaviários,

portos organizados, aeroportos, postos de fronteira e recintos alfandegados, e

considerando a necessidade de estabelecer as diretrizes técnicas para as boas

práticas de armazenagem a serem cumpridas pelas empresas que prestem serviços

de armazenagem de mercadorias sob vigilância sanitária em estabelecimentos

instalados em terminais aquaviários, portos organizados, aeroportos, postos de

fronteira e recintos alfandegados (BRASIL, 2002b).

Resolução RDC ANVISA/MS nº 210, 04 de agosto de 2003

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso

da atribuição que lhe confere o art. 11, inciso IV, do Regulamento da ANVISA,

aprovado pelo Decreto nº 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 111, inciso I,

alínea “b”, § 1º do Regimento Interno aprovado pela Portaria nº 593, de 25 de agosto

de 2000, republicada em 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 30 de

julho de 2003 (BRASIL, 2003).

Resolução RDC ANVISA/MS nº 55, 17 de março de 2005

A diretoria colegiada da agencia nacional de vigilância sanitária, no uso

de sua atribuição que lhe confere o art. 11, inciso IV, do regulamento da ANVISA

Page 25: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

25

aprovado pelo DECRETO nº 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 111,

inciso I, alínea “b”, § 1º, do regimento interno aprovado pela Portaria nº 593, de 25

de agosto de 2000, republicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião

realizada dia 10 de fevereiro de 2005 (BRASIL, 2005c).

Resolução RDC ANVISA/MS nº 176, 07 de junho de 2005

Considerando a necessidade e controle sanitário na fabricação,

importação exportação, fracionamento, armazenamento, expedição, embalagem,

distribuição e transporte dos insumos farmacêuticos, art. 1º , fica estabelecida a

obrigatoriedade do recadastramento e prestação de informações atualizadas por

parte das empresas estabelecidas ou com representantes no país, que exerçam as

atividades (BRASIL, 2005a).

Resolução RDC ANVISA/MS nº 249, 13 de setembro de 2005

Considerando a necessidade de atualizar as boas práticas de fabricação

de produto intermediário e insumo farmacêutico, e considerando a necessidade de

padronizar as ações de vigilância sanitária (BRASIL, 2005b).

Resolução RDC ANVISA nº 204, de 14 de novembro de 2006n - DOU, de

16 de novembro de 2006

A diretoria colegiada da agencia nacional da vigilância sanitária, no uso

da atribuição que lhe confere o inciso IV do art. 11 do regulamento aprovado pelo

DECRETO nº 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto o inciso II, e

nos §§ 1º e 3º do art. 54 do nº 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006,

republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião realizada em 06 de

novembro de 2006 (BRASIL, 2006).

Page 26: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

26

Resolução RDC ANVISA nº 44, de 17 de agosto de 2009

Dispõem sobre boas práticas farmacêuticas para o controle sanitário do

funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de

serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providencias (BRASIL,

2009a).

1.3 ARMAZENAMENTO

O armazenamento é um conjunto de procedimentos técnicos e

administrativos que tem como objetivo assegurar a qualidade dos medicamentos por

meio de condições adequadas de estocagem e guarda, de conservação e de

controle eficaz de estoque. Quando encontrado de maneira inadequada, pode

ocasionar danos perigosos, dos mais variados tipos. Tem como principal finalidade

assegurar a qualidade dos medicamentos, dependendo do tipo do produto e também

da maneira como eles são armazenados, podem gerar simples prejuízos financeiros,

ou até mesmo levar a danos mais graves como a intoxicação de usuários. O

armazenamento garante a disponibilidade dos medicamentos em todos locais de

fornecimento e atendimento ao usuário (BRASIL, 2004).

Um sistema falho de armazenamento proporciona um índice de danos

como utilização de medicamentos vencidos ou estragados. Os sistemas mais

modernos se comprometem mais com o processo de cuidado, estes que vão desde

a preparação dos produtos, de forma que os usuários o recebam já pronto para uso,

e devidamente rotulado (BRASIL, 2004).

O almoxarifado é responsável na parte de estocagem dos medicamentos

com cuidados necessários para garantir a preservação desses medicamentos, dessa

forma torna-se corresponsável pela estocagem em suas unidades, provendo um

bom trabalho supervisionado e garantindo uma melhor qualidade desse

medicamento até o paciente (MARIN et al., 2003).

Page 27: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

27

1.3.1 Estabilidade de medicamentos

Todos os materiais com o passar do tempo sofrem alterações. São

variáveis que podem ser refletidas ou não. O que leva á perda total ou parcial de sua

atividade, ou podem formar outros produtos, cuja toxicidade pode ser mais elevada

do que a do produto original (BRASIL, 2001b).

Estabilidade é o período pelo qual os medicamentos mantém suas

características físicas, químicas e farmacológicas, dentro dos limites estabelecidos,

desde o processo de fabricação até o período de vida útil (BRASIL, 2001b).

A estabilidade, segundo Defilippe (1985) pode ser classificada em:

� Física - As características físicas são propriedades originais, tais como

aparência, cor, sabor, odor, pH, viscosidade, dureza, uniformidade, etc.

Indicando que os medicamentos não sofreram nenhum tipo de alterações,

durante seu período de armazenamento, que impliquem em mudança das

características físicas tornando-as praticamente inalteradas.

� Química - Cada integrante ativo deverá reter sua integridade e sua potencia

declarada no rótulo, sendo esta a capacidade da forma farmacêutica em

manter a identidade molecular do fármaco dentro dos limites especificados.

� Microbiológica - A resistência ao crescimento de microorganismos permanece

dentro de limites estabelecidos, e os agentes antimicrobianos mantêm sua

eficácia dentro dos limites especificados.

� Terapêutica - Essa atividade deve-se permanecer inalterada.

� Toxicológica - Não se deve ocorrer aumento significativo de toxicidade dos

medicamentos.

Page 28: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

28

Tabela 1 Sinais indicativos de possíveis alterações na estabilidade de medicamentos.

FORMAS FARMACÊUTICAS ALTERAÇÕES VISÍVEIS

Comprimidos

Quantidade excessiva de pó

Quebras, lascas, rachaduras na superfície

Manchas, descoloração, aderência entre os

comprimidos ou formação de depósitos de cristais

sobre o produto

Drágeas Fissuras, rachaduras, manchas na superfície

Cápsulas Mudança na consistência ou aparência

(amolecimento ou endurecimento)

Pós e grânulos Presença de aglomerados

Mudança na cor ou endurecimento

Pós efervescentes Crescimento da massa e pressão grossa

Cremes e pomadas

Diminuição do volume por perda de água

Mudança na consistência

Presença de líquido ao apertar a bisnaga

Formação de grânulos, grumos e textura arenosa

Separação de fases

Supositórios Amolecimento, enrugamento ou manchas de óleo

Soluções / xaropes / elixires Precipitação

Formação de gases

Soluções injetáveis Turbidez, presença de partículas, vazamento,

formação de cristais e mudança na coloração

Emulsões Quebra da emulsão, mudança na coloração e no

odor

Suspensões

Precipitação, presença de partículas, grumos,

cheiro forte, mudança na coloração,

entumecimento e liberação de gases.

Tinturas / extratos Mudanças de coloração, turbidez e formação de

gases

Fonte: Defilippe,1985.

Page 29: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

29

Segundo Moura (1989) a estabilidade do medicamento, é de fundamental

importância para que seu efeito terapêutico seja mantido. Existem fatores intrínsecos

e extrínsecos que afetam a estabilidade dos medicamentos e sua ação natural:

Fatores intrínsecos – Estão relacionados ao processo de fabricação do

medicamento:

• Procedimento;

• Métodos;

• Técnicas;

• Equipamentos;

• Envase;

• Embalagem;

• Princípios ativos;

• Princípios inativos (conservantes, corantes, aromatizantes);

• Interações entre fármacos e solventes adjuvantes;

• pH do meio;

• Tamanho das partículas;

• Alterações nos aspectos físicos (precipitação, presença de gases,

uniformidade da dose, recipiente, grau de pureza);

• Incompatibilidades.

Fatores extrínsecos - Fatores ambientais, ligados as condições de

transporte e estocagem:

• Ligados a temperatura;

• Luminosidade;

• Ar (oxigênio, gás carbônico,...);

• Umidade.

Page 30: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

30

1.3.2 Temperatura

As condições ambientais são as mais responsáveis pela alteração da

temperatura e deterioração dos medicamentos. Para um controle mais adequado

desta temperatura é fundamental o uso de termômetros nas áreas de estocagem, e

com um acompanhamento de registros diários em mapas de controle, e também,

gráficos que possa informar possíveis anormalidades para que estas sejam

corrigidas (NUNES; SILVA, 2001).

Os medicamentos sempre deverão estar armazenados em locais

ventilados e com a temperatura ambiente de 25°C, as temperaturas elevadas são

contra-indicadas para os medicamentos, pois pode acelerar a indução de reação

química e biológica (NUNES; SILVA, 2001).

Tabela 2 Faixas de temperatura segundo a classificação farmacopéica.

Temperatura para conservação de medicamentos

Fria ou refrigerada 2-8°C

Fresca 8-15°C

Ambiente 15-30°C

Quente Acima de 30°C

Fonte: Farmacopéia Brasileira.4ed.São Paulo:Atheneu, 1988

1.3.3 Luminosidade

De acordo com Nunes, Silva (2001) se a intensidade da luminosidade

sobre os medicamentos for muito forte, principalmente os raios solares, isso pode

acarretar um elevado índice de aceleramento das reações químicas, e com isso

alterando sua estabilidade, os efeitos ocorridos pela forte luminosidade não

dependem somente da intensidade da luz, mais também do tempo de exposição, se

houver a preocupação na estocagem dos medicamentos, embalando-os de forma

adequada em papel alumínio, os problemas da estocagem podem ser amenizados,

Page 31: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

31

por isso há uma preocupação maior na aquisição onde se deve especificar

corretamente, para que haja embalagens adequadas.

1.3.4 Ventilação

Segundo Nunes; Silva (2001) a ventilação é fundamental para manter o

equilíbrio da temperatura em todos os pontos do ambiente, a circulação interna do ar

deve ser mantida para uma melhor conservação dos medicamentos.

1.3.5 Umidade

Dependendo do grau de umidade isso pode afetar o nível de estabilidade

desencadeando possíveis reações químicas, biológicas e até mesmo físicas, quando

os medicamentos são armazenados em ambientes úmidos eles podem sofrer

algumas alterações tanto na consistência como em seu odor ou sabor, por isso a

recomendação de nunca deixar medicamentos próximos a paredes, teto ou chão,

pois produtos que são sensíveis a umidades devem ser preservados e conservados

em frascos fechados. O grau de umidade dos medicamentos não deve passar de

70%, e sua medição é feita por meio de higrômetros, a umidade relativa é calculada

entre a temperatura seca e a temperatura úmida (NUNES; SILVA, 2001).

1.4 DISTRIBUIÇÃO

O processo de distribuição tem início a partir de qualquer solicitação de

medicamentos com o intuito de suprir necessidades por um tempo determinado, e

essas atividades de transporte vão desde o fornecimento da matéria-prima até a

saída do produto acabado da fábrica. O processo de distribuição de medicamentos

corretos deve ser realizado em um tempo eficaz, para que atrasos sejam evitados e

Page 32: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

32

se cumpra todo o cronograma previsto, e para que os produtos cheguem em

segurança sem nenhum dano e nas quantidade corretas, por isso o cuidado na

escolha do transporte é de extrema importância, pois os produtos tem que ser

entregues ao destinatário em segurança levando em consideração a rota que irá

percorrer, distância etc. Toda entrega deve ser monitorada, deve-se saber sempre

dados referentes à posição dos produtos em estoques, ou seja, produtos recebidos

e distribuídos, quantidade máxima e mínima em estoque, quantidades de produtos

adquiridos, todo esse procedimento é fundamental para um bom gerenciamento.

Sendo assim o processo de distribuição deve satisfazer as necessidades dos

clientes, entregando ao consumidor final um produto de forma segura e que garanta

a qualidade, a segurança e as mesmas características com que foram produzidos

(BRASIL, 2009).

Page 33: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

33

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

O Objetivo desse trabalho foi verificar as condições em que os

medicamentos eram armazenados e distribuídos em drogarias e distribuidoras na

cidade de Fernandópolis e região. Para fazer uma análise estudamos as leis que

regulamentam esses procedimentos e também manuais de órgãos vigentes, com o

objetivo de confrontar os resultados obtidos com as leis responsáveis pelos

procedimentos.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Este trabalho tem como objetivos específicos apresentar a realidade de

como são armazenados e distribuídos os medicamentos em drogarias e

distribuidoras. Através da:

a) A aplicação da assistência farmacêutica baseada na armazenagem e

distribuição;

b) O papel do farmacêutico no armazenamento e na distribuição dos

medicamentos;

c) A maneira como os medicamentos são distribuídos.

Page 34: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

34

3 MÉTODOS

3.1 SELEÇÃO DA BIBLIOGRAFIA

O presente trabalho teve como método inicial a revisão bibliográfica com

pesquisas em livros, artigos científicos e sites relacionados (Scielo, Google Scholar).

3.2 AMOSTRA POPULACIONAL

A pesquisa foi realizada em 25 drogarias e 15 distribuidoras dos

municípios de Fernandópolis e região.

3.3 ELABORAÇÃO DA PESQUISA

Foi elaborado um questionário com 25 questões relacionadas à diversas

áreas da empresa e enviado aos responsáveis técnicos das drogarias e

distribuidoras em análise.

3.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Após recebimento das respostas foi realizada uma análise e após uma

triagem, as demonstrações gráficas.

Page 35: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

35

4 RESULTADOS

Pesquisa sobre Armazenamento de medicamentos em Drogarias e

Distribuidoras.

F igura 1a: Qual sua formação profissional?

Foram pesquisadas 15 distribuidoras, onde 82% apresentaram formação farmacêutica e 18% possuem outras formações.

Figura1b: Qual sua formação profissional?

Das 25 drogarias pesquisadas 94% são farmacêuticos e 6% possuem

outras formações.

(Distribuidoras)

82%

18%

Farmacêutico Outras formações

(Drogarias)

94%

6%

Farmacêutico Outras formações

Page 36: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

36

Figura 2ª: Quem é o responsável pelo almoxarifado?

As 15 distribuidoras entrevistadas 100% alegam ser o farmacêutico o

responsável pelo almoxarifado.

Figura 2b: Quem é o responsável pelo almoxarifado?

Das 25 drogarias entrevistadas 82% alegam que o responsável pelo

almoxarifado é o farmacêutico e 18% o proprietário.

(Distribuidoras)

100%

0%Farmacêutico Proprietário

(Drogarias)

82%

18%

Farmacêutico Proprietário

Page 37: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

37

Figura 3a: Qual o tipo de estocagem?

Das 15 distribuidoras entrevistadas 50% possuem estocagem em forma

horizontal e 50% possuem em forma vertical.

Figura 3b: Qual o tipo de estocagem?

Das 25 drogarias 56% realizam o método horizontal para a estocagem e

44% o vertical (por paletas).

50%50%

Horizontal Vertical (porta paletas)

(Distribuidoras)

(Drogarias)

56%

44%

Horizontal Vertical (porta paletas)

Page 38: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

38

(Distribuidoras)

100%

0%

Sim Não

Figura 4a: Há separação física, bem delimitada, entre o

recebimento, expedição e armazenagem geral?

Das 15 distribuidoras pesquisadas 100% alegam possuir separação física

bem delimitada entre o recebimento, expedição e armazenagem.

Figura 4b: Há separação física, bem delimitada, entre o recebimento,

expedição e armazenagem geral?

Das 25 drogarias entrevistadas 94% alegam possuir separação física bem

delimitada entre o recebimento, expedição e armazenagem e 6% não.

(Drogarias)

94%

6%

Sim Não

Page 39: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

39

Figura 5a: O local apresenta-se em boas condições?

Das 15 distribuidoras entrevistadas 100% alegam que possuem boas

condições de armazenamento.

Figura 5b: O local apresenta-se em boas condições?

Das 25 drogarias entrevistadas 94% apresentam boas condições de

armazenamento e 6% não apresentam.

(Distribuidoras)

100%

0%

Sim Não

(Drogarias)

94%

6%

Sim Não

Page 40: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

40

Figura 6a: O local possui forro?

Das 15 distribuidoras 30% responderam que não tem forro na empresa e

70% responderam sim.

Figura 6b: O local possui forro?

Das 25 drogarias 100% afirmaram que possuem forros nas instalações da

empresa.

(Distribuidoras)

70%

30%

Sim Não

(Drogarias)

100%

0%

Sim Não

Page 41: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

41

(Distribuidoras)

100%

0%

Sim Não

Figura 7a: A iluminação é boa?

Das 15 distribuidoras 100% apresentam iluminação adequada.

Figura 7b: A iluminação é boa?

Das 25 drogarias 100% afirmam ter iluminação boa no estabelecimento.

(Drogarias)

100%

0%

Sim Não

Page 42: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

42

Figura 8a: Existe proteção contra entrada de roedores?

De acordo com as respostas das 15 distribuidoras, 100% possuem

proteção contra a entrada de roedores.

Figura 8b: Existe proteção contra entrada de roedores?

Nota-se que apenas 87% das drogarias tem proteção contra roedores

sendo que 13% não estão protegidas, lembrando que foram questionadas 25

estabelecimentos.

(Distribuidoras)

100%

0%

Sim Não

(Drogarias)

87%

13%

Sim Não

Page 43: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

43

Figura 9a: Existe proteção contra entrada de aves?

Do total das 15 distribuidoras, 100% possuem proteção contra entrada de

aves.

Figura 9b: Existe proteção contra entrada de aves?

Das 25 drogarias apenas 25% não possuem proteção contra entrada de

aves sendo que 75% tem proteção contra entrada de aves.

(Distribuidoras)

100%

0%

Sim Não

(Drogarias)

75%

25%

Sim Não

Page 44: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

44

Figura 10a: Existem registros escritos do controle de temperatura e

umidade?

Das 15 distribuidoras 70% afirmam existir registros escritos do controle de

temperatura e umidade, 30% não seguem esse procedimento.

Figura 10b: Existem registros escritos do controle de temperatura e

umidade?

Das 25 drogarias apenas 25% mantém controle de temperatura e

umidade, as 75% restantes responderam negativamente.

(Distribuidoras)

70%

30%

Sim Não

(Drogarias)

25%

75%

Sim Não

Page 45: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

45

Figura 11b: Existem extintores de incêndio?(Drogarias)

100%

0%

Sim Não

Figura 11a: Existem extintores de incêndio?

Das 15 distribuidoras, 100% possuem extintores de incêndio.

Figura 11b: Existem extintores de incêndio?

Das 25 drogarias, 100% possuem extintores de incêndio.

(Distribuidoras)

100%

0%

Sim Não

Page 46: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

46

Figura 12a: o local é completamente fechado?

Das 15 distribuidoras questionadas 78% alegam ter o espaço

completamente fechado ao contrário das 22% restantes.

Figura12b: O local é completamente fechado?

Das 25 drogarias 100% afirmam ter o espaço completamente fechado.

(Distribuidoras)

78%

22%

Sim Não

(Drogarias)

100%

0%

Sim Não

Page 47: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

47

Figura 13a: Existem “pallets” suficientes para a operação de

estocagem e movimentação?

Das 15 distribuidoras, 100% possuem “pallets” suficientes para

estocagem e movimentação dos produtos em estoque.

Figura 13b: Existem estantes suficientes para a operação de

estocagem e movimentação?

Das 25 drogarias, 75% possuem estantes suficientes para estocagem e

movimentação dos estoques, ao contrário das 25% restantes.

(Distribuidoras)

100%

0%

Sim Não

(Drogarias)

75%

25%

Sim Não

Page 48: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

48

Figura 14a: Existe local apropriado para a armazenagem de

imunobiológicos?

Das 15 distribuidoras 50% afirmaram existir local apropriado para

armazenagem de imunobiológicos, e 50% não possuem.

Figura 14b: Existe local apropriado para a armazenagem de

imunobiológicos?

Das 25 drogarias, 69% não têm local para armazenar imunobiológicos e

31% afirmaram possuir local adequado.

(Distribuidoras)

50%50%

Sim Não

(Drogarias)

31%

69%

Sim Não

Page 49: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

49

Figura 15a: As câmeras frias têm termômetro para a medição de

temperatura?

Das 15 distribuidoras 70% afirmam que as câmaras frias têm termômetro

para a temperatura e 30% não.

Figura 15b: As câmeras frias têm termômetro para a medição de

temperatura?

Das 25 drogarias, 69% não têm termômetro em câmara fria e 31%

afirmaram que sim.

(Distribuidoras)

70%

30%

Sim Não

(Drogarias)

31%

69%

Sim Não

Page 50: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

50

Figura 16a: Existe local apropriado para armazenagem de produtos

termolábeis?

Das 15 distribuidoras, 78% têm local apropriado para armazenamento de

produtos termolábeis e 22% não.

Figura 16b: Existe local apropriado para armazenagem de produtos

termolábeis?

Das 25 drogarias 50% possuem local apropriado para produtos

termolábeis e 50% não têm.

(Distribuidoras)

78%

22%

Sim Não

(Drogarias)

50%50%

Sim Não

Page 51: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

51

Figura 17a: Existe local para guardar produtos controlados?

Das 15 distribuidoras 70% afirmam ter um local específico para os

medicamentos controlados e 30 % não possuem.

Figura 17b: Existe local para guardar produtos controlados?

Das 25 drogarias, 100% possuem local para guardar medicamentos

controlados.

(Distribuidoras)

70%

30%

Sim Não

(Drogarias)

100%

0%

Sim Não

Page 52: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

52

Figura 18a: Existem procedimentos por escrito para a expedição de

medicamentos?

Das 15 distribuidoras 100% possuem o procedimento de expedição de

medicamentos por escrito.

Figura 18b: Existem procedimentos por escrito para a expedição de

medicamentos?

Das 25 drogarias 50% possuem os procedimentos de expedição de

medicamentos e 50% não têm.

(Distribuidoras)

100%

0%

Sim Não

(Drogarias)

50%50%

Sim Não

Page 53: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

53

Figura 19a: Existem procedimentos escritos para o recebimento de

medicamentos?

Das 15 distribuidoras 100% têm procedimentos escritos para recebimento

dos medicamentos.

Figura 19b: Existem procedimentos escritos para o recebimento de

medicamentos?

Das 25 drogarias 56% não possuem os procedimentos de recebimento de

medicamentos por escrito e 44% afirmam que sim.

(Distribuidoras)

100%

0%

Sim Não

(Drogarias)

44%

56%

Sim Não

Page 54: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

54

Figura 20a: Na chegada, os medicamentos são examinados

fisicamente para se certificar que estão íntegros e nas quantidades certas?

Das 15 distribuidoras 100% conferem a integridade e quantidade dos

medicamentos.

Figura 20b: Na chegada, os medicamentos são examinados

fisicamente para se certificar que estão íntegros e nas quantidades certas?

Das 25 drogarias 100% conferem a integridade e quantidade dos

medicamentos.

(Distribuidoras)

100%

0%

Sim Não

(Drogarias)

100%

0%

Sim Não

Page 55: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

55

Figura 21a: Se houverem discordâncias quanto às quantidades ou

quanto à integridade física dos medicamentos, qual o procedimento adotado?

Das 15 distribuidoras 75% não recebem a mercadoria se não estiver

compatível com o pedido ou alterações na integridade do medicamento e 25%

recebem, porém ficam em quarentena até resolver o problema com o fornecedor.

Figura 21b: Se houverem discordâncias quanto às quantidades ou

quanto à integridade física dos medicamentos, qual o procedimento adotado?

Das 25 drogarias 81% não recebem a mercadoria que contém alterações

na integridade física dos medicamentos ou está incompatível com o pedido e 19%

recebem, porém mantém em quarentena até resolver o problema.

(Distribuidoras)

75%

25%

Não recebem Recebem e ficam em quarentena

(Drogarias)

81%

19%

Não recebem Recebem e ficam em quarentena

Page 56: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

56

Figura 22a: Na chegada, os medicamentos são examinados quanto

ao número do lote e ao prazo de validade?

Das 15 distribuidoras 100% conferem o lote e a validade dos

medicamentos adquiridos.

Figura 22b: Na chegada, os medicamentos são examinados quanto

ao número do lote e ao prazo de validade?

Das 25 drogarias, 100% conferem o lote e o prazo de validade dos

medicamento

s.

(Distribuidoras)

100%

0%

Sim Não

(Drogarias)

100%

0%

Sim Não

Page 57: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

57

Figura 23a: Existem procedimentos escritos para as atividades

relativas ao armazenamento dos medicamentos?

Das 15 distribuidoras 100%, têm procedimentos escritos para atividades

de armazenamento dos medicamentos.

Figura 23b: Existem procedimentos escritos para as atividades

relativas ao armazenamento dos medicamentos?

Das 25 drogarias, 75% não possuem procedimentos escritos para

atividade de armazenamento de medicamentos e 25% afirmaram possuir.

(Drogarias)

25%

75%

Sim Não

(Distribuidoras)

100%

0%

Sim Não

Page 58: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

58

Figura 24a: Os medicamentos são estocados por lotes de produtos?

Das 15 distribuidoras, 80% estocam os medicamentos por lotes e 20%

não utilizam desse tipo de estoque.

Figura 24b: Os medicamentos são estocados por lotes de produtos?

Das 25 drogarias 75% não estocam os produtos por lotes e 25% seguem

esse procedimento.

(Distribuidoras)

80%

20%

Sim Não

(Drogarias)

25%

75%

Sim Não

Page 59: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

59

Figura 25a: O sistema de se despachar os lotes mais antigos em

primeiro lugar é seguido rigorosamente?

Das 15 distribuidoras 90% seguem rigorosamente o método de despachar

os lotes antigos primeiramente e 10% não.

Figura 25b: O sistema de se despachar os lotes mais antigos em

primeiro lugar é seguido rigorosamente?

Das 25 drogarias 94% seguem rigorosamente o sistema de despachar os

lotes mais antigos em primeiro lugar e 6% não.

(Distribuidoras)

90%

10%

Sim Não

(Drogarias)

94%

6%

Sim Não

Page 60: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

60

5 DISCUSSÃO

O almoxarifado deve ser de responsabilidade do profissional

farmacêutico, pois este tem condições de armazenar produtos de maneira adequada

identificando possíveis danificações. É importante sua função neste setor para

segurança e proteção do almoxarifado, identificamos que algumas drogarias mantêm

o proprietário como responsável, podendo trazer complicações futuras no

acondicionamento dos produtos.

Quanto à estrutura física, algumas drogarias não têm espaço bem

delimitado para recebimento, expedição e armazenamento. Além disso, várias não

possuem proteção contra aves e roedores, normas estas que deveriam ser

fiscalizadas.

Umas das questões mais importantes é o controle de temperatura e

umidade que muitas drogarias e distribuidoras não realizam, fator que pode provocar

alterações na composição dos medicamentos ocasionando danos à saúde do

paciente.

É importante que as drogarias e distribuidoras tenham locais apropriados

para armazenamento de termolábeis e imunobiológicos e cumpram as normas

corretas de armazenamento, porém identifica-se que a maioria não possui.

Os medicamentos controlados nas distribuidoras devem estar em local

separado e sob cuidado do farmacêutico responsável, porém notamos que algumas

não estão cumprindo essas regras básicas.

Algumas drogarias não têm o Manual de Boas Práticas exigido por lei,

este é um problema que precisa ser resolvido com fiscalizações apropriadas.

Page 61: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

61

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Assistência Farmacêutica é um conjunto de ações voltada à promoção,

proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o

medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional.

Este conjunto envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de

medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição,

distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços,

acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de

resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população (BRASIL,

2004).

O armazenamento e a distribuição de medicamentos são uma das etapas

do Ciclo de Assistência Farmacêutica, onde a finalidade principal é garantir a

qualidade dos fármacos através de um acondicionamento adequado promovido pelo

profissional farmacêutico.

O principal propósito deste estudo foi verificar as condições de

armazenamento e distribuição dos medicamentos nas drogarias e distribuidoras de

Fernandópolis e região. Nota-se em alguns gráficos, dados que em longo prazo

poderão tornar-se estatísticas problemáticas para as empresas em questão, como a

falta de registros de temperatura em 30% das distribuidoras e 75% das drogarias, já

que este é um fator extrínseco responsável por alterações nos medicamentos.

Outro aspecto evidente na pesquisa e análise dos dados foi identificada é

69% das drogarias não armazenam os imunobiológicos em local apropriado, e

quanto aos termolábeis 50% das drogarias e 22% das distribuidoras estocam esses

produtos em locais inadequados.

Identificamos em um dos gráficos que 30% das distribuidoras não estão

cumprindo as normas vigentes em lei que os controlados devem estar em local

específico e adequadas.

Verificamos que várias drogarias não possuem o manual de Boas Práticas

por escrito, com os procedimentos anotados desde a chegada do medicamento até

sua dispensação constituindo uma infração, pois a legislação nos fala que todos os

estabelecimentos devem possuir por escrito todos os procedimentos realizados

pelos funcionários diariamente.

Page 62: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

62

A atuação farmacêutica deve estar orientada para a educação em saúde,

orientação farmacêutica, dispensação, atendimento e acompanhamento

farmacêutico, registro sistemático das atividades, mensuração e avaliação dos

resultados. Faz-se necessário atentar para a qualificação do farmacêutico que

precisa ser direcionada para esses aspectos, o que hoje é pouco priorizado, além

disso, é preciso a conscientização do proprietário para que juntamente com o

profissional de saúde realize todos os procedimentos adequados para que os

medicamentos cheguem de forma correta ao cliente final.

Assim, a estruturação das ações de assistência farmacêutica dentro do

serviço de drogaria ou distribuidora constitui uma abordagem imprescindível para a

promoção da saúde, a fim de que se garanta a melhoria da utilização dos

medicamentos, com redução dos riscos de morbimortalidade.

Page 63: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

63

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Decreto n° 3.961, de 10 de Outubro de 2001a. Altera o decreto nº 79.094, de 05 de janeiro de 1977, que regulamenta a lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976. Brasília: ANVISA, 2001. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/legis/decretos/3961_01.htm >. Acesso em: 10 ago. 2011.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Decerto n° 79.094, de 05 de Janeiro de 1977a. Regulamenta a lei 6.360, de 26 de setembro de 1976, que submete a sistema de vigilância sanitária os medicamentos, insumos farmacêuticos, drogas, correlatos, cosméticos, produtos de higiene, saneantes e outros. Brasília: ANVISA, 1977. Disponível em: < http://www.anvisa.gov.br/legis/consolidada/decreto_79094_77.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2011.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Lei n° 6360, de 23 de Setembro de 1976a. Dispõem sobre a vigilância sanitária a que ficam sujeitos os medicamentos, as drogas os insumos farmacêuticos, e correlatos, cosméticos, saneamentos e outros produtos e da outras providências. Brasília: ANVISA, 1976. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/legis/consolidada/lei_6360_76.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2011.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Lei n° 6437, de 20 de Agosto de 1977b. Configura infrações a legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas, e da outras providencias. Brasília: ANVISA, 1977. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/legis/consolidada/lei_6437_77.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2011.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Lei n° 11.903, de 14 de Janeiro de 2009c. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11903.htm>. Acesso em: 10 ago. 2011.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria n° 06, de 29 de Janeiro de 1999. Aprova a instrução normativa da portaria SVS/MS nº 344 de 12 de maio de 1998, que institui o regulamento técnico das substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Brasília: ANVISA, 1999. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/legis/portarias/6_99.htm>. Acesso em: 10 ago. 2011.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria n° 344, de 12 de Maio de 1998a. Aprova o regulamento técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos

Page 64: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

64

a controle especial. Brasília: ANVISA, 1998. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/legis/portarias/344_98.htm>. Acesso em: 10 de Agosto.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria n° 802, de 08 de Outubro de 1998b. Considerando a necessidade de garantir maior controle sanitário na produção distribuição, e que todo seguimento envolvido na produção, distribuição, transporte e armazenagem de medicamentos é responsável solidário pela identidade, eficácia, qualidade, e segurança dos produtos farmacêuticos. Brasília: ANVISA, 1998. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/legis/portarias/802_98.htm>. Acesso em: 10 ago. 2011.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC 44, de 17 de Agosto de 2009a. Dispõem sobre boas práticas farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providencias. Brasília: ANVISA, 2009. Disponível em: <http://cfo.org.br/wp-content/uploads/2010/02/180809_rdc_44.pdf >. Acesso em: 10 ago. 2011.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC 55, de 17 de Março de 2005c. A diretoria colegiada da agencia nacional de vigilância sanitária, no uso de sua atribuição que lhe confere o art. 11, inciso IV, do regulamento da ANVISA aprovado pelo DECRETO nº 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 111, inciso I, alínea “b”, § 1º, do regimento interno aprovado pela Portaria nº 593, de 25 de agosto de 2000, republicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada dia 10 de fevereiro de 2005. Brasília: ANVISA, 2005. Disponível em: < http://www.brasilsus.com.br/legislacoes/rdc/16089-55.html >. Acesso em: 10 ago. 2011.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC 59, de 27 de Junho de 2000a. A diretoria colegiada da agencia nacional de vigilância sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 11, inciso IV, do regulamento da ANVISA aprovado pelo decreto 3.029, de 16 de abril de 1999, em reunião realizada em 20 de junho de 2000. Brasília: ANVISA, 2000. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2000/59_00rdc.html>. Acesso em: 10 ago. 2011.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC 176, de 07 de Junho de 2005a. Considerando a necessidade e controle sanitário na fabricação, importação exportação, fracionamento, armazenamento, expedição, embalagem, distribuição e transporte dos insumos farmacêuticos, art. 1º Fica estabelecida a obrigatoriedade do recadastramento e prestação de informações atualizadas por parte das empresas estabelecidas ou com

Page 65: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

65

representantes no país, que exerçam as atividades. Brasília: ANVISA, 2005. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2005/rdc/176_05rdc.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2011.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada – RDC 204, de 14 de Novembro de 2006. A diretoria colegiada da agencia nacional da vigilância sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV do art. 11 do regulamento aprovado pelo DECRETO nº 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto o inciso II, e nos §§ 1º e 3º do art. 54 do nº 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republica no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião realizada em 06 de novembro de 2006. Brasília: ANVISA, 2006. Disponível em:<http://www.interfarma.org.br/site2/images/Site%20Interfarma/Informacoesdosetor/RE/Garantia%20e%20Qualidade/RDC%202042006%20BPD%20e%20Fracionamento%20de%20Insumos.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2011.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC 249, de 13 de Setembro de 2005b. Considerando a necessidade de atualizar as boas práticas de fabricação de produto intermediário e insumo farmacêutico, e considerando a necessidade de padronizar as ações de vigilância sanitária. Brasília: ANVISA, 2005. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2002/249_02rdc.pdf >. Acesso em: 10 ago. 2011.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC 320, de 22 de Novembro de 2002a. Considerando a necessidade de garantir o sistema de controle e fiscalização em toda a cadeia dos produtos farmacêuticos, e a necessidade de acompanhar e monitorar nas distribuidoras, o comprimento das normas sanitárias para a distribuição de medicamentos, com vistas à detecção de medicamentos irregulares, os falsificados e os provenientes de cargas roubadas assegurando as ações preventivas do sistema de controle e fiscalização. Brasília: ANVISA, 2002. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2002/320_02rdc.htm >. Acesso em: 10 ago. 2011.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC 346, de 16 de Dezembro de 2002b. Considerando a necessidade de estabelecer as diretrizes técnicas para concessão, renovação, alteração e cancelamento de autorização de funcionamento ou de autorização especial de funcionamento de empresas que prestem serviços de armazenagem de mercadorias sob vigilância sanitária em terminais aquaviários, portos organizados, aeroportos, postos de fronteira e recintos alfandegados, e considerando a necessidade de estabelecer as diretrizes técnicas para as boas práticas de armazenagem a serem cumpridas pelas empresas que prestem serviços de armazenagem de mercadorias sob vigilância sanitária em estabelecimentos instalados em terminais aquaviários, portos organizados, aeroportos, postos de fronteira e recintos alfandegados. Brasília:

Page 66: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

66

ANVISA, 2002. Disponível em: < http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2002/346_02rdc.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2011.

BRASIL. Conselho Regional do Estado de São Paulo. Distribuição e transportes. Julho de 2009b. Disponível em: <http://xa.yimg.com/kq/groups/2299115/1084345101/name/Cartilha+-+Distribui%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%A3o+e+Transporte.pdf>. Acesso em: 15 jun. 2011.

BRASIL. Estabilidade de Medicamentos: Uma radiografia da realidade brasileira. Pharmácia Brasileira. Brasília, DF, ano 3, n° 24, p. 4-8, janeiro/fevereiro.2001.

BRASIL: Journal of Public Health. São Paulo: Universidade de São Paulo Faculdade de Saúde Pública, 2000b. Disponível em: <www.fsp.usp.br/rsp>. Acesso em: 10 de jun. 2011.

BRASIL. Manual Farmacêutico: Conselho regional de farmácia do estado de Goiás. Disponível em: <http://www.crfgo.org.br/site/manual2009.pdf>. Acesso em: 25 set. 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde Central de Medicamentos. Boas práticas para estocagem de medicamentos. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd05_05.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2011.

BRASIL. Para entender a gestão do programa de medicamentos de dispensação em caráter excepcional. 2004. Disponível em: <http://www.conass.org.br/admin/arquivos/documenta3.pdf>. Acesso em: 15 jul. 2011.

BRASIL. Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados. Orientações para o armazenamento de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médios. Disponível em: <http://www.umcci.min- saude.pt/SiteCollectionDocuments/Orientacoes_armazenamento_farmacos.pdf>. Acesso em: 20 set. 2011.

CONSENDEY, M. A. E.. Assistência farmacêutica na atenção básica de saúde: a experiência de três estados brasileiros. Caderno de Saúde Pública, 16 (1): 171 – 182, 2000.

DEFILIPPE, C. R. Estabilidade de medicamentos: condições ambientais adequadas para a conservação dos medicamentos. Rio de Janeiro. [s.n.], 1985.40 p.

Page 67: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

67

FARMACOPÉIA BRASILEIRA .4.ed. São Paulo: Atheneu. 1988.

MARIN, N.; LUIZA, V. L.; CASTRO, C. G. S. O.; SANTOS, S. M. Assistência farmacêutica para gerentes municipais. Rio de Janeiro: OPAS/OMS, 2003. 334p.

MARTINS, L. P. GALATO, D. O ciclo de assistência farmacêutica no sistema único de saúde: estudo qualitativo em um município do estado de Santa Catarina. Disponível em: <http://www.revbrasfarm.org.br/pdf/2008/RBF_R3_2008/130_pag_185a188_ciclo_assistencia.pdf>. Acesso em: 12 ago. 2011.

MOURA, R. A. Logística: suprimento, armazenamento, distribuição física. São Paulo: Ibam, 1989.

NUNES, J. T; SILVA, L. A. da. Assistência farmacêutica na atenção básica instruções técnicas para a sua organização. 1. ed. Brasília: MedMidia E Associados Ltda, 2001.

SAMPAIO, MAURO. CRISLLAG. J. M. Integração da cadeia de suprimentos da indústria farmacêutica. São Paulo: ENERO-MARZO, 2010. 109 – 130p.

YOKAICHIYA, C. M.; et al. Manual de estruturação de almoxarifado de medicamentos e produtos para a saúde, e de boas práticas de armazenamento e distribuição. Disponível em: <http://ww2.prefeitura.sp.gov.br/arquivos/secretarias/saude/ass_farmaceutica/0004/almoxarifado.doc>. Acesso em: 20 jul. 2011.

Page 68: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

68

APÊNDICE

PESQUISA SOBRE: ARMAZENAMENTO DE MEDICAMENTOS EM DROGARIAS

E DISTRIBUIDORAS

1. Qual sua formação profissional?

Farmacêutico

Outras formações

2. Qual o responsável pelo almoxarifado?

3.

3. Qual o tipo de estoque?

Horizontal

Vertical (porta pallets)

4. Há separação física, bem delimitada, entre o recebimento, expedição e

a armazenagem geral?

Sim . Não

5. O local apresenta-se em boas condições?

Sim

Não

6. O local possui forro?

Farmacêutico

Proprietário

Page 69: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

69

Sim

Não

7. A iluminação é boa?

Sim

Não

8. Existe proteção contra entrada de roedores?

Sim

Não

9. Existe proteção contra entrada de aves?

Sim

Não

10. Existem registros escritos do controle de temperatura e umidade?

Sim

Não

11. Existem extintores de incêndio?

Sim

Não

12. O local é completamente fechado?

Sim

Page 70: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

70

Não

13. Existem “pallets” ou estantes suficientes para a operação de estocagem e

movimentação dos estoques?

Sim

Não

14. Existe local apropriado para a armazenagem de imunobiológicos?

Sim

Não

15. As câmaras frias têm termômetros para a medição de temperatura?

Sim

Não

16. Existe local apropriado para armazenagem de produtos termolábeis?

Sim

Não

17. Existe local para guardar produtos controlados?

Sim

Não

18. Existem procedimentos por escrito para a expedição de medicamentos?

Sim

Não

Page 71: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

71

19. Existem procedimentos escritos para o recebimento de medicamentos?

Sim

Não

20. Quando de sua chegada, os medicamentos são examinados fisicamente

para se certificar que estão íntegros e nas quantidades certas?

Sim

Não

21. Se houverem discordâncias quanto ás quantidades ou quanto à integridade

física dos medicamentos, qual o procedimento adotado?

Não recebem

Recebem e ficam em quarentena

22. Na chegada, os medicamentos são examinados quanto ao número do lote

e prazo de validade?

Sim

Não

23. Existem procedimentos escritos para as atividades relativas ao

armazenamento dos medicamentos?

Sim

Não

24. Os medicamentos são estocados por lotes de produtos?

Page 72: Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distribuidoras em fernandópolis e região

72

Sim

Não

25. O sistema de se despachar os lotes mais antigos em primeiro lugar é

seguido rigorosamente?

Sim

Não