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28 de novembro de 2018 VERSÃO 1 ESTUDO PARA REVISÃO DO REGULAMENTO TÉCNICO DO SISTEMA DE GERENCIAMENTO DA SEGURANÇA OPERACIONAL SGSO

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28 de novembro de 2018

VERSÃO 1

ESTUDO PARA REVISÃO DO REGULAMENTO TÉCNICO DO SISTEMA DE GERENCIAMENTO

DA SEGURANÇA OPERACIONAL

SGSO

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APRESENTAÇÃO

A primeira versão do que viria a ser resolução ANP nº 43/2007 foi disponibilizada através de consulta

pública pela Superintendência de Desenvolvimento da Produção – SDP em dezembro de 2003.

A partir deste momento foi formado um Grupo de Trabalho - GT com a participação de técnicos do então

Núcleo de Segurança Operacional da ANP e representantes do Instituto Brasileiro do Petróleo Gás e

Biocombustíveis - IBP. O GT promoveu discussões ao longo dos anos de 2004 a 2006, quando concluiu

a consolidação dos comentários advindos da consulta pública. Em virtude deste trabalho, a Agência

decidiu por efetuar nova proposta de ação e consequentes consultas e audiências públicas no ano de

2007 (ANP1).

A forma de criação deste regulamento ratifica estudo2 que indica que as regulamentações necessárias

ao desenvolvimento de atividades econômicas, quando desenvolvidas com amplo envolvimento das

partes interessadas, tendem a ser mais representativas das tendências globais e tendem a resultar em

maior benefício global e maior aplicabilidade, em função de considerações que tenham sido feitas pelas

partes interessadas acerca das especificidades das atividades que estiveram sendo reguladas.

Após dez anos da publicação do SGSO, a ANP proporcionou nova oportunidade de discussão com a

Indústria a fim de buscar aprimoramentos do Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional.

O IBP, por sua vez, em linha com seus princípios de atuar em colaboração com órgãos públicos no

aperfeiçoamento de normas em processo de revisão, organizou novo GT, e seus associados tomaram a

iniciativa de definir, preliminarmente, uma proposta para a adoção de metodologia que examinasse os

cinco regulamentos existentes e propusesse sua integração, gerando um documento integrado de

segurança operacional.

Após entendimentos com a Superintendência de Segurança Operacional e Meio Ambiente (SSM) da ANP,

foram acordadas etapas de trabalho e reuniões conjuntas de discussão e esclarecimentos, conforme

adiante será apresentado.

1 ANP - AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS. Relatório de Gestão de 2004. Brasil: ANP,

2005. ___________________. Relatório de Gestão de 2006. Brasil: ANP, 2007. 2 MOLLE JUNIOR, LUIZ. A Regulamentação da Indústria do Petróleo: Estudo de Caso sobre a Criação da Resolução

CONAMA 293 – Um modelo a ser Adotado. Dissertação (Mestrado em Sistemas de Gestão) Departamento de Engenharia da Produção, Universidade Federal Fluminense. Orientador: Prof. José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. Niteroi, 2004.

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ..................................................................................................................... 2

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 5

2 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA ......................................................................................... 6

3 DEFINIÇÕES, SIGLAS E ABREVIATURAS ........................................................................... 7

4 ESTUDOS PARA A REVISÃO DO SGSO ............................................................................... 7

5 PROPOSTAS DE PRÁTICAS DE GESTÃO INTEGRADAS ........................................................ 9

Prática de Gestão nº 1: Cultura de Segurança, Compromisso e Responsabilidade Gerencial ........... 10

Prática de Gestão nº 2: Envolvimento do Pessoal ..................................................................... 12

Prática de Gestão nº 3: Qualificação, Treinamento e Desempenho do Pessoal .............................. 13

Prática de Gestão nº 4: Ambiente de Trabalho e Fatores Humanos ............................................. 14

Prática de Gestão nº 5: Seleção, Controle e Gerenciamento de Contratadas ................................ 15

Prática de Gestão nº 6: Monitoramento e Melhoria Contínua do Desempenho............................... 17

Prática de Gestão nº 7: Auditorias .......................................................................................... 18

Prática de Gestão nº 8: Gestão da Informação e da Documentação ............................................ 21

Prática de Gestão nº 9: Investigação de Incidentes .................................................................. 22

Prática de Gestão nº 10: Projeto, Construção, Instalação e Desativação ...................................... 26

Prática de Gestão nº 11: Elementos Críticos de Segurança Operacional ....................................... 29

Prática de Gestão nº 12: Identificação e Análise de Riscos ......................................................... 30

Prática de Gestão nº 13: Integridade Mecânica ........................................................................ 32

Prática de Gestão nº 14: Planejamento e Gerenciamento de Grandes Emergências ....................... 34

Prática de Gestão nº 15: Procedimentos Operacionais ............................................................... 37

Prática de Gestão nº 16: Gerenciamento de Mudanças .............................................................. 39

Prática de Gestão nº 17: Práticas de Trabalho Seguro e Procedimentos de Controle em Atividades

Especiais ............................................................................................................................. 41

Prática de Gestão nº 17: Preservação Ambiental ...................................................................... 43

6 CONCLUSÃO .................................................................................................................... 44

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Agenda Regulatória 2017-2018 ..................................................................................... 5 Figura 2: Interface entre os Regulamentos Técnicos de Segurança Operacional da ANP ..................... 7 Figura 3: Correlação entre os Requisitos dos Regulamentos de Segurança Operacional ...................... 9

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1 INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho é apresentar os resultados dos estudos elaborados pelas empresas associadas

do IBP, visando subsidiar a futura revisão do Regulamento Técnico do Sistema de Gerenciamento da

Segurança Operacional - SGSO e sua integração com os demais regulamentos da ANP/SSM: RTSGI,

RTDT, SGSS e SGIP.

A Agenda Regulatória 2017-2018 da ANP, documento através do qual a Agência indica as ações de

regulamentação que pretende conduzir durante o biênio, prevê a realização de estudos para revisão do

SGSO no ano de 2018, conforme apresentado na Erro! Fonte de referência não encontrada..

Figura 1: Agenda Regulatória 2017-2018

Fonte: ANP – Agenda Regulatória 2017/2018.

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A partir da Agenda Regulatória e de entendimentos mantidos com a Superintendência de Segurança

Operacional e Meio Ambiente - SSM, os integrantes do GT/IBP-SGSO elaboraram um plano de trabalho

composto pelas seguintes etapas:

I. Realizar estudos para a integração das Práticas de Gestão do SGSO, conforme descrito no item

5: de maio a outubro de 2018;

II. Apresentar propostas preliminares do IBP para a ANP/SSM conforme plano de trabalho da

Agência: de junho a outubro de 2018;

III. Discutir as propostas preliminares com as Áreas Operacionais de cada empresa integrante do GT-

SGSO a fim de coletar a visão Operacional para as propostas de Práticas de Gestão Integradas:

outubro de 2018;

IV. Retornar Práticas de Gestão Integradas consolidadas no IBP para a ANP: novembro de 2018.

2 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

ANP - AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS. Agenda Regulatória

2017/2018.

______________. Relatório de Gestão de 2006. Brasil: ANP, 2007.

______________. Relatório de Gestão de 2004. Brasil: ANP, 2005.

______________. Resolução no 43, de 07 de dezembro de 2007. Brasília, 2007.

______________. Resolução no 02, de 18 de janeiro de 2010. Brasília, 2010b.

______________. Resolução no 06, de 07 de fevereiro de 2011. Brasília, 2011.

______________. Resolução no 41, de 13 de outubro de 2015. Brasília, 2015.

______________. Resolução no 46, de 03 de novembro de 2016. Brasília, 2016b.

CANTO, LEONARDO S., LIMA, GILSON B. A.. Análise do Sistema de Gerenciamento da Segurança

Operacional: Características dos Regulamentos Vigentes. In: Rio Oil and Gás, 2018, 2018, Brasil, Paper

IBP2176_18.

CANTO, LEONARDO S., LIMA, GILSON B. A.. Análise do Sistema de Gerenciamento da Segurança

Operacional: Uma Proposta para o Modelo Regulatório Vigente. In: Rio Oil and Gás, 2016, 2016, Brasil,

Paper IBP1945_16.

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MOLLE JUNIOR, LUIZ. A Regulamentação da Indústria do Petróleo: Estudo de Caso sobre a

Criação da Resolução CONAMA 293 – Um modelo a ser Adotado. Dissertação (Mestrado em

Sistemas de Gestão) Departamento de Engenharia da Produção, Universidade Federal Fluminense.

Orientador: Prof. José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. Niterói, 2004.

3 DEFINIÇÕES, SIGLAS E ABREVIATURAS

ANP – Agência Nacional do Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis;

IBP – Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis;

RTDT – Regulamento Técnico de Dutos Terrestres para Movimentação de Petróleo, Derivados e Gás

Natural;

RTSGI – Regulamento Técnico do Sistema de Gerenciamento da integridade Estrutural das Instalações

Terrestres de Produção de Petróleo e Gás Natural;

SGIP - Regulamento Técnico do

SGSO – Regulamento Técnico do Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional

SGSS – Regulamento Técnico do Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional de Sistemas

Submarinos;

SSM – Superintendência de Segurança Operacional e Meio Ambiente;

4 ESTUDOS PARA A REVISÃO DO SGSO

O regime regulatório de gerenciamento da segurança operacional no Brasil está suportado por cinco

regulamentos técnicos aplicáveis às atividades e instalações marítimas e terrestres da área de exploração

e produção (E&P) da indústria de óleo e gás, emitidos pela ANP até o ano de 2016. A interface entre os

regulamentos está representada na Figura 2.

Figura 2: Interface entre os Regulamentos Técnicos de Segurança Operacional da ANP

Fonte: Adaptado de Petrobras, 2015

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O SGSO está estruturado em 17 Práticas de Gestão, divididas em três grupos de acordo com objetivo de

cada uma. São elas:

Grupo 1: Práticas de Gestão relativas à Liderança, Pessoal e Gestão:

Prática de Gestão nº 1: Cultura de Segurança, Compromisso e Responsabilidade Gerencial;

Prática de Gestão nº 2: Envolvimento do Pessoal;

Prática de Gestão nº 3: Qualificação, Treinamento e Desempenho do Pessoal;

Prática de Gestão nº 4: Ambiente de Trabalho e Fatores Humanos;

Prática de Gestão nº 5: Seleção, Controle e Gerenciamento de Contratadas;

Prática de Gestão nº 6: Monitoramento e Melhoria Contínua do Desempenho;

Prática de Gestão nº 7: Auditorias;

Prática de Gestão nº 8: Gestão da Informação e da Documentação; e

Prática de Gestão nº 9: Investigação de Incidentes.

Grupo 2: Práticas de Gestão relativas a Instalações e Tecnologia:

Prática de Gestão nº 10: Projeto, Construção, Instalação e Desativação;

Prática de Gestão nº 11: Elementos Críticos de Segurança Operacional;

Prática de Gestão nº 12: Identificação e Análise de Riscos;

Prática de Gestão nº 13: Integridade Mecânica; e

Prática de Gestão nº 14: Planejamento e Gerenciamento de Grandes Emergências.

Grupo 3: Práticas de Gestão relativas a Práticas Operacionais:

Prática de Gestão nº 15: Procedimentos Operacionais;

Prática de Gestão nº 16: Gerenciamento de Mudanças; e

Prática de Gestão nº 17: Práticas de Trabalho Seguro e Procedimentos de Controle em Atividades

Especiais.

A primeira etapa do estudo consistiu em analisar comparativamente os cinco regulamentos através de uma Matriz de Correlação. Adotando o SGSO como referência, é possível constatar que os regulamentos

apresentam práticas de gestão comuns ao SGSO (

Figura 3), apesar de abrangerem instalações diferentes. Os requisitos comuns são complementados em

cada regulamento por outros requisitos específicos e mais técnicos a depender da área de abrangência

do regulamento.

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Figura 3: Correlação entre os Requisitos dos Regulamentos de Segurança Operacional

Fonte: Canto, 2018

A partir da matriz de correlação buscou-se integrar os requisitos comuns de cada Prática de Gestão em

um documento base, considerando as alterações que cada regulamento apresenta em relação ao SGSO.

Já os requisitos considerados específicos podem compor documentos complementares ao SGSO,

possivelmente anexos. Cabe salientar que os requisitos específicos foram apenas separados, não tendo

sido objeto de uma análise crítica e, por isso, neste relatório, não foram feitas propostas de alterações.

Mas sugerimos que sejam discutidos mais adiante se assim a ANP entender.

Tanto a Matriz de Correlação quanto os Requisitos Específicos serão repassados a ANP em meio

eletrônico.

5 PROPOSTAS DE PRÁTICAS DE GESTÃO INTEGRADAS

Neste item apresentamos propostas de Práticas de Gestão Integradas, as quais sugerimos que

componham o documento base do SGSO.

A fim de facilitar a identificação das referências utilizadas nos estudos, citamos o requisito de um dos

regulamentos técnicos ao lado do requisito da Prática de Gestão Integrada.

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Prática de Gestão nº 1: Cultura de Segurança, Compromisso e

Responsabilidade Gerencial

1.1 Objetivo

O Operador da Instalação definirá os valores e a política de Segurança Operacional, implementará uma

estrutura organizacional com definição de responsabilidades e atribuições do pessoal envolvido, bem

como criará meios de comunicação de valores, políticas e metas e comprometer-se-á com a

disponibilização de recursos para a implementação e o funcionamento do sistema de gerenciamento da

segurança operacional. (SGSO – 1.1)

1.2. Valores e Política de Segurança (SGSS – 6.2)

1.2.1. O Operador da Instalação deverá estabelecer, documentar e divulgar continuamente os valores e

a política de segurança operacional para a Força de Trabalho envolvida em todas as fases do ciclo de

vida da Instalação. (SGSS – 6.2.1)

1.3. Estrutura Organizacional e Responsabilidade Gerencial (SGIP – 1.3)

O Operador da Instalação deverá:

1.3.1. Estabelecer e documentar a estrutura organizacional no que concerne à segurança operacional,

classificando as funções e as tarefas relativas a cada cargo definido. (SGIP – 1.3.1)

1.3.2. Promover a participação efetiva do corpo gerencial nas atividades relacionadas à segurança

operacional. (SGSS – 6.3.3.)

1.3.3. Definir as atribuições e responsabilidades de toda a Força de Trabalho, incluindo a gerência, os

demais empregados do Operador da Instalação e os contratados. (SGSS – 6.3.2.)

1.3.3.1. Informar a Força de Trabalho de suas atribuições e responsabilidades. (SGSS – 6.3.2.1.)

1.4. Sistema de Comunicação

O Operador da Instalação deverá definir, documentar e implementar o sistema de comunicação para a

força de trabalho. (SGSO – 1.4.)

O sistema de comunicação será constituído de forma a:

1.4.1. Informar a força de trabalho sobre a política, valores, metas e planos para alcançar o desempenho

estabelecido para a segurança operacional da instalação. (SGSO – 1.4.1.)

1.4.2. Estabelecer mecanismos de comunicação recíproca e contínua entre a Gerência da Instalação e a

força de trabalho visando o aprimoramento da segurança operacional. (SGSO – 1.4.2.)

1.5. Disponibilização e Planejamento de Recursos (SGSO – 1.5.)

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O Operador da Instalação deverá planejar e prover os recursos necessários para a implementação e o

funcionamento do sistema de gerenciamento da segurança operacional e para atendimento dos demais

requisitos estabelecidos neste Regulamento Técnico.

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Prática de Gestão nº 2: Envolvimento do Pessoal

2.1 Objetivo (2.1 - SGSO)

O Operador da Instalação conduzirá sua prática de gestão de modo a promover o envolvimento, a

conscientização e a participação da força de trabalho na aplicação do sistema de gerenciamento da

segurança operacional.

2.2 Participação da Força de Trabalho (2.2 – SGIP)

O Operador da Instalação deverá:

2.2.1. Estabelecer condições para que haja participação da Força de Trabalho no desenvolvimento,

implementação e revisão periódica do gerenciamento da segurança operacional de maneira abrangente

e de forma a prover sua melhoria contínua. (2.2.1 - SGIP)

2.2.2. Promover atividades de conscientização e informação relacionadas com a segurança operacional,

bem como propiciar oportunidades para participação de toda a Força de Trabalho na medida de seu

envolvimento. (7.2.2 - SGSS)

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Prática de Gestão nº 3: Qualificação, Treinamento e Desempenho

do Pessoal

3.1 Objetivo (SGSO)

O Operador da Instalação conduzirá sua prática de gestão de modo a garantir que a força de trabalho

exerça suas funções de maneira segura, de acordo com a estrutura organizacional e responsabilidades

no sistema de gerenciamento de segurança operacional.

3.2. Gestão de Treinamentos: (8.2- SGSS)

3.2.1. Identificar:

O Operador da Instalação deverá:

3.2.1.1. O Operador da instalação deverá identificar e documentar as competências e os treinamentos

específicos que habilitam os empregados a executar as tarefas relativas as suas atribuições, com

fundamento nas atividades estabelecidas.

3.2.1.2. Devem também ser identificadas as Habilidades Não Técnicas relacionadas ao Gerenciamento

de Segurança Operacional.

3.2.2. Elaborar Programa de Treinamento:

3.2.2.1. O Operador da Instalação deve estabelecer e documentar programa de treinamento para que

seus empregados estejam aptos a realizar as tarefas relativas ao cargo ocupado e/ou atividade

desempenhada. (8.2.2 – SGSS)

3.2.2.2. O Programa de Treinamento deve considerar:

a. as competências, as habilidades não técnicas e os treinamentos específicos. (8.2.1 SGSS)

b. a necessidade e periodicidade de atualizações dos treinamentos específicos. (8.2.2. SGSS)

c. a necessidade de treinamentos nos procedimentos operacionais. (3.3.4. SGSO)

d. a capacitação de seus Empregados quanto a noções de segurança e de riscos associados às

instalações. (8.2.3.1. SGSS)

3.2.3. O programa de treinamento deverá ser revisado periodicamente. (8.2.2.1. SGSS)

3.3. Registro e Verificação dos Treinamentos

Operador da Instalação deverá:

3.3.1. Estabelecer, documentar e implementar metodologia de acompanhamento e de registro dos

treinamentos realizados por seus Empregados. (3.3.1 SGIP)

3.3.2. Manter atualizado o cadastro funcional dos seus Empregados de forma a garantir a rastreabilidade,

a validade dos treinamentos realizados e a qualificação técnica de cada membro para o exercício de suas

funções e responsabilidades. (3.3.2 SGIP)

3.3.3. O Operador deve definir e implementar uma sistemática para avaliar a aprendizagem dos

treinamentos, verificando se os conhecimentos necessários foram compreendidos. (8.3.4 SGSS)

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Prática de Gestão nº 4: Ambiente de Trabalho e Fatores Humanos

Foi feito um comparativo desta Prática de Gestão com os demais regulamentos ANP, com a API 75, SEMS

II e Diretrizes da CCPS. Esses regulamentos não apresentam capítulo específico sobre fatores humanos.

Mas o conceito está presente de alguma forma, distribuído em seus capítulos;

Analisando a Prática de gestão 04 do SGSO – Ambiente de Trabalho e Fatores Humanos, identifica-se

que seus requisitos também estão presentes em outras práticas de gestão do SGSO. Exemplo:

- PG04 - 4.2.1.1 Nas fases de projeto, construção, instalação e desativação, deverão ser identificados e

considerados códigos e padrões relativos aos aspectos de ambiente de trabalho e de fatores humanos.

- PG10 - 10.3 Segurança nas Fases de Projeto, Construção, Instalação e Desativação:

b) Fatores humanos e relativos ao ambiente de trabalho sejam levados em consideração na fase de

projeto da Instalação e em suas revisões subsequentes nas fases de projeto, construção, instalação e

desativação;

- PG04 - 4.2.1.2 Durante a fase de operação, deverá ser promovida a conscientização da força de

trabalho envolvida na operação e na manutenção, relativa às situações e condições que possam provocar

incidentes.

- PG02 - 2.2.2 Promover atividades de conscientização e informação relacionadas com a segurança

operacional, bem como propiciar oportunidades para participação de toda a força de trabalho na medida

de seu envolvimento.

Sendo assim, a proposta do GT/IBP é reforçar os aspectos relacionados a fatores humanos nas outras

práticas de gestão do SGSO, considerando também os requisitos que foram acrescentados ao SGSS e

SGIP, e não ter uma prática de gestão específica, superficial e subjetiva.

Foram inseridos aspectos de fatores humanos nas práticas de gestão 03 e 09. As práticas serão

reenviadas junto a ata desta reunião.

Entende-se que as propostas de Práticas de Gestão 10 (item 10.3.b), 12 (item 12.3.1.e, 15 (item

15.2.3), 16 (Nas análises de riscos) e 17 (item 17.2.1.2.c.) integradas que foram entregues a ANP já

contemplam aspectos de fatores humanos.

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Prática de Gestão nº 5: Seleção, Controle e Gerenciamento de

Contratadas

5.1. Objetivo

Estabelecer critérios de contratação e avaliação de empresas contratadas, de modo que os riscos

adicionais advindos das atividades realizadas pelas Contratadas permaneçam controlados, em

consonância com este regulamento técnico. (SGSO e SGIP – 5.1)

5.2. Contratação

O Contratante deverá:

5.2.1. Estabelecer, documentar e implementar procedimentos contendo critérios para contratação que

considerem a garantia da qualidade dos materiais, equipamentos e serviços e os riscos das atividades

relacionadas ao Gerenciamento da Segurança Operacional. (SGIP – 5.2.1)

5.2.2. Estabelecer e implementar sistemática para elaboração de Documento de Interface (Bridging

Document) que estabeleça as responsabilidades, procedimentos, normas, manuais, equipamentos e

materiais a serem utilizados no Gerenciamento da Segurança Operacional. (SGIP – 5.2.4)

5.2.3. Garantir que as contratadas que efetuem atividades que afetem a segurança operacional

estabeleçam, implementem e documentem um sistema de gerenciamento da segurança operacional e/ou

sistema de gerenciamento da qualidade, dependendo do escopo da atividade. (SGSS – 10.4.4)

5.3. Acompanhamento e Avaliação de Desempenho de Contratadas

O Contratante deverá:

5.3.1. Acompanhar as obrigações das empresas Contratadas relativas ao Gerenciamento da Segurança

Operacional. (SGIP – 5.2.3)

5.3.2. Definir critérios e periodicidade para avaliação de desempenho de Contratadas.

5.3.3. Registrar as avaliações obedecendo aos critérios e prazos estabelecidos. (SGIP – 5.2.1.1)

5.3.4. Quando constatado desempenho insuficiente, tomar ações para garantir a segurança operacional,

compatíveis com os riscos envolvidos. (SGSS – 10.3.4)

5.3.4.1. Atender aos prazos para implementação das ações corretivas e preventivas. Caso estes não

sejam cumpridos, avaliar os riscos e documentar justificativas técnicas adequadas para o novo prazo.

(SGIP – 5.2.2.1)

5.4. Capacitação e Treinamento para Contratadas

O Contratante deverá exigir que as contratadas:

5.4.1. Mantenham atualizado o cadastro funcional dos seus Empregados de forma a garantir a

rastreabilidade, a validade dos treinamentos realizados e a qualificação técnica de cada membro para o

exercício de suas funções e responsabilidades. (3.3.2 SGIP)

5.4.2. Estabeleçam os requisitos de treinamento e dimensionem os respectivos programas conforme

estabelecido neste Regulamento Técnico. (RTDT – 36.4)

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5.4.2.1. Utilizem os mesmos critérios de qualificação e certificação adotados pelo contratante para o

pessoal próprio. (SGSS – 10.4.2)

5.4.2.2. Mantenham evidências de que seus empregados tenham recebido treinamento adequado ao

exercício de suas funções de maneira segura. (SGSO – 5.4.1)

5.4.3. Possuam empregados periodicamente instruídos a respeito dos perigos existentes na Instalação

e os procedimentos de segurança relacionados com os trabalhos por eles executados; (SGSS – 10.4.3

letra B)

5.4.4. Possuam empregados capacitados a exercer suas responsabilidades no âmbito do Plano de

Resposta a Emergência; (SGSS – 10.4.3 letra C)

5.4.5. Comuniquem ao Operador da Instalação qualquer perigo ou Incidente identificado na Instalação.

(SGSS – 10.4.3 letra D)

Definição de Contratante: Operador da Instalação ou Concessionário que contrate serviços para serem

executados em uma instalação, seja ela própria ou afretada.

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Prática de Gestão nº 6: Monitoramento e Melhoria Contínua do

Desempenho

6.1. Objetivos

6.1.1. Estabelecer e monitorar indicadores de desempenho e metas que avaliem a eficácia do sistema

de gerenciamento da segurança operacional, visando à melhoria contínua. (SGIP – 6.1.1)

6.2. Objetivos, Indicadores de Desempenho e Metas

O Operador da Instalação deverá:

6.2.1. Estabelecer, documentar e implementar os objetivos relacionados a segurança operacional. (SGIP

– 6.2.1.)

6.2.2. Definir um conjunto de indicadores de desempenho, proativos e reativos, relacionados ao

Gerenciamento da Segurança Operacional. (SGIP – 6.2.2.)

6.2.2.1. Os indicadores de desempenho devem ser elaborados para monitorar a eficácia do

Gerenciamento da Segurança Operacional. (SGIP – 6.2.2.1.)

6.2.3. Estabelecer as metas para os indicadores de desempenho. (SGIP – 6.2.3.)

6.3. Monitoramento e Medição de Desempenho

O Operador da Instalação deverá:

6.3.1. Estabelecer a periodicidade de medição e controle do desempenho em conformidade com as metas

e objetivos. (SGIP – 6.3.2)

6.3.2. Efetuar análise periódica das metas e dos indicadores de desempenho estabelecidos e promover

revisões regulares visando à melhoria contínua. (SGIP – 6.3.3)

6.3.2.1. Quando o indicador estiver abaixo da meta estabelecida, devem ser tomadas ações visando sua

recuperação. (SGSS – 11.3.3.1)

6.3.2.2. O prazo estabelecido para cada ação deve ser compatível com o risco envolvido. (SGSS –

11.3.3.2)

6.3.2.3. Deverá ser designado um responsável pelo acompanhamento de cada ação. (SGSS – 11.3.3.3)

6.3.3. Designar responsável pelo acompanhamento de cada indicador de desempenho. (SGIP – 6.3.4)

6.4. Conformidade Legal

O Operador da Instalação deverá:

6.4.1. Estabelecer sistemática para monitoramento do cumprimento dos requisitos legais aplicáveis às

atividades realizadas ao longo do Ciclo de Vida da Instalação. (SGIP – 1.6.1)

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Prática de Gestão nº 7: Auditorias

7.1 Objetivo

7.1.1. Estabelecer e aplicar um processo sistemático, documentado e independente para avaliar a efetiva

implementação e funcionamento do Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional.

7.2. Ciclo de Auditorias

7.2.1. O Operador da Instalação deve planejar auditorias internas para diferentes fases do ciclo de vida

da Instalação que considerem os requisitos do sistema de gerenciamento da segurança operacional

aplicáveis. (12.2.1. – SGSS)

7.2.2. O Operador da Instalação deve estipular o ciclo de auditoria interna para a fase de Operação

considerando um prazo máximo de 02 (dois) anos. Em situações especiais o prazo máximo poderá ser

alterado, a critério da ANP e mediante fundamentação técnica, não devendo exceder 3 (três) anos.

(12.3.3. – SGSS)

7.2.2.1. Ao final do ciclo de auditoria interna todas as práticas de gestão deste Regulamento Técnico

aplicáveis à fase de Operação devem ter sido contempladas. (12.3.3.2. – SGSS)

7.2.2.2. O Operador da Instalação deve definir critérios de agrupamento de instalações para cada Etapa

do Ciclo de Vida. (7.2.1.1 SGIP)

7.2.2.3. O ciclo de auditoria interna pode contemplar a execução em apenas parte de suas instalações,

desde que, ao final de um ciclo de auditorias, todas as instalações deste operador tenham sido

consideradas. (7.2.3 SGSO)

7.3. Planejamento das Auditorias:

O Operador da Instalação deve elaborar e documentar planos de auditoria interna aplicáveis às

especificidades das diferentes fases do Ciclo de Vida da Instalação que contemplem, no mínimo: (7.2.1

SGSO, 12.2.4. SGSS)

a) A abrangência, incluindo as Práticas de Gestão e atividades a serem auditados;

b) A descrição das Instalações, áreas e empresas contratadas, caso aplicável, a serem auditadas;

c) A fase do ciclo de vida em que se encontra a Instalação ou parte dessa durante a auditoria.

7.4. Definir as equipes de auditores e suas responsabilidades.

7.4.1. A seleção da equipe deverá considerar o escopo da auditoria e sua complexidade. (12.2.2.3. –

SGSS)

7.4.2. A equipe de auditores deve ter conhecimento das atividades a serem auditadas e independência

em relação à área auditada. (7.2.3 SGIP)

7.4.3. O auditor responsável pela condução da auditoria interna deverá ter experiência de auditorias.

(12.2.2.1. – SGSS)

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7.4.4. Independente das auditorias serem executadas por pessoal da própria organização ou por

terceiros por ela selecionados, faz-se necessário que os responsáveis pela sua condução estejam em

condições de realizá-la de forma objetiva e imparcial. (7.1.3 SGSO)

7.5. Execução da Auditoria

O Operador da Instalação se responsabilizará pela execução das auditorias, utilizando métodos

apropriados (revisão de documentos de bordo, listas de verificação, observações de campo e

entrevistas), observando os prazos estabelecidos para execução e as informações que deverão constar

dos relatórios a serem elaborados pela equipe de auditores.

7.5.1. Deverão ser disponibilizadas todas as informações necessárias para execução da auditoria.

(12.3.2. – SGSS)

7.5.2. Realizar auditorias em cada grupo definido no item 7.2.2.2, escolhendo amostras que garantam

sua representatividade. (7.3.3.1 – SGIP)

7.6. Relatório de Auditoria Interna

7.6.1. O Operador da Instalação, através da equipe de auditores, é responsável pela emissão dos

relatórios das auditorias internas realizadas, que deverá conter no mínimo: (12.4.1. – SGSS)

a) As informações do plano de auditoria interna;

b) A composição da equipe de auditoria interna, incluindo a função de cada membro;

c) A técnica de auditoria utilizada;

d) Os resultados, classificando-os conforme sua gravidade; e

e) Os dispositivos normativos ou legais infringidos.

7.6.2. Estabelecer prazos para elaboração do relatório de auditoria e avaliação dos resultados. (7.2.5 –

SGIP)

7.7. Ações Corretivas e Ações Preventivas da Auditoria Interna

O Operador da Instalação deve:

7.7.1. Analisar os resultados da auditoria interna, elaborar, implementar e documentar um plano de ação

contendo as ações corretivas e preventivas para tratamento das não conformidades apontadas no

relatório. (12.5.1. – SGSS)

7.7.1.2. O plano de ação deverá ser suficiente para dar tratamento abrangente e preventivo à Causa

Raiz das não conformidades. (12.5.1.1. – SGSS)

7.7.2. Estabelecer prazos compatíveis com a complexidade das ações e os riscos envolvidos. (12.5.2. –

SGSS)

7.7.3. Designar um responsável pelo acompanhamento de cada uma das ações corretivas e preventivas.

(7.5.1.1 letra c – SGIP)

7.7.4. Acompanhar e registrar a implementação das ações corretivas e preventivas. (12.5.3 – SGSS)

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7.7.5. Atender aos prazos para implementação das ações corretivas e preventivas. Caso estes não sejam

cumpridos, documentar justificativas adequadas para o novo prazo. As alterações devem ser compatíveis

com os riscos envolvidos. (7.5.1.2 – SGIP)

7.8. Análise de Abrangência

7.8.1. O Operador da Instalação deverá estabelecer, implementar e documentar um procedimento para

analisar a abrangência das não conformidades para as suas instalações pertinentes. (12.6.1. – SGSS)

7.8.2. Estabelecer, implementar e documentar as ações corretivas e preventivas para as não

conformidades que foram identificadas como pertinentes na abrangência. (7.6.2 – SGIP)

7.9. Verificação da Eficácia das Ações Corretivas e Preventivas

7.9.1. Deverá ser realizada verificação da eficácia das ações corretivas e preventivas após sua

implementação. (12.7.1. – SGSS)

7.9.2. A verificação de eficácia deverá ser realizada após um período de tempo preestabelecido pelo

Operador da Instalação, a partir do prazo final de implementação das ações corretivas e preventivas.

(12.7.1.1. – SGSS)

7.10. Divulgação

7.10.1. O Operador da Instalação deve divulgar para a Força de Trabalho envolvida na atividade ou

prática de gestão auditada, os resultados das auditorias internas, assim como as ações corretivas e

preventivas implementadas. (12.8.1. – SGSS)

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Prática de Gestão nº 8: Gestão da Informação e da Documentação

8.1 Objetivo

Estabelecer requisitos mínimos para a gestão da informação e da documentação relativa ao sistema de

gerenciamento da segurança operacional, visando à formalização, à rastreabilidade, à padronização, à

atualização e à acessibilidade para as partes interessadas pertinentes. (8.1.1. SGSS)

8.2 Gestão da Informação e da Documentação (8.2 SGIP)

O Operador da Instalação deverá:

8.2.1. Estabelecer, documentar e implementar procedimentos e sistemas de controle da informação e

da documentação relativa ao Gerenciamento da Segurança Operacional para no mínimo: (8.2.1 SGIP)

a. Determinar o fluxo de emissão, aprovação e distribuição da documentação; (8.2.1.1 SGIP)

b. Analisar criticamente e revisar a documentação, de forma periódica e sempre que necessário; (8.2.1.2

SGIP)

c. Garantir que as revisões e alterações da documentação sejam identificadas; (8.2.1.3 SGIP)

d. Impedir o uso de documentos obsoletos; e 8.2.1.4 SGIP)

e. Garantir a consistência, a padronização e a integridade das informações dos documentos relacionados

ao Gerenciamento da Segurança Operacional. (8.2.1.5 SGIP)

8.3. Acesso à Informação (13.3 SGSS)

O Operador da Instalação deverá garantir o acesso adequado da Força de Trabalho às informações e à

documentação do gerenciamento da segurança operacional, considerando as atribuições e as

necessidades de treinamento de cada um. (13.3.1. SGSS)

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Prática de Gestão nº 9: Investigação de Incidentes

9.1 Objetivo (9.1 - SGSO)

O objetivo desta prática de gestão é descrever os requisitos mínimos que devem ser considerados pelo

Operador da Instalação para a condução da investigação de incidentes ocorridos na Instalação que seja

afeto à Segurança Operacional, (SGSO) com o propósito de determinar suas causas e evitar recorrência.

(SGSS)

9.2. Procedimentos e Organização da Investigação (14.3. SGSS)

9.2.1. O Operador da Instalação deverá elaborar, documentar e implementar sistemática para condução

da investigação de Incidentes. Os procedimentos de investigação deverão incluir, no mínimo: (14.3.1 –

SGSS):

a) Classificação dos incidentes em função da gravidade e do potencial de dano do incidente;

b) Identificação dos incidentes passíveis de investigação (9.2.1 – SGIP);

c) Dimensionamento e composição da equipe de investigação em função da classificação do incidente;

d) Responsabilidades da equipe de investigação;

e) Critérios para condução da investigação no local do incidente;

f) Técnicas e ferramentas de investigação a serem utilizadas em função da classificação do incidente; e

g) Critérios para a realização periódica de análise crítica do histórico de incidentes na Instalação,

buscando identificar causas sistêmicas.

9.2.2. O Operador da Instalação deverá estabelecer critérios para a formação da equipe de investigação,

considerando: (14.3.2. SGSS)

a) A classificação do incidente;

b) A inclusão de pelo menos um membro da equipe com conhecimento da técnica de investigação a ser

utilizada;

c) A necessidade de inclusão de um membro da equipe com conhecimento da tarefa, processo ou

ambiente de trabalho relacionado ao incidente;

d) A necessidade de especialista técnico; e

e) A inclusão de empregados das empresas contratantes e contratadas, quando o incidente envolver

uma empresa contratada.

9.2.3 A equipe deverá possuir autonomia na solicitação de recursos e independência para a realização

da investigação (9.3.3 letra f - SGIP).

9.3. Registro (14.2. SGSS)

9.3.1. O Operador da Instalação deverá registrar os incidentes por ele gerenciados de forma a

possibilitar, no mínimo, a verificação do tratamento dado aos incidentes de acordo com as fases, desde

a abertura do evento até a sua conclusão. (14.2.1 letra C - SGSS)

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9.3.2. O acesso aos registros deverá ser disponibilizado à Força de Trabalho pertinente. (14.2.2 - SGSS)

9.4. Execução da Investigação

9.4.1. O Operador da Instalação será o responsável pela execução das investigações de incidentes, de

acordo com os procedimentos previamente estabelecidos conforme descrito acima, responsabilizando-

se pelo conteúdo do relatório a ser emitido pela equipe de investigação. (9.3 SGSO)

9.4.2 A investigação de incidentes deverá ser conduzida com estrita observância aos procedimentos

previamente estabelecidos. (9.2.2 SGSO)

9.4.3. A equipe de investigação deverá ser mobilizada prontamente e iniciará os trabalhos de

investigação tão rapidamente quanto possível, não excedendo 48 horas úteis após o encerramento do

incidente, a fim de preservar evidências, salvo por motivo de força maior devidamente justificado e

documentado. (14.4.1 SGSS)

9.4.4. A investigação do Incidente deverá considerar, no mínimo: (14.4.2 - SGSS).

a) Levantamento de dados, informações e eventos registrados nos sistemas de supervisão e controle,

quando aplicável; (14.4.2 letra C - SGSS).

b) Entrevistas com testemunhas e outras pessoas relacionadas com as circunstâncias do Incidente; e

(14.4.2 letra D - SGSS);

c) Histórico de operação, inspeção e manutenção, incluindo modificações provisórias ou definitivas na

instalação, anteriores ao Incidente; (14.4.2 letra E - SGSS);

d) A avaliação de Fatores Humanos;

e) A avaliação de casos anteriores em instalações similares do Operador da Instalação, assim como a

recorrência e a frequência de eventos na Instalação. (14.4.4 – SGSS)

9.4.5. A investigação deverá identificar, no mínimo: (14.4.3 - SGSS)

a) O registro cronológico com a provável sequência de eventos que culminaram no Incidente;

b) Os Fatores Causais;

c) As Causas Raiz;

e) Os danos à vida humana, ao meio ambiente e ao patrimônio do Operador da Instalação ou de terceiros,

quando aplicável; e

f) As falhas nas salvaguardas estabelecidas, quando aplicável.

9.5. Relatório de Investigação de Incidentes (14.5 SGSS)

9.5.1. A equipe de investigadores deverá elaborar o relatório de investigação do Incidente, que deverá

conter, além do disposto na legislação pertinente, as informações consideradas relevantes para posterior

implementação de ações que visem impedir ou minimizar a possibilidade de recorrência do mesmo.

(14.5.1 – SGSS)

9.5.2. O relatório de investigação deverá ser composto, no mínimo, quando aplicável, por: (14.5.2 –

SGSS)

a) Data do Incidente;

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b) Data do início da investigação do Incidente;

c) Dados técnicos do objeto investigado;

d) Composição da equipe de investigação, incluindo a função, empresa e setor de cada membro

participante;

e) Técnicas e ferramentas de investigação de Incidente utilizadas, com discussão;

f) Descrição do Incidente, contendo indicação das evidências adquiridas, diagramas e fotos;

g) Indicação do volume vazado/descarregado; (9.5.2 letra G - SGIP)

h) Comportamento da pluma de óleo, para descargas maiores de óleo (Inserir definição conforme item

2.2.1. Manual de Comunicação de Incidentes de Exploração e Produção de Petróleo e gás Natural); (9.5.2

letra H - SGIP)

i) A sequência em ordem cronológica de eventos associados ao Incidente, incluindo aqueles que

culminaram no Incidente, as respostas adotadas e as consequências, abordando as áreas afetadas e os

danos à vida humana, ao meio ambiente e ao patrimônio;

j) Fatores Causais e Causas Raiz, demonstrando a relação com a sequência de eventos;

k) Recomendações, enfatizando a importância de sua aplicação; e

l) Referências, incluindo os documentos utilizados na investigação, mídias digitais de imagens, vídeos e

gravações.

9.6. Ações Corretivas e Ações Preventivas (14.6 SGSS)

O Operador da Instalação deverá:

9.6.1. Estabelecer, implementar e documentar ações corretivas e preventivas necessárias, com base nas

medidas apontadas no relatório de investigação. (14.6.1 – SGSS)

9.6.1.1. As ações corretivas e preventivas deverão ser suficientes para dar tratamento abrangente às

Causas Raizes do Incidente. (14.6.1.1 – SGSS)

9.6.2. Estabelecer prazos compatíveis com a complexidade das ações e os riscos envolvidos. (14.6.2 –

SGSS)

9.6.3. Designar responsável para atendimento das ações corretivas e preventivas. (9.6.3 - SGIP)

9.6.4. Acompanhar e registrar a implementação das ações corretivas e preventivas. (14.6.3 – SGSS)

9.6.5. Atender aos prazos para implementação das ações corretivas e preventivas. Caso estes não sejam

cumpridos, documentar justificativas adequadas para o novo prazo. (9.6.4 SGIP)

9.6.6. A eventual alteração ou cancelamento das ações corretivas e preventivas deverá ser avaliada,

justificada e registrada. A alteração deve ser compatível com os riscos envolvidos. (14.6.4 – SGSS)

9.7. Análise de Abrangência (14.7 SGSS)

O Operador da Instalação deverá:

9.7.1. Estabelecer, implementar e documentar uma sistemática para analisar a abrangência da

implementação das ações corretivas e preventivas para as suas instalações pertinentes. (14.7.1 – SGSS)

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9.7.2. Estabelecer, implementar e documentar as ações corretivas e preventivas que foram identificadas

como pertinentes na abrangência. (9.7.2 SGIP)

9.8. Divulgação (14.8 SGSS)

9.8.1. O Operador da Instalação deverá estabelecer uma sistemática de divulgação de incidentes

ocorridos em sua Instalação para a Força de Trabalho pertinente. (9.7.7 RTSGI)

9.9 Alertas de Segurança (9.9 SGIP)

9.9.1. O Operador da Instalação deverá estabelecer uma sistemática para implementar e documentar

ações corretivas e preventivas que foram identificadas como pertinentes a partir da análise dos alertas

de segurança de empresas, instituições ou órgãos governamentais. (9.9.2 – SGIP)

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Prática de Gestão nº 10: Projeto, Construção, Instalação e

Desativação

A tabela a seguir apresenta de forma resumida a correlação entre a Prática de Gestão 10 - Projeto,

Construção, Instalação e Desativação do SGSO com requisitos dos demais regulamentos de segurança

operacional.

SGSO PG 10: PROJETO, CONSTRUÇÃO, INSTALAÇÃO E DESATIVAÇÃO

RTSGI 11. OBJETIVO 12. PROJETO DA INSTALAÇÃO 13. CONSTRUÇÃO E MONTAGEM DA INSTALAÇÃO 18. DESATIVAÇÃO DA INSTALAÇÃO

RTDT 8 DOCUMENTAÇÃO DO PROJETO 11 CONSTRUÇÃO E MONTAGEM 12 DOCUMENTOS “COMO CONSTRUÍDO” 13 COMISSIONAMENTO 50 DESATIVAÇÃO TEMPORÁRIA 51 DESATIVAÇÃO PERMANENTE

SGSS 20. PROJETO 21. FABRICAÇÃO E INSTALAÇÃO 26. DESCOMISSIONAMENTO E DESATIVAÇÃO

SGIP PRÁTICA DE GESTÃO Nº 10: ETAPAS DO CICLO DE VIDA DO POÇO

A partir dessa correlação foram analisados os seguintes aspectos:

1. Aplicação das Práticas de Gestão ao Ciclo de Vida das Instalações:

O Regulamento Técnico do SGSO se aplica a todas as fases do ciclo de vida das instalações.

3.3 Ciclo de Vida das Instalações Este Regulamento Técnico é aplicável a todo o ciclo de vida das Instalações de Perfuração e Produção, que compreende as fases de: a) projeto; b) construção; c) instalação; d) operação; e e) desativação.

2. Analise da Prática de Gestão 10 – Projeto, Construção, Instalação e Desativação:

A análise da Prática de Gestão 10 nos mostra que 40% dos seus requisitos (10.2.4 e 10.3) podem ser

atendidos através de outras Práticas de Gestão.

PRÁTICA DE GESTÃO Nº 10: PROJETO, CONSTRUÇÃO, INSTALAÇÃO E DESATIVAÇÃO 10.1 Objetivo

O objetivo desta prática de gestão é descrever os requisitos que devem ser considerados pelo sistema

de gerenciamento de segurança operacional para promover a segurança nas fases de projeto,

construção, instalação e desativação.

10.2 Gestão e Organização

O Operador da Instalação deverá:

10.2.1 Atender aos critérios de projeto e considerar as normas, os padrões da indústria e boas práticas

de engenharia no planejamento do projeto, construção, instalação e desativação da Instalação.

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10.2.2 Identificar, durante as fases de projeto, construção, instalação e desativação, as normas, os

padrões e as boas práticas de engenharia relacionadas aos assuntos de Segurança Operacional.

10.2.3 Considerar, durante a aquisição de itens de instalação e equipamentos, o atendimento aos

padrões, normas e boas práticas de engenharia relacionadas aos assuntos de Segurança Operacional.

10.2.4 Considerar, na fase de projeto, a redução da exposição humana às consequências de eventuais

falhas de equipamentos ou sistemas, que porventura possam ocorrer durante a operação.

- Correlação com a Prática de Gestão 4 – Ambiente de Trabalho e Fatores Humanos;

- Correlação com a Prática de Gestão 12 – Identificação e Análise de Riscos

10.3 Segurança nas Fases de Projeto, Construção, Instalação e Desativação

O Operador da Instalação deverá estabelecer um sistema de forma que:

a) Todos os aspectos que possam introduzir riscos à Segurança Operacional sejam devidamente

considerados no projeto da Instalação e em suas revisões subsequentes nas fases de projeto,

construção, instalação e desativação;

- Correlação com a Prática de Gestão 12 – Identificação e Análise de Riscos

b) Fatores humanos e relativos ao ambiente de trabalho sejam levados em consideração na fase de

projeto da Instalação e em suas revisões subsequentes nas fases de projeto, construção, instalação

e desativação; e

- Correlação com a Prática de Gestão 4 – Ambiente de Trabalho e Fatores Humanos;

c) Sejam estabelecidos meios de alteração de projeto quando da identificação, durante as fases de

construção e instalação, de aspectos que possam introduzir riscos à Segurança Operacional.

- Correlação com a Prática de Gestão 16 – Gerenciamento de Mudanças.

3. Análise da Correlação entre os Regulamentos Técnicos de Segurança Operacional:

O estudo da correlação entre os regulamentos técnicos mostra que 100% dos requisitos da Prática de

Gestão 10 do SGSO têm características não prescritivas. Poderiam assim, ser aplicados a qualquer tipo

de instalação.

Por outro lado, 96% dos requisitos dos requisitos dos demais regulamentos que se correlacionam com a

Prática de Gestão 10 do SGSO são específicos. Desses, 78% são requisitos prescritivos.

SGSO = 100% Não específico e Não Prescritivo

RTSGI = 94% Específico / 97% Prescritivos

RTDT = 96% Específico / 74% Prescritivos

SGSS = 95% Específico / 75% Prescritivos

SGIP = 98% Específico / 68% Prescritivos

4. Propostas:

Considerando então que os requisitos da Prática de Gestão 10 do SGSO não são específicos e têm

características não prescritivas, mas que os requisitos do RTDT, SGIP e SGSS são específicos e

prescritivos, propomos:

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4.1. Que a Prática de Gestão 10 do SGSO seja considerada como prática específica para Plataformas

de Perfuração e Produção;

4.2. Estender a aplicação da Prática de Gestão 10 do SGSO para as Instalações Terrestres de

produção em substituição aos requisitos do RTSGI:

11. OBJETIVO

12. PROJETO DA INSTALAÇÃO

13. CONSTRUÇÃO E MONTAGEM DA INSTALAÇÃO

18. DESATIVAÇÃO DA INSTALAÇÃO;

4.3. Considerando o nível de especificidade e prescrição dos requisitos do RTDT, SGSS e SGIP,

propomos que eles se mantenham específicos para as respectivas instalações.

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Prática de Gestão nº 11: Elementos Críticos de Segurança

Operacional

11.1. Objetivo (15.1 - SGSS)

11.1.1. Descrever os requisitos que devem ser considerados para identificar os Elementos Críticos de

Segurança Operacional e estabelecer sistemática de gerenciamento e controle dos mesmos. (15.1.1 -

SGSS)

11.2. Identificação dos Elementos Críticos de Segurança Operacional (15.2 - SGSS)

11.2.1. O Operador da Instalação deverá estabelecer, implementar e documentar critérios para definir

os Elementos Críticos de Segurança Operacional, devendo ser compatíveis com os riscos envolvidos.

(15.2.1 - SGSS)

11.2.2. O Operador da Instalação deverá identificar e descrever as funções e as características essenciais

dos Elementos Críticos de Segurança Operacional. (15.2.2 - SGSS)

11.3. Gerenciamento e Controle dos Elementos Críticos de Segurança Operacional (15.3 - SGSS)

O Operador da Instalação deverá:

11.3.1. Identificar os Sistemas e Equipamentos Críticos de Segurança Operacional de forma a possibilitar

o seu rastreamento junto aos planos de inspeção e manutenção. (15.3.3 - SGSS)

11.3.2. Identificar, elaborar e manter atualizados prioritariamente os Procedimentos Críticos de

Segurança Operacional. (15.3.2 - SGSS)

11.3.3. Estabelecer e implementar procedimentos de contingência e um sistema de aprovação e de

controle dos mesmos, a ser utilizado quando Sistemas e/ou Equipamentos Críticos de Segurança

Operacional estejam com sua função de segurança degradada ou fora de operação. (15.3.4 - SGSS)

11.3.3.1. Tais procedimentos estabelecerão medidas temporárias que possam suprir a falta de Sistemas

e/ou Equipamentos Críticos de Segurança Operacional. Quando aplicável, tais medidas devem incluir

pelo menos uma das alternativas: (15.3.4.1 - SGSS)

a) Implantação de medidas alternativas que mantenham os riscos em níveis aceitáveis;

b) Redução e/ou limitação da produção;

c) Isolamento e parada de equipamentos, sistemas e/ou instalações.

11.3.3.2. O Operador da Instalação estabelecerá o prazo em que os procedimentos temporários serão

permitidos, até que as medidas corretivas sejam tomadas. (11.3.3 - SGSO)

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Prática de Gestão nº 12: Identificação e Análise de Riscos

12.1. Objetivo (12.1 – SGSO)

O objetivo desta prática de gestão é estabelecer requisitos para identificação e análise de riscos que

permitam a prevenção de incidentes e o adequado gerenciamento dos riscos de Segurança Operacional,

nas diferentes fases do ciclo de vida da Instalação.

12.2. Análise de Risco (12.2 – SGIP)

O Operador da Instalação deverá estabelecer, documentar e implementar sistemática para gestão dos

riscos associados ao Gerenciamento da Segurança Operacional, contemplando, no mínimo: (12.2.1 –

SGIP)

a. A identificação dos perigos e análise dos riscos;

b. A identificação das ações necessárias e recomendações;

c. Registro dos resultados;

d. Sistemática de aprovação;

e. Divulgação e disponibilidade de registros;

f. Gestão das recomendações.

12.3. Identificação de Perigos e Análise de Riscos (16.3. – SGSS)

A identificação dos perigos e análise dos riscos deve ser realizados para as diferentes Etapas do Ciclo de

Vida da Instalação, por meio de metodologias reconhecidas, com definição de escopo e resultados

devidamente documentados (12.2.1.1 – SGIP)

12.3.1. A metodologia para análise de riscos deverá, no mínimo: (16.3.1. – SGSS)

a) Considerar os Elementos Críticos de Segurança Operacional caso já tenham sido identificados;

b) Considerar outras análises de riscos da Instalação ou em outras Instalações similares;

c) Considerar a análise histórica de Incidentes ocorridos na Instalação ou em outras Instalações

similares;

d) Considerar layout, Fatores Humanos, causas externas, áreas adjacentes e interligação com outras

instalações, conforme aplicável;

e) Considerar procedimentos operacionais, situações ou equipamentos que possam contribuir para

aumento da possibilidade de erros operacionais por parte da Força de Trabalho;

f) Considerar as mudanças ocorridas na Instalação desde a última análise de riscos;

g) Identificar os documentos de referência a serem utilizados;

h) Identificar os perigos, analisar e classificar os riscos;

i) Identificar as salvaguardas existentes e avaliar sua adequabilidade;

j) Identificar as ações necessárias e recomendações para mitigação e redução dos riscos a um nível

ALARP; (12.2.1.2 – SGIP); e

k) Considerar a condição de integridade da Instalação. (16.3.2 – SGSS).

12.4. Execução da Análise de Riscos (16.4 – SGSS)

12.4.1. O conjunto de análises de riscos deve ser desempenhado por uma equipe multidisciplinar,

dimensionada de acordo com a complexidade do estudo e da Instalação.

12.4.2. A equipe multidisciplinar da análise de riscos deverá incluir profissionais com experiência nas

operações e atividades da Instalação. (16.4.2. – SGSS)

12.4.3. O líder da equipe deverá ter conhecimento das atividades, experiência em análises de riscos

anteriores, treinamento e conhecimento da técnica de análise de riscos a ser utilizada, além de ser capaz

de realizar a análise de forma objetiva e imparcial.

12.5. Elaboração do Relatório de Análise de Riscos (16.5. – SGSS)

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O Operador da Instalação deverá elaborar relatório de análise de riscos por equipe multidisciplinar,

contemplando, no mínimo, os seguintes itens: (16.5.1. – SGSS)

a) Identificação da equipe, incluindo a função e resumo da experiência de cada membro;

b) Objetivo e escopo do estudo;

c) Datas das reuniões realizadas;

d) Descrição da Instalação ou parte dessa que será submetido à análise;

e) Justificativa técnica da metodologia de análise de riscos utilizada;

f) Descrição da metodologia de análise de riscos utilizada;

g) Premissas do estudo;

h) Identificação dos perigos;

i) Identificação dos cenários acidentais;

j) As salvaguardas existentes;

k) Análise e classificação dos riscos, quando previsto pela técnica;

l) Recomendações e conclusões; e

m) As fontes de informação utilizadas, com respectiva versão ou data.

12.6. Sistemática de Aprovação (12.2 – SGIP)

O Operador da Instalação deve estabelecer o nível de aprovação do relatório da análise de riscos,

devendo o responsável pela aprovação ter nível hierárquico superior aos responsáveis pela elaboração.

12.7. Divulgação e disponibilidade de registro (16.7. – SGSS)

12.7.1. O Operador da Instalação deverá divulgar para a Força de Trabalho pertinente, os riscos

identificados e as recomendações estabelecidas. (16.7.1. – SGSS)

12.7.2. As análises de riscos realizadas devem ser mantidas em local adequado de forma a estar

disponível à Força de Trabalho envolvida e ser arquivadas por toda a vida da Instalação (16.6.6. – SGSS)

12.8. Gestão das Recomendações (16.6. – SGSS)

O Operador da Instalação deverá:

12.8.1. Estabelecer sistemática para gestão das recomendações, definindo responsáveis e prazos

compatíveis com a complexidade das ações e dos riscos envolvidos. (16.6.3. – SGSS)

12.8.2. Implementar as recomendações contidas na análise de riscos. Caso haja modificações das

recomendações ou sua não implementação deverão ser justificadas e documentadas, mediante parecer

técnico, devendo ser compatíveis com os riscos envolvidos. (16.6.2. e 16.6.4.1 – SGSS)

12.8.3. Acompanhar e registrar a implementação das recomendações. (16.6.4. – SGSS).

12.8.3.1 Eventuais postergações nos prazos deverão ser justificadas tecnicamente e, caso necessária,

deverão incluir as medidas alternativas.

12.8.4. Quando aplicável, deverá ser indicada a necessidade de revisão da lista de Elementos Críticos de

Segurança Operacional. (16.6.5. – SGSS)

12.9. Revisão da Análise de Riscos (16.8. – SGSS)

12.9.1. Estabelecer, documentar e implementar critérios para a revisão das análises de riscos, que

considere: (12.6.1 - SGIP)

a) Experiência de Incidentes que tenham ocorrido na Instalação ou Instalações similares;

b) Mudanças ocorridas na Instalação e/ou na Organização;

12.9.2. A análise de riscos da fase de Operação deverá ser revisada periodicamente e, no mínimo, a

cada cinco anos. (16.8.1. – SGSS)

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Prática de Gestão nº 13: Integridade Mecânica

13.1. Objetivo

Garantir a integridade da Instalação durante todo o seu Ciclo de Vida (SGIP).

13.2. Planejamento de Inspeção, Teste, Manutenção e Suprimento de Materiais (SGSS – 23.4)

O Operador da Instalação terá como atribuição:

13.2.1. Estabelecer, documentar e implementar planos e procedimentos de inspeção, verificação,

manutenção e monitoramento da integridade que contenham critérios de aceitação e instruções claras

e específicas para a execução das atividades. Tal documentação deverá:

a) estar alinhada com recomendações dos fabricantes, normas, padrões e boas práticas de engenharia.

(SGSS - 23.4.3.)

b) Considerar as condições atuais e histórico (tempo de vida, histórico de inspeção e manutenção,

mudanças em condições de projeto); (SGSS – 23.6.2.)

13.2.2. Garantir que todos os Equipamentos e Sistemas Críticos de Segurança Operacional estejam

cobertos pelos planos de inspeção, verificação, manutenção ou monitoramento, adequados aos

equipamentos ou sistemas. (SGSO – 13.2.1.)

13.2.3. Registrar os resultados obtidos nas inspeções e manutenções, as ações corretivas e preventivas,

bem como as conclusões quanto à integridade estrutural da Instalação de modo a compor o histórico

dos sistemas, estruturas e equipamentos. (SGSS - 23.4.6.1.)

13.2.4. Reavaliar o plano de inspeção ou manutenção de forma a considerar os resultados de avaliações

anteriores, as mudanças físicas e as que impliquem reavaliação e adequação de projeto e novas

tecnologias de avaliação de integridade validadas. (SGSS – 23.6.4.)

13.2.5. Manter todos os sistemas e equipamentos que estejam fora de operação, em manutenção ou

desativados temporariamente em condições seguras, com planos de inspeção e manutenção apropriados

para todo o período. (SGSS – 23.4.9.)

13.2.6. Garantia da Qualidade

Estabelecer requisitos de garantia da qualidade na execução dos procedimentos. (SGSO – 13.3.3)

13.2.7. Suprimento de Materiais (RTSGI – 16.5.)

Dispor de sistemática para reposição de equipamentos e materiais essenciais, a fim de manter a

segurança operacional da instalação. (RTSGI – 16.5.1.)

13.3. Execução das atividades

O Operador da Instalação terá como atribuição:

13.3.1. Realizar as intervenções e os reparos de forma que não levem os sistemas, estruturas e

equipamentos a uma condição inferior ao nível de segurança estabelecido na norma e código aplicável.

(SGSS – 23.12.1.)

13.3.1.2. Abordar através dos requisitos da prática de gestão de Gerenciamento de Mudanças qualquer

desvio das especificações de projeto. (SGSO – 13.3.5.)

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13.4. Monitoramento e Avaliação de Resultados

O Operador da Instalação terá como atribuição:

13.4.1. Estabelecer, implementar e documentar ações corretivas e preventivas para tratamento dos

desvios identificados durante a execução dos planos e procedimentos.

13.4.1.1. O tratamento dos desvios deve ser baseado em risco, estabelecendo, no mínimo os prazos, os

responsáveis e o acompanhamento da implementação das ações.

13.4.2. Estabelecer e documentar as situações em que é necessária a ação imediata por representar

risco grave e iminente à integridade. As ações deverão ser implementadas para garantir o retorno à

condição segura. (SGSS – 23.11.5.)

13.4.3. Definir e monitorar Indicadores de Desempenho que incluam cumprimento dos planos de

inspeção e manutenção e o atendimento das ações corretivas e preventivas de inspeção e manutenção.

(SGSS – 23.4.11.)

DEFINIÇÕES

Verificação: Comprovação por meio de avaliação pós-instalação ou de observações registradas durante

sua instalação.

Os processos de Verificação se dividem em duas categorias:

Teste: verificação através de ensaio de pressão no sentido do fluxo, considerando pressão

diferencial igual ou maior do que a máxima prevista.

Confirmação: verificação através da avaliação dos dados recolhidos durante e/ou após a sua

instalação.

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Prática de Gestão nº 14: Planejamento e Gerenciamento de

Grandes Emergências

14.1. Objetivo

O Operador da Instalação conduzirá sua prática de gestão de forma a assegurar o adequado

planejamento e o gerenciamento de grandes emergências que possam ocorrer durante as fases de

instalação, operação e desativação da Instalação. (SGSO – 14.1)

14.2. Planejamento das Situações de Emergência

O Operador da Instalação deverá:

14.2.1. Definir responsáveis pela elaboração e revisão de Planos de Resposta a Emergência,

considerando no mínimo equipe multidisciplinar, qualificação e experiência dos membros, a dimensão

dos cenários acidentais, a complexidade da atividade, da operação ou do empreendimento a ser

analisado. (SGSS – 18.2.1)

14.2.2. O Operador da Instalação será responsável por: (SGSO – 14.2.3)

a) Identificar, nos termos da Prática de Gestão no 12 (Identificação e Análise de Riscos), as emergências

e descrever os cenários de emergência associados; (SGSO – 14.2.3 letra A)

b) Avaliar a capacidade de resposta à cada cenário de emergência; (SGSO – 14.2.3 letra B)

c) Apresentar as ações efetivas de resposta a emergências. (SGSO – 14.2.3 letra C)

14.3. Plano de Resposta à Emergência

14.3.1. O Operador da Instalação deverá: Estabelecer, documentar e implementar plano de resposta à

emergência. (SGIP – 14.2.1)

14.3.1.1. Planejar e gerir as ações de resposta às emergências, definindo as responsabilidades, recursos,

abrangência e procedimentos a serem seguidos para controle da emergência e mitigação de seus efeitos.

(SGIP – 14.2.1.1)

14.3.2. O Plano de Emergência da Instalação poderá ser complementado com recursos e estrutura de

resposta disponível em outra locação. O plano deverá indicar como as estruturas e recursos

compartilhados serão acionados, independentemente de pertencerem ao próprio operador ou a terceiros.

(SGSO – 14.3.1.1)

14.3.3. O Plano deve também contemplar:

a) identificação da Instalação e responsável legal; (SGSO – 14.3.3 letra A)

b) descrição dos acessos à Instalação; (SGSO – 14.3.3 letra B)

c) Abrangência, contemplando as interfaces com outras instalações, quando aplicável; (SGSS – 18.3.1

letra B)

d) cenários de emergência; (SGSO – 14.3.3 letra C)

e) sistemas de alerta; (SGSO – 14.3.3 letra D)

f) Comunicação de Emergência

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g) estrutura organizacional de resposta; (SGSO – 14.3.3 letra F)

h) procedimentos para resposta; (SGSO – 14.3.3 letra G)

i) equipamentos e materiais de resposta; (SGSO – 14.3.3 letra H)

j) procedimento para acionamento de recursos e estruturas de resposta complementares, quando

aplicável; (SGSO – 14.3.3 letra I)

k) Abrangência, contemplando as interfaces com outras instalações, quando aplicável; (SGSS – 18.3.1

letra B)

l) Critérios para o encerramento da resposta. (SGSS – 18.3.1 letra I)

14.3.4. Cenários de Emergência decorrentes da hipótese acidental “vazamento de óleo” poderão ser

tratados em plano de emergência específico, tais como o “SOPEP - Shipboard Oil Pollution Emergency

Plan” e/ou outro Plano de Emergência definido por outro regulamento específico. (SGSO – 14.3.3.1)

14.4. Capacitação

O Operador da Instalação deverá:

14.4.1. Estabelecer um programa de treinamento que contemple os membros da equipe de resposta à

Emergência, quando estes pertencerem ao operador. (RTSGI – 9.3.1.2)

14.4.1.1. Os demais integrantes da Força de trabalho expostos aos cenários de Emergência deverão

receber, no mínimo, treinamento quanto aos procedimentos de alarme e evacuação. (RTSGI – 9.3.1.2.1)

14.4.1.2. Deverão ser apresentadas as orientações básicas de segurança, incluindo procedimentos de

alarme e evacuação, sempre que houver ingresso de visitantes em Instalações cobertas por este

Regulamento Técnico. (RTSGI – 9.3.1.2.2)

14.5. Comunicação de Emergência

14.5.1. O Operador da Instalação deverá estabelecer sistemas confiáveis e eficazes de comunicação e

alerta em situações de emergência.

14.5.2. O Operador da Instalação deverá implementar procedimentos de comunicação interna e externa,

incluindo agências reguladoras e demais autoridades governamentais competentes. (SGSO – 14.5)

14.6. Gestão dos Recursos de Resposta

O Operador da Instalação será responsável por identificar todos os recursos de resposta, incluindo os

sistemas e equipamentos de emergência, bem como as empresas contratadas prestadoras de serviços

de apoio na resposta a emergência, certificando-se de sua adequação e disponibilidade. (SGSO – 14.4)

14.7. Exercícios Simulados do Plano de Resposta à Emergência

O Operador da Instalação deverá:

14.7.1. Programar e realizar periodicamente exercícios simulados dos cenários previstos no plano de

resposta à emergência. (SGIP – 14.3.1)

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14.7.2. Os exercícios simulados devem ser:

a) programados de forma que todos os cenários previstos no Plano de Emergência da Instalação sejam

contemplados; (SGSO – 14.6.2 letra D)

b) coordenados com todas as organizações e autoridades reguladoras, quando aplicável; (SGSO – 14.6.2

letra A)

c) devidamente documentados; e (SGSO – 14.6.2 letra C)

d) Avaliados de forma a identificar as a eficácia dos treinamentos executados e verificar a necessidade

de revisão do Plano de Resposta a Emergência. (SGSS – 18.5.1 letra C)

14.7.3. Emitir relatório de avaliação de desempenho do simulado. (SGSS – 18.5.2)

14.7.4. Estabelecer, implementar e documentar ações corretivas e preventivas para as oportunidades

de melhorias encontradas nos simulados. (SGSS – 18.5.3)

14.7.4.1. Os prazos de execução para cada ação deverão ser cumpridos e compatíveis com a

complexidade das ações e os riscos envolvidos. (SGSS – 18.5.3.1)

14.8. Revisão do Plano de Emergência

O Plano de Emergência deve ser reavaliado nas seguintes situações:

a) sempre que uma análise de risco assim o indicar; (SGSO – 14.7, letra a)

b) quando a avaliação do desempenho do Plano de Emergência, decorrente do seu acionamento por

emergência ou exercício simulado, recomendar; (SGSO – 14.7, letra b)

c) sempre que a instalação sofrer modificações físicas, operacionais ou organizacionais que afetem seus

procedimentos ou a sua capacidade de resposta. (SGSO – 14.7, letra c)

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Prática de Gestão nº 15: Procedimentos Operacionais

15.1 Objetivo

15.1.1. Garantir que todas as atividades afetas ao Gerenciamento da Segurança Operacional, durante

todo o ciclo de vida da instalação, estejam cobertas por procedimentos alinhados aos requisitos legais e

observando as melhores práticas da indústria. (SGIP – 15.1.1.)

15.2. Procedimentos Operacionais

15.2.1 Elaborar, implementar e documentar procedimentos operacionais, com instruções claras e

específicas, para a execução com segurança das atividades realizadas na Instalação, considerando as

especificidades operacionais, a complexidade das atividades e interfaces com outros sistemas e

instalações.

15.2.1.1. Os procedimentos operacionais deverão ser claros, concisos e revisados periodicamente

conforme necessário, de modo a refletir as condições reais ou mudanças realizadas na Instalação. (SGSS

– 22.3.1.1)

15.2.2. Os procedimentos operacionais deverão ser elaborados considerando questões relativas a fatores

humanos relacionadas ao risco de desvio ou não cumprimento de uma determinada etapa. (SGSS –

22.3.3 e 22.3.3.1)

15.2.3. O Operador da Instalação deverá promover treinamento nos procedimentos operacionais e suas

revisões para a Força de Trabalho pertinente. (SGSS – 22.3.4)

15.3. Gestão dos Procedimentos Operacionais

15.3.1. Estabelecer metodologia para que a supervisão e a gerência da Força de Trabalho avaliem o

cumprimento dos procedimentos críticos de Segurança Operacional. (SGIP – 15.2.3)

15.3.2. Estabelecer, documentar e implementar medidas corretivas e preventivas quando for constatado

desempenho insuficiente. (SGIP – 15.2.3.1)

15.4. Operações Simultâneas

15.4.1 O Operador da Instalação deverá especificar as categorias e tipos de Operações Simultâneas,

onde existam interfaces operacionais e, em particular, quando as Operações Simultâneas: (SGSS –

22.6.1)

a) introduzirem novos perigos que não foram considerados de uma forma específica na análise de riscos;

b) requererem logísticas especiais, medidas de apoio ou procedimentos de trabalho seguro que não estão

considerados especificamente nas outras Práticas de Gestão deste Regulamento Técnico; e

c) comprometerem a disponibilidade / funcionalidade dos Elementos Críticos de Segurança Operacional.

15.4.2. O Operador da Instalação estabelecerá e implementará procedimentos para gerenciar Operações

Simultâneas. Tais procedimentos de controle deverão abordar os seguintes aspectos:

a) identificação de novos perigos introduzidos pelas Operações Simultâneas e verificação da existência

de medidas de prevenção e/ou mitigação adequadas para estes perigos;

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b) definição das responsabilidades, de modo a assegurar uma adequada coordenação entre todas as

organizações envolvidas, incluindo resposta à emergência. (SGSO – 15.4.2 e 15.4.3)

15.5 Operações Mútuas:

15.5.1 O Operador da Instalação deverá elaborar, implementar e documentar o Procedimento Mútuo de

Operação – PMO, com outras empresas ou gerências diretamente envolvidas na Operação da Instalação,

com a finalidade de estabelecer as interfaces, as ações e os critérios executivos operacionais (SGSS –

22.4.1).

DEFINIÇÃO

Procedimento Operacional: Documento organizacional que traduz o planejamento do trabalho a ser

executado. É uma descrição detalhada de todas as medidas necessárias para a realização de uma tarefa.

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Prática de Gestão nº 16: Gerenciamento de Mudanças

16.1. Objetivo

Estabelecer sistemática para que as mudanças permanentes ou temporárias a serem efetuadas na

instalação, que possam afetar a segurança operacional, sejam avaliadas e gerenciadas. (SGSS – 17.1.1

e SGIP – 16.1.1)

16.2. Tipos de Mudanças

Mudanças nas operações, procedimentos críticos, instalações ou pessoal devem ser avaliadas e

gerenciadas de forma que os riscos advindos destas alterações permaneçam em níveis aceitáveis. (SGSO

– 16.2)

16.3. O Gerenciamento de Mudanças deve ser realizado em todo o ciclo de vida da Instalação. (RTDT –

19.2)

16.4. Procedimentos de Controle

O Operador da Instalação estabelecerá e implementará um procedimento para gerenciar mudanças que

possam afetar a Segurança Operacional. O procedimento deve considerar: (SGSO – 16.3)

16.4.1. A descrição da mudança proposta, incluindo a justificativa para a alteração e, quando aplicável,

a especificação de projeto. (SGSO – 16.3.1)

16.4.2. A identificação dos perigos e análises dos riscos da mudança proposta, antes da implementação

das modificações. (SGSO – 16.3.2)

16.4.3. A atualização dos procedimentos e documentações afetadas pela mudança. (SGSO – 16.3.3)

16.4.4. O treinamento e comunicação para todo pessoal cujo trabalho seja impactado pelas mudanças.

(SGSO – 16.3.4)

16.4.5. A autorização para as mudanças propostas deverá ser emitida por nível gerencial adequado.

(SGSO – 16.3.5)

16.4.6. Que para mudanças temporárias, deverá haver previsão para revisões e nova autorização, caso

a duração prevista necessite ser ampliada. (SGSO – 16.3.6)

16.4.7. O processo de gerenciamento de mudanças deve ser documentado, arquivado e estar disponível

para consulta ao longo de toda vida útil da instalação (SGSO – 16.3.7, SGIP - 9)

16.5. Recomendações da Gestão de Mudanças (SGSS – 17.3)

O Operador da Instalação deverá:

16.5.1. Estabelecer, implementar e documentar as recomendações provenientes da gestão de

mudanças. (SGSS – 17.3.1)

16.5.2. Estabelecer prazos compatíveis com a complexidade das ações e os riscos envolvidos. (SGSS –

17.3.2)

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16.5.3. Acompanhar e registrar a implementação das recomendações. (SGSS – 17.3.3)

16.5.4. A eventual alteração ou não implementação das recomendações deverá ser avaliada, justificada

tecnicamente, registrada e ser compatível com os riscos envolvidos. (SGSS – 17.3.4)

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Prática de Gestão nº 17: Práticas de Trabalho Seguro e

Procedimentos de Controle em Atividades Especiais

17.1. Objetivo (17.1 SGSO)

O objetivo desta prática de gestão é descrever os requisitos que devem ser considerados pelo sistema

de gerenciamento de segurança operacional para controlar e gerenciar os riscos para a segurança

operacional durante as atividades especiais da Instalação, não contempladas nas outras práticas de

gestão.

17.2. Requisitos Gerais

17.2.1. Permissão para Trabalho (19.2 SGSS)

17.2.1.1. O Operador da Instalação deverá estabelecer, implementar e documentar sistemática para

emissão de permissão para trabalho e outros meios de controle para gerenciar atividades que possam

constituir riscos para a segurança operacional. (19.2.1. SGSS)

17.2.1.2. O procedimento para emissão de permissão para trabalho deverá compreender, no mínimo:

(19.2.2. SGSS)

a) O estabelecimento dos tipos de atividade que possam constituir riscos para a segurança operacional

e que requerem permissão para trabalho;

b) A necessidade da análise prévia das condições de segurança para execução de tarefas, bem como dos

perigos existentes no ambiente de trabalho, considerando:

b1) O controle das fontes de energia perigosas (ex: eletricidade, pressão, partes móveis, temperatura,

residual, entre outras) associadas ao trabalho e ao equipamento ou sistema a receber manutenção, com

a definição das respectivas formas de bloqueio, desde sua parada até seu retorno operacional;

b2) O atendimento a legislação aplicável ao tipo de trabalho e ao ambiente de sua realização;

b3) A avaliação de simultaneidade entre trabalhos e rotinas operacionais da instalação;

b4) O controle das fontes de ignição, quando aplicável, considerando o risco dos locais e sistemas que

operam com hidrocarbonetos;

b5) A verificação das condições de retorno operacional e de ordem e limpeza ao final do trabalho.

c) A inclusão na permissão para trabalho, do seu prazo de validade e de medidas adicionais de precaução

e mitigação que possam ser requeridas para a realização da tarefa com segurança;

d) O estabelecimento de responsabilidades e atribuições para a Força de Trabalho responsável por emitir

e aprovar as permissões para trabalho;

e) Que os responsáveis pela emissão das permissões para trabalho tenham treinamento, conhecimento

e experiência necessária para avaliar os perigos da tarefa;

f) Que os profissionais envolvidos na sistemática de permissão para trabalho recebam treinamento no

procedimento de acordo com a respectiva responsabilidade;

g) Que toda a Força de Trabalho receba treinamento de conscientização sobre a importância da

permissão para trabalho;

h) Que as informações contidas na permissão para trabalho sejam de conhecimento de todos os

envolvidos na execução do serviço;

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i) Definição de metodologia de arquivamento das permissões para trabalho. Todo o conteúdo anexo à

permissão de trabalho deverá ser mantido no mesmo arquivo.

17.3. Monitoramento

17.3.1. O Operador da Instalação deverá monitorar o desempenho das atividades em conformidade com

os requisitos estabelecidos em procedimentos aprovados, nas permissões para trabalho e nas

informações e documentação correlata, de forma que: (19.2.5. SGSS)

a. As condições especiais e recomendações adicionais de segurança sejam seguidas na realização dos

serviços. (19.2.8. SGSS)

b. As permissões para trabalho e seus os controles sejam observados e utilizados até a conclusão dos

trabalhos. (19.2.9. SGSS)

c. Nenhuma atividade que requer permissão para trabalho seja executada sem que antes seja aprovada

a permissão de trabalho. (19.2.12. SGSS)

d. Não haja possibilidade de perda da informação contida na Permissão para Trabalho, mantendo-a em

2 vias: uma no local do serviço e outra em local definido pelo operador da instalação. (17.4.8 RTSGI)

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Prática de Gestão nº 17: Preservação Ambiental

1. Objetivo

Garantir que a execução das atividades associadas ao ciclo de vida do empreendimento ocorra de acordo

com a legislação ambiental e as melhores práticas da indústria, visando prevenir e minimizar os impactos

ao meio ambiente e os riscos à integridade da instalação.

2. Licenciamento Ambiental

2.1 Os responsáveis pelo empreendimento deverão providenciar as licenças ambientais cabíveis emitidas

pelos órgãos ambientais competentes e outros.

2.2 As licenças ambientais vigentes deverão estar sempre disponíveis para consulta nas instalações

durante a execução das atividades do ciclo de vida do empreendimento.

3. Gestão de Materiais, Equipamentos, Produtos e Resíduos

O operador da instalação deve:

3.1. Avaliar o uso de tecnologias, materiais, equipamentos e produtos que previnam e minimizem os

impactos ao meio ambiente, levando em conta as melhores práticas da indústria;

3.2. Prever que a utilização de materiais e produtos necessários em quaisquer etapas do ciclo de vida

do empreendimento ocorra conforme legislação ambiental vigente;

3.3. Implementar sistemática para que a destinação final de materiais e equipamentos não passíveis de

reutilização em quaisquer etapas do ciclo de vida do empreendimento ocorra conforme legislação

ambiental vigente;

3.4. Implementar sistemática para que a gestão dos resíduos oriundos das diversas etapas do ciclo de

vida do empreendimento seja realizada conforme legislação ambiental vigente: coleta seletiva,

armazenamento temporário, transporte, tratamento e destinação final. O registro documental deverá

estar disponível;

3.5. Implementar sistemática para que a gestão dos efluentes oriundos das diversas etapas do ciclo de

vida do empreendimento seja realizada conforme legislação ambiental vigente: tratamento e destinação

final. O registro documental deverá estar disponível.

Page 44: ESTUDO PARA REVISÃO DO REGULAMENTO TÉCNICO DO SISTEMA DE ... · e produção (E&P) da indústria de óleo e gás, emitidos pela ANP até o ano de 2016. A interface entre os

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6 CONSLUSÃO

Este relatório apresentou os resultados dos estudos realizados pelo GT-IBP SGSO com o objetivo

contribuir para futura revisão do Regulamento Técnico do Sistema de Gerenciamento da Segurança

Operacional – SGSO e sua integração com os demais regulamentos da ANP/SSM: RTSGI, RTDT, SGSS e

SGIP.

A análise comparativamente entre os regulamentos de segurança operacional da ANP/SSM mostra que

os regulamentos apresentam práticas de gestão comuns ao SGSO, apesar de abrangerem instalações

diferentes. Os requisitos comuns são complementados em cada regulamento por outros requisitos

específicos e mais técnicos a depender da área de abrangência do regulamento.

A partir do estudo realizado buscou-se integrar os requisitos comuns de cada Prática de Gestão de forma

a compor um documento base do SGSO Integrado aplicável às instalações de perfuração e produção

marítimas e terrestres de petróleo.