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Directorate-General for Communication
PUBLIC OPINION MONITORING UNIT
Brussels, October 2014
Estudo pós-eleitoral 2014
ELEIÇÕES EUROPEIAS DE 2014
SÍNTESE ANALÍTICA
Cobertura: UE 28
População: 27 331 europeus em idade de votar (18 anos ou mais/16
anos ou mais na Áustria)
Metodologia: Frente a frente (CAPI)
Trabalho de campo: 30 de maio – 27 de junho de 2014, realizado pela TNS
opinion
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 3
I. A PARTICIPAÇÃO...................................................................................................... 18
II. O VOTO........................................................................................................................ 21
III. A ABSTENÇÃO ........................................................................................................... 31
IV. A ATITUDE PERANTE A EUROPA ......................................................................... 38
V. O INTERESSE PELAS ELEIÇÕES EUROPEIAS E PELA POLÍTICA EM GERAL
...................................................................................................................................... 63
VI. INFORMAÇÃO E EXPOSIÇÃO À CAMPANHA ..................................................... 75
Unidade de Acompanhamento da Opinião Pública
Jacques Nancy +32 2 284 24 85
2
Advertência
O inquérito em apreço foi realizado no âmbito do contrato relativo à noite eleitoral de 2014
(com base na metodologia de um inquérito frente a frente tradicional, à semelhança do
inquérito pós-eleitoral de 2009).
Os critérios de retificação aplicáveis a este inquérito pós-eleitoral são o sexo, a idade e a
zona de residência, bem como a reconstituição da participação nas eleições europeias e a
reconstituição do voto.
3
INTRODUÇÃO
Contexto geral
O trabalho no terreno para este inquérito foi efetuado pela TNS Opinion na sequência das
eleições europeias de maio de 2014. Destina-se a compreender melhor as razões que levaram
os eleitores europeus a participar ou a abster-se neste escrutínio.
Como acontece sempre com inquéritos deste tipo, convém ter em conta as conjunturas
nacionais, europeia e internacional no momento do inquérito no terreno.
Como vem acontecendo desde há 6 anos, o contexto europeu em que se inscreve este
inquérito do Parlamento Europeu está, antes de mais, marcado pelas consequências da crise
monetária, financeira, económica e social.
Mais ainda, em relação às eleições europeias de 2009, a situação política na UE foi marcada
por alterações políticas importantes:
a União Europeia conta com mais um Estado-Membro, a Croácia;
em virtude das inovações do Tratado de Lisboa, o número de deputados ao Parlamento
Europeu passou de 766 para 751;
pela primeira vez, um candidato à presidência da Comissão Europeia foi proposto pelo
Conselho Europeu, com base nos resultados das eleições europeias. No exercício da sua
nova competência, o Parlamento Europeu elegeu, em 15 de julho de 2014, Jean-Claude
Juncker para liderar a Comissão;
além disso, em vários Estados-Membros, os cidadãos foram chamados a votar em
eleições nacionais: decorreram eleições simultâneas na Bélgica (federais e regionais), na
Lituânia (presidenciais), na Grécia (locais), na Alemanha (locais), na Irlanda (locais), em
Itália (provinciais e municipais), em Malta (locais) e no Reino Unido (locais).
4
PRINCIPAIS ENSINAMENTOS
1. Participação:
A taxa de participação nas eleições europeias de 2014 é de 42,54 % (43 % em 2009).
Esta média europeia encobre diferenças consideráveis entre os 28
Estados-Membros, que chegam a atingir os 76,5 pontos percentuais entre Bélgica
(89,6 %) e Eslováquia (13,1 %). Assim, constata-se um aumento significativo da
participação em sete países, uma quase estabilidade noutros seis e uma descida nos
restantes quinze (nomeadamente na maioria dos países que fazem parte da UE desde
2004, 2007 e 2013).
2. Razões da votação ou da abstenção:
Tal como em 2009, os cidadãos que se deslocaram às urnas foram principalmente
motivados: pelo cumprimento do seu dever cívico; pelo facto de votarem sempre;
pelo facto de apoiarem um partido político de que se sentem próximos.
A estas razões «tradicionais» seguem-se imediatamente razões especificamente
europeias: «sou a favor da UE»; «sinto-me europeu/europeia e cidadão/cidadã da
UE»; «as coisas podem mudar com o voto nas eleições europeias».
Após a entrada em vigor das disposições institucionais do Tratado de Lisboa, uma
nova opção foi introduzida na lista proposta aos inquiridos que votaram em 25 de
maio de 2014: «influenciar a escolha do presidente da Comissão Europeia».
Em média, 5 % dos votantes incluíram esta opção entre as três respostas que poderiam
dar como razão para votar. Importa assinalar que esse valor é igual ou superior a 10 %
em três países: Áustria (12 %), Alemanha (10 %) e Luxemburgo (10 %).
Quanto às razões mais referidas pelos não votantes, sobressai, tal como em 2009,
uma falta de confiança e de interesse na política em geral: «falta de
confiança/insatisfação face à política, em geral»; «não se interessa pela política»;
«votar não tem consequências/votar não altera nada».
Saliente-se que, entre os referidos motivos para a abstenção, os que respeitam a uma
relutância perante a UE não fazem parte das respostas mais citadas: falta de
interesse pelos assuntos europeus, descontentamento com o PE, falta de conhecimento
da UE, oposição à UE e falta de debate público.
3. Preocupações que motivaram o voto
O desemprego constitui a principal preocupação dos eleitores que se deslocaram às
urnas nas eleições europeias.
5
Na ótica dos cidadãos, a segunda preocupação consiste no crescimento económico.
Em relação a 2009, o tema da imigração, que surge em terceiro lugar, regista um
aumento significativo ao nível da UE.
4. Atitude em relação à União Europeia
A adesão à UE é encarada como algo «positivo» por uma maioria absoluta dos
inquiridos.
Quanto ao apego que os europeus, votantes ou não votantes, manifestam
relativamente à UE, mantém-se amplamente maioritário.
De resto, continua a haver uma maioria absoluta de europeus que se sentem
«cidadãos/cidadãs da UE», ainda que este sentimento registe uma queda
significativa nos países mais severamente atingidos pela crise.
Em contrapartida, constata-se que a maioria dos europeus considera que o
Parlamento Europeu não tem em conta as suas preocupações, em maior número em
relação a 2009.
A confiança manifestada nas instituições europeias sofre um decréscimo. Com
efeito, essa confiança diminui em 15 Estados-Membros em relação a 2009. É
especialmente o caso de alguns dos país mais afetados pela crise, nomeadamente a
Grécia, Espanha, Itália, Portugal e ainda a França.
5. Interesse pelas eleições europeias:
A maioria absoluta dos inquiridos considera que «dispunha de todas as
informações necessárias» para fazer uma escolha nas eleições.
6. Exposição a uma campanha:
Tal como em 2009, a memória de uma «campanha destinada a incentivar os
cidadãos a votarem» foi testada junto dos europeus. Esta memória está presente no
espírito de mais de seis europeus em dez.
No entanto, esta média europeia encobre diferenças nacionais consideráveis,
podendo observar-se nesta matéria variações na ordem dos 45 pontos percentuais
entre os 28 países da UE, nomeadamente entre Suécia (89 %) e Bélgica (44 %).
6
7. Tendências sociodemográficas:
O leitor encontrará no anexo da presente síntese uma análise sociodemográfica detalhada
relativamente a algumas perguntas do inquérito.
Entre as principais tendências, verifica-se o seguinte:
A diferença entre a participação dos homens e das mulheres acentua-se, atingindo
quatro pontos percentuais, quando, em 2009, era de dois pontos.
À imagem do que sucedia em 2009, os quadros dirigentes e os independentes são
aqueles que mais se mobilizaram. Contudo, observa-se um aumento da mobilização
dos estudantes e dos desempregados.
Mais uma vez, os jovens (18-24) são os que mais se abstiveram nas eleições
europeias, pese embora serem os que encaram de forma mais positiva a UE.
No que toca à exposição a uma campanha eleitoral, as categorias que menos se
recordam da mesma são as mulheres, as pessoas com menor grau de instrução e
os homens/mulheres domésticos.
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I. PARTICIPAÇÃO
A. A participação estabiliza-se ao nível da UE 28
A taxa de participação final nas eleições europeias de 2014 ascende a 42,54 %.
B. Ao nível nacional, as taxas de participação divergem profundamente1
A diferença verificada entre o país em que se registou a maior taxa de participação
(89,6 % na Bélgica, com votação obrigatória e eleições legislativas simultâneas) e
aquele com a taxa de participação mais baixa (13,1 % na Eslováquia) foi de
76,5 pontos percentuais.
C. Evoluções nacionais da taxa de participação2
Em relação a 2009, regista-se um aumento significativo da taxa de participação em
sete países: Lituânia (47,3 %; +26,3), Grécia (60 %; +7,4), Suécia (51,1 %; +5,6),
Alemanha (48,1 %; +4,8), Roménia (32,4 %; +4,7), Croácia (25,24 %; +4,43) e França
(42,4%; +1,8).
A participação é estável (+/- 1 ponto) em seis Estados-Membros: Bélgica, Áustria,
Finlândia, Países Baixos, Reino Unido e Polónia.
Porém, diminui nos restantes Estados-Membros, tendo a Letónia registado a queda
mais significativa, com -23,5 pontos percentuais (30,2 %).
1 O voto é obrigatório na Bélgica, no Luxemburgo, na Grécia e em Chipre.
2 Aquando da realização dos cálculos, os números relativos à Finlândia e ao Reino Unido ainda não eram
definitivos.
3 Em relação a 2013 no caso da Croácia.
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II. PERFIL DOS VOTANTES
A. Os votantes decidem ir às urnas mais tarde em relação a 2009
O momento em que se toma a decisão de ir votar está mais próximo do dia da
eleição.
A maioria (45%) dos votantes afirma que votou sempre desta forma. Todavia, esta
resposta teve uma redução de 5 pontos percentuais (50 % em 2009), em benefício
de uma data mais próxima do escrutínio.
Com efeito, verifica-se um aumento muito ténue dos eleitores que afirmam terem
decidido ir votar alguns meses antes do escrutínio (23 %, +2), semanas antes (14 %,
+1), dias antes (10 %, +1) ou no próprio dia da eleição (7 %, +1).
A nível nacional:
os eleitores que tomam a sua decisão alguns meses ou algumas semanas antes
das eleições são a categoria mais numerosa na Grécia (48 %), em Itália (47 %), na
Irlanda e na Suécia (43 % em cada);
os eleitores que tomam a sua decisão alguns dias antes das eleições são a
categoria mais numerosa na República Checa (19 %), na Dinamarca e nos Países
Baixos (18 % em cada) e na Suécia (17 %).
B. Razões do voto
A hierarquia das razões invocadas continua estável em relação ao que foi
observado em 2009.
Entre os eleitores, as razões mais referidas são «votar é um dever cívico» (41 %, -6)
e «voto sempre» (41 %, +1). O terceiro motivo é «apoiar o partido de que me sinto
próximo» (22, -2 %).
Seguem-se três razões puramente europeias, a saber:
«sou a favor da UE» (14 %, -2);
«sinto-me europeu/europeia» (13 %, =);
«as coisas podem mudar com o voto nas eleições europeias» (12 %, -7).
Entre as respostas que se seguem, assinalam-se três evoluções significativas: a ideia
de que o voto «pode mudar as coisas» recebe menos adesão (12 %, -7), ao contrário
da «desaprovação relativamente à UE» (7 %, +5) e da «desaprovação
relativamente ao Governo nacional» (10 %, +5), que registam um aumento.
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C. Preocupações que motivaram o voto
No atual contexto de crise, o desemprego (45 %, +8) é tido como a principal
preocupação que motivou o voto.
Segue-se o crescimento económico (40 %, -1).
Estas duas preocupações eram igualmente as mais referidas em 2009, mas a sua
ordem hierárquica inverteu-se.
A referência à imigração (23 %, +7) regista uma forte subida em relação a 2009.
A preocupação relativa ao futuro das pensões de reforma mantém-se estável nos
22 %.
O papel da UE na cena internacional regista uma ligeira descida (20 %, -2).
Refira-se que as respostas relativas à moeda única aumentaram 5 pontos percentuais,
fixando-se nos 17 %.
As preocupações que mais diminuem em relação a 2009 são o terrorismo (7 %, -4) e
a luta contra as alterações climáticas (12 %, - 4).
A nível nacional:
o desemprego é a preocupação mais referida na Grécia (73 %, +13), em Chipre
(67 %, +28), Espanha (66%, +1) e Itália (65 %, +29), os países mais atingidos
pela crise;
o crescimento económico é a resposta mais citada em Portugal (55 %, +12), na
Letónia (50 %, -7) e na Lituânia (49 %, -5);
a preocupação relativa à «imigração» aumenta em 19 Estados-Membros, com
resultados que chegam a duplicar, por exemplo, no Reino Unido (42 %, +21
pontos percentuais em relação a 2009) em França (21 %, +11).
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III. PERFIL DOS ABSTENCIONISTAS
A taxa de abstenção final nas eleições europeias de 2014 ascende a 57,46 %.
A. O perfil dos abstencionistas confirma-se em relação a 2009
Esta análise mostra que quase um em cada cinco não-votantes decidiu abster-se no
próprio dia das eleições.
Para avaliar os resultados desta questão, recorreu-se à classificação que resulta de
uma análise documental efetuada após as eleições de 2009. A comparação com 2009
demonstra que o perfil dos abstencionistas apresenta diferenças pouco significativas.
1. Os abstencionistas incondicionais
São aqueles que nunca votam. Representam 24 % dos não votantes e subiram dois
pontos percentuais em relação a 2009.
2. Os abstencionistas ponderados
São aqueles que decidiram abster-se alguns meses (18 %, tal como em 2009) ou
algumas semanas (13 %, -2) antes das eleições. Ao todo, são 31 % dos
abstencionistas (-2).
3. Os abstencionistas impulsivos
Ao todo, representam 34 % dos abstencionistas: os que decidem não votar alguns
dias antes do escrutínio (15 %, -1) ou no próprio dia das eleições (19 %, +3).
4. Os abstencionistas indeterminados
Estes não votantes, que representam 11 % (-2) dos abstencionistas, desconhecem o
momento em que decidiram não votar nas eleições europeias. Este valor desceu dois
pontos percentuais em relação a 2009.
A nível nacional:
os abstencionistas impulsivos são a categoria mais numerosa na Dinamarca
(57 %, +15), nos Países Baixos (56 %, +12) e na Suécia (43 %, -1);
saliente-se que é no Reino Unido que os abstencionistas indeterminados são mais
numerosos (23 %, +6).
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B. Razões para não votar
Ainda que seja, tal como em 2009, a razão mais citada pelos abstencionistas, a «falta
de confiança na política em geral» regista uma diminuição (23 %, -5).
A nível nacional, é a mais referida em Chipre (56 %, +12), em Espanha (41 %, +17) e
na Bulgária (38 %, -7). Em sentido inverso, é muito pouco mencionada na Dinamarca
(7 %), na Bélgica (8 %) e no Luxemburgo (9 %).
A segunda razão mais citada é a ausência de interesse pela política, com 19 % (+2).
A nível nacional, é a mais referida na Hungria (32 %, +3), em Espanha (30 %, +4) e
em Portugal (27 %, +4).
Segue-se a razão segundo a qual «votar não tem consequências/votar não altera
nada» (14 %, -3).
A nível nacional, constata-se que o facto de que «votar não tem consequências» é a
razão mais frequentemente citada na Bulgária (29 %, -2), em Chipre (25 %, +4) e na
Letónia (22 %,
-16). Em sentido inverso, é a menos referida na Dinamarca e no Reino Unido (6 % em
cada) e na Irlanda (8 %).
Importa observar que a razão ligada ao facto de não saber muito sobre a UE, o PE
ou as eleições europeias ocupa a nona posição com 7 % (-3).
A nível nacional, esta resposta é a mais referida na Suécia (22 %) e nos Países Baixos
(15 %).
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IV. ATITUDES DOS EUROPEUS PERANTE AS ELEIÇÕES
1. Pertença à UE
A questão da pertença não constava do inquérito pós-eleitoral de 2009. A comparação
foi efetuada a partir de diversos inquéritos Eurobarómetro levados a cabo desde a
primavera de 2009.
As respostas confirmam uma estabilidade do sentimento de pertença: uma maioria
absoluta de inquiridos considera que a adesão à UE é «positiva» (51 %).
Verificam-se, ainda assim, diferenças entre os votantes e os não votantes: 63 % dos
votantes entendem que a adesão à UE é «positiva», contra 42 % dos abstencionistas.
Refira-se que 29 % dos europeus julgam que a adesão à UE «não é positiva nem
negativa»: 22 % dos votantes contra 34 % dos não votantes.
A nível nacional:
a adesão à UE encarada como «positiva» lidera as respostas no Luxemburgo
(78 %), na Bélgica (69 %) e em Malta (68 %);
em contrapartida, é a resposta menos frequente na República Checa (27 %), em
Itália (35 %) e em Chipre (37 %).
2. Apego ao país de origem e à Europa
Nove em cada dez inquiridos sentem apego ao país de origem (90 %, -1 em relação
a 2009),
Paralelamente, 62 % (-2) desse total sente apego à Europa.
Importa realçar que tanto os votantes como os não votantes sentem, na sua maioria,
apego à Europa, embora em proporções bastante diferentes (72 % e 56 %,
respetivamente).
A nível nacional:
os países com o mais baixo sentimento de apego à Europa são a Grécia (41 %, -
12), Chipre (41 %, -15) e Itália (45 %, -14);
o Reino Unido (47 %) faz igualmente parte do rol dos países em que o
sentimento de apego à Europa é mais fraco. Não obstante, verifica-se um
aumento de 13 pontos percentuais deste sentimento em relação a 2009.
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3. Sentimento de cidadania da UE
63 % (-1) dos inquiridos sentem-se « cidadãos/cidadãs da UE».
Embora em proporções bastante diferentes, este sentimento é maioritário tanto entre
os votantes (72 %) como entre os abstencionistas (56 %).
A nível nacional:
em 24 Estados-Membros, os inquiridos que se sentem «cidadãos/cidadãs da
UE» constituem uma maioria absoluta;
mais uma vez, é nos países mais atingidos pela crise que as diminuições desse
sentimento são mais significativas: Chipre (52 %, -19), Grécia (46 %, -17) e
Itália (45 %, -16).
4. Confiança nas instituições europeias
No que respeita à confiança nas instituições, constata-se igualmente a mesma
tendência de decréscimo verificada nos Eurobarómetros dos últimos anos.
Assim, 43 % manifesta confiar nas instituições, contra 50 % no inquérito
pós-eleitoral de 2009.
Os graus de confiança são de 55 % entre os votantes contra 35 % entre os não
votantes.
Ascende a 52 % (+12) a proporção dos cidadãos europeus que não confiam nas
instituições europeias.
A nível nacional:
em relação a 2009, a confiança nas instituições europeias regista uma descida
em 15 Estados-Membros (num total de 274). A queda da confiança é
especialmente vincada nalguns dos países mais atingidos pela crise: Itália (35 %,
-25), Portugal (34 %, -24), Espanha (38 %, -21), Chipre (48 %, -18), Grécia
(39 %, -12) e ainda França (36 %, -10);
convém salientar que uma parte considerável dos cidadãos responde não saber na
Polónia (13 %), no Reino Unido (10 %) e na Estónia (9 %).
4 Em 2009, a Croácia não fazia parte da União Europeia.
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5. Atenção dada pelo Parlamento Europeu às preocupações dos cidadãos europeus
As preocupações dos cidadãos, seguramente reforçadas pelo contexto de crise, são de
uma tal magnitude que, aparentemente, se repercutem nas instituições através das
respostas desses cidadãos.
54 % dos inquiridos consideram que o Parlamento Europeu não «tem em conta as
preocupações dos cidadãos europeus», contra 41 % em 2009.
Os votantes que consideram que o Parlamento Europeu não tem em conta as suas
preocupações são 47 %. Os não votantes que consideram o mesmo são 59 %.
Pelo contrário, 38 % dos inquiridos consideram que o Parlamento Europeu tem em
conta as suas preocupações: 48 % dos votantes contra 31 % dos não votantes.
A nível nacional:
o sentimento de que o Parlamento Europeu tem em conta as preocupações dos
cidadãos regista uma descida em 19 Estados-Membros. Em relação a 2009, esta
diminuição é mais importante em Espanha (27 %, -26), Chipre (35 %, -25) e
Eslováquia (35 %, -22);
este sentimento regista um aumento em oito Estados-Membros, principalmente
em Malta (63 %, +5), na Alemanha (48 %, +5) e na Bulgária (39%, +4).
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V. INTERESSE PELA POLÍTICA EM GERAL
Atualmente, uma maioria absoluta de cidadãos da UE declara não estar «interessada
na política (54%), mas com diferenças muito acentuadas entre os
Estados-Membros que atingem 43 pontos percentuais.
No entanto, convém referir que esta falta de interesse se situa nos 37 % entre os
votantes, contra 68 % entre os não votantes.
A nível nacional:
o desinteresse pela política é mais elevado na Croácia (75 %), na República
Checa e em Portugal (71 % em cada), bem como na Roménia (70 %);
os países em que é menos vincado são a Dinamarca (32 %), o Luxemburgo e a
Alemanha (33 % em cada).
16
VI. INFORMAÇÃO E EXPOSIÇÃO A UMA CAMPANHA
A. Informações suficientes para votar
57 % (+4) dos cidadãos europeus consideram que dispunham de «todas as
informações necessárias» para decidir em quem votar nas eleições europeias.
É essa a opinião de 75 % dos votantes contra 44 % dos não votantes.
A nível nacional:
em 26 dos 28 países, uma maioria absoluta dos cidadãos declara dispor de
todas as informações necessárias para votar;
verifica-se uma evolução positiva em 16 países, com destaque para a Bulgária
(65 %, +16), a Lituânia (71 %, +14) e o Reino Unido (55 %, +13);
em somente dois países, uma maioria absoluta de inquiridos considera que não
dispôs de todas as informações necessárias: Portugal (54 %, +4) e República
Checa (53 %, +5).
B. Memória de uma campanha
Questionados sobre o facto de se recordarem de uma «campanha destinada a
incentivar os cidadãos a votar» nas eleições europeias, 65 % (-2) dos inquiridos
respondem afirmativamente.
Esta memória é manifestada por uma maioria absoluta quer entre os votantes (73 %)
quer entre os não votantes (58 %).
A nível nacional:
esta média europeia encobre, ainda assim, diferenças nacionais consideráveis,
podendo observar-se nesta matéria uma variação que atinge 45 pontos
percentuais entre o primeiro país, a Suécia (89 %), e o último, a Bélgica (44 %).
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I. A PARTICIPAÇÃO
1. A participação
1) A média europeia
A afluência às eleições europeias (%UE)
19
2) Resultados nacionais
A afluência às eleições europeias de 22 a 25 de maio de 2014 nos 28 Estados-Membros
20
3) Os desenvolvimentos nacionais
A afluência às eleições europeias de 22 a 25 de maio de 2014 nos 28 Estados-Membros − Comparação com a eleição anterior (%)
Os resultados das eleições europeias anteriores na Croácia são de 2013
21
II. O VOTO
1. O momento decisivo de ir votar
1) A média europeia
Base : inquiridos que votaram
22
Base : inquiridos que votaram
23
2) Resultados nacionais
Base : inquiridos que votaram
24
3) Os desenvolvimentos nacionais
Base : inquiridos que votaram
25
2. As razões para votar
1) A média europeia
Base : inquiridos que votaram
26
2) Resultados nacionais
Base : inquiridos que votaram
27
3) Os desenvolvimentos nacionais
Base : inquiridos que votaram
28
3. O que está em jogo no voto
1) A média europeia
Base : inquiridos que votaram
29
2) Resultados nacionais
Base : inquiridos que votaram
30
3) Os desenvolvimentos nacionais
Base : inquiridos que votaram
31
III. A ABSTENÇÃO
1. O momento decisivo da abstenção
1) A média europeia
Base : inquiridos que não votaram
32
Base : inquiridos que não votaram
33
2) Resultados nacionais
Base : inquiridos que não votaram
34
3) Os desenvolvimentos nacionais
Base : inquiridos que não votaram
35
2. As razões da abstenção
1) A média europeia
Base : inquiridos que não votaram
36
2) Resultados nacionais
Base : inquiridos que não votaram
37
3) Os desenvolvimentos nacionais
Base : inquiridos que não votaram
38
IV. AS ATITUDES EM RELAÇÃO À EUROPA
1. Ser membro da UE: é algo bom ou mau?
1) A média europeia
Base: todos os inquiridos
39
2) Os votantes / abstencionistas nas eleições europeias
Base: todos os inquiridos
40
3) Resultados nacionais
Base: todos os inquiridos
41
Base: todos os inquiridos
42
2. A ligação à Europa
1) A média europeia
Base: todos os inquiridos
43
2) Os votantes / abstencionistas nas eleições europeias
Base: todos os inquiridos
44
3) Resultados nacionais
Base: todos os inquiridos
45
4) Os desenvolvimentos nacionais
Base: todos os inquiridos
46
3. A ligação ao país
1) A média europeia
Base: todos os inquiridos
47
2) Os votantes / abstencionistas nas eleições europeias
Base: todos os inquiridos
48
3) Resultados nacionais
Base: todos os inquiridos
49
4) Os desenvolvimentos nacionais
Base: todos os inquiridos
50
4. O sentimento de ser um cidadão europeu
1) A média europeia
Base: todos os inquiridos
51
2) Os votantes / abstencionistas nas eleições europeias
Base: todos os inquiridos
52
3) Resultados nacionais
Base: todos os inquiridos
53
4) Os desenvolvimentos nacionais
Base: todos os inquiridos
54
5. A confiança nas instituições da UE
1) A média europeia
Base: todos os inquiridos
55
2) Os votantes / abstencionistas nas eleições europeias
Base: todos os inquiridos
56
3) Resultados nacionais
Base: todos os inquiridos
57
4) Os desenvolvimentos nacionais
Base: todos os inquiridos
58
6. A consideração das preocupações dos cidadãos europeus por parte do
Parlamento Europeu
1) A média europeia
Base: todos os inquiridos
59
2) Os votantes / abstencionistas nas eleições europeias
Base: todos os inquiridos
60
3) Resultados nacionais
Base: todos os inquiridos
61
Base: todos os inquiridos
62
4) Os desenvolvimentos nacionais
Base: todos os inquiridos
63
V. O INTERESSE NAS ELEIÇÕES EUROPEIAS E NA POLÍTICA EM GERAL
1. O interesse na política
1) A média europeia
Base: todos os inquiridos
64
2) Os votantes / abstencionistas nas eleições europeias
Base: todos os inquiridos
65
3) Resultados nacionais
Base: todos os inquiridos
66
4) Os desenvolvimentos nacionais
Base: todos os inquiridos
67
2. A importância de saber que candidatos foram eleitos deputados
1) A média europeia
Base: todos os inquiridos
68
2) Os votantes / abstencionistas nas eleições europeias
Base: todos os inquiridos
69
3) Resultados nacionais
Base: todos os inquiridos
70
4) Os desenvolvimentos nacionais
Base: todos os inquiridos
71
3. A importância de saber que partido político elegeu mais deputados nas
eleições europeias
1) A média europeia
Base: todos os inquiridos
72
2) Os votantes / abstencionistas nas eleições europeias
Base: todos os inquiridos
73
3) Resultados nacionais
Base: todos os inquiridos
74
4) Os desenvolvimentos nacionais
Base: todos os inquiridos
75
VI. INFORMAÇÃO E EXPOSIÇÃO A UMA CAMPANHA
1. O nível de informação antes do dia das eleições
1) A média europeia
Base: todos os inquiridos
76
2) Os votantes / abstencionistas nas eleições europeias
Base: todos os inquiridos
77
3) Resultados nacionais
Base: todos os inquiridos
78
4) Os desenvolvimentos nacionais
Base: todos os inquiridos
79
2. A memória de uma campanha que encorajava as pessoas a votar
1) A média europeia
Base: todos os inquiridos
80
2) Os votantes / abstencionistas nas eleições europeias
Base: todos os inquiridos
81
3) Resultados nacionais
Base: todos os inquiridos
82
4) Os desenvolvimentos nacionais
Base: todos os inquiridos